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TERCEIRO CASO

BOM SUCESSO LTDA demitiu, sem custa causa, Maria Eduarda, no dia
10/05/2017 e não realizou o pagamento das verbas rescisórias e nem das férias.
Visando recuperar tais valores, Maria Eduarda ajuizou Reclamação Trabalhista em
face da empresa.
Em sede de sentença, no dia 19/05/2018, o juízo condenou a Empresa ao
pagamento de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) e calculou as férias devidas com base
no piso salarial atual oferecido pela empresa, e não pelo salário base que Maria
Eduarda ganhava quando foi demitida.
Inconformada com esse cálculo de férias, que, no entendimento da Empresa
ofenderia a Súmula 7° do TST, apresentou recurso para o Tribunal Regional do
Trabalho que manteve integralmente a decisão recorrida.
Considerando que a decisão do TST violou a Súmula n° 7 do TST, faça o
recurso cabível para a empresa BOM SUCESSO LTDA.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA (...)ª REGIÃO

Processo nº (...)

BOM SUCESSO LTDA, reclamada ora requeredora, devidamente qualificada nos autos da
ação em epígrafe que lhe move MARIA EDUARDA, requerida, com sustentáculo no art.
896, a, da Consolidação das Leis do Trabalho, vem respeitosamente, ante Vossa Excelência,
de forma regular, interpor:

RECURSO DE REVISTA

Em contraposição a v. acórdão, conforme as razões anexas.

À vista disso, postula-se o recebimento e processamento do presente recurso, para


porvindoura apreciação e julgamento pelo Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, ademais,
requer-se, a efetivação de todas as publicações e intimações, em nome do advogado (...), no
endereço (...), bem como em seu endereço eletrônico (...), sob pena de nulidade da
notificação, conforme art. 272, § 2º, do NCPC, assim como também entendido na Súmula 427
do TST.

O presente recurso é digno de tempestividade, uma vez que oferece a transcendência


necessária nos termos do art. 896-A, da CLT. Isso posto, juntam-se as guias comprobatórias
do depósito recursal e das custas processuais.

Nestes termos.

Pede deferimento.

Cidade (...), (...) de (...) de 2022

ADVOGADO
OAB/UF
EGRÉGIO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

RAZÕES DE RECURSO DE REVISTA

Processo nº (...)
Vara de Origem: (...)
Recorrente: BOM SUCESSO LTDA.
Recorrido: MARIA EDUARDA.

Colenda Turma,
Em que pese o respeitável conhecimento e proficiência do prolator do v. acórdão recorrido,
impõe-se a reforma do julgado pelos fatos e fundamentos ostentados a seguir:

1 – COMO INTRÓITO
1.1 – Cumprimentos dos pressupostos recursais
O v. acórdão é recorrível, uma vez que a transcendência necessária para tal é cumprida,
conforme supracitado (art. 896-A, da CLT).
Assim como também é direito da requeredora o recurso neste exposto nos termos da
Consolidação das Leis do Trabalho (art. 896, a, da CLT).
Ademais, a Instrução Normativa 23/03 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho, acolhida
pela Resolução 118/03, discorre precisamente sobre recursos de revista, assinalando com
precisão parâmetros a serem observados nos recursos encaminhados ao eg. TST.
Assim sendo, comprova-se que os pressupostos recursais de admissibilidade foram
preenchidos.

2 – DA REPRESENTAÇÃO
O signatário encontra-se atribuído de poderes por meio de substabelecimento juntado aos
autos, o qual lhe foi cedido, por sua vez, pelo outorgante (doc. anexo aos autos).

3 – DAS DESPESAS RELATIVAS AO PROCESSAMENTO DO RECURSO


O pagamento das custas processuais foi realizado e juntado aos autos, bem como encontra-se
recolhido o depósito recursal (doc. anexo à pag, xx), conforme IN 03 e Súmula 128 do TST.

4 – SÍNTESES DO PROCESSADO
A querela trouxe à luz o debate entre recorrente e recorrido quanto ao pagamento de verbas
rescisórias.
Na exordial sustenta-se:

4.1 – Objetivo inicial da ação


O vínculo de emprego entre as partes BOM SUCESSO LTDA, outrora recorrida e MARIA
EDUARDA, relação de emprego que teve sua dissolução no ano de 2017, onde se iniciou
embate jurídico, que teve fim após decisão prolatada no ano de 2018.

4.2 – Contornos da decisão guerreada


Em sede de sentença, no dia 19/05/2018, o juízo condenou a requerente ao pagamento de R$
15.000,00 (quinze mil reais) e calculou as férias da recorrida com base no atual piso salarial
oferecido pela empresa, com fundamentos na Súmula n. 7º do TST, cálculo este feito de
forma indevida pelo MM. Juízo “a quo” e também acatado pelo Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho, porém, a decisão prolatada é incorreta conforme externado os argumentos a seguir.

5 – DO DIREITO
Segundo o v. acórdão prolatado pelo MM. Juizo “a quo”, a requerente estaria ofendendo a
Súmula n. 7 do eg. TST. No entanto, o exposto cai por terra ao se observar que dentro da
citada aplicam-se duas possibilidades quanto ao salário que será tomado como base para
cálculo, é válido ressaltar que o contrato da requerida foi encerrado no dia 10/05/2017 e que
desde essa data a mesma não possui mais vinculo empregatício com a pleiteante. Assim
sendo, depreende-se que se aplicará a segunda possibilidade prevista na Súmula, onde será
tomado como base de cálculo o piso salarial que a recorrida percebia quando seu vínculo de
emprego foi extinto, ou seja, a requerida deverá pagar um valor menor que o fixado na
sentença do MM. Juízo, demonstrando assim a violação do previsto no Art. 896-A, § 1º, inc.
I, da CLT.
6 – DOS REQUERIMENTOS FINAIS
À vista do exposto e da composição probatória acostada aos autos, requer a defesa que se
julgue procedente o presente recurso de revista conforme fundamentação legal supracitada,
com o intenção de que seja reformada em sua totalidade a decisão prolatada.

Termos em que, pede provimento.

Cidade (...), (...) de (...) de (...)

ADVOGADO
OAB/UF

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