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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA

CÍVEL DO FORO DA COMARCA DE SÃO PAULO DO ESTADO DE


SÃO PAULO

Processo número xxx

Buffet Casórius Lindus, inscrito no CNPJ sob n° (DOC. 08), endereço eletrônico, com sede
na (endereço completo, bairro Tatuapé, São Paulo, SP), inconformada com a sentença de fls.
XX da ação de extinção contratual c.c repetição do indébito e indenização por danos morais,
com pedido de tutela de urgência vem por meio de seu advogado, já constituída e infra-
assinada, com o devido respeito e máxima consideração à presença de Vossa Excelência,
interpor tempestivamente no prazo de 15 dias, RECURSO DE APELAÇÃO, com fundamento
nos artigos 1009 e seguintes do Código de Processo Civil, em face de Romeu Enzo de Dudu,
nacionalidade, casado, profissão, portador do documento de identidade RG n° (DOC. 01),
inscrito no CPF sob o n° (DOC. 02), endereço eletrônico, residente e domiciliado na (endereço
completo, hairro Perdizes São Paulo SP) (DOC 03) e Julieta Valentina de Manu nacionalidade,
casada, profissão, portadora do documento de identidade RG n° I (DOC. 04), inscrita no CPF
sob o n° (DOC. 05), endereço eletrônico, residente e domiciliada na (endereço completo, bairro
Perdizes, São Paulo, SP) (DOC. 06), em virtude dos argumentos fáticos e de direito, expostas
nas RAZÕES ora acostadas.

Por oportuno, requer a intimação do apelado para apresentar contrarrazões, no prazo legal de 15
dias e após tal providência, sejam os autos remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça de São
Paulo, nos termos do §1° e $3° do artigo 1010 do Código de Processo Civil.

Nestes termos,

Pede deferimento,

São Paulo, 20 de abril de 2023

Advogado, OAB n. ..
RAZÕES DE APELAÇÃO

Ação de extinção contratual c/c repetição do indébito e indenização por danos morais com
pedido de tutela de urgência antecipada
APELANTE: Buffet Casórius Lindus
APELADO: Romeu Enzo de Dudu e Julieta Valentina de Manu
Origem: Juízo da 1ª vara cível da Comarca de São Paulo

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO COLENDA


CÂMARA

I. SINTESE DO PROCESSO
O apelante foi alvo de uma ação judicial denominada Ação de Extinção Contratual com
Repetição do Indébito e Indenização por Danos Morais, na qual busca-se a declaração de
término do contrato, redução proporcional do valor devido aos serviços prestados e
compensação por danos morais devido à prestação incompleta dos serviços.
Após a realização da audiência de instrução e julgamento em 13 de abril de 2023, o
respeitável Magistrado proferiu uma decisão na qual condenou o réu a reduzir
proporcionalmente o valor do contrato e devolver o valor indevidamente cobrado em 20%.
Os pedidos dos apelados foram considerados parcialmente procedentes. Diante disso, eles
opuseram embargos à decisão, alegando omissão ou até mesmo contradição, pois o
dispositivo não mencionava a compensação por danos morais solicitada. No que diz
respeito à reconvenção, todos os pedidos do réu-reconvinte foram acatados.
Após análise e acolhimento dos embargos de declaração apresentados pelos autores,
determinou-se que a sentença fosse complementada com a condenação dos apelantes a
pagarem uma indenização por danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) em
favor dos autores.

II. TEMPESTIVIDADE
A r. sentença foi publicada em 20.04.2023 (sexta-feira). De acordo com o art. 224, CPC, a
contagem do prazo será realizada, excluindo-se o primeiro dia e incluindo-se o dies ad
quem, resultando em 15.05.2023.
Essa determinação decorre da existência de dois feriados durante o período de contagem
do prazo, especificamente nas datas de 21.04.2023 e 01.05.2023. Esses feriados implicam
na suspensão do expediente forense, sendo assim, devem ser excluídos da contagem do
prazo, conforme estabelecido pelo Provimento n° 2.678/2022 (DOC. 01).

III. CABIMENTO DO RECURSO


Primeiramente, é importante ressaltar que o recurso de apelação é adequado no presente
caso, de acordo com o artigo 1009 do Código de Processo Civil (CPC), uma vez que a
sentença proferida resolveu o mérito e encerrou a fase cognitiva do procedimento comum.
Ademais, a parte que apela é legítima, visto que é a parte derrotada, conforme estabelecido
no artigo 996 do CPC. Além disso, o recurso foi interposto dentro do prazo legal,
estabelecido no artigo 1003, §5°, do CPC.
Por fim, o preparo foi devidamente pago e a comprovação do recolhimento encontra-se
anexada aos autos.
Dessa forma, o recurso interposto em conformidade com o artigo 1010 do CPC deve ser
conhecido, uma vez que preenche os requisitos recursais necessários.

RAZÕES JURIDICAS QUE JUSTIFICAM A REFORMA DA DECISÃO RECORRIDA

IV. DA MINORAÇÃO DO DANOS MORAIS


Uma vez superada a questão da efetiva geração de prejuízos à dignidade da Recorrida,
torna-se necessário, neste momento, apresentar considerações sobre a quantia
compensatória.
O apelante argumenta que a solicitação de compensação viola os princípios da
razoabilidade e da proporcionalidade. Assim ocorre o enriquecimento injustificado,
proibido pelo artigo 884 do Código Civil.
A decisão condenou o apelante, sem apresentação de qualquer parâmetro, a pagar uma
compensação de R$10.000,00 (dez mil reais) em benefício dos apelados. A sentença
ultrapassa o aceitável, ignorando eventos passados, nos quais publicações em redes sociais
feitas pelos apelados foram determinantes para o prejuízo da apelante no valor de
R$30.000,00 (trinta mil reais), referentes a três contratos cancelados por clientes que
tiveram acesso à mencionada postagem.
Considerando que o valor da compensação equivale ao montante do contrato que deu
origem à ação inicial, no qual foi comprovado que 80% do serviço foi prestado conforme
acordado, não podemos falar em indenizar o mesmo valor do contrato.
Afinal, a compensação por danos morais deve ser calculada com moderação, levando em
conta os objetivos a que se destina, seja para compensar o abalo ou aliviar o sofrimento,
sem, no entanto, resultar em enriquecimento injustificado.
Portanto, existem razões pelas quais o valor deve ser reduzido

V. CONCLUSÃO
Diante do exposto, requer o apelante o conhecimento e atendimento do recurso para
modificar a decisão original, reduzindo o montante de compensação por danos morais para
R$5.000,00 (cinco mil reais), ou, alternativamente, para qualquer outro valor que Vossas
Excelências considerarem apropriado.
Em caso de acolhimento deste recurso, que o apelado seja condenado a arcar com as
despesas processuais e os honorários advocatícios de sucumbência, de acordo com a
legislação vigente.

Nestes termos,

Pede deferimento,

São Paulo, 22 de maio de 2023

Advogado, OAB n. ..

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