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RA: 8465687
AUTOS Nº 123456
PEGA LEVE TRANSPORTES LTDA , pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
o n.º ....., com sede na Rua ....., n.º ....., Bairro ......, Cidade ....., Estado ....., CEP
....., vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência por intermédio da sua
advogada e bastante procuradora (procuração em anexo - doc. 01), com escritório
profissional sito à Rua ....., nº ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado ....., onde recebe
notificações e intimações, apresentar tempestivamente:
CONTESTAÇÃO
DO MÉRITO
Excelência, o reclamante foi dispensado por justa causa, por ter praticado ao longo do
contrato condutas que fragilizaram o relacionamento laboral, até culminar no ato
gravíssimo que resultou na perda da habilitação, que por si só já justifica a dispensa por
justa causa com base no art. 482, alínea m, da CLT.
Adentrando ao ato faltoso, é importante que a reclamada traga esclarecimentos, a fim
de que não prospere a tentativa do reclamante em ludibriar o Juízo, portanto é
comprovado que o reclamante perdeu sua habilitação após ser flagrado realizando
“rachas” e corridas com o caminhão da empresa em dia e horário de trabalho – conforme
multa anexa. Tal fato pode inclusive ser enquadrado na prática de Atos atentatórios à
segurança nacional, já que a prática desse tipo de delito é considerada crime e expõe
outras pessoas à um elevado índice de perigo, configurando-se também outro motivo
que justifica a demissão por justa causa.
Conforme consta dos autos, o Reclamante foi admitido para laborar junto à Ré em
12/06/2013, exercendo a função de motorista até a data de sua demissão, que se deu
no dia 17/02/2022.
A Constituição Federal, em seu art. 7º, XXIX, prevê a prescrição nas relações
trabalhistas, tanto no que se relaciona ao prazo para a ação, bem como para a
cobrança dos créditos trabalhistas, nestes termos:
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria
de sua condição social:
ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho.
Deste modo, não há de se incorporar no pleito a análise das verbas trabalhistas que
excedam o período de 05 (cinco) anos contados da data do ajuizamento da ação, em
conformidade com a Súmula 308, do Tribunal Superior do Trabalho.
Requer, assim, o reconhecimento da prescrição quinquenal dos pedidos anteriores à
17/02/2017 extinguindo o processo com resolução do mérito no concernente a esses
pedidos.
Sendo assim reclamada pugna que, uma vez sucumbente, o reclamante seja
condenado ao pagamento dos honorários de sucumbência, conforme determina o art.
791-A da CLT, que assim diz:
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da
causa.
Requer também que eventual condição suspensiva venha ser implementada apenas em
caso de inexistência créditos neste ou em outro processo capazes de suportar com as
obrigações decorrentes de sua sucumbência. Ainda que haja crédito que suporte
parcialmente com a despesa de honorários, a condição suspensiva só pode abarcar o
valor que exceder ao crédito.
Dito isto, Excelência, a reclamada requer que seja julgado improcedente o pedido
suspensão eventual de descontos a título de honorários sucumbenciais nos créditos da
parte trabalhadora, bem como que seja condenada a parte reclamante em percentual
máximo de 15% (quinze por cento) sobre valor da causa.
Sendo assim, diante do exposto de todos os fatos contidos nos autos, protestando
provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, juntada de novos
documentos, depoimento pessoal do autor, sob pena de confesso.
Nestes Termos,
Pede Deferimento
Assinatura do Advogado