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AO JUÍZO DA ______ VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ - ALAGOAS

RUTH DANIELLA SANTOS CARVALHO, brasileira, alagoana, professora de


educaçã o física, portadora da cédula de identidade nº 3779049 SSP/AL, inscrita no
CPF/MF sob o nº 119.116.274-57, residente e domiciliada no Loteamento Chave A Oleo,
s/n, Marechal Deodoro/AL, CEP: 57.160-000, por sua advogada infra-assinada e
legalmente constituída, nos termos do instrumento de mandato incluso, com escritó rio
profissional no endereço citado no aludido instrumento, onde poderá receber avisos,
notificaçõ es e intimaçõ es pela ora Reclamante, vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840 da CLT e 319 do CPC, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

pelo rito sumaríssimo, em face de ACADEMIA CAFES, situada na Rodovia Edval Lemos,
16, Porto Grande, Marechal Deodoro, CEP: 57.160-000, pelos motivos de fato e de direito
a seguir expostos:

I. PRELIMINARMENTE

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, requer a Reclamante a concessã o dos benefícios da justiça


gratuita, com fulcro no disposto na Lei 1.060/50, no art. 98 e ss. do CPC, bem como no
art. 790, pará grafos 3º e 4º da CLT, em virtude de ser pessoa pobre na acepçã o jurídica
da palavra e sem condiçõ es de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem
prejuízo de seu pró prio sustento e de sua família, conforme declaraçã o de
hipossuficiência em anexo.

Destaca-se ainda que o salá rio da Reclamante correspondia a uma


remuneraçã o mensal de R$ 600,00 (seiscentos reais) por mês; percebe-se, portanto, que
o Reclamante recebia salá rio inferior a 40% (quarenta por cento) do limite má ximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Infere-se dos documentos acostados, que a obreira atende as exigências


para concessã o da justiça gratuita.
Vale ressaltar que, conforme o § 4º, art. 99, do novo CPC, a assistência por
advogado particular não impede a concessã o de gratuidade da justiça.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS A BENEFICIÁRIOS


DA JUSTIÇA GRATUITA

A reclamante pede o deferimento do benefício da justiça gratuita também


no tocante a possível cobrança de honorá rios periciais e advocatícios, conforme
entendimento concluído em 21 de outubro de 2021, quando o STF inconstitucional a
obrigação de pagamento de honorários advocatícios e periciais por beneficiário
na Justiça do Trabalho, conforme disposto nos artigos 790-B, caput e 4º, e 791-A,
parágrafo 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se de decisão na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº 5766.

Seguindo também entendimento de Tribunais Superiores:

HONORÁRIOS PERICIAS. PARTE SUCUMBENTE


BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA. ISENÇÃO DO
PAGAMENTO. Os honorários periciais devem ser incluídos
nas despesas processuais para efeito dos benefícios da
justiça gratuita, nos termos do que dispõe o art. 790-B da
CLT e Portaria nº 443/2013 do TRT da 12ªRegião. Fica assim,
o beneficiário da Justiça Gratuita, isento do pagamento dos
honorários periciais devidos, mesmo que sucumbente na
pretensão objeto da perícia, conforme a Resolução nº
66/2010 do CSJT. (TRT-12 - RO: 00045586220135120046 SC
0004558-62.2013.5.12.0046, Relator: WANDERLEY GODOY
JUNIOR, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de Publicação:
02/04/2018).

O entendimento também está sumulado pelo TST, nº 457:

HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA


GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO
PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT.
OBSERVÂNCIA. (Conversão da Orientação Jurisprudencial
nº 387 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. A União é responsável
pelo pagamento dos RO 0004558-62.2013.5.12.0046 -22
Documento assinado eletronicamente por WANDERLEY
GODOY JUNIOR, Desembargador Redator, em 12/03/2018.
Dada ciência ao Representante do Ministério Público do
Trabalho mediante envio eletrônico deste acórdão.
honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto
da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita,
observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da
Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho - CSJT.

Desta feita, requer a reclamante a aplicabilidade dos entendimentos acima,


pois sendo a reclamante beneficiá ria de justiça gratuita, nã o poderá ser condenada ao
pagamento de honorá rios periciais ou advocatícios.

DO JUÍZO 100% DIGITAL

A Resoluçã o nº 214/2021 do TRT 19ª Regiã o instituiu a possibilidade de


que o processo aconteça em um Juízo 100% digital.

Diante da possibilidade apresentada na referida resoluçã o, a reclamante


pleiteia que os autos sejam distribuídos no Juízo 100% digital.

DAS NOTIFICAÇÕES/PUBLICAÇÕES

Requer que as intimaçõ es dos atos processuais sejam realizadas


obrigatoriamente em nome da patrona da reclamante SACHA NATÁ LIA HOULY SIMÕ ES
SILVA, inscrita na OAB/AL n.º 18.091, sob pena de nulidade, a teor do disposto na
Sú mula 427, do TST.

II. DO MÉRITO

Cumpre destacar, que o memorial de cálculos encontra-se anexo a presente.

DO CONTRATO DE TRABALHO

A Reclamante foi admitida para trabalhar para a reclamada em 07 de


setembro de 2016, exercendo a funçã o de instrutora de musculação, sem que
houvesse a assinatura da CTPS da obreira, sendo dispensada sem justa causa em 09
de março de 2023.

Importa mencionar que a reclamante passou 05 meses sem trabalhar no


período da pandemia.

A reclamante percebia mensalmente de R$ 600,00 (seiscentos reais).

DO RECONHECIMENTO DO VÍNCULO DE EMPREGO


DA ANOTAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

Como mencionado, o contrato de trabalho da reclamante não fora


anotado, conforme documentaçã o anexa, ressalte-se que a reclamante sempre
trabalhou com pessoalidade, habitualidade, subordinação e onerosidade ,
cumprindo, assim, com todos os requisitos exigidos pelo art. 3º da CLT.

Assim, a reclamada nã o procedeu corretamente com o registro o que


deixou claro a fraude ocorrida em todo o período do contrato de trabalho, necessá rio se
faz o reconhecimento do vínculo empregatício entre a reclamante e a reclamada e
que esta proceda com a devida ANOTAÇÃO de todo período do contrato de
trabalho na CTPS da reclamante, efetivamente laborado de 07.09.2016 a
09.03.2023, tendo em vista que a Reclamante laborou todo o período de maneira
Clandestina.

Desta forma, que seja declarado e confirmado por sentença o


reconhecimento do vínculo de emprego da reclamante com a reclamada referente
ao período de 07/09/2016 a 09/03/2023, e, consequente anotaçã o na carteira de
trabalho para constar todo período efetivamente laborado pela reclamante, devendo
igualmente a reclamada recolher o FGTS e INSS pertinente ao período clandestino,
surtindo todos os efeitos legais, como pagamento referente a todas as verbas rescisó rias
e indenizató rias, advindas da rescisã o do contrato de trabalho sem justa causa.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS E TRABALHISTAS

A obreira faz jus a receber as verbas rescisó rias e trabalhistas calculadas


sobre o salá rio-mínimo vigente, qual seja, de R$ 600,00 (seiscentos reais), quais sejam:
aviso prévio indenizado proporcional, férias proporcionais acrescidas de 1/3, férias
indenizadas acrescidas de 1/3, 13º proporcional, 13º indenizado, no valor de R$
9.390,88 (nove mil, trezentos e noventa reais e oitenta e oito centavos), conforme
Memó ria de Cá lculo Detalhado anexa.

DA MULTA DO ART E 477 DA CLT

O pacto laboral da Reclamante com a Reclamada fora cessado, e fixa o


ordenamento jurídico pá trio um lapso temporal para que sejam adimplidas as verbas
trabalhistas devidas a obreira, sob pena da aplicaçã o de multa no valor de 01 (um)
salá rio. Atentemos, pois, nesse diapasã o, ao que resta preconizado no art. 477, §§6° e 8°
da Norma Consolidada, devendo para tanto a Reclamada arcar com o pagamento da
multa em forma indenizató ria, no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), visto que até a
presente data nã o houve pagamento das verbas rescisó rias.

DO FGTS E DA MULTA RESCISÓRIA DE 40%


Deve ser a Reclamada condenada a realizar o recolhimento do FGTS de
toda as competências de FGTS de todo período de labor e ainda o recolhimento da multa
rescisó ria de 40%, sobre o valor total do FGTS, referente a todo período laborado, visto
que nenhum recolhimento fora efetuado até a presente data.

DO SEGURO-DESEMPREGO

A autora nã o recebeu as guias para habilitaçã o no Seguro-desemprego,


portanto, a reclamada deve entregar as guias para recebimento do seguro-desemprego.
Caso nã o apresente, seja condenada a pagar indenizaçã o substitutiva, nos termos da
Sú mula nº 389, II do TST.

Diante do exposto, a reclamante requer a Vossa Excelência que


condene o reclamado na obrigação de fazer: entregar as guias para habilitação
junto ao programa do seguro-desemprego, sob pena de condenação em
indenização compensatória equivalente ao valor de 05 (cinco) parcelas do
programa do seguro-desemprego, cada uma no valor de R$ 1.302,00, totalizando
R$ 6.510,00

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Em razã o do art. 791-A da CLT, sã o devidos honorá rios de sucumbência ao


advogado, in verbis:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria,


serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o
mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a
Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida
ou substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará
honorários de sucumbência recíproca, vedada a
compensação entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que
não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo,
créditos capazes de suportara despesa, as obrigações
decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em
julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar
que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos
que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se,
passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na
reconvenção.

Nesse sentido, a patrona da Reclamante faz jus aos Honorá rios


Sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor da liquidaçã o da sentença.

DO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS EM CASO DE ARQUIVAMENTO COMO


PRESSUPOSTO PARA NOVO AJUIZAMENTO (Art. 844, §§ 2º e 3º, CLT)

Na mesma linha, também é inconstitucional a cobrança de custas em caso


de novo ajuizamento de reclamaçã o previamente arquivada, pois tal exigência fere
frontalmente o princípio do acesso à justiça.

É inquestioná vel a situaçã o de vulnerabilidade financeira geral do


trabalhador ordiná rio que busca a Justiça do Trabalho, portanto, esta imposiçã o é
estranha à pró pria natureza desta justiça social especializada.

A tese obreira aqui apresentada também encontra respaldo no


entendimento aprovado pelo instituto ANAMATRA em seu Enunciado Nº 6, conforme
ementa infra:

ACESSO À JUSTIÇA. Art. 844, § 2º e § 3º, da CLT.


Inconstitucionalidade. Viola o princípio de acesso à justiça a
exigência de cobrança de custas de processo arquivado
como pressuposto de novo ajuizamento. O princípio do
acesso à justiça é uma das razões da própria existência da
justiça do trabalho, o que impede a aplicação dessas regras,
inclusive sob pena de esvaziar o conceito de gratuidade da
justiça.

Diante do exposto, apenas por cautela e com fulcro no princípio da


eventualidade, a Reclamante requer a Vossa Excelência, de forma sucessiva, caso nã o
seja reconhecida a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do pagamento de
honorá rios sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de custas processuais ainda que
concedido o benefício da gratuidade de justiça, que seja respeitado o princípio da
causalidade para eximir o obreiro do pagamento de quaisquer honorá rios
sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de eventuais custas processuais, pois o
processo nã o pode reverter-se em dano para quem tinha razã o de o instaurar, devendo
aquele que deu causa à demanda responder pelas despesas desta decorrentes. Todo
exposto, o Reclamante requer a Vossa Excelência que seja reconhecida a inaplicabilidade
do disposto no art. 790-b (caput e § 4º); no § 4º do art. 791-a e §§ 2º e 3º do art. 844, em
face do teor eminentemente inconstitucional de tais dispositivos.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS A BENEFICIÁRIOS


DA JUSTIÇA GRATUITA

O reclamante pede o deferimento do benefício da justiça gratuita também


no tocante a possível cobrança de honorá rios periciais e advocatícios, conforme
entendimento concluído em 21 de outubro de 2021, quando o STF inconstitucional a
obrigação de pagamento de honorários advocatícios e periciais por beneficiário
na Justiça do Trabalho, conforme disposto nos artigos 790-B, caput e 4º, e 791-A,
parágrafo 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se de decisão na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº 5766.

Seguindo também entendimento de Tribunais Superiores:

HONORÁRIOS PERICIAS. PARTE SUCUMBENTE


BENEFICIÁRIA DA JUSTIÇA GRATUITA. ISENÇÃO DO
PAGAMENTO. Os honorários periciais devem ser incluídos
nas despesas processuais para efeito dos benefícios da
justiça gratuita, nos termos do que dispõe o art. 790-B da
CLT e Portaria nº 443/2013 do TRT da 12ªRegião. Fica assim,
o beneficiário da Justiça Gratuita, isento do pagamento dos
honorários periciais devidos, mesmo que sucumbente na
pretensão objeto da perícia, conforme a Resolução nº
66/2010 do CSJT. (TRT-12 - RO: 00045586220135120046 SC
0004558-62.2013.5.12.0046, Relator: WANDERLEY GODOY
JUNIOR, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de Publicação:
02/04/2018).

O entendimento também está sumulado pelo TST, nº 457:

HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA


GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO
PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT.
OBSERVÂNCIA. (Conversão da Orientação Jurisprudencial
nº 387 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. A União é responsável
pelo pagamento dos RO 0004558-62.2013.5.12.0046 -22
Documento assinado eletronicamente por WANDERLEY
GODOY JUNIOR, Desembargador Redator, em 12/03/2018.
Dada ciência ao Representante do Ministério Público do
Trabalho mediante envio eletrônico deste acórdão.
honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto
da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita,
observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da
Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho - CSJT.

Desta feita, requer a reclamante a aplicabilidade dos entendimentos acima,


pois sendo o reclamante beneficiá rio de justiça gratuita, nã o poderá ser condenado a
pagamento de honorá rios periciais ou advocatícios.

A vista o exposto, apenas por cautela e com fulcro no princípio da


eventualidade, a Reclamante requer a Vossa Excelência, de forma sucessiva, caso
não seja reconhecida a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do pagamento
de honorários sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de custas processuais
ainda que concedido o benefício da gratuidade de justiça, que seja respeitado o
princípio da causalidade para eximir o obreiro do pagamento de quaisquer
honorários sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de eventuais custas
processuais, pois o processo não pode reverter-se em dano para quem tinha razão
de o instaurar, devendo aquele que deu causa à demanda responder pelas
despesas desta decorrentes.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

É cediço que hoje, vige o princípio da aptidão da prova, a significar que o


onus probandi é de quem possui condiçõ es de cumpri-lo.

A inversã o do ô nus da prova é possível no processo do trabalho por


aplicaçã o subsidiá ria do artigo 6º, VIII do CDC, desde que concomitantemente presentes
os elementos da verossimilhança das alegaçõ es e da hipossuficiência da parte, e os
meios de prova necessá rios estejam na posse do empregador.

Assim, a autora requer neste ato a inversão do ônus da prova, devido a sua
hipossuficiência em face do poder econômico da reclamada e por esta se
encontrar em posse de vários os documentos, que comprovam todos os fatos
alegados, que comprovam todos os fatos alegados, notadamente cartões de ponto,
recibos de pagamento, extrato analítico de FGTS.

DOS FUNDAMENTOS

A Reclamante fundamenta a referida açã o com os artigos da Constituiçã o


Federal, CLT, Có digo Civil Brasileiro, Sú mulas e OJ do TST.
IV. CAUSA DE PEDIR

Em face dos fatos narrados, faz jus a Reclamante ao reconhecimento


de vínculo empregatício, anotação de sua CTPS, as verbas rescisórias,,
recolhimento de FGTS e da multa rescisória de 40%, pagamento das contribuições
previdenciárias.

V. DOS PEDIDOS

Em face ao exposto, requer a Vossa Excelência, que a Reclamada seja


condenada nos seguintes pedidos:

1. A concessã o dos benefícios da assistência judiciá ria gratuita, visto ser a


Reclamante pobre na forma da lei;
2. Que seja reconhecida a inaplicabilidade do disposto no art. 790-b (caput e
§ 4º); no § 4º do art. 791-a e §§ 2º e 3º do art. 844, em face do teor
eminentemente inconstitucional de tais dispositivos _________ incalculá vel;
3. Sucessivamente, que seja respeitado o princípio da causalidade para
eximir a obreira do pagamento de quaisquer honorá rios sucumbenciais
(advocatícios e periciais) e de eventuais custas processuais, pois o
processo nã o pode reverter-se em dano para quem tinha razã o de o
instaurar, devendo aquele que deu causa à demanda responder pelas
despesas desta decorrentes ________________ incalculá vel;
4. Declaraçã o por sentença do reconhecimento do vínculo empregatício do
período nã o anotado na CTPS, qual seja, de 07.09.2016 a 09.03.2023,
devendo igualmente a reclamada recolher o FGTS e INSS pertinente,
surtindo todos os efeitos legais, como pagamento referente a todas as
verbas rescisó rias e indenizató rias ____________________________ incalculá vel;
5. A autor requer neste ato a inversã o do ô nus da prova, devido a sua
hipossuficiê ncia em face do poder econô mico da reclamada e por esta se
encontrar em posse de vá rios os documentos, que comprovam todos os
fatos alegados;
6. Pagamento de todas as verbas rescisó rias como dispensa sem justa causa
calculadas sobre o salá rio de R$ 600,00 (seiscentos reais), quais sejam:
aviso prévio indenizado, férias indenizadas acrescidas de 1/3, férias
proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salá rio indenizado e 13º salá rio
proporcional, total de R$ 9.390,88;
7. Pagamento da multa do art. 477, total R$ 600,00;
8. Entrega das guias para habilitaçã o junto ao programa do seguro
desemprego, sob pena de condenaçã o em indenizaçã o compensató ria
equivalente ao valor de 05 (cinco) parcelas do programa do seguro
desemprego, cada uma no valor de R$ 1.302,00, totalizando R$ 6.510,00;
9. Recolhimento das competências nã o recolhidas de FGTS e recolhimento
da multa rescisó ria de 40% sobre o total do FGTS no total de R$ 5.389,61;
10. Requer o pagamento de honorá rios advocatícios, a razã o de 15% sobre o
valor da causa (honorá rios sucumbenciais), ou do valor da liquidaçã o da
sentença – a ser apurado.

DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em


direito, especialmente pelo depoimento pessoal da Reclamada, por oitiva de testemunha,
por perícia, sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis.

DA NOTIFICAÇÃO

Assim sendo, requer que a presente açã o seja julgada PROCEDENTE,


condenando a Reclamada ao pagamento do principal acrescido de juros, multa, correçã o,
custas processuais, honorá rios advocatícios, ao tempo em que requer seja a Reclamada
seja devidamente notificada para responder aos termos da presente açã o sob pena de
revelia e confissã o.

Dá -se a causa o valor de R$ 21.890,49 (vinte e um mil, oitocentos e


noventa reais e quarenta e nove centavos).

Nos termos em que pede deferimento.


Sã o Miguel dos Campos/AL, 04 de abril de 2023.

Sacha Natá lia Houly Simõ es Silva


.OAB/AL 18.091

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