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Claudino & Zeferino

Advogados
Registro na OAB/AL nº 398/2014

AO JUÍZO DA _______ VARA FEDERAL DO TRABALHO DE SÃO MIGUEL DOS


CAMPOS/AL

JOSÉ DENILDO DOS SANTOS, brasileiro, entregador, portador da cédula


de identidade nº 41557999 SSP/AL, inscrito no CPF/MF sob o nº 137,698.964-67, CTPS
nº 6125001, série 0060/AL, residente e domiciliado na Rua Q. U 2, 14, Loteamento Hélio
Jatobá , Sã o Miguel dos Campos/AL, CEP: 57.246-310, por seus advogados infra-
assinados e legalmente constituídos, nos termos do instrumento de mandato incluso,
com escritó rio profissional no endereço citado no aludido instrumento, onde poderã o
receber avisos, notificaçõ es e intimaçõ es pelo ora Reclamante, com fulcro nos art. 840 da
CLT e no art. 319 do CPC, vem, respeitosamente, a presença de Vossa Excelência propor
a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA COM PEDIDO DE RESCISÃO INDIRETA

pelo rito sumaríssimo, em face da A.M.D. DA SILVA MARTINS & CIA LTDA, inscrita no
CNPJ sob o nº 44.115.406/0001-95, situada no Loteamento Wellington Torres, 37,
quadra A, bairro de Fá tima, Sã o Miguel dos Campos/AL, CEP: 57.245-145, na pessoa do
seu Representante Legal, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I. PRELIMINARMENTE

DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

Inicialmente, requer o Reclamante a concessã o dos benefícios da justiça


gratuita, com fulcro no disposto na Lei 1.060/50, no art. 98 e ss. do CPC, bem como no
art. 790, pará grafos 3º e 4º da CLT, em virtude de ser pessoa pobre na acepçã o jurídica
da palavra e sem condiçõ es de arcar com os encargos decorrentes do processo, sem
prejuízo de seu pró prio sustento e de sua família, conforme declaraçã o de
hipossuficiência em anexo.

Destaca-se ainda que o salá rio do Reclamante correspondia a um salá rio


mensal, no caso, ele percebia R$ 1.212,00 (hum mil, duzentos e doze reais) por mês;

Rua Benedito Correia de Sá , 97, Canto da Saudade.


Sã o Miguel dos Campos/AL, CEP: 57.241-010
Fones: (82) 3271-1466/99373-2810(Claro-WhatsApp)
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percebe-se, portanto, que o Reclamante recebia salá rio inferior a 40% (quarenta por
cento) do limite má ximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

Infere-se dos documentos acostados, que o obreiro atende as exigências


para concessã o da justiça gratuita.

Vale ressaltar que, conforme o § 4º, art. 99, do novo CPC, a assistência por
advogado particular não impede a concessã o de gratuidade da justiça.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS A BENEFICIÁRIOS


DA JUSTIÇA GRATUITA

O reclamante pede o deferimento do benefício da justiça gratuita também


no tocante a possível cobrança de honorá rios periciais e advocatícios, conforme
entendimento concluído em 21 de outubro de 2021, quando o STF inconstitucional a
obrigação de pagamento de honorários advocatícios e periciais por beneficiário
na Justiça do Trabalho, conforme disposto nos artigos 790-B, caput e 4º, e 791-A,
parágrafo 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se de decisão na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº 5766.

Seguindo também entendimento de Tribunais Superiores:

HONORÁRIOS PERICIAS. PARTE SUCUMBENTE BENEFICIÁRIA DA


JUSTIÇA GRATUITA. ISENÇÃO DO PAGAMENTO. Os honorários
periciais devem ser incluídos nas despesas processuais para efeito dos
benefícios da justiça gratuita, nos termos do que dispõe o art. 790-B
da CLT e Portaria nº 443/2013 do TRT da 12ªRegião. Fica assim, o
beneficiário da Justiça Gratuita, isento do pagamento dos honorários
periciais devidos, mesmo que sucumbente na pretensão objeto da
perícia, conforme a Resolução nº 66/2010 do CSJT. (TRT-12 - RO:
00045586220135120046 SC 0004558-62.2013.5.12.0046, Relator:
WANDERLEY GODOY JUNIOR, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de
Publicação: 02/04/2018).

O entendimento também está sumulado pelo TST, nº 457:

HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA.


RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO
Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. (Conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014,
DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. A União é responsável pelo
pagamento dos RO 0004558-62.2013.5.12.0046 -22 Documento
assinado eletronicamente por WANDERLEY GODOY JUNIOR,

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Desembargador Redator, em 12/03/2018. Dada ciência ao


Representante do Ministério Público do Trabalho mediante envio
eletrônico deste acórdão. honorários de perito quando a parte
sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência
judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e
5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho - CSJT.

Desta feita, requer o reclamante a aplicabilidade dos entendimentos acima,


pois sendo o reclamante beneficiá rio de justiça gratuita, nã o poderá ser condenado ao
pagamento de honorá rios periciais ou advocatícios.

DO JUÍZO 100% DIGITAL

A Resoluçã o nº 214/2021 do TRT 19ª Regiã o instituiu a possibilidade de


que o processo aconteça em um Juízo 100% digital.

Diante da possibilidade apresentada na referida resoluçã o, o reclamante


pleiteia que os autos sejam distribuídos no Juízo 100% digital.

II. DO MÉRITO

DOS FATOS

DO CONTRATO DE TRABALHO, DA FUNÇÃO E DA REMUNERAÇÃO

O reclamante fora admitido na reclamada em 02 de junho de 2021, de


maneira clandestina, na funçã o de motoboy, passando a ter sua CTPS assinada em 13 de
novembro de 2021, sendo dispensado sem justa causa em 18 de outubro de 2022.

Em que pese sua CTPS constar a funçã o de balconista, o reclamante


sempre exerceu a funçã o de motoboy.

Seu ú ltimo salá rio foi de R$ 1.212,00 (hum mil, duzentos e doze reais).

DA RETIFICAÇÃO DA ANOTAÇÃO DA ADMISSÃO E DA FUNÇÃO DO RECLAMANTE

Como mencionado, o contrato de trabalho do reclamante nã o fora anotado


corretamente, restando incorreta as informaçõ es quanto a data de admissã o e quanto a
funçã o do obreiro.

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Assim, a reclamada nã o procedeu corretamente com o registro o que deixou claro a


fraude ocorrida em todo o período do contrato de trabalho, necessá rio se faz a
retificaçã o da data de admissã o do obreiro bem como a de sua funçã o, devendo a
reclamada proceder com a devida ANOTAÇÃ O de período correto do contrato de
trabalho na CTPS do reclamante, efetivamente laborado, qual seja, 02.06.2021 a
18.10.2022, tendo em vista que o Reclamante laborou todo o período de maneira
clandestina.

Ainda, importante que a reclamada realize a alteraçã o quanto a funçã o do obreiro, visto
que em sua CTPS consta a funçã o de balconista, funçã o que nunca fora realizado pelo
reclamante, devendo ser incluída a real funçã o deste, qual seja, a funçã o de entregador –
motoboy.

Desta forma, que seja declarado e confirmado por sentença o real período laborado pelo
obreiro, qual seja, 02/06/2021 a 18/10/2022, e, consequente anotaçã o na carteira de
trabalho para constar todo período efetivamente laborado pelo reclamante, devendo
igualmente a reclamada recolher o FGTS e INSS pertinente ao período clandestino,
surtindo todos os efeitos legais, como pagamento referente a todas as verbas rescisó rias
e indenizató rias, advindas da rescisã o do contrato de trabalho sem justa causa, bem
como que seja retificada a funçã o do obreiro, fazendo constar a funçã o de entregador –
motoboy na CTPS do obreiro.

DAS DIFERENÇAS DAS VERBAS RESCISÓRIAS E TRABALHISTAS

O obreiro faz jus a receber as verbas rescisó rias e trabalhistas calculadas


sobre o salá rio percebido de R$ 1.212,00 (hum mil, duzentos e doze reais) + o acréscimo
de 30% em razã o do adicional de periculosidade em razã o do usa de motocicleta, quais
sejam: saldo de salá rio, aviso prévio indenizado proporcional, férias proporcionais + 1/3
constitucional, férias indenizadas acrescidas de 1/3, 13º proporcional e indenizado;
multa de 40% sobre o valor total do FGTS, conforme Memó ria de Cá lculo anexa.

DAS HORAS EXTRAS. DOS DOMINGOS EM DOBRO. DOS FERIADOS. DO INTERVALO


INTRAJORNADA

Durante o contrato de trabalho, o reclamante laborou em turnos, no


primeiro iniciava seu labor à s 07h00 até à s 14h30, sem intervalo para descanso, nos
feriados que acontecessem durante o turno realizava o mesmo horá rio, quais sejam,
xxxx .

No segundo turno, iniciava seu labor à s 14h30 até à s 22h00, sem intervalo
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para descanso, aos domingos, iniciava seu labor à s 07h00 até à s 22h00, sem intervalo
para descanso, nos feriados que acontecessem durante o turno realizava o mesmo
horá rio, quais sejam, xxxxx.

Nos ú ltimos 04 meses de labor do reclamante para a reclamada houve uma


alteraçã o em sua jornada, quando este laborava em horá rio noturno e tinha que laborar
aos domingos, era realizado plantã o, iniciando à s 07h00 até as 10h00, com 02h00 de
descanso, voltava à s 12h00 até as 22h00 trabalhando e o valor da alimentaçã o era de
R$15,00. Na outra semana iniciava as 10h00 até à s 22h00, sem horá rio de descanso,
apenas se alimentava no local do trabalho e retornava a trabalhar.

Alega o reclamante, que nã o percebia as horas extras que fazia, nem as


dobras de domingos, aos feriados em dobro que laborou, bem como sequer percebia
remuneraçã o quanto aos intervalos intrajornadas suprimidos, fazendo jus ao
recebimento das horas extras com adicional de 50%, as dobras de domingo com
adicional de 100%, aos feriados em dobro com adicional de 100% e as horas entras com
adicional de 50% em razã o dos intervalos intrajornadas suprimidos, visto que estas nã o
foram computadas. e ainda, devido à constâ ncia na realizaçã o de horas extras devem
estas integrar o salá rio mensal recebido pelo Reclamante.

A reclamada deve ser condenada no pagamento das diferenças das horas


extras com adicional de 50%, as dobras de domingo com adicional de 100%, aos feriados
em dobro com adicional de 100% e as horas entras com adicional de 50% em razã o dos
intervalos intrajornadas suprimidos, todas as verbas com as devidas repercussõ es em
todas as verbas contratuais e rescisó rias, DSR, aviso prévio, décimo terceiro salá rio
integral e proporcional, férias acrescidas de 1/3 integral e proporcional, FGTS depó sito e
multa de 40%.

Vale salientar que os pedidos aqui realizados, configuram pedidos


genéricos (art. 324 do CPC), com indicaçã o de valores estimados, tendo em vista a
impossibilidade da Reclamante de apresentar pedido certo e determinado, conforme
estabelece o art. 840, § 1° da Lei 13.467 (“Reforma Trabalhista”).

DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

O reclamante durante todo seu labor realizou a funçã o de entregador, fazendo uso de
motocicleta, realizando as entregas de medicamentos vendidos pela reclamada.

É notó rio o grande risco que corre os entregadores de mercadorias na conduçã o de


motocicletas, sendo exposto constantemente a acidentes de trâ nsito, assim, o reclamante
faz jus ao recebimento do adicional de periculosidade, nos termos dos pará grafos 1º e 4º
do artigo 193 da CLT, conforme segue:
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Art. 193 - Sã o consideradas atividades ou operaçõ es perigosas, na forma da


regulamentaçã o aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas
que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposiçã o permanente do trabalhador [...]
§ 1º - O trabalho em condiçõ es de periculosidade assegura ao empregado
um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salá rio sem os acréscimos
resultantes de gratificaçõ es, prêmios ou participaçõ es nos lucros da
empresa.
[...]
§ 4º - Sã o consideradas perigosas as atividades de trabalhador em
motocicleta.

Portanto, faz jus o reclamante ao pagamento de adicional de periculosidade na


importâ ncia de 30% (trinta por cento) durante todo período efetivamente laborado,
bem como suas repercussõ es, quais sejam, 13º salá rio, aviso prévio, férias + 1/3, FGTS.

DA LIBERAÇÃO DO FGTS E DA MULTA RESCISÓRIA DE 40%

A reclamada realizou os depó sitos das competências de FGTS de maneira


errô nea uma vez que nã o realizou considerando a remuneraçã o devida ao reclamante,
desta maneira requer o reclamante que seu FGTS seja corretamente recolhido e,
posteriormente, liberado para levantamento. Ainda a condenaçã o da reclamada ao
recolhimento da multa rescisó ria de 40% sobre o valor total do FGTS, com posterior,
liberaçã o. O que se requer desde já .

DO SEGURO-DESEMPREGO

Em sendo acolhido o requerimento de rescisã o indireta, a reclamada deve


entregar as guias para recebimento do seguro-desemprego. Caso nã o apresente, seja
condenada a pagar indenizaçã o substitutiva, nos termos da Sú mula nº 389, II do TST.

Diante do exposto, o reclamante requer a Vossa Excelência que


condene o reclamado na obrigação de fazer: entregar as guias para habilitação
junto ao programa do seguro-desemprego, sob pena de condenação em
indenização compensatória equivalente ao valor de 05 (cinco) parcelas do
programa do seguro-desemprego, cada uma no valor de R$ 1.737,58, totalizando
R$ 6.950,34.

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DOS DANOS MORAIS EM RAZÃO DOS DESCUMPRIMENTOS DE OBRIGAÇÕES


TRABALHISTAS

O reclamante sofreu diante das atitudes descabidas da reclamada, tendo em vista que,
em ambos os contratos para a empresa ré, esta realizou inú meras promessas ao
reclamante e nã o cumpriu com nenhuma.

Como se nã o bastasse todo o descaso com o qual o reclamante era tratado, a reclamada
até a presente data nã o realizou o pagamento das verbas resilitó rias, o que dificultou
ainda mais a situaçã o financeira do reclamante, que dependia diretamente dos salá rios
para sustento pró prio e de toda a sua família.
Ressalte-se todo o descaso sofrido pelo Reclamante, que acreditou nas promessas da
reclamada, deixando o reclamante sem qualquer tipo de auxílio, totalmente
desnorteado, sem saber ao certo como lidar com a situaçã o experimentada.

O art. 932, inciso III do Có digo Civil de 2002 ressalta a responsabilidade da empresa
diante dos empregados:

Art. 932: Sã o também responsá veis pela reparaçã o civil:


I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade em em
sua companhia;
II – o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas
mesmas condiçõ es;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razã o dele;
IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se
albergue por dinheiro, mesmo para fins de educaçã o, pelos seus hó spedes,
moradores e educandos;
V – os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até
a concorrente quantia.

Ainda, estabelece ainda o art. 157 do Có digo Civil vigente:

Art. 157: Ocorre lesã o quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou
por inexperiência, se obriga a prestaçã o manifestamente desproporcional
ao valor da prestaçã o oposta.

Com efeito, caracterizado o ato ilícito da reclamada e o flagrante prejuízo ao Reclamante,


advém-lhe o dever de reparar o dano nos termos dos artigos 186, 187 e 927 do Có digo
Civil, Lei 10.406/2002:

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Art. 186 - Aquele que, por açã o ou omissã o voluntá ria, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-
lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econô mico ou
social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
[...]
Art. 927 - Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará -lo.

Como menciona o autor Maurício Godinho Delgado:

É do empregador, evidentemente, a responsabilidade pelas indenizaçõ es


por dano moral ou à imagem resultantes de conduta ilícita por ele
cometida, ou por suas chefias, contra o empregado, sem relaçã o com a
infortunística do trabalho. (2007, p. 619).

Desta forma, nã o resta dú vida quanto à responsabilidade civil caracterizada diante de


situaçõ es em que o trabalhador é exposto pelo empregador. Como mencionado
anteriormente, o art. 927 do Có digo Civil dispõ e acerca do dever de reparaçã o.

A responsabilidade civil configura o dever de amenizar toda a dor, angú stia e sofrimento
causados ao empregado, como ressalta Raimundo Simã o de Melo:

A responsabilidade civil, com efeito, constitui uma resposta ao ato ilícito


pela reparaçã o do direito lesado, sendo a sua busca incumbência da vítima,
pois, na maioria das vezes, a ofensa se dá contra interesse privado. (2006,
pá g. 149).

Destarte o empregador que ofende direito do obreiro tem o encargo de reparar o dano
de modo equâ nime para compensar todos os danos a este causados.

Observa-se, nessa hipó tese, a presença dos três elementos da responsabilidade civil: a
culpa, o dano e o nexo de causalidade.

A culpa resta configurada quando a reclamada nã o cumpriu com as promessas


realizadas ao reclamante, que acreditou que poderia prover seu sustento e de toda a sua
família, entretanto, com a frustraçã o de nã o perceber o que lhe era devido, diante das
atitudes descabidas da reclamada.

O dano resta demonstrado uma vez que o reclamante passou por diversas privaçõ es
diante das atitudes praticadas pela reclamada.

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O nexo de causalidade ocorreu quando da comprovaçã o da culpa da reclamada com a


demonstraçã o de todo o dano intimamente sofrido pelo reclamante, o que lhe causou
intensas angú stias.

Alguns Tribunais vêm julgando demandas semelhantes, reconhecendo o dano moral em


casos de descumprimento de obrigaçõ es trabalhistas, vejamos:

DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕ ES TRABALHISTAS. DANOS


MORAIS. INDENIZAÇÃ O. O atraso no pagamento de salá rios de forma
sistemá tica e contumaz, aliado ao nã o pagamento das verbas
rescisó rias no prazo legal, é suficiente para provocar danos morais ao
reclamante. (TRT 18, ROPS – 0010323-88.2015.5.18.0171, Relator:
Marilda Jungmann Gonçalves Daher , 2ª Turma, 27/11/2015).

Desta forma Exa., tendo em vista toda a angú stia, sofrimento, desprezo sentidos pelo
reclamante, faz-se necessá ria uma indenizaçã o com cará ter compensató rio por toda
amargura e sofrimento intimamente experimentados pela vítima, em uma indenizaçã o
pecuniá ria que sirva de cará ter punitivo, tendo em vista a intensidade do dano
experimentado pelo Reclamante, em valor nã o inferior a cinco vezes os salá rios
contratuais do ofendido, no montante de R$ 6.060,00 (seis mil e sessenta reais),
atualizado monetá riamente, valores atribuídos com o advento da Lei n° 13.467/2017,
art. 223-G, §1°, tendo em vista a ofensa suportada pelo reclamante, que tenha ainda a
finalidade de inibir futuras prá ticas, como o caso concreto, pela reclamada.

Assim, a vista do acima exposto, requer que se cumpra a funçã o social do instituto do
dano moral previsto em nosso Ordenamento Jurídico.

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Em razã o do art. 791-A da CLT, sã o devidos honorá rios de sucumbência ao


advogado, in verbis:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão


devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5%
(cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor
que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda
Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo
sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
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III - a natureza e a importância da causa;


IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu
serviço.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de
sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha
obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de
suportara despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência
ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da
decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a
situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de
gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do
beneficiário.
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção.

Nesse sentido, o patrono do Reclamante faz jus aos Honorá rios


Sucumbenciais no percentual de 15% sobre o valor da liquidaçã o da sentença.

DO PAGAMENTO DAS CUSTAS PROCESSUAIS EM CASO DE ARQUIVAMENTO COMO


PRESSUPOSTO PARA NOVO AJUIZAMENTO (Art. 844, §§ 2º e 3º, CLT)

Na mesma linha, também é inconstitucional a cobrança de custas em caso


de novo ajuizamento de reclamaçã o previamente arquivada, pois tal exigência fere
frontalmente o princípio do acesso à justiça.

É inquestioná vel a situaçã o de vulnerabilidade financeira geral do


trabalhador ordiná rio que busca a Justiça do Trabalho, portanto, esta imposiçã o é
estranha à pró pria natureza desta justiça social especializada.

A tese obreira aqui apresentada também encontra respaldo no


entendimento aprovado pelo instituto ANAMATRA em seu Enunciado Nº 6, conforme
ementa infra:

ACESSO À JUSTIÇA. Art. 844, § 2º e § 3º, da CLT.


Inconstitucionalidade. Viola o princípio de acesso à justiça a exigência
de cobrança de custas de processo arquivado como pressuposto de
novo ajuizamento. O princípio do acesso à justiça é uma das razões da
própria existência da justiça do trabalho, o que impede a aplicação
dessas regras, inclusive sob pena de esvaziar o conceito de gratuidade
da justiça.

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Diante do exposto, apenas por cautela e com fulcro no princípio da


eventualidade, o Reclamante requer a Vossa Excelência, de forma sucessiva, caso nã o
seja reconhecida a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do pagamento de
honorá rios sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de custas processuais ainda que
concedido o benefício da gratuidade de justiça, que seja respeitado o princípio da
causalidade para eximir o obreiro do pagamento de quaisquer honorá rios
sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de eventuais custas processuais, pois o
processo nã o pode reverter-se em dano para quem tinha razã o de o instaurar, devendo
aquele que deu causa à demanda responder pelas despesas desta decorrentes. Todo
exposto, o Reclamante requer a Vossa Excelência que seja reconhecida a inaplicabilidade
do disposto no art. 790-b (caput e § 4º); no § 4º do art. 791-a e §§ 2º e 3º do art. 844, em
face do teor eminentemente inconstitucional de tais dispositivos.

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA COBRANÇA DE HONORÁRIOS A BENEFICIÁRIOS


DA JUSTIÇA GRATUITA

O reclamante pede o deferimento do benefício da justiça gratuita também


no tocante a possível cobrança de honorá rios periciais e advocatícios, conforme
entendimento concluído em 21 de outubro de 2021, quando o STF inconstitucional a
obrigação de pagamento de honorários advocatícios e periciais por beneficiário
na Justiça do Trabalho, conforme disposto nos artigos 790-B, caput e 4º, e 791-A,
parágrafo 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Trata-se de decisão na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn) nº 5766.

Seguindo também entendimento de Tribunais Superiores:

HONORÁRIOS PERICIAS. PARTE SUCUMBENTE BENEFICIÁRIA DA


JUSTIÇA GRATUITA. ISENÇÃO DO PAGAMENTO. Os honorários
periciais devem ser incluídos nas despesas processuais para efeito dos
benefícios da justiça gratuita, nos termos do que dispõe o art. 790-B
da CLT e Portaria nº 443/2013 do TRT da 12ªRegião. Fica assim, o
beneficiário da Justiça Gratuita, isento do pagamento dos honorários
periciais devidos, mesmo que sucumbente na pretensão objeto da
perícia, conforme a Resolução nº 66/2010 do CSJT. (TRT-12 - RO:
00045586220135120046 SC 0004558-62.2013.5.12.0046, Relator:
WANDERLEY GODOY JUNIOR, SECRETARIA DA 1A TURMA, Data de
Publicação: 02/04/2018).

O entendimento também está sumulado pelo TST, nº 457:

HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA.


RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO
Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. (Conversão da Orientação
Rua Benedito Correia de Sá , 97, Canto da Saudade.
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Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) - Res. 194/2014,


DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. A União é responsável pelo
pagamento dos RO 0004558-62.2013.5.12.0046 -22 Documento
assinado eletronicamente por WANDERLEY GODOY JUNIOR,
Desembargador Redator, em 12/03/2018. Dada ciência ao
Representante do Ministério Público do Trabalho mediante envio
eletrônico deste acórdão. honorários de perito quando a parte
sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência
judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e
5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho - CSJT.

Desta feita, requer a reclamante a aplicabilidade dos entendimentos acima,


pois sendo o reclamante beneficiá rio de justiça gratuita, nã o poderá ser condenado a
pagamento de honorá rios periciais ou advocatícios.

A vista o exposto, apenas por cautela e com fulcro no princípio da


eventualidade, o Reclamante requer a Vossa Excelência, de forma sucessiva, caso
não seja reconhecida a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do pagamento
de honorários sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de custas processuais
ainda que concedido o benefício da gratuidade de justiça, que seja respeitado o
princípio da causalidade para eximir o obreiro do pagamento de quaisquer
honorários sucumbenciais (advocatícios e periciais) e de eventuais custas
processuais, pois o processo não pode reverter-se em dano para quem tinha razão
de o instaurar, devendo aquele que deu causa à demanda responder pelas
despesas desta decorrentes.

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA

É cediço que hoje, vige o princípio da aptidão da prova, a significar que o


onus probandi é de quem possui condiçõ es de cumpri-lo.

A inversã o do ô nus da prova é possível no processo do trabalho por


aplicaçã o subsidiá ria do artigo 6º, VIII do CDC, desde que concomitantemente
presentes os elementos da verossimilhança das alegaçõ es e da hipossuficiência da
parte, e os meios de prova necessá rios estejam na posse do empregador.

Assim, o autor requer neste ato a inversão do ônus da prova, devido


a sua hipossuficiência em face do poder eco nômico da reclamada e por esta se
encontrar em posse de vários os documentos, que comprovam todos os fatos
alegados, que comprovam todos os fatos alegados, notadamente cartões de
ponto, recibos de pagamento, extrato analítico de FGTS.

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DA CAUSA DE PEDIR

Em face dos fatos narrados, faz jus o Reclamante a retificaçã o da data de


admissã o e da funçã o na CTPS do obreiro, das diferenças das verbas rescisó rias, das
horas extras, das dobras de domingos, dos feriados em dobro, do intervalo intrajornada,
do adicional de periculosidade, das diferenças de FGTS e multa de 40%, seguro-
desemprego, dano moral.

DOS FUNDAMENTOS

O Reclamante fundamenta a referida açã o com os artigos da Constituiçã o


Federal, CLT, Sú mulas, CLT.

DOS PEDIDOS

Em face ao exposto, requer a Vossa Excelência, que a Reclamada seja


condenada nos seguintes pedidos:

1. Requer a concessã o dos benefícios da justiça gratuita, visto ser a


reclamante pobre na forma da lei;
2. que seja reconhecida a inaplicabilidade do disposto no art. 790-b (caput e
§ 4º); no § 4º do art. 791-a e §§ 2º e 3º do art. 844, em face do teor
eminentemente inconstitucional de tais dispositivos __________ incalculá vel;
3. Sucessivamente, que seja respeitado o princípio da causalidade para
eximir o obreiro do pagamento de quaisquer honorá rios sucumbenciais
(advocatícios e periciais) e de eventuais custas processuais, pois o
processo nã o pode reverter-se em dano para quem tinha razã o de o
instaurar, devendo aquele que deu causa à demanda responder pelas
despesas desta decorrentes _____________________________________ incalculá vel;
4. A retificaçã o da data de admissã o na CTPS do Reclamante para fazer
constar o período efetivamente laborado, qual seja, 02.06.2021 a
18.10.2022, ______________________________________ incalculá vel;
5. A retificaçã o da funçã o na CTPS do reclamante para fazer constar a funçã o
de entregador-motoboy ____________________________ incalculá vel;
6. Pagamento de todas as verbas rescisó rias calculadas sobre o salá rio do
reclamante, R$ 2.360,28 (dois mil, trezentos e sessenta reais e vinte e oito
centavos), quais sejam: saldo de salá rio (786,78), aviso prévio indenizado
proporcional (R$ 2.596,31), férias proporcionais + 1/3 constitucional (R$
3.147,04), 13º proporcional (R$ 1.966,90), total de R$ 8.497,03;
7. Pagamento de 1.193 horas extras com adicional de 50% (R$ 22.449,43) e

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seus reflexos nas férias acrescidas de 1/3 (R$ 2.683,61), 13º salá rio (R$
2.018,92), aviso prévio (R$ 1.986,19), DSR (R$ 4.744,34), FGTS e multa
rescisó ria e demais verbas contratuais e rescisó rias, total de R$ 33.882,49;
8. Pagamento de 273 horas extras com adicional de 50% a título de intervalo
intrajornada (R$ 5.137,21) e seus reflexos nas férias acrescidas de 1/3 (R$
612,85), 13º salá rio (R$ 461,42), aviso prévio (R$ 448,67), DSR (R$
1.087,96), FGTS e multa rescisó ria e demais verbas contratuais e
rescisó rias, total de R$ 7.748,11;
9. Pagamento de 96 horas extras referente à s dobras de domingo com
adicional de 100% (R$ 16.169,76) e suas repercussõ es em todas as verbas
trabalhistas e rescisó rias, quais sejam, 13º salá rio (R$ 1.307,02), aviso
prévio (R$ 692,35), férias + 1/3 (R$ 1.678,42), no valor de R$ 19.847,55;
10. Pagamento de 96 horas extras referente à s dobras de feriados com
adicional de 100% (R$ 16.169,76) e suas repercussõ es em todas as verbas
trabalhistas e rescisó rias, quais sejam, 13º salá rio (R$ 1.307,02), aviso
prévio (R$ 692,35), férias + 1/3 (R$ 1.678,42), no valor de R$ 19.847,55;
11. Pagamento do adicional de periculosidade, no importe de 30% (trinta por
cento), e suas repercussõ es, quais sejam, 13º salá rio (R$ 1.307,02), aviso
prévio (R$ 692,35), férias + 1/3 (R$ 1.678,42), FGTS, no valor de R$
19.847,55
12. Pagamento/recolhimento e liberaçã o das diferenças de FGTS (R$
2.226,26) e da multa rescisó ria de 40% (R$ 799,82) sobre o valor total de
FGTS, total de R$ 3.026,08;
13. Entrega das guias para habilitaçã o junto ao programa do seguro
desemprego, sob pena de condenaçã o em indenizaçã o compensató ria
equivalente ao valor de 05 (cinco) parcelas do programa do seguro
desemprego, cada uma no valor de R$ 1.737,58, totalizando R$ 6.950,34;
14. 12. Pagamento de dano moral em razã o dos descumprimentos das
obrigaçõ es trabalhistas em ambos os contratos do reclamante para com a
reclamada, com atualizaçã o monetá ria, total de R$ 7.137,22;
15. O autor requer neste ato a inversã o do ô nus da prova, devido a sua
hipossuficiê ncia em face do poder econô mico da reclamada e por esta se
encontrar em posse de vá rios os documentos, que comprovam todos os
fatos alegados;
16. Requer o pagamento de honorá rios a razã o de 15% sobre o valor da causa
(honorá rios sucumbenciais).

Que sejam compensados os valores efetivamente pagos ao


reclamante.

Assim sendo, requer que a presente açã o seja julgada PROCEDENTE,


reconhecendo o vínculo empregatício entre as partes, condenando a Reclamada ao
pagamento do principal acrescido de juros, multa, correçã o, custas processuais,
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honorá rios advocatícios, recolhimento das contribuiçõ es previdenciá rias do contrato de


trabalho com o reclamante, ao tempo em que requer seja a Reclamada devidamente
notificada para responder aos termos da presente açã o sob pena de revelia e confissã o.
Sendo compensados os valores devidamente comprovados pela reclamada.

DAS PROVAS

Protesta desde já por todos os meios de provas em direito permitidos,


especialmente pelo depoimento da reclamada, sem prejuízo das demais provas que
eventualmente sejam cabíveis, por ser de JUSTIÇA.

DA NOTIFICAÇÃO

Requer ainda que seja a reclamada notificada de todos os termos da


presente, para, querendo, contestá -la, acompanhando-a até final decisã o, sob pena de
confissã o e revelia. Requer ainda o depoimento pessoal dos representantes legais da
reclamada.

Dá-se à causa o valor de R$ 45.116,62 (quarenta e cinco mil, cento e


dezesseis reais e sessenta e dois centavos).

Nos termos em que pede deferimento.


Sã o Miguel dos Campos/AL, 03 de maio de 2023.

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