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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 21ª Região

Ação Trabalhista - Rito Ordinário


0000018-48.2024.5.21.0041

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 15/01/2024


Valor da causa: R$ 113.555,13

Partes:
RECLAMANTE: RODRIGO SILVA BARACHO
ADVOGADO: PEDRO VICTOR FIGUEREDO MENDES
ADVOGADO: DIEGO CARVALHO JORDAO RAMOS
ADVOGADO: JOSUE JORDAO MENDES JUNIOR
RECLAMADO: SOSERVI-SOCIEDADE DE SERVICOS GERAIS LTDA
ADVOGADO: SILVIO EMANUEL VICTOR DA SILVA
ADVOGADO: EDUARDO JORGE AMORIM DO SOUTO
RECLAMADO: GUARARAPES CONFECCOES S/A
ADVOGADO: OSVALDO DE MEIROZ GRILO JÚNIOR
RECLAMADO: SUPERMERCADO NORDESTAO LTDA

ADVOGADO: EIDER FURTADO DE MENDONCA E MENEZES FILHO


PERITO: CAYO FARIAS PEREIRA
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Ao Juízo Federal de Uma das Varas do Trabalho de Natal, Estado do


Rio Grande Do Norte.

Competente por distribuição

RODRIGO SILVA BARACHO, brasileiro, solteiro, portador do RG nº 002.264.077


ITEP/RN, inscrito no CPF sob o nº 011.733.958-70, residente e domiciliado na Rua
do Morro, nº 4, Coqueiros, Área Rural, Ceará-Mirim/RN – CEP: 59570-000, vem,
por intermédio de seu advogado regularmente assinado, respeitosamente perante
Vossa Excelência, com fulcro no Art. 840, da CLT, opor.

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em desfavor da SOSERVI - SOCIEDADE DE SERVICOS GERAIS LTDA, empresa


de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 09.863.853/0004-74, com endereço na
Rua Tomaz Pereira, nº 1973, Lagoa Nova, Natal/RN, CEP: 59056-210, telefone (81)
2122-8893, endereço eletrônico maudcampelo@soservi.com.br, de forma
subsidiária, a GUARARAPES CONFECCOES S/A, nome de fantasia “GUARARAPES”,
empresa de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 08.402.943/0001-52, com sede
na Rodovia BR 101 Norte, nº 9000, Anexo Guararapes Confecções, Nossa Senhora
da Apresentação, Natal/RN, CEP: 59115-900, telefone (11) 2281-2442, endereço
eletrônico tributario@riachuelo.com.br, e ainda, de forma subsidiária, o
SUPERMERCADO NORDESTAO LTDA, nome de fantasia “NORDESTAO”, empresa de
direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 08.030.363/0009-39, com sede na Av.
Senador Salgado Filho, nº 1656, Lagoa Nova, Natal/RN, CEP 59056-000, pelos
fatos e razões a seguir aduzidas.

I. Do Juízo 100% Digital

A priori, tomando como base os termos da Resolução Nº 345 de 09/10/2020


do CNJ, no qual instituiu a implantação do “Juízo 100% Digital” no Poder
Judiciário, bem como o Ato Conjunto do TRT21-GP/CR nº 07/2022, o qual
estabeleceu a adoção do “Juízo 100% Digital” em toda a jurisdição do Tribunal
Regional do Trabalho da 21ª Região, a parte Autora expressa seu total interesse pela
tramitação no juízo 100% digital.

II. Da Responsabilidade Subsidiária

O Reclamante foi contratado pela Reclamada SOSERVI, em 14 de abril de


2022, para laborar como ASG, tendo sido alocado para prestar serviços na

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Reclamada GUARARAPES, Tomadora de Serviços, do período de 14 de abril de 2022


a 31 de agosto de 2023, e, posteriormente foi alocado para prestar serviços na
Reclamada NORDESTAO de 01 de setembro de 2023 a 13 de outubro de 2023.

Insta salientar que a prestação dos serviços sob a égide das 2ª e 3ª Reclamadas
ficou caracterizada através da pessoalidade e subordinação direta do Reclamante às
ordens das referidas Reclamadas, de modo que o Reclamante obedecia às
determinações de atividades, jornada de trabalho, utilização de refeitório, etc, feitos
pelas tomadoras de mão de obra.

Neste sentido, cabe a Tomadora dos Serviços guardar o dever de eleger com
critério, a empresa de terceirização e, ainda, acompanhar o desenrolar da prestação
dos serviços, verificando a existência ou não de algum tipo de prática lesiva ao
empregado contratado pela empresa eleita para participar da terceirização. Tal dever
afigura-se inerente a essa modalidade de contratação, ficando a empresa de
terceirização, neste aspecto, sujeita ao exame da Tomadora com a qual guarda uma
vinculação jurídica contratual.

É de responsabilidade, portanto, da Tomadora de Serviços o adimplemento


das obrigações trabalhistas por parte da empresa empregadora uma vez que a mesma
também se beneficiou diretamente dos serviços prestados de todo o período pelo
empregado.

Sendo assim, fica evidenciada a responsabilidade das Reclamadas


GUARARAPES, e NORDESTAO em arcarem, subsidiariamente à Reclamada Principal,
com os prejuízos suportados pelo Reclamante, vide Súmula nº 331, incisos IV e VI,
do TST.

Ante o exposto REQUER ao Douto Juízo que se digne em declarar a


responsabilidade subsidiária das Reclamadas GUARARAPES CONFECCOES S/A e
SUPERMERCADO NORDESTAO LTDA.

III. Da Concessão da Assistência Judiciária Gratuita

Excelência, de início, considerando os termos do art. 5º, LXXIV, da CF, das


Leis 1060/50 e 7.115/83, bem como o art. 790, § 3º da CLT, a parte reclamante
declara, para os devidos fins e sob as penas da Lei, não estar em condições de arcar
com o pagamento das custas e demais despesas processuais, inclusive honorários de
sucumbência, sem prejuízo de seu sustento ou de sua família, pelo que requer os
benefícios da justiça gratuita.

O disposto no artigo 790, § 3º, da CLT, a assistência judiciária gratuita pode


ser concedida de ofício pelo Juízo ou a requerimento da parte, àquele que receber
salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios
do Regime Geral de Previdência Social, ou seja, R$ 2.212,54, ou se for comprovada
a insuficiência de recursos para pagamento das custas processuais, tem direito a
Justiça Gratuita.

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Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da Constituição Federal, pelo
artigo 98 do CPC e 790 §4º da CLT, o reclamante requer que sejam deferidos os
benefícios da Justiça Gratuita em seu favor.

IV. Do Contrato de Trabalho

O reclamante foi contratado pela reclamada principal em 14 de abril de 2022


para trabalhar como ASG, tendo como última remuneração o importe de R$
1.361,26 (mil, trezentos e sessenta e um reais e vinte e seis centavos).

Conforme já citado, quando de sua contratação o Reclamante foi


prontamente alocado para prestar serviços na Empresa Guararapes, tendo lá
permanecido até o dia 31 de agosto de 2023.

Na Guararapes sua jornada de trabalho era de segunda a sábado, das


06h00min às 14h20min, com uma hora de intervalo. Destaca-se também que
durante todo o pacto contratual, o Reclamante era obrigado a trabalhar em todos os
feriados, nunca tendo recebido qualquer plus salarial nesses sentidos.

Importa destacar que na Guararapes o Reclamante batia ponto por escrito


durante todo o período laborado, com exceção aos últimos 03 meses, nos quais batia
ponto digital. Nesse sentido, tem-se que o Reclamante era obrigado a bater o ponto
em horários divergentes do realmente laborado, tendo-lhe sido dito pelo seu
Supervisor, Sr. Diego que “quem não seguisse a ordem seria demitido
imediatamente”.

Durante o período em que prestava seus serviços para a Guararapes o


Reclamante ia e volta para o trabalho em ônibus próprio da tomadora de serviços.

Suas atividades na Guararapes envolviam lavar as suqueiras, limpar o salão e


as mesas, jatear bandejas, lavar pratos, separar restos de comida, coletar lixo,
diariamente limpando fezes de gato e, por vezes limpava os banheiros do local,
utilizados por mais de 100 (cem) pessoas em média, contudo, jamais recebeu o
adicional de insalubridade correspondente às atividades prestadas.

Ainda sobre a prestação de serviços na Empresa Guararapes, tem-se que o


Reclamante passou a ser perseguido pelo seu Supervisor, Sr. Diego, e pelo
Encarregado, Sr. João Paulo, de modo que era obrigado a iniciar as atividades
laborais 20 (vinte) minutos antes dos demais funcionários (que exerciam mesmo
cargo), enquanto os referidos tomavam café da manhã na empresa. No mais, foi
xingado por diversas vezes, e na frente dos colegas de trabalho, pelo Encarregado
João Paulo, tendo sido chamado de “cabra safado”, “merda”, “ASGzinho de
merda”, inclusive, certa vez quando o Reclamante solicitou a disponibilização dos
EPI’s para iniciar as atividades laborais foi repreendido na frente de todos os
funcionários, onde o Sr. João Paulo lhe falou “que calasse a boca e não falasse merda
nenhuma para ele, que ele era só um merda, que era um ASG de merda e não
mandava em nada lá”.

As perseguições sofridas pelo Reclamante eram constantes, de modo que o


Reclamante recebeu diversas advertências imotivadas, sendo inclusive sido advertido

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02 vezes no mesmo dia pela mesma suposta (e inexistente) conduta irregular, onde o
Sr. João Paulo atribuiu tais advertências a “vezes passadas em que o Reclamante
chegou atrasado”, o que jamais ocorreu.

Não sendo bastante todo o ocorrido, o Reclamante passou a ser ameaçado


quase que diariamente, pelo mesmo Encarregado, de ser demitido, o que o fez
procurar auxílio junto ao RH da Empregadora Principal, SOSERVI, contudo,
nenhuma medida foi tomada. Em razão da inércia relatada, o Reclamante viu-se
obrigado a solicitar ajuda do Ministério Público do Trabalho, tendo ido até o MPT
para relatar as situações que vinha passando. Ocorre que, a Reclamada descobriu
que o Reclamante havia feito a denúncia, tendo-lhe sido dito que “sua situação tinha
se complicado” e que “era para ter ficado quieto por que agora ele ia se arrepender”.

Após a descoberta da denúncia citada, o Reclamante foi chamado no RH da


Empregadora SOSERVI, tendo-lhe sido informado que a partir daquele dia ele não
iria mais prestar serviços na Guararapes, que ele iria ser posto de férias e que ao
retornar, ele iria ser alocado no Nordestão da Salgado Filho, onde laborou até o dia
13 de outubro de 2023.

No Nordestão sua jornada de trabalho era de segunda a sábado, das


06h00min às 14h20min, com uma hora de intervalo, sem o pagamento de qualquer
hora extra laborada. O Reclamante batia ponto digital com cartão, contudo, ao ser
demitido reescreveram um ponto com horários fictícios, feito à mão pelo responsável
do setor de RH da Empregadora Principal.

Suas atividades rotineiras no Nordestão envolviam a limpeza das cancelas,


lavar e recolher os carrinhos de compras, bem como retirar o lixo da loja, varrer as
calçadas e o estacionamento, onde corriqueiramente tinha que limpar fezes e urina
de animais, haja vista a existência de um PetShop no estacionamento do
estabelecimento, mais uma vez o Reclamante não recebeu qualquer adicional de
insalubridade.

O Reclamante foi demitido, sem qualquer aviso prévio, no dia 13 de outubro


de 2023.

Nesse sentido, tem-se que o Reclamante sequer recebeu sua via do TRCT, o
que só veio a ocorrer após inúmeras ligações para o setor de RH da Reclamada
Principal, de modo que o Reclamante somente recebeu o importe de cerca de R$
2.742,82 (dois mil, setecentos e quarenta e dois reais e oitenta e dois centavos), e,
recebendo a informação de que estava sendo descontado R$ 1.167,78 (mil, cento e
sessenta e sete reais e setenta e oito centavos) de suas verbas rescisórias em razão de
um empréstimo consignado que o Reclamante havia feito junto à BV Financeira.

Ocorre ainda, que a BV Financeira segue cobrando até o presente dia os


valores referentes ao empréstimo citado, tendo alegado ao Reclamante que jamais
recebeu o repasse dos valores por parte da Reclamada Principal.

No mais, tem-se que o Reclamante recebeu as Guias para habilitação no


Seguro Desemprego e saque do FGTS, porém não conseguiu realizar qualquer das
habilitações em razão de erros nas emissões das respectivas guias.

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Assim sendo, não restou opção ao Reclamante senão a propositura da


presente ação.

V. Das Verbas Rescisórias

a) Do Aviso Prévio

Adiante, graças a rescisão do contrato de trabalho sem justa causa datada do


dia 13 de outubro de 2023, por opção do empregador, far-se-á direito do empregado
a indenização inerente ao período de aviso prévio pela ruptura contratual.

Nesse sentido, o Aviso Prévio, ainda que indenizado, integra o tempo de


serviço para todos os efeitos, conforme o disposto no artigo 487, § 1º, da CLT, o que
gera a projeção deste período para o cômputo do tempo de serviço que deve constar,
inclusive, na CTPS do empregado, ensejando, também, a anotação desta no presente
caso.

Em mesma linha de raciocínio, esclarece e normatiza a Orientação


Jurisprudencial nº 82 da SDI-1 do TST

OJ-SDI1-82 AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS.


A data de saída a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do
prazo do aviso prévio, ainda que indenizado

Isto exposto, impõe-se a projeção 33 dias no contrato de trabalho, assim para


o todos os efeitos legais sendo seu termino no dia 15 de novembro de 2023.

b) Do 13º salário

De semelhante forma, o reclamante faz jus ao recebimento de 11/12 avos do


13ª salário de 2023, considerando-se a projeção legal do aviso prévio. Contudo, a
Reclamada Principal não realizou o pagamento integral da verba em comento,
conforme verifica-se no TRCT anexo.

Assim sendo, requer a condenação da Reclamada no pagamento das


diferenças do décimo terceiro salário devidas, o que totaliza o valor de R$ 226,87
(duzentos e vinte e seis reais e oitenta e sete centavos), descontado os valores já
pagos na rescisão do contrato de trabalho.

c) Do FGTS e Da Multa de 40%

Insta salientar que as verbas fundiárias não foram recolhidas de forma correta,
assim devendo ser recolhidas em conta vinculada do Fundo de Garantia por Tempo
de Serviço (FGTS) do reclamante, mês a mês, bem como a indenização de 40%
(quarenta por cento) sobre o saldo em conta vinculada.

Em continuidade, por ter atraído para si o ônus de ressarcir o prejuízo material


causado ao reclamante, a reclamada haverá de ser condenada no pagamento das
verbas fundiárias não depositadas, inclusive sobre o 13º salário e aviso prévio e

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demais verbas aqui pleiteadas, somadas a multa de 40%, acrescidos de juros e


correção monetária.

No mais, conforme informado, o Reclamante não conseguiu realizar o saque


do FGTS em razão de erros na emissão das guias de habilitação.

Assim sendo, acaso não proceda a liberação das pertinentes guias, garantindo-
se ainda o pagamento da integralidade desta verba, que totaliza o importe de R$
4.088,87 (quatro mil, oitenta e oito reais e oitenta e sete centavos).

d) Do Seguro Desemprego

Do mesmo modo, em razão do tempo trabalhado para a reclamante, deve o


reclamante ser beneficiado com a liberação das guias do referido seguro desemprego
ou com o pagamento das parcelas correspondentes, no valor total de R$ 6.600,00
(seis mil, seiscentos reais), referente a 05 (cinco) parcelas no importe de R$
1.320,00 (mil, trezentos e vinte reais) cada.

Por conseguinte, pugna o reclamante pela liberação do referido seguro


desemprego através da expedição de Alvará Judicial ou, subsidiariamente, pugna
pela condenação das Reclamadas ao pagamento do valor correspondente às 05
(cinco) parcelas na forma de indenização substitutiva ao direito prejudicado do
obreiro.

VI. Dos Valores Descontados na Rescisão do Contrato de Trabalho


Conforme informado, a Reclamada Principal realizou o desconto de R$
1.167,78 (mil, cento e sessenta e sete reais e setenta e oito centavos) do montante
devido a título de verbas rescisórias do Reclamante, sob o argumento de que tal
desconto se daria em razão de um empréstimo consignado que o Reclamante havia
feito junto à BV Financeira e que tal desconto seria prontamente repassado à
instituição financeira.

Pois bem, ocorre que, a BV Financeira segue cobrando até o presente dia os
valores referentes ao empréstimo citado, tendo alegado ao Reclamante que jamais
recebeu o repasse dos valores por parte da Reclamada Principal.

Isto posto requer ao Douto Juízo que determine à Reclamada principal que
junte aos autos a comprovação do repasse da verba descontada, sob pena de arcar
com a restituição dos valores descontados, devidamente corrigidos e acrescidos de
juros.

VII. Da Insalubridade em Grau Máximo e Reflexos


Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho o Reclamante
exerceu a função de ASG.

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Com isso, das atividades desempenhadas pelo autor se davam da seguinte


forma:

a) Na Guararapes: lavar as suqueiras, limpar o salão e as mesas, jatear


bandejas, lavar pratos, separar restos de comida, coletar lixo, diariamente
limpando fezes de gato (em razão do alto número dos animais nos
arredores do galpão da Empresa tomadora de serviço), e, limpar os
banheiros do local, utilizados por mais de 100 (cem) pessoas em média.
b) No Nordestão: limpeza das cancelas, lavar e recolher os carrinhos de
compras, retirar o lixo da loja, varrer as calçadas e o estacionamento, onde
corriqueiramente tinha que limpar fezes e urina de animais, haja vista a
existência de um PetShop no estacionamento do estabelecimento.

Com isso, das atividades desempenhadas pelo autor, verifica-se que o mesmo
findava por laborar em condições insalubres, haja vista o contato com agentes
químicos e biológicos, pelo trabalho em contato com fezes animais e humanas, bem
como demais dejetos, e, pela limpeza de banheiros de altas circulações.

Assim sendo, insta salientar que o item II da Súmula 448 do Colendo TST
aduz que “A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande
circulação, e a respectiva coleta de lixo, por não se equiparar à limpeza em residências e
escritórios, enseja o pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo, incidindo o
disposto no Anexo 14 da NR-15 da Portaria do MTE nº 3.214/78 quanto à coleta e
industrialização de lixo urbano”.

No mais, tais atividades eram realizadas sem utilização dos EPI’s adequados,
consequentemente o Reclamante se manteve com contato permanente com
determinados agentes insalubres previstos na NR 15, jamais tendo recebido o
adicional correspondente, restando, assim, violados os artigos 189, 192 e 200 da
CLT, bem como os incisos XXII e XXIII do art. 7º da Constituição.

Nesse viés, segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são


atividades insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos acima dos limites de tolerância
fixados pela Norma Regulamentadora nº 15.

Para sua caracterização, inclusive, não é necessária a atuação permanente e


ininterrupta durante o labor, configurando-se ainda que seja intermitente, de acordo
com a Súmula 47 do E. TST.

Ademais, segundo entende a melhor jurisprudência pátria, pode-se afirmar


com segurança que evidenciado o agente insalubre, a única forma da Reclamada
esquivar-se ao pagamento da verba em referência é por meio de prova que realizou
todas as atitudes de prevenção possíveis (fornecimento exato de EPI, orientação e
fiscalização de uso), para conseguir neutralizar o agente insalubre, o que nunca
ocorreu.

Como explanado, o Reclamante não recebeu equipamentos de segurança


suficientes, que pudesse eliminar os fatores de danos à saúde, valendo dizer, à
propósito, que mesmo o fornecimento de apenas alguns equipamentos, entregues de

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forma esparsa e irregular, não afasta o direito ao adicional pleiteado, como expõe a
Súmula nº 289 do TST.

Em derradeiro, levando em consideração que a parte reclamante era


submetida, de forma habitual e permanente à exposição aos riscos químicos e
biológicos devido ao contato direto com índices elevados de produtos químicos, bem
como agentes biológicos, sem o fornecimento adequado de EPIs que a protegesse,
faz jus ao pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo (40%), nos
termos dos anexos 13 e 14 da NR 15, bem como seus reflexos sobre todas as verbas
de direito, tais como férias, 13º salário, DSR, FGTS.

Isto posto, requer o Reclamante a condenação das Reclamadas ao pagamento


da quantia de R$ 11.411,45 (onze mil, quatrocentos e onze reais e quarenta e cinco
centavos), correspondente ao trabalho insalubre de grau máximo, já com os
acréscimos dos reflexos no 13º salário, Aviso Prévio e Férias + 1/3.

VIII. Das Horas Extras e Reflexos

No caso em apreço, cumpre esclarecer que durante todo o pacto laboral, o


Reclamante cumpria jornada de trabalho era de segunda a sábado, das 06h00min às
14h20min, com uma hora de intervalo.

Evidente assim que o autor exercia jornada de trabalho em regime de horas


extras, extrapolando às 44 horas semanais de trabalho imposta pela Carta Maior (art.
7º, XIII), sem ter recebido pagamento pelo trabalho em horário extraordinário.

O Comando do artigo 7º, XII da Carta Magna de 1988, bem como dos artigos
67, “caput” e parágrafo único e 68, “caput” do texto consolidado são normas de
ordem pública, em razão da finalidade ali perseguida de garantir a higidez física e
mental do empregado, de sorte que é do empregador a incumbência de se adaptar à
determinação cogente, o que não ocorreu no presente caso.

Todavia, apesar de sua jornada extrapolar às 8 horas diárias e 44 horas


semanais imposta pela Carta Maior (art. 7º, XIII), o Reclamante jamais recebeu a
remuneração das horas suplementares efetivamente prestadas, logo impõe-se o
pagamento das horas extras laboradas, totalizando R$ 2.394,95 (dois mil, trezentos
e noventa e quatro reais e noventa e cinco centavos), já com as repercussões nas
férias, 13º salário, FGTS + 40%, aviso prévio, e no DSR, conforme entendimento
pacífico dos Tribunais, em especial, consubstanciado nas Súmulas correlatas do
colendo Tribunal Superior do Trabalho.

IX. Dos Feriados Trabalhados, Pagamento em Dobro

O Reclamante trabalhou todos os feriados durante todo o seu contrato de


trabalho, tanto os federais, estaduais e municipais, laborando, por exemplo, nos
feriados do dia do trabalho, Corpus Christi, São Pedro e Dia dos Mártires de Uruaçu
e Cunhaú. Dessa forma, diante da súmula 146 do TST, os dias trabalhados em

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domingos e feriados deverão ser pagos em dobro sem prejuízo à remuneração relativa
ao repouso semanal.

Assim, requer a condenação da reclamada no pagamento dos feriados


trabalhados em dobro, já que laboral nos feriados descriminados acima, bem como
sem usufruir do descanso semanal em todo o período laborado, logo, requer a
condenação da reclamada no valor de R$ 2.465,05 (dois mil, quatrocentos e
sessenta e cinco reais e cinco centavos), já com as repercussões nas férias, 13º
salário, FGTS + 40% e aviso prévio, conforme planilha de cálculos anexa.

X. Dos Danos Morais no Ambiente de Trabalho

A princípio, como se não bastasse todas a ilegalidades e abusos cometidos


durante a relação de trabalho, o obreiro era obrigado a passar por situações
discriminantes e vexatórias, em clara discriminação a sua pessoa.

Nesse sentido, conforme já relatado, quando da prestação de serviços na


Guararapes o Reclamante foi perseguido tanto Supervisor, quanto pelo Encarregado,
Sr. João Paulo, de modo que este último obrigava o Reclamante a iniciar suas
atividades laborais antes dos demais funcionários (que exerciam mesmo cargo),
enquanto os referidos tomavam café da manhã na empresa, bem como o xingava
repetidamente na frente dos demais colegas de trabalho, onde o Sr. João Paulo, o
chamava de “cabra safado”, “merda”, “ASGzinho de merda”.

No mais, conforme também já relatado, em certa ocasião quando o


Reclamante solicitou a disponibilização dos EPI’s para iniciar as atividades laborais
foi repreendido na frente de todos os funcionários, onde o Sr. João Paulo lhe falou
“que calasse a boca e não falasse merda nenhuma para ele, que ele era só um merda,
que era um ASG de merda e não mandava em nada lá”.

As perseguições sofridas pelo Reclamante eram constantes, de modo que o


Reclamante recebeu diversas advertências imotivadas, até mesmo chegando a
receber 02 advertências no mesmo dia pela mesma, suposta e inexistente, conduta
irregular, onde o Sr. João Paulo atribuiu tais advertências a “vezes passadas em que
o Reclamante chegou atrasado”, o que jamais ocorreu.

Não obstante, o Reclamante também era diariamente ameaçado de demissão


pelo Encarregado, tendo buscado auxílio do RH, que em verdade nada fez para
resolver a situação.

Importa destacar ainda, Nobre Julgador, que o Reclamante também sofreu


perseguições em razão de ter buscado o auxílio do MPT, de modo que após buscar
o referido órgão público para relatar as situações que vinha passando foi transferido
para um local muito mais longe de sua residência, bem como sofreu ameaças como
de que “sua situação tinha se complicado” e que “era para ter ficado quieto por que
agora ele ia se arrepender”.

Não coincidentemente, Nobre Julgador, o Reclamante foi demitido pouco


tempo depois a denúncia junto ao MPT.

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Nesse sentido, é sabido que, nos termos do Art. 157, I, da CLT, o empregador
deve adotar posturas para evitar constrangimentos e violência no ambiente de
trabalho, pois é sua obrigação cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
medicina do trabalho.

No caso em tela, a Reclamada atentou contra a dignidade do trabalhador,


bem como sua integridade psíquica e bem-estar, o expondo a situações humilhantes
e constrangedoras, repetitivas e prolongadas, em razão de atitudes sórdidas e
antiéticas da Reclamada.

No caso em tela, os atos de assédio por parte da Reclamada ocorreram com


repetição sistemática, intencionalidade, direcionalidade e temporalidade,
culminando na degradação deliberada das condições de trabalho.

As condutas da Reclamada ferem o princípio da dignidade da pessoa humana,


que, no Brasil, constitui fundamento da República, como prevê o art. 1º, inciso III,
da Constituição, bem como o direito à saúde, mais especificamente, à saúde mental,
abrangida na proteção conferida pelo art. 6º e o direito à honra, previsto no art. 5º,
inciso X e os demais preceitos fundamentais, todos prelecionados na Carta Magna.

Percebe-se, portanto, Nobre Julgador, que no caso concreto há uma


reprovável atitude da Reclamada, por notório e caracterizado abuso, maiormente
quando configura exercício de direito contra sua normal finalidade. Trata-se de
gritante e intolerável ato ilícito, violando direitos do empregado, provocando
evidente constrangimento, humilhação, dor e sofrimento. Tais fatos terminaram por
subjugar o mais fraco e hipossuficiente, pela força econômica, pela força decorrente
do poder diretivo patronal, indevida e ilegalmente utilizada.

Importa observar, nesse sentido, que os artigos 186 e 927 do Código Civil
impõe àquele que causar dano a outrem o dever de repará-lo. Também não pode
igualmente ser descartado o fato de que a reclamada tomou essa atitude, por meio de
seus prepostos, com reserva mental ou dolo de aproveitamento, ensejando em um
ambiente de trabalho insalubre e insustentável, causando danos ao Reclamante.

Vale, aqui, chamar a atenção ao disposto no art. 187 do Código Civil no


sentido de que “também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons
costumes”.

A Reclamada olvidou que o seu poder de direção está limitado ao direito de


organizar o ambiente de trabalho e não significa que ele possa submeter seus
empregados a constrangimentos, vexames ou promover perseguições para mera
satisfação pessoal de algum preposto seu.

A dignidade humana deve ser respeitada, vez que a subordinação não afasta,
a quem ordena, o dever de respeitar a honra do trabalhador, por mais humilde que
ele seja. Tais princípios não foram, à evidencia, seguidos pela Reclamada durante
todo o pacto laboral havido com o Reclamante. Não há como se duvidar, pois, com
base no relato dos fatos acima descritos, que o Reclamante sofreu dano moral
proveniente da conduta da reclamada durante o pacto laboral.

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A dor, o medo, a angústia, as incertezas, humilhações, preocupações acerca


do futuro e etc, sofridos pelo Reclamante em razão dos fatos acima narrados devem
ser reparados pela condenação da Reclamada no pagamento de indenização por
dano moral, através da modalidade assédio moral no trabalho.

O comportamento da Reclamada é arbitrário e ilegal e deve ser severamente


coibido por este Douto Juízo.

Portanto, impõe-se a obrigação de compensar os danos morais com


indenização, conforme o art. 223-G, § 1º, inciso IV da CLT, por ser qualificado como
dano de natureza gravíssima em valor correspondente à 50 vezes o último salário do
obreiro, o que totaliza o montante de R$ 68.063,00 (sessenta e oito mil, sessenta e
três reais), com intuito de desestimular a prática de atos dessa natureza, levando em
consideração, para tanto, a condição econômica do ofensor e do ofendido, tudo a
fim de ser alcançada a finalidade tríplice (reparatória, repressivo exemplar).

XI. Das Multas do Artigos 467 e 477 da CLT

De acordo com o art. 477, § 6º, “b”, do texto consolidado, o empregador tem
o prazo de até dez dias após o término do contrato de trabalho, para pagar as verbas
rescisórias, sob pena de pagar multa de um salário previsto no § 8º do mesmo
dispositivo.

Nesse interim, tendo em vista que as verbas rescisórias não foram adimplidas
de forma correta, deve ser condenada a empresa Reclamada a multa do art. 477 da
CLT.

De semelhante forma, cumpre informar também os termos do artigo 467 da


CLR, o qual normatiza que o empregador é obrigado a pagar o valor incontroverso
das parcelas rescisórias quando da realização da primeira audiência, e a
inobservância desse procedimento implicará a condenação do empregador ao
pagamento da multa equivalente a 50% do valor das referidas verbas.

Isto exposto, indo em consonância ao perfeitamente normatizado e


esclarecido, pleiteia-se pelo pagamento de um salário do obreiro em virtude do não
pagamento integral das verbas rescisórias, e caso a Empresa Reclamada não proceda
com o pagamento das verbas incontroversas, desde já se requer a aplicação da multa
de 50% de tal valor, devendo ser apurada por ocasião da liquidação.

XII. Do Honorários Sucumbenciais

Como normatizado, os honorários advocatícios sucumbenciais estão


previstos no Art. 791-A da Consolidação das Leis do Trabalho, com observância de
seus parágrafos e incisos. Nesse sentido, rege o referido texto legal:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por
cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da

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liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo


possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.

Em razão do exposto, requer a condenação da reclamada no pagamento dos


honorários advocatícios sucumbenciais, que possui nítido caráter alimentar,
arbitrado na quantia máxima de 15% (quinze por cento) ou em percentual inferior a
que entender este Juízo sobre o valor que resultar da liquidação da sentença,
consoante os
requisitos legais acima expostos.

XIII. Dos Pedidos

Isto exposto, levando em consideração todos os argumentos de fato e de


direito ora trazidos e esmiuçados nesta exordial, requer-se que:

a) Seja deferido o pedido de trâmite na modalidade "100% Digital",


de modo que a citação ocorra preferencialmente nos meios
eletrônicos.

b) A condenação das reclamadas ao pagamento das seguintes


verbas conforme abaixo elencadas, ou em outros valores que
venham a ser apurados após o confronto das documentações
apresentadas pelas reclamadas (a ser apurada na fase de
liquidação), tudo acrescido de juros de mora e correção
monetária, nos seguintes termos e conforme planilha de cálculos
anexa:

Verbas Valor
13° Salário R$ 227,16
FGTS + 40% R$ 4.136,80
Horas extras + Reflexos R$ 2.426,48
Feriado em Dobro + Reflexos R$ 2.497,00
Insalubridade em Grau Máximo + Reflexos R$ 11.553,36
Desconto Indevido no TRCT R$ 1.169,39
Multa do 477 da CLT R$ 1.363,14
Multa do 467 da CLT R$ 698,17
Seguro Desemprego R$ 6.609,09
Dano Moral R$ 68.063,00
Honorários Sucumbenciais R$ 14.811,54
TOTAL R$ 113.555,13

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c) que seja declarada a responsabilidade subsidiária das Reclamadas


GUARARAPES CONFECCOES S/A e SUPERMERCADO NORDESTAO
LTDA.

d) que os reclamados sejam notificados para comparecer à


audiência e, querendo, responder os termos da presente, sob pena
de revelia e confissão ficta dos fatos expostos;

e) O autor pede ainda que lhe seja concedido o direito de justiça


gratuita, para que seu direito não pereça apenas porque não tem
condições financeiras, com arrimo nas Leis n° 1.060/50 e 7.115/83,
bem como o art. 790, §3º e §4° da CLT;

f) Que seja a presente reclamatória julgada procedente, condenando


as reclamadas ao pagamento das verbas acima descritas, acrescidas
de juros de mora e correção monetária, bem como das custas
processuais e demais cominações legais;

g) Que sejam condenadas ainda as Reclamadas ao recolhimento da


contribuição previdenciária, incluindo a parcela atinente à parte
reclamante (sem a dedução da cota-parte deste), referente às
parcelas condenatórias de natureza salarial e, também, sobre o
período de trabalho reconhecido, nos termos do artigo 30, I, c/c
com artigo 95 da Lei 8.212/91;

h) Requer o pagamento dos honorários de sucumbência, este


justificável por se tratar de demanda em que se afigura
imprescindível o exercício postulatório técnico, impondo-se
reconhecer cabíveis os honorários, pugnando ainda pelo
reconhecimento do contrato de honorários acostado aos autos por
se tratar da remuneração deste causídico, sendo portanto, verba
alimentar, decorrente do exercício do profissional que já se requer
pela sua observância.

i) Requer a realização de perícia técnica especializada, para compor


o presente processo e instruir devidamente a demanda.

j) O reclamante já requer, que, em caso de procedência, ainda que


parcialmente dos pleitos insertos na exordial, o juízo proceda com
a execução/cumprimento de sentença, praticando todos os atos
necessários a sua integral efetividade, procedendo especificamente
com a(s) intimação(ões) da(s) parte(s) executada(s), utilização de
todas as ferramentas eletrônicas e/ou quaisquer outras formas de
constrição patrimonial, instauração do incidente de
desconsideração da pessoa jurídica, nas suas diversas modalidades,
adoção de provimentos cautelares inaudita altera pars, seja no curso
do aludido incidente ou em qualquer outra fase executiva,
reinclusão do feito em pauta para tentativa de conciliação e todas as
medidas necessárias à satisfação do seu crédito.

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Por fim, protesta pela produção de todos os meios de prova admitidos em


direito, sem exceção, inclusive depoimento pessoal do representante da reclamada,
sob pena de confissão e revelia, bem como de testemunhas, que se farão presentes
em audiência independente de notificação judicial.

Dar-se-á ao valor da causa a quantia de R$ 113.555,13 (cento e treze mil,


quinhentos e cinquenta e cinco reais e treze centavos).

Nesses termos pede deferimento.

15 de janeiro de 2024, Natal/RN

Pedro Victor Figueredo Mendes Diego Carvalho Jordão Ramos


OAB/RN 19.604 OAB/RN 21.207

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https://pje.trt21.jus.br/pjekz/validacao/24011511342746900000019019896?instancia=1
Número do documento: 24011511342746900000019019896

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