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REGULAMENTO INTERNO DA ADILCAN

Associação de Desenvolvimento e Iniciativas Locais do Concelho


de Ansião

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CAPITULO I
Disposições Gerais

ARTIGO 1º
Enquadramento
O regulamento interno estabelece a constituição, organização, funcionamento interno
da ADILCAN –Associação de Desenvolvimento e Iniciativas Locais do Concelho de
Ansião.

SECÇÃO I
Constituição, Organização e Funcionamento Interno

ARTIGO 2º.
Denominação, Natureza, Âmbito territorial, sede e Duração

1.A ADILCAN -Associação de Desenvolvimento e Iniciativas Locais do Concelho de


Ansião é uma associação sem fins lucrativos, constituída por escritura pública no onze
de Dezembro de mil novecentos e noventa e cinco no Cartório Notarial de Ansião,
Pessoa Coletiva nº 503 634 409, com o código RCBE320a6fd8-715-4ª68-9595-
d8854410eea.
2. Pq Empresarial do Campores - Ed Centro de Negocios
Chão de Couce 3240-465 CHÃO DE COUCE.
2.1 Poderão, contudo, ser criadas, por aprovação da Assembleia Geral, secções nas
sedes das freguesias do Concelho de Ansião.
3. O âmbito de ação da Associação abrange todo o Concelho de Ansião.
4. A Associação poderá filiar-se em organismos nacionais e internacionais com
objetivos e afins.
5. A Associação durará por tempo indeterminado.

ARTIGO 3º
Objeto

1. A Associação tem por objetivo a promoção do desenvolvimento global do


Concelho de Ansião, através da promoção, valorização e comercialização dos
recursos locais, nomeadamente a dinamização de iniciativa nas áreas dos recursos
humanos, turismo, património e de apoio às atividades produtivas e ao
artesanato.

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2. A Associação tem ainda por objetivo colaborar na promoção de serviços de
solidariedade social e no desenvolvimento de atividades de cultura, desporto e
tempos livres.

ARTIGO 4º
Atribuições
Para a realização dos seus objetivos, a Associação tem, designadamente as seguintes
atribuições:
a) Realizar estudos de análise e diagnostico na área de influência da Associação;
b) Criar uma base de informação, recolhendo elementos de âmbito local, regional,
nacional ou comunitário, que se revelem úteis aos processos de
desenvolvimento e acessíveis aos vários intervenientes nestes processos;
c) Suscitar e promover a reflexão, estudo e investigação sobre o desenvolvimento
e suas problemáticas, envolvendo atores e intervenientes no processo de
desenvolvimento, através da realização de seminários, colóquios, encontros,
feiras e outras iniciativas;
d) Dinamizar, apoiar e orientar promotores de iniciativas económicas, sociais,
culturais e artesanais;
e) Promover, desenvolver, apoiar e acompanhar programas de formação com
incidência ao nível do desenvolvimento local;
f) Apoiar e dinamizar a revitalização de organizações comunitárias e associativas;
g) Promover o intercâmbio e cooperação com associações e organismos nacionais
ou estrangeiros que prossigam os mesmos objetivos;
h) Implementar projetos enquadrados em processos de desenvolvimento.

SECÇÃO II
DOS ASSOCIADOS

ARTIGO 5º
(Categoria dos Associados)
A Associação terá duas categorias de Associados: HONORÁRIOS e EFETIVOS.

ARTIGO 6º
(Associados Efetivos)

1. Poderão ser admitidos como associados efetivos, para além dos fundadores,
pessoas coletivas sem fins lucrativos, desde que comunguem dos objetivos
desta Associação e que intervenham de um modo ativo nos processos de

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desenvolvimento local, nomeadamente autarquias, associações empresariais,
coletividades e outras instituições;
2. A admissão de um novo associado depende da aprovação em Assembleia Geral,
devendo a respetiva candidatura ser proposta pela Direção ou por dois ou mais
associados efetivos e comunicada à Mesa da Assembleia Geral.
3. São considerados sócios fundadores:
a. Câmara Municipal de Ansião;
b. Associação Comercial e Industrial de Ansião;
c. Cooperativa Agrícola do Sudoeste Beirão;
d. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo das Serras de Ansião;
e. Juntas de Freguesia do Alvorge; Ansião; Avelar; Chão de Couce;
Lagarteira; Pousaflores; Santiago da Guarda e Torre de Vale de Todos.

4. (?) quotas ---alteração.


ARTIGO 7º
(Associados Honorários)
São associados honorários, as pessoas singulares ou coletivas, que tenham contribuído
significativamente para o prestígio e desenvolvimento da ADILCAN e do Concelho de
Ansião, ou tendo-lhe prestado relevantes serviços. Como tal, devem ser aprovados em
Assembleia Geral, sob proposta da Direção ou de um grupo mínimo de três associados
efetivos.

ARTIGO 8º
(Direitos dos Associados)

1- Constituem direitos dos associados efetivos:


a) Auferir dos benefícios da atividade da Associação;
b) Apresentar propostas e sugestões reputadas úteis ou necessárias à
prossecução dos objetivos estatutários;
c) Exercer todos os direitos previstos nestes estatutos e nos regulamentos
internos da Associação,
d) Solicitar todos os esclarecimentos sobre o funcionamento da Associação;
e) Participar nas atividades da Associação;
f) Propor alterações aos estatutos da Associação;
g) Propor novos associados respeitando o disposto no artigo quinto dos
estatutos.
h) Eleger e ser eleito para os corpos gerentes;
i) Participar no requerimento da convocação das Assembleias Gerais
extraordinárias.
2. Constituem direitos dos associados honorários:
a) Participar nas atividades desta Associação;

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b) Participar sem direito a voto nas assembleias Gerais.

Artigo 9º
(Deveres dos Associados)

1. Constituem deveres dos associados efetivos:


a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais, estatutárias e
regulamentares, bem como as deliberações dos órgãos da Associação;
b) participar nas despesas da Associação mediante o pagamento de joias e
quotas a fixar pela Assembleia Geral;
c) Prestar à Associação toda a colaboração necessária para a prossecução
da sua atividade;
d) Desempenhar os cargos para que foram eleitos;
e) Zelar pelo bom nome e engrandecimento da Associação.
2. Os associados honorários têm os mesmos deveres que os associados efetivos
com exceção das alíneas b) e d).

ARTIGO 10º
(Representação das Pessoas Coletivas Associadas)

Os associados, que sejam pessoas coletivas, far-se-ão representar nesta Associação


pelos dirigentes ou pontualmente por substitutos por eles designados.

ARTIGO 11º
(Abandono ou Perda da Qualidade de Associado)

1. A saída de qualquer dos membros da Associação, só poderá verificar-se após


comunicação nesse sentido à Mesa da Assembleia Geral. A comunicação
deverá ser efetuada com pelo menos seis meses de antecedência em relação à
data de abandono da Associação, e durante esse período, mantêm-se as
obrigações, direitos e deveres do associado.
2. Perde a qualidade de associado, qualquer membro que deixe de prosseguir os
objetivos da Associação e/ou tenha praticado atos contrários aos objetivos
desta, ou suscetíveis de afetar gravemente o seu prestígio.
3. A suspensão ou exclusão de qualquer associado, em consequência do referido
no número dois do artigo 10º dos Estatutos, será decidida pela Direção em
Reunião plenárias observada a maioria absoluta de votos dos respetivos
membros cabendo recurso para a Assembleia Geral da Deliberação da Direção.
4. Em caso de abandono ou perda de qualidade de um associado que integre um
órgão social da Associação, será substituído em reunião da Assembleia Geral.

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5. O atraso no pagamento de quotas superior a seis meses, que não seja
justificado, é motivo para a perda da qualidade de associado.

SECÇÃO III
(Orgânica e Funcionamento)

ARTIGO 12º
(Órgãos)

São órgãos sociais desta Associação: a Assembleia Geral, a Direção e o Conselho Fiscal.

SUBSECÇÃO I
ASSEMBLEIA-GERAL

Artigo 13º
(Constituição da Assembleia Geral)

A Assembleia Geral é constituída por todos os associados, no pleno gozo dos seus
direitos associativos e é o órgão supremo da Associação e as deliberações tomadas nos
termos legais e estatutários são obrigatórios para os restantes órgãos da Associação e
para todos os associados.

Artigo 14º
(Competências da Assembleia Geral)

São competência da Assembleia Geral, nomeadamente:


a) Eleger os órgãos sociais da Assembleia – Mesa da Assembleia Geral, Direção e
Conselho Fiscal;
b) Aprovar o Relatório de Contas, os Orçamentos e Planos de Atividades
apresentados pela Direção;
c) Definir linhas de orientação da Associação no que toca à prossecução dos seus
objetivos;
d) Interpretar e alterar os Estatutos aprovados;
e) Fixar, mediante proposta da Direção, as importâncias da joia e da quota;
f) Apreciar o recurso de qualquer associado alvo de processo de exclusão de
acordo com o disposto no artigo 10º nº 3 dos Estatutos da Associação;
g) Determinar a dissolução da Associação de acordo com as disposições previstas
no artigo 22º dos Estatutos da Associação;
h) Destituir a Direção e/ou Conselho Fiscal;
i) Aprovar a transferência e/ou fixação da sede da Associação;

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j) Aprovar a abertura de delegações, bem como o seu regime de funcionamento e
de gestão, mediante proposta da Direção ou pelo menos três associados;
k) Aprovar o Regulamento interno da Associação;
l) Aprovar a admissão de novos associados mediante proposta da Direção ou pelo
menos dois sócios efetivos;
m) Aprovar a adesão da ADILCAN a outras instituições de cariz associativo;
n) Substituir elementos que perderam a qualidade de associados ou que
abandonaram a ADILCAN e que componham algum dos órgãos sociais da
Associação.

Artigo 15º
(Funcionamento da Assembleia Geral)

1. Os trabalhos da Assembleia Geral são dirigidos por uma Mesa constituída pelo
Presidente, o qual preside à sessão e por dois secretários.
2. A Assembleia Geral reúne à hora marcada na convocatória, e poderá funcionar
em primeira convocatória, desde que estejam presentes, pelo menos, metade e
mais um dos seus associados.
3. Não se verificando as condições no número anterior, a Assembleia Geral
reunirá em segunda convocatória, meia hora após a hora marcada, com
qualquer número de associados.
4. É permitido o voto por correspondência através de carta dirigida ao Presidente
da Mesa da Assembleia Geral, apenas para efeitos eleitorais e desde que
assegurado o respeito pelo sigilo.

Artigo 16º
(Convocação e Ordem de Trabalhos da Assembleia Geral)

1. A assembleia Geral é convocada com, pelo menos, 10 (dez) dias de


antecedência, pelo Presidente da Mesa, por carta registada ou e-mail, nos
quais indicará a data, hora e local da reunião, bem como a respetiva ordem de
trabalhos.
2. As deliberações tomadas sobre matéria estranha à ordem do dia, serão
anuláveis, salvo se todos os associados comparecerem à reunião e todos
concordarem com o aditamento.
3. As alterações dos Estatutos e a destituição dos órgãos sociais só poderão
verificar-se em Assembleia Geral Extraordinária para esse efeito expressamente
convocada.

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Artigo 17º
(Deliberações da Assembleia Geral: quórum)

As deliberações da Assembleia Geral são tomadas por maioria absoluta de votos dos
associados presentes com direito a voto, com exceção das previstas nos artigos 15º nº
3 e 22 nº 1 dos Estatutos da Associação, para as quais serão exigidas o voto favorável
da maioria de três quartos do número de associados presentes.

Artigo 18º
(Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias)

1. A Assembleia Geral reúne em sessões ordinárias e extraordinárias.


2. A Assembleia Geral reúne em sessão ordinária duas vezes por ano, em Março e
Dezembro.
3. A Assembleia Geral reúne extraordinariamente quando convocada pela
Direção, pelo Conselho Fiscal ou por um quarto dos associados, dirigindo o
pedido ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral.
4. Quando a reunião extraordinária da Assembleia Geral for proposta pela Direção
ou por um quarto dos associados, O presidente da Mesa da Assembleia Geral
terá de convocar, obrigatoriamente, no prazo máximo de 10 dias.

SUBSECÇÃO II
DA DIRECÇÃO

Artigo 19º
(Constituição da Direção)

1. A Direção é o órgão administrativo e representativo da Associação,


sendo constituída por um Presidente, dois Vogais efetivos e dois vogais
suplentes.
2. A presidência da Direção será sempre assegurada pela Câmara Municipal de
Ansião.

Artigo 20º
(Competências da Direção)

Compete à Direção, praticar todos os atos necessários para dirigir e administrar a


Associação, designadamente:
a) Representar a Associação em juízo e fora dele, podendo a Direção, quando
entender, delegar essa representação;

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b) Criar, organizar e dirigir os serviços da Associação;
c) Cumprir as disposições legais e estatutárias;
d) Definir, orientar e fazer executar a atividade da Associação de acordo com o
plano de atividades e as linhas gerais traçadas e aprovadas pela Assembleia
Geral;
e) Apresentar à Assembleia Geral o Plano Anual de Atividades, o Orçamento, o
Relatório de Contas, bem como as propostas que entenda necessárias para a
boa prossecução dos fins da Associação;
f) Dar resposta atempada a todos os assuntos apresentados pelos associados que
caibam no âmbito destes Estatutos;
g) Em geral, praticar todos os atos convenientes para a prossecução dos fins da
Associação;
h) Propor a atribuição da categoria de associados honorários;
i) Propor o estabelecimento de delegações e as suas condições de funcionamento
e gestão;
j) Propor à Assembleia Geral os elementos para comporem a Comissão de
Acompanhamento e Avaliação;
k) Estabelecer protocolos de colaboração com outras entidades.

Artigo 20º
(Competências do Presidente da Direção)

Compete ao Presidente da Direção, entre outras:


a) Convocar as reuniões da Direção;
b) Decidir em caso de empate, exercendo o voto de qualidade;
c) Assinar ou fazer assinar, no seu impedimento, por um seu substituto expresso,
os documentos que obrigue a Associação;
d) Representar ou fazer representar a ADILCAN em juízo e fora dele.

Artigo 21º
(Reuniões da Direção)

1. A Direção reunirá em sessão ordinária uma vez de dois em dois meses e


extraordinariamente sempre que para tal seja convocada pelo Presidente ou
pela maioria simples dos seus membros.
2. As deliberações da Direção são tomadas por maioria simples tendo o
Presidente voto de qualidade.

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SUBSECÇÃO III
DO CONSELHO FISCAL

ARTIGO 22º
(Constituição do Conselho Fiscal)

O Conselho fiscal é o órgão de fiscalização e controlo da Associação, sendo constituído


por um Presidente, dois vogais e um vogal suplente.

ARTIGO 23°
(Competência do Conselho Fiscal)

Compete ao Conselho Fiscal o controlo e fiscalização da Associação podendo, nesse


âmbito, efetuar aos restantes órgãos as recomendações que entenda adequadas com
vista ao cumprimento da lei, dos estatutos e dos regulamentos, e designadamente:
a) examinar quando julgue conveniente, a escritura e documentação da
Associação;
b) emitir parecer sobre o Relatório de Contas de Exercício, o Plano de Atividades e
o Orçamento do ano seguinte;
c) Verificar o cumprimento da lei, dos estatutos e dos regulamentos

ARTIGO 24º
(Reuniões do Conselho Fiscal)

1. O Conselho Fiscal deverá reunir, pelo menos, uma vez por trimestre e sempre que
para tal, seja convocado pelo seu Presidente.
2. As deliberações do Conselho Fiscal são tomadas por maioria simples de votos,
tendo o seu Presidente voto de qualidade.
3. Por solicitação da Direção, o Conselho Fiscal pode assistir às reuniões desta.

SUBSEÇÃO IV
Disposições Gerais

Artigo 25º
(Exercício dos cargos)
O exercício de qualquer cargo nos corpos gerentes desta Associação é pessoal e
gratuito.

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Artigo 26º
(Duração dos mandatos e outras disposições)
1. A duração dos mandatos dos membros da Direção, do Conselho Fiscal e da
Mesa da Assembleia Geral é de dois anos.
2. A mesa da Assembleia Geral, a Direção e o Conselho Fiscal funcionarão de
acordo com o seu próprio regimento.

SEÇÃO IV
Regime Financeiro e Patrimonial

Artigo 27º
(Exercício Anual)

O Exercício anual corresponde ao ano civil.

Artigo 28º
(Patrimónios e Fundos)

Constituem proventos da Associação:


a) As quotas e as joias fixadas em Assembleia Geral;
b) As contribuições extraordinárias;
c) Quaisquer subvenções e quaisquer proventos, fundos, donativos ou legados que
lhe venham a ser atribuídos;
d) Receitas provenientes da organização de atividades e prestação de serviços;
e) O produto de empréstimos contraídos junto de entidades autorizadas à concessão
de crédito.

SEÇÃO V
Outras Disposições

Artigo 29º
(Forma de Obrigar a Associação)

Para obrigar a Associação são necessárias as assinaturas de dois membros da Direção,


sendo um deles o seu presidente ou no seu impedimento, o seu substituto expresso.

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Artigo 30º
(Dissolução)

1. A Associação só poderá ser dissolvida por deliberação da maioria de três


quartos do número de associados, reunidos em sessão expressamente
convocada para o efeito.
2. Na Assembleia que decide a dissolução, será nomeada uma comissão
liquidatária, que, salvo deliberação da Assembleia Geral em contrário, será
constituída pelos membros da Direção e Conselho Fiscal em exercício.
3. Esta comissão liquidatária, procederá à liquidação do património da
Associação, aplicando os fundos pertencentes à mesma, depois da realização
do ativo e pagamento do passivo, de acordo com a Lei.

Capítulo II
GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

Artigo 31º
(Âmbito de Aplicação)
O presente regulamento interno aplica-se a todos os trabalhadores e colaboradores da
ADILCAN.

Artigo 32.º
(Definição do Quadro e Critérios de Admissão)

1. O quadro de pessoal da ADILCAN é estabelecido de acordo com as


necessidades vigentes para prossecução dos seus fins e que podem ter origem:
a) Contratos de Trabalho;
b) Contratos de Prestação de Serviços, para atividades que não
justificam o tempo completo ou se revestem de carácter transitório
ou pontual, ou ainda para atividades que exijam perfis de
competências específicas não disponíveis;
c) Estágios Curriculares e profissionais;
d) Colaboradores oriundos de programas de cooperação estabelecidos
com organismos públicos e privados;
e) Outros.
2. A gestão dos recursos humanos da ADILCAN será orientada pelos seguintes
critérios:
a) Exigência e rigor, relativamente ao seu desempenho;

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b)Conciliação dos interesses da Associação com os interesses dos
Colaboradores sempre que possível;
c) Confiança na competência dos Colaboradores para o desempenho
das funções atribuídas;
d) Progressão nas carreiras, tendo como referencial o empenho e a
qualidade do desempenho, sempre de acordo com a legislação em
vigor;
3. Verificando-se a necessidade de contratação de pessoal para preenchimento de
postos de trabalho, devidamente fundamentada e justificada, deve ser iniciado
o processo inerente à publicitação das vagas, no qual sejam especificados os
requisitos exigíveis e as condições oferecidas, bem como o processo de seleção.
4. Para cada categoria profissional é obrigatório o preenchimento das habilitações
mínimas previstas por lei e as que complementarmente sejam definidas para o
caso concreto em função do perfil exigível para o cargo e do respetivo grau de
responsabilidade, bem como da natureza e da especificidade das funções a
exercer.

Artigo 33.º
(Enquadramento profissional)
1- Os trabalhadores devem, por princípio, exercer funções correspondentes à
categoria profissional em que estão enquadrados.
2- Os trabalhadores são enquadrados nas categorias profissionais e níveis
previstos, respetivamente, na portaria e na ordem de serviço mencionados no
artigo anterior.

Artigo 34.º
(Desenvolvimento profissional)

1- A ADILCAN delineará um plano anual de formação que é elaborado com base no


levantamento de necessidades de formação e a sua implementação formativa é
efetuada, sempre que possível, na Instituição.
2- A ADILCAN respeita o estipulado na legislação em vigor relativo à formação dos
trabalhadores.
3- O trabalhador coresponsabiliza-se pela construção e desenvolvimento do seu
percurso profissional, contribuindo ativamente para o reforço da qualidade e do
nível de produtividade dos serviços.
4- As promoções e progressões na carreira profissional verificam-se tendo em
conta o desenvolvimento das competências do trabalhador, as atitudes e os
valores traduzidos em comportamentos profissionais observáveis e relacionados
com o desempenho numa determinada função, ao longo do desenvolvimento

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da atividade ADILCAN, a experiência profissional, o grau de responsabilidade e a
capacidade de adaptação a níveis de exigência funcionais superiores.

Artigo 36.º
(Funções Profissionais)

1. As funções de cada Trabalhador reportam-se à atividade contratada e


compreendem ainda funções que lhe sejam afins ou funcionalmente ligadas a
definir pela Direção e para as quais o trabalhador detenha qualificação
profissional adequada sempre de acordo com a legislação em vigor.
2. As funções profissionais, os horários e os locais de trabalho, são estabelecidos
pela Direção, podendo ser alterados em função das necessidades da ADILCAN e
da evolução verificada ao nível das atividades e do conteúdo do trabalho a
desenvolver, cumprindo sempre a legislação em vigor.
3. Se as funções que o trabalhador desempenha exigirem deslocações ao exterior,
estas serão previamente autorizadas pela Direção.
4. Em conformidade com a legislação aplicável, os Trabalhadores da ADILCAN,
estão impedidos de exercer noutras entidades ou organismos, em acumulação,
funções de índole profissional que estejam estritamente relacionadas com
aquelas que exercem na Associação;
5. Poderão, excecionalmente, ser autorizadas acumulações mencionadas no
número anterior, sob Direção, mediante proposta fundamentada.

Artigo 37.º
(Categoria Profissional)

1. A categoria profissional dos Trabalhadores é referenciada no contrato


individual de trabalho e na legislação em vigor.
2. A ADILCAN deve manter atualizados os processos individuais dos trabalhadores
onde constam os seus dados pessoais e profissionais.
3. Os trabalhadores podem assumir determinados cargos/funções propostos pela
Direção por períodos de tempo limitados e que não impliquem qualquer
alteração na sua categoria profissional ou vencimento.

Artigo 38.º
(Vencimentos)

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1. O vencimento dos trabalhadores é definido no respetivo contrato de trabalho e
na legislação em vigor.
2. Os vencimentos devem ser pagos por inteiro, no final do mês a que diga
respeito.
3. No ato do pagamento da retribuição, A ADILCAN deve entregar ao trabalhador
documento donde conste o nome completo, categoria profissional, número de
inscrição na instituição de segurança social respetiva, período a que a
retribuição corresponde, discriminando a retribuição base e as demais
prestações, os descontos e deduções efetuados e o montante líquido a receber.

Artigo 39.º
(Retribuição do período de férias)

1. A retribuição correspondente ao período de férias corresponde àquela que o


trabalhador receberia se estivesse em serviço efetivo de funções.
2. Além da retribuição mencionada no número anterior, o trabalhador tem direito
a um subsídio de férias de montante igual ao dessa retribuição.

Artigo 40.º
(Subsídio de natal)

1. O trabalhador tem direito, anualmente, a um subsídio de Natal de valor igual a um mês de


retribuição, que será pago, por norma, com o vencimento de novembro de cada ano.
2. O valor do subsídio de Natal é proporcional ao tempo de serviço prestado no ano civil, nas
seguintes situações:
a) No ano de admissão do trabalhador;
b) No ano da cessação do contrato de trabalho;
c) Em caso de suspensão do contrato de trabalho, salvo se por facto respeitante ao
empregador.

Artigo 41.º
(Subsídio de Alimentação)

1. Todos os trabalhadores têm direito, por cada dia completo de trabalho, a um


subsídio de alimentação, o qual deve ser pago com o respetivo vencimento
mensal.
2. Para o efeito do disposto no número anterior, entende-se por dia completo de
trabalho a prestação efetiva de trabalho normal por um período igual ou
superior a 7 horas.
3. Implicam a perda do direito ao subsídio de refeição:

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a) a não comparência ao serviço, independentemente do motivo, isto é, quer
a ausência corresponda a falta justificada ou injustificada, a férias ou a
qualquer outra razão.
b) O não cumprimento do início do período normal de trabalho,
independentemente do motivo, definido no nº 4, do artigo 17º, desde que
ultrapassada a tolerância de 15 (quinze) minutos.

Artigo 42.º
(local de trabalho)

Considera-se local de trabalho as instalações da ADILCAN, ou onde seja determinado o


desenvolvimento da sua atividade.

Artigo 43.º
(Deslocações em serviço)

1. Entende-se por deslocação em serviço, a realização temporária de trabalho fora do


local habitual de trabalho, com recurso a transporte próprio ou coletivo e/ou
alojamento, por determinação e com prévia autorização do superior hierárquico, no
decurso da atividade profissional e no âmbito das suas atribuições funcionais.
2. Os trabalhadores que necessitem de se deslocar em serviço são reembolsados das
despesas inerentes, sendo da responsabilidade do superior hierárquico autorizar os
respetivos adiantamentos e/ou pagamentos.
3. Na escolha dos meios de transporte e dos locais para alimentação e alojamento
deverão usar-se critérios de razoabilidade que garantam economia e qualidade.
4. Caso o trabalhador utilize veículo próprio no âmbito do cumprimento das suas funções
tem direito a um subsídio por quilómetro, de acordo com o legal e especificamente
definido.
5. A utilização de táxi tem sempre carácter excecional, estando dependente de
autorização prévia do superior hierárquico, e apenas pode ser admitida quando se
justifique para a prossecução de certos e determinados serviços previamente
identificados.

Artigo 44º
(Horários dos trabalhadores)

1. Os trabalhadores cumprem o horário previsto no seu contrato de trabalho.


2. Os horários de trabalho são definidos de acordo com as necessidades específicas de
funcionamento de determinados serviços da ADILCAN e afixados em local visível nos
termos legais, sempre que a ADILCAN considere aconselhável afixará, ainda, em locais
concretos de trabalho o respetivo mapa de horário de trabalho.

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3. Constarão obrigatoriamente dos mapas referidos na parte final do número anterior, a
relação atualizada dos trabalhadores abrangidos, as horas de início e termo do período
normal de trabalho.
4. As alterações ao horário de trabalho são acordadas com os trabalhadores e a Direção,
nunca descurando o período de descanso legalmente previsto e contratualmente
acordado.
5. Considera-se Período normal de trabalho:
a) O tempo de trabalho que o trabalhador se obriga a prestar medido em número de
horas por dia e por semana denomina-se período normal de trabalho:
b) O período normal de trabalho em vigor é de 35 (trinta e cinco) horas semanais,
concentrado nos dias úteis, não podendo exceder sete horas por dia:
c) Entende-se por horário de trabalho a determinação das horas de início e termo do
período normal de trabalho diário e do intervalo de descanso, bem como do descanso
semanal;
d) O horário de trabalho processa-se nos dias úteis entre as 9h00 e as 12h30 e as
14h00 e as 1h30, salvo se outro for acordado entre o trabalhador e o empregador;
c) O horário de funcionamento decorre nos dias úteis entre as 9h00 e as 12h30 e as
14h00 e as 17h30, sem prejuízo da fixação de outro, mesmo que temporariamente;
d. O intervalo para almoço decorre entre as 12h30 e as 14h00;
e) O período normal de trabalho diário é interrompido por um intervalo ou descanso
não inferior a uma hora, nem superior a uma hora e meia, exceto no caso de acordo
entre o empregador e o trabalhador, de modo a que os trabalhadores não prestem
mais do que cinco horas de trabalho consecutivo;
f) O período normal de trabalho é ainda interrompido por dois intervalos, cada um de
duração igual ou inferior a 15 (quinze) minutos, no período da manhã e no período da
tarde, para pequenas refeições;
g) Haverá tolerância de 15 (quinze) minutos para transações, operações e serviços
começados e não acabados na hora estabelecida para o termo do período normal
diário de trabalho, não sendo, porém, de admitir que tal tolerância deixe de revestir
carácter excecional, quando tal acréscimo ultrapasse sessenta minutos mensais;
h) Os limites dos períodos normais de trabalho só poderão ser ultrapassados nos
casos expressamente previstos na lei e mediante autorização expressa do empregador;
i) O empregador mantém um registo atualizado do número de horas de trabalho
prestadas pelo trabalhador, por dia e por semana, com a indicação da hora de início e
de termo do trabalho;
j) Sempre que o trabalhador não prestar o número mínimo de horas estabelecido, o
empregador deve alertá-lo para tal facto no final de cada mês.

Artigo 45º
(Registo de Assiduidade)

1. A assiduidade e o cumprimento do horário de trabalho são aferidos através dos


registos constantes por sistema biométrico, através de terminais de leitura.

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2. O registo por sistema biométrico, através de terminais de leitura do início do período
normal de trabalho, quer no período da manhã quer no período da tarde, apenas pode
ser efetuado com a antecedência prévia de 15 (quinze) minutos.

Artigo 46º
(Trabalho Suplementar)

1. Considera-se trabalho suplementar todo o prestado fora do horário de trabalho.


a) O trabalho prestado por trabalhadores isentos de horário de trabalho, em
dia normal de trabalho.
b) O trabalho prestado para compensar suspensões de atividade,
independentemente da causa, de duração não superior a 48 (quarenta e oito
horas) horas seguidas ou interpoladas por 1 (um) dia de descanso ou feriado,
quando haja acordo entre o empregador e o trabalhador.
c) A tolerância de 15 (quinze) minutos prevista no número 2 do artigo 39º, do
presente Regulamento.
d) A frequência de programas de formação profissional, ainda que realizados
fora do horário de trabalho, desde que não exceda duas horas diárias.
2. Os trabalhadores estão obrigados à prestação de trabalho suplementar, salvo
quando, havendo motivos atendíveis, expressamente solicitem a sua dispensa.
3. Não estão sujeitas a obrigação estabelecida no número anterior as seguintes
categorias de trabalhadores:
a) Deficientes;
b) Mulheres grávidas ou com filhos de idade inferior a 12 meses;
c) Menores de 18 anos.
4. O trabalho suplementar só pode ser prestado quando o empregador tenha de fazer
face a acréscimos eventuais e transitórios de trabalho e não se justifique para tal a
admissão de trabalhador mesmo que em regime de contrato a termo.
5. O trabalho suplementar pode ainda ser prestado em caso de força maior,
nomeadamente em caso de doença pandémica ou quando se torne indispensável para
prevenir ou reparar prejuízos graves para o empregador ou para assegurar a
viabilidade da sua atividade.
6. O trabalho suplementar deve sempre ser autorizado por escrito pela Direção, na
sua ausência, por responsável em que este delegue.

Artigo 47.º
(Omissão de autorização superior)

A omissão da autorização prevista no nº 6 do artigo anterior, implica a não


compensação pelo trabalho suplementar prestado, salvo casos de força maior e de

18
outros devidamente identificados que exijam a imediata prestação de trabalho
suplementar sob pena de pôr em risco ou causar graves prejuízos para o empregador.

Artigo 48.º

Artigo 49.º
(Remuneração do trabalho suplementar)

1. O trabalho suplementar prestado é pago pelo valor da retribuição horária com


os seguintes acréscimos:
a) 25 % pela primeira hora ou fração desta e 37,5 % por hora ou fração
subsequente, em dia útil;
c) 50 % por cada hora ou fração, em dia de descanso semanal, obrigatório ou
complementar, ou em feriado.
2. É exigível o pagamento de trabalho suplementar cuja prestação tenha sido
prévia e expressamente determinada, ou realizada de modo a não ser
previsível a oposição do empregador.

Artigo 50º
(Descanso compensatório)

1. O trabalhador que presta trabalho suplementar impeditivo do gozo do descanso


diário tem direito a descanso compensatório remunerado equivalente às horas de
descanso em falta, a gozar num dos três dias úteis seguintes.
2. O trabalhador que presta trabalho em dia de descanso semanal obrigatório tem
direito a um dia de descanso compensatório remunerado, a gozar num dos três dias
úteis seguintes.
3. Na falta de acordo, o dia de descanso compensatório será fixado pelo empregador.
4. O trabalhador que presta trabalho normal em dia feriado tem direito a descanso
compensatório com duração de metade do número de horas prestadas, nos termos do
disposto no artigo 269º nº 2 do Código de Trabalho.

Artigo 51.º
(Faltas)

1. As faltas podem ser justificadas ou injustificadas de acordo com a legislação em


vigor.
2 São consideradas faltas justificadas:
a) As dadas por altura do casamento, até 15 (quinze) dias seguidos.
b) As motivadas por falecimento do cônjuge, parentes ou afins, nos termos dos pontos
seguintes. i. 5 (cinco) dias consecutivos por falecimento do cônjuge, pais, sogros, filhos,
adotantes, adotados, noras, genros, padrasto, madrasta, enteados, companheiro(a),
19
desde que em situação legal de união de facto. ii. 2 (dois) dias consecutivos por
falecimento de avós, netos, irmãos, cunhados, e ainda pessoas que vivam em
comunhão de mesa e habitação com o trabalhador;
c) As ausências não superiores a 4 (quatro) horas e só pelo tempo estritamente
necessário, justificadas pelo responsável pela educação de menor, uma vez por
trimestre, para comparência em reuniões escolares ou deslocação a escola tendo em
vista inteirar-se da situação educativa do filho menor;
d) As motivadas pela prestação de provas em estabelecimento de ensino, desde que
previamente comunicadas ao superior hierárquico e nos termos do regime de
trabalhador-estudante previsto no código do trabalho;
e) As ausências pelo período de tempo indispensável para comparência em consultas
médicas ou realização de exames médicos, desde que previamente autorizadas ou
devidamente justificadas;
f) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto que não seja
imputável ao trabalhador, nomeadamente doença, acidente ou cumprimento de
obrigações legais ou a necessidade de prestação de assistência inadiável a membros do
seu agregado familiar;
g) As prévias ou posteriormente autorizadas pelo empregador;
h) As que por lei forem como tal qualificadas.

Artigo 52º
(Comunicação de faltas)

1. As faltas justificadas, quando previsíveis, são obrigatoriamente comunicadas ao


empregador com a antecedência mínima de 5 (cinco) dias.
2. Quando imprevisíveis, as faltas justificadas são obrigatoriamente comunicadas ao
empregador, preferencialmente ao superior hierárquico direto, logo que possível e
através de qualquer meio.
3. O não cumprimento do disposto nos números anteriores torna as faltas
injustificadas, independentemente do motivo por que ocorram.
4. O empregador pode, em qualquer caso de falta justificada, exigir ao trabalhador
prova dos factos invocados para a justificação.

Artigo 53.º
(Efeito das faltas justificadas)

1. As faltas justificadas não determinam a perda ou prejuízo de quaisquer direitos ou


regalias do trabalhador, salvo o disposto no artigo 255º nº 2 do Código do Trabalho.
2. Se o impedimento do trabalhador se prolongar, efetiva ou previsivelmente, para
além de um mês aplica-se o regime de suspensão da prestação do trabalho por
impedimento prolongado.

20
Artigo 55.º
(Condições de compensação do tempo em falta)

1. Excecionalmente é permitido compensar as faltas, desde que consideradas


justificadas, nos termos do artigo anterior, com as seguintes especificações:
a) A compensação do tempo em falta apenas produz efeitos relativamente à
remuneração base, excluindo-se assim o subsídio de refeição;
c) A compensação do tempo de ausência refere-se sempre ao mês em que a falta se
verificou e mensalmente não deve exceder 4 (quatro) horas;
d) Independentemente do tempo de ausência a que corresponde a falta, cada período
de compensação não deve ter uma duração superior a 2 (duas) horas por dia;
e) A compensação deve ser efetuada preferencial e prioritariamente no próprio dia em
que ocorreu a falta ou nos dias seguintes do mesmo mês a que respeitam, salvo se
temporalmente não for possível, caso em que tem lugar no mês seguinte.
2. O trabalhador deve, previamente e por escrito, informar o superior hierárquico
direto sobre a data e o período de tempo de realização da compensação.
3. Compete ao superior hierárquico direto certificar a realização da compensação do
tempo em falta, assim como, elaborar nota informativa sobre o trabalho efetuado
nesse período.

5. Dentro dos limites estabelecidos na alínea c) do número 1, está na disponibilidade


do trabalhador compensar os tempos de ausência correspondentes às faltas
consideradas justificadas no artigo 21º, para efeitos de eventual aumento da duração
do período de férias, previsto no número 9 do artigo 35º.

Artigo 56.º
(Efeito das faltas injustificadas)

1. As faltas injustificadas determinam sempre perda de retribuição correspondente ao


período de ausência, o qual é descontado, para todos os efeitos, na antiguidade do
trabalhador.
2. Tratando-se de faltas injustificadas referentes a um ou meio período normal de
trabalho diário, o período de ausência a considerar para os efeitos do número anterior
abrange os dias ou meios de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou
posteriores ao dia ou dias de falta, sendo considerado neste caso uma infração grave.
3. Incorre em infração disciplinar grave todo o trabalhador que:
a) Faltar injustificadamente durante 5 dias consecutivos ou 10 interpolados num
período de um ano;
b) Faltar injustificadamente com alegação de motivo de justificação
comprovadamente falso.

21
4. No caso de a apresentação do trabalhador, para início ou reinício da prestação de
trabalho, se verificar com atraso injustificado superior a (30) trinta ou 60 (sessenta)
minutos, pode o empregador recusar a aceitação da prestação durante parte ou todo
o período normal de trabalho, respetivamente.

Artigo 57.º
(Efeito das faltas no direito a férias)

1. As faltas, justificadas ou injustificadas, não têm qualquer efeito sobre o direito a


férias do trabalhador, salvo o disposto no número seguinte.
2. Nos casos em que as faltas determinem perda de retribuição esta poderá ser
substituída, se o trabalhador expressamente assim o preferir, mediante declaração
escrita, por perda de dias de férias, na proporção de um dia de férias por cada dia de
falta, desde que seja salvaguardado o gozo efetivo de vinte dias úteis de férias ou da
correspondente proporção, se se tratar de férias no ano de admissão.

Artigo 58.º
(Direito a férias)

1. Os trabalhadores têm direito a um período de férias remuneradas em cada ano civil.


2. O direito a férias é irrenunciável e o seu gozo efetivo não pode ser substituído, fora
dos casos expressamente definidos previstos na lei, por qualquer compensação,
económica ou outra, ainda que com o acordo do trabalhador.
3. O direito a férias reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior e não está
condicionado à efetividade ou assiduidade de serviço.
4. O direito a férias adquire-se com a celebração do contrato de trabalho e vence-se
no dia 1 de janeiro, salvo o disposto nos números seguintes.
5. No ano da contratação, o trabalhador tem direito, após seis meses completos de
execução do contrato, a gozar dois dias úteis de férias por cada mês completo de
duração do contrato, até ao máximo de vinte dias úteis.
6. No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decorrido o prazo referido no
número anterior ou antes de gozado o direito a férias, pode o trabalhador usufruí-lo
até 30 de abril do ano civil subsequente.
7. O período anual de férias tem a duração mínima de 22 dias úteis.
8. Para efeitos de férias, a contagem dos dias úteis compreende os dias da semana de
segunda a sexta-feira, com exclusão dos feriados, não sendo como tal considerados o
sábado e domingo.
9.Os trabalhadores admitidos por contrato a termo cuja duração, inicial ou renovada,
não atinja seis meses, têm direito a um período de férias equivalente a dois dias úteis
por cada mês completo de serviço.
10.Para efeitos da determinação do mês completo de serviço devem contar-se todos
os dias, seguidos ou interpolados, em que foi prestado serviço.

22
Artigo 59º
(Cumulação de férias)

1. As férias devem ser gozadas no decurso do ano civil em que se vencem, não sendo
permitido acumular no mesmo ano férias de dois ou mais anos.
2. As férias podem, porém, ser gozadas até 30 de abril do ano civil seguinte, em acumulação
ou não com as férias vencidas no início deste, por acordo entre o empregador e o trabalhador
ou sempre que este pretenda gozar as férias com familiares residentes no estrangeiro.
3. Os trabalhadores poderão ainda acumular no mesmo ano metade do período de férias
vencido no ano anterior com o desse ano, mediante acordo com o empregador e sem prejuízo
do normal funcionamento do serviço em que esteja inserido.
4. O não gozo dos dias de férias até às datas mencionadas nos números anteriores implica a
caducidade dos dias de férias não gozados.

Artigo 60º
(Marcação do período de férias)

1. A marcação do período de férias deve ser feita por mútuo acordo entre o empregador e o
trabalhador, garantindo-se o regular funcionamento dos serviços, considerado quer no seu
conjunto quer em relação a cada sector de serviço.
2. Na falta de acordo, compete ao empregador a elaboração do mapa de férias, obedecendo
aos critérios estabelecidos no Código do Trabalho e respetivos regulamentos.
3.Na marcação das férias, os períodos mais pretendidos devem ser rateados, sempre que
possível, beneficiando alternadamente os trabalhadores em função dos períodos gozados nos
dois anos anteriores.
5. As férias podem ser marcadas para serem gozadas interpoladamente, mediante acordo
entre o trabalhador e o empregador e desde que salvaguardado, no mínimo, um período de
dez dias úteis consecutivos.
6. O mapa de férias, com a indicação do início e termo dos períodos de férias de cada
trabalhador, deve ser elaborado até 15 de abril de cada ano, e afixado nos locais de trabalho
entre esta data e 31 de Outubro.
7. O empregador assegura através da plataforma informática a publicação atualizada do mapa
de férias.

Artigo 61º
(Alteração ou interrupção de férias)

1. As alterações do período de férias já estabelecido, ou a interrupção das já iniciadas,


só serão permitidas por comum acordo entre o empregador e o trabalhador.
2. As alterações ou interrupções dos períodos de férias por exigências imperiosas do
funcionamento do empregador, colocam este na obrigação de indemnizar o

23
trabalhador pelos prejuízos que haja sofrido no pressuposto de que gozaria
integralmente as férias na época fixada.
3. A interrupção das férias não poderá prejudicar o gozo seguido de metade do
período a que o trabalhador tenha direito.
4. Haverá lugar a alteração do período de férias sempre que o trabalhador na data
prevista para o seu início esteja temporariamente impedido por facto que não lhe seja
imputável, cabendo ao empregador, na falta de acordo, a nova marcação do período
de férias dentro dos limites definidos por lei.
5. Terminado o impedimento antes de decorrido o período anteriormente marcado, o
trabalhador gozará os dias de férias ainda compreendidos neste, aplicando-se quanto a
marcação dos dias restantes o disposto no número anterior.
6. No caso de o trabalhador adoecer durante o período de férias, são as mesmas
suspensas desde que o empregador seja do facto informado, prosseguindo, logo após
a alta, o gozo dos dias de férias compreendidos ainda naquele período, cabendo ao
empregador, na falta de acordo, a marcação dos dias de férias não gozadas, dentro dos
limites definidos por lei.
7. A prova da situação de doença é feita através de documento emitido por
estabelecimento hospitalar, por médico do Centro de Saúde ou por atestado médico,
sem prejuízo, do direito de fiscalização e controlo por médico indicado pelo
empregador, caso a Segurança Social não dê indicação do médico nomeado para
proceder a fiscalização referida anteriormente, no prazo de vinte e quatro horas.

Artigo 62.º
(Exercício de outra atividade durante as férias)

1. O trabalhador não pode exercer durante as férias qualquer outra atividade remunerada,
salvo se já a viesse a exercer cumulativamente e o empregador o autorizar a isso.
2. A violação do disposto no número anterior, sem prejuízo da eventual responsabilidade
disciplinar do trabalhador, determinará a instauração de procedimento previsto na legislação
aplicável.

Outros Direitos, Deveres e Garantias

Artigo 63º
(Deveres gerais das partes)

1. A Adilcan e o trabalhador devem proceder de boa fé no exercício dos seus direitos e no


cumprimento das respetivas obrigações.
2. Na execução do contrato de trabalho, as partes devem colaborar na obtenção da
maior produtividade, bem como na promoção humana, profissional e social do
trabalhador.

Artigo 64.º

24
(Garantias do Trabalhador)

É proibido ao Empregador:
a) Opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exerça os seus direitos,
bem como promover o seu despedimento ou a aplicação de sanções por causa
desse exercício;
b) Objetar, por qualquer forma, à criação de estruturas de representação
coletiva dos trabalhadores para a defesa e prossecução coletivas dos seus
direitos e interesses,
c) Obstar, injustificadamente, a prestação efetiva do trabalho;
d) Exercer pressão sobre o trabalhador para que este atue no sentido de
influenciar desfavoravelmente as condições e o correto desenvolvimento do
trabalho e o relacionamento interpessoal no local de trabalho;
e) Diminuir a retribuição, salvo nos casos previstos no Código de Trabalho e
legislação regulamentar;
f) Mudar o trabalhador para categoria inferior, salvo nos casos previstos no
Código de Trabalho e legislação regulamentar;
g) Transferir o trabalhador para outro local de trabalho, salvo nos casos
previstos no Código do Trabalho, no contrato e quando haja acordo;
h) Ceder trabalhadores do quadro de pessoal próprio para utilização de
terceiros que sobre esses trabalhadores exerçam os poderes de autoridade e
direcção próprios do empregador ou por pessoa por ele indicada, salvo nos
casos especialmente previstos na lei;
i) Obrigar o trabalhador a adquirir bens ou a utilizar serviços fornecidos pelo
empregador ou por pessoa por ele indicada;
j) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refeitórios, economatos ou
outros estabelecimentos diretamente relacionados com o trabalho, para
fornecimento de bens ou prestação de serviços aos trabalhadores;
k) Fazer cessar o contrato e readmitir o trabalhador, mesmo com o seu acordo,
havendo o propósito de o prejudicar em direitos e garantias decorrentes da
antiguidade.

Artigo 65.º
(Deveres do empregador)

São deveres do empregador, entre outros legalmente previstos, os seguintes:


a) Agir de boa-fé, respeitar e tratar com urbanidade o trabalhador;
b) Comunicar de forma simples, objectiva, clara e transparente;
c) Facultar ao trabalhador desde que requerido por escrito ao empregador a consulta
do respectivo processo individual de trabalho;
d) Proporcionar ao trabalhador condições de trabalho que permitam a conciliação da
actividade e o progresso profissional com a vida familiar;

25
e) Pagar pontualmente a retribuição, que deve ser justa e adequada ao seu trabalho;
f) Proporcionar boas condições de trabalho, tanto do ponto de vista físico e moral,
como do ponto de vista da disponibilização dos meios adequados para o desempenho
da actividade;
g) Contribuir para a elevação do nível de desempenho e de produtividade do
trabalhador, nomeadamente proporcionando-lhe formação profissional, nos termos
previstos no Código do Trabalho;
h) Respeitar a autonomia técnica do trabalhador que exerça actividade cuja
regulamentação ou deontologia profissional a exija;
i) Não obstaculizar o exercício de cargos em organizações representativas dos
trabalhadores, nos termos e limites definidos na lei;
j) Prevenir riscos e doenças profissionais, tendo em conta a protecção da segurança e
saúde do trabalhador;
k) Adoptar, no que se refere à higiene, segurança e saúde no trabalho, as medidas que
decorram da aplicação das prescrições legais e convencionais vigentes;
l) Fornecer ao trabalhador a informação e a formação adequadas à prevenção de
riscos de acidente e doença;
m) Manter permanentemente actualizado o registo do pessoal, com indicação dos
nomes, datas de nascimento e admissão, modalidades dos contratos, categorias,
promoções, retribuições, datas de início e termo das férias e faltas que impliquem
perda da retribuição ou diminuição dos dias de férias;
n) Divulgar anualmente informação sobre as progressões na carreira e promoções
ocorridas com a identificação dos trabalhadores abrangidos;
o) Adoptar uma política de comunicação interna objectiva e regular sobre a actuação
estratégica e a actividade programática, privilegiando como meio de difusão da
informação o sítio da internet e o correio electrónico.

Artigo 66º
(Deveres dos trabalhadores)

1. Sem prejuízo de outras obrigações, compete ao trabalhador:


a) Respeitar e tratar com urbanidade, lealdade e correcção, empregador, os superiores
hierárquicos, os companheiros de trabalho, os utentes dos serviços e cidadãos em geral,
cumprindo rigorosa e escrupulosamente as disposições legais em vigor, assim como os
regulamentos, circulares e ordens de serviço vigentes;
b) Comparecer ao serviço com assiduidade e pontualidade, cumprindo com rigor o tempo e o
horário de trabalho previamente estabelecido;
c) Utilizar o sistema de registo de assiduidade através de sistema biométrico;
d) Realizar o trabalho com zelo, rigor e competência, de harmonia com as suas aptidões
técnicas e a categoria profissional respectiva;
e) Cumprir as ordens e as instruções do empregador em tudo o que respeite à execução e
disciplina do trabalho, salubridade, higiene, segurança e comodidade no trabalho.
f) Zelar pela ordem, pela disciplina e asseio no local de trabalho;

26
g) Guardar sigilo profissional respeitante a todos os factos de natureza reservada ou
confidencial de que tenha conhecimento na prossecução da sua actividade ou na prestação
dos seus serviços, obrigando-se a manter confidencialidade de todos os dossiers, arquivos,
documentos, dados e informações obtidos em virtude do exercício das suas funções;
h) Guardar sigilo profissional relativamente a todos os dados respeitantes ADILCAN
nomeadamente sobre a sua organização e actividade, serviços prestados, não podendo,
designadamente, extrair cópias de documentos, divulgá-los ou comunicá-los a terceiros;
i) Guardar confidencialidade relativamente à reprodução de informação em qualquer suporte
informático ou outro de natureza similar ou diferente;
j) Zelar pela conservação e boa utilização das instalações, equipamentos e máquinas,
comunicando através dos meios previamente definidos e para o serviço responsável todas as
anomalias detectadas;
k)Abster-se de ingerir bebidas alcoólicas previamente à sua apresentação ao serviço,
nomeadamente durante o período de almoço, em quantidades susceptíveis de condicionar a
sua capacidade produtiva e de concentração ou colocar em risco a sua segurança e a de
terceiros quer do ponto de vista físico quer psicológico, e prejudicar o ambiente de trabalho; l)
Abster-se de se ausentar do local de trabalho durante o horário de trabalho, salvaguardando o
intervalo para descanso, sem prévia autorização do superior hierárquico directo.
m) Abster-se de utilizar o correio electrónico e a internet, seja em horário de expediente ou
fora dele, para assuntos pessoais;
p) Abster-se de utilizar o correio electrónico e a internet para fins ilícitos ou de diversão
independentemente da sua natureza;
q) Cumprir escrupulosamente as regras internas escritas e não escritas sobre a utilização dos
equipamentos e programas informáticos;
r) Adoptar as regras internas escritas e não escritas sobre normas de comunicação interna e
externa;
t) Promover ou executar todos os actos tendentes à melhoria da produtividade e da eficiência
dos serviços prestados;
u) Frequentar as acções de formação propostas pelo empregador no âmbito da formação
profissional;
v) Cooperar activamente em ordem à melhoria do sistema de segurança, higiene e saúde no
trabalho;
w) Cooperar activamente na implementação das medidas que visem uma eficiente utilização
dos recursos energéticos;
x) Cumprir e fazer cumprir as prescrições de segurança, higiene e saúde no trabalho
estabelecidas nas disposições legais e na regulamentação interna;
b. Dar conhecimento por escrito, nomeadamente por correio electrónico, e ao superior
hierárquico, das deficiências e irregularidades de que tenha conhecimento e que afectem ou
sejam susceptíveis de prejudicar o correcto e regular funcionamento dos serviços,
aa)Zelar pela boa imagem e credibilidade do empregador.

Artigo 67.º
(Infrações Disciplinares)

27
1. Considera-se infração disciplinar o não cumprimento culposo dos deveres descritos no
contrato de Trabalho, para além dos que constam na legislação laboral aplicável e no
presente Regulamento.
2. As infrações praticadas pelos Trabalhadores contra a ADILCAN ou a perda da
confidencialidade serão consideradas faltas graves e implicam a instauração de
processos disciplinares, com vista à aplicação de sanção disciplinar.
3. São previstas as seguintes sanções, por incumprimento dos deveres estabelecidos:
a) Repreensão verbal
b) Repreensão escrita
c) Repreensão registada;
d) Sanção pecuniária;
e) Perda de dias de férias;
f) Suspensão do trabalho com perda de retribuição e de antiguidade;
g) Despedimento sem indemnização ou compensação
4. Os procedimentos previstos na alínea anterior são da responsabilidade da Direcção.
5. A aplicação das sanções mencionadas no nº 3 do presente artigo tem os seguintes
limites:
a) As sanções pecuniárias aplicadas a trabalhador por infracções praticadas no mesmo
dia não podem exceder um terço da retribuição diária e, em cada ano civil, a
retribuição correspondente a 30 dias;
b) A perda de dias de férias não pode pôr em causa o gozo de 20 dias úteis;
c) A suspensão do trabalho não pode exceder 30 dias por cada infracção e, em cada
ano civil, o total de 90 dias.

Artigo 68.º
(segurança social)

Os Trabalhadores da ADILCAN estão inscritos na respectiva Instituição de Segurança Social.

Artigo 69.º
(Medicina no Trabalho)

A Adilcan assegura um serviço de medicina no trabalho nos termos legalmente


previstos.

Artigo 70.º
(Acidentes de trabalho e doenças profissionais)

A Adilcan fica sujeita aos regimes legais dos acidentes de trabalho e doenças profissionais.

CAPITULO III

Regime Geral de Proteção de Dados (RGPD)

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Artigo 71.º
(Direitos dos titulares de dados)

Os trabalhadores enquanto titulares de dados detêm os seguintes direitos à luz das normas
sobre protecção de dados:
a) Estar informado sobre o tratamento dos seus dados pessoais;
b) Obter acesso aos dados pessoais conservados que lhe digam respeito;
c) Solicitar correção de dados pessoais incorrectos, inexatos ou incompletos;
d) Solicitar o apagamento de dados pessoais que já não sejam necessários ao caso e o seu
tratamento seja ilícito, de acordo com as limitações impostas pela legislação em vigor.
e) Opor-se ao tratamento dos seus dados pessoais por motivos que digam respeito à sua
situação específica, sempre que aplicável;
f) Solicitar a limitação do tratamento dos seus dados pessoais em casos específicos;
g) Receber os seus dados pessoais em formato de leitura automática e enviar o ficheiro
para outro responsável pelo tratamento, sempre que aplicável.

Artigo 72.º
(Tratamento de dados pessoais)

A Adilcan apenas exerce actividade de tratamento de dados pessoais no cumprimento de


exigências contratuais e legais.

Artigo 73.º
(Exercício dos Direitos)

1. Os trabalhadores podem exercer os seus direitos mediante envio de email para


o endereço ????
2. Os trabalhadores reconhecem que após cessação da relação laboral, os seus
dados poderão e deverão manter-se durante o tempo necessário para a Adilcan
possa dar cumprimento as suas obrigações legais.

Artigo 74.º
(Confidencialidade)

1. Como corolário do dever de lealdade constante na alínea f), do nº 1 do


artigo 128º do Código de Trabalho, os trabalhadores estão sujeitos a regras
de estrita confidencialidade acerca da actividade que a Adilcan desenvolve
ou pode vir a desenvolver.

29
2. A confidencialidade abrange a impossibilidade de reprodução, modificação,
alteração ou comunicação, em todo e qualquer meio de comunicação, por
toda e qualquer forma de transmissão, de todo o material, de natureza
intelectual, industrial e semelhantes, respeitantes à Adilcan ou a todas e
quaisquer pessoas singulares ou colectivas que se relacionem com a
mesma, quer na pendência quer após a cessação dos contratos.

CAPITULO IV
PREVENÇÃO DE ASSÉDIO NO LOCAL DE TRABALHO
CÓDIGO DE BOA CONDUTA

75.º
(Disposição Geral)

1. O art. 29º/1 do Código do Trabalho, define o assédio como o comportamento


indesejado, nomeadamente o baseado em fator de discriminação, praticado
aquando do acesso ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação
profissional, com o objetivo ou o efeito de perturbar ou constranger a pessoa,
afetar a sua dignidade, ou de lhe criar um ambiente intimidativo, hostil,
degradante, humilhante ou desestabilizador. A este, o nº 2 acrescenta o
assédio sexual: “comportamento indesejado, de carácter sexual, sob forma
verbal, não verbal ou física, com o objetivo ou o efeito referidos para o assédio
em geral".
2. A Lei do Trabalho obriga o empregador a adotar códigos de boa conduta para a
prevenção e combate ao assédio no local de trabalho, sempre que a empresa
tenha sete ou mais trabalhadores, sob pena de incorrer em contra-ordenação
grave.
3. É, assim, instituído no presente regulamento normas de boa conduta que se
regerão pelas cláusulas infra.

Artigo 76.º
(Proibição do assédio no trabalho)

1. O assédio moral no trabalho traduz-se no comportamento indesejado,


nomeadamente baseado em fatores de discriminação, praticado aquando do acesso
ao emprego ou no próprio emprego, trabalho ou formação profissional, com o objetivo
de perturbar ou constranger a pessoa, afetar a sua dignidade ou de lhe criar um
ambiente intimidatório, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador, induzindo
o trabalhador a despedir-se, nomeadamente pelo esvaziamento funcional ou pela
diminuição gradual da sua posição na organização da empresa.

30
2. Quando o assédio tem natureza sexual, sob a forma verbal, não verbal ou física, com
os objetivos referidos no número anterior, tal comportamento considera-se assédio
sexual (sexual harassement).
3. Constitui assédio moral discriminatório aquele em que o comportamento indesejado
e hostil se baseia em fator discriminatório que não o sexo, como, por exemplo, a
orientação sexual ou a raça (discriminatory harassement).
4. Constitui assédio moral não discriminatório aquele em que o comportamento
indesejado não se baseia em fator discriminatório, mas que, pela sua conotação e
insídia, tem os mesmos efeitos e visa afastar o trabalhador da empresa (mobbing).
5. É proibida qualquer forma de assédio no local de trabalho, seja o praticado por um
trabalhador, seja o praticado pelo empregador ou seu representante, prestadores de
serviços, clientes ou fornecedores.
6. É ainda proibida qualquer forma de assédio sobre as pessoas referidas no número
anterior fora do local de trabalho, por razões relacionadas com este.

Artigo 77.º
(Factos que não constituem assédio)

1. Salvo se houver intencionalidade assediante, não constituem assédio no trabalho os


conflitos laborais pontuais, as decisões legítimas resultantes da organização do
trabalho ou do funcionamento da empresa, o exercício legítimo do poder de direção
do empregador ou dos superiores hierárquicos, traduzido nas orientações de trabalho
e de avaliação de desempenho, o normal exercício da ação disciplinar e a eventual
pressão decorrente do cumprimento de objetivos razoáveis, prazos ou trabalhos de
responsabilidade, inerentes ao exercício de cargos ou funções de responsabilidade.
2. Não constituem assédio sexual, salvo se indesejados ou repelidos, a aproximação
romântica entre colegas de trabalho ou superiores hierárquicos, assim como os elogios
pontuais e espontâneos sem intencionalidade ofensiva.

Artigo 78º
(Efeitos da prática do assédio no trabalho)

1. O trabalhador vítima de assédio no trabalho tem direito a ser indemnizado por danos
patrimoniais e não patrimoniais, cuja responsabilidade pela sua reparação pertence ao
empregador.
2. A prática de assédio no trabalho constitui contraordenação muito grave, além de eventual
responsabilidade criminal, nos termos do Artº 154º-A, nº 1, do Código Penal.
3. O trabalhador vítima de assédio, assim como as testemunhas por ele indicadas para prova
do assédio, não podem ser objeto de sanção disciplinar fundamentada nas declarações
prestadas nos processos inerentes, de natureza disciplinar, judicial ou contraordenacional, até
ao trânsito em julgado das respetivas sentenças, salvo se as testemunhas tiverem declarado
factos falsos com vista a prejudicar o empregador.

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4. No caso de ser provada a prática de assédio no trabalho e dela resultar doença profissional
para o trabalhador, o empregador terá de indemnizar a segurança social pela reparação dos
danos consequentes, correspondentes aos pagamentos por esta efetuados ao trabalhador,
acrescidos dos respetivos juros de mora.

Artigo 79º
(Sanções)

1. Constitui justa causa de resolução do contrato de trabalho, com direito a


indemnização de antiguidade por despedimento ilícito indireto, a prática de assédio no
trabalho.
2. Considera-se abusivo o despedimento ou outra sanção disciplinar aplicada ao
trabalhador até um ano após a denúncia da prática de assédio no trabalho.
3. O denunciante ou quem vier a testemunhar no processo disciplinar não incorre em
responsabilidade disciplinar fundamentada nas declarações prestadas, salvo se tiver
invocado factos falsos com vista a prejudicar o empregador.

Artigo 80.º
(Procedimentos)

1. O empregador, os dirigentes e qualquer trabalhador que verifique a prática de


assédio no trabalho, deve denunciá-la ao seu superior hierárquico ou ao empregador,
sob pena de violação dos seus deveres laborais.
2. Havendo conhecimento, pelo empregador, ainda que de forma indireta, da prática
de assédio no trabalho, este deve instaurar processo de inquérito e/ou processo
disciplinar, com vista a apurar os factos ocorridos e, sendo caso disso, atuar
disciplinarmente sobre os infratores, sob pena de incorrer em contraordenação grave,
sem prejuízo do natural direito de defesa do assediante.
3. Caso o assédio seja praticado por pessoas estranhas à organização da empresa,
nomeadamente clientes, o empregador deve diligenciar que, futuramente, seja
evitado o contacto direto entre o assediante e a vítima de assédio.

CAPÍTULO V
Disposições finais

Artigo 81º
(Difusão do regulamento)

1. Um exemplar do regulamento é entregue a cada trabalhador que deve declarar tê-lo


recebido, lido e ser o mesmo do seu amplo conhecimento.
2. Este regulamento faz parte integrante dos contratos de trabalho e de prestação de serviços
em vigor, assim como de futuros contratos.

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Artigo 82º
(Interpretação e integração de lacunas)

As eventuais lacunas, omissões e dúvidas suscitadas pelo presente Regulamento serão


analisadas, interpretadas e integradas pelo Presidente da Direcção, e em última instância, pelo
Presidente da Assembleia Geral.

Artigo 83.º
(Revisão)

O presente regulamento deve ser revisto sempre que tal se revele necessário, seja em
virtude da adaptação a novas disposições legais, seja por força da sua adaptação com a
realidade vigente na Adilcan.

Artigo 84.º
(Aprovação do Regulamento)

O presente regulamento está sujeito a apreciação e aprovação em Assembleia Geral


realizada no dia de Abril de 2022, entrando em vigor no dia seguinte à sua
aprovação e consequente assinatura.

Ansião, ….Abril de 2022


Assinaturas:

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