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DIREITO DO TRABALHO
1ª edição
Brasília
2022
SOBRE OS AUTORES
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, por sempre me guiar. À minha esposa Paula, pois certamente sem o seu apoio e
amor incondicionais nossas conquistas não seriam possíveis. Por fim, à minha filha Marina, que deu um
novo significado para a minha vida.
Gustavo Andrade
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .........................................................................................................................................................12
1. CONCEITO ............................................................................................................................................................. 35
2. CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO ........................................................................................................................ 35
3. CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO............................................................................................................. 36
1. INTERRUPÇÃO ........................................................................................................................................................ 41
2. SUSPENSÃO ........................................................................................................................................................... 41
1. RESILIÇÃO ............................................................................................................................................................. 43
1.1. Resilição unilateral ......................................................................................................................................... 43
1.2. Resilição bilateral (Distrato) ........................................................................................................................... 43
2. RESOLUÇÃO ........................................................................................................................................................... 43
2.1. Dispensa por justa causa (art. 482, CLT) ......................................................................................................... 43
2.2. Rescisão indireta (art. 483, CLT) ..................................................................................................................... 44
2.3. Culpa recíproca ............................................................................................................................................... 45
3. RESCISÃO .............................................................................................................................................................. 45
4. OUTRAS HIPÓTESES DE TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO ......................................................................................... 45
4.1. Força maior..................................................................................................................................................... 45
4.2. Morte do empregador .................................................................................................................................... 45
4.3. Fato do príncipe (CLT, art. 486) ...................................................................................................................... 46
4.4. TÉRMINO DO CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO ................................................................................................... 46
5. PLANO/PROGRAMA DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA – PDV .................................................................................................. 47
6. OBRIGAÇÕES DECORRENTES DO TÉRMINO DO CONTRATO DE TRABALHO ............................................................................. 47
7. VERBAS RECISÓRIAS ................................................................................................................................................. 48
7.1. Homologação das Verbas Rescisórias ............................................................................................................ 48
7.2. Recibo de quitação das Verbas Rescisórias .................................................................................................... 48
7.3. Forma de pagamento das Verbas Rescisórias ................................................................................................ 48
7.4. Prazo para cumprimento das obrigações decorrentes da extinção do contrato de trabalho ........................ 48
7.5. Multa do art. 477, § 8º, da CLT ....................................................................................................................... 49
8. QUITAÇÃO ANUAL DAS OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS........................................................................................................ 49
9. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA ..................................................................................................................................... 49
10. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA E RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO ......................................................................... 49
1. CARACTERIZAÇÃO ................................................................................................................................................... 52
2. OBJETIVO .............................................................................................................................................................. 52
3. BASE NORMATIVA ................................................................................................................................................... 52
3.1. Julgamento no STF sobre a terceirização da atividade-fim ............................................................................ 53
4. REQUISITOS ........................................................................................................................................................... 53
5. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA TOMADORA ............................................................................................................... 53
6. DIREITOS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS ............................................................................................................ 54
7. TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA VERSUS ILÍCITA ......................................................................................................................... 54
8. TERCEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................................................................. 54
8.1. Responsabilidade da Administração Pública na Terceirização ....................................................................... 55
8.2. Julgamento no STF sobre a Responsabilidade da Administração Pública na Terceirização ........................... 55
8.3. Ônus da prova sobre a fiscalização do contrato administrativo .................................................................... 56
8.4. Reconhecimento de vínculo com a Administração Pública antes e depois da Constituição Federal de 1988 58
9. ESTADO-MEMBRO E ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES ................................................................................................... 58
10. DONO DA OBRA (OJ 191/TST) .............................................................................................................................. 58
11. QUARTEIRIZAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ......................................................................................................... 59
12. EQUIPARAÇÃO DE DIREITOS TRABALHISTAS ENTRE TERCEIRIZADOS E EMPREGADOS DE EMPRESA TOMADORA DE SERVIÇOS .......... 59
1. CONCEITO ............................................................................................................................................................. 61
2. BASE NORMATIVA ................................................................................................................................................... 61
3. DURAÇÃO DO AVISO PRÉVIO ...................................................................................................................................... 61
4. BASE DE CÁLCULO DO AVISO PRÉVIO............................................................................................................................ 61
5. ESTABILIDADE DURANTE O AVISO PRÉVIO ..................................................................................................................... 61
6. PROCEDIMENTO ..................................................................................................................................................... 62
6.1. Aviso prévio concedido pelo empregador ....................................................................................................... 62
6.2. Aviso prévio concedido pelo empregado ........................................................................................................ 62
6.3. Aviso prévio no contrato por prazo determinado ........................................................................................... 62
7. RECONSIDERAÇÃO DO AVISO PRÉVIO ........................................................................................................................... 62
8. FALTA GRAVE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO PELO EMPREGADO .......................................................................................... 62
9. FALTA GRAVE NO CURSO DO AVISO PRÉVIO PELO EMPREGADOR ........................................................................................ 63
10. AVISO PRÉVIO E CONTRATO DE EXPERIÊNCIA .............................................................................................................. 63
1. CONCEITO ............................................................................................................................................................. 65
2. HISTÓRICO ............................................................................................................................................................ 65
3. FORMAS DE ESTABILIDADE......................................................................................................................................... 65
3.1. Estabilidade da gestante ................................................................................................................................ 65
3.2. Estabilidade do empregado eleito para cargo de direção na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
(CIPA) ..................................................................................................................................................................... 66
3.3. Estabilidade do empregado membro da Comissão de Conciliação Prévia (CCP) ............................................ 67
3.4. Estabilidade do empregado que sofreu acidente de trabalho ........................................................................ 67
3.5. Estabilidade do Dirigente Sindical .................................................................................................................. 67
3.6. Estabilidade Provisória dos membros da comissão de representação ........................................................... 68
4. DESPEDIDA E REINTEGRAÇÃO DE EMPREGADO ESTÁVEL ................................................................................................... 68
1. DURAÇÃO DO TRABALHO.......................................................................................................................................... 70
2. JORNADAS DE TRABALHO .......................................................................................................................................... 70
2.1. Jornada móvel/variável ou contrato intermitente (Reforma Trabalhista — Lei n.º 13.467/2017) ................ 70
2.2. JORNADA 12 X 36 (REFORMA TRABALHISTA — LEI N.º 13.467/2017) ......................................................................... 71
2.3. Tempo à disposição do empregador............................................................................................................... 71
2.4. Horas in intinere ou Horas de Deslocamento (Reforma Trabalhista — Lei n.º 13.467/2017) ........................ 72
2.5. Teletrabalho (Lei n.º 13.467/2017 - Reforma Trabalhista de 2017) ............................................................... 72
2.6. Regime de Tempo Parcial ............................................................................................................................... 73
2.7. Turnos ininterruptos de revezamento ............................................................................................................ 73
2.8. Registro de Ponto por Exceção (Lei n.º 13.874/2019 - Lei da Liberdade Econômica) ..................................... 74
2.9. Trabalho noturno ............................................................................................................................................ 74
2.10. Trabalho Extraordinário (Horas Extras) ........................................................................................................ 75
3. FISCALIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO .................................................................................................................... 75
3.1. Variações mínimas no registro de ponto ........................................................................................................ 76
3.2. Diferença entre Horas de Prontidão e de Sobreaviso ..................................................................................... 76
3.3. Empregados que não se submetem à controle de jornada ............................................................................ 77
3.4. Trabalho Extraordinário (Horas Extras) .......................................................................................................... 77
4. COMPENSAÇÃO DE JORNADA (LEI N.º 13.467/2017 – REFORMA TRABALHISTA DE 2017) .................................................. 77
5. PRORROGAÇÃO DE JORNADA ..................................................................................................................................... 78
5.1. Prorrogação de jornada em atividades insalubres ......................................................................................... 78
5.2. Prorrogação por necessidade imperiosa ........................................................................................................ 78
6. INTERVALOS ........................................................................................................................................................... 79
1. DESTINAÇÃO .......................................................................................................................................................... 83
2. REAJUSTES............................................................................................................................................................. 83
3. VINCULAÇÃO.......................................................................................................................................................... 83
4. GARANTIA ............................................................................................................................................................. 83
1. PRESCRIÇÃO......................................................................................................................................................... 112
1.1. Prescrição na esfera trabalhista ................................................................................................................... 112
1.2. Prescrição total ............................................................................................................................................. 113
1.3. Prescrição parcial.......................................................................................................................................... 113
1.4. Prescrição Intercorrente (alterado pela Reforma Trabalhista de 2017 – Lei n.º 13.467/2017).................... 114
1.5. Prescrição e Negociação Coletiva (alterado pela Reforma Trabalhista de 2017 – Lei n.º 13.467/2017) ..... 114
1.6. Causas que interferem na contagem do prazo prescricional ........................................................................ 114
2. DECADÊNCIA ........................................................................................................................................................ 115
6.7. Gestantes e Insalubridade (Reforma Trabalhista de 2017 - Lei n.º 13.467/2017)........................................ 122
6.8. Atividade Perigosa x Atividade Insalubre ..................................................................................................... 123
APRESENTAÇÃO
O Direito e o Processo do Trabalho sofreram significativas alterações com a entrada em vigor da Lei
n.º 13.467/2017 (Reforma Trabalhista). Ao total, foram mais de 100 artigos da CLT modificados. Em
concursos públicos, é muito importante estar atento às modificações e às atualizações legislativas. Nesse
sentido, o livro destaca, em negrito, sempre que um tópico possuir modificações advindas da Reforma
Trabalhista de 2017, bem como da Lei da Liberdade Econômica – Lei n.º 13.874/2019.
Ademais, considerando que a CLT data de 1943, é imprescindível para o candidato conhecer a
jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Destarte, as súmulas, orientações jurisprudenciais e
precedentes normativos do TST estão sendo apresentados nessa obra de forma relacionada ao assunto
estudado, tópico a tópico. No último capítulo da obra, com o escopo de auxiliar em um estudo específico
para o concurso de Advocacia Pública, será apresentada uma seleção de todas as súmulas, orientações
jurisprudenciais e precedentes normativos do TST que são relacionadas à Fazenda Pública, à
Administração Pública, aos Entes Federativos e às pessoas jurídicas de direito público no âmbito da
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Justiça do Trabalho.
PABLO ADEMYR
PABLO DA SILVA
ADEMYR DA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF:
SILVA SALES
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São os meios pelo quais nascem as normas jurídicas. Dividem-se em fontes materiais (fatores e
acontecimentos sociais que inspiram o legislador. São os fatos sociais, os momentos pré-jurídicos que
influenciam na criação da norma jurídica. Exemplo: reivindicações por mais direitos trabalhistas e greves.) e
fontes formais(normas de observância obrigatória da sociedade, sob pena de responsabilização e punição.
É o direito já materializado). Estas últimas, por sua vez, subdividem-se em autônomas (discutidas e
elaboradas diretamente pelas partes. Exemplo: convenção coletiva, acordo coletivo, costumes) e
heterônomas (normas oriundas de um órgão estatal. Exemplo: Constituição Federal, tratados
internacionais, leis, medida provisória, sentenças normativas, súmulas vinculantes.)
Atenção: Após a Reforma Trabalhista de 2017, há norma explícita na Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) indicando que o direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, bem como
preceituando que súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo TST e pelos TRTs não
poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
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respeitado o disposto no art. 104 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil),
e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da vontade
SILVA SALES
Em caso de conflito entre as fontes formais, as seguintes teorias definem qual norma deve ser
DA SILVA
aplicada:
ADEMYR DA
corrente majoritária.
b. Teoria da acumulação/atomística/pinçada: o intérprete deve aplicar todas as fontes ao caso
concreto, utilizando as normas mais favoráveis ao trabalhador e desprezando as desfavoráveis.
PABLO
Essa teoria é criticada porque, ao se selecionar os melhores artigos, acaba se criando uma
“terceira” norma. É a corrente minoritária.
c. Teoria do Conglobamento mitigado ou por Institutos: A análise é feita por matéria, por
instituto. Aplica-se a norma mais favorável para o instituto das férias, da hora-extra, do 13º etc.
ATENÇÃO!
Quanto às normas coletivas, a Reforma Trabalhista de 2017 (Lei n.º 13.467/2017) deixou expresso
que as condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas
em convenção coletiva de trabalho, independentemente de seu conteúdo (CLT, art. 620). Ou seja, em tese,
a disposição legal aproximou-se da teoria do conglobamento/incindibilidade. Isso, pois, entre duas normas
(acordo coletivo de trabalho e convenção coletiva de trabalho), adotar-se-ão as normas do acordo coletivo,
em sua totalidade, que “sempre prevalecerão sobre as estipuladas em convenção coletiva de trabalho”.
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• In dubio pro operario ou pro misero: se houver dúvida na interpretação da norma, adota-se a
interpretação mais favorável ao trabalhador (não se aplica o aludido princípio na seara
processual).
• Norma mais favorável: no caso de coexistência de normas regulando a mesma matéria, adota-
se a norma mais favorável ao trabalhador. Exemplo: o percentual das horas extras na
Constituição Federal de 1988 é de, no mínimo, 50%, e a de eventual acordo coletivo de
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realidade jurídica. Exemplo: trabalhador que recebe 1 mil reais na carteira e 2 mil reais na vida real; logo,
ADEMYR DA
É vedada qualquer alteração contratual lesiva ao empregado, ainda que haja consentimento deste.
Só é permitida a alteração por mútuo consentimento e sem qualquer prejuízo ao empregado. Esse princípio
serve de inspiração para vários dispositivos, como é o caso do art. 468 da CLT, que preconiza: “Nos
contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo
consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado,
sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.”
Obs.: “Orientação Jurisprudencial 244 da SbDI-I/TST. PROFESSOR. REDUÇÃO DA CARGA HORÁRIA.
POSSIBILIDADE. A redução da carga horária do professor, em virtude da diminuição do número de alunos,
não constitui alteração contratual, uma vez que não implica redução do valor da hora-aula.”
Em regra, o contrato de trabalho é formado por prazo indeterminado. Logo, o ônus de provar a
ruptura do contrato de trabalho é do empregador, como dispõe, por exemplo, a Súmula 212 do TST:
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Em regra, o empregado não pode renunciar aos direitos e às vantagens asseguradas na CF/1988 e
nas leis trabalhistas. Por exemplo, não é possível à empregada gestante transacionar ou renunciar ao
direito à licença maternidade ou à estabilidade provisória desde a confirmação da gravidez até 5 meses
após o parto. Há uma presunção de vício na manifestação de vontade da empregada que assim o faz e, por
isso, essa transação ou renúncia será considera nula de pleno direito.
ATENÇÃO!
O princípio da indisponibilidade/irrenunciabilidade foi atenuado pela Reforma Trabalhista de 2017
CPF: 016.331.825-50
com a figura do empregado “hipersuficiente”: portador de diploma de nível superior e com salário mensal
igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social (art.
444, parágrafo único, da CLT).
SALES -- CPF:
Incluído pela Reforma Trabalhista de 2017, estabelece que no exame de convenção coletiva ou
acordo coletivo de trabalho, a Justiça do Trabalho analisará exclusivamente a conformidade dos elementos
essenciais do negócio jurídico e balizará sua atuação pelo princípio da intervenção mínima na autonomia da
vontade coletiva (art. 8º, § 3º, CLT).
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A Constituição Federal de 1988 apresenta, no capítulo dos Direitos Sociais, em seu art. 7º, um rol de
34 incisos com os direitos constitucionais dos trabalhadores, urbanos e rurais, além de outros que visem a
melhoria de sua condição social. A equiparação dos direitos dos trabalhadores rurais com os dos
trabalhadores urbanos foi uma grande conquista civilizatória da Carta Constitucional. Como a própria CF/88
explicita a possibilidade de existirem outros direitos, trata-se, então, de um rol meramente exemplificativo.
Ademais, a Carta Magna afirma a melhoria, interpreta-se que esse rol de direitos só pode avançar (princípio
da vedação ao retrocesso social).
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros
direitos; (essa lei complementar ainda não foi editada; então, há a multa de 40% do FGTS
nos casos de rescisão sem justa causa);
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III -fundo de garantia do tempo de serviço;
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VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração
variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria; (décimo terceiro salário também recebe o nome de gratificação natalina);
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
SALES -- CPF:
termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro
ADEMYR DA
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Destaca-se que o parágrafo único do art. 7º da CF/1988 foi modificado pela EC n.º 72/2013, para
CPF: 016.331.825-50
ampliar o rol dos direitos dos trabalhadores domésticos, garantindo, por meio da Lei Complementar n.º
150/2015, direitos como controle de jornada, horas extras, seguro-desemprego e FGTS. Os direitos
constitucionais dos trabalhadores serão esmiuçados no decorrer dos itens.
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SALES -- CPF:
SILVA SALES
DA SILVA
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Relação de trabalho é gênero e é entendido de forma ampla. Abrange todo trabalho humano
prestado a um tomador de serviços.
São espécies do gênero “relação de trabalho”: trabalho autônomo, estágio, trabalho eventual,
trabalho temporário e o próprio vínculo empregatício.
Relação de emprego é espécie do gênero relação de trabalho e possui como característica principal
a presença de subordinação jurídica do empregado ao empregador (receber e acatar ordens).
Obs.: Contrato individual de trabalho corresponde à relação de emprego verificada no mundo dos
fatos. Em regra, o contrato individual de trabalho será firmado sempre por prazo indeterminado, salvo
exceções, de tal sorte que, pelo princípio da continuidade, não há data certa para o fim do vínculo
empregatício.
a. Agente capaz: no caso do empregado, a capacidade para o exercício dos direitos e deveres
SALES -- CPF:
decorrentes do contrato de trabalho está prevista no art. 7º, XXXIII, da CF/1988 e no art. 402 da
SILVA SALES
é possível trabalhar, exceto nas atividades insalubres, perigosas e no horário noturno. Ademais,
não podem assinar recibo de quitação de verbas rescisórias sem a assistência do representante
ADEMYR DA
legal (art. 439 da CLT). Há ainda incapacidade relativa dos maiores de 14 e menores de 16 anos,
PABLO ADEMYR
que podem prestar serviços em contratos de aprendizagem. Obs.: O art. 7º, XXXIII, da CF/88
não prevê a proibição de trabalhos penosos para menores de 18 anos. Entretanto esse tipo de
PABLO
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concurso público acarretará a nulidade do ato jurídico, devendo o trabalhador receber apenas o saldo de
salário pelas horas trabalhadas e os valores relativos aos depósitos do FGTS (Súmula 363 do TST).
Obs. 2: trabalho proibido do policial militar: segundo a súmula 386 do TST, preenchidos os
requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e
empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no
Estatuto do Policial Militar.
No que se refere a trabalho ilícito, a prestação de serviços afronta a lei penal. O contrato será
declarado nulo e não haverá pagamento de verbas rescisórias. Exemplo: Médico em clínica de aborto
clandestino.
Obs. 3: As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes
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interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos
coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes (CLT, art. 444).
O trabalhador autônomo presta serviços por sua própria conta e risco, assumindo os riscos do
empreendimento. Exemplo: taxista e médico sem vínculo empregatício.
Obs. 1:Essa espécie de relação de trabalho é uma novidade trazida pela Reforma Trabalhista de
2017 (Lei n.º 13.467/2017).
Obs. 2:O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter
especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor do horário do salário-
mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em
contrato intermitente ou não (CLT, art. 452-A).
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Previsto na Lei n.º 6.019/1974. Há uma relação triangular de trabalho entre empresa tomadora,
empresa de trabalho temporário e trabalhador temporário. Possui como características o contrato de
trabalho escrito; contratação nas hipóteses expressamente previstas em lei; necessidade transitória de
substituição do seu pessoal regular e permanente; acréscimo extraordinário de serviços; prazo de 180 dias
consecutivos, ou não, prorrogável por mais 90 dias. O trabalhador prestará serviços tanto na atividade-fim
quanto na atividade-meio.
Abrange toda espécie de trabalho lícito, material ou imaterial, mediante retribuição (art. 594 do
CC/2002). A autonomia na prestação dos serviços é o que diferencia do contrato de trabalho, o qual
pressupõe subordinação.
SALES -- CPF:
2.6.2. Empreitada
SILVA SALES
Contrato em que o empreiteiro assume a obrigação de realizar certa obra e entregá-la pronta ao
beneficiário. Nesse caso, o empreiteiro assume os riscos do empreendimento, enquanto no contrato de
DA SILVA
Obs.:
PABLO ADEMYR
2.6.4. Mandato
Nesse contrato, o mandante confere poderes ao mandatário, via procuração, para a prática de atos
jurídicos em seu nome ou para administrar interesses. O contrato de mandato é, em regra, gratuito e não
envolve subordinação. Já a relação de emprego é onerosa e pressupõe a subordinação jurídica.
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Obs.: o trabalho do preso não está submetido às regras da CLT, mas sim à Lei de Execução Penal.
Inclusive, não há a necessidade de observância do salário-mínimo. A Lei n.º 7.210/1984 versa sobre essa
temática, a saber:
Art. 28.O trabalho do condenado, como dever social e condição de dignidade humana,
terá finalidade educativa e produtiva.
§ 1º Aplicam-se à organização e aos métodos de trabalho as precauções relativas à
segurança e à higiene.
§ 2º O trabalho do preso não está sujeito ao regime da Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 29.O trabalho do preso será remunerado, mediante prévia tabela, não podendo ser
inferior a 3/4 (três quartos) do salário-mínimo.
§ 1º O produto da remuneração pelo trabalho deverá atender: a) à indenização dos danos
causados pelo crime, desde que determinados judicialmente e não reparados por outros
meios;
b) à assistência à família;
c) a pequenas despesas pessoais (grifos nossos).
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contratasse por meio dos dois regimes: estatutário e celetista. Ocorre que o Supremo Tribunal Federal
(STF), em liminar parcialmente concedida, no dia 02.08.2007, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º
2.135-4, suspendeu a eficácia do caput do art. 39 da CF/1988 e, destarte, voltou a vigorar a antiga redação
do artigo, impondo o regime jurídico único à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (sem
SALES -- CPF:
dualidade de regimes).
SILVA SALES
Nessa trilha, atualmente, vigora, no âmbito da União, a Lei Federal n.º 8.112/1990 e, no âmbito do
Distrito Federal, a Lei Complementar Distrital n.º 840/2011 (estatutos dos respectivos servidores públicos).
DA SILVA
Obs. 1:
ADEMYR DA
Obs. 2:
Súmula n.º 243/TST. OPÇÃO PELO REGIME TRABALHISTA. SUPRESSÃO DAS VANTAGENS
ESTATUTÁRIAS. Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do
funcionário público pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao
regime estatutário (grifo nosso).
Obs. 3:
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Art. 37.A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Portanto apenas para os cargos de provimento em comissão não se exige a prévia aprovação em
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concurso público. São cargos de livre nomeação e exoneração desde que assim disponha a lei que os criou.
016.331.825-50 -- pablosalescop@gmail·com
Obs. 3:
considerado nulo por ausência de concurso público, quando celebrado originalmente com
ente da Administração Pública Indireta, continua a existir após a sua privatização.
DA SILVA
fundacional
PABLO ADEMYR
A isonomia salarial não é aplicada aos empregados da Administração Pública direta, autárquica e
PABLO
fundacional, em razão da vedação do art. 37, XIII, CF/1988: “é vedada a vinculação ou equiparação de
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público”.
A isonomia salarial é aplicada aos empregados das empresas públicas e sociedades de economia
mista exploradoras de atividade econômica, em razão do art. 173, § 1º, II, CF/88:
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Obs.:
Nada obstante, após a EC n.º 19/1998, o art. 41 da CF/1988 foi alterado para prever a estabilidade
SALES -- CPF:
apenas aos ocupantes de cargos públicos: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.” (CF/1988, art. 41, caput).
SILVA SALES
Embora não haja previsão para “emprego público” no art. 41 da CF/1988, o TST mantém a redação do
inciso I da Súmula 390 intacta.
DA SILVA
ADEMYR DA
Mesmo que admitidos via concurso público, a estabilidade do art. 41 da CF/1988 não é aplicada aos
empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista.
PABLO
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O TST também possui entendimento sobre o tema, embora seja de 2007, anterior ao julgamento do
STF:
Após a alteração realizada pela Emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal n.º 99/2017, de acordo
com o texto legal, o teto remuneratório é aplicável a todas as empresas públicas e às sociedades de
economia mista distritais, inclusive as respectivas subsidiárias.
LODF, art. 19, X – para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República
Federativa do Brasil, fica estabelecido que a remuneração e o subsídio dos ocupantes de
cargos, funções e empregos públicos, dos membros de qualquer dos Poderes e dos demais
agentes políticos do Distrito Federal, bem como os proventos de aposentadorias e
pensões, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, na forma da lei, não se aplicando o
disposto neste inciso aos subsídios dos Deputados Distritais.
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No dia 04/09/2020, o STF, por maioria, no julgamento virtual da ADC n.º 36, declarou a
constitucionalidade do art. 58, § 3º, da Lei n.º 9.649/1998, chancelando a validade da contratação, no
âmbito dos Conselhos Profissionais, sob o regime celetista, nos termos do voto do Ministro Alexandre de
Moraes, redator para o acórdão. Ou seja, agora, os Conselhos Profissionais possuem autonomia e
independência para definir seu regime de contratação: se celetista ou estatutário. (Processos apensados:
ADPF 367 e ADI 5367; número único CNJ: 0002146-03.2015.1.00.0000).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
DA SILVA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF: pablosalescop@gmail·com
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Empregado é toda pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob
dependência deste e mediante salário (CLT, art. 3º). Os requisitos da relação empregatícia são:
a. Pessoalidade: é a pessoa natural e não pode o empregado se fazer substituir por um terceiro;
b. Não eventualidade ou habitualidade: o contrato de trabalho é de trato sucessivo, ou seja, há
continuidade no tempo;
c. Onerosidade: o empregado presta o serviço e deve receber o salário em contraprestação;
d. Subordinação: O empregado fica sujeito às orientações dadas pelo empregador.
A prestação de serviços com exclusividade e o local da prestação de serviços são irrelevantes para
caracterizar o vínculo empregatício.
Para caracterizar o vínculo empregatício basta a subordinação jurídica: estado de sujeição às
ordens emanadas pelo empregador (em suma, o empregado recebe e acata ordens do empregador).
Empregador, por sua vez, é a empresa, individual ou coletiva que, assumindo os riscos da atividade
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econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços (CLT, art. 2º).
O risco do empreendimento é do empregador e não pode ser transferido ao empregado
(alteridade).
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos,
que admitirem trabalhadores como empregados.
CPF: 016.331.825-50
1. PODERES DO EMPREGADOR
expedir ordens gerais, por meio do regulamento da empresa, a ser cumprido pelo empregado,
desde que não viole a lei;
SILVA SALES
corporativo, utilizado como ferramenta de trabalho, mas não pode fiscalizar e-mail particular
PABLO ADEMYR
do trabalhador.
Obs. 2: Revistas pessoais são admitidas, se realizadas com razoabilidade e por meio de critérios
PABLO
objetivos e impessoais, sem nudez e respeitando a dignidade humana, desde que a atividade
exercida justifique esse controle e não submeta o empregado a situação constrangedora e
humilhante.
c. Poder Disciplinar: O empregado se subordina às ordens dadas pelo empregador e, se
desobedecidas as regras, podem ser aplicadas as seguintes penalidades:
• Advertência verbal ou escrita;
• Suspensão disciplinar por, no máximo, 30 (trinta) dias consecutivos;
• Dispensa por justa causa.
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1. GRUPO ECONÔMICO
Mesmo com cada empresa possuindo personalidade jurídica própria, ocorre o grupo econômico
quando uma ou mais empresas estiverem sob a direção, controle ou administração de outra.
Obs.: com a Reforma Trabalhista de 2017, não caracteriza grupo econômico a mera identidade de
sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva
comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. A Reforma Trabalhista de
2017 afastou a relação de solidariedade e de coordenação para exigir a prova da existência de hierarquia e
de participação societária. Em linhas gerais: a responsabilidade solidária entre empresas do mesmo grupo é
mantida, mas para que um grupo econômico exista é necessário demonstrar que há interesse integrado e
efetiva atuação conjunta das empresas. A simples identidade de sócios não caracteriza grupo econômico.
E não sendo configurado grupo econômico, o trabalhador só pode cobrar direitos trabalhistas da empresa
que o contrata (responsabilidade exclusiva).
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CLT, art. 2º. Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.
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2. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA
SILVA SALES
sorte que o empregado pode cobrar a totalidade da dívida de qualquer uma delas, sem benefício de ordem.
ADEMYR DA
3. SUCESSÃO DE EMPREGADORES
PABLO ADEMYR
Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus
PABLO
empregados (CLT, art. 10). Para configurar a sucessão, devem estar presentes os seguintes requisitos:
Obs. 1: O TST entendeu que não há responsabilidade solidária do novo empregador com o grupo
econômico, salvo se comprovada má-fé ou fraude na sucessão.
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Obs. 2:
ATENÇÃO!
Essa Orientação Jurisprudencial n.º 225 foi cobrada na prova da segunda fase do último concurso
da PGDF (2013).
4. DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIO
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1. CONCEITO
Contrato individual de trabalho corresponde à relação de emprego verificada no mundo dos fatos.
Em regra, o contrato individual de trabalho será firmado por prazo indeterminado, salvo exceções, de tal
sorte que, pelo princípio da continuidade, não há data certa para o fim do vínculo empregatício.
CLT, art. Art. 442 Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso,
correspondente à relação de emprego.
Parágrafo único. Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não
existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores
de serviços daquela.
Obs. 1:
favorável ao empregado.
Obs. 2: com a Reforma Trabalhista de 2017, a CLT foi modificada para prever que o contrato
individual de trabalho possa ser realizado por prazo determinado, indeterminado ou para a prestação de
trabalho intermitente.
CLT, art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou
CPF: 016.331.825-50
A regra é o contrato individual ser por prazo indeterminado. No entanto, é possível celebrar
contrato por prazo determinado, nas hipóteses previstas no art. 443, § 2º, da CLT:
PABLO
ATENÇÃO!
Nas duas hipóteses, o prazo de duração é de dois anos, no máximo, podendo ser estipulado um
prazo menor. A CLT possibilita uma única prorrogação, desde que respeitado o limite máximo de dois anos.
c. Contrato de experiência: prazo de 90 dias, podendo ocorrer uma prorrogação dentro deste
limite máximo de 90 dias, sob pena de o contrato se tornar, automaticamente, por prazo
indeterminado (CLT, art. 451: “O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou
expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de
prazo.”).
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CLT, Art. 468.Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.
Obs.: não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo
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empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.
Ademais, esse retorno ao cargo efetivo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à
manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada,
independentemente do tempo de exercício da respectiva função. Ou seja, após a Reforma Trabalhista de
2017, a gratificação que o empregado recebia na função de confiança não será mais incorporada,
independente do período em que ficou na função.
CPF: 016.331.825-50
ATENÇÃO!
A proibição de retorno à jornada inicialmente contratada não se aplica a servidor público.
2. JUS VARIANDI
ADEMYR DA
variandi não pode ser exercido de forma abusiva, hipótese em que o empregado pode se opor às mudanças
implementadas (jus resistentiae), conforme art. 483 da CLT.
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Obs. 1:
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1. INTERRUPÇÃO
2. SUSPENSÃO
É a ausência provisória da prestação de serviços sem que haja o pagamento de salários, nem a
CPF: 016.331.825-50
contagem de tempo de serviço. Ou seja, o empregado não trabalha e não recebe. As hipóteses de
suspensão são:
b. Mandato sindical;
c. Suspensão disciplinar: máximo de 30 dias (“CLT, art. 474. A suspensão do empregado por mais
SILVA SALES
d. Greve: em regra, é suspensão, mas é possível negociar o pagamento dos salários durante o
período de paralisação (nessa hipótese, alguns doutrinadores entendem que se transforma em
ADEMYR DA
interrupção);
PABLO ADEMYR
g. Intervalo intrajornada e interjornadas (em regra, o intervalo para almoço não é computado na
jornada laboral e não é remunerado);
h. Prisão (sem trânsito em julgado);
i. Qualificação profissional (art. 476-A, CLT - período de dois a cinco meses, para participação do
empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador);
j. Serviço militar obrigatório.
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O término do contrato de trabalho pode ocorrer de três maneiras: resilição, resolução e rescisão. A
depender da forma, há repercussão na esfera jurídica e nas verbas rescisórias.
1. RESILIÇÃO
É o término do contrato de trabalho sem um ato faltoso por nenhuma das partes e sem uma
nulidade contratual. Trata-se de um direito potestativo de empregados e de empregadores de encerrar o
contrato de trabalho quando desejado. Pode ser de forma unilateral ou bilateral.
a. Demissão: o empregado decide pôr fim ao contrato, não podendo o empregador se opor. O
empregado terá direito às seguintes verbas rescisórias: saldo de salários; décimo terceiro
proporcional; férias vencidas + terço constitucional; férias proporcionais + terço constitucional.
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Perde a multa de 40% do FGTS, o aviso prévio (em verdade o empregado deve conceder o aviso
prévio ao empregador), o seguro-desemprego e a possibilidade de saque imediato do FGTS.
b. Dispensa ou despedida sem justa causa: o empregador é quem decide pôr fim ao contrato sem
motivação específica. Se o empregado não estiver acobertado de alguma garantia provisória,
não poderá se opor. O empregado terá direito às seguintes verbas: saldo de salários; décimo
terceiro proporcional; férias vencidas + terço constitucional; férias proporcionais + terço
constitucional; aviso prévio; saque imediato dos depósitos do FGTS; multa de 40% sobre os
CPF: 016.331.825-50
ATENÇÃO!
SALES -- CPF:
2. RESOLUÇÃO
É o término do contrato de trabalho em razão de um ato faltoso por uma das partes.
Prevista nas hipóteses taxativas, em que a falta grave foi cometida pelo empregado.
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ATENÇÃO!
São requisitos para a Justa Causa:
o ato faltoso acabe ocorrendo; não há responsabilização objetiva do empregado para punição
disciplinar;
• Tipicidade (princípio da reserva legal): as hipóteses de justa causa encontram-se estabelecidas
SALES -- CPF:
em lei;
• Gravidade: a justa causa só deve ser aplicada para atos gravíssimos, pois é a medida punitiva
SILVA SALES
dispensa por justa causa deve ser determinada, justamente, pela falta grave apontada pelo
empregador (princípio da “determinância”);
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
Nesse caso, o empregador foi o responsável pelo ato faltoso e pelo término do contrato. Em geral,
será declarada pela Justiça do Trabalho e o empregado terá direito a todas as verbas rescisórias, como se
tivesse sido dispensado sem justa causa.
Hipóteses: forem exigidos serviços superiores às forças dos trabalhadores (mulher e crianças: 25
quilos em trabalho ocasional e 20 quilos em trabalho contínuo; homem: 60 quilos); serviços vedados por lei
como, por exemplo, trabalho de menor de 18 anos em ambiente insalubre ou perigoso; serviços contrários
aos bons costumes; serviços alheios ao contrato; se o empregado for tratado pelo empregador ou
superiores hierárquicos com rigor excessivo como, por exemplo, discriminação; o empregado correr perigo
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manifesto de mal considerável; o empregador não cumprir obrigações do contrato (o empregado pode
continuar prestando serviços até que seja declarada judicialmente a rescisão indireta); o empregador ou
seus prepostos praticar, contra o empregado ou pessoas de sua família, ato lesivo à honra e boa fama;
houver ofensa física, salvo legítima defesa, própria ou de outrem; o empregador reduzir o trabalho do
empregado, sendo este por peça ou tarefa, para afetar a importância dos salários (o empregado pode
continuar prestando serviços até que seja declarada judicialmente a rescisão indireta).
Empregado e empregador praticaram faltas graves simultaneamente. Logo, haverá divisão das
verbas rescisórias e o empregado terá direito a 50% das seguintes verbas: aviso-prévio; 13º Salário; férias
proporcionais; multa do FGTS (logo, a multa fica em 20%).
CLT, Art. 484. Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de
trabalho, o tribunal de trabalho reduzirá a indenização à que seria devida em caso de
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3. RESCISÃO
Ocorre quando há nulidade contratual, a exemplo dos trabalhos ilícitos e de contratação com a
Administração Pública sem prévio concurso público.
Obs.:
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CLT, Art. 501. Entende-se como força maior todo acontecimento inevitável, em relação à
vontade do empregador, e para a realização do qual este não concorreu, direta ou
indiretamente.
§ 1º A imprevidência do empregador exclui a razão de força maior. § 2º - À ocorrência do
motivo de força maior que não afetar substancialmente, nem for suscetível de afetar, em
tais condições, a situação econômica e financeira da empresa não se aplicam as restrições
desta Lei referentes ao disposto neste Capítulo.
Em regra, não extingue o contrato de trabalho (art. 10 e 448, da CLT). No entanto, se empregador
for pessoa física — como, por exemplo, empregado doméstico —, pode ensejar o término do contrato de
trabalho. Nesse caso, o empregado recebe as mesmas verbas rescisórias como se fosse dispensado sem
justa causa.
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CLT, Art. 10.Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.” “CLT, Art. 448. A mudança na propriedade ou na
estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos
empregados.
CLT, Art. 486 -No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por
ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução
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paralisação e a quarentena.
Poderá ocorrer no momento previamente fixado pelas partes (extinção normal) ou antes do prazo
SILVA SALES
fixado pelas partes (término antecipado). O empregado terá direito às seguintes verbas:
DA SILVA
I. Término normal: saldo de salário dos dias trabalhados; 13º salário proporcional; férias + terço
proporcional ao tempo trabalhado; saque imediato dos depósitos do FGTS.
ADEMYR DA
II. Término antecipado por iniciativa do empregador: saldo de salário dos dias
PABLO ADEMYR
trabalhados; 13º salário proporcional; férias + terço proporcional ao tempo trabalhado; saque
imediato dos depósitos do FGTS + multa de 40% sobre os depósitos efetuados; indenização
PABLO
CLT, Art. 481 -Aos contratos por prazo determinado, que contiverem cláusula
asseguratória do direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado,
aplicam-se, caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem
a rescisão dos contratos por prazo indeterminado.
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É tratado por alguns autores como hipótese de transação individual de direitos trabalhistas e de
distrato. Objetiva conceder uma vantagem pecuniária ao empregado que se desligar do trabalho
voluntariamente. É utilizado para reduzir os quadros da empresa e para colocar fim ao contrato de
trabalho.
Doutrina e jurisprudência entendem que possui natureza jurídica de indenização, razão pela qual
não reflete nas demais parcelas salariais e o valor pago no incentivo ao desligamento não poderá ser
utilizado para compensar outras verbas trabalhistas decorrentes do contrato de trabalho. Entretanto há
posicionamento do TST dando ênfase ao negociado sobre o legislado, que permite a compensação de
verbas trabalhistas com a vantagem financeira concedida pela empresa em razão do PDV, desde que haja
expressa previsão em instrumento coletivo.
Já sobre a eficácia liberatória, sabe-se que, pela regulamentação anterior à Reforma Trabalhista de
2017, o empregado que aderisse ao PDV não concedia quitação geral do contrato e poderia discutir, no
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futuro, as parcelas que não haviam sido devidamente quitadas (Orientação Jurisprudencial 270 da SbDI-I/
TST). Ocorre que o plenário do STF, em abril de 2011, adotou posição contrária à Orientação Jurisprudencial
270 da SbDI-I do TST e decidiu pela validade da cláusula de quitação geral, ampla e irrestrita, desde que
previstas em acordos coletivos e nos demais instrumentos assinados pelo empregado. Após a Reforma
Trabalhista de 2017, com a redação do novo art. 477-B da CLT, o PDV, para dispensa individual, plúrima ou
coletiva, enseja a quitação plena e irrevogável dos direitos da relação de emprego, desde que previsto em
convenção coletiva ou acordo coletivo.
CPF: 016.331.825-50
CLT, art. 477-B. Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para dispensa individual,
plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho,
enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da relação empregatícia,
SALES -- CPF:
Obs. 1: o PDV não pode ser instrumento para renúncias de direitos trabalhistas ou para
SILVA SALES
parcelamento de verbas rescisórias. Todas as verbas decorrentes do pedido de demissão devem ser pagas
integralmente, além da indenização.
DA SILVA
Obs. 2:
ADEMYR DA
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7. VERBAS RECISÓRIAS
A Reforma Trabalhista de 2017 revogou a previsão de homologação das verbas rescisórias pelo
Sindicato obreiro, para os trabalhadores com mais de um ano de serviço, e passou a estabelecer apenas a
necessidade de comunicação da dispensa aos órgãos competentes. Com isso, abre-se a possibilidade de
que seja celebrado acordo extrajudicial homologado pelo Poder Judiciário em processo de jurisdição
voluntária (CLT, art. 855-B).
Obs.: para alguns doutrinadores, permanece a necessidade de homologação sindical para
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empregados menores de 18 anos (CLT, art. 439) e para empregadas gestantes em razão da estabilidade
provisória (analogia ao art. 500 da CLT).
O recibo deverá especificar a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminar o seu
valor. Igualmente ao salário, é vedado o recibo genérico e global.
CPF: 016.331.825-50
Obs. 1:as parcelas que expressamente constarem no recibo terão eficácia liberatória. Já as que não
forem consignadas no recibo ou expressamente ressalvadas poderão ser discutidas futuramente na Justiça
DA SILVA
do Trabalho.
ADEMYR DA
Obs. 2:conforme já destacado, é lícito ao menor firmar recibo pelo pagamento dos salários.
PABLO ADEMYR
Tratando-se, porém, de rescisão do contrato de trabalho, é vedado ao menor de 18 (dezoito) anos dar
quitação ao empregador pelo recebimento da indenização que lhe for devida sem assistência dos seus
responsáveis legais. (art. 439 da CLT).
PABLO
Deve ocorrer em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado, na forma acordada entre as partes.
Para os trabalhadores analfabetos, deve ser em dinheiro ou depósito bancário.
O prazo é de 10 (dez) dias corridos, contados a partir do término do contrato de trabalho, devendo
o empregador, dentro desse período, entregar ao empregado os documentos que comprovem a
comunicação da extinção do contrato de trabalho aos órgãos competentes e efetuar o pagamento dos
valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação.
Obs.: com a Reforma Trabalhista de 2017, geralmente não existe mais o ato de assistência na
rescisão do contrato de trabalho, seja pelo sindicato ou pelo Ministério do Trabalho.
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Se o empregador descumprir o prazo para pagamento das verbas rescisórias, será obrigado ao
pagamento de multa no valor equivalente ao salário do empregado, salvo se, comprovadamente, foi o
trabalhador quem deu causa ao atraso no pagamento. A multa incide nos contratos de prazo
indeterminado e de prazo determinado, inclusive nos casos de rescisão por justa causa do trabalhador.
Obs.:“Súmula 388/TST. MASSA FALIDA. ARTS. 467 E 477 DA CLT. INAPLICABILIDADE. A Massa Falida
não se sujeita à penalidade do art. 467 e nem à multa do § 8º do art. 477, ambos da CLT.”.
ATENÇÃO!
Orientação Jurisprudencial 238 da SbDI-I/TST. MULTA. ART. 477 DA CLT. PESSOA JURÍDICA
DE DIREITO PÚBLICO. APLICÁVEL. Submete-se à multa do artigo 477 da CLT a pessoa
jurídica de direito público que não observa o prazo para pagamento das verbas rescisórias,
pois nivela-se a qualquer particular, em direitos e obrigações, despojando-se do ‘jus
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Novidade trazida pela Reforma Trabalhista de 2017. É permitida, por acordo individual, entre
empregado e empregador, a quitação anual das obrigações trabalhistas.
9. DISPENSA DISCRIMINATÓRIA
SILVA SALES
reintegração no emprego.
PABLO ADEMYR
TRABALHO
Antigamente, a aposentadoria espontânea era uma forma de extinção do contrato de trabalho, pois
o empregado, ao se aposentar por tempo de contribuição no INSS, tinha seu contrato de trabalho
finalizado. Ocorre que, após decisão do STF nas ADINs 1721-3 e 1770-4 (2006), em que houve a suspensão
da eficácia dos §§ 1º e 2º do art. 453 da CLT (considerados inconstitucionais), a aposentadoria espontânea
não é mais causa de extinção do contrato de trabalho. Destarte, se o empregado permanece prestando
serviços ao empregador após a jubilação, quando ocorrer o término do contrato de trabalho sem justa
causa, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no
curso do pacto laboral.
Obs.:
49
Baixado por Ana Luiza Sousa (sousaanaluiza699@gmail.com)
lOMoARcPSD|36449961
ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem direito à multa de 40% do FGTS
sobre a totalidade dos depósitos efetuados no curso do pacto laboral.
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
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50
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10 TERCEIRIZAÇÃO
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
DA SILVA CPF: 016.331.825-50
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A terceirização ocorre quando uma empresa, em vez de executar os serviços diretamente por meio
de seus empregados, contrata outra empresa para que esta os realize com seus funcionários, sob sua
responsabilidade. Ou seja, a terceirização (quando lícita) é a transferência de parcela da execução de
atividades da empresa tomadora (ou contratante) para a empresa prestadora de serviços (ou contratada).
Na terceirização, há a contratação de serviços específicos (e não contratação de mão de obra propriamente
dita).
1. CARACTERIZAÇÃO
Por ser uma relação triangular de trabalho, é exceção. A regra geral é uma relação bilateral de
trabalho, em que o empregado presta serviços ao seu empregador, na sede do seu empregador, a quem
está juridicamente subordinado.
Na terceirização, há a modificação do parâmetro fático e jurídico da relação bilateral de trabalho. O
empregado terceirizado passa a prestar serviços à empresa tomadora, que tem uma relação civil com a
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empresa prestadora de serviços que, por sua vez, é a verdadeira empregadora do terceirizado. É uma
relação triangular, com três sujeitos envolvidos: empregado terceirizado, empresa prestadora e empresa
tomadora dos serviços.
2. OBJETIVO
O objetivo da empresa tomadora dos serviços com a terceirização é reduzir custos e dar maior
CPF: 016.331.825-50
eficiência e produtividade à empresa, com a possibilidade de concentrar a maior parcela de seu capital
(humano e tecnológico) na atividade principal e estratégica do seu objeto social (core business), de maneira
a conseguir reduzir o preço final do produto e alcançar maior competitividade no mercado.
SALES -- CPF:
3. BASE NORMATIVA
SILVA SALES
A primeira súmula que tratou do tema da terceirização no Brasil foi a de número 256 do TST, do
DA SILVA
Salvo os casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância, previstos nas Leis n.ºs
6.019, de 03.01.1974, e 7.102, de 20.06.1983, é ilegal a contratação de trabalhadores por
PABLO ADEMYR
Percebe-se, destarte, que a súmula do TST só permitia a relação triangular de trabalho em duas
situações específicas: trabalho temporário e vigilância, eis que existiam leis específicas sobre os temas. Em
dezembro de 1993, já sob a égide da CF/1988 — que deu um protagonismo maior ao Poder Judiciário —, a
Súmula 256 foi revista e ampliada, transformando-se na Súmula 331 do TST, com a seguinte redação:
52
Baixado por Ana Luiza Sousa (sousaanaluiza699@gmail.com)
lOMoARcPSD|36449961
Parcela da doutrina trabalhista criticou o novo enunciado, pois restou ampliado o leque de
possibilidades de relação triangular de trabalho. Não seriam mais trabalho temporário e vigilância, apenas.
Tudo que fosse atividade-meio — verbi gratia, conservação/limpeza/copeiragem/recepção/reprografia —
desde que não houvesse pessoalidade e nem subordinação direta, poderia ser terceirizado.
Ademais, também houve críticas a respeito da responsabilidade subsidiária (inspirada no art. 455
da CLT), pois o tipo de responsabilidade que mais protegeria o trabalhador terceirizado seria a
responsabilização solidária do tomador de serviços (sem benefício de ordem). De 1993 até 2017, a
terceirização, salvo legislações esparsas, era disciplinada pela Súmula 331 do TST. Com as mudanças das leis
n.º 13.429/2017 e n.º 13.467/2017, ambos institutos — trabalho temporário e terceirização — passaram a
ser disciplinados no mesmo instrumento legal, qual seja, a Lei n.º 6.019 de 1974. Essa lei, com as alterações
de 2017, expressamente permite a terceirização da atividade-fim:
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No dia 30/08/2018, o STF chancelou, por maioria (7 a 4), a terceirização da atividade-fim. A tese
de repercussão geral aprovada no RE n.º 958.252 (Tema n.º 725) foi a seguinte:
4. REQUISITOS
A súmula 331 do TST prevê como requisitos: atividade-meio ou atividades secundárias da empresa
e ausência de pessoalidade e de subordinação direta entre empregado terceirizado e empresa tomadora, já
que esta contrata os serviços — e não a pessoa.
Lembre-se: O empregado terceirizado se subordina à empresa prestadora, e não à empresa
tomadora dos serviços. Nada obstante, conforme já alertado, com as mudanças das Leis n.º 13.429/2017 e
n.º 13.467/2017 e com o julgamento do STF de 2018, deixa de existir diferenciação entre atividade-meio e
atividade-fim, e todas as funções passam a poder ser terceirizadas.
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Súmula 331, VI, TST. A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas
as verbas decorrentes da condenação referentes ao período da prestação laboral.
interposta, não gera vínculo de emprego com ente da Administração Pública, não
afastando, contudo, pelo princípio da isonomia, o direito dos empregados terceirizados às
mesmas verbas trabalhistas legais e normativas asseguradas àqueles contratados pelo
tomador dos serviços, desde que presente a igualdade de funções. Aplicação analógica do
art. 12, “a”, da Lei n.º 6.019, de 03.01.1974 (grifo nosso).
Obs. 2: No dia 06/04/2021, o STF fixou a seguinte tese: “A equiparação de remuneração entre
empregados da empresa tomadora de serviços e empregados da empresa contratada (terceirizada) fere o
CPF: 016.331.825-50
princípio da livre iniciativa, por se tratarem de agentes econômicos distintos, que não podem estar
sujeitos a decisões empresariais que não são suas". (Tema 383, grifo nosso).
Lícita é aquela terceirização que segue os ditames da Lei n.º 6.019/1974, já modificada pelas Leis
SILVA SALES
n.º 13.429/2017 e n.º 13.467/2017. É legal a terceirização da atividade-fim. Todavia deve-se recordar que
se terceirizam serviços, e não pessoas. Continua sendo ilegal a intermediação de mão-de-obra, bem como a
DA SILVA
terceirização com pessoalidade e subordinação direta entre empregado terceirizado e empresa tomadora
ADEMYR DA
Obs.:
É muito comum na Administração Pública que as atividades meios, como, por exemplo, limpeza e
vigilância, não sejam executadas por empregados públicos concursados. Os serviços são terceirizados e a
execução desses serviços é transferida para a empresa prestadora. No entanto, se houver fraude, não
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haverá formação de vínculo empregatício direto entre trabalhador terceirizado e Administração Pública,
justamente pela falta de concurso público.
ATENÇÃO!
“Súmula 331, II, TST. A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não
gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II,
da CF/1988).”
ATENÇÃO!
Em harmonia com o decidido na ADC n.º 16/DF pelo STF em 2010, somente no caso de
demonstração de conduta culposa dos entes integrantes da Administração Pública (órgãos, autarquias,
fundações etc.) na fiscalização do contrato administrativo é que poderá se responsabilizar esses entes, de
forma subsidiária, pelas obrigações trabalhistas não quitadas pela empresa prestadora. E essa
CPF: 016.331.825-50
responsabilidade não é automática. Não basta o mero inadimplemento das obrigações. É necessária a
comprovação da culpa. A decisão do STF motivou a modificação do item V da Súmula 331 pelo TST no ano
de 2011.
SALES -- CPF:
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Não é pacífica a definição sobre de quem é o ônus da prova de comprovar judicialmente a culpa ou
a adequada fiscalização do contrato administrativo: se é do empregado terceirizado ou se é do ente
público. A princípio, analisando o julgamento do RE n.º 760.931/DF, o ônus da prova não seria do ente
público (tese favorável à Administração Pública). Então, caberia ao empregado terceirizado o ônus de
provar a culpa in vigilando da Administração Pública na fiscalização do contrato administrativo. Observa-se
a notícia retirada do próprio site do STF:
relação aos encargos trabalhistas’, afirmou. ‘Se não o fez, é porque entende que a
administração pública já afere, no momento da licitação, a aptidão orçamentária e
financeira da empresa contratada’. Relatora. O voto [vencido] da relatora, Ministra Rosa
Weber, foi no sentido de que cabe à administração pública comprovar que fiscalizou
devidamente o cumprimento do contrato. Para ela, não se pode exigir dos terceirizados o
SALES -- CPF:
ônus de provar o descumprimento desse dever legal por parte da administração pública,
beneficiada diretamente pela força de trabalho. Seu voto foi seguido pelos ministros
SILVA SALES
Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello” (grifo nosso).
Todavia, é importante registrar que o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da SbDI-1, no
DA SILVA
Mascarenhas Brandão, atribuiu o ônus da prova ao ente público, em face da teoria da aptidão da prova.
PABLO ADEMYR
Tribunal Superior do Trabalho decidiu, nesta quinta-feira (12), que, nos casos em que o
prestador de serviços não cumpre suas obrigações trabalhistas, cabe ao órgão público
tomador dos serviços demonstrar que fiscalizou de forma adequada o contrato, para
que não seja responsabilizado. O fundamento da decisão é o chamado princípio da
aptidão para a prova, que vincula o ônus a quem possui mais e melhores condições de
produzi-la. ‘Certamente não é o trabalhador, que sequer consegue ter acesso à
documentação relativa à regularização das obrigações decorrentes do contrato’, assinalou
o relator, ministro Cláudio Brandão. O caso julgado envolve uma empregada da Contrate
Gestão Empresarial Ltda., de Lauro de Freitas (BA), contratada para prestar serviços ao
Estado da Bahia. O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região
(BA) entenderam que o estado era responsável subsidiariamente pelas parcelas devidas à
empregada prestadora de serviços, relativas à aplicação de normas coletivas. Prova. No
entanto, a Terceira Turma do TST, ao julgar recurso de revista, afastou a responsabilidade
da administração pública, com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF)
sobre a matéria. No julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 760931, em 2017, o STF
fixou a tese de repercussão geral (de observância obrigatória nos processos que tratem do
mesmo tema) de que o inadimplemento das obrigações trabalhistas em favor dos
empregados da empresa prestadora de serviço não transfere automaticamente ao poder
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lOMoARcPSD|36449961
nosso).
No dia 10/9/2020, a SbDI-I/TSt reafirmou sua posição de que o ônus da prova da fiscalização
compete ao ente público. Vejamos a notícia retirada do Informativo 224 do TST:
SALES -- CPF:
solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93”. A ratio decidendi
PABLO ADEMYR
da referida decisão permite concluir que a responsabilização do ente público apenas está
autorizada quando comprovada a ausência sistemática de fiscalização quanto ao
cumprimento das obrigações trabalhistas pela prestadora. Em duas sessões, a Subseção
PABLO
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lOMoARcPSD|36449961
O TST possui o entendimento de que é ilegal a contratação por meio de empresa interposta,
acarretando, então, no reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços,
salvo nas excepcionalidades dos casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância. Ocorre que, no
período anterior a 05.10.1988 (promulgação da CF/1988), não havia a exigência de concurso público, de
maneira que é possível o reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com o tomador dos
serviços, ainda que este seja ente público, em relação ao período anterior à vigência da CF/1988.
O dono da obra, por não possuir previsão legal específica, não responde (solidária ou
DA SILVA
subsidiariamente) pelas obrigações trabalhistas contratadas pelo empreiteiro, em razão de não ser uma
construtora ou incorporadora e não ter o mesmo objeto social do empreiteiro. Todavia, se tiver o mesmo
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
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apenas entre a Administração Pública e a empresa gerenciadora, razão pela qual o Estado não possui
responsabilidade pelos atos praticados pelas quarteirizadas. Exemplo: contratação de empresa
especializada no gerenciamento da manutenção preventiva e corretiva de veículos de órgãos policiais. No
contrato, a empresa privada, vencedora da licitação, tem o dever de gerenciar a frota de veículos da
SALES -- CPF:
No dia 06/04/2021, o STF fixou a seguinte tese: “A equiparação de remuneração entre empregados
PABLO ADEMYR
empresariais que não são suas". Votaram nesse sentido os Ministros Roberto Barroso, Redator para o
acórdão, Cármen Lúcia, Nunes Marques e Luiz Fux (Presidente). Os Ministros Alexandre de Moraes, Gilmar
Mendes e Dias Toffoli, que também deram provimento ao recurso em assentada anterior, fixaram tese
diversa. Os Ministros Marco Aurélio (Relator), Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Rosa Weber, vencidos
no mérito, fixaram tese nos termos de seus votos. Plenário, Sessão Virtual de 19.3.2021 a 26.3.2021.
(Leading Case: RE 635546, Tema 383, Relator Ministro Marco Aurélio, DJE n.º 64, divulgado em 07/04/2021,
grifo nosso).
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PABLO
PABLO ADEMYR
ADEMYR DA
DA SILVA
SILVA SALES
SALES -- CPF:
CPF: 016.331.825-50
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BRUNO TEIXEIRA E GUSTAVO ANDRADE
AVISO PRÉVIO
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1. CONCEITO
O aviso prévio possui a finalidade de notificar à outra parte da relação empregatícia sobre a
vontade de encerrar o contrato de trabalho. Assim, a parte que decidir terminar o contrato de trabalho
deverá avisar à outra com antecedência mínima de 30 dias. É válido para ambas as partes: empregado e
empregador.
2. BASE NORMATIVA
CF/1988, Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XXI- aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos
termos da lei;”.
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CLT, art. 487.Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima
de:
I -oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
II -trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
Empregados com até 01 (um) ano de contrato: 30 (trinta) dias; para cada ano adicional de contrato
são acrescidos 3 (três) dias na duração do aviso, até o limite de 60 (sessenta) dias. Conclusão: O prazo
máximo de duração do aviso prévio será de até 90 (noventa) dias (art. 1º, Lei n.º 12.506/2011).
SALES -- CPF:
O aviso prévio é calculado com base no salário, razão pela qual horas extras habitualmente
DA SILVA
prestadas integram o valor do aviso. Obs.: gorjetas não integram o valor do aviso prévio.
ADEMYR DA
No aviso prévio, em regra, o empregado não adquire estabilidade. Ou seja, se o empregador quiser
rescindir o contrato sem justa causa, ainda que no curso do aviso prévio trabalhado, basta indenizar o
período restante. No entanto, se for empregada gestante, adquire-se a estabilidade, ainda que no curso do
aviso-prévio.
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6. PROCEDIMENTO
É direito irrenunciável do empregado. Uma vez concedido, o empregado pode optar pela redução
de duas horas diárias ou pela redução de 07 dias consecutivos.
Obs. 1: o empregador não poderá substituir esse período reduzido por pagamento de horas
correspondentes. Se não concedida a redução do horário, considera-se que o aviso não foi dado.
Obs. 2: tanto o aviso prévio trabalhado quanto o indenizado contam como tempo de serviço.
Obs. 3: se houver dispensa por justa causa, não é devido o aviso prévio ao empregado.
ATENÇÃO!
A Reforma Trabalhista de 2017 passou a admitir o término do contrato de trabalho por meio de
acordo entre empregado e empregador (distrato). Nesse caso, o valor do aviso prévio será devido pela
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metade.
Objetiva que o empregador procure outro empregado para substituí-lo. Se não concedido o aviso
prévio pelo empregado, o empregador pode descontar o salário correspondente ao prazo respectivo.
CPF: 016.331.825-50
Em regra, o contrato por prazo determinado não possui aviso prévio. Excepcionalmente, se o
contrato por prazo determinado contiver cláusula assecuratória de direito recíproco de rescisão (CLT, art.
SALES -- CPF:
481), e ocorrer a rescisão antecipada, haverá a necessidade de a parte conceder o aviso prévio.
Obs.: “Orientação Jurisprudencial 82 da SbDI-I/TST. AVISO PRÉVIO. BAIXA NA CTPS. A data de saída
SILVA SALES
a ser anotada na CTPS deve corresponder à do término do prazo do aviso prévio, ainda que indenizado.”.
DA SILVA
É ato bilateral, que depende do consentimento da outra parte, e pode ocorrer de forma expressa
ou tácita.
PABLO
CLT, art. 489. Dado o aviso prévio, a rescisão torna-se efetiva depois de expirado o
respectivo prazo, mas, se a parte notificante reconsiderar o ato, antes de seu termo, à
outra parte é facultado aceitar ou não a reconsideração.
Parágrafo único. Caso seja aceita a reconsideração ou continuando a prestação depois de
expirado o prazo, o contrato continuará a vigorar, como se o aviso prévio não tivesse sido
dado.
A falta grave cometida pelo empregado durante o curso do aviso prévio ocasionará a perda do
restante do aviso e reflexo desse período nas verbas rescisórias.
CLT, art. 491. O empregado que, durante o prazo do aviso prévio, cometer qualquer das
faltas consideradas pela lei como justas para a rescisão, perde o direito ao restante do
respectivo prazo.
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Se a falta grave for cometida pelo empregador durante o curso do aviso prévio, este deverá pagar a
remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que for devida.
CLT, art. 490. O empregador que, durante o prazo do aviso prévio dado ao empregado,
praticar ato que justifique a rescisão imediata do contrato, sujeita-se ao pagamento da
remuneração correspondente ao prazo do referido aviso, sem prejuízo da indenização que
for devida.
Em regra, com relação aos contratos de experiência, não se aplicam as regras atinentes ao aviso
prévio, podendo qualquer das partes rescindir antes do prazo o contrato de experiência. Só haverá a
necessidade do aviso prévio se for previamente estipulada no contrato a cláusula recíproca de rescisão
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antecipada, vez que aplicar-se-ão os princípios que regem a rescisão dos contratos por prazo
indeterminado (CLT, art. 481).
PABLO ADEMYR
PABLO DA SILVA
ADEMYR DA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF:
SILVA SALES
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1. CONCEITO
2. HISTÓRICO
Antes da criação do FGTS pela Lei n.º 5.107/1966, o empregado que tivesse mais de 10 anos de
serviço na mesma empresa não poderia ser despedido, senão por motivo de falta grave ou circunstância de
força maior, devidamente comprovadas.
CLT, Art. 492- O empregado que contar mais de 10 (dez) anos de serviço na mesma
empresa não poderá ser despedido senão por motivo de falta grave ou circunstância de
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Obs. 1: Com o advento da CF/1988 e com a obrigatoriedade do sistema do FGTS, restam poucos
empregados com essa espécie de estabilidade.
Obs. 2:
com o regime do FGTS. Diversamente ocorre com a estabilidade legal (decenal, art. 492
da CLT), que é renunciada com a opção pelo FGTS (grifo nosso).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
3. FORMAS DE ESTABILIDADE
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa a empregada gestante,
desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto. A base normativa para isso consta na
CF/1988, art. 10, II, "b" do ADCT. A empregada somente perderá o direito à estabilidade se cometer falta
grave (art. 482 da CLT). Todavia, a empregada gestante pode pedir demissão a qualquer momento.
Obs.: O direito de estabilidade, nos casos em que ocorrer o falecimento da genitora, será
assegurado a quem detiver a guarda do seu filho (Lei Complementar n.º 146 de 2014).
Atenção: O TST entende que a empregada gestante adquire o direito à estabilidade mesmo se o
contrato for por prazo determinado, mesmo se estiver no curso do aviso-prévio, inclusive o indenizado, e
mesmo se for contrato de aprendizagem.
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Atenção – 2:O direito à estabilidade provisória da empregada gestante é irrenunciável. Ou seja, ela
não pode negociar ou abrir mão.
No dia 18/11/2019, o Pleno do TST, por maioria (16 a 9), no processo IAC 5639-
31.2013.5.12.0051, fixou a tese de que é inaplicável ao regime de trabalho temporário disciplinado pela
Lei n.º 6.019/74 a garantia de estabilidade provisória à empregada gestante prevista no art. 10, II, alínea
"b", do ADCT. O voto vencedor da ministra Maria Cristina Peduzzi concluiu que somente um dos
precedentes que fundamentaram o item III da súmula 244 não se refere ao contrato de experiência, que
CPF: 016.331.825-50
tem disciplina na CLT e é diverso do contrato temporário, regido pela Lei n.º 6.019/1974. Voto vencedor:
“No contrato de experiência, existe a expectativa legítima por um contrato por prazo indeterminado. No
contrato temporário, ocorre hipótese diversa — não há perspectiva de indeterminação de prazo.” (...)
“Nem há presunção de continuidade, como nos casos de experiência. O vínculo temporário finda pelo
SALES -- CPF:
decurso do prazo máximo previsto na Lei n.º 6.019/74 ou pelo fim da necessidade transitória da
substituição de pessoal regular e permanente ou acréscimo de serviço”. Por conseguinte, atualmente, por
SILVA SALES
decisão do TST, não há estabilidade provisória à empregada gestante contratada para trabalho temporário
DA SILVA
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o empregado eleito para
cargo de direção na CIPA, titular ou suplente, desde o registro de sua candidatura até um ano após o final
de seu mandato. A base normativa para isso é encontrada na CF/1988, art. 10, II, “a”, do ADCT. Se houver
extinção do estabelecimento, não há que se falar mais em estabilidade.
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O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o empregado membro da
CCP, titular ou suplente, até um ano após o final de seu mandato. A base normativa para tanto encontra-se
na CLT, art. 625-B, § 1º. Os membros da comissão que não forem representantes dos empregados não
gozam de estabilidade. Eles serão diretamente indicados pelo empregador.
CLT, Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no
mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
I –a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos
empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional;
II –haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares;
III –o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma
recondução.
§ 1ºÉ vedada a dispensa dos representantes dos empregados membros da Comissão de
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Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometerem falta grave, nos termos da lei.
§ 2ºO representante dos empregados desenvolverá seu trabalho normal na empresa
afastando-se de suas atividades apenas quando convocado para atuar como conciliador,
sendo computado como tempo de trabalho efetivo o despendido nessa atividade.
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o empregado que sofreu
acidente do trabalho, pelo prazo mínimo de doze meses, após a cessação do auxílio-doença acidentário,
independentemente de percepção de auxílio-acidente. A base normativa está na Lei n.º 8.213/1991, art.
118. É válida para contratos de prazo indeterminado e determinado.
SALES -- CPF:
N.º 8.213/1991.I – É constitucional o artigo 118 da Lei n.º 8.213/1991 que assegura o
direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-
doença ao empregado acidentado. II – São pressupostos para a concessão da estabilidade
DA SILVA
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o empregado sindicalizado,
a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
suplente, até um ano após o final do mandato. Base normativa encontrada na CF/1988, art. 8º, VIII e CLT,
art. 543.
Obs. 1:
67
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atividade pertinente à categoria profissional do sindicato para o qual foi eleito dirigente.
IV - Havendo extinção da atividade empresarial no âmbito da base territorial do sindicato,
não há razão para subsistir a estabilidade. V - O registro da candidatura do empregado a
cargo de dirigente sindical durante o período de aviso prévio, ainda que indenizado, não
lhe assegura a estabilidade, visto que inaplicável a regra do § 3º do art. 543 da
Consolidação das Leis do Trabalho (grifos nossos).
Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de
representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não
se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro (CLT, art. 510-D, § 3º).
SALES -- CPF:
A estabilidade só garante o emprego provisoriamente durante o período previsto em lei e caso não
DA SILVA
haja falta grave pelo empregado. Encerrado o período da estabilidade, o empregado pode ser dispensado
normalmente sem justa causa. Para a reintegração ao emprego, o pedido deve ocorrer dentro do período
ADEMYR DA
da estabilidade.
PABLO ADEMYR
Súmula 244, II, TST. A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta
se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe-se aos salários
PABLO
Obs.:
68
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13 DURAÇÃO DO TRABALHO
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
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SALES -- CPF: pablosalescop@gmail·com
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1. DURAÇÃO DO TRABALHO
A CF/1988 prevê a jornada ordinária de trabalho limitada a 08 horas diárias e a 44 horas semanais.
CF/1988, art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: (...) XIII - duração do trabalho normal não
superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Obs. 1: não serão descontadas nem computadas como jornada extraordinária as variações de
horário no registro de ponto não excedentes de cinco minutos, observado o limite máximo de dez minutos
diários (art. 58, § 1º, CLT).
Obs. 2: após a Reforma Trabalhista de 2017 (Lei n.º 13.467/2017), a convenção coletiva e o acordo
coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando dispuserem sobre pacto quanto à jornada de
trabalho, observados os limites constitucionais (art. 611-A, I, da CLT).
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2. JORNADAS DE TRABALHO
Novidade trazida pela Reforma Trabalhista de 2017, a jornada de trabalho variável ou móvel
consiste no estabelecimento de uma jornada organizada por hora de trabalho e com o pagamento apenas
CPF: 016.331.825-50
das horas efetivamente trabalhadas. Também é conhecida como trabalho intermitente ou contrato zero
hora.
Conforme art. 443, § 3º, da CLT, o trabalho intermitente compreende o contrato de trabalho, cuja
prestação de serviços ocorre com subordinação, mas não é contínua, havendo alternância de períodos de
SALES -- CPF:
prestação de serviços e de inatividade. A prestação de serviços pode ser determinada em meses, dias,
SILVA SALES
horas ou meses, independente da atividade desenvolvida pelo empregado ou pelo empregador, exceto
para os aeronautas, regidos por legislação própria.
DA SILVA
• prazo de um dia útil para responder ao chamado, sendo que o silêncio é entendido como
recusa;
• o período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o
trabalhador prestar serviços a outros contratantes;
• ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento
imediato das seguintes parcelas: I - remuneração; II - férias proporcionais com acréscimo de
um terço; III - décimo terceiro salário proporcional; IV - repouso semanal remunerado; e V -
adicionais legais;
• a cada doze meses, o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes,
um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo
mesmo empregador (CLT, art. 452-A).
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Outra novidade trazida pela Reforma Trabalhista de 2017. Nesse caso, agora é possível estabelecer
a jornada 12 x 36 por acordo individual escrito, observado ou indenizado o intervalo intrajornada. O
empregado trabalha além das 8 horas diárias permitidas e além das 10 horas diárias permitidas caso haja
prorrogação de jornada. Serão 12 horas prestando serviços (o intervalo intrajornada de, no mínimo, 1 hora,
deve ser concedido ou indenizado).
Por outro lado, goza de um descanso prolongado de 36 horas consecutivas. Em razão disso, não há
pagamento de horas extras após a 8ª hora e o descanso semanal remunerado já está inserido nessa
compensação de 36 horas. Ademais, a remuneração mensal, nesse caso, já engloba os pagamentos dos
DSRs e dos feriados. Essa jornada é muito comum para os profissionais da saúde e de vigilância.
Obs.:
DA SILVA
a. Tempo de espera do motorista: esse período não é computado na jornada de trabalho e não
será devido como horas extraordinárias. As horas relativas ao tempo de espera serão
indenizadas na proporção de 30% (trinta por cento) do salário-hora normal.
b. Prontidão: o empregado permanece nas dependências da empresa aguardando ordens. Nesse
caso, o trabalhador não prestará serviços, mas receberá 2/3 do horário normal em razão do
tempo à disposição. Poderá permanecer de prontidão por, no máximo, 12 horas.
c. Sobreaviso: possibilidade de o empregado permanecer em sua residência ou outro local
combinado aguardando ordens da empresa. Nesse caso, receberá apenas 1/3 da hora normal e
poderá ficar nesse regime por, no máximo, 24 horas.
71
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a. Antes da Reforma Trabalhista de 2017:as horas “in itinere” eram computadas na jornada de
trabalho, mediante o preenchimento dos seguintes requisitos: condução fornecida pelo
empregador para um local de difícil acesso ou não servido por transporte público ou com
incompatibilidade de horário.
Súmula 90/TST. HORAS "IN ITINERE". TEMPO DE SERVIÇO.I - O tempo despendido pelo
empregado, em condução fornecida pelo empregador, até o local de trabalho de difícil
acesso, ou não servido por transporte público regular, e para o seu retorno é computável
na jornada de trabalho. II - A incompatibilidade entre os horários de início e término da
jornada do empregado e os do transporte público regular é circunstância que também
gera o direito às horas "in itinere". III - A mera insuficiência de transporte público não
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b. Depois da Reforma Trabalhista de 2017:conforme nova redação do art. 58, § 2º, da CLT, “o
CPF: 016.331.825-50
tempo despendido pelo empregado desde a sua residência até a efetiva ocupação do posto de
trabalho e para o seu retorno, caminhando ou por qualquer meio de transporte, inclusive o
fornecido pelo empregador, não será computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à
disposição do empregador” (grifo nosso).
SALES -- CPF:
ATENÇÃO!
SILVA SALES
Com a Reforma Trabalhista de 2017, apresentada pela Lei n.º 13.467/2017, pode-se afirmar que,
legalmente, não há mais o cômputo das horas “in itinere” na jornada de trabalho e, possivelmente, o TST
DA SILVA
Obs. 1: a CLT exige que a condição de teletrabalhador deva constar expressamente no contrato
individual de trabalho.
Obs. 2: a responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao
reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. As utilidades
mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado (CLT, art. 75-D).
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trabalho parcial. As horas extras realizadas poderão ser compensadas até a semana imediatamente
posterior a sua execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente,
caso não sejam compensadas.
CLT, Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração
não exceda a trinta horas semanais, sem a possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração não exceda a vinte e seis horas semanais, com a
possibilidade de acréscimo de até seis horas suplementares semanais.
CPF: 016.331.825-50
§ 1º O salário a ser pago aos empregados sob o regime de tempo parcial será proporcional
à sua jornada, em relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções, tempo
integral.
§ 2º Para os atuais empregados, a adoção do regime de tempo parcial será feita mediante
opção manifestada perante a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de
SALES -- CPF:
negociação coletiva.
§ 3º As horas suplementares à duração do trabalho semanal normal serão pagas com o
SILVA SALES
diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua execução, devendo ser feita
a sua quitação na folha de pagamento do mês subsequente, caso não sejam compensadas.
§ 6º É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial converter um
PABLO
É a jornada utilizada, em regra, para empresas que precisam funcionar 24 horas por dia, 7 dias por
semana. Divide-se as 24 horas em 4 turnos de 6 horas.
CF/88
Art. 7ºSão direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
(...)
XIV –jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva.
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Nessa jornada, se houver trabalho após a 6ª hora, será considerada hora extra, salvo se existir
previsão em negociação coletiva (convenção ou acordo coletivo).
ATENÇÃO!
Obs. 1:
Obs. 2:
2.8. Registro de Ponto por Exceção (Lei n.º 13.874/2019 - Lei da Liberdade
Econômica)
PABLO
É o registro de ponto apenas daquilo que for diferente da jornada acordada previamente. Registra-
se apenas a exceção. Se a jornada for cumprida da maneira como acordada, será desnecessário o registro.
Exemplo: ficou estabelecido no contrato individual de trabalho a jornada padrão de 08 às 18 horas, com
duas horas de almoço entre 12 e 14 horas. Se essa jornada for efetivamente cumprida, não é necessário o
registro do ponto. Mas, se em um dia específico, a jornada for de 07 às 17, com 1 hora de almoço, então,
excepcionalmente, será necessário o registro do ponto.
CLT, art. 74, § 4º. Fica permitida a utilização de registro de ponto por exceção à jornada
regular de trabalho, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho (grifos nossos).
É o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e as 05 horas do dia seguinte. Durante esse
período, há o direito do empregado de receber adicional de 20%, no mínimo, sobre a hora diurna (natureza
salarial). A transferência do empregado do horário noturno para o diurno implica a perda do adicional de
74
Baixado por Ana Luiza Sousa (sousaanaluiza699@gmail.com)
lOMoARcPSD|36449961
20%, mas não configura alteração ilícita do contrato de trabalho, porque é uma alteração benéfica à saúde
do trabalhador.
A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. A remuneração da hora
extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
SALES -- CPF:
Para que o acordo de prorrogação de jornada seja lícita, deve ser realizado via acordo individual
escrito ou via negociação coletiva e a prorrogação máxima de duas horas diárias.
SILVA SALES
CLT, Art. 59. A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
DA SILVA
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
ADEMYR DA
§ 1º A remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à
PABLO ADEMYR
da hora norma.
CLT, art. 74, § 2º. Para os estabelecimentos com mais de 20 (vinte) trabalhadores será
obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída, em registro manual, mecânico ou
eletrônico, conforme instruções expedidas pela Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia, permitida a pré-assinalação do período de repouso”
(grifo nosso).
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Antes dessa alteração da Lei n.º 13.874/2019, Lei da Liberdade Econômica, o limite era de 10
empregados.
Obs. 2:
CLT, art. 74, § 3º. Se o trabalho for executado fora do estabelecimento, o horário dos
empregados constará do registro manual, mecânico ou eletrônico em seu poder, sem
prejuízo do que dispõe o caput deste artigo.” (modificado pela Lei n.º 13.874/2019 - Lei da
Liberdade Econômica, grifo nosso).
limite de tolerância de cinco minutos pode ser ultrapassado sem que o período seja considerado como
tempo à disposição do empregador:
a. Proteção pessoal: quando o empregado, por escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso
de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas;
b. Atividades particulares: se permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades
particulares, a exemplo de: práticas religiosas, descanso, lazer, estudo, alimentação, atividades
CPF: 016.331.825-50
de relacionamento social, higiene pessoal, troca de roupa ou uniforme, quando não houver
obrigatoriedade de realizar a troca na empresa.
CLT, Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição especial
SALES -- CPF:
expressamente consignada.
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e
SILVA SALES
§ 2º Por não se considerar tempo à disposição do empregador, não será computado como
período extraordinário o que exceder a jornada normal, ainda que ultrapasse o limite de
ADEMYR DA
escolha própria, buscar proteção pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou
más condições climáticas, bem como adentrar ou permanecer nas dependências da
empresa para exercer atividades particulares, entre outras.
PABLO
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a. Gerentes que exerçam cargos de gestão e os diretores e chefes de departamento ou filial. Deve
ser um gerente com poderes especiais, de alta fidúcia do empregador e que o representa.
Ademais, esses gerentes devem receber gratificação de função não inferior a 40% (quarenta
por cento) do respectivo salário efetivo;
b. Empregados que exercem atividade externa incompatível com a fixação de horário de trabalho
(Exemplo: vendedor externo);
c. Empregados em regime de teletrabalho (novidade trazida pela Reforma Trabalhista de 2017).
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A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de
duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho. A remuneração da hora
extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora normal.
Para que o acordo de prorrogação de jornada seja lícita, deve ser realizado via acordo individual
escrito ou via negociação coletiva e a prorrogação máxima de duas horas diárias.
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CLT, Art. 59.A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em
número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho.
§ 1ºA remuneração da hora extra será, pelo menos, 50% (cinquenta por cento) superior à
SALES -- CPF:
da hora norma.
SILVA SALES
O empregado trabalhará além da jornada normal em algum dia, para compensar esse excesso com
PABLO ADEMYR
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O acordo individual para compensação de horas é válido, salvo se houver norma coletiva
em sentido contrário. III. O mero não atendimento das exigências legais para a
compensação de jornada, inclusive quando encetada mediante acordo tácito, não implica
a repetição do pagamento das horas excedentes à jornada normal diária, se não dilatada a
jornada máxima semanal, sendo devido apenas o respectivo adicional. IV. A prestação de
horas extras habituais descaracteriza o acordo de compensação de jornada. Nesta
hipótese, as horas que ultrapassarem a jornada semanal normal deverão ser pagas como
horas extraordinárias e, quanto àquelas destinadas à compensação, deverá ser pago a
mais apenas o adicional por trabalho extraordinário. V. As disposições contidas nesta
súmula não se aplicam ao regime compensatório na modalidade “banco de horas”, que
somente pode ser instituído por negociação coletiva. VI - Não é válido acordo de
compensação de jornada em atividade insalubre, ainda que estipulado em norma coletiva,
sem a necessária inspeção prévia e permissão da autoridade competente, na forma do art.
60 da CLT.
5. PRORROGAÇÃO DE JORNADA
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Para se prorrogar a jornada em atividades insalubres será necessária licença prévia das autoridades
competentes.
CLT, art. 60. Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles
venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer
CPF: 016.331.825-50
Obs.: Após a Reforma Trabalhista de 2017, excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas
SILVA SALES
Após a Reforma Trabalhista de 2017, essa prorrogação independe de negociação coletiva. Força
maior: Não há limite de jornada e pagamento adicional, no mínimo, de 50%; Conclusão de serviços
inadiáveis: Máximo de 12 horas e pagamento adicional, no mínimo, de 50%; Recuperação de horas:
PABLO
Máximo de 2 horas diárias, período de 45 dias, com prévia autorização do Ministério do Trabalho e
pagamento adicional, no mínimo, de 50%.
CLT, art. 61. Ocorrendo necessidade imperiosa, poderá a duração do trabalho exceder do
limite legal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de força maior, seja para
atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução possa
acarretar prejuízo manifesto.
§ 1º O excesso, nos casos deste artigo, pode ser exigido independentemente de
convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.
§ 2º Nos casos de excesso de horário por motivo de força maior, a remuneração da hora
excedente não será inferior à da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos
neste artigo, a remuneração será, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior à da
hora normal, e o trabalho não poderá exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei não fixe
expressamente outro limite.
§ 3º Sempre que ocorrer interrupção do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de
força maior, que determinem a impossibilidade de sua realização, a duração do trabalho
poderá ser prorrogada pelo tempo necessário até o máximo de 2 (duas) horas, durante o
número de dias indispensáveis à recuperação do tempo perdido, desde que não exceda de
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10 (dez) horas diárias, em período não superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano,
sujeita essa recuperação à prévia autorização da autoridade competente.
6. INTERVALOS
É o intervalo que ocorre durante a jornada de trabalho, sendo destinado a repouso e alimentação.
Em regra, tais períodos não são computados na jornada de trabalho. Jornada até 04 horas: não há previsão
em lei de intervalo intrajornada (trabalho direto). Jornada que excede 04 horas e inferior a 06 horas:
intervalo de 15 minutos (se o empregador exigir horas extras habituais, excedendo a jornada de 06 horas
diárias, deverá conceder intervalo mínimo de 01 hora). Jornada superior a 06 horas: mínimo de 01 hora e
máximo de 02 horas. É possível intervalo superior a 02 horas, desde que haja prévia negociação coletiva.
Obs. 1: Intervalos não previstos em lei serão considerados como tempo efetivo à disposição do
empregador. Exemplo: intervalo para o café.
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Obs. 2: O art. 611-A, III, da CLT, acrescentado pela Reforma Trabalhista de 2017, prevê a
possibilidade de redução do intervalo intrajornada por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho,
CPF: 016.331.825-50
desde que respeitado o limite mínimo de 30 minutos para jornadas superiores a 6 horas.
Obs. 3: O limite mínimo de 1 hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social,
se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos
SALES -- CPF:
refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas
SILVA SALES
ATENÇÃO!
Com a Reforma Trabalhista de 2017, regras sobre duração do trabalho e intervalos não são
ADEMYR DA
consideradas como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para fins de negociação coletiva (art.
PABLO ADEMYR
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É o intervalo que ocorre entre duas jornadas de trabalho, com o tempo para descanso de, no
mínimo, 11 (onze) horas consecutivas (art. 66, CLT).
Obs.: se não for usufruído integralmente, gera o pagamento de horas extras.
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É o período de vinte e quatro horas consecutivas, a ser concedido pelo menos uma vez por semana,
preferencialmente aos domingos, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa de
serviço, para repouso e descanso. A base normativa se encontra no art. 7º, XV, da CF/1988 e no art. 67 da
CLT.
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CLT, Art. 67- Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e
quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade
imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único. Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos
SALES -- CPF:
Obs.: Para ter direito ao descanso semanal remunerado, o empregado deve ter frequentado o
DA SILVA
indenização; se não concedido descanso em outro dia ou concedido após o sétimo dia consecutivo de
PABLO ADEMYR
8. FERIADOS
Em regra, é vedado o trabalho em dias de feriados nacionais e feriados religiosos, nos termos da
legislação própria (CLT, art. 70). Segue o quadro resumo do trabalho aos domingos e em feriados:
ATIVIDADE
DOMINGOS FERIADOS
ECONÔMICA
Permitido, desde que observe: Permitido, desde que se observe:
• Legislação municipal; • A legislação municipal;
Comércio • Coincidência do repouso pelo • Autorização em acordo ou convenção
menos uma vez no domingo a coletiva de trabalho.
cada três semanas.
80
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ATENÇÃO!
A Medida Provisória n.º 905/2019 (CTPS Verde-Amarela) modificava os artigos da CLT que dispõem
sobre o trabalho aos domingos e em feriados. No entanto essa medida foi revogada pela Medida Provisória
n.º 955/2020, na data de 20.04.2020.
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14 SALÁRIO-MÍNIMO
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
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O salário-mínimo é um direito do trabalhador, urbano e rural, com previsão no art. 7º, inciso IV, da
CF/1988. Deve ser fixado por lei. Não pode ser por decreto. Atualmente, a Medida Provisória nº 1.091, de
30 de dezembro de 2021 (DOU 31/12/2021, seção 1, pág.1) fixou o novo valor do salário-mínimo em R$
1.212,00 (mil duzentos e doze reais), a partir de 1º de janeiro de 2022.). Em decorrência desse valor, o valor
diário do salário-mínimo corresponde a R$ 40,40 (quarenta reais e quarenta centavos) e o valor horário, a
R$ R$ 5,51 (cinco reais e cinquenta e um centavos). Esse é um valor de piso nacionalmente unificado. Nada
impede, contudo, que um estado estipule, por lei, um salário-mínimo regional em um valor superior ao
salário-mínimo nacional.
CF/88
Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social: (...)
IV -salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação,
saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
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que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim.
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1. DESTINAÇÃO
Segundo a CF/1988, o salário-mínimo deverá ser capaz de atender as necessidades vitais básicas do
cidadão e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social. Trata-se de norma programática e que serve de guia para o legislador.
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2. REAJUSTES
A CF/1988 estipula que o salário-mínimo deverá ter reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo. Nesse sentido, a Lei n.º 13.152/2015, que dispõe sobre a política de valorização do salário-
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mínimo, preceitua que “os reajustes para a preservação do poder aquisitivo do salário-mínimo
SILVA SALES
corresponderão à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado e divulgado pela
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), acumulada nos 12 (doze) meses anteriores
DA SILVA
3. VINCULAÇÃO
PABLO ADEMYR
Com o objetivo de não estimular a inflação inercial e de não onerar demais o reajuste do salário-
PABLO
mínimo, a CF/1988 proíbe qualquer vinculação de valores com o salário-mínimo, para qualquer finalidade.
Fica vedado, então, um contrato de aluguel que prevê o valor do pagamento mensal em dois salários-
mínimos, por exemplo.
4. GARANTIA
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ATENÇÃO!
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PABLO
PABLO ADEMYR
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DA SILVA
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15 FÉRIAS
BRUNO TEIXEIRA E GUSTAVO ANDRADE
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Todo empregado, urbano e rural, possui direito ao gozo de férias anuais remuneradas com, pelo
menos, um terço a mais do que o salário normal (art. 7º, inciso XVII, CF/1988). É hipótese de interrupção do
contrato de trabalho (não presta serviço, mas recebe salário). O período das férias será computado, para
todos os efeitos, como tempo de serviço. Para ter direito às férias, o empregado deve preencher o período
aquisitivo, ou seja, prestar doze meses de serviço. E, posteriormente, haverá o prazo concessivo de doze
meses para o efetivo gozo das férias.
Durante as férias, o empregado não poderá prestar serviços a outro empregador, salvo se estiver
obrigado a fazê-lo em virtude de contrato de trabalho regularmente mantido com aquele outro
empregador. O objetivo das férias é conceder um período de descanso físico e de higiene mental ao
empregado. A base normativa se encontra no art. 129 da CLT, a saber: “Todo empregado terá direito
anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração.”
e. Mais de 32 faltas injustificadas no período concessivo (decorrência do art. 130 da CLT quanto à
PABLO ADEMYR
Fica a critério do empregador, sendo concedida na época em que melhor atende aos seus
interesses. Exceção:
a. Empregado estudante menor de idade: terá direito a coincidir suas férias com as férias
escolares;
b. Membros de uma mesma família que trabalhem na mesma empresa: terão direito a gozar as
férias no mesmo período, desde que não exista prejuízo para o serviço.
Obs.: para evitar prejuízo ao empregado, as férias não podem ser iniciadas no período de dois dias
que antecedem o feriado ou dia de repouso semanal remunerado (modificação trazida com a Reforma
Trabalhista de 2017).
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CLT
Art. 134.As férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12
(doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito.
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§ 1ºDesde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser usufruídas em até
três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze dias corridos e os
demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
O empregado receberá a remuneração devida na data da concessão das férias — e não a que
recebia na data da aquisição do direito — com o adicional de 1/3 previsto na Constituição Federal (terço
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constitucional). O pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono, serão efetuados até 2
dias antes do início do respectivo período.
Obs. 1: o terço constitucional incide nas férias gozadas, nas férias indenizadas, nas férias integrais e
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No que se refere ao abono de férias, o empregado possui o direito de converter 1/3 das férias em
PABLO ADEMYR
abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes (CLT, art. 143).
Obs. 1: é um direito do empregado e o empregador não poderá se opor ao pagamento do abono
pecuniário, desde que solicitado em até quinze dias antes do término do período aquisitivo.
PABLO
Obs2.: o pagamento das férias e do abono pecuniário deverá ocorrer em até dois dias antes do
início das férias.
Como a época de concessão das férias é uma opção do empregador, este deverá notificar, por
escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo, 30 dias, mediante recibo do empregado.
7. FÉRIAS COLETIVAS
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Obs. 1:para a concessão das férias coletivas, o empregador deverá comunicar ao Ministério do
Trabalho e ao sindicato da categoria profissional respectiva.
Obs. 2: Os empregados contratados há menos de 12 meses gozarão, na oportunidade, férias
proporcionais, iniciando-se, então, novo período aquisitivo (CLT, art. 140).
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PABLO ADEMYR
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16 SALÁRIO E REMUNERAÇÃO
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CLT
Art. 457.Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos legais,
além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestação do
serviço, as gorjetas que receber.
Obs.: com a Reforma Trabalhista de 2017, integram o salário a importância fixa estipulada, as
gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. E as importâncias, ainda que habituais, pagas a
título de ajuda de custo, auxílio-alimentação — vedado seu pagamento em dinheiro —, diárias para viagem,
prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de trabalho
e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário (natureza
indenizatória).
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1. MODALIDADES DE SALÁRIO
É o salário de algumas profissões organizadas, que possuem patamar mínimo fixado em lei.
Independem de negociação coletiva (acordo ou convenção). Exemplo: professores.
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É o patamar mínimo para determinada categoria previsto em norma coletiva (piso salarial) ou
previsto em sentença normativa.
SALES -- CPF:
SILVA SALES
É o pagamento sob um único título, de forma global, sem que haja discriminação e detalhamento
de cada uma das parcelas pagas. É nulo, pois deve ser assegurado ao empregado a discriminação e o
ADEMYR DA
Obs.:
É a substituição de parcela do salário que seria paga em dinheiro por utilidades (que, teoricamente,
seriam adquiridas pelo empregado), sendo vedado o pagamento integral em salário utilidade. É necessário
que, no mínimo, 30% do salário deve ser pago em dinheiro. Para empregados urbanos, o salário utilidade
fornecido para alimentação está limitado a 20% do salário-contratual e a moradia está limitada a 25%. Para
empregados rurais, o salário utilidade fornecido para alimentação está limitado a 25% e a moradia está
limitada a 20% do salário-mínimo do empregado.
Obs. 1: Em razão do seu efeito nocivo à saúde, é vedado o pagamento em cigarros, bebidas e
drogas.
Obs. 2: A utilidade deverá ser fornecida habitualmente e deverá ter caráter de contraprestação, ou
seja, pago pelo trabalho desempenhado pelo empregado. Se a utilidade é fornecida para o trabalho, ou
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seja, como ferramenta indispensável à realização do trabalho, não terá natureza salarial, mas de
indenização.
Obs.3: Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será
obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo número de coabitantes, vedada, em qualquer
hipótese, a utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família (CLT, art. 458, § 4º).
CLT
Art. 458– Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os
efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações “in natura” que a
empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado.
Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas.
§ 1ºOs valores atribuídos às prestações “in natura” deverão ser justos e razoáveis, não
podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-
mínimo.
§ 2ºPara os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as
seguintes utilidades concedidas pelo empregador:
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VI –previdência privada;
VIII – o valor correspondente ao vale-cultura (grifos nossos).
O pagamento deverá ocorrer em intervalos não superiores a um mês, exceto o pagamento das
SILVA SALES
gratificações, comissões e percentagens que poderão ser pagas em intervalos maiores. O salário poderá ser
pago por dia, semana, quinzena ou mês. Se fixado por mês, o pagamento deve ser efetuado até o 5º dia útil
DA SILVA
O pagamento deverá ocorrer no local de trabalho do empregado, em dia útil, dentro do horário de
PABLO ADEMYR
trabalho, ou imediatamente após o seu encerramento, salvo se efetuado em conta bancária do empregado.
O salário deve ser pago na moeda corrente do país.
Obs.: O pagamento do salário deverá ser efetuado contrarrecibo, assinado pelo empregado; em se
PABLO
tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não sendo esta possível, a seu rogo (CLT, art.
464).
O empregador não poderá, por ato unilateral, reduzir o salário do empregado. Há possibilidade de
redução, excepcionalmente, via negociação coletiva (acordo ou convenção). Com a Reforma Trabalhista de
2017, o art. 611-A, § 3º, da CLT previu que, em caso de redução do salário, o acordo ou convenção deverão
prever a proteção dos empregados por dispensa imotivada no período em que vigorar o instrumento
coletivo.
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Veda que descontos ilegais e abusivos sejam efetuados pelo empregador no salário.
Excepcionalmente, são permitidos os descontos: em razão do salário-utilidade; em razão de danos
causados pelo empregado; os adiantamentos salariais feitos em favor do empregado; os descontos legais e
convencionais; os descontos no salário para percepção de planos de assistência odontológica e médico-
hospitalar; e as multas por descumprimento do acordo no trabalho intermitente.
Truck System é o pagamento do salário por meio de vales ou de bônus para compra de produtos
em armazéns/galpões mantidos pelo empregador, em regra, com valores superiores aos de mercado.
4. GORJETA
É tanto a importância espontaneamente dada pelo cliente ao empregado, como também o valor
cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a qualquer título, e destinado à distribuição aos
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empregados. As gorjetas não repercutem no aviso-prévio, no adicional noturno, nas horas extras e no
repouso semanal remunerado. Cabe observar o seguinte:
As empresas deverão anotar na CTPS de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das
DA SILVA
gorjetas referente aos últimos doze meses. Cessada pela empresa a cobrança da gorjeta, desde que
cobrada por mais de doze meses, essa se incorporará ao salário do empregado, tendo como base a média
ADEMYR DA
dos últimos doze meses, salvo o estabelecido em convenção ou acordo coletivo de trabalho (CLT, art. 457,
PABLO ADEMYR
§§ 8º e 9º).
PABLO
São as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro
a empregado ou a grupo de empregados, em razão de desempenho superior ao ordinariamente esperado
no exercício de suas atividades. Decorrem da produtividade do trabalhador, mas não podem ser a única
forma de pagamento do salário, devendo o obreiro perceber ao menos um salário fixo. Prêmios não são
parcelas de natureza salarial, não se incorporam ao contrato de trabalho e não repercutem em outras
parcelas (sem reflexo).
CLT, Art. 457, § 2º. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo,
auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e
abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e
previdenciário.
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6. GUELTAS
São incentivos comerciais pagos pelo fabricante com a finalidade de fomentar a venda de seus
produtos, beneficiando este fabricante, que se utiliza dos vendedores de outro empregador. Exemplo:
fábrica de medicamentos oferece prêmios (viagens, jantares etc.) para os vendedores de farmácias que
mais venderem os seus produtos.
Obs.: é controvertido o entendimento se as gueltas refletem nas demais parcelas. A primeira
corrente defende a natureza indenizatória, razão pela qual não reflete em outras parcelas. Já a segunda
corrente defende que as gueltas equiparam-se às gorjetas. Nesse caso, reflete em outras parcelas como
férias, 13º Salário e FGTS.
7. STOCK OPTION
baixos se comparados com aqueles oferecidos ao mercado. O empregador não obriga que seus
trabalhadores comprem as ações, mas oferece o direito de subscrever as ações da empresa. Possui
natureza indenizatória (não salarial).
8. ABONOS
acréscimo efetuado em parcela única, sem a necessidade de um motivo específico para o seu recebimento.
Com a Reforma Trabalhista de 2017, essa parcela deixou de ter natureza salarial.
Também conhecido como gratificação natalina, o 13º salário é uma gratificação prevista na
SILVA SALES
CF/1988 a trabalhadores urbanos, rurais e empregados domésticos. Sua base normativa está na CF/1988,
art. 7º, VIII e na Lei n.º 4.090/1962. O pagamento deverá ocorrer até o dia 20 (vinte) de dezembro e
DA SILVA
corresponderá a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês trabalhado ou fração igual ou
ADEMYR DA
ATENÇÃO!
“Súmula 50/TST. GRATIFICAÇÃO NATALINA. A gratificação natalina, instituída pela Lei n.º 4.090, de
13.07.1962, é devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido enquanto durar a cessão” (grifo
nosso).
As parcelas salariais são aquelas que possuem natureza remuneratória, incorporam e repercutem
em outras parcelas (Exemplo: FGTS). Nas parcelas salariais, incidem Imposto de Renda e contribuição
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previdenciária (RGPS). As parcelas indenizatórias não incorporam e nem repercutem em outras parcelas,
sem incidência do Imposto de Renda e do INSS.
Obs.: com a Reforma Trabalhista de 2017, o valor relativo à assistência prestada por serviço médico
ou odontológico, próprio ou não, inclusive o reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido
em diferentes modalidades de planos e coberturas, não integram o salário do empregado para qualquer
efeito nem o salário de contribuição (CLT, art. 458, § 5º).
CPF: 016.331.825-50
As comissões são parcelas com valores fixos recebidas em razão da venda de determinado produto.
SALES -- CPF:
As percentagens são parcelas com valores percentuais recebidas em razão da venda de determinado
produto. Comissionista puro é aquele empregado que recebe, exclusivamente, por comissão. O
SILVA SALES
comissionista misto recebe parte do salário em comissão e a outra parte em salário fixo.
DA SILVA
Obs. 1:
horário, remunerado à base de comissões, tem direito ao adicional de, no mínimo, 50%
PABLO ADEMYR
(cinquenta por cento) pelo trabalho em horas extras, calculado sobre o valor-hora das
comissões recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas
efetivamente trabalhadas.
PABLO
Obs. 2: Nas vendas a prazo, o empregado receberá suas comissões e percentagens de forma
parcelada. Ademais, o término do contrato de trabalho não prejudica o recebimento das comissões e das
percentagens dos produtos já vendidos (ultimada a transação).
12. GRATIFICAÇÕES
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Atenção: com a Reforma Trabalhista de 2017, apenas as gratificações legais integram o salário. Se
não houver previsão legal da referida gratificação, não será caracterizada como verba de natureza salarial.
É o que diz o art. 457, § 1º, da CLT: “Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais
e as comissões pagas pelo empregador” (grifo nosso).
Obs. 1: Se as gratificações são pagas mensalmente, não refletem no descanso semanal
remunerado, pois o pagamento dessas gratificações mensais já incluiu o repouso semanal remunerado.
Obs. 2: As gratificações podem ser pagas de forma expressa ou tácita.
Atenção: Caso ocorra o pagamento de uma gratificação em razão do exercício de uma função de
confiança, essa gratificação poderá ser retirada tranquilamente com o mero retorno do empregado ao
cargo anterior. Essa reversão e essa retirada não configuram alteração ilícita do contrato de trabalho, e o
valor recebido a título de gratificação de função não incorporará ao salário do empregado, independente
do período em que exerceu a função (modificação legal trazida com a Reforma Trabalhista de 2017).
CLT, art. 468. Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas
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condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou
indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente
desta garantia.
§ 1º Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o
respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o
exercício de função de confiança.
§ 2º A alteração de que trata o § 1º deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura
ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que
não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.
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empregador, sem justo motivo, revertê-lo a seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a
gratificação tendo em vista o princípio da estabilidade financeira. II - Mantido o
SILVA SALES
É uma parcela paga aos caixas bancários, com habitualidade, para compensar o risco exercido pelos
empregados que lidam com dinheiro. O pagamento da parcela é mensal e independente de desfalque no
caixa. Se ocorrer diferença entre o valor registrado e o constante no caixa, é lícito o desconto dessa
PABLO
gratificação, pois o empregado está ciente de eventuais danos que pode causar.
Súmula 247/TST. QUEBRA DE CAIXA. NATUREZA JURÍDICA. A parcela paga aos bancários
sob a denominação "quebra de caixa" possui natureza salarial, integrando o salário do
prestador de serviços, para todos os efeitos legais (grifo nosso).
14. ADICIONAIS
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Se pago com habitualidade, integra o salário do empregado. Integra as seguintes parcelas: descanso
semanal remunerado; férias; 13º Salário + 1/3; FGTS; e aviso prévio. Quadro-resumo do Adicional Noturno:
Parcela paga quando se verifica a presença de risco acentuado na atividade desenvolvida pelo
empregado. A base normativa está no art. 7º, XXIII, CF/1988 e Art. 193 da CLT. Assim, de acordo com a CLT,
são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
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Sobre os reflexos, o adicional de periculosidade integra as demais verbas trabalhistas e pode ser
cumulado com o adicional noturno e com as horas extras.
fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido. II - Não é
válida a cláusula de acordo ou convenção coletiva de trabalho fixando o adicional de
periculosidade em percentual inferior ao estabelecido em lei e proporcional ao tempo de
DA SILVA
exposição ao risco, pois tal parcela constitui medida de higiene, saúde e segurança do
trabalho, garantida por norma de ordem pública (arts. 7º, XXII e XXIII, da CF e 193, § 1º, da
ADEMYR DA
CLT).
PABLO ADEMYR
Parcela paga quando se verifica a presença de condições ou métodos de trabalho que exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados, em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Ou seja, atividades insalubres são aquelas
que expõem o empregado a agentes nocivos à sua saúde e que ultrapassam o seu limite de tolerância. Base
normativa: Art. 7º, XXIII, CF/1988 e Art. 189 da CLT.
Obs.: A atividade nociva deverá ser constatada por perícia realizada por profissional habilitado,
médico ou engenheiro do trabalho e o agente nocivo à saúde deve estar incluído na relação oficial do
Ministério do Trabalho e Emprego.
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Todavia, na impossibilidade fática da perícia, poderá o juiz se basear em outros meios de prova.
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Obs. 1:
Obs. 2:
SALES -- CPF:
da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de
caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a
elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
DA SILVA
O adicional de insalubridade era calculado com base no salário-mínimo, variando de acordo com a
agressividade do agente nocivo — 10% (grau mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo). No entanto,
PABLO
Súmula Vinculante n.º 4/STF. Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário-
mínimo não pode ser usado como indexador de base cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Todavia, o TST entendeu que, enquanto não houver lei específica, ou ainda, norma coletiva que fixe
expressamente a base de cálculo, o salário-mínimo continua sendo utilizado, conforme previsto no art. 192
da CLT. Obs.: A Reforma Trabalhista de 2017 previu que o enquadramento do grau de insalubridade em
máximo, médio e mínimo poderá ser objeto de instrumento de negociação coletiva (art. 611-A da CLT).
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empregado.
o respectivo adicional.
SILVA SALES
respectivo adicional.
ADEMYR DA
O agente nocivo insalubre deve estar dentre aqueles apontados como tal pela regulamentação do
Ministério do Trabalho e Emprego, que elabora lista taxativa dos agentes insalubres. Não se admite o
PABLO
emprego de analogia para a concessão do adicional de insalubridade. Por exemplo, a coleta de lixo urbano
enseja o pagamento do adicional de insalubridade, bem como a coleta de lixo e a higienização de
instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação (exemplo: rodoviárias). Já a limpeza
em residências e escritórios não é considerada como coleta de lixo urbano, não configurando atividade
insalubre, portanto.
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Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:
I - atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento durante a gestação;
III -atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento
durante a lactação.
ATENÇÃO!
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 5938, no
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dia 29.05.2019, entendeu, por unanimidade, por declarar a inconstitucionalidade da expressão "quando
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento", contida nos incisos II e III do art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos
pelo art. 1º da Lei 13.467/2017, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Dessa
maneira, após a decisão do STF, a empregada deverá ser afastada de: I - atividades consideradas insalubres
em grau máximo, enquanto durar a gestação; II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou
CPF: 016.331.825-50
mínimo, durante a gestação; III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, durante a lactação.
O escopo da decisão do STF é proteger o nascituro, além da gestante/lactante.
Obs.: Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada exerça suas atividades em
SALES -- CPF:
local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de
salário-maternidade (CLT, art. 394-A, § 3º).
SILVA SALES
parcelas de natureza salarial e — acrescido do adicional previsto em lei, contrato, acordo, convenção
PABLO ADEMYR
coletiva ou sentença normativa, sendo que o adicional mínimo é de 50% da hora normal. Encontra base
normativa no art. 7º, XVI, CF/1988 e Art. 59, CLT.
PABLO
Obs. 1: as horas extras, se pagas com habitualidade, refletem nas demais verbas trabalhistas. Assim
sendo, o valor das horas extraordinárias passa a integrar: descanso semanal remunerado; férias + 1/3; 13º
Salário; FGTS; aviso prévio.
Obs2.:
Obs. 3: Após a Reforma Trabalhista de 2017, a prestação de horas extras habituais não
descaracteriza o acordo de compensação de jornada e o banco de horas. (CLT, art. 59-B).
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lOMoARcPSD|36449961
transferência provisória.
CF/1988, Art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: (...)
XI – participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei.
SALES -- CPF:
Obs.:
SILVA SALES
vigor na data prevista para a distribuição dos lucros. Assim, inclusive na rescisão
PABLO ADEMYR
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CF/1988, art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social: (...)
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão
por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXXI -proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;
XXXII -proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os
profissionais respectivos.
2. EQUIPARAÇÃO SALARIAL
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Caso haja um tratamento salarial diferenciado, há previsão do direito à equiparação salarial, desde
que preencha os seguintes requisitos:
1. Identidade de empregadores;
2. Trabalho no mesmo estabelecimento empresarial;
3. Mesma função;
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4. Mesma localidade;
5. Trabalho de igual valor (= igual produtividade e com a mesma perfeição técnica);
6. Diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não superior a quatro anos (antes
da Reforma Trabalhista de 2017, o prazo era de 02 anos);
SALES -- CPF:
CLT, art. 461, caput. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
DA SILVA
É o trabalho que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas
PABLO
cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a
diferença de tempo na função não seja superior a dois anos (CLT, art. 461, § 1º).
A equiparação salarial não prevalece quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de
carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e
salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público (CLT, art. 461, § 2º).
ATENÇÃO!
Essa alteração legal, trazida pela Reforma Trabalhista de 2017, vai de encontro à Súmula 6 do TST.
“Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de pessoal organizado em carreira
quando homologado pelo Ministério do Trabalho, excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de
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lOMoARcPSD|36449961
carreira das entidades de direito público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por
ato administrativo da autoridade competente.” (Súmula 6, I, TST).
CLT, art. 461, § 4º. O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência
física ou mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de
paradigma para fins de equiparação salarial.
CLT, art. 461, § 5º. A equiparação salarial só será possível entre empregados
contemporâneos no cargo ou na função, ficando vedada a indicação de paradigmas
remotos, ainda que o paradigma contemporâneo tenha obtido a vantagem em ação
judicial própria.
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Atenção! Essa alteração legal, trazida pela Reforma Trabalhista de 2017, vai de encontro à Súmula 6
do TST.
CLT, art. 461, § 6º. No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o
juízo determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor
DA SILVA
do empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
“Desde que atendidos os requisitos do art. 461 da CLT, é possível a equiparação salarial de trabalho
PABLO
intelectual, que pode ser avaliado por sua perfeição técnica, cuja aferição terá critérios objetivos” (Súmula
6, VII, TST).
2.7. Prescrição
A prescrição para a ação de equiparação salarial é parcial, ou seja, renova-se mês a mês.
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“A cessão de empregados não exclui a equiparação salarial, embora exercida a função em órgão
governamental estranho à cedente, se esta responde pelos salários do paradigma e do reclamante”
(Súmula 6, V, TST).
O nome do cargo é irrelevante para o pleito de equiparação salarial, sendo necessária a identidade
de funções e de tarefas.
“A equiparação salarial só é possível se o empregado e o paradigma exercerem a mesma função,
desempenhando as mesmas tarefas, não importando se os cargos têm, ou não, a mesma denominação”
(Súmula 6, III, TST).
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Por existir expressa vedação constitucional, não cabe equiparação salarial entre servidores públicos
da administração pública direta, autárquica e fundacional, ainda que sejam contratados pelo regime
celetista.
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CLT.
equiparação prevista no art. 37, XIII, da CF/1988, pois, ao admitir empregados sob o
regime da CLT, equipara-se a empregador privado, conforme disposto no art. 173, § 1º, II,
da CF/1988.
PABLO
3. DESVIO DE FUNÇÃO
O desvio de função ocorre quando o empregado deveria estar desempenhando uma determinada
função, mas está prestando serviços temporariamente em outra, que possui salário mais elevado. Uma vez
comprovado o desvio de função, o empregado terá direito à remuneração mais elevada (diferenças
salariais) enquanto esteve desempenhando aquela atividade que não era originariamente sua. Destarte, o
empregado poderá ser designado, novamente, para a sua original atividade, sem que esse fato acarrete
redução salarial ilícita.
Obs. 1:Desvio de função é diferente de acúmulo de função. Desvio de função é quando há o
abandono da função original para o desempenho de outra função. Acúmulo de função é quando se
mantêm a função original e se cumula com o desempenho de outra função.
Obs. 2: “Orientação Jurisprudencial 125 da SbDI-I/TST. DESVIO DE FUNÇÃO. QUADRO DE CARREIRA.
O simples desvio funcional do empregado não gera direito a novo enquadramento, mas apenas às
diferenças salariais respectivas, mesmo que o desvio de função haja iniciado antes da vigência da CF/1988.”
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PABLO
PABLO ADEMYR
ADEMYR DA
DA SILVA
SILVA SALES
SALES -- CPF:
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18 FGTS
BRUNO TEIXEIRA E GUSTAVO ANDRADE
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lOMoARcPSD|36449961
Atualmente, o FGTS é regido pela Lei n.º 8.036/1990 e o fundo é constituído pelos saldos das
contas vinculadas dos trabalhadores e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com
atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações (art. 2º, Lei n.º
8.036/1990).
CPF: 016.331.825-50
Obs. 2: as contas vinculadas em nome dos trabalhadores são bens absolutamente impenhoráveis.
Obs. 3: a partir da Reforma Trabalhista de 2017, constitui objeto ilícito de negociação coletiva a
supressão ou redução do valor do depósito mensal e da indenização rescisória do FGTS (CLT, art. 611-B, III).
SALES -- CPF:
8.036/1990)
DA SILVA
representante do MTE;
• Ministério do Desenvolvimento Regional: é o gestor das aplicações dos recursos do FGTS em
PABLO
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O FGTS é um direito que incide sobre a remuneração do empregado. Dessa forma, abrange em sua
base de cálculo: salário; salário in natura; terço de férias; descanso semanal remunerado; aviso-prévio
(trabalhado ou indenizado); adicionais legais (exemplo: hora extra, adicional noturno, insalubridade e
periculosidade); décimo terceiro salário.
ATENÇÃO!
O FGTS não incide sobre as parcelas de natureza indenizatória.
Nas hipóteses de interrupção do contrato de trabalho, o empregador deverá, além de pagar salário,
recolher o FGTS de seus empregados. Nas hipóteses de suspensão do contrato de trabalho, em regra, o
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empregador não paga o salário e nem recolhe o FGTS. No entanto, existem hipóteses em que o contrato de
trabalho fica suspenso, mas o empregador continua obrigado a efetuar o depósito do FGTS, são elas:
licença-maternidade; aborto não criminoso; licença em razão de acidente de trabalho, após os 15 primeiros
dias; prestação de serviço militar.
ATENÇÃO!
Apenas o auxílio-doença derivado de acidente de trabalho traz essa obrigação de recolher o FGTS.
CPF: 016.331.825-50
Variadas são as hipóteses de saque do FGTS (art. 20, Lei n.º 8.036/1990). Certamente a hipótese
mais comum é a de despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior
SILVA SALES
Além dessa hipótese, as mais importantes são: aposentadoria da Previdência Social; compra da
casa própria; doenças graves do trabalhador e seus dependentes (doença terminal, AIDS, câncer); compra
ADEMYR DA
de ações em hipóteses específicas e legais; idade de 70 anos ou mais; calamidade pública; término do
PABLO ADEMYR
contrato a termo, inclusive dos trabalhadores temporários; término do contrato de trabalho por distrato;
conta inativa após três anos ininterruptos; falecimento do trabalhador; suspensão total do trabalho avulso
PABLO
por período igual ou superior a 90 dias, comprovada por declaração do sindicato; aquisição de órtese ou
prótese por trabalhador com deficiência para promoção de acessibilidade e inclusão social; pagamento
total ou parcial do preço de aquisição de imóveis da União inscritos em regime de ocupação ou
aforamento.
5. MULTA DO FGTS
Nos casos em que houver despedida sem justa causa ou por rescisão indireta (culpa do
empregador), o empregador será obrigado a depositar uma multa de 40% do montante de todos os
depósitos realizados na conta vinculada, durante a vigência do respectivo contrato de trabalho, atualizados
monetariamente e acrescidos dos respectivos juros. Se ocorrer culpa recíproca ou força maior,
devidamente reconhecida pela Justiça do Trabalho, a multa será no percentual de 20% (art. 18, Lei n.º
8.036/1990).
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6. SAQUE-ANIVERSÁRIO
A Lei n.º 13.932/2019 criou uma nova sistemática de saque do FGTS — o saque-aniversário (art. 20-
A, Lei n.º 8.036/1990). Em resumo, o saque aniversário permitirá a retirada de parte do saldo da conta do
FGTS todo ano, no mês do aniversário do empregado. O trabalhador que fizer a opção por essa modalidade
poderá sacar um percentual do saldo do FGTS (entre 5 e 50%) acrescido de uma parcela adicional,
anualmente, sempre no mês do seu aniversário, conforme tabela divulgada no site da Caixa. O trabalhador
deverá optar por somente uma modalidade de saque: saque-rescisão (modelo tradicional) ou saque-
aniversário.
7. PRESCRIÇÃO DO FGTS
Até 2014, era tradicional o entendimento de que é trintenária (30 anos) a prescrição da pretensão
de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 anos após o
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término do contrato de trabalho. Ocorre que, no dia 13.11.2014, no julgamento do ARE-709212/DF, o STF,
por maioria, concluiu pela aplicação da prescrição quinquenal (5 anos), também observado o prazo de 2
anos após o término do contrato de trabalho.
Notícia do STF. STF altera entendimento sobre prescrição para cobrança de FGTS. O
Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a inconstitucionalidade das normas
que previam prazo prescricional de 30 anos para ações relativas a valores não depositados
no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O entendimento é o de que o FGTS
CPF: 016.331.825-50
está expressamente definido na Constituição da República (artigo 7º, inciso III) como
direito dos trabalhadores urbanos e rurais e, portanto, deve se sujeitar à prescrição
trabalhista, de cinco anos. A decisão foi tomada na sessão plenária do STF de quinta-feira
(13), no julgamento do recurso extraordinário com agravo (ARE) 709212, com repercussão
geral reconhecida. Até então, o STF adotava a prescrição trintenária. O novo
SALES -- CPF:
entendimento se aplicará a todas as ações que tratam da mesma matéria. O processo foi
levado ao STF pelo Banco do Brasil, condenado pela Justiça do Trabalho da 10ª Região (DF)
SILVA SALES
a recolher o FGTS de uma bancária no período em que ela trabalhou no exterior. O caso
chegou ao Tribunal Superior do Trabalho, mas a Oitava Turma não conheceu do recurso
DA SILVA
do banco por entender que a condenação estava de acordo com a Súmula 362 do TST, que
estabelece a prescrição de 30 anos para o direito de reclamar o não recolhimento da
ADEMYR DA
contribuição para o fundo, observado o prazo de dois anos após o término do contrato de
PABLO ADEMYR
inciso XXIX, da Constituição. O relator do ARE 70912, ministro Gilmar Mendes, assinalou
que o artigo 7º, inciso III, da Constituição prevê expressamente o FGTS como um direito
dos trabalhadores urbanos e rurais, e que o inciso XXIX fixa a prescrição quinquenal para
os créditos resultantes das relações de trabalho. Assim, se a Constituição regula a matéria,
a lei ordinária não poderia tratar o tema de outra forma. De acordo com o ministro, o
prazo prescricional de 30 anos do artigo 23 da Lei 8.036/1990 e do artigo 55 do Decreto
99.684/1990, que regulamentam o FGTS está "em descompasso com a literalidade do
texto constitucional e atenta contra a necessidade de certeza e estabilidade nas relações
jurídicas". Os ministros Rosa Weber e Teori Zavascki votaram pela validade da prescrição
trintenária, e ficaram vencidos. Modulação. Para os casos cujo termo inicial da prescrição
– ou seja, a ausência de depósito no FGTS – ocorra após a data do julgamento, aplica-se,
desde logo, o prazo de cinco anos. Para aqueles em que o prazo prescricional já esteja em
curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou cinco anos,
a partir do julgamento.
Destarte, o Tribunal Superior do Trabalho alterou seu entendimento (Súmula 362/TST) e também
fez a modulação temporal de acordo com a decisão do STF.
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Súmula 362/TST. FGTS. PRESCRIÇÃO.I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a
partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-
recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término
do contrato; II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em
13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos,
contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014 (STF-ARE-709212/DF).
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19 PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
DA SILVA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF: pablosalescop@gmail·com
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1. PRESCRIÇÃO
após a cirurgia. Destarte, a teoria da “actio nata” defende que o prazo prescricional só deve começar a
correr quando o ofendido tem conhecimento/ciência do fato danoso. Em suma: a ciência da violação do
direito faz nascer a pretensão que se extingue com a prescrição. A pretensão é extinta pelo decurso do
prazo prescricional e há causas interruptivas e suspensivas da prescrição. Exemplo de prazo prescricional: 2
anos, após o término do contrato de trabalho, para ingressar na Justiça do Trabalho (prescrição bienal).
A Constituição Federal de 1988 estabelece que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) XXIX - ação, quanto aos créditos
resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos
SALES -- CPF:
e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho” (CF/1988, art. 7º).
SILVA SALES
Por conseguinte, a Carta Magna prevê o prazo de dois anos, após o término do contrato de
trabalho, para ingressar na Justiça do Trabalho (prescrição bienal). Após esse período, o empregado perde
DA SILVA
o direito de exigir judicialmente do empregador o pagamento das verbas e demais direitos trabalhistas
relativos ao extinto contrato de trabalho. Caso entre com a reclamação na Justiça do Trabalho no prazo
ADEMYR DA
bienal, o empregado poderá pleitear os direitos trabalhistas dos últimos cinco anos, a contar do
PABLO ADEMYR
ajuizamento da ação (prescrição quinquenal). Se o contrato de trabalho estiver em curso, o empregado terá
o prazo de cinco anos para decidir ingressar com a reclamatória, contado a partir da violação do direito.
PABLO
CLT, Art. 11. A pretensão quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve
em cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a
extinção do contrato de trabalho.
Obs. 1: o prazo do aviso prévio integra o contrato de trabalho para todos os efeitos legais, inclusive
para a contagem do início do prazo prescricional.
Obs. 2:
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lOMoARcPSD|36449961
Obs. 3: As ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social são
imprescritíveis (CLT, art. 11, § 1º).
Obs. 4: “Súmula 153/TST. PRESCRIÇÃO. Não se conhece de prescrição não arguida na instância
ordinária”.
Obs. 5:prescrição e períodos descontínuos de trabalho: “Súmula 156/TST. PRESCRIÇÃO. PRAZO. Da
extinção do último contrato começa a fluir o prazo prescricional do direito de ação em que se objetiva a
soma de períodos descontínuos de trabalho”.
Aplica-se para parcelas que não possuem previsão em lei. Atinge o fundo do direito e decorre de
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CLT, art. 11, § 2º. Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas
decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é total, exceto
quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
Obs.: 1
CPF: 016.331.825-50
Obs. 2:
SILVA SALES
Obs. 3:
PABLO ADEMYR
inexiste previsão para a incorporação ao salário do respectivo adicional, razão pela qual
deve incidir a prescrição total (grifo nosso).
Aplica-se para parcelas que possuem previsão em lei e que se renovam a contagem mês a mês,
sempre que a parcela não for paga. Exemplos: equiparação salarial; pedido de diferenças de
complementação de aposentadoria; pedido de diferença de gratificação semestral congelada.
Obs.:
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Obs. 2:
Obs. 3:
É a prescrição que ocorre no curso do processo, ante a inércia da parte que deveria praticar o ato
processual. Historicamente, o Supremo Tribunal Federal admitia a prescrição intercorrente na esfera
trabalhista e o TST divergia desse entendimento.
“Súmula 327/STF. O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente.” “Súmula 114/TST.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.”. Todavia, a
Reforma Trabalhista de 2017 alterou a CLT para admitir expressamente a prescrição intercorrente na
CPF: 016.331.825-50
esfera trabalhista.
CLT, art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois
anos.
§ 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de
SALES -- CPF:
ilicitude do objeto.
CLT, Art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de
trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
[...]
XXI - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo
prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois
anos após a extinção do contrato de trabalho (grifo nosso)
1. Causas Impeditivas: não se inicia a contagem do prazo. Exemplo: empregado menor de 18 anos;
2. Causas Suspensivas: suspende temporariamente a contagem do prazo. Exemplo: pedido de
conciliação na comissão de conciliação prévia;
3. Causas Interruptivas: a contagem do prazo é reiniciada desde o início (zera a contagem).
Exemplo: Protocolo da reclamação trabalhista.
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CLT, art. 11, § 3º. A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de
reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta
sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.
Obs.1:
2. DECADÊNCIA
DA SILVA
esfera jurídica de outrem, por ato unilateral, sem que haja dever correspondente — apenas uma sujeição.
PABLO ADEMYR
A decadência extingue o próprio direito e, por via oblíqua, extingue a ação que o protege. Ela começa a
correr, como prazo extintivo, desde o momento em que o direito nasce. O direito é extinto pelo decurso do
PABLO
prazo decadencial e não há causas suspensivas ou interruptivas do prazo decadencial. Exemplos de prazos
decadenciais: 120 dias para ajuizar mandado de segurança; 2 anos para ajuizar ação rescisória; 30 dias, a
contar da suspensão do empregado, para ajuizamento do inquérito para apuração de falta grave, de
empregado estável. “Súmula 403/STF. É de decadência o prazo de trinta dias para instauração do inquérito
judicial, a contar da suspensão, por falta grave, de empregado estável.”
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As normas de saúde, segurança, higiene e medicina do trabalho são normas de ordem pública,
irrenunciáveis e não sujeitas a transação/negociação, porque visam a proteger a higidez física e mental do
empregado.
Art. 611-B, CLT. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de
trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: (...) XVII -
normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas
regulamentadoras do Ministério do Trabalho.
Obs.: excepcionalmente, regras sobre duração do trabalho e intervalos não são consideradas como
normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins de negociação coletiva (Art. 611-B,
parágrafo único, CLT).
ATENÇÃO!
SILVA SALES
Obs.: constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada à observância das ordens de serviço
emanadas pelo empregador e do uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.
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Cabe às Delegacias Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição (CLT, art. 156):
É um órgão de caráter preventivo, com o intuito de evitar violações às normas de saúde, higiene,
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segurança e medicina do trabalho, bem como evitar acidentes de trabalho na empresa. Cada CIPA será
composta de representantes da empresa e dos empregados. Em regra, todos os trabalhadores, inclusive os
rurais, estão obrigados a constituir a CIPA.
CLT, Art. 164 -Cada CIPA será composta de representantes da empresa e dos empregados,
de acordo com os critérios que vierem a ser adotados na regulamentação de que trata o
parágrafo único do artigo anterior.
§ 1º - Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles
CPF: 016.331.825-50
designados.
§ 2º - Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em
escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical,
exclusivamente os empregados interessados.
§ 3º - O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1 (um) ano, permitida
SALES -- CPF:
uma reeleição.
§ 4º - O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro suplente que, durante
SILVA SALES
O órgão é presidido por empregado indicado pelo empregador e o vice-presidente será empregado
eleito pelos trabalhadores. A eleição é secreta e podem participar todos os empregados, independente de
PABLO
O mandato é de 01 ano, sendo permitida uma reeleição (CLT, art. 164, § 3º). Os representantes dos
empregados na CIPA, titulares e suplentes, gozam de estabilidade, desde o registro da candidatura até 1
ano após o mandato. Durante a estabilidade, só podem ser dispensados por justa causa. Se houver extinção
do estabelecimento, não há que se falar mais em estabilidade.
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5. ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Parcela paga quando se verifica a presença de risco acentuado na atividade desenvolvida pelo
empregado. A base normativa está no art. 7º, XXIII, CF/1988 e Art. 193 da CLT. Assim, de acordo com a CLT,
são consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério
do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
a. Explosivos, inflamáveis ou energia elétrica;
b. Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal
ou patrimonial.
Obs. 1: a partir de 2014, as atividades de trabalhador em motocicleta (motoboys) também foram
consideradas perigosas (Lei n.º 12.997/2014).
Obs. 2: a atividade perigosa é comprovada mediante perícia (art. 195 da CLT) a cargo de médico do
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permanecem a bordo não têm direito ao adicional de periculosidade a que aludem o art.
193 da CLT e o Anexo 2, item 1, “c”, da NR 16 do MTE.
DA SILVA
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6. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
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Parcela paga quando se verifica a presença de condições ou métodos de trabalho que exponham os
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados, em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Ou seja, atividades insalubres são aquelas
que expõem o empregado a agentes nocivos à sua saúde e que ultrapassam o seu limite de tolerância. Base
normativa: Art. 7º, XXIII, CF/1988 e Art. 189 da CLT.
CPF: 016.331.825-50
Obs.: A atividade nociva deverá ser constatada por perícia realizada por profissional habilitado,
médico ou engenheiro do trabalho e o agente nocivo à saúde deve estar incluído na relação oficial do
Ministério do Trabalho e Emprego.
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do
DA SILVA
Todavia, na impossibilidade fática da perícia, poderá o juiz se basear em outros meios de prova.
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Obs. 1:
Obs. 2:
O adicional de insalubridade era calculado com base no salário-mínimo, variando de acordo com a
agressividade do agente nocivo — 10% (grau mínimo), 20% (grau médio) e 40% (grau máximo). No entanto,
o STF proibiu que o salário-mínimo servisse de base de cálculo do adicional de insalubridade.
Súmula Vinculante n.º 4/STF. Salvo os casos previstos na Constituição Federal, o salário-
mínimo não pode ser usado como indexador de base cálculo de vantagem de servidor
público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial.
Todavia, o TST entendeu que, enquanto não houver lei específica, ou ainda, norma coletiva que fixe
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expressamente a base de cálculo, o salário-mínimo continua sendo utilizado, conforme previsto no art. 192
da CLT.
Obs.: A Reforma Trabalhista de 2017 previu que o enquadramento do grau de insalubridade em
SALES -- CPF:
máximo, médio e mínimo poderá ser objeto de instrumento de negociação coletiva (art. 611-A da CLT).
SILVA SALES
Uma vez eliminada a insalubridade, o empregado não possui mais direito ao adicional.
PABLO ADEMYR
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O agente nocivo insalubre deve estar dentre aqueles apontados como tal pela regulamentação do
Ministério do Trabalho e Emprego, que elabora lista taxativa dos agentes insalubres. Não se admite o
emprego de analogia para a concessão do adicional de insalubridade. Por exemplo, a coleta de lixo urbano
enseja o pagamento do adicional de insalubridade, bem como a coleta de lixo e a higienização de
instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande circulação (exemplo: rodoviárias). Já a limpeza
CPF: 016.331.825-50
em residências e escritórios não é considerada como coleta de lixo urbano, não configurando atividade
insalubre, portanto.
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do
Trabalho. II – A higienização de instalações sanitárias de uso público ou coletivo de grande
DA SILVA
13.467/2017)
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:
I -atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
II -atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar
atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento durante a gestação;
III -atividades consideradas insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de
saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o afastamento
durante a lactação.
ATENÇÃO!
O Supremo Tribunal Federal, no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 5938, no
dia 29.05.2019, entendeu, por unanimidade, por declarar a inconstitucionalidade da expressão "quando
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apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento", contida nos incisos II e III do art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos
pelo art. 1º da Lei 13.467/2017, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Dessa
maneira, após a decisão do STF, a empregada deverá ser afastada de: I - atividades consideradas insalubres
em grau máximo, enquanto durar a gestação; II - atividades consideradas insalubres em grau médio ou
mínimo, durante a gestação; III - atividades consideradas insalubres em qualquer grau, durante a lactação.
O escopo da decisão do STF é proteger o nascituro, além da gestante/lactante.
OBSERVAÇÃO!
Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada exerça suas atividades em local
salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de salário-
maternidade (CLT, art. 394-A, § 3º).
Além das diferenças supramencionadas, em termos básicos, para fins de memorização, pode-se
construir o raciocínio de que: se mata de uma vez, é atividade perigosa; se mata aos poucos, é atividade
insalubre. Na situação de o empregado laborar em um ambiente perigoso e insalubre, o empregado deverá
optar por um ou outro (CLT, art. 193, § 2º). Os adicionais não são acumuláveis.
PABLO ADEMYR
PABLO DA SILVA
ADEMYR DA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF:
SILVA SALES
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Na esfera trabalhista, quando se fala em trabalho do menor, está-se referindo ao trabalho realizado
entre pessoas de 14 a 18 anos. Antes dos 14 anos não é permitido qualquer tipo de trabalho, nem mesmo
de aprendiz. A partir dos 14 anos, pode-se trabalhar como aprendiz. A partir dos 16 anos, pode-se trabalhar
normalmente, salvo trabalho noturno, perigoso ou insalubre. A partir dos 18 anos, a capacidade trabalhista
é plena. Base normativa: CF/1988, art. 7º, XXXIII e CLT, art. 402.
Obs. 1:
CLT, art. 403, parágrafo único. O trabalho do menor não poderá ser realizado em locais
prejudiciais à sua formação, ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social e em
horários e locais que não permitam a frequência à escola.
Obs. 2:o art. 7º, XXXIII, da CF/1988 não prevê a proibição de trabalhos penosos para menores de 18
anos. Entretanto, esse tipo de trabalho é proibido pelo art. 67, II, do Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA).
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ATENÇÃO!
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Possui a mesma duração que a do trabalhador adulto, ou seja, limitada a 08 horas diárias e a 44
horas semanais. O menor não pode prestar horas extras, salvo nas seguintes hipóteses:
1. até mais 2 horas, independentemente de acréscimo salarial, mediante convenção ou acordo
coletivo, desde que o excesso de horas em um dia seja compensado pela diminuição em outro,
SALES -- CPF:
de modo a ser observado o limite máximo de 48 horas semanais ou outro inferior legalmente
SILVA SALES
fixado;
2. excepcionalmente, por motivo de força maior, até o máximo de 12 horas, com acréscimo
DA SILVA
salarial de, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) sobre a hora normal e desde que o
trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento (CLT, art. 413).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
Obs.: o Juízo da Infância e Juventude, nesses dois casos, poderá autorizar o trabalho do menor,
desde que a representação tenha fim educativo e desde que se certifique de que a ocupação do menor seja
indispensável à própria subsistência ou à de seus familiares e, ainda, desde que não advenha nenhum
prejuízo à sua formação moral.
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Obs. 2: o trabalho exercido nas ruas, praças e outros logradouros dependerá de prévia autorização
do juiz da Infância e da Juventude, ao qual cabe verificar se a ocupação é indispensável à sua própria
subsistência ou à de seus pais, avós ou irmãos e se dessa ocupação não poderá advir prejuízo à sua
formação moral.
Obs.: o menor pode assinar recibo de pagamento dos salários e pode pedir demissão sem a
assistência dos pais.
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Os empregadores de menores de 18 anos são obrigados a velar pela observância, nos seus
estabelecimentos ou empresas, dos bons costumes e da decência pública, bem como das regras da
SALES -- CPF:
segurança e da medicina do trabalho, além de ser obrigado a conceder-lhes o tempo que for necessário
para a frequência às aulas (CLT, art. 425).
SILVA SALES
Obs.:
DA SILVA
CLT, art. 427, parágrafo único. Os estabelecimentos situados em lugar onde a escola
estiver a maior distância que 2 quilômetros, e que ocuparem, permanentemente, mais de
ADEMYR DA
5. FÉRIAS DO MENOR
PABLO
Como um empregado adulto, o menor possui direito a férias anuais remuneradas, acrescidas do
terço constitucional. As férias do menor, no entanto, possuem algumas particularidades:
I. o menor que esteja estudando tem direito a coincidir as suas férias com as férias escolares
(CLT, art. 136, § 2º);
II. a Reforma Trabalhista de 2017 passou a prever a possibilidade de fracionamento das férias sem
o caráter excepcional, inclusive para empregados menores de 18 anos e maiores de 50 anos,
desde que estabelecidos os seguintes requisitos: concordância do empregado, fracionamento
em até três períodos e um dos períodos não pode ser inferior a 14 dias corridos e os demais
não podem ser inferiores a 5 dias corridos.
CLT, art. 134, § 1º. Desde que haja concordância do empregado, as férias poderão ser
usufruídas em até três períodos, sendo que um deles não poderá ser inferior a quatorze
dias corridos e os demais não poderão ser inferiores a cinco dias corridos, cada um.
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6. PRESCRIÇÃO E MENOR
Para protegê-los, não corre nenhum prazo prescricional contra os menores de 18 anos (CLT, art.
440). A favor corre, porque o beneficia.
7. PESO SUPORTADO
Sob pena de ato culposo do empregador (rescisão indireta), é proibido que o empregador exija do
menor em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 quilos para o trabalho
contínuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional, salvo se a remoção de material for feita por impulsão ou
tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos (CLT, art. 405, § 5º).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
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Cabe destacar, primeiramente, que todas as regras que regulam o trabalho masculino são
aplicáveis ao trabalho feminino, salvo naquilo em que não colidir com a proteção especial trazida pela CLT
para o trabalho da mulher, com algumas normas específicas que visam proteger o nascituro, a gestante
(gravidez), a maternidade, a lactante (amamentação) e a mulher em si.
Obs.: “CLT, art. 377. A adoção de medidas de proteção ao trabalho das mulheres é considerada de
ordem pública, não justificando, em hipótese alguma, a redução de salário.”.
1. VEDAÇÃO À DISCRIMINAÇÃO
A Lei n.º 9.799/1999 inseriu na Consolidação das Leis do Trabalho regras sobre o acesso da mulher
ao mercado de trabalho, proibindo atitudes machistas e preconceituosas. Por exemplo, configura ato
discriminatório da empresa não admitir mulheres casadas ou gestantes em razão desses fatos ou publicar
anúncio de emprego exigindo que a mulher seja solteira ou sem filhos.
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CLT, art. 373-A. Ressalvadas as disposições legais destinadas a corrigir as distorções que
afetam o acesso da mulher ao mercado de trabalho e certas especificidades estabelecidas
nos acordos trabalhistas, é vedado:
I –publicar ou fazer publicar anúncio de emprego no qual haja referência ao sexo, à idade,
à cor ou situação familiar, salvo quando a natureza da atividade a ser exercida, pública e
notoriamente, assim o exigir;
II – recusar emprego, promoção ou motivar a dispensa do trabalho em razão de sexo,
idade, cor, situação familiar ou estado de gravidez, salvo quando a natureza da atividade
seja notória e publicamente incompatível;
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III – considerar o sexo, a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para
fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional;
IV –exigir atestado ou exame, de qualquer natureza, para comprovação de esterilidade ou
gravidez, na admissão ou permanência no emprego;
V – impedir o acesso ou adotar critérios subjetivos para deferimento de inscrição ou
SALES -- CPF:
A diferença que existia entre a jornada masculina e a feminina residia no art. 384 da CLT: “Em caso
de prorrogação do horário normal, será obrigatório um descanso de 15 minutos, antes do início do período
extraordinário de trabalho”. Ou seja, antes da empregada iniciar a sua jornada extraordinária, o
empregador deveria concedê-la um intervalo de 15 minutos para descanso (exigência que não existia se o
empregado fosse do sexo masculino). Ocorre que o art. 384 da CLT foi revogado pela Reforma Trabalhista
de 2017 – Lei n.º 13.467/2017, de sorte que hodiernamente não há mais essa diferença.
3. PESO SUPORTADO
Sob pena de ato culposo do empregador (rescisão indireta), é proibido que o empregador exija da
mulher em serviço que demande o emprego de força muscular superior a 20 quilos para o trabalho
continuo ou 25 quilos para o trabalho ocasional, salvo se a remoção de material for feita por impulsão ou
tração de vagonetes sobre trilhos, de carros de mão ou quaisquer aparelhos mecânicos (CLT, art. 390).
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4. PROTEÇÃO À GRAVIDEZ
Durante a gravidez, é garantido à empregada, sem prejuízo do salário e dos demais direitos:
Obs.: “CLT, art. 394. Mediante atestado médico, à mulher grávida é facultado romper o
compromisso resultante de qualquer contrato de trabalho, desde que este seja prejudicial à gestação.”.
5. PROTEÇÃO À AMAMENTAÇÃO
Com o objetivo de estimular a amamentação, a empregada lactante terá direito, durante a jornada
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de trabalho, a dois descansos especiais de 30 minutos cada um, até que o bebê complete 6 meses de idade,
inclusive se advindo de adoção.
Obs. 1: para proteger a saúde do bebê, o período de 6 meses poderá ser dilatado, a critério da
autoridade competente.
Obs. 2:após a Reforma Trabalhista de 2017, os horários desses dois descansos especiais deverão
ser definidos em acordo individual entre a mulher e o empregador.
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Obs. 3:
CLT, art. 400. Os locais destinados à guarda dos filhos das operárias durante o período da
amamentação deverão possuir, no mínimo, um berçário, uma saleta de amamentação,
uma cozinha dietética e uma instalação sanitária.
SALES -- CPF:
6. LICENÇA MATERNIDADE
SILVA SALES
Com o objetivo de estimular o contato do bebê com a mãe nos seus primeiros meses de vida, bem
DA SILVA
como incentivar a amamentação, a CF/1988 estipula que “são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
ADEMYR DA
além de outros que visem à melhoria de sua condição social: (...) licença à gestante, sem prejuízo do
PABLO ADEMYR
aumentados de duas semanas cada um, mediante atestado médico. À empregada que adotar ou obtiver
guarda judicial para fins de adoção de criança ou adolescente será concedida licença-maternidade com o
mesmo período de 120 dias. Se houver adoção ou guarda judicial conjunta, a concessão da licença-
maternidade ocorrerá a apenas um dos adotantes ou guardiães empregado ou empregada.
Obs. 1:
CLT, art. 392, § 1º. A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu
empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o
28º (vigésimo oitavo) dia antes do parto e ocorrência deste.
Obs. 2:
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A Lei n.º 11.770/2008 criou o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-
maternidade mediante concessão de incentivo fiscal. A partir dessa lei, é possível a prorrogação da licença
maternidade por mais 60 dias, desde que preenchidos os seguintes requisitos:
a. seja empregada de pessoa jurídica que tenha aderido ao Programa da Empresa Cidadã;
b. o pedido de prorrogação deve ser feito, pela empregada, até o fim do 1º mês após o parto.
Durante a prorrogação, a empregada não poderá exercer atividade remunerada e a criança não
poderá ser mantida em creche, sob pena de perder o direito à prorrogação.
8. ESTABILIDADE DA GESTANTE
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa a empregada gestante,
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desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, com base na CF/1988, art. 10, II, "b" do
ADCT. A empregada somente perderá o direito à estabilidade se cometer falta grave (art. 482 da CLT).
Todavia, a empregada gestante pode pedir demissão a qualquer momento.
Obs.: o direito de estabilidade, nos casos em que ocorrer o falecimento da genitora, será
assegurado a quem detiver a guarda do seu filho (Lei Complementar n.º 146 de 2014).
ATENÇÃO!
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1. O TST entende que a empregada gestante adquire o direito à estabilidade mesmo se o contrato
for por prazo determinado, mesmo se estiver no curso do aviso-prévio, inclusive o indenizado, e mesmo se
for contrato de aprendizagem.
SALES -- CPF:
- A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II,
alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de
ADEMYR DA
admissão mediante contrato por tempo determinado.”. “CLT, art. 391-A. A confirmação
PABLO ADEMYR
Constitucionais Transitórias.
2. O direito à estabilidade provisória da empregada gestante é irrenunciável. Ou seja, ela não pode
negociar ou abrir mão.
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No dia 18/11/2019, o Pleno do TST, por maioria (16 a 9), no processo IAC 5639-31.2013.5.12.0051,
fixou a tese de que é inaplicável ao regime de trabalho temporário disciplinado pela Lei n.º 6.019/1974 a
garantia de estabilidade provisória à empregada gestante prevista no artigo 10, inciso II, alínea "b", do
ADCT.O voto vencedor da ministra Maria Cristina Peduzzi concluiu que somente um dos precedentes que
fundamentaram o item III da súmula 244 não se refere ao contrato de experiência, que tem disciplina na
CLT e é diverso do contrato temporário, regido pela Lei n.º 6.019/1974. Voto vencedor: “No contrato de
experiência, existe a expectativa legítima por um contrato por prazo indeterminado. No contrato
temporário, ocorre hipótese diversa — não há perspectiva de indeterminação de prazo.” (...) “Nem há
presunção de continuidade, como nos casos de experiência. O vínculo temporário finda pelo decurso do
prazo máximo previsto na Lei 6.019/74 ou pelo fim da necessidade transitória da substituição de pessoal
regular e permanente ou acréscimo de serviço”. Por conseguinte, atualmente, por decisão do TST, não há
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estabilidade provisória à empregada gestante contratada para trabalho temporário disciplinado pela Lei n.º
6.019/1974.
Art. 394-A. Sem prejuízo de sua remuneração, nesta incluído o valor do adicional de
insalubridade, a empregada deverá ser afastada de:
I –atividades consideradas insalubres em grau máximo, enquanto durar a gestação;
II –atividades consideradas insalubres em grau médio ou mínimo, quando apresentar
SALES -- CPF:
durante a lactação.
ADEMYR DA
ATENÇÃO!
PABLO ADEMYR
apresentar atestado de saúde, emitido por médico de confiança da mulher, que recomende o
afastamento”, contida nos incisos II e III do art. 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), inseridos
pelo art. 1º da Lei 13.467/2017, nos termos do voto do Relator, vencido o Ministro Marco Aurélio. Dessa
maneira, após a decisão do STF, a empregada deverá ser afastada de: I – atividades consideradas insalubres
em grau máximo, enquanto durar a gestação; II – atividades consideradas insalubres em grau médio ou
mínimo, durante a gestação; III – atividades consideradas insalubres em qualquer grau, durante a lactação.
O escopo da decisão do STF é proteger o nascituro, além da gestante/lactante.
Obs.: Quando não for possível que a gestante ou a lactante afastada exerça suas atividades em
local salubre na empresa, a hipótese será considerada como gravidez de risco e ensejará a percepção de
salário-maternidade (CLT, art. 394-A, § 3º).
Notícia do STF sobre Gestante e Insalubridade (ADI 5938):
STF invalida norma da Reforma Trabalhista de 2017 que permitia trabalho de grávidas e
lactantes em atividades insalubres. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por
maioria de votos, julgou procedente a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5938
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Dessa forma, o ministro destacou que a alteração deste ponto da CLT feriu direito de
dupla titularidade – da mãe e da criança. A seu ver, a previsão de afastamento
automático da gestante ou da lactante do ambiente insalubre está absolutamente de
SILVA SALES
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O Direito do Trabalho pode ser dividido em direito individual do trabalho e direito coletivo do
trabalho. O direito individual do trabalho tende a ser mais protetivo, em razão da evidente hipossuficiência
do empregado individualmente considerado perante o seu empregador. Basta recordar do princípio-mãe
do direito individual do trabalho (princípio da proteção do trabalhador) e os seus três subprincípios (“in
dúbio pro misero”, aplicação da norma mais favorável e aplicação da condição mais benéfica).
No direito coletivo do trabalho, como os empregados estão unidos e, em regra, atuando por meio
de uma entidade sindical, presume-se que há uma maior paridade de forças e, com isso, há uma maior
liberdade de atuação e de transação. O direito coletivo do trabalho trata, portanto, de institutos como
negociação coletiva (acordos e convenções coletivas de trabalho), organização sindical (sindicatos,
federações e confederações) e greve (direitos, abusos e lock-out).
Obs.: Em 2008, por meio da Lei n.º 11.648/2008, as centrais sindicais tiveram o seu
reconhecimento formal, tendo natureza de “entidade associativa de direito privado composta por
organizações sindicais de trabalhadores”.
1.1. Sindicatos
CLT, art. 511.É lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus
SILVA SALES
ATENÇÃO!
Se a empresa tiver várias atividades econômicas, o empregado será enquadrado de acordo com a
atividade preponderante da empresa (CLT, art. 581, § 2º).
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Ocorre quando há empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força do
estatuto profissional especial ou em consequência de condições de vida singulares. Exemplos: categoria dos
aeronautas, dos professores e dos publicitários. A formação do sindicato será apenas para a defesa dos
trabalhadores, pois não há categoria diferenciada para empregadores.
Obs.: a empresa não está, entretanto, obrigada a cumprir as normas coletivas da categoria
diferenciada se não participou da negociação coletiva.
Os sindicatos são associações (pessoas jurídicas de direito privado – CC/2002, art. 44). Portanto, é
necessário, para que adquira personalidade jurídica, o registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas
Jurídicas. Além desse registro, é necessário o registro do sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego
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para que adquira a chamada “personalidade sindical”, por meio do respectivo registro sindical.
A Constituição Federal de 1988 adotou o princípio da unicidade sindical, pelo qual não poderá
existir mais de um sindicato de categoria profissional (trabalhadores) ou de categoria econômica
(empregadores) na mesma base territorial, que, por sua vez, não pode ser inferior à área de um Município.
CPF: 016.331.825-50
Por isso, é de extrema importância o registro do sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego para que se
faça a devida análise da categoria e da base territorial do sindicato, objetivando manter o respeito à
unicidade sindical.
Frise-se, não se trata de uma autorização ministerial; trata-se de um mero registro formal (ato
SALES -- CPF:
vinculado). Diante da unicidade sindical, um sindicato pode representar a categoria em vários municípios,
SILVA SALES
mas não é permitido dois sindicatos representarem a mesma categoria em um mesmo município.
CF/88
DA SILVA
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CF/1988, art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...)
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; (...)
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais.
Obs.:
I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o
registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção
na organização sindical.
estatuto, sendo vedada a interferência ou intervenção estatal no seu funcionamento interno. São órgãos do
sindicato:
DA SILVA
ADEMYR DA
Obs.: delegados sindicais são indicados pela Diretoria para representar os interesses dos sindicatos
e não possuem estabilidade provisória.
A base geral para o custeio do sindicato está no art. 8º, IV, e no art. 149 da CF/88:
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instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III,
e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a
que alude o dispositivo (grifo nosso).
Prevista na CLT, a contribuição sindical era obrigatória (natureza tributária), mediante desconto em
folha, para todos os empregados, profissionais liberais e empregadores. No entanto, com a Reforma
Trabalhista de 2017, a contribuição sindical passa a ser facultativa, só podendo ser descontada mediante
autorização prévia e expressa. Essa é uma mudança drástica na forma de custeio de toda a organização
sindical e exigirá que os entes sindicais atuem de forma mais ativa nos interesses de sua categoria para
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CLT, art. 545. Os empregadores ficam obrigados a descontar da folha de pagamento dos
seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas
ao sindicato, quando por este notificados (grifo nosso).
CLT, art. 578. As contribuições devidas aos sindicatos pelos participantes das categorias
econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas
entidades serão, sob a denominação de contribuição sindical, pagas, recolhidas e
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CLT, art. 579. O desconto da contribuição sindical está condicionado à autorização prévia
SALES -- CPF:
categoria ou profissão ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591 desta
Consolidação (grifo nosso).
DA SILVA
CLT, art. 582. Os empregadores são obrigados a descontar da folha de pagamento de seus
empregados relativa ao mês de março de cada ano a contribuição sindical dos
ADEMYR DA
Obs.: caso haja autorização prévia e expressa, a contribuição sindical do empregado corresponderá
PABLO
a 1 (um) dia de trabalho e será paga no mês de março (CLT, art. 580, I); para os trabalhadores autônomos e
profissionais liberais, considerará um percentual fixo e será paga no mês de fevereiro (CLT, art. 580, II); para
os empregadores, considerará o capital social da empresa e será paga no mês de janeiro (CLT, art. 580, III).
CF/88, Art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...)
VI -é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho (grifo
nosso).
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A contribuição assistencial não possui natureza tributária e será cobrada apenas dos filiados ao
sindicato.
fixada por assembleia geral e o desconto é feito na folha de pagamento dos empregados. Não possui
natureza jurídica de tributo e não pode ser cobrada de trabalhadores não associados ao sindicato. Nesse
sentido, Súmula Vinculante 40 do STF: “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da
Constituição Federal, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo”. Na mesma trilha:
2. FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO
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2.1. Federações
São entidades sindicais de grau superior, compostas de, no mínimo, 5 sindicatos que representem a
maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas. O objetivo da
federação é coordenar interesses e reunir os sindicatos.
Obs.: se já existir federação no grupo de atividades ou profissões em que deva ser constituída a
nova entidade, a criação desta não poderá reduzir a menos de 5 o número de Sindicatos que àquela devam
continuar filiados.
2.2. Confederações
São entidades sindicais de grau superior, com sede em Brasília, compostas de, no mínimo, 3
federações. Têm como objetivo coordenar as federações e os sindicatos do seu setor. O reconhecimento
das confederações será feito por decreto do Presidente da República. As confederações são formadas por
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Diretoria.
SILVA SALES
3. CENTRAIS SINDICAIS
DA SILVA
representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas e participar de
PABLO ADEMYR
negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam
composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores. São
PABLO
entidades abrangentes, que não representam um grupo ou uma categoria específica, em que tanto os
sindicatos, como as federações e confederações poderão se filiar às centrais sindicais. No entanto, essas
entidades representam apenas os trabalhadores, pois são formadas apenas por categorias profissionais.
Exemplos: Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores e Confederação Geral dos Trabalhadores.
a. Coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiada;
b. Participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços, em que
estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores;
c. Requisitos para o exercício das atribuições e prerrogativas das centrais sindicais: filiação de, no
mínimo, 100 sindicatos distribuídos nas 5 regiões do País; filiação em pelo menos 3 (três)
regiões do País de, no mínimo, 20 sindicatos em cada uma; filiação de sindicatos em, no
mínimo, 5 setores de atividade econômica; e filiação de sindicatos que representem, no
mínimo, 7% do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional.
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Obs. 1: após a sua constituição, a Central Sindical passará a receber 10% do montante da
contribuição sindical anual paga pelos trabalhadores.
Obs. 2:as centrais sindicais não têm legitimidade para celebrar acordos ou convenções coletivas,
ingressar com ação de cumprimento ou instaurar dissídio coletivo.
ATENÇÃO!
O Supremo Tribunal Federal, no ano de 2011, entendeu, por unanimidade, que, muito embora
ocorrido o reconhecimento formal das centrais sindicais com a edição da Lei n.º 11.648/2008, a norma não
teve o condão de equipará-las às confederações, de modo a sobrelevá-las a um patamar hierárquico
superior na estrutura sindical. Ao contrário, criou-se um modelo paralelo de representação, figurando as
centrais sindicais como patrocinadoras dos interesses gerais dos trabalhadores e permanecendo as
confederações como mandatárias máximas de uma determinada categoria profissional ou econômica.
Destarte, as centrais sindicais não possuem legitimidade para instaurar controle abstrato de
constitucionalidade, por meio de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de
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constitucionalidade, conforme previsto no art. 103, IX, da CF/1988. (STF - AgR na ADIn º 4224/2009 - DF,
Relator Ministro Menezes Direito).
O empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o empregado sindicalizado,
a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que
CPF: 016.331.825-50
suplente, até um ano após o final do mandato, com base normativa na CF/1988, art. 8º, VIII e na CLT, art.
543.
Obs.:
SALES -- CPF:
vigência do contrato de trabalho. II - O art. 522 da CLT foi recepcionado pela Constituição
Federal de 1988. Fica limitada, assim, a estabilidade a que alude o art. 543, § 3.º, da CLT a
ADEMYR DA
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4. NEGOCIAÇÃO COLETIVA
CF/88, art. 7º. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social: (...)
XXVI- reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho.
CF/88, art. 8º. É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: (...)
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todos os empregados, independentemente de filiação ao sindicato, desde que seja empregado da empresa
acordante.
CLT, art. 611, § 1º. É facultado aos Sindicatos representativos de categorias profissionais
celebrar Acordos Coletivos com uma ou mais empresas da correspondente categoria
SALES -- CPF:
categoria profissional (obreiros) e sindicato da categoria econômica (patrões), com aplicação no âmbito das
PABLO ADEMYR
CLT, art. 611.Convenção Coletiva de Trabalho é o acordo de caráter normativo, pelo qual
dois ou mais Sindicatos representativos de categorias econômicas e profissionais
estipulam condições de trabalho aplicáveis, no âmbito das respectivas representações, às
relações individuais de trabalho.
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ATENÇÃO!
Quanto às normas coletivas, a Reforma Trabalhista de 2017 (Lei n.º 13.467/2017) deixou expresso
que as condições estabelecidas em acordo coletivo de trabalho sempre prevalecerão sobre as estipuladas
em convenção coletiva de trabalho, independentemente de seu conteúdo ou de serem mais favoráveis ou
não ao empregado (CLT, art. 620).
Como visto, os sindicatos são os legítimos participantes da negociação coletiva. Entretanto, caso
haja recusa dos sindicatos na negociação, os interessados podem convocar a federação e a confederação
correspondente. Em último caso, se nenhum ente sindical assumir a negociação coletiva, os atores podem
negociar diretamente.
CLT, art. 617, § 1º. Expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se
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entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo, e, em segunda, de 1/3 (um
terço) dos mesmos (CLT, art. 612).
SILVA SALES
Obs.: As normas negociais entrarão em vigor 3 dias após esse depósito (CLT, art. 614, § 1º).
Antes da Reforma Trabalhista de 2017, as convenções e os acordos coletivos poderiam ter prazo de
vigência de 2 anos, prorrogáveis. Todavia, o entendimento do TST apresentado na Súmula 277 era de que,
ainda que vencidas, as normas estabelecidas nos acordos coletivos e nas convenções coletivas
incorporavam aos contratos individuais de trabalho e somente poderiam ser modificadas ou suprimidas
mediante negociação coletiva de trabalho, o que emprestaria uma ultratividade às normas.
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certo e determinado pela legislação trabalhista e, ainda assim, podem ser revistos.”.
Destarte, a Súmula 277 do TST está com aplicação suspensa nos termos da medida
cautelar deferida nos autos do processo STF-ADPF n.º 323/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes.
Por fim, para encerrar o debate, a Reforma Trabalhista de 2017 modificou a redação do
art. 614, § 3º, CLT proibindo expressamente a ultratividade das normas coletivas: “CLT,
art. 614, § 3º. Não será permitido estipular duração de convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo vedada a ultratividade (grifos nossos).
Um dos pontos mais polêmicos da Reforma Trabalhista de 2017 foi a estipulação de que
determinados tópicos da negociação coletiva (CCTs e ACTs) terão prevalência sobre a lei. É dizer, no conflito
SALES -- CPF:
então, deveria existir uma cláusula compensatória que traria um benefício ao empregado. Todavia, ainda
que não haja essa contrapartida, por expressa disposição legal, a norma coletiva não será considerada nula.
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I -pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
PABLO
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Não obstante, a própria Reforma Trabalhista de 2017 flexibilizou o princípio do “negociado sobre o
legislado” apresentando alguns direitos que não podem ser suprimidos ou reduzidos, ainda que presentes
em uma convenção coletiva ou acordo coletivo, por constituir objeto ilícito.
CLT, art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de
trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I -normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e
Previdência Social;
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VII -proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
VIII - salário-família;
IX - repouso semanal remunerado;
DA SILVA
XII -gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XIII -licença-maternidade com a duração mínima de cento e vinte dias;
PABLO
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CF/88, Art. 37.A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
SALES -- CPF:
privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem
distinção de índices (grifo nosso).
DA SILVA
Súmula 679/STF. A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto
ADEMYR DA
Acordos e convenções coletivas, embora possuam força normativa, não são leis formais. Todavia, a
Administração Pública direta, autárquica e fundacional, quando contratante via CLT, poderá firmar acordos
PABLO
e convenções coletivas de trabalho com cláusulas de natureza social (horário de trabalho, banco de horas
etc.).
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Pública indireta), as cláusulas fixadas em ACTs e CCTs possuem sim aplicação, inclusive quando trazem
impactos econômicos e financeiros, em razão de sua natureza majoritariamente privada.
Por conseguinte, no caso de empresas públicas e sociedades de economia mista que exploram
atividade econômica (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Petrobrás, Banco Regional de Brasília etc.)
as normas entabuladas em ACTs e CCTs são válidas e eficazes, inclusive quando trazem impactos
econômicos e financeiros. Destarte, também estão submetidas a dissídio coletivo e, por conseguinte, a
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Desde a sua redação original, a Constituição Federal de 1988 desejou que, em empresas com mais
de 200 empregados, houvesse uma eleição para selecionar um empregado que representasse a classe em
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CF/88, art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de
um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores (grifo nosso).
SALES -- CPF:
CLT, art. 510-A. Nas empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição
DA SILVA
ATENÇÃO!
Essa comissão de representantes dos empregados não faz parte da organização sindical brasileira e
esses representantes não são dirigentes sindicais. Dessa forma, essa comissão de representantes dos
PABLO
empregados não pode deflagrar greve, celebrar convenção ou acordo coletivo de trabalho, ajuizar
dissídio coletivo, receber contribuição sindical etc.
I. nas empresas com mais de duzentos e até três mil empregados, comissão de três membros;
II. nas empresas com mais de três mil e até cinco mil empregados, comissão de cinco membros;
III. nas empresas com mais de cinco mil empregados, comissão de sete membros.
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Obs.: A comissão organizará sua atuação de forma livre e independente e suas decisões serão
sempre colegiadas, observada a maioria simples.
A eleição será convocada com antecedência mínima de trinta dias, contados do término do
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mandato anterior, por meio de edital que deverá ser fixado na empresa, com ampla publicidade, para
inscrição de candidatura.
Obs. 1: será formada comissão eleitoral, integrada por cinco empregados, não candidatos, para a
organização e o acompanhamento do processo eleitoral, vedada a interferência da empresa e do sindicato
SALES -- CPF:
da categoria.
SILVA SALES
que indenizado. Perceba que essas restrições são impostas ao empregado candidato a representante e
não ao empregado eleitor.
ADEMYR DA
Obs. 3: serão eleitos membros da comissão de representantes dos empregados os candidatos mais
PABLO ADEMYR
ATENÇÃO!
O poder do voto não pode ser transferido a outrem via procuração.
O mandato possui o período de um ano, sendo que o membro que houver exercido a função de
representante dos empregados na comissão não poderá ser candidato nos dois períodos subsequentes.
Obs.: esse período não se trata de hipótese de suspensão ou de interrupção do contrato de
trabalho, de sorte que o empregado deve permanecer no exercício de suas funções normalmente.
Desde o registro da candidatura até um ano após o fim do mandato, o membro da comissão de
representantes dos empregados não poderá sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não
se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro (CLT, art. 510-D, § 3º).
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A Constituição Federal de 1988 assegurou o direito de greve aos trabalhadores, sendo de exclusiva
opção da categoria profissional o momento de exercê-lo e quais interesses reivindicar por meio do
movimento paredista.
CF/88, art. 9º. É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir
sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele
defender.
§ 1ºA lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2ºOs abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Historicamente, a doutrina indica que o surgimento da palavra greve está relacionado a uma praça
existente na França, em sua capital (Paris), conhecida como “Place de Grève”, em que os trabalhadores e os
operários se reuniam quando abandonavam as indústrias e as lojas, suspendendo os serviços, para
reivindicar interesses determinados. Em regra, os anseios se referiam à jornada de trabalho, higiene,
salubridade e remuneração.
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Greve, portanto, pode ser entendido como um direito fundamental coletivo dos trabalhadores,
urbanos e rurais, que consiste na abstenção, organizada e simultânea, da prestação dos serviços aos
empregadores, com o escopo de defender e reivindicar determinados direitos e interesses. É um
procedimento de pressão, com o objetivo primordial de defender os interesses da categoria. Imersas no
direito de greve, várias situações também podem ser aproximar desse instituto, como as famosas
“operação padrão”, “operação tartaruga”, “não colaboração”, bem como passeatas, piquetes,
propagandas, fundos arrecadatórios etc.
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Como visto, a Constituição Federal estabelece que a lei definirá os serviços ou atividades essenciais
e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Nesse sentido, o Congresso
Nacional, no ano de 1989, editou a Lei n.º 7.783 que dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as
SALES -- CPF:
atividades essenciais e regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. Essa lei define,
em seu artigo segundo, como legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e
SILVA SALES
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
PABLO ADEMYR
Parágrafo único. O direito de greve será exercido na forma estabelecida nesta Lei.
Art. 2ºPara os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a
PABLO
Trata-se de uma suspensão do contrato de trabalho, eis que não há prestação de serviços e nem a
sua contraprestação (pagamento de salário).
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iii. comunicação prévia ao empregador, com antecedência mínima de 48 horas (para serviços
essenciais, a comunicação deve ocorrer com antecedência mínima de 72 horas, ao empregador
e aos usuários);
iv. organização para que não haja interrupção completa das atividades essenciais ou para que não
haja prejuízos irreparáveis à empresa;
v. respeito aos direitos e as garantias fundamentais (sem ataques a propriedades e a pessoas).
Os empregados que aderirem ao movimento paredista (grevistas), por lei, possuem o direito de
divulgar livremente o movimento, de usar dos meios pacíficos de persuasão e de adesão de outros
trabalhadores e de arrecadar fundos. Em contrapartida, em homenagem ao princípio da livre adesão à
greve, os grevistas devem observar os direitos e as garantias fundamentais (sem ataques a propriedades e a
pessoas) e não poderão impedir o acesso ao trabalho de empregados que não aderiram ao movimento (ex.:
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4. VEDAÇÕES AO EMPREGADOR
SILVA SALES
grevistas (salvo abuso ou falta grave) e é vedado contratar substitutos dos empregados grevistas (salvo se a
própria categoria profissional não se organizar para que não haja interrupção completa das atividades
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
A Lei n.º 7.783/1989 traz o rol dos serviços e das atividades que são consideradas essenciais para o
regular funcionamento do convívio social: I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição
de energia elétrica, gás e combustíveis; II - assistência médica e hospitalar; III - distribuição e
comercialização de medicamentos e alimentos; IV - funerários; V - transporte coletivo; VI - captação e
tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações; VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas,
equipamentos e materiais nucleares; IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle
de tráfego aéreo e navegação aérea; XI compensação bancária; XII - atividades médico-periciais
relacionadas com o regime geral de previdência social e a assistência social; XIII - atividades médico-
periciais relacionadas com a caracterização do impedimento físico, mental, intelectual ou sensorial da
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pessoa com deficiência, por meio da integração de equipes multiprofissionais e interdisciplinares, para fins
de reconhecimento de direitos previstos em lei, em especial na Lei n.º 13.146, de 6 de julho de 2015
(Estatuto da Pessoa com Deficiência); XIV - outras prestações médico-periciais da carreira de Perito Médico
Federal indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade; XV - atividades
portuárias. Nesses serviços e atividades, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam
obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao
atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade (aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo
iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população).
ATENÇÃO!
O percentual dos serviços e das atividades essenciais que permanecerão funcionando será definido
no caso concreto (Exemplo: em uma greve dos metroviários, definirem que se deve permanecer circulando
70% dos vagões em horários de pico e 30% nos demais horários). Caso não se observe esses percentuais, a
greve poderá ser declarada abusiva.
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Obs.:
Lei 7.783/1989
Art. 13. Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os
trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e
aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação (grifo
nosso).
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Greve abusiva é aquela que não observa as normas contidas na Lei n.º 7.783/1989 ou mantém a
SALES -- CPF:
paralisação mesmo após a celebração de acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa da
Justiça do Trabalho, salvo se for para exigir o cumprimento de cláusula ou condição ou motivada pela
SILVA SALES
Art. 14. Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na
PABLO ADEMYR
paralisação que:
I -tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;
II -seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que
modifique substancialmente a relação de trabalho.
Além das hipóteses legais, o TST entende como abusiva a greve que foi iniciada sem a tentativa
prévia de negociação e a greve que paralisa 100% das atividades essenciais.
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básico das necessidades inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista na Lei n.º
7.783/89 (grifo nosso).
Uma vez declarada abusiva pela Justiça do Trabalho, a greve acarretará no não reconhecimento dos
direitos e das vantagens pleiteadas pela categoria profissional, bem como no não reconhecimento de
qualquer garantia a seus partícipes.
7. LOCKOUT
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É a paralisação do trabalho por iniciativa do próprio empregador. Em princípio, não faz sentido que
o próprio empregador deseje interromper as suas atividades empresariais. Mas, em situações específicas,
ele pode desejar frustrar ou embaralhar a negociação coletiva e o atendimento dos pleitos obreiros, ou,
ainda, deseje pressionar as autoridades governamentais visando alguma vantagem econômica (reajuste de
tarifas, benefício fiscal etc.). O lockout é uma conduta proibida expressamente pela lei e, caso efetivado,
acarretará na mera interrupção do contrato de trabalho, devendo o empregador pagar todos os direitos
trabalhistas durante o período da paralisação forçada pelo empregador.
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CF/88, Art. 37.A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VII -o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica.
A Carta Magna, então, reza que a Administração pública, direta e indireta, de qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios observará que o direito de greve será exercido
nos termos e limites definidos em lei específica. O Supremo Tribunal Federal, em alusão à classificação de
eficácia das normas constitucionais, apontava que o art. 37, VII, da CF/1988, era uma norma de eficácia
limitada. Ou seja, a Suprema Corte entendia que os servidores públicos só poderiam exercer o direito de
greve após a edição de uma lei específica que disciplinasse a matéria. Todavia, após uma mudança radical
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Decorridos quase 19 anos da promulgação da vigente carta política, ainda não se registrou
– no que concerne à norma inscrita no art. 37, VII, da Constituição – a necessária
intervenção concretizadora do Congresso Nacional, que se absteve de editar, até o
presente momento, o ato legislativo essencial ao desenvolvimento da plena eficácia
jurídica do preceito constitucional em questão, não obstante esta Suprema Corte, em
19/05/1994, ao julgar o MI 20/DF, de que fui relator, houvesse reconhecido o estado de
mora (inconstitucional) do Poder Legislativo da União, que ainda subsiste, porque não
editada, até agora, a lei disciplinadora do exercício do direito de greve no serviço
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público. (...) Não se pode tolerar sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse
estado de continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja
omissão, além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis – a quem se vem negando
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
traduz um incompreensível sentimento de desapreço pela autoridade, pelo valor e pelo
alto significado que reveste a Constituição da República (grifo nosso).
ATENÇÃO!
CPF: 016.331.825-50
1. O ambiente militar, por ser organizado com base na hierarquia e na disciplina, segue regras
próprias, mais rígidas e inflexíveis do que as regras do âmbito civil. A própria Constituição limita, aos
militares, de forma expressa, alguns direitos fundamentais aplicáveis aos servidores públicos civis, como os
direitos de filiação partidária, de sindicalização e de greve.
SALES -- CPF:
CF/88, art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
SILVA SALES
2. Aos empregados públicos da Administração Pública Indireta, como são regidos pela CLT, aplica-se
a Lei n.º 7.783/1989 (lei de greve do setor privado).
No dia 27/10/2016, o pleno do STF se debruçou sobre a matéria e entendeu que, assim como
acontece na iniciativa privada, em regra, o movimento paredista é uma suspensão do contrato de trabalho
(analogicamente, no âmbito da administração pública, é uma suspensão do vínculo funcional); logo, não há
que se falar em pagamento da remuneração dos servidores públicos que aderirem a greve.
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parte de que a Corte conhece. (RE 693456, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno,
julgado em 27/10/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-238 DIVULG 18-10-2017 PUBLIC 19-
10-2017, grifos nossos).
A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será
apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal. O Ministério Público deverá, de
CPF: 016.331.825-50
ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática
de delito (Lei n.º 7.783/1989, art. 15).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SALES -- CPF:
SILVA SALES
DA SILVA
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Em janeiro do ano 2000, o Congresso Nacional aprovou a Lei n.º 9.958/2000 que alterou a CLT para
criar as Comissões de Conciliação Prévia (CCP) e para permitir a execução de título executivo extrajudicial
na Justiça do Trabalho. A intenção era criar uma maneira de solucionar os conflitos trabalhistas fora do
Poder Judiciário, de maneira mais célere e ágil. Trata-se de um mecanismo de autocomposição, eis que o
conflito é resolvido sem a participação do Estado, pelas próprias partes, ou no sindicato ou na empresa.
As comissões de conciliação prévia não apreciam conflitos de direito coletivo do trabalho. Tentam
conciliar, somente, conflitos individuais do trabalho. Os sindicatos e as empresas (ou grupos de sindicatos
ou grupos de empresas) podem criar essas comissões, para possibilitar às partes que alcancem um acordo
sem um processo judicial.
Se a comissão foi instituída no âmbito de uma empresa, a composição será paritária, composta de,
no mínimo, dois e, no máximo, dez membros, observadas as seguintes regras: (i) a metade de seus
membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos empregados, em escrutínio secreto,
fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional; (ii) haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem
CPF: 016.331.825-50
os representantes titulares; (iii) o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano,
permitida uma recondução.
Se a comissão foi instituída no âmbito de um sindicato, a sua composição, constituição e normas de
funcionamento serão definidas em negociação coletiva (convenção ou acordo coletivo).
SALES -- CPF:
Para evitar perseguição, o empregador não pode dispensar arbitrariamente ou sem justa causa o
ADEMYR DA
empregado membro da CCP, titular ou suplente, até um ano após o final de seu mandato, com base na CLT,
PABLO ADEMYR
art. 625-B, § 1º. Os membros da comissão que não forem representantes dos empregados não gozam de
estabilidade. Eles serão diretamente indicados pelo empregador.
PABLO
CLT, Art. 625-B. A Comissão instituída no âmbito da empresa será composta de, no
mínimo, dois e, no máximo, dez membros, e observará as seguintes normas:
I - a metade de seus membros será indicada pelo empregador e outra metade eleita pelos
empregados, em escrutínio secreto, fiscalizado pelo sindicato de categoria profissional;
II - haverá na Comissão tantos suplentes quantos forem os representantes titulares;
III - o mandato dos seus membros, titulares e suplentes, é de um ano, permitida uma
recondução.
§ 1º É vedada a dispensados representantes dos empregados membros da Comissão de
Conciliação Prévia, titulares e suplentes, até um ano após o final do mandato, salvo se
cometerem falta grave, nos termos da lei (grifo nosso).
O período em que o membro da CCP (representante dos empregados) atuar como conciliador será
contado como tempo de efetivo trabalho, sendo, portanto, uma hipótese de interrupção do contrato de
trabalho (sem prestação de serviço e com salário).
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Pela CLT, se na localidade da prestação de serviços houver sido instituída a Comissão no âmbito da
empresa ou do sindicato da categoria, o conflito deverá ser submetido obrigatoriamente à CCP. Nesse
sentido, para que se pudesse levar o conflito ao Poder Judiciário, as partes deveriam juntar uma
“declaração da tentativa conciliatória frustrada” junto com a reclamação trabalhista. Sem essa tentativa
prévia de conciliação, o processo judicial seria extinto sem resolução do mérito.
CLT, Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de
Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a
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previsto no caput deste artigo, será a circunstância declarada na petição da ação intentada
perante a Justiça do Trabalho.
§ 4º Caso exista, na mesma localidade e para a mesma categoria, Comissão de empresa e
Comissão sindical, o interessado optará por uma delas submeter a sua demanda, sendo
competente aquela que primeiro conhecer do pedido (grifos nossos).
SALES -- CPF:
com a reclamação trabalhista foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF). A nossa Magna Corte
decidiu, no dia 13/05/2009, por maioria, em sede de liminar, que os conflitos trabalhistas poderiam ser
DA SILVA
submetidos ao Poder Judiciário sem que tenham sido analisadas anteriormente por uma comissão de
conciliação prévia. Mais recentemente, no dia 01/08/2018, julgando o mérito de três Ações Diretas de
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
Inconstitucionalidade, o Plenário do STF confirmou seu anterior entendimento, deixando expresso que essa
tentativa de conciliação prévia não é obrigatória. Portanto, por decisão do STF, a passagem pela CCP é
facultativa, de maneira que essas comissões, atualmente, são muito pouco utilizadas na prática.
PABLO
Notícias do STF. 01.08.2018. Plenário confirma que conciliação prévia não é obrigatória
para ajuizar ação trabalhista. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na
sessão extraordinária desta quarta-feira (1º), dar interpretação conforme a Constituição
Federal ao artigo 625-D da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que obrigava o
trabalhador a primeiro procurar a conciliação no caso de a demanda trabalhista ocorrer
em local que conte com uma Comissão de Conciliação Prévia, seja na empresa ou no
sindicato da categoria. Com isso, o empregado pode escolher entre a conciliação e
ingressar com reclamação trabalhista no Judiciário. A decisão foi tomada no julgamento
conjunto das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2139, 2160 e 2237, ajuizadas
por quatro partidos políticos (PCdoB, PSB, PT e PDT) e pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Comércio (CNTC). Em relação ao artigo 625-D, introduzido pela Lei
9.958/2000, todos os ministros presentes seguiram o voto da relatora, a presidente do
STF, ministra Cármen Lúcia, confirmando liminar concedida anteriormente pelo Plenário.
De acordo com a ministra, não cabe a legislação infraconstitucional expandir o rol de
exceções de direito ao acesso à Justiça. “Contrariaria a Constituição a interpretação do
artigo 625-D da CLT se reconhecesse a submissão da pretensão da Comissão de
Conciliação Prévia como requisito obrigatório para ajuizamento de reclamação trabalhista,
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a revelar óbice ao imediato acesso ao Poder Judiciário por escolha do próprio cidadão”,
afirmou. A presidente do STF apontou que o condicionamento do acesso à jurisdição ao
cumprimento dos requisitos alheios àqueles inerentes ao direito ao acesso à Justiça
contraria o inciso XXXV do artigo 5º da Constituição Federal (a lei não excluirá da
apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito). A ministra Cármen Lúcia
apontou ainda, citando os julgamentos da ADI 1074 e do Agravo de Instrumento (AI)
698626, que o Supremo reconheceu a desnecessidade de prévio cumprimento de
requisitos desproporcionais, procrastinatórios ou inviabilizadores para submissão do
pleito ao órgão judiciário. No entanto, a Presidente do STF ressaltou que esse
entendimento não exclui a idoneidade do subsistema previsto no artigo 625-D da CLT
(conciliação). “A legitimidade desse meio alternativo de resolução de conflitos baseia-se
na consensualidade, importante ferramenta para o acesso à ordem jurídica justa. O artigo
625-D e seus parágrafos devem ser reconhecidos como subsistema administrativo, apto a
buscar a pacificação social, cuja utilização deve ser estimulada e constantemente
atualizada, não configurando requisito essencial para o ajuizamento de reclamações
trabalhistas”, sustentou. (...) Divergência parcial. Os ministros Edson Fachin e Rosa Weber
divergiram parcialmente da relatora no tocante ao parágrafo único do artigo 625-E da CLT,
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impugnado na ADI 2237, o qual estabelece que o termo de conciliação é título executivo
extrajudicial e terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente
ressalvadas. Para ambos, a expressão “eficácia liberatória geral” é inconstitucional, mas
ficaram vencidos na votação (grifos nossos)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto da Relatora, Ministra Cármen
Lúcia (Presidente), julgou parcialmente procedentes os pedidos, para dar interpretação
conforme a Constituição ao art. 625-D, § 1º a § 4º, da Consolidação das Leis do Trabalho,
assentando que a Comissão de Conciliação Prévia constitui meio legítimo, mas não
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Rel. Ministra Carmen Lúcia, Ata n.º 25, de 01/08/2018. DJE n.º 159, divulgado em
06/08/2018, grifos nossos).
SILVA SALES
A partir da provocação das partes que, facultativamente, optaram por submeter a demanda à CCP,
PABLO ADEMYR
há um prazo de 10 dias para ocorrer a sessão conciliatória. Durante esse período, o prazo prescricional
ficará suspenso, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do
esgotamento dos 10 dias. Se houver acordo, será lavrado termo de conciliação, o qual terá eficácia
PABLO
liberatória geral (caso não haja ressalvas, o empregado não poderá rediscutir no Judiciário nenhuma
matéria referente ao seu extinto contrato de trabalho) e será título executivo extrajudicial(execução direta
na Justiça do Trabalho, sem a necessidade da fase de conhecimento).
CLT
Art. 625-E. Aceita a conciliação, será lavrado termo assinado pelo empregado, pelo
empregador ou seu proposto e pelos membros da Comissão, fornecendo-se cópia às
partes.
Parágrafo único. O termo de conciliação é título executivo extrajudicial e terá eficácia
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas.
Caso não haja acordo, será fornecida às partes declaração da tentativa conciliatória frustrada, que
deverá ser juntada à eventual e futura reclamação trabalhista.
CLT
Art. 625-D, § 2º Não prosperando a conciliação, será fornecida ao empregado e ao
empregador declaração da tentativa conciliatória frustrada com a descrição de seu objeto,
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firmada pelos membros da Comissão, que deverá ser juntada à eventual reclamação
trabalhista (grifos nossos).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
DA SILVA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF: pablosalescop@gmail·com
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26 RENÚNCIA E TRANSAÇÃO
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
PABLO SILVA SALES
DA SILVA CPF: 016.331.825-50
SALES -- CPF: pablosalescop@gmail·com
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empregado “hipersuficiente”: empregados que possuam diploma de nível superior e que ganhem salário
SILVA SALES
mensal igual ou superior a duas vezes o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Em 2020, o teto máximo do RGPS está em R$ 6.101,06. Logo, é considerado empregado hipersuficiente
DA SILVA
aqueles que tenham um diploma de nível superior (qualquer curso) e que percebam um salário mensal
igual ou superior a R$ 12.202,12.
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
CLT, Art. 444.As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação
das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao
trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades
PABLO
competentes.
Parágrafo único. A livre estipulação a que se refere o caput deste artigo aplica-se às
hipóteses previstas no art. 611-A desta Consolidação, com a mesma eficácia legal e
preponderância sobre os instrumentos coletivos, no caso de empregado portador de
diploma de nível superior e que perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o
limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social(grifos nossos).
CLT, art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:
I – pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais;
II –banco de horas anual;
III – intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas
superiores a seis horas;
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Obs.: o art. 611-A da CLT traz, em regra, direitos patrimoniais e direitos não relacionados a normas
de higiene, saúde e segurança do trabalho.
Não obstante, a própria Reforma Trabalhista de 2017 apresentou alguns direitos que não podem
ser suprimidos ou reduzidos, ainda que presentes em uma convenção coletiva ou acordo coletivo
(negociação coletiva), por constituir objeto ilícito.
CPF: 016.331.825-50
CLT, art. 611-B. Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de
trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos:
I -normas de identificação profissional, inclusive as anotações na Carteira de Trabalho e
Previdência Social;
II -seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
SALES -- CPF:
IV -salário-mínimo;
V - valor nominal do décimo terceiro salário;
DA SILVA
VIII -salário-família;
PABLO ADEMYR
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como normas de saúde, higiene e segurança do trabalho para os fins do disposto neste
artigo.
Obs.: o art. 611-B da CLT traz, em regra, direitos trabalhistas constitucionalmente assegurados e
direitos relacionados a normas de higiene, saúde e segurança do trabalho, o que reforça a tese de que
determinados direitos trabalhistas são realmente indisponíveis, mesmo em sede de negociação coletiva.
Por conseguinte, pode-se concluir que o princípio da indisponibilidade dos direitos trabalhistas foi
deveras relativizado com a Reforma Trabalhista de 2017 (principalmente para os empregados considerados
CPF: 016.331.825-50
“hipersuficientes”), mas, não foi suprimido por completo. Então, caso um empregado aceite expressamente
trabalhar por um salário inferior ao salário-mínimo e assine um documento nesse sentido, tal ajuste será
considerado ilícito e nulo de pleno direito, ainda que essa seja a real e verdadeira intenção do empregado,
porque, pelo princípio da indisponibilidade, tal direito não pode ser transacionado e nem renunciado, seja
SALES -- CPF:
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A Administração Pública é composta por entes e órgãos (Administração Direta) e por autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista (Administração Indireta). A Emenda
Constitucional n.º 19/1998 alterou o caput do art. 39 da CF/88 para permitir que a Administração Pública
contratasse por meio dos dois regimes: estatutário e celetista.
Ocorre que o Supremo Tribunal Federal (STF), em liminar parcialmente concedida, no dia
02.08.2007, na Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 2.135-4, suspendeu a eficácia do caput do art. 39
da CF/1988 e, destarte, voltou a vigorar a antiga redação do artigo, impondo o regime jurídico único à
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios (sem dualidade de regimes). Nessa trilha,
atualmente, vigora, no âmbito da União, a Lei Federal n.º 8.112/90 e, no âmbito do Distrito Federal, a Lei
Complementar Distrital n.º 840/2011 (estatutos dos respectivos servidores públicos).
Observe-se:
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Súmula n.º 243/TST. OPÇÃO PELO REGIME TRABALHISTA. SUPRESSÃO DAS VANTAGENS
ESTATUTÁRIAS. Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa, a opção do
funcionário público pelo regime trabalhista implica a renúncia dos direitos inerentes ao
regime estatutário.
CPF: 016.331.825-50
Pública direta ou indireta, devem passar pela prévia aprovação em concurso público, por força do art. 37 da
CF/88.
PABLO
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
II -a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do
cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
Portanto, apenas para os cargos de provimento em comissão não se exige a prévia aprovação em
concurso público. São cargos de livre nomeação e exoneração desde que assim disponha a lei que os criou.
OBSERVAÇÃO!
Os cargos de provimento em comissão não obedecem necessariamente ao regime celetista.
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contida no art. 37, II, da Constituição Federal de 1988. Assim sendo, aplicam-se à hipótese
os efeitos previstos na Súmula n.º 363 do TST.
A isonomia salarial não é aplicada aos empregados da administração pública direta, autárquica e
fundacional, em razão da vedação do art. 37, XIII, CF/88: “é vedada a vinculação ou equiparação de
quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público;”.
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A isonomia salarial é aplicada aos empregados das empresas públicas e sociedades de economia
SALES -- CPF:
mista exploradoras de atividade econômica, em razão do art. 173, § 1º, II, CF/88:
SILVA SALES
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Nada obstante, após a EC 19/98, o art. 41 da CF/1988 foi alterado para prever a estabilidade apenas
aos ocupantes de cargos públicos: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.” (CF/88, art. 41, caput).
Embora não haja previsão para “emprego público” no art. 41 da CF/1988, o TST mantém a redação do
inciso I da Súmula 390 intacta.
Mesmo que admitidos via concurso público, a estabilidade do art. 41 da CF/88 não é aplicada aos
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Embora não tenha a estabilidade do art. 41 da CF/88, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º
SALES -- CPF:
589.998, no dia 20 de março de 2013, o STF entendeu que é necessária a motivação do ato que dispensa o
empregado público sem justa causa de Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista prestadoras de
SILVA SALES
PARCIALEMENTE PROVIDO.
PABLO ADEMYR
I - Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo
aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC n.º 19/1998. Precedentes.
II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a
PABLO
O TST também possui entendimento sobre o tema, embora seja de 2007, anterior ao julgamento do
STF:
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Após a alteração realizada pela Emenda à Lei Orgânica do Distrito Federal n.º 99 de 2017, de acordo
com o texto legal, o teto remuneratório é aplicável a todas as empresas públicas e às sociedades de
economia mista distritais, inclusive as respectivas subsidiárias.
SALES -- CPF:
LODF, art. 19, X. Para fins do disposto no art. 37, XI, da Constituição da República
SILVA SALES
LODF, art. 19, § 5º. Aplica-se o disposto no inciso X a todas as empresas públicas e às
sociedades de economia mista distritais, e suas subsidiárias. (Parágrafo com a redação da
PABLO
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ATENÇÃO!
Essa Orientação Jurisprudencial n.º 225 foi cobrada na prova da segunda fase do último concurso
da PGDF (2013).
pessoa jurídica de direito público que não observa o prazo para pagamento das verbas
PABLO ADEMYR
É muito comum na Administração Pública que as atividades meios, como, por exemplo, limpeza e
vigilância, não sejam executadas por empregados públicos concursados. Os serviços são terceirizados e a
execução desses serviços é transferida para a empresa prestadora. No entanto, se houver fraude, não
haverá formação de vínculo empregatício direto entre trabalhador terceirizado e Administração Pública,
justamente pela falta de concurso público.
ATENÇÃO!
“Súmula 331, II, TST. A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não
gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II,
da CF/1988).”.
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ATENÇÃO!
Em harmonia com o decidido na ADC 16/DF pelo STF em 2010, somente no caso de demonstração
de conduta culposa dos entes integrantes da Administração Pública (órgãos, autarquias, fundações etc.) na
fiscalização do contrato administrativo é que poderá se responsabilizar esses entes, de forma subsidiária,
pelas obrigações trabalhistas não quitadas pela empresa prestadora. E essa responsabilidade não é
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automática. Não basta o mero inadimplemento das obrigações, é necessária a comprovação da culpa.
A decisão do STF motivou a modificação do item V da Súmula 331 pelo TST no ano de 2011.
No dia 24 de novembro de 2010, o STF, por maioria (9 a 1), ao julgar a Ação Declaratória de
Constitucionalidade n.º 16/DF, declarou constitucional o artigo 71, § 1°, da Lei n.º 8.666/93 (Lei de
DA SILVA
Licitações e Contratos). No mesmo passo, determinou, com efeitos vinculantes e erga omnes, que a
imputação de eventual responsabilidade subsidiária ao Ente Público em contratos de terceirização nunca se
ADEMYR DA
desse de forma automática ou pelo mero inadimplemento de verbas trabalhistas. Para a Excelsa Corte
PABLO ADEMYR
culpa esta que deveria ser demonstrada por critérios objetivos e claros relacionados à gestão do contrato
administrativo.
Mais recentemente, no dia 30 de março de 2017, o STF, novamente por maioria (6 a 5), apreciando
o Tema 246 da Repercussão Geral, nos termos do voto do Ministro Luiz Fux, fixou a seguinte tese de
repercussão geral (RE n.º 760.931/DF): "O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do
contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu
pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei n.º 8.666/93".
Não é pacífica a definição sobre de quem é o ônus da prova de comprovar judicialmente a culpa ou
a adequada fiscalização do contrato administrativo: se é do empregado terceirizado ou se é do ente
público. A princípio, analisando o julgamento do RE n.º 760.931/DF, o ônus da prova não seria do ente
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público (tese favorável à Administração Pública). Então, caberia ao empregado terceirizado o ônus de
provar a culpa in vigilando da Administração Pública na fiscalização do contrato administrativo.
Observa-se a notícia retirada do próprio site do STF:
Cármen Lúcia e pelos ministros Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Alexandre de
Moraes – lembrou, ao votar na sessão de 8 de fevereiro, que a Lei 9.032/1995 introduziu o
parágrafo 2º ao artigo 71 da Lei de Licitações para prever a responsabilidade solidária do
Poder Público sobre os encargos previdenciários. ‘Se quisesse, o legislador teria feito o
mesmo em relação aos encargos trabalhistas’, afirmou. ‘Se não o fez, é porque entende
que a administração pública já afere, no momento da licitação, a aptidão orçamentária e
financeira da empresa contratada’.
Relatora. O voto [vencido] da relatora, Ministra Rosa Weber, foi no sentido de que cabe à
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Todavia, é importante registrar que o Tribunal Superior do Trabalho (TST), por meio da SbDI-1, no
SILVA SALES
demonstrar que fiscalizou de forma adequada o contrato, para que não seja
responsabilizado. O fundamento da decisão é o chamado princípio da aptidão para a
prova, que vincula o ônus a quem possui mais e melhores condições de produzi-la.
‘Certamente não é o trabalhador, que sequer consegue ter acesso à documentação
relativa à regularização das obrigações decorrentes do contrato’, assinalou o relator,
ministro Cláudio Brandão.
O caso julgado envolve uma empregada da Contrate Gestão Empresarial Ltda., de Lauro
de Freitas (BA), contratada para prestar serviços ao Estado da Bahia. O juízo de primeiro
grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (BA) entenderam que o estado era
responsável subsidiariamente pelas parcelas devidas à empregada prestadora de serviços,
relativas à aplicação de normas coletivas.
Prova. No entanto, a Terceira Turma do TST, ao julgar recurso de revista, afastou a
responsabilidade da administração pública, com base no entendimento do Supremo
Tribunal Federal (STF) sobre a matéria. No julgamento do Recurso Extraordinário (RE)
760931, em 2017, o STF fixou a tese de repercussão geral (de observância obrigatória nos
processos que tratem do mesmo tema) de que o inadimplemento das obrigações
trabalhistas em favor dos empregados da empresa prestadora de serviço não transfere
automaticamente ao poder público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento,
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“seja em caráter solidário ou subsidiário”. No caso, a Turma concluiu que, de acordo com
a tese do STF, não havia nenhuma prova que permitisse concluir que houve culpa do
Estado da Bahia na fiscalização.
Nos embargos à SDI-1, a defesa da reclamante argumentou que é da administração
pública tomadora dos serviços o ônus de provar a efetiva fiscalização do contrato e das
medidas adotadas a fim de evitar dano ao trabalhador.
Fiscalização. O relator, ministro Cláudio Brandão, assinalou que, desde a fixação da tese
pelo STF, o TST passou a adotar o entendimento seguido pela Terceira Turma de que a
ausência de provas isentaria o tomador de serviço da responsabilidade pelas obrigações
oriundas do contrato de trabalho. No entanto, a seu ver, o STF não fixou balizas a respeito
das regras de distribuição do ônus da prova, ficando a definição a cargo do TST.
Segundo o ministro, a mesma lei (Lei 8.666/1993) que estabelece a ausência de
responsabilização automática da administração pública pela falta de cumprimento da
obrigação atribui ao tomador de serviço a prerrogativa da fiscalização do contrato (artigo
58, inciso III) e estabelece que é dele o dever de fiscalização, a ser executada por pessoa
especialmente designada (artigo 66). A lei ainda prevê como causa de extinção do
contrato o desatendimento das determinações da autoridade designada para fiscalizá-lo
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(artigo 78, inciso VII) e autoriza a retenção de parcelas resultantes de convênio se não
forem observadas as recomendações da fiscalização.
“No caso, o Tribunal Regional consignou que os documentos juntados aos autos pelo
estado são insuficientes para provar que houve diligência no cumprimento do dever de
fiscalização relativamente ao cumprimento das obrigações trabalhistas da empresa
terceirizada. Ou seja, não se desincumbiu do ônus que lhe cabia”, concluiu.
O voto do relator foi seguido pelos ministros Maria Cristina Peduzzi, Renato de Lacerda
Paiva, Lelio Bentes Corrêa, Vieira de Mello Filho, Aloysio Corrêa da Veiga, Márcio Amaro,
Walmir Oliveira da Costa, Augusto César, José Roberto Pimenta e Hugo Scheuermann.
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O TST possui o entendimento de que é ilegal a contratação por meio de empresa interposta,
SILVA SALES
acarretando, então, no reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com o tomador dos serviços,
salvo nas excepcionalidades dos casos de trabalho temporário e de serviço de vigilância. Ocorre que, no
DA SILVA
período anterior a 5 de outubro de 1988 (promulgação da CF/1988), não havia a exigência de concurso
ADEMYR DA
público, de maneira que é possível o reconhecimento do vínculo empregatício diretamente com o tomador
PABLO ADEMYR
dos serviços, ainda que este seja ente público, em relação ao período anterior à vigência da CF/1988.
Como já visto, após a CF/1988, em razão da vedação do princípio do concurso público, não há que
se falar em reconhecimento de vínculo diretamente com a Administração Pública. “Súmula 331, II, TST. A
contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os
órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988).”.
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O dono da obra, por não possuir previsão legal específica, não responde (solidária ou
subsidiariamente) pelas obrigações trabalhistas contratadas pelo empreiteiro, em razão de não ser uma
construtora ou incorporadora e não ter o mesmo objeto social do empreiteiro. Todavia, se tiver o mesmo
ramo de atividade econômica e for uma construtora/incorporadora, o dono da obra responde
subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas inadimplidas pelo empreiteiro.
ATENÇÃO!
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OBSERVAÇÃO!
Não há relação jurídica entre a Administração Pública e as empresas quarteirizadas, mas apenas
entre a Administração Pública e a empresa gerenciadora, razão pela qual o Estado não possui
responsabilidade pelos atos praticados pelas quarteirizadas.
“Súmula 50/TST. GRATIFICAÇÃO NATALINA. A gratificação natalina, instituída pela Lei n.º 4.090, de
13.07.1962, é devida pela empresa cessionária ao servidor público cedido enquanto durar a cessão.”
DE HOMOLOGAÇÃO
SILVA SALES
A equiparação salarial não prevalece quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de
DA SILVA
carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou de negociação coletiva, plano de cargos e
salários, dispensada qualquer forma de homologação ou registro em órgão público (CLT, art. 461, §2º).
ADEMYR DA
PABLO ADEMYR
ATENÇÃO!
Essa alteração legal, trazida pela Reforma Trabalhista de 2017, vai de encontro à Súmula 6 do TST.
PABLO
Súmula 6, I, TST. Para os fins previstos no § 2º do art. 461 da CLT, só é válido o quadro de
pessoal organizado em carreira quando homologado pelo Ministério do Trabalho,
excluindo-se, apenas, dessa exigência o quadro de carreira das entidades de direito
público da administração direta, autárquica e fundacional aprovado por ato administrativo
da autoridade competente.
Por existir expressa vedação constitucional, não cabe equiparação salarial entre servidores públicos
da administração pública direta, autárquica e fundacional, ainda que sejam contratados pelo regime
celetista.
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constitucional foi diverso. O art. 37, VII, da Constituição Federal de 1988 condicionou o pleno exercício do
direito de greve dos servidores públicos estatutários à edição de lei específica.
CF/88, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
CPF: 016.331.825-50
A Carta Magna, então, reza que a Administração Pública, direta e indireta, de qualquer dos poderes
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios observará que o direito de greve será exercido
nos termos e limites definidos em lei específica. O Supremo Tribunal Federal, em alusão à classificação de
SALES -- CPF:
eficácia das normas constitucionais, apontava que o art. 37, VII, da CF/88, era uma norma de eficácia
limitada. Ou seja, havia entendimento de que os servidores públicos só poderiam exercer o direito de greve
SILVA SALES
após a edição de uma lei específica que disciplinasse a matéria. Todavia, após uma mudança radical de
entendimento, o STF, em 25 de outubro de 2007, por unanimidade, no julgamento dos mandados de
DA SILVA
injunção 670, 708 e 712, adotando a teoria concretista geral, declarou a omissão do Congresso Nacional no
ADEMYR DA
que se refere ao dever constitucional de editar lei que regulamente o exercício do direito de greve no setor
PABLO ADEMYR
público e decidiu aplicar aos servidores públicos, no que couber, a Lei n.º 7.783/1989 (lei de greve do
setor privado).
PABLO
Trecho elucidativo do voto do decano da Corte, Ministro Celso de Mello, no Mandado de Injunção
708/DF:
Decorridos quase 19 anos da promulgação da vigente carta política, ainda não se registrou
– no que concerne à norma inscrita no art. 37, VII, da Constituição – a necessária
intervenção concretizadora do Congresso Nacional, que se absteve de editar, até o
presente momento, o ato legislativo essencial ao desenvolvimento da plena eficácia
jurídica do preceito constitucional em questão, não obstante esta Suprema Corte, em
19/05/1994, ao julgar o MI 20/DF, de que fui relator, houvesse reconhecido o estado de
mora (inconstitucional) do Poder Legislativo da União, que ainda subsiste, porque não
editada, até agora, a lei disciplinadora do exercício do direito de greve no serviço
público.
(...)
Não se pode tolerar sob pena de fraudar-se a vontade da Constituição, esse estado de
continuada, inaceitável, irrazoável e abusiva inércia do Congresso Nacional, cuja omissão,
além de lesiva ao direito dos servidores públicos civis – a quem se vem negando
arbitrariamente, o exercício do direito de greve, já assegurado pelo texto constitucional -,
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ATENÇÃO!
1.O ambiente militar, por ser organizado com base na hierarquia e na disciplina, segue regras
próprias, mais rígidas e inflexíveis do que as regras do âmbito civil. A própria Constituição limita, aos
militares, de forma expressa, alguns direitos fundamentais aplicáveis aos servidores públicos civis, como os
direitos de filiação partidária, de sindicalização e de greve.
CF/88, art. 142.As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de
qualquer destes, da lei e da ordem.
(...)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, aplicando-se lhes, além
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(...)
IV -ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V -o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos;
2. Aos empregados públicos da Administração Pública Indireta, como são regidos pela CLT, aplica-se
a lei 7.783/1989 (lei de greve do setor privado).
No dia 27 de outubro de 2016, o pleno do STF se debruçou sobre a matéria e entendeu que, assim
como acontece na iniciativa privada, em regra, o movimento paredista é uma suspensão do contrato de
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No dia 6 de abril de 2021, o STF fixou a seguinte tese: A equiparação de remuneração entre
empregados da empresa tomadora de serviços e empregados da empresa contratada (terceirizada) fere o
princípio da livre iniciativa, por se tratar de agentes econômicos distintos, que não podem estar sujeitos a
decisões empresariais que não são suas".
Votaram nesse sentido os Ministros Roberto Barroso, Redator para o acórdão, Cármen Lúcia, Nunes
Marques e Luiz Fux (Presidente). Os Ministros Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, que
também deram provimento ao recurso em assentada anterior, fixaram tese diversa. Os Ministros Marco
Aurélio (Relator), Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e Rosa Weber, vencidos no mérito, fixaram tese nos
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termos de seus votos. Plenário, Sessão Virtual de 19.3.2021 a 26.3.2021. (Leading Case:RE635546, Tema
383, Relator Ministro Marco Aurélio, DJE n.º 64, divulgado em 07/04/2021).
PABLO ADEMYR
PABLO DA SILVA
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