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SUMÁRIO
TEORIA GERAL DA SEGURIDADE SOCIAL........................................................................5
CONCEITO E ORGANIZAÇÃO ...................................................................................5
A SAÚDE NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ......................................................................5
A ASSISTÊNCIA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ...................................................5
A PREVIDÊNCIA SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ....................................................6
ORIGENS ..........................................................................................................6
EVOLUÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL ...........................................................7
FASES DO DESENVOLVIMENTO DA LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA NO BRASIL .......................8
QUESTÕES CESPE/UNB........................................................................................... 95
GABARITO ..................................................................................................... 106
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CONCEITO E ORGANIZAÇÃO
A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo
e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte
e idade avançada; proteção à maternidade, especialmente à gestante; proteção ao
trabalhador em situação de desemprego involuntário; salário-família e auxílio-reclusão para
os dependentes dos segurados de baixa renda; pensão por morte do segurado, homem ou
mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes.
ORIGENS
Unificação (1960 – 1977): Como cada categoria era abrangida por um Instituto
específico, houve uma profusão de normas, o que gerou a necessidade de unificação de
sistemas, para a realização uma fiscalização adequada. Assim, a unificação se fez a partir
da edição do Decreto 49.959/1960 (Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS). Fato
contínuo, o sistema submeteu-se à gerência de um único órgão: O INPS (Instituto Nacional
de Previdência Social), criado pelo Decreto 72/1966.
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ESTRUTURA DO SINPAS
IAPAS Arrecadar, fiscalizar e normatizar contribuições previdenciárias.
INPS Pagar benefícios.
INAMPS Promover a saúde.
DATAPREV Processar os dados da Previdência Social.
FUNABEM Amparar o menor carente.
LBA Amparar deficientes e pessoas carentes.
CEME Produzir medicamentos.
Princípios jurídicos são o alicerce do ordenamento jurídico. Segundo Roque Antônio Carraza
(In. Curso de Direito Constitucional Tributário), “princípio jurídico é um enunciado lógico,
implícito ou explícito, que, por sua grande generalidade, ocupa posição de preeminência nos
vastos quadrantes do Direito e, por isto mesmo, de modo inexorável, o entendimento e a
aplicação das normas jurídicas que com ele se conectam”.
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O CNPS reúne-se, ordinariamente, uma vez por mês, por convocação de seu Presidente, não
podendo ser adiada a reunião por mais de 15 (quinze) dias, se houver requerimento nesse
sentido da maioria dos conselheiros.
O Governo Federal será representado, nas cidades onde houver mais de uma Gerência-
Executiva, pelo Gerente-Executivo da Gerência-Executiva em que o CPS estiver instalado;
por outros Gerentes-Executivos; ou por servidores da Divisão ou do Serviço Benefícios ou
de Atendimento ou da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS de Gerência-
Executiva sediadas na cidade, ou de representante da Secretaria da Receita Federal do
Brasil, ou de representante da DATAPREV. Nas cidades onde houver apenas uma Gerência-
Executiva, o Governo será representado pelo Gerente-Executivo e pelos servidores da
Divisão ou do Serviço de Benefícios ou de Atendimento ou da Procuradoria Federal
Especializada junto ao INSS da Gerência-Executiva, ou de representante da Secretaria da
Receita Federal do Brasil, ou de representante da DATAPREV.
As funções dos conselheiros dos CPS não são remuneradas e seu exercício é considerado
serviço público relevante. A Previdência Social não se responsabiliza por eventuais
despesas com deslocamento ou estada dos conselheiros representantes da sociedade.
Nas cidades onde houver mais de uma Gerência-Executiva, o Conselho será instalado
naquela indicada pelo Gerente Regional do INSS cujas atribuições abranjam a referida
cidade.
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LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA
A lei é a principal fonte do Direito Previdenciário. As demais fontes são secundárias, tais
como a jurisprudência e a doutrina. A jurisprudência serve apenas como parâmetro de
interpretação e aplicação das leis, não tendo força por si só, ou seja, a jurisprudência não
gera obrigações. A doutrina, por sua vez, além de ter as mesmas limitações da
jurisprudência, ainda carrega em si um gravame: em muitos casos, ela é marcada por
posições divergentes, não servindo, portanto, como base sólida de aplicação jurídica.
A lei é levada ao conhecimento de todos com a sua publicação no Diário Oficial. Publicada a
lei, ninguém se escusa de cumpri-la, alegando que não a conhece (LICC, art. 3º). Sua força
obrigatória, todavia, está condicionada à sua vigência, ou seja, ao dia em que começou a
vigorar.
As próprias leis costumam indicar a data em que entrarão em vigor. Mas se uma lei nada
dispuser a respeito, entrará em vigor, no território nacional, 45 dias após a sua publicação.
Fora do País, o prazo é de 03 meses.
A interpretação da lei é autêntica quando o seu sentido é explicado por outra lei, ou pela
própria lei, em um dos seus dispositivos. É doutrinária quando provém dos doutrinadores. É
jurisprudencial quando feita pela jurisprudência. Também pode ser gramatical (sentido
literal da lei), lógica (reconstrução do pensamento do legislador), histórica (quando pensada
em relação ao momento em que foi elaborada), sistemática (busca da harmonização de uma
parte em relação ao todo), de direito comparado (quando se traçam diferenças e
semelhanças em relação à legislação de outro País), etc. É extensiva, quando se amplia o
sentido do texto para abranger situações semelhantes. Restritiva, quando se procura
conter o texto, para não abranger outras hipóteses. Teleológica ou social, quando analisado
o fim para o qual a lei se destina.
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Considera-se regime de previdência social aquele que ofereça aos segurados, no mínimo, os
benefícios de aposentadoria e pensão por morte.
O Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, autarquia federal com sede em Brasília -
Distrito Federal, vinculada ao Ministério da Previdência Social, tem por finalidade
promover o reconhecimento de direito ao recebimento de benefícios administrados pela
Previdência Social, assegurando agilidade, comodidade aos seus usuários e ampliação do
controle social.
A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de cada ano.
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EMPREGADOS
O trabalhador temporário que presta serviço a uma empresa, para atender à necessidade
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente, ou para atender a
acréscimo extraordinário de serviço, usando a intermediação de empresa locadora de mão-
de-obra temporária;
O servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como
pelas respectivas Autarquias e Fundações, por tempo determinado, para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público, nos termos do inciso IX do
art. 37 da Constituição Federal e da Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993;
O trabalhador rural contratado por produtor rural pessoa física, na forma do art. 14-A da
Lei nº 5.889, de 1973, para o exercício de atividades de natureza temporária por prazo não
superior a dois meses dentro do período de um ano.
EMPREGADO DOMÉSTICO
TRABALHADOR AVULSO
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL
A pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral – garimpo –
em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com
ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não
contínua;
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O médico residente;
O diarista, assim entendido a pessoa física que, por conta própria, presta serviços de
natureza não contínua à pessoa ou à família no âmbito residencial destas, em atividade sem
fins lucrativos;
Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual a uma ou mais
empresas, fazendas, sítios, chácaras ou a um contribuinte individual, em um mesmo período
ou em períodos diferentes, sem relação de emprego;
SEGURADO ESPECIAL
Não se consideram segurados especiais os filhos menores de vinte e um anos, cujo pai e
mãe perderam a condição de segurados especiais, por motivo do exercício de outra
atividade remunerada, salvo se comprovarem o exercício da atividade rural individualmente.
Não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos e as filhas casados, os genros
e as noras, os sogros e as sogras, os tios e as tias, os sobrinhos e as sobrinhas, os primos e
as primas, os netos e as netas e os afins.
Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce
atividades rurais com o grupo familiar respectivo ou individualmente.
Não é segurado especial o membro de grupo familiar (somente ele) que possuir outra
fonte de rendimento, exceto se decorrente de:
O membro de conselho tutelar, quando não remunerado e desde que não esteja vinculado a
qualquer regime de Previdência Social;
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Considera-se inscrição de segurado para os efeitos da Previdência Social o ato pelo qual o
segurado é cadastrado no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos
dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização.
A inscrição do segurado especial será feita de forma a vinculá-lo ao seu respectivo grupo
familiar e conterá, além das informações pessoais, a identificação da forma do exercício da
atividade, se individual ou em regime de economia familiar; da condição no grupo familiar,
se titular ou componente; do tipo de ocupação do titular de acordo com tabela do Código
Brasileiro de Ocupações; da forma de ocupação do titular vinculando-o à propriedade ou
embarcação em que trabalha, da propriedade em que desenvolve a atividade, se nela reside
ou o município onde reside e, quando for o caso, a identificação e inscrição da pessoa
responsável pelo grupo familiar.
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O segurado especial integrante de grupo familiar que não seja proprietário do imóvel rural
ou da embarcação em que desenvolve sua atividade deve informar, no ato da inscrição,
conforme o caso, o nome e o CPF do parceiro ou meeiro outorgante, arrendador, comodante
ou assemelhado.
Filiação é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência
social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações. A filiação à previdência social
decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada para os segurados
obrigatórios, e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o
segurado facultativo.
Empregador doméstico é aquele que admite a seu serviço, mediante remuneração, sem
finalidade lucrativa, empregado doméstico.
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SITUAÇÕES ESPECIAIS
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Para aferir a qualidade de segurado, é mister observar uma das seguintes condições: estar
contribuindo ou, se não estiver, estar no período de graça.
PERÍODO DE GRAÇA
b) Três meses: O segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço terá
período de graça de três meses a contar do licenciamento.
CASOS ESPECIAIS
DEPENDENTES NO RGPS
Na ausência do arrimo da família, a sociedade houve por bem dar a proteção social aos que
dele dependiam. Assim, criou-se a figura do dependente como beneficiário da Previdência
Social. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de
dependentes do segurado:
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante
apresentação de termo judicial de tutela.
O cônjuge perde a qualidade de dependente pela separação judicial ou o divórcio, desde que
não receba pensão alimentícia, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença
judicial transitada em julgado.
Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos,
observando que a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença que a
concede. E para os dependentes em geral, pela cessação da invalidez; ou pelo falecimento.
CARÊNCIA
Exemplo:
Segurado empregado
Requerimento de auxílio-doença
Data de Entrada do Requerimento: 25/10/2004
Períodos de atividade:
- 30/1/98 a 30/6/98 = seis contribuições
- 12/3/2003 a 6/4/2003 = duas contribuições
- 9/7/2003 a 15/9/2003 = três contribuições
- 27/4/2004 a 30/6/2004 = três contribuições
Análise:
a) ocorreu perda da qualidade de segurado entre julho/1998 a fevereiro/2003;
b) possui, posteriormente, a perda da qualidade de segurado, 1/3 (um terço) da carência exigida,
que somadas às anteriores atendem ao número mínimo de contribuições exigidas para a espécie de
benefício requerido.
Conclusão: O segurado faz jus ao benefício, tendo em vista que após a perda da qualidade de
segurado, cumpriu um terço 1/3 (um terço) da carência, sem perda da qualidade de segurado, que,
somadas às anteriores, atende ao total da carência exigida.
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Exemplo:
Data de Entrada do Requerimento = 10/3/2006
Parto = 5/3/2006
Períodos de atividade:
- Empregada: 1º/1/2004 a 27/8/2004 = oito contribuições;
- Contribuinte individual: 7/11/2005 a 5/3/2006 = cinco contribuições.
Análise:
I - ocorreu perda da qualidade de segurado em 16/10/2005;
II – possui, posteriormente à perda da qualidade de segurado, 1/3 (um terço) da carência após a
nova filiação, que, somadas às anteriores, cumpre o total da carência exigida.
Conclusão: A segurada faz jus ao benefício, tendo em vista que após a perda da qualidade de
segurado, cumpriu um terço 1/3 (um terço) da carência, sem perda da qualidade de segurado, que,
somadas às anteriores, atende ao total da carência exigida.
O segurado poderá optar pela não incidência do fator previdenciário, quando o total
resultante da doma de sua idade e de seu tempo de contribuição, incluídas as
frações, na data de requerimento da aposentadoria, for igual ou superior a:
Observações:
Da mesma forma, nenhum benefício do RGPS será pago em valor acima do teto
previdenciário, com exceção do salário-maternidade das seguradas empregada e
trabalhadora avulsa, que podem ultrapassar esse valor.
O abono anual, conhecido como décimo terceiro salário ou gratificação natalina, é devido
aos beneficiários do RGPS e corresponde ao valor da renda mensal do benefício no mês de
dezembro ou no mês da alta ou da cessação do benefício, para o segurado que recebeu
auxílio-doença, auxílio-acidente, aposentadoria, salário-maternidade, pensão por morte ou
auxílio-reclusão.
Os benefícios com renda mensal superior a um salário mínimo serão pagos do primeiro ao
quinto dia útil do mês subsequente ao de sua competência, observada a distribuição
proporcional do número de beneficiários por dia de pagamento. Os benefícios com renda
mensal no valor de até um salário mínimo serão pagos no período compreendido entre o
quinto dia útil que anteceder o final do mês de sua competência e o quinto dia útil do mês
subsequente, observada a distribuição proporcional dos beneficiários por dia de pagamento.
O primeiro pagamento do benefício será efetuado até quarenta e cinco dias após a data da
apresentação, pelo segurado, da documentação necessária a sua concessão.
Os benefícios poderão ser pagos mediante depósito em conta corrente bancária em nome
do beneficiário. Na hipótese da falta de movimentação relativo a saque em conta corrente
cujos depósitos sejam decorrentes exclusivamente de pagamento de benefícios, por prazo
superior a sessenta dias, os valores dos benefícios remanescentes serão estornados e
creditados à Conta Única do Tesouro Nacional, com a identificação de sua origem.
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SALÁRIO MATERNIDADE
Em princípio, o prazo começa a fluir a partir da data dos fatos geradores (parto, adoção ou
aborto). Contudo, no caso de parto, as seguradas em exercício de atividade podem
requerer o benefício até 28 dias antes do parto (com término 91 dias depois dele). Em
casos excepcionais, os períodos de repouso anterior ou posterior ao parto podem ser
aumentados de mais duas semanas, mediante apresentação de atestado médico específico.
Regras específicas:
O salário-maternidade é o único benefício que pode ser pago acima do teto, e sobre
a sua remuneração incide contribuição previdenciária.
O salário-maternidade não pode ser acumulado com benefício por incapacidade. Quando
ocorrer incapacidade em concomitância com o período de pagamento do salário-
maternidade, o benefício por incapacidade, conforme o caso, deverá ser suspenso enquanto
perdurar o referido pagamento, ou terá sua data de início adiada para o primeiro dia
seguinte ao término do período de cento e vinte dias.
O pagamento do benefício deverá ser requerido até o último dia do prazo previsto
para o término do salário-maternidade originário e será pago diretamente pela
Previdência Social durante o período entre a data do óbito e o último dia do término
do salário-maternidade originário e será calculado sobre a remuneração integral,
para o empregado e trabalhador avulso; o último salário-de-contribuição, para o
empregado doméstico; 1/12 (um doze avos) da soma dos 12 (doze) últimos salários
de contribuição, apurados em um período não superior a 15 (quinze) meses, para o
contribuinte individual, facultativo e desempregado; e o valor do salário mínimo,
para o segurado especial. OBS: Aplica-se também ao segurado que adotar ou
obtiver guarda judicial para fins de adoção.
SALÁRIO-FAMÍLIA
Quando o salário-família for pago pela Previdência Social, no caso de empregado, não é
obrigatória a apresentação da certidão de nascimento do filho ou documentação relativa ao
equiparado, no ato do requerimento do benefício, uma vez que esta informação é de
responsabilidade da empresa, órgão gestor de mão-de-obra ou sindicato de trabalhadores
avulsos, no atestado de afastamento.
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Situações Específicas:
b) Verificação de direito adquirido – Não será concedida pensão por morte aos
dependentes do segurado que falecer após a perda desta qualidade, salvo se
preenchidos os requisitos para obtenção de aposentadoria. Em sendo verificado o
direito, “aposentar-se-á o morto” para que se possa gerar a pensão por morte em
favor de seus dependentes, sem efeitos pecuniários anteriores ao óbito.
c) A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha
ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que
reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez
até a data do óbito do segurado. O dependente menor de idade que se invalidar antes
de completar vinte e um anos deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se
extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez.
d) O pensionista inválido está obrigado, até os 60 (sessenta) anos de idade e sob pena de
suspensão do benefício, a submeter-se a exame médico a cargo da previdência social,
processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento
dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue, que são
facultativos.
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e) A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em
parte iguais. Reverterá em favor dos demais a parte daquele cujo direito à pensão
cessar.
f) A pensão poderá ser concedida, em caráter provisório, por morte presumida, mediante
sentença declaratória de ausência, expedida por autoridade judiciária, a contar da data
de sua emissão; ou em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catástrofe,
acidente ou desastre, a contar da data da ocorrência, mediante prova hábil. Contudo,
verificado o reaparecimento do segurado, o pagamento da pensão cessa imediatamente,
ficando os dependentes desobrigados da reposição dos valores recebidos, salvo má-fé.
II - para filho, pessoa a ele equiparada ou irmão, de ambos os sexos, ao completar 21 (vinte
e um) anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência;
OBS: Após o transcurso de pelo menos 3 (três) anos e desde que nesse período se verifique o
incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos,
correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser
fixadas, em números inteiros, novas idades para formação da tabela supra, em ato do Ministro
de Estado da Previdência Social, limitado o acréscimo na comparação com as idades anteriores
ao referido incremento.
Serão aplicados, conforme o caso, a regra contida na alínea “a” ou os prazos previstos na alínea
“c”, se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença
profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de 18 (dezoito) contribuições
mensais ou da comprovação de 2 (dois) anos de casamento ou de união estável.
Data do Início do Benefício da Pensão Por Morte - A pensão por morte será devida ao
conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
AUXÍLIO-RECLUSÃO
Forma de cálculo: Valor equivalente ao de uma aposentadoria por invalidez, sendo que o
valor final do benefício poderá ultrapassar o patamar de R$ 1.089,72.
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O valor da pensão por morte devida aos dependentes do segurado recluso que,
nessa condição, exercia atividade remunerada será obtido mediante a realização de
cálculo com base no novo tempo de contribuição e salários-de-contribuição
correspondentes, neles incluídas as contribuições recolhidas enquanto recluso,
facultada a opção pela pensão com valor correspondente ao do auxílio-reclusão.
AUXÍLIO-DOENÇA
O auxílio-doença pode ser concedido em três modalidades: na forma típica, que, em regra,
exigirá do segurado o cumprimento de uma carência mínima de 12 (doze) contribuições,
quando da ocorrência da incapacidade; em decorrência de acidente de qualquer natureza,
isenta de carência; ou em decorrência de acidente de trabalho, também isenta. Todos os
segurados podem gozar do benefício na forma típica ou em decorrência de acidente de
qualquer natureza; mas somente os segurados empregados, trabalhadores avulsos ou
especiais sofrem acidentes de trabalho.
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AUXÍLIO-DOENÇA TÍPICO
Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e por
exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou a redução permanente ou temporária da
capacidade laborativa.
O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação;
O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho na execução
de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; na prestação
espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar
proveito; em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta
dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-obra, independentemente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado; e no percurso da
residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
Nos casos de negligência quanto às normas de segurança e saúde do trabalho indicadas para
a proteção individual e coletiva, a previdência social proporá ação regressiva contra os
responsáveis.
O médico perito do INSS terá duas missões: Fixar a DID e a DII do segurado.
Após, dependendo do caso, deverá fixar a data de provável alta, que em princípio faz
cessar o benefício, sendo passível de revisão por pedido de prorrogação ou de
reconsideração, a critério do segurado.
Nos casos de impossibilidade de realização de perícia médica pelo órgão ou setor próprio
competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das
atividades e de atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá,
sem ônus para os segurados, celebrar, nos termos do regulamento, convênios, termos de
execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos
ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou
simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão, com órgãos e entidades
públicos ou que integrem o Sistema Único de Saúde (SUS);
Considerando que não será devido auxílio-doença ao segurado que se filiar ao RGPS já
portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, salvo
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou
lesão, a análise do direito ao auxílio-doença, após parecer médico-pericial, deverá levar em
consideração:
MÚLTIPLAS ATIVIDADES
Ao segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social, e
estando incapacitado para uma ou mais atividades, inclusive em decorrência de acidente do
trabalho, será concedido um único benefício.
Quando o segurado que exercer mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para
uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua
transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender
às demais atividades.
O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta
subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. Caso o
segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que
gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades
exercidas.
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CÁLCULO DO AUXÍLIO-DOENÇA
O auxílio-doença não poderá exceder a média aritmética simples dos últimos 12 (doze)
salários-de-contribuição, inclusive em caso de remuneração variável, ou, se não
alcançado o número de 12 (doze), a média aritmética simples dos salários-de-
contribuição existentes.
No caso da DII do segurado ser fixada quando este estiver em gozo de férias ou licença-
prêmio ou qualquer outro tipo de licença remunerada, o prazo de quinze dias de
responsabilidade da empresa, será contado a partir do dia seguinte ao término das férias
ou da licença.
CESSAÇÃO DO AUXÍLIO-DOENÇA
Cessará o auxílio-doença: a) por morte do segurado; b) por alta médica; c) pela concessão
de aposentadoria (por tempo de contribuição, especial ou por idade); d) pela conversão do
benefício em aposentadoria por invalidez; e) pela reabilitação do segurado em outra
atividade que lhe garanta subsistência.
jantar) aos beneficiários em programa profissional com duração de oito horas; e) diárias; f)
implemento profissional, que consiste no conjunto de materiais indispensáveis para o
desenvolvimento da formação ou do treinamento profissional, compreendendo material
didático, uniforme, instrumentos e equipamentos técnicos, inclusive os de proteção
individual (EPI); g) instrumento de trabalho, composto de um conjunto de materiais
imprescindíveis ao exercício de uma atividade laborativa, de acordo com o Programa de
Habilitação/Reabilitação Profissional desenvolvido.
A empresa com 100 (cem) ou mais empregados está obrigada a preencher de 2% (dois por
cento) a 5% (cinco por cento) dos seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção:
ADICIONAL DE ACOMPANHANTE
O adicional é devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal e é
recalculado quando o benefício que lhe deu origem é reajustado. A bonificação cessa com a
morte do aposentado, não sendo incorporado ao valor da pensão por morte.
AUXÍLIO-ACIDENTE
Assim, o auxílio-acidente somente será cessado pela morte do segurado ou pela concessão
de aposentadoria. Também será cessado se o segurado optar pela concessão de outro
auxílio-acidente, se mais vantajoso.
Não há exigência de idade mínima para fins de concessão dessa espécie de aposentadoria;
contudo, o benefício é calculado com base no salário-de-benefício, com incidência do fator
previdenciário. Assim, se um segurado se aposenta precocemente, acaba por receber
proventos reduzidos, em razão da parca idade e da alta expectativa de vida. A RMI da
aposentadoria por tempo de contribuição integral equivale a 100% do salário-de-benefício.
Assim como a aposentadoria por tempo de contribuição integral, a aposentadoria por tempo
de contribuição do professor é calculada com base no salário-de-benefício, com incidência
do fator previdenciário. A RMI também equivale a 100% do salário-de-benefício.
HOMENS MULHERES
53 ANOS DE IDADE 48 ANOS DE IDADE
30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO 25 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO +
+ PEDÁGIO PEDÁGIO
Assim como a aposentadoria por tempo de contribuição integral, a aposentadoria por tempo
de contribuição proporcional é calculada com base no salário-de-benefício, com incidência
do fator previdenciário. A RMI parte de 70% do salário-de-benefício.
A aposentadoria por idade rural é devida aos trabalhadores rurais, sejam eles empregados,
trabalhadores avulsos, contribuintes individuais ou segurados especiais, e sua concessão
depende do cumprimento dos seguintes requisitos:
Requisito próprio do benefício: Comprovação de atividade rural por, no mínimo, 180 meses,
imediatamente anteriores à data de entrada do requerimento da aposentadoria, ou à data
de implementação do requisito etário, mesmo que o exercício da atividade tenha se
realizado de forma descontínua.
APOSENTADORIA COMPULSÓRIA
APOSENTADORIA ESPECIAL
A aposentadoria especial, uma vez cumprida a carência mínima exigida (180 contribuições)
será devida ao segurado empregado, ao trabalhador avulso e ao cooperado filiado à
cooperativa de trabalho ou de produção (contribuinte individual), desde que tenha
trabalhado durante quinze, vinte ou vinte e cinco anos, conforme o caso, exposto de modo
permanente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física.
Para fazer jus à aposentadoria especial, o segurado deverá comprovar a efetiva exposição
aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à
saúde ou à integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício. Tal comprovação é realizada através da juntada, no processo administrativo de
aposentadoria, do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).
O PPP deverá ser atualizado sempre que houver alteração que implique mudança das
informações contidas nas suas seções, com a atualização feita pelo menos uma vez ao ano,
quando permanecerem inalteradas suas informações.
O PPP deverá ser assinado por representante legal da empresa, com poderes específicos
outorgados por procuração, contendo a indicação dos responsáveis técnicos legalmente
habilitados, por período, pelos registros ambientais e resultados de monitoração biológica,
observando que esta não necessita, obrigatoriamente, ser juntada ao processo, podendo ser
suprida por apresentação de declaração da empresa informando que o responsável pela
assinatura do PPP está autorizado a assinar o respectivo documento.
O Perito Médico Previdenciário - PMP emitirá parecer técnico na avaliação dos benefícios
por incapacidade e realizará análise médico-pericial dos benefícios de aposentadoria
especial, elaborando relatório conclusivo no processo administrativo ou judicial que trata da
concessão, revisão ou recurso dos referidos benefícios, inclusive para fins de custeio. A
conversão de tempo de atividade sob condições especiais em tempo de atividade comum
dar-se-á de acordo com a seguinte tabela:
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)
CÁLCULO DO BENEFÍCIO
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau
de deficiência alterado, o tempo de contribuição a cumprir será proporcionalmente
ajustado, considerando-se o número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral
sem deficiência e com deficiência, observado o grau de deficiência correspondente, nos
seguintes termos:
HOMENS
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER PARA 25 PARA 29 PARA 33 PARA 35
DE 25 ANOS 1,00 1,16 1,32 1,40
DE 29 AN0S 0,86 1,00 1,14 1,21
DE 33 ANOS 0,76 0,88 1,00 1,06
DE 35 ANOS 0,71 0,83 0,94 1,00
MULHERES
TEMPO A MULTIPLICADORES
CONVERTER PARA 20 PARA 24 PARA 28 PARA 30
DE 20 ANOS 1,00 1,20 1,40 1,50
DE 24 ANOS 0,83 1,00 1,17 1,25
DE 28 ANOS 0,71 0,86 1,00 1,07
DE 30 ANOS 0,67 0,80 0,93 1,00
O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo
de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo
necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e
para a conversão. Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem
deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação
da conversão.
85
HOMENS
TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 25 PARA 29 PARA 33
DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20
DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,25 1,45 1,65
DE 25 ANOS 0,60 0,80 1,00 1,16 1,32
DE 29 ANOS 0,52 0,69 0,86 1,00 1,14
DE 33 ANOS 0,45 0,61 0,76 0,88 1,00
MULHERES
TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES
PARA 15 PARA 20 PARA 24 PARA 25 PARA 28
DE 15 ANOS 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87
DE 20 ANOS 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40
DE 24 ANOS 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17
DE 25 ANOS 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12
DE 28 ANOS 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00
Na aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, a renda mensal inicial será de 70%
mais 1% do salário de benefício por grupo de 12 contribuições mensais. O valor dessa
aposentadoria não pode exceder a 100% do salário de benefício. Aplica-se facultativamente
o fator previdenciário.
86
Em regra, as aposentadorias por idade, por tempo de contribuição ou especial são pagas a
contar da data de entrada do requerimento formalizado pelo segurado. No entanto, ao
segurado desempregado fica resguardado o direito de receber a aposentadoria desde a
data do desligamento da ultima atividade, se requerida até o nonagésimo dia subsequente
ao do afastamento do trabalho.
QUALIDADE DE SEGURADO
O benefício concedido a segurado ou dependente não pode ser objeto de penhora, arresto
ou sequestro, sendo nula de pleno direito a sua venda ou cessão, ou a constituição de
qualquer ônus sobre ele, bem como a outorga de poderes irrevogáveis ou em causa própria
para seu recebimento, ressalvadas as seguintes prestações: Contribuições devidas pelo
segurado à previdência social; Pagamentos de benefícios além do devido, exceto se o erro
se der em razão de fraude; Imposto de renda na fonte; Alimentos decorrentes de
sentença judicial; Mensalidades de associações e demais entidades de aposentados
legalmente reconhecidas, desde que autorizadas por seus filiados, e mediante conveniência
administrativa do Setor de Benefícios do INSS; pagamento de empréstimos,
financiamentos, cartões de crédito e operações de arrendamento mercantil concedidos por
instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, ou por entidades
fechadas ou abertas de previdência complementar, públicas e privadas, quando
expressamente autorizado pelo beneficiário, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento)
do valor do benefício, sendo 5% (cinco por cento) destinados exclusivamente para: a)
amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito; ou b) utilização com a
finalidade de saque por meio do cartão de crédito.
87
Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de Previdência Social ou no serviço
público é assegurada a contagem recíproca do tempo de contribuição na atividade privada,
rural e urbana, e do tempo de contribuição ou de serviço na administração pública, hipótese
em que os diferentes sistemas de previdência social se compensarão financeiramente.
Não será computado como tempo de contribuição, para efeito dos benefícios previstos em
regimes próprios de previdência social, o período em que o segurado contribuinte individual
ou facultativo tiver contribuído na forma do Plano Simplificado de Previdência Social, salvo
se houver a respectiva complementação.
• Não será contado por um sistema o tempo de serviço utilizado para concessão de
aposentadoria pelo outro;
Quando a soma dos tempos de serviço ultrapassar 30 (trinta) anos, se do sexo feminino, e
35 (trinta e cinco) anos, se do sexo masculino, o excesso não será considerado para
qualquer efeito.
88
O tempo de contribuição para RPPS ou RGPS pode ser provado com certidão fornecida pelo
setor competente da administração federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, suas
autarquias e fundações relativamente ao tempo de contribuição para o respectivo RPPS; ou
pelo setor competente do INSS, quando o tempo de serviço/contribuição exercido estiver
amparado pelo RGPS.
JUSTIFICAÇÃO ADMINISTRATIVA
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
ACUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
Salvo no caso de direito adquirido, não é permitido o recebimento conjunto dos seguintes
benefícios, inclusive quando decorrentes de acidentes do trabalho:
Mais de um auxílio-acidente;
Mais de uma pensão deixada por cônjuge ou companheiro, facultado o direito de opção
pela mais vantajosa;
Pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro com auxílio-reclusão de cônjuge
ou companheiro, facultado o direito de opção pelo mais vantajoso;
RECURSOS ADMINISTRATIVOS
Das decisões proferidas pelo INSS poderão os interessados, quando não conformados,
interpor recurso ordinário às Juntas de Recursos do Conselho de Recursos da Previdência
Social.
Regimento Interno do CRPS. É de trinta dias o prazo comum às partes para a interposição
de recurso e para o oferecimento de contrarrazões, contados:
O recurso intempestivo do interessado não gera qualquer efeito, mas deve ser encaminhado
ao respectivo órgão julgador com as devidas contrarrazões do INSS, onde deve estar
apontada a ocorrência da intempestividade. Contudo, a intempestividade não impede a
revisão de ofício pelo INSS quando verificada a incorreção da decisão administrativa.
DO SERVIÇO SOCIAL
Compete ao Serviço Social esclarecer junto aos beneficiários seus direitos sociais e os
meios de exercê-los e estabelecer conjuntamente com eles o processo de solução dos
problemas que emergirem da sua relação com a Previdência Social, tanto no âmbito interno
da instituição como na dinâmica da sociedade. Será dada prioridade aos segurados em
benefício por incapacidade temporária e atenção especial aos aposentados e pensionistas.
Para assegurar o efetivo atendimento dos usuários serão utilizadas intervenção técnica,
assistência de natureza jurídica, ajuda material, recursos sociais, intercâmbio com
empresas e pesquisa social, inclusive mediante celebração de convênios, acordos ou
contratos. O Serviço Social terá como diretriz a participação do beneficiário na
implementação e no fortalecimento da política previdenciária, em articulação com as
associações e entidades de classe e prestará assessoramento técnico aos Estados e
Municípios na elaboração e implantação de suas propostas de trabalho.
92
ASSISTÊNCIA SOCIAL
OBJETIVOS
• A defesa de direitos, que visa a garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto
das provisões socioassistenciais.
PRINCÍPIOS
DIRETRIZES
A renda familiar mensal deverá ser declarada pelo requerente ou seu representante legal,
sujeitando-se aos demais procedimentos previstos no regulamento para o deferimento do
pedido.
É aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou
sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
94
Considera-se impedimento de longo prazo, aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de
2 (dois) anos.
© O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para
avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.
NOVIDADES DA LEI
O benefício de prestação continuada será suspenso pelo órgão concedente quando a pessoa
com deficiência exercer atividade remunerada, inclusive na condição de
microempreendedor individual.
QUESTÕES CESPE/UNB
3. O contribuinte individual que trabalha por conta própria, sem relação de emprego,
não faz jus à aposentadoria por tempo de contribuição.
4. Rita foi contratada para trabalhar na residência de Zuleica, em atividade sem fins
lucrativos, mediante o recebimento de um salário mínimo por mês. Nessa situação
hipotética, a contribuição destinada à seguridade social a cargo de Rita será de 8%
sobre o valor de um salário mínimo.
11. Conforme a Lei Orgânica da Saúde, o dever do Estado de garantir a saúde consiste
na formulação e na execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução
de riscos de doenças e de outros agravos, bem como ao estabelecimento de
condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para
promoção, proteção e recuperação da saúde.
14. O direito de requerer pensão por morte decai após dez anos da morte do segurado.
17. É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para
fins de atribuição da qualidade de dependentes.
18. A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do
segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a
respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico
nacional.
19. A lei prevê que o período de graça do segurado obrigatório seja acrescido de doze
meses no caso de ele estar desempregado, exigindo-se, em todo caso, conforme
entendimento do STJ e da Turma Nacional de Uniformização (TNU), que essa
situação seja comprovada por registro no órgão próprio do MTE.
20. O fator previdenciário só incidirá na aposentadoria por idade quando a sua aplicação
for mais vantajosa ao segurado.
26. Considere que Pedro explore, individualmente, em sua propriedade rural, atividade
de produtor agropecuário em área contínua equivalente a 3 módulos fiscais, em
região do Pantanal mato-grossense, e que, durante os meses de dezembro, janeiro e
fevereiro de cada ano, explore atividade turística na mesma propriedade,
fornecendo hospedagem rústica. Nessa situação, Pedro é considerado segurado
especial.
27. O valor dos benefícios de prestação continuada pagos pela previdência social,
inclusive o salário-maternidade, será calculado com base no salário-de-benefício.
28. Considere que Maria receba salário-maternidade. Nessa situação, não haverá
desconto da contribuição previdenciária do valor desse benefício.
30. Não se insere na condição de segurado especial o membro de grupo familiar que
possuir outra fonte de rendimento, salvo no caso de percepção dos benefícios de
pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do
menor benefício de prestação continuada da previdência social.
32. Como o direito à proteção da seguridade social, no Brasil, é garantido apenas aos
segurados de um dos regimes previdenciários previstos em lei, o indivíduo que não
contribui para nenhum desses regimes não faz jus à referida proteção.
33. Caso, no mês em curso, Pedro complete sessenta e cinco anos de idade, então, a
partir do próximo mês ele terá direito ao benefício da aposentadoria por idade,
cujo valor da renda mensal deverá ser de 100% do valor do salário-de-benefício.
34. O contribuinte individual que trabalhe por conta própria — sem vinculação a pessoa
jurídica, portanto — e o segurado facultativo que optarem pelo regime simplificado
de recolhimento — com arrecadação baseada na alíquota de 11% — não terão direito
a aposentar-se por tempo de contribuição.
35. De acordo com a CF, a gestão administrativa da seguridade social deve ser
tripartite, ou seja, formada por trabalhadores, empregadores e governo.
38. Pedro, segurado obrigatório do RGPS, era casado com Solange, brasileira e
empregada na embaixada do Sudão, de quem jamais se divorciou ou se separou
judicialmente. Atualmente, Pedro vive com Carla e é tutor de Sofia, com 12 anos de
idade, filha de seu irmão falecido. Com referência a essa situação hipotética, julgue
os itens seguintes quanto aos beneficiários do RGPS, na forma da Lei n.º
8.213/1991. Sofia pode figurar como dependente de Pedro, desde que essa
condição seja declarada e que seja demonstrada a dependência econômica.
39. Davi, segurado da previdência social, após sofrer acidente, passou a receber
auxílio-doença. Como as sequelas deixadas pelo acidente implicaram a redução da
sua capacidade para o trabalho que habitualmente exercia, Davi pleiteou o auxílio-
99
41. Via de regra, para a concessão da aposentadoria por idade no RGPS, é necessário,
além de ter completado a idade mínima exigida, que o requerente comprove o
recolhimento efetivo de cento e oitenta contribuições mensais; no caso de o
requerente ser segurado especial, ele deve provar tempo mínimo de efetivo
exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período
imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número
de meses de contribuições mensais exigido dos segurados não especiais.
43. Pedro mantém vínculo com o Regime Geral da Previdência Social (RGPS) há doze
anos e quatro meses, em função do exercício de atividade laboral na condição de
empregado de empresa privada urbana. Pedro é viúvo e mora em companhia de seu
único filho, Jorge, de dezenove anos de idade. Com referência a essa situação
hipotética, julgue os seguintes itens. Se Pedro vier a falecer no presente mês, seu
filho Jorge terá direito a pensão por morte, que consiste em renda mensal
correspondente a 91% da média aritmética simples dos maiores salários-de-
contribuição de Pedro.
46. Situação hipotética: Ricardo, segurado facultativo do RGPS, havia recolhido dez
contribuições mensais quando, devido a problemas financeiros, teve de deixar de
recolher novas contribuições durante nove meses. Após se restabelecer
financeiramente, Ricardo voltou a contribuir, mas, após quatro meses de
contribuição, ele foi acometido por uma doença que o incapacitou para o trabalho
durante vinte dias. Assertiva: Nessa situação, embora a doença de Ricardo exija
carência para o gozo do benefício de auxílio-doença, este perceberá o referido
auxílio devido ao fato de ter readquirido a qualidade de segurado a partir do
recolhimento de um terço do número de contribuições exigidas para o gozo do
auxílio-doença.
100
49. Desde que tenha sido intercalado com o exercício de atividade laborativa, o período
em que o segurado se beneficiar de auxílio-doença deverá ser considerado para fins
de cômputo de carência e para o cálculo do tempo de contribuição na concessão de
aposentadoria por invalidez, conforme entendimento do STF.
51. Ressalvada a pessoa com deficiência, em relação à qual inexiste limite máximo de
idade, o aprendiz, maior de quatorze e menor de vinte e quatro anos de idade, deve
contribuir na qualidade de segurado facultativo.
53. Apesar de a Emenda Constitucional n.º 20/1998 ter estabelecido um limite máximo
para o valor dos benefícios do RGPS, esse teto não se aplica ao salário-maternidade
da segurada empregada, devendo o valor do benefício, nesse caso, corresponder à
integralidade da remuneração da empregada, e cabendo à previdência social o seu
pagamento, salvo no tocante à prorrogação por sessenta dias da licença-
maternidade, cujo pagamento ficará a cargo do empregador.
54. Pedro, segurado da previdência social, foi dado como incapaz e insuscetível de
reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Nessa
situação, tendo sido cumprida a carência exigida, Pedro terá direito à
aposentadoria por invalidez após o gozo de, no mínimo, dois anos de auxílio-doença.
55. Considere que Joana, há seis meses trabalhando no seu primeiro emprego com
carteira assinada, sem nunca antes haver contribuído com a previdência social,
acaba de dar à luz a sua primeira filha. Nessa situação, Joana não terá direito ao
salário-maternidade, uma vez que a carência para usufruir desse benefício é de, no
mínimo, doze contribuições mensais ao regime geral de previdência social.
101
56. Conforme a Lei Orgânica de Seguridade Social, a seguridade social possui, entre
seus princípios e diretrizes, a irredutibilidade do valor dos benefícios, e, como
forma de garantir esse preceito, o seu financiamento deve ser realizado por duas
fontes — receitas da União e contribuições sociais das empresas empregadoras.
63. Produtor rural que exerça sua atividade em regime de economia familiar, sem
empregados permanentes, será isento de contribuição para a seguridade social.
67. A seguridade social é organizada sob a forma de regime geral único, gerido pelo
INSS, de caráter contributivo, observados os critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial.
102
72. A seguridade social é financiada por toda a sociedade, de forma indireta, nos
termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios.
73. Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus
ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência
econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a
primeira classe.
74. A incidência do fator previdenciário sobre o cálculo das aposentadorias por tempo
de contribuição contribui para a diminuição de aposentadorias de segurados muito
jovens, bem como para o equilíbrio atuarial do sistema previdenciário.
75. José abriu uma pequena padaria no bairro onde reside e contratou dez funcionários.
Durante os primeiros seis meses de funcionamento do estabelecimento comercial,
José arrecadou as contribuições previdenciárias de seus empregados, descontando-
as das respectivas remunerações, mas não recolheu esses valores aos cofres da
previdência social. Se, até antes do início da ação fiscal, José confessar a dívida e
efetuar espontaneamente o pagamento integral dos valores devidos, prestando as
devidas informações ao órgão da previdência social, a punibilidade de sua conduta
poderá ser extinta.
77. Para fazer jus à aposentadoria por idade prevista no RGPS, como trabalhador
urbano, deve o requerente comprovar, além da carência exigida em lei, ter
completado sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos, se mulher.
103
78. Para fins de obtenção de aposentadoria especial junto ao RGPS, o trabalhador deve
comprovar a exposição efetiva aos agentes nocivos por meio do perfil
profissiográfico previdenciário, documento que deve ser emitido pela empresa ou
por seu preposto e embasar-se em laudo técnico de condições ambientais do
trabalho.
82. Uma norma legal que apenas altere o prazo de recolhimento das contribuições
sociais destinadas à previdência social não se sujeitará ao princípio da
anterioridade.
88. Se um segurado da previdência social falecer e deixar como dependentes seus pais
e sua companheira, o benefício de pensão por sua morte deverá ser partilhado
entre esses três dependentes, na proporção de um terço para cada um.
89. Marcelo, que é segurado especial da seguridade social, por ser, na forma da
legislação especial, considerado pequeno produtor rural, foi eleito dirigente do
sindicato representativo dos pequenos produtores rurais. Nessa situação, Marcelo
passará a ser segurado na condição de contribuinte individual.
91. Na data do reajustamento, o valor dos benefícios do RGPS não poderá exceder o
limite máximo do salário-de-benefício, respeitados os direitos adquiridos, salvo no
caso da aposentadoria por invalidez, quando o segurado necessitar da assistência
permanente de outra pessoa, situação em que o valor será acrescido de 25%, ainda
que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo.
92. Dona de casa inscrita como segurada facultativa do RGPS poderá recolher
contribuições em atraso, desde que a primeira contribuição tenha sido recolhida
sem atraso e não seja ultrapassado o prazo de seis meses após a cessação das
contribuições.
98. José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão
mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é
considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de
dependente de João.
99. Prescrevem em dez anos as ações referentes à prestação por acidente de trabalho,
contados da data do acidente, quando dele resultar morte ou incapacidade
temporária do beneficiário, verificada em perícia médica a cargo da previdência
social; ou nos casos em que seja reconhecida a incapacidade permanente ou o
agravamento das sequelas do acidente.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
E C E C E C E C E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
C C E E C C E C E C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E C E E E C E E C C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C E E C E E C C C C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C E C C C E E C C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C E E E E C E E E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C C E E C E E E C E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C C E C C E C C C E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
E C C C E E E E E C
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C C C E C E C C E C