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CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 1

Carta ao Leitor
Concurseiros, elaboramos esse material sobre Instrumentalidade no Serviço Social e
Instrumentos Técnicos Operativo do Serviço Social. Esse conteúdo é sempre cobrado nos
concursos de serviço social, dessa forma esse material auxiliará em sua aprovação.
Concurseiros, esse material tem conteúdo, esquemas e questões comentadas que irá
auxiliar em seu aprendizado desse tema. Pedimos que não compartilhe esse material, nem
com FINS LUCRATIVOS e nem SEM FINS LUCRATIVOS, esse material é protegido pela lei de
direitos autorais, dessa forma a reprodução dele a terceiros sem a devida autorização do
grupo concurseiros de serviço social, constitui-se crime e quem o pratica está sujeito as
penalidades legais.
Esperamos que esse material te ajude em sua aprovação. Conheça também os nossos
outros materiais, temos certeza que vários deles poderão te ajudar. Concurseiro caso
necessite tirar alguma dúvida, ou fazer alguma reclamação, sugestão etc, entre em contato
conosco e teremos o prazer em auxiliá-lo.

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SUMÁRIO
INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL................................ 5
 5
CONCEITO DE INSTRUMENTALIDADE.................................................................................
 A INSTRUMENTALIDADE DO TRABALHO E O SERVIÇO SOCIAL........................................... 5
 INSTRUMENTALIDADE E POLÍTICA SOCIAL.......................................................................... 5
 NÍVEIS DA INSTRUMENTALIDADE VINCULADO A POLÍTICA SOCIAL.................................... 7
DIMENSÕES DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL................................................ 8
 DIMENSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA............................................................................... 9
 DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICO................................................................................................ 9
 DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA....................................................................................... 10
DIFERENÇA DE INSTRUMENTALIDADE , INSTRUMENTAL E INSTRUMENTOS............ 11
 INSTRUMENTALIDADE........................................................................................................ 12
 INSTRUMENTAL................................................................................................................... 12
 INSTRUMENTOS.................................................................................................................. 12
COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS.............................................................. 14
INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL.......................................... 14
 INSTRUMENTOS DIRETOS E INDIRETOS.............................................................................. 15
COMUNICAÇÃO/LINGUAGEM COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO...................... 16
REGISTRO DOS DOCUMENTOS................................................................................. 16
PRONTUÁRIO SOCIAL................................................................................................ 16
INSTRUÇÃO SOCIAL................................................................................................... 16
ESTUDO SOCIAL......................................................................................................... 17
PERÍCIA SOCIAL.......................................................................................................... 20
LAUDO SOCIAL........................................................................................................... 23
RELATÓRIO SOCIAL.................................................................................................... 25
 RELATÓRIO SOCIAL PARA FÁVERO...................................................................................... 26
 DIFERENÇA DE ESTUDO E RELATÓRIO SOCIAL.................................................................... 27
 RELATÓRIO SOCIAL PARA TONIOLO.................................................................................... 29
 RELATÓRIO SOCIAL PARA MAGALHÃES.............................................................................. 30
 DIFERENÇA DE RELATÓRIO E LAUDO SOCIAL...................................................................... 30
 TIPOS DE RELATÓRIO PARA MAGALHÃES........................................................................... 31
PARECER SOCIAL........................................................................................................ 37
 PARECER SOCIAL PARA FÁVERO.......................................................................................... 38
 PARECER SOCIAL PARA TONIOLO........................................................................................ 42
ENTREVISTA............................................................................................................... 47
 ENTREVISTA PARA MAGALHÃES......................................................................................... 48
 ENTREVISTA PARA MIOTO.................................................................................................. 50
 ENTREVISTA PARA LEWGOY E SILVEIRA.............................................................................. 52
VISITA DOMICILIAR.................................................................................................... 56
 VISITA DOMICILIAR PARA TONIOLO.................................................................................... 57
 VISITA DOMICILIAR PARA MIOTO....................................................................................... 57
 VISITA DOMICILIAR PARA FÁVERO...................................................................................... 58
 VISITA DOMICILIAR PARA AMARO...................................................................................... 58
 VISITA DOMICILIAR PARA MAGALHÃES.............................................................................. 59

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 VISITA DE INSPEÇÃO PARA MAGALHÃES............................................................................ 60
VISITA INSTITUCIONAL.............................................................................................. 61
GRUPO....................................................................................................................... 61
 GRUPO PARA MAGALHÃES................................................................................................. 62
 GRUPO PARA LAVORATTI E COSTA..................................................................................... 62
DINÂMICA DE GRUPO................................................................................................ 63
ATA DE REUNIÃO....................................................................................................... 64
REUNIÃO.................................................................................................................... 64
OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE.................................................................................... 65
DIÁRIO DE CAMPO..................................................................................................... 66
LIVRO DE REGISTRO................................................................................................... 66
MOBILIZAÇÃO DE COMUNIDADE.............................................................................. 66
ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS.................................................................................. 67
RESOLUÇÃO 557/2009, DE 15 DE SETEMBRO DE 2009 ............................................ 67
ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO SOCIAL A INDIVÍDUOS, GRUPOS E FAMÍLIAS 74
TRABALHO EM QUIPE INTERDISCIPLINAR, MULTIDISCIPLINAR E 79
TRANSDISCIPLINAR....................................................................................................
QUESTÕES COMENTADAS......................................................................................... 85

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INSTRUMENTALIDADE NO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL
Concurseiro, tudo que nesse tópico será colocado vem das contribuições da autora
Yolanda Guerra, essas contribuições estão contidas no artigo “A Instrumentalidade no
Trabalho do Assistente Social” publicado em 2007. Fique atento a todas as explanações pois
elas são muito cobradas nas provas de concurso de serviço social.

CONCEITO DE INSTRUMENTALIDADE
Para Guerra (2007) a instrumentalidade no exercício profissional refere-se, NÃO ao
CONJUNTO DE INSTRUMENTOS e TÉCNICAS, mas a uma determinada capacidade e
propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo sócio-histórico.
Nas questões você verá que o conceito cobrado é esse.
Yolanda Guerra entende a instrumentalidade como uma propriedade ou determinado
modo de ser que a profissão adquire no interior das relações sociais, no confronto entre as
condições objetivas e subjetivas do exercício profissional. Para ela a instrumentalidade é
vista como uma propriedade sócio-histórica da profissão, por possibilitar o atendimento
das demandas e o alcance de objetivos (profissionais e sociais), assim ela constitui-se numa
CONDIÇÃO CONCRETA de RECONHECIMENTO SOCIAL DA PROFISSÃO.

A INSTRUMENTALIDADE DO TRABALHO E O SERVIÇO SOCIAL


Como mencionado anteriormente, a instrumentalidade é uma propriedade e/ou
capacidade que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. É a
instrumentalidade que possibilita que os profissionais OBJETIVEM suas intencionalidades em
respostas profissionais.
É através da instrumentalidade que o assistente social modifica, transforma e altera as
condições objetivas, subjetivas e as relações interpessoais e sociais do cotidiano. Ao
alterarem o cotidiano profissional e das classes sociais que demandam a sua intervenção os
assistentes sociais estão dando instrumentalidade as suas ações.
Assim, a instrumentalidade é CONDIÇÃO NECESSÁRIA de todo trabalho social quanto
categoria constitutiva, um modo de ser de todo trabalho.

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INSTRUMENTALIDADE E POLÍTICA SOCIAL
Yolanda Guerra (2007) vai explicitar a relação e instrumentalidade na sociedade
capitalista no trabalho direto com as políticas sociais, ela afirma que a instrumentalidade na
sociedade capitalista converte-se em processo de instrumentalização das pessoas as quais
são utilizadas para a consecução de determinados objetivos. Assim, o Serviço Social surge
como uma forma do capital alcançar finalidades de cunho econômico e político,
caracterizando-se como um instrumento a serviço do capital.
É no estágio monopolista do capitalismo que a questão social intensifica-se
colocando-se como uma demanda contínua para a intervenção do Estado e com isso cria-se
um espaço de trabalho para o serviço social.
O Serviço Social, assim como qualquer profissão, surge a partir das necessidades
sociais para as quais seu conhecimento possa dar resolutividade ou resposta. É no campo
das políticas sociais, marcadamente em sua implementação, que se funda o espaço
sócio-ocupacional dos assistentes sociais.
O Estado no enfrentamento da questão social fragmenta-a em diversas modalidades a
partir de políticas sociais setoriais, onde o assistente social apresenta-se como o profissional
da ponta da política ao qual a população relaciona-se diretamente, atuando tanto na
reprodução da força de trabalho como na reprodução ampliada do capital.
O profissional, desse modo, insere-se na divisão sócio-técnica do trabalho na condição
de trabalhador assalariado subordinado aos ditames impostos pelo capital. Nesse sentido,
sua atuação fica restrita ao que lhe é imposto no espaço institucional em que está inserido.
A atuação do assistente social através das políticas sociais que tem caráter
compensatório e fragmentário em diversas áreas, fica atrelada a um duplo movimento:
impedem a apreensão das políticas sociais em sua totalidade, sempre vistas de modo
particular, onde as necessidades sociais são divididas em áreas; impõe a utilização de
instrumentos de trabalho, marcados pela imediaticidade das respostas.
Assim a instrumentalidade do Serviço Social pode ser pensada como uma condição
sócio-histórica de evolução da profissão.Tal instrumentalidade pode ser apreendida como
instrumento de manutenção da ordem burguesa e/ou a partir das respostas que atribui às
demandas que lhe são colocadas no espaço profissional e também como mediação. Veja a
seguir as características de cada uma delas.

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Níveis da Instrumentalidade vinculado a Políticas Sociais
A instrumentalidade no trabalho do/a Assistente Social, no que se refere à utilidade
social do Serviço Social, vinculado às Políticas Sociais, pode ser pensada de acordo com
Guerra (2007), como uma condição histórica da profissão, em três níveis:
 Instrumentalidade do Serviço Social Face ao Projeto Burguês: capacidade que a
profissão porta (dado ao caráter reformista e integrador das políticas sociais) de ser
convertida em instrumento, em meio de manutenção da ordem, a serviço do projeto
reformista da burguesia. Assim, o estado faz uso das políticas sociais (estratégia
histórica de controle da ordem social) e requisita o assistente social para atuar na
operacionalização dessas políticas.
 Instrumentalidade das Respostas Profissionais: Refere à sua peculiaridade operatória,
ao aspecto instrumental-operativo das respostas profissionais frente as demandas das
classes, aspecto este que permite o reconhecimento social da profissão, dado que, por
meio dele o Serviço Social pode responder às necessidades sociais que se traduzem (por
meio de muitas mediações) em demandas (antagônicas) advindas do capital e do
trabalho. Isto porque as diversas modalidades de intervenção profissional tem um
caráter instrumental, dado pelas requisições que tanto as classes hegemônicas quanto
as classes populares lhe fazem (p.8). Esse nível está diretamente ligado aos aspectos
instrumental-operativo e expressa-se em:
1) funções requisitadas (executar, implementar etc), no âmbito da representação da
força de trabalho;
2) No horizonte do exercício profissional: no cotidiano;
3) Nas modalidades de intervenção que lhe são exigidas pelas demandas das classes
sociais, em geral no nível do imediato.
De acordo com Guerra (2007), esses três casos são respostas manipulatórias,
fragmentadas, imediatista. O parâmetro de competência é a eficácia segundo a
racionalidade burguesa, são operações realizadas por ações instrumentais.
 Instrumentalidade como Mediação: Reconhecer a instrumentalidade como mediação
significa tomar o Serviço Social como totalidade constituída de múltiplas dimensões:
técnico-instrumental, teórico-intelectual, ético-política e formativa, e a
instrumentalidade como uma particularidade e como tal, campo de mediações que

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porta a capacidade tanto de articular estas dimensões quanto de ser o conduto pelo
qual as mesmas traduzem-se em respostas profissionais.
Para concluir esse tópico ressaltaremos mais uma vez que a instrumentalidade como
campo de mediação articula as dimensões técnico-instrumental (técnico-operativo),
teórico-intelectual (teórico-metodológico), ético-política e formativa e é também síntese
das mesmas. Assim, a instrumentalidade como mediação PERMITE a passagem dos
referenciais técnicos, teóricos, valorativos e políticos e sua concretização, de modo que
estes se traduzam em ações profissionais, em estratégias políticas, em instrumentos
técnicos-operativos. As dimensões se articulam entre si, se constituem uma relação de
unidade na diversidade, não existe sobreposição de uma sobre a outra, entretanto, a
dimensão técnico operativo é a forma de aparecer da profissão, é a dimensão pela qual o
serviço social é conhecido e reconhecido como profissão.
Você aprenderá um pouco mais sobre as dimensões no tópicos a seguir.

DIMENSÕES DO TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

Concurseiro, falaremos aqui sobre as dimensões do trabalho do assistente social.


Sabemos que a intervenção profissional do assistente social é constitutiva de diferentes
dimensões, dentre elas, as dimensões teórico-metodológica, ético-política e
técnico-operativa, essas vêm sendo objeto de constantes indagações nas provas de
concursos, é necessário que você conheça sobre cada uma delas. Para estudar esse tema
recorremos mais uma vez a Yolanda Guerra (2007) e suas contribuições contidas no artigo
“A Instrumentalidade no Trabalho do Assistente Social” e Santos (2013) no artigo “A
dimensão técnico-operativa e os instrumentos e técnicas no Serviço Social’’.
Antes de falar das dimensões propriamente ditas é necessário que você entenda e
conheça o conceito do que são dimensões. Para Santos (2002), as dimensões “são todos os
elementos que constituem e são constitutivos da profissão, intrínsecos à passagem da
finalidade ideal – que está no âmbito do pensamento, da projeção – à finalidade real –
âmbito da efetividade da ação. São as várias EXTENSÕES que determinam a profissão e suas
particularidades.
As dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa tanto para Guerra
(2007) como para Santos (2013) encontram-se presentes nas diferentes expressões do
exercício profissional: formativa, investigativa, organizativa e interventiva, elas constituem
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uma relação de unidade na diversidade apesar de se constituírem em uma relação
intrínseca, cada qual possui uma especificidade, uma natureza, um âmbito, assim não se
pode dizer que elas possuem a mesma IDENTIDADE, fique atento a isso em sua prova. A
dimensão técnico-operativa do Serviço Social é a que vai expressar as demais dimensões
(teórico-metodológica, ético-política).
Vamos colocar aqui as principais característica de cada dimensão para que você consiga
acertar todas as questões na hora de sua prova.

DIMENSÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA:
 Refere-se a capacidade de apreensão do método e das teorias e sua relação com a
prática, na ação profissional;
 Essa dimensão é necessária para uma intervenção qualificada, sem ela a intervenção do
profissional ficaria prejudicada, pois a teoria ilumina a prática, o significado social da
ação, ultrapassando o senso comum.
 Essa dimensão trata das diferentes teorias que contribuem com o conhecimento da
realidade. Realidade com a qual o assistente social vai trabalhar e que se expressa no
cotidiano profissional.
 Ela é a responsável por fornecer ao profissional um ângulo de leitura dos processos
sociais, de compreensão do significado social da ação, uma explicação da dinâmica da
vida social na sociedade capitalista. Possibilita a análise do real, onde ocorre a
intervenção.
DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICO:
 Essa dimensão está ligada ao compromisso social do serviço social com o projeto
ético-político;
 Essa dimensão trata dos diferentes compromissos que a profissão pode ter; das
intencionalidades das ações; implica tomada de posições, no entanto esse compromisso
a tomada de posições, no entanto esse compromisso e essas intencionalidades possuem
uma sustentação teórica – mesmo que não se tenha consciência disso. Ética é uma
reflexão crítica sobre os valores presentes na ação humana e se uma ação requer tomar
partido, há uma relação intrínseca entre ética e política.
 Essa dimensão não se restringe ao compromisso social genérico;

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 Essa dimensão envolve o projetar a ação em função dos valores e finalidades do
profissional, da instituição e da população.
 Ela é responsável pela avaliação das consequências de nossas ações – ou a não avaliação
dessas consequências. São as diferentes posições e partidos que os profissionais
assumem.
 No fazer do assistente social ela só pode ser vislumbrada se o profissional realizar ações
conscientes e críticas, vinculadas a um posicionamento político de defesa dos direitos
dos usuários;
 Não pode ser pensada desvinculada da política.
 Esta ligada a direção do Serviço Social no Brasil defendida no: Projeto Ético-Político,
Código de Ética, Lei 8.662 e Diretrizes Curriculares;

DIMENSÃO TÉCNICO-OPERATIVA:
 Essa dimensão trata da execução da ação que se planejou, tendo por base os valores, as
finalidades e a análise do real.
 Essa dimensão é a mais aproximada da prática profissional, propriamente dita, e, que
por ser assim, necessariamente, expressa e contém as demais dimensões.
 A dimensão técnico-operativa envolve um conjunto de estratégias, táticas e técnicas
instrumentalizadoras da ação, que efetivam o trabalho profissional, e que expressam
uma determinada teoria, um método, uma posição política e ética.
 Se constitui no modo de aparecer da profissão, pela qual ela é conhecida e
reconhecida.
 não pode ser considerada de maneira autônoma, uma vez que carrega em si as demais
dimensões.
 Não pode ser considerada neutra: possui caráter ético-político sustentado em
fundamentos teóricos.
 Guerra (2012) considera que, a dimensão técnico-operativa, como a razão de ser da
profissão, remete às competências instrumentais pelas quais a profissão é reconhecida e
legitimada.
Concurseiro, confira o nosso esquema a seguir, ele vai te ajudar a entender melhor
sobre as adimensões.

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DIFERENÇA DE INSTRUMENTALIDADE , INSTRUMENTAL E INSTRUMENTOS
É importante que nos concursos você não confunda Instrumentalidade, com
Instrumental e com Instrumentos, para deixar claro as características de cada um desses
conceitos utilizamos as contribuições abordadas por Guerra (2007) em seu artigo “A
Instrumentalidade no Trabalho do Assistente Social” , Trindade (2001) em seu artigo
“Desvendando as determinações sócio-históricas do instrumental técnico-operativo do
Serviço Social na articulação entre demandas sociais e projetos profissionais” e
Santos(2013) no artigo “A dimensão técnico-operativa e os instrumentos e técnicas no
Serviço Social”. Fique atendo as seguintes explicações.

INSTRUMENTALIDADE

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Para Guerra (2007) uma propriedade e/ou capacidade que a profissão vai adquirindo na
medida em que concretiza objetivos. Ela possibilita que os profissionais objetivem sua
intencionalidade em respostas profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no
exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as
condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes num
determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. A instrumentalidade também
abrange a habilidade do uso dos instrumentos, mas não se restringe a ela.

INSTRUMENTAL:
Segundo Martinelli (1994) e também Trindade, é um conjunto articulado de
instrumentos e técnicas que permite a operacionalização da ação profissional (Concurseiro,
esse conceito exato já foi cobrado em provas de concurso). Dessa forma, as técnicas não são
portadoras de uma capacidade imanente de alcançar determinados resultados, pois são
mobilizadas a partir da capacidade teleológica dos sujeitos, no sentido de pôr finalidades, a
partir das necessidades presentes na realidade a ser transformada. Portanto, há um
conteúdo e uma direção social próprios ao uso das técnicas, que impossibilita qualquer
consideração sobre uma possível neutralidade técnica.
É importante destacar que Santos (2013) afirma que o instrumental técnico-operativo
possui um caráter histórico sendo influenciado pelas relações sociais postas na sociedade.
Outro elemento a ser destacado na escolha do instrumental se refere à necessidade do
profissional considerar as habilidades exigidas no manejo de cada instrumento e que o
conhecimento da realidade é imprescindível neste processo de escolha do instrumental.

INSTRUMENTOS
Eles são a estratégia que se realiza a ação. Para Santos (2013), Os instrumentos e
técnicas são tratados como um dos elementos constitutivos da dimensão técnico-operativa
(mas não são os únicos). Eles são partes constitutivas do instrumental técnico-operativo. Os
instrumentos têm caráter histórico.
A escolha do instrumento da ação é, necessariamente, direcionada a uma finalidade. Os
instrumentos são considerados como produto da ação humana, se constituindo como meios
de alcançar uma finalidade. Como os instrumentos são considerados meios de se alcançar
uma finalidade, Santos (2013) afirma que, ao escolher um determinado instrumento de ação

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o profissional deve ter clareza da finalidade que pretende alcançar: se está coerente com
as finalidades da profissão e se o instrumento escolhido permitirá a efetividade de tais
finalidades. Os assistentes sociais devem privilegiar a utilização de instrumentos de caráter
democrático, coletivo, menos burocrático, sempre alinhados com a realidade em que
intervém, buscando com isso está de acordo com os compromissos posto no Código de Ética
Profissional.
Um elemento fundamental no processo de escolha dos instrumentos que se refere à
autonomia profissional. Aqui é importante levar em consideração como desempenhar as
atividades determinadas pelas organizações, haja vista que o profissional deve ter
autonomia não só para emitir sua opinião técnica sobre a situação, mas também de
escolher os instrumentos que contribuirão para a obtenção desta opinião técnica.
A escolha dos instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social, pressupõe
escolhas teóricas, metodológicas e políticas. O/a Assistente Social tem a liberdade de
escolher os procedimentos técnicos a serem utilizados para a realização de uma ação na
prática profissional. Sua autonomia no exercício da profissão é garantida pelo Código de
Ética da profissão, no intuito de contribuir com o processo de investigação, conhecimento,
intervenção e avaliação de uma determinada situação. Fávero (2005) também afirma que “o
profissional deve ter autonomia frente ao órgãos requisitor na escolha de instrumentos de
estudo e observação (visita domiciliar, entrevista com colaterais etc.). Concurseiro, então
não se esqueça que o assistente social tem autonômia para escolher quais instrumentos
vai utilizar em seu trabalho.
Outro ponto a ser relembrado em seu estudo é que o assistente social utiliza
instrumentos herdados da tradição profissional. Algumas provas de concurso tentam induzir
você ao erro informando que o assistente social não pode fazer uso de instrumentos
herdados da tradição profissional, isso está errado. Como mencionado a pouco, o assistente
social utiliza instrumentos já secularizados na tradição profissional. Entretanto, o
direcionamento dado no uso dos instrumentos, é de responsabilidade de cada profissional.
Concurseiro, usar instrumentos herdados da tradição profissional também não significa
a inviabilidade a ruptura de práticas conservadoras. Lembre-se que desde o início do serviço
social, utiliza-se instrumentos como entrevistas, visitas domiciliares etc, o que muda é a
forma e o direcionamento que será dado no uso desse instrumental pelo profissional, a
partir da fundamentação teórica e do posicionamento ético.

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COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS:

Nós, assistentes sociais, temos a lei 8.662/93 que regulamenta nossa profissão, nessa lei
são mencionadas atribuições privativas e competências. Ao falar em atribuições privativas
do assistente social ela está afirmando que apenas o profissional de serviço social pode
realizar tal ação, nenhum outro profissional que não seja da área poderá executar a ação
que é privativa do assistente social. Quando a lei menciona competência, ela afirma que o
profissional está apto a realizar tal ação, entretanto, outros profissionais de outras áreas que
também sejam competentes podem executá-la.
Dessa forma o artigo n° 4 da lei de regulamentação da profissão, afirma como umas
competências do Assistente Social:
 Realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços
sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e
outras entidades;
No artigo n° 5 da mesma lei, afirma-se que é Atribuição Privativa do Assistente Social:
 Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social;
Concurseiro, analise o esquema que mostra as contribuições de Iamamoto sobre as
atribuições privativa.

ATENÇÃO

Algumas provas de concurso colocam a realização de estudos sócio-economicos como


atribuição privativa, cuidado isso é uma PEGADINHA. Como você viu isso é uma
competência.

INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

No atendimento aos usuários e as suas demandas faz-se necessário que o assistente


social faça uso dos instrumentos técnicos operativos, como: entrevistas, visitas domiciliares,
laudos sociais, parecer social etc. O assistente social, enquanto profissional que está inserido
na divisão social e técnica do trabalho, usa esses instrumentos, fundamentando-os nas bases
teórico-metodológica , ético-político e técnico-operativo.

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Segundo Guerra (2007), para usar os instrumentos é necessário que o assistente social
tenha habilidades e competências: teórico-metodológico, ético-político, técnico-operativa e
formativa.
Antes de você começar a estudar cada tipo de instrumento, tenha em mente mais uma
vez que o assistente social tem autonomia para escolher quais instrumentos de trabalho irá
utilizar em seu fazer profissional.

INSTRUMENTOS DIRETOS E INDIRETOS

Antes de começar a explicação sobre os diversos instrumentos de trabalho do assistente


social, é importante que você saiba que esses são divididos como: Diretos e Indiretos, essa
divisão vem sendo cobrada de forma recorrente nos concursos de serviço social.
Toniolo (2008) é um dos autores que faz essa divisão e, segundo ele, os Instrumentos
Diretos, também são chamados face a face e esses são aqueles onde o profissional tem um
contato com o usuário, onde ele conversa, onde ele o vê, onde ele pode analisar o sujeito.
Os instrumentos Indiretos são aqueles que usam a escrita, eles ocorrem após ser feito o
contato direto com o sujeito, é com esse instrumento que é registrado o trabalho que foi
feito. O autor faz uma divisão dos Instrumentos Direto e Indiretos. Nesse material iremos
trabalhar com os seguintes instrumentos:
Instrumentos de Trabalho Direto (Face a Face):
 Observação Participante
 Entrevista Individual ou Grupal
 Dinâmica de Grupo
 Reunião
 Mobilização de Comunidade
 Visita Domiciliar
 Visita Institucional
Instrumentos de Trabalho Indireto (Escritos):
 Ata de Reunião
 Livro de Registro
 Diário de Campo
 Parecer Social

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 Relatório Social
 Laudo Social
Vamos, agora, estudar esses instrumentos.

COMUNICAÇÃO/LINGUAGEM COMO INSTRUMENTO DE TRABALHO

O Serviço Social como uma das formas institucionalizadas de atuação nas relações entre
as pessoas no cotidiano da vida social tem como recurso básico de instrumental de trabalho
a comunicação/linguagem. A autora Iamamoto é que traz importantes contribuições sobre
essa colocação, para ela “o serviço social como uma das formas institucionalizadas na
relação entre os homens no cotidiano da vida social, tem como recurso básico de trabalho a
LINGUAGEM. São nos espaços organizacionais que vão se aprofundando a comunicação e
através dessas formas de comunicação o profissional. vai se aprofundando nas suas técnicas
interventivas”. Concurseiro, a linguagem como instrumento de trabalho tem sido cada vez
mais cobrada nas provas de concursos de serviço social.

REGISTROS DOS DOCUMENTOS


Fávero (2009) traz explanações importante sobre como deve ser escrito os documentos
que o assistente social elabora, esse tema já foi cobrado provas de concursos. Para a autora
“todos os registros que o assistente social junta aos autos serão, a partir daí, meios de
comunicação de mensagens. Comunica-se, então, uma mensagem de uma área específica do
conhecimento a profissionais de outras áreas do conhecimento, os quais, ao realizar a leitura,
o farão com determinados objetivos e a partir de determinadas perspectivas, nem sempre
coincidentes com as do profissional que emitiu a mensagem”.
Para a autora é fundamental que o assistente social conheça as normas da língua formal,
que faça uso da coerência, objetividade e clareza de linguagem, que estabeleça critérios
para destacar os dados mais significativos, que emita uma LINGUAGEM TÉCNICA.
O uso da linguagem técnica deve ser feito evitando referências literais a terminologias
ou conceitos muito específicos que, em vez de dar clareza à informação, poderão deixar
pontos obscuros ou levar o magistrado a não considerá-la por não compreendê-la
integralmente.
Atente-se ao fato de que o que deve ser evitado são “referências literais a terminologias
ou conceitos muito específicos” e não a linguagem técnica em si.

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PRONTUÁRIO SOCIAL
O prontuário social é um instrumento técnico que tem como objetivo contribuir para a
organização e qualificação do conjunto de informações necessárias ao diagnóstico,
planejamento e acompanhamento do trabalho social realizado com as famílias/indivíduos.
Com ele o assistente social vai ter se ter um registro organizado e sistemático dos
relatórios de entrevistas, de visitas, de fichas sociais e demais documentos pertencentes a
cada usuário.

INSTRUÇÃO SOCIAL
Os assistentes sociais que atuam no campo sociojurídico, tem como uma de suas
atribuições as instruções sociais de processo. De acordo com Fávero (2013, p.1) “a instrução
social faz parte da instrução processual, ou seja, conhecimentos da área de Serviço Social,
registrados em um informe, um relatório, um laudo ou um parecer, servem de referência ou
prova documental que vai contribuir para formar o processo, para informar a ação sobre a
qual o magistrado decide”.

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ESTUDO SOCIAL
Concurseiro, as informações aqui contidas são do livro “Estudo Social em Perícias
Laudos e Parecer Técnicos” e do artigo “Instruções sociais de processos, sentenças e
decisões”, ambos da autora Eunice Teresinha Fávero.
Antes de começarmos a explanar sobre as atuais contribuições sobre o estudo social no
dias atuais, é necessário que você saiba que historicamente, o trabalho do assistente social
no judiciário, no que se refere ao estudo social, foi orientado pelo Serviço Social de Caso
originado nos Estados Unidos e que influenciou fortemente a profissão no Brasil. O Serviço
Social de Casos propõe uma abordagem individual e etapas metodológicas ou operativas
para análises das problemáticas individuais, as quais são: investigação, diagnóstico e
tratamento. Esse modelo de abordagem individual bem como suas etapas metodológicas,
pautados em perspectivas psicologizantes, influenciaram o estudo social no país mesmo
após o movimento de reconceituação. A autora ainda aponta que posteriormente a esse
movimento ocorreram algumas modificações na elaboração do estudo social, porém,
particularmente ligadas a mudanças específicas no pensamento de alguns profissionais, o
que não foi algo hegemônico da categoria e sim individual.
Agora, abordando o estudo social nos dias atuais é importante que saibamos que para
Fávero (2013, p.2), a construção do conhecimento na área do Serviço Social acerca de uma
situação processual acontece geralmente por meio dele. No meio Judiciário, o estudo social,
com a finalidade de oferecer elementos para a decisão judicial, pode ser denominado
perícia social. O profissional poderá registrar esse conhecimento por meio de alguns
documentos, entre eles, a informação técnica, o relatório, o laudo e o parecer,
documentação essa objeto de detalhamento mais à frente. É fundamental ter clareza de
qual é o objeto de conhecimento do Serviço Social em uma determinada demanda que
chega para o assistente social – trata-se de um objeto delimitado por ele, ainda que
relacionado às peculiaridades socioinstitucionais, tal como as demais especificidades e
particularidades do trabalho profissional.
Fávero (2005), afirma que o estudo social é um PROCESSO METODOLÓGICO ESPECÍFICO
DO SERVIÇO SOCIAL e ele tem por finalidade CONHECER com profundidade , e de forma
crítica, uma determinada EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL, especialmente nos seus
aspectos SOCIOECONOMICOS e CULTURAIS. Atente-se concurseiro, que o estudo social não

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 18


resume-se a um único documento, assim se na sua prova de concurso vier mencionando que
o estudo social é um documento estará errado.
No estudo social o assistente social estuda a situação e pauta-se pelo que é expresso
verbalmente e pelo que não é falado. O assistente social constrói o estudo através de
observações, entrevistas, pesquisas documentais e bibliográficas. Assim, ao realizar o
Estudo Social o assistente social tem a prerrogativa de definir os meios necessários para
atingir a finalidade de sua ação, ou seja, é o profissional que irá, através de uma ação
refletida e planejada, definir quais os conhecimentos ele deve acessar, de que forma eles
serão usados, quais os instrumentos ele usará para tal ação.

O estudo social é sistematizado, com MAIOR ou MENOR grau de detalhamento, através


do relatório social, laudo social e parecer social. Deve-se ressaltar também que NÃO EXISTE
NEUTRALIDADE no estudo social , pois o assistente social ao realizar tal estudo tem a sua
ação impregnada pela sua visão de mundo, por seus valores etc.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 19


Esse estudo social deve ser utilizado para a garantia e ampliação de direitos dos usuários,
para isso ele deve ter por base o projeto ético-político da profissão. O estudo social
expresso em relatórios ou laudos sociais deve ser elaborado com base na situação e na
história do usuário, esse estudo deve abranger questões mais amplas, para além das
demandas imediatas, individuais e focalizadas.
Geralmente, o estudo social é usado como suporte fundamental para a aplicação do ECA.
Concurseiro, não existe um modelo ideal de estudo social considerado ‘’ideal”, pois eles são
elaborados por diferentes profissionais e traz suas peculiaridades de acordo com cada
realidade.
É importante destacar que Fávero também afirma que o estudo social, no sistema de
justiça, pode ser denominado de perícia social, pois “ é realizado com a finalidade de instruir
o processo com conhecimentos da área de Serviço Social” (2009, p.21).
QUADRO SÍNTESE SOBRE ESTUDO SOCIAL
QUAL FINALIDADE DO ESTUDO SOCIAL??
Conhecer e interpretar a realidade social na qual está inserido o objeto da ação
profissional, ou seja, a expressão da questão social ou o acontecimento ou situação
que dá motivo à intervenção.
EM QUE CONSISTE O ESTUDO SOCIAL???

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 20


Na utilização ARTICULADA de vários outros instrumentos, como: observação,
entrevista, visita domiciliar, estudo bibliográfico etc.
O QUE NÃO EXISTE NO ESTUDO SOCIAL??
Não existe a neutralidade, pois o assistente social ao realizar tal estudo tem a sua
ação impregnada pela sua visão de mundo, por seus valores etc.

O QUE O ESTUDO SOCIAL NÃO É??


Não é um documento.
ONDE O ASSISTENTE SOCIAL DEVERÁ REGISTRAR ESSE ESTUDO SOCIAL?
O profissional poderá registrar esse conhecimento por meio de alguns documentos,
entre eles, a informação técnica, o relatório, o laudo e o parecer
PARA QUE SERVE O ESTUDO SOCIAL NO JUDICIÁRIO?
No meio Judiciário, o estudo social tem a finalidade de oferecer elementos para a
decisão judicial
NO JUDICIÁRIO O ESTUDO SOCIAL TAMBÉM PODE SER CHAMADO DE?
Pode ser denominado perícia social

PERÍCIA SOCIAL
Fávero (2005), no livro “Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos”,
também aborda o tema Perícia Social, as contribuições dela vêm sendo cobrada de forma
recorrente nos concursos. Traremos explanações e esquemas que permitirão você acertar
todas as questões desse tema em sua prova.
Primeiro é necessário que você entenda que nem toda perícia é uma perícia social, sabe
por quê? Porque para ser considerada uma perícia social ela deve ser realizada por um
assistente social, ou seja, sempre que tiver o nome perícia social você saberá que quem
realizou aquela perícia foi um assistente social. Quando se fala em perícia (de modo geral),
você pode estar falando de uma perícia médica, judicial,etc., ou seja, são perícias realizadas
por outros profissionais. Agora, sempre que for mencionado perícia social foi um assistente
social que realizou.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 21


Para Fávero (2005), a perícia social é o estudo social, realizado com base nos
fundamentos teórico-metodológico, ético-políticos e técnico-operativo. Essa perícia tem
finalidade de avaliação e julgamento.
No âmbito judiciário, a perícia diz respeito a uma AVALIAÇÃO, EXAME ou VISTORIA,
você verá mais a frente nas questões de concurso que essas palavras estão sempre atreladas
a perícia social. A perícia é solicitada sempre que situação exigir um PARECER TÉCNICO ou
CIENTÍFICO de uma determinada área do conhecimento, no caso da perícia social são os
conhecimentos do serviço social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 22


Para que serve essa perícia? Ela será usada para contribuir com a tomada de decisão do
juiz. Ela é realizada por meio de um estudo social e IMPLICA na elaboração de um LAUDO e
emissão de um PARECER. Para que fiquei mais claro, imagine que o juiz solicite uma perícia
social, assim o assistente social vai realizar um estudo social da situação que foi solicitada e
com isso vai elaborar um Laudo Social e um Parecer Social.

Fávero (2005) vai ressaltar ainda que no sistema judiciário existem 03 modos da
perícia social ser realizada, que são:
1) Por um assistente social funcionário da instituição Judiciária;
Ex: imagine que você é assistente social concursada de um tribunal e que você é quem vai
realizar a perícia de um determinado caso, você se enquadraria nessa situação.
2) Por um assistente social nomeado como perito pelo juiz responsável pela ação judicial
(comumente inscrito em listagem local e remunerados por perícia realizada e por laudo
apresentado);
Ex: Em muitas comarcas existem uma lista de assistentes sociais inscrito, nesse caso o juiz
nomeia um dentre os que estão na lista para ser perito em um determinado caso. Esse que
foi nomeado recebe pela perícia e pelo laudo que apresentar.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 23


3) Por assistente técnico, que é um profissional de confiança, indicado e remunerado por
uma das partes;
Ex: imagine que existe um caso conflituoso a respeito da guarda de uma criança, uma das
partes envolvidas no processo pode pagar um profissional qualificado para realizar uma
perícia.
Assim, o processo de perícia se realiza por meio de um estudo social, que supõe a
elaboração de um laudo e tem como resultado a emissão de um parecer técnico. A
realização de um estudo social que preceda a emissão de um parecer envolve vários
instrumentos como a entrevista, a observação, visitas domiciliares e documentação, que
devem ser utilizados de acordo com a avaliação do profissional, com base na necessidade de
obtenção de dados não apenas para comprovar informações fornecidas pelo usuário, mas
em consonância com as diretrizes e os princípios éticos da profissão.

LAUDO SOCIAL

Para estudar o Laudo Social para concurso, iremos recorrer ao livro da autora Eunice
Teresinha Fávero “Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos”.
Começamos aqui retomando o que está posto no tópico referente a Perícia Social, onde
afirma-se que o Laudo Social é resultante do Processo de Perícia Social, ele apresenta as
informações mais significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. Para a
efetivação desse registro, o profissional vai ter como referência conteúdos obtidos por
tantas entrevistas, visitas, contatos, estudos documental e bibliográfico que considerar
necessários para a finalidade do trabalho.
A autora afirma que ele é usado como um ELEMENTO DE PROVA, no meio judicial, e
que ele tem por finalidade dar suporte a decisão judicial. Ele contribui para a formação de
um juízo por parte do magistrado, ou seja, é esse documento que irá oferecer elementos de
base social para a formação de um juízo e tomada de decisão que envolve DIREITOS
FUNDAMENTAIS E SOCIAIS.
Em muitas provas de concurso você encontrará a afirmação de que o Laudo Social
precisa ser detalhado, concurseiro, isso está errado. Fávero (2005, p.46) afirma que ele não
precisa expressar detalhamento dos conteúdos do estudo realizado. Tudo que foi estudado,
analisado, deve ser documentado por meio de registros diversos e deve permanecer
devidamente arquivado no ambiente profissional (respeitando sempre o sigilo). Apenas,
CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 24
quando o profissional que está realizando o laudo achar necessário maior detalhamento é
que esse poderá ocorrer.

Outro ponto que é cobrado de forma recorrente nas provas de concursos é sobre a
estrutura do laudo social, pois segundo Fávero (2005, p.46) ele “possui uma estrutura que
geralmente se constitui por uma introdução que indica a demanda judicial e objetivos, uma
identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo (deixando claro
a especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da construção
histórica da questão estudada e do estado social atual da mesma, e uma conclusão ou
parecer social, que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica e apontar
conclusões ou indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social, isto é, que
expresse o posicionamento profissional frente à questão em estudo”. Essa estrutura está
esquematizada a seguir:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 25


RELATÓRIO SOCIAL
O tema relatório social é abordado por vários autores, os mais cobrados em concursos
são: Fávero, Toniolo e Magalhães. Nesse tópico começaremos com as explanações de Fávero
sobre esse tema, as contribuições aqui colocadas são baseadas no livro “Estudo Social em
Perícias Laudos e Parecer Técnicos” e no artigo “Instruções sociais de processos, sentenças
e decisões”, você aprenderá as definições dessa autora sobre relatório e também a
diferenciar os conceitos relatório social e estudo social para concurso. Em seguida traremos

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 26


as contribuições do autor Toniolo, elas estão contidas no Artigo “A prática do assistente
social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional”. Por último
colocaremos as contribuições que Magalhães traz em seu livro “Avaliação e Linguagem-
relatórios, laudos e pareceres”, com essa autora traremos os tipos de relatório que ela
menciona e as diferenças entre relatório e laudo.
Concurseiro, ao longo do texto você terá os resumos e esquemas que ajudarão você
a aprender esse tema da melhor forma possível e a acertar todas as questões na hora da sua
prova de concurso.
 RELATÓRIO SOCIAL PARA FÁVERO
Assim como o estudo social, perícia social, laudo social e parecer social o relatório social
também só pode ser realizado pelo assistente social, ele é segundo Fávero (2005, p.44) “um
documento específico elaborado pelo assistente social”.
Fávero (2005) afirma que esse relatório social se traduz na apresentação DESCRITIVA E
INTERPRETATIVA de uma situação ou expressão da questão social, enquanto objeto da
intervenção desse profissional em seu cotidiano laborativo.
O relatório social pode ter um MAIOR ou MENOR nível de detalhamento, isso vai
depender de sua finalidade. Quando os concursos falam de detalhamento, geralmente
estão mencionando o relatório social, pois é nele que pode haver uma entrevista
aprofundada, de maneira a registrar os aspectos do caso pertinentes à área de atuação do
Serviço Social, entretanto NÃO OBRIGATORIAMENTE ele precisa ser DETALHADO.
Os princípios éticos devem guiar a escolha do que é pertinente ou não a se registrar em
documentos que permanecem em prontuário do Serviço Social. Outra informação que a
autora vai trazer é que o relatório social em algumas situações “pode ser o único documento
da área a compor os autos” (Fávero, 2009, p.27).
Para Fávero (2009, p.28) “relatório social é o documento no qual constam o registro do
objeto de estudo, a identificação dos sujeitos envolvidos e um breve histórico da situação, a
finalidade à qual se destina, os procedimentos utilizados, os aspectos significativos
levantados na entrevista e a análise da situação”. Observe esse esquema a baixo:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 27


Fica aqui uma pergunta, o que deve ser registrado no Relatório Social? Fávero (2009,
p.28) vem afirmando que “profissional deve valer-se de suas competências teóricas, éticas e
técnicas para avaliar os aspectos importantes a serem registrados, considerando aqueles
que, de fato, podem contribuir para o acesso, a garantia e a efetivação de direitos”.
Concurseiro, resumindo:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 28


 Diferenciando Conceitos: ESTUDO SOCIAL X RELATÓRIO SOCIAL
A autora Favéro traz os conceitos desses dois instrumentos, e nas provas de concurso é
comum as bancas tentarem induzir o candidato ao erro, por isso esse esquema ajudará você
a visualizar a prender bem sobre esses dois conceitos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 29


 RELATÓRIO SOCIAL PARA TONIOLO
Toniolo (2008), afirma que o relatório social é uma EXPOSIÇÃO DO TRABALHO
realizado e das informações adquiridas durante a execução de determinada atividade.
Esse relatório pode ser referente a qualquer um dos instrumentos face a face, ou seja,
ele pode ser referente a entrevista, observação, reunião, etc. Ele pode descreve todas as
atividades desenvolvida pelo profissional.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 30


Toniolo (2008) reafirma ainda que os diferentes relatórios sociais são instrumentos
privilegiados da SISTEMATIZAÇÃO da prática do Assistente Social. A produção de um
relatório vai depender dos objetivo do trabalho, do tipo de atividade desenvolvida.
 RELATÓRIO SOCIAL PARA MAGALHÃES
Para falar desse tema começaremos explicitando a diferença entre Laudo Social e
Relatório Social. Magalhães (2019) explicita que é comum existir dificuldade de
diferenciação entre o LAUDO e o RELATÓRIO, ela afirma que a diferença entre eles é tênue,
isso leva a essas dúvidas. A autora ressalta que tanto o laudo como relatório:
 Resultam de estudo e avaliação feitos;
 São escritos;
 Assumem um papel de intervenção INDIRETA (através de seu conteúdo decisões são
tomadas);
 Podem apresentar um parecer sobre o que foi analisado;
 Ambos são sempre conclusivos;
Assim, a autora destaca que existe a diferença Lexica e Jurídica entre o Laudo Social e o
Relatório Social:
 DIFERENÇA DO PONTO VISTA LÉXICO:
Relatório: É a descrição ou o relato do que já foi possível conhecer por meio do estudo, ou
seja, um parecer ou exposição dos fundamentos de um voto ou de uma apreciação ou ainda
qualquer exposição pormenorizada de circunstância, fatos ou objetos;
Laudo: É o documento escrito que contém parecer ou opinião conclusiva do que foi
estudado e observado sobre determinado assunto. Envolve uma avaliação mais detalhada
do que foi estudado ou ainda uma opinião técnica relativa a uma caso ou assunto. É,
portanto, um escrito em que um perito ou árbrito emite seu parecer e responde a todos os
quesitos que lhe foram proposto pelo juiz e pela parte interessante.
 DIFERENÇA DO PONTO VISTA JURÍDICO:
Relatório/Estudo Social: Eles não tem significado específico;
Laudo: Baseia-se no que está posto no Código Civil: exposição, feita por escrito, pelos peritos,
das conclusões que foram obtidas em relação do que foram consultados.
Assim, para Magalhães (2019), a diferença entre RELATÓRIO e LAUDO é a NATUREZA da
fundamentação técnica do PARECER, pois:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 31


Relatório: O relatório pode ser referente a uma pesquisa, à apresentação das atividades
desenvolvidas em determinado setor, a visitas realizadas. Pode conter informações acerca
das providências tomadas em determinadas situações ou justificar encaminhamento. O
conteúdo deve extrapolar o burocrático e conter subsídios para uma primeira tomada de
conhecimento.
Laudo: Fundamenta-se em análises e DEVE SER conclusivo, contendo DIRETRIZES e
CONCLUSÕES. Estudo mais aprofundado, que contém parecer fundamentado sobre
determinado tema ou problemática;
 Tipos de Relatório Para Magalhães:
Magalhães (2006, p.63) assinala a existência de diversos tipos de relatórios e destaca
“aqueles que comumente fazem parte do cotidiano das instituições voltadas ao atendimento
direto do usuário”. A autora fala dos relatórios: Informativos, circunstanciado,
acompanhamento, de visita domiciliar e relatório de inspeção.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 32


1) Relatórios Informativos: Esses têm o objetivo de informar dados ou fatos
importantes. Eles podem ser utilizados no decorrer de um processo de
acompanhamento, para informar algum fato urgente ou novo, nas atividades de
triagem, em encaminhamentos, indicando as razões da indicação, nas atividades de
plantão e em fóruns. Confira, a seguir, nosso esquema sobre esse tipo de relatório:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 33


2) Relatórios Circunstanciados: Esses são feitos em situação de emergência. Pode ser
usado em casos onde a criança encontra-se em situação de risco e necessita ser
abrigada em alguma instituição de acolhimento. Nesse caso o parecer emitido após
um breve relato da situação que demanda a intervenção é enviado imediatamente
ao juiz, e o laudo, nessa situação, é elaborado depois de um estudo mais
aprofundado. Confira, a seguir, nosso esquema sobre esse tipo de relatório:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 34


3) Relatório de Visita Domiciliar: São resultantes das visitas dos assistentes sociais as
casas das pessoas, bem como das escolas, creches, abrigos. Eles devem ter descrição
objetiva, apresentar apenas os dados significativos para a formação do juízo da
situação. Esse tipo de relatório não deve ser detalhista e deve enfocar apenas o que é
relevante para que os objetivos da avaliação sejam alcançados. Confira, a seguir,
nosso esquema sobre esse tipo de relatório:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 35


4) Relatórios de Acompanhamento: Estes relatórios podem trazer informações, mas
relacionam-se a intervenção profissional direta bem como o contato mais regular e
frequente com o usuário. Eles têm por finalidade de elaboração registrar a
intervenção feita e os dados positivos ou negativos dessa intervenção e tem como
principal característica ser um instrumento de comunicação voltado ao próprio
profissional que realiza os atendimentos. Esses relatórios tem natureza
eminentemente avaliativa e de follow up. Confira, a seguir, nosso esquema sobre
esse tipo de relatório:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 36


5) Relatórios de Inspeção: Esses devem conter a exposição e descrição daquilo que foi
observado no decorrer da visita. Ele tem um parecer profissional sobre a questão
avaliada. Confira, a seguir, nosso esquema sobre esse tipo de relatório:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 37


PARECER SOCIAL
Concurseiro, para que esse tema fique bem explicado para vocês, colocaremos aqui um
resumo do que dois grandes autores trazem sobre esse tema, que são: Eunice Fávero e
Charles Toniolo Sousa, as contribuições de ambos vêm sendo abordadas de forma

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 38


recorrente nas provas de serviço social. Você também terá esquemas e mapas mentais para
ajudar a memorizar esse tema.

 EUNICE TERESINHA FÁVERO:

Fávero no livro “O Estudo Social em Perícias, Laudos e Pareceres Técnicos” aborda o


tema PARECER SOCIAL, ela afirma que ele diz respeito à ESCLARESCIMENTO e ANÁLISES,
com base em conhecimentos específicos do Serviço Social a uma questão ou questões
relacionadas a decisões a serem tomadas, ou seja, ele prestar esclarecimentos e análises a
fim de subsidiar tomadas de decisões.

O parecer social é uma exposição e manifestação SUCINTA, fique atento que sucinto
significa breve, resumido, condensado, conciso, é aquilo que é expresso de forma compacta
e sintetizada. O parecer social deve ser focado nos objetivos do trabalho solicitado e
apresentado, na questão ou situação analisada.

Outro ponto que você não deve esquecer é que o parecer deve ser REFERENCIADO em
fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao serviço social, ou seja, o assistente
social deve ter um compromisso: Ético, Político e Técnico. Se o assistente social tiver esse
compromisso a sua ação servirá para a efetivação de direitos e não terá características de:
Punição, disciplinamento e enquadramento moral.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 39


Concurseiro atente-se ao fato de que a elaboração do parecer social tem por base um
ESTUDO RIGOROSO E FUNDAMENTADO. Esse parecer vai ter uma finalização de caráter
CONCLUSIVO ou INDICATIVO.

A autora também explicita que no judiciário ele poderá ser emitido de duas formas, que são:

1) Parte final ou a conclusão de um LAUDO SOCIAL;

2) Resposta à consulta ou determinação da autoridade judiciária a respeito de uma questão


do processo já acompanhado pelo profissional;

O parecer social é um instrumento de viabilização de direitos, é um meio para a


realização do compromisso profissional com os usuários, tendo em vista a: EQUIDADE,
IGUALDADE, JUSTIÇA SOCIAL e CIDADANIA;

Concurseiro, você sabe qual é a base para elaboração do parecer social? Fávero explicita
que é a OBSERVAÇÃO e o ESTUDO SOCIOECONÔMICO. Tendo em vista essas bases o
profissional deve ficar atento para exprimir a sua opinião profissional sobre a referida
situação de acordo com objetivos que gerou a solicitação do parecer social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 40


Uma coisa que deve ser ressaltada é que esse estudo socioeconômico que o parecer
teve por base NÃO DEVE ser encaminhado aos setores solicitantes, para seu melhor
entendimento imagine a seguinte situação:

 O INSS pede que você elabore um parecer social sobre a situação de um usuário. Para
elaborar esse parecer você vai utilizar a observação e um estudo socioeconômico, ok?
Após finalizar esse estudo socioeconômico, você elabora o seu parecer social. O próximo
passo é encaminhar para o setor solicitante APENAS o parecer social, o estudo
socioeconômico NÃO DEVE ser encaminhado ao setor solicitante. O que você fará com
ele? Você deverá guardar ele em seu prontuário, em arquivo próprio. Mais a frente você
verá que isso já foi questão de concurso, então não esqueça: APENAS o parecer é
encaminhado ao setor solicitante, o estudo socioeconômico não.

Outro ponto que deve ser colocado aqui é que o profissional deve ter autonomia frente
ao órgão requisitor na escolha dos instrumentos de ESTUDO e OBSERVAÇÃO, ou seja, se
você vai fazer um estudo para poder emitir um parecer social, é você que deve escolher o
que deve usar, você pode escolher se quer fazer visita domiciliar ou entrevista, e assim por
diante. Você deve ter em mente também que a coleta de dados não poderá se dar visando a
comprovação de informações pelo usuário.

Fávero, usando a citação de Lopes, vai destacar que o assistente social também pode
emitir o parecer social por iniciativa própria, você sabia disso? A autora destaca que o

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 41


profissional deverá PERCEBER e DISTINGUIR a situação na qual caberá ou não a emissão do
parecer social, inclusive emitindo o por iniciativa própria quando for o caso. No livro é posto
que o referencial para o/a assistente social decidir emitir esse parecer social por iniciativa
própria deverá ser o conhecimento a cerca da burocracia institucional, dos direitos dos
usuários e sem dúvida da possibilidade de viabilização de direitos através desse instrumento.

É importante também destacar que tendo por base o atual projeto ético-político
hegemônico no serviço social, inscrito na tradição crítica, a subjetividade do assistente social
é afetada pelas relações de trabalho a que se submete nos diversos espaços
sócio-ocupacionais, sendo assim ao emitir um parecer social o assistente social incorre em
posições fundadas no CRIVO SUBJETIVO. Sobre isso Fávero (2009, p.14) explicita que
“necessário refletir sobre o fato de que o estudo realizado envolve seres humanos que
vivem em condições objetivas, as quais afetam sua subjetividade e são por ela afetadas. O
assistente social também tem sua subjetividade afetada nessas relações de trabalho. Nesse
sentido, o conhecimento científico e a reflexão ética são fundamentais para a posição que o
profissional assume nas relações com os sujeitos e nos registros e pareceres que emite”.

A autora ainda afirma que o assistente social sempre que realiza um relatório, um laudo
ou um parecer social está exercendo um papel de intermediador entre “entre o indivíduo
e/ou família envolvidos na ação judicial, o promotor e o magistrado. O profissional ouve a
mensagem originalmente, esta sofre interferências por parte do próprio emissor – que, não
se pode esquecer, em uma entrevista fala de si a alguém que é estranho ao seu convívio, o
qual sobre ele exerce ou pode exercer alguma forma de autoridade (o que é implícito,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 42


sobretudo no Judiciário, pela natureza institucional) –, e interpreta e registra essa
mensagem. Por sua vez, esse registro deverá ser estudado e analisado por quem vai
interferir (defensor, promotor etc.) ou proferir a decisão e/ou sentença (magistrado) a
respeito do emissor inicial. Se, nesse processo de efetivação do estudo social, registro e
sentença, não houver possibilidade de diálogo entre todos os envolvidos na comunicação (o
que é possibilitado quando acontecem audiências multiprofissionais), maior risco de
interpretação equivocada" (p.733).

 CHARLES TONIOLO DE SOUSA:

No texto “A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e


intervenção profissional” Toniolo afirma que o Parecer Social ele é uma AVALIAÇÃO
TEÓRICA e TÉCNICA realizada pelo Assistente Social dos dados coletados. De acordo com o

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 43


autor o parecer social é mais que a organização desses dados, dessas informações coletadas
em forma de relatório, pois o assistente social vai AVALIAR e emitir uma OPINIÃO TÉCNICA
sobre elas.

Como deve estar fundamentada essas informações que serão emitidas no parecer
social? Toniolo informa que a opinião emitida no parecer social deve estar fundamentada,
com base em uma perspectiva TEÓRICA de ANÁLISE.

O autor traz uma informação de suma importância, ele afirma que o parecer social é
que dá ao Assistente Social uma identidade profissional. Sem esse parecer social o relatório
torna-se apenas um documento onde estão descritos fatos sem uma análise profunda deles.

Para Toniolo, a emissão de um parecer social pressupõe a existência de um


RELATÓRIO SOCIAL (interno ou externo). O Motivo disso é que o profissional só pode emitir
a opinião técnica sobre algo que foi escrito, sendo assim esse parecer social é a conclusão de
um trabalho.

Para Toniolo o parecer social permite:

1) Fazer uma uma avaliação do passado; e

2) Realizar uma análise prospectiva, isto é, apontar que desdobramentos determinada


situação podem tomar;

Com o parecer social, o assistente social também terá a capacidade de LEVANTAR


HIPÓTESES sobre possíveis consequências da situação, para isso ele deve conhecer
profundamente a realidade social na qual determinada situação está sendo avaliada, tendo
em vista o rigor teórico necessário. Concurseiro, isso já foi cobrado em provas anteriores,
então grave essas informações!

Para finalizar, Toniolo cita que “o parecer social deve também CONTER SUGESTÕES
de novas ações que precisam ser desenvolvidas junto àquela situação – ações estas que
serão desenvolvidas ou pelo próprio Assistente Social, ou por outros agentes profissionais
(daí a necessidade de se pensar a produção da escrita tendo como parâmetro o destinatário
do texto, isto é, para quem se escreve)” (p.131).

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 44


 FAVERO X TONIOLO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 45


 CONCLUSÃO

Lembre-se ainda que:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 46


DIVERSOS INSTRUMENTOS
Concurseiro, Fávero (2005) faz umas contribuições necessárias sobre Laudo Social, Parecer
Social, Relatório Social e Estudo Social, essas contribuições estão esquematizadas a seguir.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 47


ENTREVISTA
Concurseiro, para explanar o tema entrevista, iremos usar as contribuições de alguns
autores, que são Selma Marques Magalhães (2019) que estão no livro “Avaliação e
Linguagem”, de Regina Célia Tamaso Mioto (2009) no artigo “Estudos Socioeconômicos” e
de Alzira Maria Baptista Lewgoy e Esalba Maria Carvalho Silveira (2007) no artigo “A
entrevista nos processos de trabalho do assistente social”.

CONTEXTO HISTÓRICO DAS ENTREVISTAS

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 48


Concurseiro, desde meados da década de 1950 a entrevista já era mencionada por Mary
Richmond, em sua obra Diagnóstico Social. Para essa autora era através da entrevista que o
assistente social faria o diagnóstico social. Naquela época, à entrevista inicial era tida como
uma “conversa inicial”. Considerava-a um procedimento difícil, por entender que era
naquele encontro que se estabeleciam as bases do “entendimento mútuo” e da obtenção
dos fios que orientariam o trabalho até alcançar a avaliação, que ela denominava como
“juízo final”. Fique atento a isso pois já foi questão de concurso. Então, não esqueça que a
entrevista constitui-se em instrumento de trabalho do assistente social pelas requisições e
atribuições assumidas desde os primórdios da profissão.
No Brasil, teremos a contribuição de Balbina Ottoni Vieira, sendo uma das primeiras a
tratar desse tema, para ela a entrevista era o meio – por excelência – no estabelecimento
das relações com o “cliente”, necessárias ao “tratamento social”.
Para Lewgoy e Silveira (2007, p.236) “As concepções sobre entrevista precisam ser
contextualizadas no momento histórico em que foram produzidas. Mantêm, todavia, alguns
dispositivos como a necessidade de conhecimento, a intencionalidade, o respeito pelos
sujeitos e o modo de operacionalização do trabalho do assistente social. Ela continua, pois,
um dos instrumentos do processo de trabalho do assistente social nas suas diferentes
atribuições”.

ENTREVISTA PARA MAGALHÃES:


Para Magalhães (2019) a entrevista implica relacionamento profissional em todos os
sentidos na postura atenta e compreensiva, sem paternalismos, na delicadeza do trato com
o usuário do serviço, ouvindo-o, compreendo, enxergando-o como um sujeito de direitos.
Um bom entrevistador ouve muito e fala pouco; direciona as verbalizações do usuário
para os objetivos do trabalho. As reflexões devem ser estimuladas e conselhos ou críticas,
evitados.
Deve-se observar as peculiaridades da linguagem, o que não significa “falar igual” ou
criticar o uso de uma linguagem diferente. No caso de utilização de roteiro, este não pode
adquirir a feição de um questionário, pois é somente um norteador da ação ou da
intervenção do profissional.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 49


Em caso de realizar anotações deve-se explicarão usuário os motivos, bem como solicitar-lhe
permissão para fazê-la. Para essa autora as entrevista podem ser livres, dirigidas ou
semidirigidas. Confira o esquema a seguir:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 50


A autora também fala sobre as entrevistas devolutivas, confira o esquema a seguir sobre
essas entrevistas:

ENTREVISTA PARA MIOTO:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 51


Para Mioto (2009) As entrevistas supõem habilidade e técnica do assistente social para
que viabilizem o ato de conhecer. Para tanto podem ser utilizadas entrevistas estruturadas,
não estruturadas e semiestruturadas.
 As estruturadas: são conduzidas com formulários que visam a obtenção de
determinadas informações e que, na maioria das vezes, são preenchidos de acordo com
padrões já definidos no âmbito de programas ou de serviços.
 As não-estruturadas: privilegiam o diálogo aberto, conduzido preferencialmente pelos
entrevistados. Nesse processo, as informações vão sendo produzidas à medida que os
temas surgem e se concatenam.
 As entrevistas semiestruturadas: comportam tanto a utilização de determinados
roteiros como também o diálogo aberto com os entrevistados. Tem sido uma
modalidade bastante adotada por permitir a obtenção de dados sobre a situação e a
captação de sua dinâmica.
Concurseiro, esse esquema te ajudará a entender melhor:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 52


As entrevistas podem ser realizadas de forma individual ou de forma conjunta. As
coletivas permitem observar e estudar as transações concretas entre os sujeitos
participantes e criar uma situação em que se estabelece o diálogo entre eles sobre a
situação.
ENTREVISTA PARA LEWGOY E SILVEIRA:
Para Lewgoy e Silveira (2007) a entrevista é um dos instrumentos que possibilita a
tomada de consciência pelos assistentes sociais das relações e interações que se
estabelecem entre a realidade e os sujeitos, sendo eles individuais ou coletivos.
As autoras Lewgoy e Silveira (2007) mencionam que a entrevista tem 03 etapas, inicia-se
no planejamento, segue-se com a execução e é finalizada com o registro das informações.
Entenda melhor sobre cada uma dessas etapas:

 1° ETAPA- PLANEJAMENTO: Uma entrevista deve ser bem planejada, para poder
recolher informações necessárias e evitar as dispersões. O planeamento pressupõe a
organização e estabelecimento de diretrizes que permitirão conduzir a entrevista. Dessa
forma é necessário que inicialmente o entrevistador conheça os usuários e as políticas
sociais. Após é necessário que se determine a finalidade da entrevista, assim como os
objetivos que pretende concretizar e que instrumento de coleta de dados deve utilizar.
Por fim, deve determinar qual o horário e local onde poderá ser concretizada a
entrevista.
 2° ETAPA- EXECUÇÃO: nela tem-se a coleta de dados e essa exige habilidades do
entrevistador, ele deve saber identificar e selecionar as necessidades dos entrevistados.
Nessa etapa é necessário que o entrevistador saiba a importância do saber escutar, até
mesmo os silêncios. A observação atenta do modo como o entrevistado se apresenta,
como reage, se é agressivo, se está nervoso ou ansioso, ou se tem um aspeto

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 53


descuidado, etc, é uma medida indispensável para ajudar o entrevistador a
compreender o processo que o entrevistado está a viver. Porém, o entrevistador deve
ter cuidado para não se deixar influenciar pelo preconceito, no sentido de evitar os
juízos de valor. É necessário também necessário o respeito ao Código de Ética do
Assistente Social.
 3° ETAPA-REGISTRO DA ENTREVISTA: O entrevistador tem o direito de registrar a
entrevista e de consultar esse registro quando for necessário, essa etapa permite isso. O
registo das entrevistas também visa contribuir para a integralidade do atendimento e
para compartilhar o conhecimento com os restantes trabalhadores da Instituição. O
registo deve conter apenas a informação pertinente, sem perder a profundidade e pode
ser elaborado durante ou imediatamente após o atendimento, exatamente para que
não se diluam os aspetos subjetivos ou emocionais, que dizem respeito à profundidade
do relato das situações. Deve haver um cuidado especial na escrita e evitar o uso de
adjetivos, pois estes funcionariam como qualificadores do entrevistado, não esquecer
que o mesmo pode em qualquer altura ler o registo.

TÉCNICAS DE ENTREVISTA
Para Lewgoy e Silveira existem técnicas no processo de entrevista, que são:

Acolhimento: Quando se fala em acolhimento na entrevista pode-se entender que nela que,
na foi desencadeado um espaço de mediação no qual há responsabilização e criação de
vínculos entre o usuário e a instituição, ali representada pelo profissional. Assim, o
acolhimento não se limita ao ato de receber, ouvir, mas a uma sequência de atos que
buscam a intervenção resolutiva. O acolhimento é uma técnica e também é processo, é
transversal às demais técnicas.

Questionamento: exige habilidade de perguntar e responder e, para isso, é possível


aprender a técnica do questionamento. Essa técnica é mais usada nas entrevistas iniciais,
quando predomina a coleta de dados e se estabelece o contrato de trabalho.
Ao fazer o questionamento ao usuário é preciso esclarecer o motivo das questões, e
quem o derivou, seguido da orientação de quem somos, qual o nosso papel e quais os
serviços prestados pela instituição. O questionamento exige que se mantenha o foco da

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 54


entrevista e que, no final, ele seja retomado. O questionamento pode ser do tipo fechado
(idade, “sim”, “não”, profissão) e do tipo aberto (perguntas mais descritivas). O
questionamento tem de ir ao encontro da finalidade da entrevista, o que exige do assistente
social estudo e conhecimento para tanto. Para melhor desenvolvimento da entrevista, é
importante ouvir de maneira atenta, ficar em silêncio e agir como ouvinte ativo, prestando
atenção nos detalhes da entrevista, fazendo anotações e pensando nas próximas perguntas
a serem feitas.

Reflexão: A reflexão é empregada com vistas a provocar o aprofundamento do tema em


questão, com o propósito de impulsionar mudanças. A técnica de reflexão pretende oferecer
ao usuário a possibilidade de examinar as suas crenças ou supostas formas de conhecimento
à luz dos fundamentos que as sustentam. A reflexão tem caráter retrospectivo, nela o sujeito
reflete sobre a ação. Para isso, num primeiro momento, ele busca como ocorreu o
fenômeno, descrevendo-lhe as condições, fatores ou mecanismos na produção do evento e,
posteriormente, busca explicação e análise das conexões existentes entre os elementos que
o determinaram, a fim de identificar as contradições e localizar as necessidades. Na reflexão
pode-se usar outras técnicas embutidas como a confrontação e a a conotação positiva;

Clarificação: Seu propósito é auxiliar a pessoa a compreender o que é dito na entrevista.


Com a clarificação, pretende-se que o usuário tenha a oportunidade de contar a sua história
de maneira totalmente compreensível. Oportuniza que o entrevistado objetive sua situação,
suas informações, não se sujeitando à visão do entrevistador. É com essa técnica que o
ENTREVISTADO deixa claro o que quer dizer para o ENTREVISTADOR.

Exploração ou aprofundamento: A exploração é uma técnica pela qual o assistente social


procura investigar áreas da vida do usuário que requerem exame mais profundo.
Silêncio sensível: A linguagem verbal é um meio de transmitir informação, mas poderá ser
também uma maneira poderosa de evitar a verdadeira comunicação. O silêncio é uma
expressão não-verbal que muitas vezes comunica bem mais que as palavras. O entrevistador
pode assim tentar identificar quando é um silêncio de tensão, de desinteresse, de medo, de
reflexão, de feedback. É importante que o assistente social seja sensível ao silêncio e ao
que ele expressa.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 55


Apropriação do Conhecimento: essa técnica pretende ir além da informação. O
conhecimento aportado pelo profissional oferece a possibilidade, ao usuário, de ser usado
como instrumento de investigação, indagação e reflexão, buscando a reestruturação
cognitiva a respeito do fenômeno, repercutindo, de forma abrangente, na vida daquele
indivíduo e na sua rede de relações sociais. A técnica promoverá uma nova perspectiva
sobre uma situação e servirá para desfazer afirmações e crenças negativas, promovendo
uma forma diferente de pensar, encarar os fenômenos e levar a mudanças significativas por
meio de novos conhecimentos.

Síntese integradora: O encerramento da entrevista é introduzido pela elaboração da síntese


integradora daquele momento e não pode ser confundida com resumo. Ela não tem o
caráter de finalização e sim de sínteses provisórias que vão processualmente se
transformando. A síntese consiste em fazer uma totalidade, enquanto juntar consiste em
fazer uma nova ligação, isto é, ligar um fato a outros que estavam aparentemente
desconectados. A síntese também retoma os objetivos da entrevista, elaborando as
hipóteses ali implicadas e quais as estratégias necessárias para encontrar as respostas
esperadas. O usuário tem de participar, manifestar o seu pensamento sobre o que lhe foi
apresentado e responsabilizar-se pela evolução. É o momento de afirmação de alianças e de
renovação do contrato de trabalho.

Conclusão:
Por último, mas não menos importante, as autoras destacam que é a escuta, então, é
o que torna possível a habilidade no uso das técnicas de acolhimento, questionamento,
clarificação, reflexão, exploração e aprofundamento, silêncio sensível, apropriação do
conhecimento e síntese integrativa dentre outras técnicas.

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VISITA DOMICILIAR
Concurseiro, para estudar melhor esse tema iremos utilizar das contribuições trazidas
por Amaro (2003) em seu livro “Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa”,
por Toniolo (2008) em seu artigo “A prática do assistente social: conhecimento,
instrumentalidade e intervenção profissional”, por Fávero (2009) em seu artigo “Instruções
sociais de processos, sentenças e decisões” e por Mioto (2009) em seu artigo “Estudos
Socioeconômicos”. São as contribuições desses autores que as bancas cobram de forma

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 57


recorrente das provas de serviço social, por isso aproveite muito os conteúdos aqui
expostos.
 VISITA DOMICILIAR PARA TONIOLO
Toniolo (2008) informa que a visita domiciliar é um instrumento de trabalho que tem
um espaço no serviço social há muito tempo, todavia esse NÃO É um instrumento de
trabalho EXCLUSIVO do assistente social, ele afirma que “a visita domiciliar não é
exclusividade do Assistente Social: ela só é realizada quando o objetivo da mesma é analisar
as condições sociais de vida e de existência de uma família ou de um usuário – pois é esse
“olhar” que determina a inserção do Serviço Social na divisão social do trabalho”(2008,P.28).
Uma informação que importante que Toniolo (2008) traz é que a visita domiciliar
aproxima a instituição empregadora da realidade do usuário. Para que você entenda melhor
imagine a seguinte situação: Você trabalha em um CRAS e percebeu a necessidade de
realizar uma visita domiciliar na casa de determinado usuário. Ao ir nessa visita, você estará
representando o CRAS (que é a instituição para qual trabalha), é essa visita que fará com que
exista uma proximidade da instituição (representada na visita por você) e a realidade do
usuário do serviço, entendeu? O autor ainda destaca que “as instituições devem garantir as
condições para que a visita domiciliar seja realizada (p.128).
Para Toniolo (2008) a visita domiciliar tem como PRINCIPAL OBJETIVO conhecer as
condições e modos de vida da população usuária em sua realidade cotidiana, ou seja, no
local onde ela estabelece suas relações do dia a dia: em seu domicílio.
 VISITA DOMICILIAR PARA MIOTO
As visitas domiciliares, de acordo com Mioto (2001), acontecem na residência dos
sujeitos envolvidos na situação e visam conhecer as condições de vida (residência, bairro) e
os aspectos do cotidiano das relações desses sujeitos que geralmente escapam às
entrevistas de gabinete.
A autora ressalta ainda que a OBSERVAÇÃO é um instrumento INDISPENSÁVEL durante
a realização de visitas domiciliares e de entrevistas, pois é fonte de dados e indícios sobre a
realidade social.
 VISITA DOMICILIAR PARA FÁVERO:
Essa autora traz importantes contribuições sobre esse tema, uma delas é que quando
for para complementar estudo social (lembrando que apenas o assistente social poderá
realizar esses estudos), a visita é de COMPETÊNCIA do assistente social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 58


Para a autora, no judiciário, essa visita é vista como “mais uma possibilidade de dialogar
e conhecer a realidade sociocultural e familiar dos sujeitos, a partir de seu espaço de
vivência – em condição diferente à da entrevista realizada no espaço físico de um fórum”
(p.25).
A visita para Fávero (2009) é mais uma possibilidade de entrevista, de conhecimento do
território onde os sujeitos vivem, das possibilidades ou impossibilidades de acesso a bens e
serviços que efetivem direitos sociais, de outros espaços relacionais.
Para a autora a visita domiciliar, a visita domiciliar NÃO TEM por objetivo fiscalizar ou
invadir a privacidade do usuário, ela é um procedimento que busca complementar um
estudo sobre determinada situação. Fávero (2009) também destaca que sempre o contato
do profissional com o usuário e a família dele, deve ser baseado em regras éticas e no bom
senso.
 VISITA DOMICILIAR PARA AMARO:
Amaro (2003) escreveu um livro completo para abordar esse tema e as contribuições
posta nesse livro tem sido alvo recorrente nas provas de concursos, então fique atento. Para
essa autora a
a visita domiciliar é “uma prática profissional, investigativa ou de atendimento, realizada
por um ou mais profissionais, junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar”.
O profissional deve dirigir-se a cada visita disposto a conhecer uma realidade diferente,
e depois encontrar semelhanças em outras histórias que poderão auxiliá-lo. Assim, o
assistente social não pode se satisfazer com o que está posto ou que é dito, mas deve
investigar o que está camuflado. O assistente social deve sempre ter o olhar atento para
capturar os detalhes das situações na qual o usuário está inserido.
Assim, a Visita Domiciliar é uma técnica que permite melhor aproximação da realidade
do indivíduo ou do grupo aos serviços, permitindo ao profissional melhor entendimento da
situação em que se encontra o visitado. Para o sucesso dessa prática profissional é essencial
que se faça um planejamento prévio, a fim de possibilitar a melhor intervenção.
Deve-se ter em mente que a visita domiciliar deve ser realizada de forma responsável,
Amaro (2003) ressalta que a visita domiciliar realizada pelo assistente social precisa ser
pautada pelos princípios éticos. As visitas devem sempre ser agendadas, e contam ao menos
com três técnicas embutidas que são: Observação, Entrevista, Método Biográfico.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 59


Para Amaro (2003) as visitas domiciliares tem pontos positivos e negativos. Os pontos
positivos são que com essas visitas o profissional poderá compreender melhor a realidade
dos sujeitos, isso ocorre pois essas visitas são realizadas em um locus privilegiado, o espaço
vivido do sujeito.O fato de acontecer no ambiente doméstico, no cenário do mundo vivido
do sujeito, dispõe regras de convivialidade e relacionamento profissionais mais flexíveis e
descontraídas do que as práticas do cenário institucional, assim baseado na ética, que são as
regras que movem o relacionamento em sociedade, e ainda estando no espaço vivido do
usuário, ele tem mais facilidade de apreensão das suas necessidades.
Algo a ser destacado é que visitas domiciliares podem funcionar como entrevistas
semiestruturadas quando são orientadas por planejamento ou roteiro preliminar com
finalidades específicas, Amaro (2003, p.23) destaca que “Esse diálogo, distinto de uma
simples conversa empírica, é metodologicamente o que se conhece por "entrevista", mas
como se trata de uma entrevista profissional, guiada por uma finalidade específica, pode-se
dizer que geralmente as visitas domiciliares funcionam como entrevistas semiestruturadas,
dado que são orientadas por um planejamento ou roteiro preliminar".
Os pontos negativos é que o profissional nem sempre é capaz de captar completamente
as relações que rodeiam o “sujeito ou grupos” que ele está observando. Para Amaro (2003, p.
20), a realidade é “bem maior do que o nosso olhar ou percepção pode captar. [...] por que é
tão fácil distorcermos os fatos e construirmos interpretações equivocadas”.
Outra informação que Amaro (2003) traz sobre as visitas domiciliares, refere-se ao fato
delas serem um PROCEDIMENTO POTENCIALMENTE POLÍTICO. Como Assim? Concurseiro,
para essa autora as visitas revelam-se um procedimento potencialmente político, pois
permitem decidir sobre os processos de exclusão e inclusão social, influindo na criação de
acesso a direitos e na promoção da cidadania.

 VISITA DOMICILIAR PARA MAGALHÃES

Para Magalhães a visita tem como objetivo clarificar situações, considerar o caso na
particularidade do seu contexto sociocultural e de relações sociais. A visita não é para ser
INVASIVA. Ela objetiva complementar dados, observar a relações sociais em sua
singularidade, nos espaços onde se efetivem as relações sociais do sujeito. Como
instrumento de avaliação, a visita traz em si um juízo de valor.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 60


A visita também traz em si outros instrumentos. Para essa autora é comum que após
essa visita seja elaborado um relatório, as informações desse tipo de relatório você já
estudou no tópico Relatório Social. Concurseiro, mais a frente você encontrará um esquema
comparativo entre visita domiciliar e visita de inspeção para essa autora.
 VISITA DE INSPEÇÃO PARA MAGALHÃES
Já a visita de Inspeção para a autora tem por finalidade verificar se o trabalho
desenvolvido nas instituições, bem como nas instalações físicas, atendem aos objetivos aos
quais elas se destinam. Essa, contribuem para a melhoria dos serviços prestados a população,
pois ao serem diagnosticadas possíveis falhas nos atendimentos das instituições visitadas, as
possibilidades de dirimi-las certamente aumentarão.
Concurseiro, observe o esquema a baixo:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 61


VISITA INSTITUCIONAL
O tema visita institucional é trabalhado por Toniolo (2008) em seu artigo “A prática do
assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional”. Segundo
Toniolo (2008), a visita institucional pode ocorrer em instituições de diversas natureza, como:
ONG's, Empresas Públicas, Empresas Privadas etc,. Essas visitas podem ser motivadas por
diversos fatores.
Dentre os fatores que motivas a visita institucional estão:
 Quando o Assistente Social está trabalhando em uma determinada situação singular, e
resolve visitar uma instituição com a qual o usuário mantém alguma espécie de vínculo
(TONIOLO, 2008, p. 11).
 Quando o Assistente Social quer conhecer um determinado trabalho desenvolvido por
uma instituição (TONIOLO, 2008, p. 11);
 Quando o Assistente Social precisa realizar uma avaliação da cobertura e da qualidade
dos serviços prestados por uma instituição (TONIOLO, 2008, p. 11).
Quando um profissional realiza uma visita institucional, ele tem a possibilidade de
conhecer de forma mais ampla os serviços que são ofertados pelas políticas públicas.

GRUPO
Concurseiro, para trabalhar esse tema utilizaremos das contribuições de Magalhães
(2019, p.50) no livro “Avaliação e Linguagem” e de Lavoratti e Costa (2008) no livro
“Instrumentais Técnico-Operativos do Serviço Social”. Esse tema não costuma ser abordado
de forma aprofundada nos concursos, todavia se ele for cobrado você conseguirá acertar
todas as questões.

 GRUPO PARA MAGALHÃES

Magalhães (2019, p.50) no livro “Avaliação e Linguagem” elenca informações sobre o


instrumento de trabalho GRUPO. Para essa autora o grupo:
 É UM IMPORTANTE: instrumento de apoio do trabalho desenvolvido na instituição;
 REQUER: habilidade e treino profissional;
 PERMITE: o atendimento de um maior número de pessoas;
 FATORES DE RELEVÂNCIA: criatividade e observação;

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 62


 CUIDADOS QUE SE DEVE TER: Entender que silêncio também é comunicação,
tendo em vista isso o profissional deve conter sua impaciência e precipitação;
 LINHAS MESTRAS DA CONDUÇÃO DO GRUPO: Os objetivos específicos do
atendimento institucionais.

O Grupo pode ainda ter condução:


 Condução DIRETIVA: Usada em atividades grupais com objetivos muito específicos;
 Condução NÃO-DIRETIVA: utilizada em razão de ser mais propícia a reflexão e a
autonômia do grupo;

Os Grupos podem ser:


 Abertos: Novos membros podem ingressar e sua duração não é programada, em termos
de início e fim. O grupo é que decide quando irá acabar.
 Fechados: Tem delimitado tempo de duração e número de participantes;

O papel do MEDIADOR no grupo:


O grupo tem um mediador, ele pode fazer uso de dinâmica, mas é importante que essa
dinâmica permita um processo reflexivo. A autora também destaca que quando trabalha em
grupos com a condução não-diretiva ele apenas coordena as reuniões, visando aproximar
esses objetivos da proposta de trabalho a ser desenvolvida em determinada instituição.
Quando surgirem as dúvidas, elas são devolvidas aos participantes para que eles cheguem a
uma conclusão.

 GRUPO PARA LAVORATTI E COSTA


Para Lavoratti e Costa (2008), “o grupo é uma estrutura social com fortes vínculos
entre os seus membros, representando uma totalidade mais abrangente que a soma das
partes. Neste sentido, efetivamente teremos um grupo quando conseguirmos criar vínculos
entre seus membros, através do estabelecimento de uma relação de confiança e de
segurança”
Trabalhar com grupo para o assistente social tem uma conotação eminentemente social,
ligada à necessidade de transformação das pessoas e da realidade através da convivência
grupal. Convivência que deve privilegiar tarefas capazes de propiciar a formação de cidadãos

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 63


de direito, conscientes do seu papel de participação na sociedade. O grupo terá então um
objetivo que será alcançado através da tarefa mediada pelo trabalho do assistente social. O
grupo se constitui também quando cada membro traz suas questões de forma subjetiva e
individual, necessidades referidas na sua realidade. Há no processo de trabalho do grupo
uma transformação das necessidades individuais em interesses coletivos.
Ao trabalhar com grupo o assistente social deve ter em mente que não é o dono da
verdade, que os membros do grupo possuem pensamentos, vontades etc., assim o
assistente social deve respeitar esses pensamentos e com as questões trazidas pelo grupo
ele deve promover reflexão no grupo, trazendo elementos de questionamento da realidade
local, confrontando os interesses individuais e os interesses coletivos para finalmente
compreender as metas do grupo.
O trabalho no grupo permite ao assistente social uma aproximação com a realidade
vivida pelas pessoas individuais, através de relatos que vêm carregados de significado do
cotidiano, propiciando condições para perceber situações sociais que eram anteriormente
desconhecidas. O trabalho de grupo, na perspectiva do Serviço Social, deve direcionar para a
consciência que a realidade não está aquém do ser humano, mas é construída por ele e,
portanto, pode ser modificada.

DINÂMICA DE GRUPO

O tema visita institucional é trabalhado por Toniolo (2008) em seu artigo “A prática do
assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional”. Segundo
Toniolo (2008), a dinâmica de grupo surgiu da psicologia social e era um instrumento de
pesquisa do comportamento humano em pequenos grupos.
A dinâmica de grupo é um recurso que pode ser utilizado pelo Assistente Social em
diferentes momentos de sua intervenção. O autor ainda explicita que essa é um instrumento
que se adapta aos objetivos profissionais, ou seja, a dinâmica de grupo deve estar em
consonância com as finalidades estabelecidas pelo profissional.
Na dinâmica de grupo o profissional pode utilizar: jogos, brincadeiras, conversas etc,
tudo isso visando produzir nos membros uma reflexão sobre determinado tema. Assim, o
assistente social na dinâmica do grupo age como um facilitador, um agente que provoca
situações que levem à reflexão do grupo, dessa forma o assistente social deverá ter
habilidades teóricas e uma postura democrática.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 64


Pontos Mais Cobrados de Dinâmica de Grupo em Concursos:
 Proporciona uma reflexão grupal;
 Exige habilidades teórica e uma postura democrática.
 Com vários membros a dinâmica de grupo objetiva levantar um debate sobre
determinado tema.

ATA DE REUNIÃO
Sempre que ocorre uma reunião, os acontecimentos dessa reunião, como as discussões,
as decisões, são registrados em uma Ata. Segundo Toniolo(2008), as reuniões geralmente
tem um relator que foi destinado a fazer tal ação, esse relator pode ser um membro de um
grupo ou um funcionário da instituição. Após o registro do que ocorreu na reunião e em
especial do que foi decidido com ela, os membros assinam a Ata, dessa forma comprova-se
que o que foi decidido é de conhecimento de todos os presentes.

REUNIÃO
Tanto a dinâmica de grupo quanto as reuniões são espaços coletivos, segundo Toniolo
(2008). As reuniões ocorrem quando várias pessoas se juntam em grupo para discutir sobre
algo, para refletir e para tomar uma decisão.
Existem diversos tipos de reuniões, elas podem acontecer internamente com a equipe
de trabalho, onde todos se reúnem para discutir sobre seus objetivos, sobre o que precisa
ser aprimorado etc, também pode ser do profissional com os diversos usuários etc. O que é
mais importante ressaltar sobre as reuniões é que nelas se tem um espaço democrático que
visa a tomada de decisões de forma coletiva, onde todos membros possam colaborar de
alguma forma, Toniolo (2008, p.127) afirma que as reuniões “são encontros grupais, que têm
como objetivo estabelecer alguma espécie de reflexão sobre determinado tema. Mas,
sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de uma decisão sobre algum assunto”.
As reuniões têm coordenador, que deve ter uma postura democrática para viabilizar a
decisão tomada.Toniolo (2008) explicita que o coordenador deve ser firme, isso não significa
que ela não é democrático, ele deve compreender que nas reuniões existem diversos
interesses que estão em confrontos, o espaço das reuniões é um espaço político, o autor
ainda afirma que para reconhecer e se relacionar com os diversos interesses que existem na
reunião requer do profissional “ uma competência teórica e política, de modo que a reunião

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 65


possa alcançar o objetivo de tomar uma decisão que envolva todos os seus participantes”
(TONIOLO, 2008, p.127).
Confira nosso esquema sobre Reunião:

OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE
A observação participante não é apenas usar os sentidos humanos, é usar esses sentidos
visando produzir um conhecimento sobre uma realidade que se está observando. De acordo
com Toniolo (2008), o assistente social no processo de observação passa ter uma relação
social com outro ser humano, esses seres humanos que estão sendo observados possuem
expectativas sobre determinado ponto, dessa forma não apenas o profissional observa ele
também é observado. O assistente social enquanto profissional que observa uma dada

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 66


realizada também não realiza essa observação de forma neutra e fria, pois ele participa
daquela realidade, ele interage com os sujeitos, existe um troca entre eles.

DIÁRIO DE CAMPO:
Diário de Campo é um instrumento onde o profissional anota o que ocorreu no seu dia a
dia de trabalho e faz suas reflexões sobre o ocorrido. Segundo Toniolo (2008, p.12), “o diário
de campo é importante porque o Assistente Social, na medida em que vai refletindo sobre o
processo, pode perceber onde houve avanços, recuos, melhorias na qualidade dos serviços,
aperfeiçoamento nas intervenções realizadas – além de ser um instrumento bastante
interessante para a realização de futuras pesquisas. Ele é de extrema utilidade nos processos
de análise institucional, o que é fundamental para localizar qualquer proposta de inserção
interventiva do Serviço Social”.

LIVRO DE REGISTRO
Esse é um instrumento, segundo Toniolo (2008), muito usado em locais onde circulam
um grande número de profissionais. É no livro de registro que são registradas várias
informações, como: telefonemas, atendimentos, questões que ainda precisam ser resolvidas
etc, dessa forma a equipe que entrar em outro turno, ou que não esteve presente no
momento em que aquilo ocorreu, terá acesso ao que aconteceu e ao que está sendo
desenvolvido.

MOBILIZAÇÃO DE COMUNIDADE
É comum para os assistentes sociais realizarem um trabalho de mobilização de
comunidade. Dessa forma, Toniolo (2008, p.128) afirma que é necessário compreender o
que é comunidade, que é necessário “compreendê-la dentro de um contexto econômico,
social, político e cultural de uma sociedade dividida em classes sociais – e que ela não está
descolada da totalidade da realidade social”.
É fundamental que o assistente social conheça a comunidade, quais os atores sociais
que fazem parte dela, como os agentes políticos, as instituições existentes, as organizações e
de que forma estão construídas as relações de poder dentro dessa comunidade, é necessário
também conhecer o que a comunidade almeja, quais são as suas demandas, dessa forma o
profissional poderá trabalhar para propor ações que atendam as mesmas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 67


ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS

Concurseiro, esse tópico é baseado nas contribuições Mioto (2009), postas no artigo
“Estudos Socioeconômicos”.
A realização de estudos socioeconômicos, atualmente, é posta em nossa lei e
regulamentação como uma competência. Mioto (2009) afirma que a realização desses
estudos esteve presente no cotidiano do exercício profissional dos assistentes sociais ao
longo da trajetória do Serviço Social, mas nem por isso manteve o mesmo significado e
direção.
O grande desenvolvimento dos estudos socioeconômicos no Serviço Social ocorreu no
marco do processo de consolidação da profissão, a partir da apropriação do Serviço Social
americano e particularmente do Método do Serviço Social de Caso. Que de acordo com
Nicholds apoiava-se numa perspectiva de ajustamento do indivíduo ao meio social. O estudo
social de caso norteava-se pela busca das informações
 Inerentes ao indivíduo (aparência física, capacidade mental, habilitações específicas)
 Inerentes ao ambiente ((tipo de casa, tipo de emprego do presente e do passado etc.,)
A busca por soluções as demandas concentrava-se nas questões relacionadas a
personalidade e adaptação dos indivíduos.
Com a incorporação da teoria social de Marx pelo Serviço Social a realização dos estudos
socioeconômicos adquiriram uma nova configuração fundamentada em dois aspectos
principais:
 Mudança na interpretação, onde as necessidades dos sujeitos singulares não são mais
compreendidas como problemas individuais. E, dessa forma é compreendida como uma
expressão da questão social inerente a sociedade capitalista, não se discutindo a
competência ou incompetência do indivíduo na satisfação de suas necessidade sociais;
 Redimensionamento que a perspectiva crítico-dialética traz para o fazer profissional
teleologicamente orientado para a transformação social. Assim além da
instrumentalidade e dos instrumentos para a sua realização apresenta um compromisso
ético com a transformação social. E no terreno sócio-histórico atual apresenta-se como
um instrumento para a garantia dos direitos de cidadania através do desenvolvimento
de políticas sociais e consolida-se como um instrumento para o enfrentamento das
expressões da questão social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 68


Assim, esses estudos passam ser entendidos como ações significativas no processo de
efetivação, garantia e ampliação de direitos fundamentais e no enfrentamento das
expressões da questão social. Assim, exigi-se a ampliação da ação profissional para além dos
sujeitos singulares que serve de subsídio para as respostas coletivas às demandas que são
“singulares”.
O que são estudos socioeconômicos:
Os estudos socioeconômicos/estudos sociais referem-se a um conjunto de
procedimentos, atos, atividades realizados a partir da necessidade de consecução de
determinados objetivos. Possui uma dimensão operativa e uma dimensão ética.
Na perspectiva operacional, os estudos socioeconômicos/estudo social podem ser
compreendidos como o processo de conhecimento de uma determinada situação social,
cuja finalidade imediata é a emissão de um parecer acerca da situação que demandou o
estudo, seja para garantir o acesso a benefícios e serviços, seja para mediar situações
conflitantes. Pode ainda ser utilizado para analisar as condições de uma determinada
população com vistas a subsidiar o planejamento e a gestão de serviços e programas, bem
como a reformulação ou a formulação de políticas sociais.
As situações que demandam sua utilização são variadas e por causa disso os estudos
socioeconômicos assumem determinadas características e finalidades condicionadas tanto
pelas especificidades das áreas (saúde, educação, judiciário), como pela natureza dos
espaços sociocupacionais (o público, o privado) o que se coloca como um desafio para o
assistente social.
Os estudos socioeconômicos/estudos sociais se realizam pela abordagem de
determinados sujeitos que estão envolvidos na situação que demandou a ação. Tal
abordagem pode ocorrer de diversas maneiras, sendo a mais comum nos estudos
socioeconômicos as abordagens individuais e grupais realizadas com a utilização de
instrumentos como: a entrevista, a observação, a reunião, a visita domiciliar e a análise de
documentos.
A elaboração do documento final apresenta-se como uma resposta dada a partir de um
estudo com perspectiva de totalidade, de uma demanda apresentada em sua singularidade.
A realização do estudo social se move em um terreno contraditório, tanto pela
contradição inerente a sociedade capitalista, como pelas contradições que se desenvolvem

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 69


no cotidiano do trabalho do assistente social, exigindo, desse modo do profissional tanto
competência teórico-metodológica como ético-política.
Seu redimensionamento na perspectiva crítica significa tanto o rompimento da
perspectiva de individualização dos problemas sociais como a afirmação dos compromissos
éticos.

RESOLUÇÃO 557/2009, DE 15 DE SETEMBRO DE 2009

Concurseiro, essa resolução tem sido cobrado nos concursos, então faça a leitura atenta
dessa resolução.
Ementa: Dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas conjuntos entre o
assistente social e outros profissionais.
A Presidente do Conselho Federal de Serviço Social, no uso de suas atribuições legais e
regimentais;
Considerando que o profissional assistente social vem trabalhando em equipe
multiprofissional, onde desenvolve sua atuação, conjuntamente com outros profissionais,
buscando compreender o indivíduo na sua dimensão de totalidade e, assim, contribuindo
para o enfrentamento das diferentes expressões da questão social, abrangendo os direitos
humanos em sua integralidade, não só a partir da ótica meramente orgânica, mas a partir de
todas as necessidades que estão relacionadas à sua qualidade de vida;
Considerando a crescente inserção do assistente social em espaços sócio-ocupacionais que
exige a atuação com profissionais de outras áreas, requerendo uma intervenção
multidisciplinar com competência técnica, teórico-metodológica e ético-política;
Considerando que as leis que prevêem a atuação multidisciplinar não especificam os limites
de cada área profissional no desenvolvimento e na elaboração dos trabalhos técnicos
conjuntos, cabendo, no caso das profissões regulamentadas, serem disciplinados por seus
Conselhos Profissionais respectivos;
Considerando ser inadmissível, juridicamente, que em uma mesma manifestação técnica,
tenha consignado o entendimento conjunto de duas áreas profissionais regulamentadas,
sem que se delimite o objeto de cada uma, tendo em vista, inclusive, as atribuições
privativas de cada profissão;
Considerando que o assistente social é o profissional graduado em Serviço Social, com a
habilitação para o exercício da profissão mediante inscrição junto ao Conselho Regional de

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 70


Serviço Social, tendo suas competências e atribuições privativas previstas na Lei 8662/93,
sendo vedado que outro profissional subscreva seu entendimento técnico em matéria de
Serviço Social, mesmo considerando a atuação destes em equipe multiprofissional;
Considerando, a necessidade de regulamentar a matéria em âmbito nacional, para orientar
a prática profissional do assistente social, na sua atuação em equipes multiprofissionais;
Considerando as normas previstas no Código de Ética do Assistente Social, regulamentado
pela Resolução CFESS nº 273/93 de 13 de março de 1993;
Considerando que é função privativa do assistente social a realização de vistorias, perícias
técnicas, laudos periciais, informações, pareceres, ou seja, qualquer manifestação técnica,
sobre matéria de Serviço Social, em conformidade com o inciso IV do artigo 5º da Lei 8662
de 07 de junho de 1993;
Considerando ser de competência exclusiva do CFESS a regulamentação da presente matéria,
conforme previsão do “caput” e de seu inciso I do artigo 8º da Lei 8662/93; Considerando a
aprovação da presente Resolução pelo Conselho Pleno do CFESS, em reunião realizada em
09 de setembro de 2009.

Resolve:
Art. 1°. A elaboração, emissão e/ ou subscrição de opinião técnica sobre matéria de SERVIÇO
SOCIAL por meio de pareceres, laudos, perícias e manifestações é atribuição privativa do
assistente social, devidamente inscrito no Conselho Regional de Serviço Social de sua área de
atuação, nos termos do parágrafo único do artigo 1º da Lei 8662/93 e pressupõem a devida
e necessária competência técnica, teórico-metodológica, autonomia e compromisso ético.
Art 2°. O assistente social, ao emitir laudos, pareceres, perícias e qualquer manifestação
técnica sobre matéria de Serviço Social, deve atuar com ampla autonomia respeitadas as
normas legais, técnicas e éticas de sua profissão, não sendo obrigado a prestar serviços
incompatíveis com suas competências e atribuições previstas pela Lei 8662/93.
Art. 3º. O assistente social deve, sempre que possível, integrar equipes multiprofissionais,
bem como incentivar e estimular o trabalho interdisciplinar.
Parágrafo único – Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá
respeitar as normas e limites legais, técnicos e normativos das outras profissões, em
conformidade com o que estabelece o Código de Ética do Assistente Social, regulamentado
pela Resolução CFESS nº 273, de 13 de março de 1993.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 71


Art. 4°. Ao atuar em equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a
especificidade de sua área de atuação.
Parágrafo primeiro - O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto
da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional,
deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua
atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que
devem estar contemplados na opinião técnica.
Parágrafo segundo - O assistente social deverá emitir sua opinião técnica somente sobre o
que é de sua área de atuação e de sua atribuição legal, para qual está habilitado e
autorizado a exercer, assinando e identificando seu número de inscrição no Conselho
Regional de Serviço Social.
Parágrafo terceiro - No atendimento multiprofissional a avaliação e discussão da situação
poderá ser multiprofissional, respeitando a conclusão manifestada por escrito pelo
assistente social, que tem seu âmbito de intervenção nas suas atribuições privativas.
Art. 5º. O não cumprimento dos termos da presente Resolução implicará, conforme o caso,
na apuração das responsabilidades éticas do assistente social por violação do Código de Ética
do Assistente Social.
Art. 6°. O CFESS e os CRESS deverão se incumbir de dar plena e total publicidade a presente
norma, por todos os meios disponíveis, de forma que ela seja conhecida pelos assistentes
sociais, bem como pelas instituições, órgãos ou entidades que mantêm em seus quadros
profissionais de Serviço Social.
Art. 7º. Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Pleno do CFESS. Art. 8º. Esta
Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando integralmente as
disposições em contrário.
Ivanete Salete Boschetti
Presidente do CFESS

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 72


Confira, agora, os esquemas da resolução 557/2009.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 73


CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 74
ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO SOCIAL A INDIVIDUOS, GRUPOS E
FAMÍLIAS
Concurseiro, o texto da autora Célia Mioto (2009) “Orientação, acompanhamento social
a individuos, grupos e famílias” cada vez mais é cobrado nas provas de concursos, em
especial nas bancas CESPE/UNB (CEBRASP) e FCC. Assim, fizemos um resumo desse texto
para que você aprenda sobre esse tema.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 75


De acordo com Mioto (2009, p.3) as ações profissionais são dotadas de caráter
educativo e se desenvolvem mediatizadas pelas políticas sociais que garantem o acesso aos
serviços, programas e benefícios sociais.
A orientação e o acompanhamento como ações de natureza socioeducativa interferem
diretamente na vida dos indivíduos, dos grupos e das famílias. Assim, a orientação e o
acompanhamento, enquanto ações socioeducativas realizadas por assistentes sociais
alinhados ao atual projeto ético-político da profissão, podem “contribuir para o
fortalecimento de processos emancipatórios, nos quais há a formação de uma consciência
crítica dos sujeitos frente à apreensão e a vivência da realidade, sendo ela, também
facilitadora de processos democráticos, garantidores de Direitos e de relações horizontais
entre profissionais e usuários, ao mesmo tempo que projeta a sua emancipação e a
transformação social. (LIMA, 2006, p. 137)”.
O desenvolvimento das ações socioeducativa está vinculado a três grandes processos de
articulação das ações profissionais, que são:
1-político-organizativos: os processos político-organizativos correspondem ao conjunto de
ações profissionais, entre as quais se destacam as de mobilização e assessoria, que visam à
participação política e à organização da sociedade civil para garantir e ampliar os Direitos na
esfera pública e exercer o controle social
2- planejamento e gestão: : os processos de planejamento e gestão correspondem ao
conjunto de ações de planejamento, gestão e administração de políticas sociais, de
instituições e de empresas públicas ou privadas, bem como do próprio trabalho do Serviço
Social
3-processos socioassistenciais: correspondem ao conjunto de ações profissionais
desenvolvidas, a partir de demandas singulares, no âmbito da intervenção direta com os
usuários em contextos institucionais.
Os processos de articulação das ações profissionais que são os processos
político-organizativos, processos de planejamento e gestão e os processos
socioassistenciais se articulam dialeticamente e estão fundados na dimensão investigativa
da profissão, no planejamento e na documentação das ações profissionais. Veja isso no
esquema a seguir.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 76


As ações socioeducativas têm a mesma finalidade, mas assumem objetivos
diferenciados e formas particulares de desenvolvimento de acordo com as demandas e as
necessidades advindas dos diferentes âmbitos em que transitam os assistentes sociais.
Mioto (2009) informa que, anteriormente, a lógica tradicional dos processos
socioassistenciais era voltados prioritariamente para a consecução de objetivos
institucionais, mas a nova lógica socioeducativa busca romper com isso.
 AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS:
Para Mioto a orientação e o acompanhamento configuram-se como ações
socioeducativas que se desenvolvem nos processos socioassistenciais e que se articulam
organicamente com os processos de planejamento e gestão e com os processos
político-organizativos.
Assim, a autora entende que a lógica das ações socioeducativas está centrada nos
usuários, enquanto sujeitos de Direitos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 77


De acordo com Mioto (2009, p.5) “As ações socioeducativas, no âmbito dos processos
socioassistenciais, se estruturam sobre dois pilares. Um relacionado à socialização de
informações e outro referente ao processo reflexivo desenvolvido na trajetória da relação
estabelecida entre profissionais e usuários”. Confira nosso esquema a seguir.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 78


Agora, vamos conhecer um pouco sobre a socialização de informações e do processo
reflexivo, elas são muito cobradas nas provas de concursos.
Pilares que estruturam AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS, no âmbito dos processos
socioassistenciais
SOCIALIZAÇÃO DE INFORMAÇÕES PROCESSO REFLEXIVO
 pautada no compromisso da  se desenvolve no percurso
garantia do direito à informação, (caminho) que o assistente social faz
como direito fundamental de com os usuários para buscar
cidadania. respostas para suas necessidades,
 é um componente fundamental para imediatas ou não.
a viabilização de direitos, pois se  tem como objetivo a formação da
apresenta como uma ação de consciência crítica.
fortalecimento do usuário para  a sustentação desse processo
acessar esses direitos e para mudar a reflexivo, acontece por meio da
sua realidade. interpenetração de dois elementos
 O direito a informação abrange fundamentais que são o DIÁLOGO E
tanto o acesso a informação como a PROBLEMATIZAÇÃO.
compreensão da informação, pois é
essa compreensão que vai
possibilitar ao usuário fazer uso dos
direitos em seu cotidiano;
 É uma alternativa a tradicional
orientação e ao enquadramento
institucional do usuário;
O que se espera conseguir com ações socioeducativas? Mioto (2009), explicita que
“espera-se que por meio do processo educativo, o usuário – com informação e reflexão –
ganhe mais autonomia para circular no espaço social, tomar decisões sobre as formas de
conduzir sua vida, avançar na consciência de sua cidadania e ter participação em diferentes
instâncias da esfera pública, especialmente nas de controle social.”
Para atingir os objetivos das ações socioeducativas é necessário o estabelecimento de
vínculos e a conformação de uma relação democrática entre profissionais e usuários.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 79


Finalizando, as ações socioeducativas no âmbito dos processos socioassistenciais
ocorrem nos diversos espaços e políticas em que transita o assistente social.
 AS AÇÕES SOCIOEDUCATIVAS COM INDIVÍDUOS, GRUPOS E FAMÍLIAS
Para propor ações socioeducativas é necessário:
 Conhecimento,do “espaço sócio-ocupacional e do campo em que o assistente social
está inserido”;
 Conhecimento das demandas/necessidades dos usuários tanto nas suas
singularidades como conjunto dos usuários ao longo do tempo;
 Conhecimento advindo das diferentes fontes e trabalhado de forma articulada é que
torna possível a proposição e o planejamento das ações socioeducativas;
A abordagens dos processos educativos podem ser INDIVIDUAIS ou GRUPAIS, quando
são grupais permitem o processo educativo de forma coletiva. Em ambos são necessário
planejamento e avaliação sistemático.
Para finalizar ressaltaremos que Mioto (2009) informa que as ações socioeducativas não
existe enquanto MODELO PRÉ-DEFINIDO.

TRABALHO EM QUIPE INTERDISCIPLINAR, MULTIDISCIPLINAR E


TRANSDISCIPLINAR
Para trabalhar esse tema recorremos a vários autores e montamos uma síntese para
vocês. Esperamos que você estude bem essa síntese e que acerte as questões desse tema
nas provas de concursos.
 TRABALHO INTERDISCIPLINAR
De acordo com Minayo (2012), o trabalho interdisciplinar consiste em uma articulação
entre diversas disciplinas, tendo como o foco o objeto, o problema ou o tema complexo,
para qual não basta a resposta em apenas uma só área. No trabalho Interdisciplinar existe a
identificação de uma problemática em comum que será trabalhada pela equipe.
Para Gomes e Deslandes (1994), a interdisciplinariedade não anula a disciplinaridade,
ou seja, o que é específico de cada área do conhecimento. Esses autores também ressaltam
que a interdisciplinariedade não significa uma justaposição de saber, em seu trabalho, não
existe uma anulação da especificidade de cada área do conhecimento.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 80


Para Morin (2007), a interdisciplinariedade consiste em várias disciplinas reunidas, cada
uma afirmando os seus saberes, seus direitos em relação a outras disciplinas. No trabalho
interdisciplinar existe uma troca e cooperação, tornado-se assim em algo orgânico.
Outra contribuição de fundamental importância sobre esse tema é a de Sampaio et al.
(2010, p.82), segundo ela “a interdisciplinaridade exige que cada especialista ultrapasse os
seus próprios limites, abrindo-se às contribuições de outras disciplinas. A
interdisciplinaridade é uma relação de reciprocidade, de mutualidade, que pressupõe uma
atitude diferente a ser assumida frente ao problema do conhecimento, isto é, substitui a
concepção fragmentária pela unitária do saber”. Na interdisciplinaridade as disciplinas
conduzem a uma interação, a uma subjetividade, horizontalidade.
Concurseiro, no trabalho interdisciplinar reúnem-se profissionais de diversas áreas, cada
um com suas especificidades, esses profissionais têm um objeto de trabalho em comum, e
eles realizaram seu trabalho de forma integrada, respeitando contudo o conhecimento e
atribuições privativas de cada um. O trabalho interdisciplinar não ocorre de forma isolada,
nele existe troca e cooperação.
Os concursos têm cobrado de forma frequente a relação entre Interdisciplinariedade e a
emissão de parecer social, laudo social e opinião técnica. Sem dúvidas o que mais vem sendo
questionado nos concursos é a respeito do parecer, dessa forma tenha em mente que em
nenhuma hipótese o assistente social poderá assinar parecer coletivo. O parecer social em
material de serviço social é atribuição privativa do assistente social de acordo com a lei de
regulamentação e com a resolução do CFESS de n°557/2009. Então mesmo que o assistente
social esteja ocupando equipe interdisciplinar ou multidisciplinar ele não pode assinar
parecer coletivo.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 81


 TRABALHO MULTIDISCIPLINAR
O trabalho multidisciplinar ocorre também como um trabalho onde existem diversos
profissionais, de diversas áreas envolvidos.O grande ponto que diferencia o trabalho
Multidisciplinar do trabalho Interdisciplinar é o ISOLAMENTO. No trabalho multidisciplinar
as disciplinas não se comunicam, não interagem entre sim, não existe a troca e a
cooperação que se tem no trabalho interdisciplinar. De acordo com Sá (2000) a
multidisciplinaridade se caracteriza pela justaposição de saberes, sem haver uma
coordenação.
No trabalho Multidisciplinar existe um objeto comum assim como no interdisciplinar.
Todavia, a cooperação é mínima, dessa forma não é favorecido a troca de informação entre
os saberes que estão envolvidos.
Concurseiro, no trabalho multidisciplinar vários profissionais de diversas áreas tem um
objeto de trabalho em comum, entretanto trabalham esse objeto de forma isolada, sem
uma cooperação e troca.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 82


 TRABALHO TRANSDISCIPLINAR
O trabalho Transdisciplinar é uma denominação mais ampla de trabalho, ele é composto
por um esquema cognitivo que atravessam as disciplinas. Esse tipo de trabalho é uma
reunião das redes complexas de interdisciplinariedade, poli-disciplinaridade e
transdisciplinaridade que operam e desempenham um papel fecundo na ciência (MORIN,
2007);
Transdisciplinaridade não é apenas unir disciplinar, ela ocorre quando existe uma fusão
de conhecimento buscando a construção de um novo conhecimento, em conjunto. As
disciplinas que compõe o trabalho transdisciplinar devem ser ao mesmo tempo abertas e
fechadas, devem se comunicar uma com as outras.
No trabalho transdisciplinar se busca a formação de um novo conhecimento que foi
construído em conjunto com os diversos profissionais.
De acordo com Sá (2010) a Transdisciplinaridade corresponde ao nível mais elevado de
interdisciplinaridade.

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CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 84
QUESTÕES COMENTADAS

A seguir você terá acesso a 220 questões. As questões estão divididas por tema e por
banca. Esperamos que elas te ajudem em seus estudos. Não esqueça de estudar a parte
teórica dessa apostila, ela te dará subsídio para responder todas as questões a seguir.

INSTRUMENTALIDADE NO SERVIÇO SOCIAL


 CESPE/UNB
1-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) A instrumentalidade do serviço social
circunscreve-se ao conjunto de instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social no
âmbito da dimensão técnico-operativa.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A autora Yolanda Guerra explicita que “a primeira vista, o tema
instrumentalidade no exercício profissional do assistente social parece ser algo referente ao
uso daqueles instrumentos necessários ao agir profissional, através dos quais os assistentes
sociais podem efetivamente objetivar suas finalidades em resultados profissionais
propriamente ditos. Porém, uma reflexão mais apurada sobre o termo instrumentalidade
nos faria perceber que o sufixo “idade” tem a ver com a capacidade, qualidade ou
propriedade de algo. Com isso podemos afirmar que a “instrumentalidade no exercício
profissional refere-se, não ao conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a
instrumentação técnica), mas a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva
da profissão, construída e reconstruída no processo sócio-histórico.”

2-(FUB-ASSISTENTE SOCIA-2018-CESPE/UNB) A instrumentalidade do serviço social


compreende uma mediação necessária para potencializar o exercício profissional do
assistente social, no qual o planejamento e seus instrumentos são atribuições e
competências que devem estar direcionadas a favor de todos os indivíduos de determinada
sociedade, sem distinção de renda ou classe.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A instrumentalidade do Serviço Social enquanto uma mediação
necessária para potencializar o exercício profissional do assistente social, no qual o
planejamento e seus instrumentos são atribuições e competências que devem estar

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 85


direcionadas a favor da classe trabalhadora (e não a favor de todos os indivíduos de
determinada sociedade, sem distinção de renda ou classe como menciona a questão). Os
instrumentos normativos são a materialização do Projeto Ético-Político profissional que
fortalecem e respaldam as ações profissionais na direção de um projeto em defesa dos
interesses da classe trabalhadora e que se articula com outros sujeitos sociais na construção
de uma sociedade anticapitalista, conforme é explicitado pelo código de ética do assistente
social.

3-(DPU-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Segundo Guerra, a instrumentalidade no


exercício profissional refere-se a determinada capacidade ou propriedade constitutiva da
profissão, a qual é construída e reconstruída no processo sócio-histórico, e não à
instrumentação técnica da profissão, que diz respeito ao conjunto de seus instrumentos e
técnicas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Guerra (2007), em um primeiro momento,
costuma-se associar instrumentalidade com o uso de instrumentos e técnicas, entretanto, o
aprofundamento do tema mostra que instrumentalidade é uma determinada capacidade ou
propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída no processo sócio histórico.
Assim, a autora reafirma que a instrumentalidade é “uma propriedade e/ou capacidade que
a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela possibilita que os
profissionais objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais. É por meio desta
capacidade, adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais modificam,
transformam, alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e
sociais existentes num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano”
(GUERRA, 2007, p.2).

4-(DPU-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) A instrumentalidade segundo a concepção


crítico-dialética, concepção esta hegemônica no atual projeto ético-político do serviço social
brasileiro, não se configura como categoria ontológica, visto que se dirige a um arsenal de
técnicas e métodos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 86


GABARITO: ERRADO. O que torna a questão errada é a palavra NÃO, pois de acordo com
Guerra a instrumentalidade segundo a concepção crítico dialética, concepção esta
hegemônica no atual projeto ético-político do serviço social brasileiro, SE CONFIGURA SIM
como categoria ontológica, visto que se dirige a um arsenal de técnicas e métodos,
ENTRETANTO, TAMBÉM NÃO SE RESTRINGE AS TÉCNICAS E MÉTODOS.

 FCC
5-(TRF-3° REGIÃO-ASSISTENTE SOCIAL- 2014-FCC) Em referência à instrumentalidade do
Serviço Social, compreendida pela teoria crítica social, é correto a firmar:
(A) A intervenção profissional é uma ação teleológica que implica uma escolha consciente
das alternativas dadas e a elaboração de um projeto profissional.
(B) O conceito de instrumentalidade não se aplica no universo do trabalho do assistente
social, com a intenção de colaborar com o rompimento das amarras de uma ordem
conservadora.
(C) A instrumentalidade é orientada pelas dimensões da particularidade e da totalidade.
(D) A dimensão formativa não remete a um conjunto de conhecimentos, competências e
saberes práticos, com habilidades múltiplas.
(E) O debate sobre instrumentalidade está restrito aos procedimentos técnico-operativos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. De acordo com Guerra (2007) toda intervenção profissional é uma ação
teleológica que implica uma escolha consciente das alternativas objetivamente dadas e a
elaboração de um projeto no qual o profissional lança luzes sobre os fins visados e busca os
meios que, a seu juízo, são os mais adequados para alcança-los.

6-(MPE/MA-ASSISTENTE SOCIAL-2013-FCC) A instrumentalidade no trabalho do Assistente


Social é entendida como uma propriedade sócio-histórica da profissão, possibilitando o
atendimento das demandas e o alcance de objetivos profissionais e sociais, constituindo-se
assim, uma possibilidade concreta de reconhecimento social da profissão. Nesse sentido,
analise as assertivas abaixo.
I. A instrumentalidade do Serviço Social se dá em três níveis: no que diz respeito à sua
funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; no que se refere à sua peculariedade

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 87


operatória; e como uma mediação que permite a passagem das análises universais às
singularidades da intervenção profissional.
II. São três as dimensões de competências que o Assistente Social deve dominar no
desenvolvimento de seu trabalho profissional na contemporaneidade: ético-política,
técnico-operativa e teórico- metodológica; não devendo ser desenvolvidas separadamente.
III. A instrumentalidade no exercício profissional do Assistente Social refere-se,
exclusivamente, ao conjunto de instrumentos e técnicas operacionalizadas pelo mesmo.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. O item I está correto de acordo com Guerra (2000) que compreende a
instrumentalidade em três níveis; da instrumentalidade do Serviço Social face o projeto
burguês que se refere à sua funcionalidade ao projeto reformista da burguesia; da
instrumentalidade das respostas profissionais que se refere à sua peculiaridade operatória,
aspecto instrumental operativo frente às demandas das classes; e como uma mediação que
permite a passagem das análises universais às singularidades da intervenção profissional. O
item II está correto o fazer profissional do assistente social está amparado nas três
competências profissionais: dimensão teórico- metodológica; dimensão ético-política;
dimensão técnico-operativa. Estas não dever ser desenvolvidas separadamente dada a
relação de interdependência existente entre elas.O item III está incorreto de acordo com
Guerra (2000) a instrumentalidade no exercício profissional refere-se, não ao conjunto de
instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação técnica), mas a uma determinada
capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruida no processo
sócio-histórico.

7-(CLDF-ASSISTENTE SOCIAL-2018-FCC) O debate sobre a relação entre a instrumentalidade


profissional e as concepções dos projetos ainda postos para a categoria profissional, remete

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 88


a formas diferenciadas de compreendê-la. Nesse sentido, esses projetos são classificados
como:
(1) o hegemonizado pela razão instrumental e com a razão formal-abstrata; e
(2) o aportado nos fundamentos marxistas e na razão dialética.
........ Norteia-se pela relação meios e fins carregados de intencionalidade.
........Garante a visão formalista da profissão e se expressa por modelos, metodologias
apriorísticas, por tipologias e pautas de como fazer.
........ A profissão é concebida como uma técnica social, podendo ser considerada, no
máximo, uma ciência social aplicada.
........ Só pode ocorrer da ruptura com o entendimento da centralidade de instrumentais e
técnicas profissionais, o que não significa negar sua importância.
........ Estabelece uma ruptura entre teoria/prática e pesquisa. A correta correlação está:
(A) 1 − 1 − 2 − 2 − 1
(B) 2 − 1 − 1 − 1 − 2
(C) 1 − 2 − 1 − 2 − 1
(D) 2 − 2 − 1 − 1 − 1
(E) 2 − 1 − 1 − 2 − 1
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Conforme elaborações de Guerra (2013, 2016), o debate sobre a relação entre
a instrumentalidade profissional e as concepções dos projetos ainda postos para a categoria
profissional, remete a formas diferenciadas de compreendê-la. Assim, podemos falar em
dois projetos profissionais incompatíveis e inconciliáveis.
1) O primeiro é o projeto hegemonizado pela razão instrumental que se combina com a
razão formal-abstrata. Esse apresenta as seguintes características:
 Garante a visão formalista da profissão e se expressa por modelos, metodologias
apriorísticas, por tipologias e pautas de como fazer, concepção orientada pelo
referencial das correntes positivistas, entre elas o neopositivismo e o pragmatismo.
 Ao ser capturada por uma racionalidade formal-abstrata, a profissão é concebida como
uma técnica social, podendo ser considerada, no máximo, uma ciência social aplicada.
 Estabelece uma ruptura entre teoria/prática e pesquisa, quando do uso da racionalidade
formal-abstrata e da razão instrumental, pois a ênfase é nos instrumentos e técnicas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 89


2) O outro é o projeto ético-político hegemônico aportado nos fundamentos marxistas e na
razão dialética. Esse apresenta as seguintes características:
 Norteia-se pela relação meios e fins carregados de intencionalidade, não pressupondo a
neutralidade profissional, vista nas razões formal-abstrata e instrumental.
 O debate da instrumentalidade na concepção marxista só pode ocorrer da ruptura com
o entendimento da centralidade de instrumentais e técnicas profissionais, o que não
significa negar sua importância.

8-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL- 2018- ESP. EDUCAÇÃO- FCC) Para a elaboração de
respostas mais qualificadas na construção de novas legitimidades do Serviço Social, é
necessário investir numa instrumentalidade no exercício profissional do assistente social. Tal
instrumentalidade se refere
(A) a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e
reconstruída no processo sóciohistórico e é por meio desta capacidade, que os profissionais
alteram o cotidiano, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes para o
alcance dos objetivos profissionais.
(B) às técnicas que devem ser empregadas no cotidiano profissional no universo das práticas
reformistas integradoras que visam controlar e adaptar comportamentos, moldar
subjetividades e formas de sociabilidade necessárias à reprodução da ordem capitalista
vigente.
(C) às ações instrumentais pragmáticas e imediatistas que o trabalhador deve ficar atento, a
partir da mera requisição instrumental-operativa do mercado de trabalho por eficácia e
eficiência, considerando a necessidade de responder imediatamente às situações de
patologia social existentes.
(D) ao conjunto de instrumentos utilizados no agir profissional, como um fim em si mesmo,
através dos quais o assistente social pode concretamente alcançar suas finalidades seguindo
as técnicas como “receituários” ou “manual passo a passo”.
(E) ao uso de instrumentos e técnicas isentas de conteúdo valorativo, que são suficientes
para responder à realidade cotidiana e às complexas demandas do exercício profissional, nas
quais a preocupação se restringe à eficácia dos fins.

COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 90


GABARITO: A. De acordo com Guerra (2007) “a instrumentalidade no exercício profissional
refere-se, não ao conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação
técnica), mas a uma determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão,
construída e reconstruída no processo sócio-histórico. Ela possibilita que os profissionais
objetivem sua intencionalidade em respostas profissionais. É por meio desta capacidade,
adquirida no exercício profissional, que os assistentes sociais modificam, transformam,
alteram as condições objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes
num determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano”.

 IBFC
9-(SES-PR/ 2016/ ASSISTENTE SOCIAL/ IBFC) Guerra (2009) tornou-se célebre no Serviço
Social por sua ampla colaboração no sentido da fundamentação teórica para sua profissão.
Um dos conceitos elaborados por essa autora refere-se ao termo “instrumentalidade”.
Considerando assim as colaborações de Guerra (2010) julgue as afirmativas abaixo:
I. O termo instrumentalidade nos faria perceber que o sufixo “idade” tem a ver com a
capacidade, qualidade ou propriedade de algo e por conseguinte, não se aplica ao Serviço
Social.
II. A instrumentalidade é construída e reconstruída no processo sócio-histórico.
III. A instrumentalidade no exercício profissional refere-se a uma determinada capacidade ou
propriedade constitutiva da profissão.
IV. A instrumentalidade no exercício profissional refere-se apenas ao conjunto de
instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação técnica).
Estão corretas as afirmativas:
(A) I e II.
(B) II e III.
(C) II e IV.
(D) I e IV.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Segundo Guerra (2009) “a primeira vista, o tema instrumentalidade no
exercício profissional do assistente social parece ser algo referente ao uso daqueles
instrumentos necessários ao agir profissional, através dos quais os assistentes sociais podem
efetivamente objetivar suas finalidades em resultados profissionais propriamente ditos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 91


Porém, uma reflexão mais apurada sobre o termo instrumentalidade nos faria perceber que
o sufixo “idade” tem a ver com a capacidade, qualidade ou propriedade de algo. Com isso
podemos afirmar que a instrumentalidade no exercício profissional refere-se, não ao
conjunto de instrumentos e técnicas (neste caso, a instrumentação técnica), mas a uma
determinada capacidade ou propriedade constitutiva da profissão, construída e reconstruída
no processo sócio-histórico”.

 VUNESP
10-(PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO- ASSISTENTE SOCIAL-2013-VUNESP) Conforme Guerra,
no que se refere à funcionalidade do Serviço Social ao projeto reformista da burguesia, sua
instrumentalidade remete à sua condição de instrumento de controle, que serve à
manutenção da produção material e reprodução ideológica da força de trabalho, tendo em
vista a sua função de intervir nas sequelas da questão social, por meio de(a)
(A) políticas e/ou serviços sociais.
(B) ações solidárias.
(C) prestação de atendimentos esporádicos.
(D) parceria com o setor privado.
(E) filantropia empresarial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. A instrumentalidade do Serviço Social face ao projeto burguês, para Guerra,
significa a capacidade que a profissão porta (dado ao caráter reformista e integrador das
políticas sociais) de ser convertida em instrumento, em meio de manutenção da ordem, a
serviço do projeto reformista da burguesia. Neste caso, dentro do projeto burguês de
reformar conservando, o Estado lança mão de uma estratégia histórica de controle da ordem
social, qual seja, as políticas sociais, e requisita um profissional para atuar no âmbito da sua
operacionalização: os assistentes sociais. Este aspecto está vinculado a uma das funções que
a ordem burguesa atribui à profissão: reproduzir as relações capitalistas de produção (p.8).

11-(PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO- ASSISTENTE SOCIAL-2013-VUNESP) Por quais razões


a instrumentalidade do exercício profissional pode ser pensada como mediação? Para
Guerra, em primeiro lugar, porque ela se exprime logicamente como uma particularidade
sócio-histórica do Serviço Social à ordem burguesa, dada pela sua inserção na divisão

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 92


sociotécnica do trabalho e, de outro lado, a instrumentalidade das respostas profissionais,
como meios para
(A) reproduzir sistemas organizados de adaptação.
(B) alcançar os objetivos da ordem social capitalista.
(C) superar a desigualdade de classes.
(D) criar mecanismos geradores de mudanças estruturais.
(E) compensar desequilíbrios socialmente aceitos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Reconhecer a instrumentalidade como mediação significa tomar o Serviço
Social como totalidade constituída de múltiplas dimensões: técnico-instrumental,
teórico-intelectual, ético-política e formativa (Guerra, 1997), e a instrumentalidade como
uma particularidade e como tal, campo de mediações que porta a capacidade tanto de
articular estas dimensões quanto de ser o conduto pelo qual as mesmas traduzem-se em
respostas profissionais. Para Guerra, em primeiro lugar, porque ela se exprime logicamente
como uma particularidade sócio-histórica do Serviço Social à ordem burguesa, dada pela sua
inserção na divisão sociotécnica do trabalho e, de outro lado, a instrumentalidade das
respostas profissionais, como meios para superar a desigualdade de classes. Já a
instrumentalidade das respostas profissionais são como meios para alcançar os objetivos da
ordem social capitalista.

 AOCP
12-(DESO-ES-Assistente Social-2013AOCP/AOCP) Preencha a lacuna e assinale a alternativa
correta. “A instrumentalidade do Serviço Social colocase não apenas como a dimensão
constituinte e constitutiva da profissão mais desenvolvida, referenciada pela pratica social e
histórica dos sujeitos que a realizam, mas, sobretudo como campo de
____________________ no qual os padrões de racionalidade e as ações instrumentais se
processam”.
(A) concentração
(B) junção
(C) dialética
(D) mediação
(E) posição

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 93


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:D. De acordo com Guerra (2000) “A Instrumentalidade do Serviço Social
coloca-se não apenas como dimensão constituinte e constitutiva da profissão mais
desenvolvida, referenciada pela prática social e histórica dos sujeitos que a realizam, mas ,
sobretudo, como campo de MEDIAÇÃO no qual os padrões de racionalidade e as ações
instrumentais se processam. Se isto é verdade, há que se discernir entre instrumentalidade,
enquanto conduto de passagem das racionalidades; ações instrumentais, enquanto
atividades finalisticas; e o grau de abrangência das modalidades da razão que iluminam as
ações profissionais”.

DIMENSÕES TEÓRICO-METODOLÓGICA, ÉTICO-POLÍTICA E TÉCNICO-OPERATIVA


 FCC
13-(DPE/SP-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FCC) Há 03 dimensões que devem ser do domínio do
assistente social: a de competência ético-política, a teórico-metodológica e
técnico-operativa. A dimensão técnica-operativa pressupõe que o profissional deve
conhecer, se apropriar, e sobretudo, criar um conjunto de habilidades técnicas que
permitam ao mesmo desenvolver as ações profissionais junto à população usuária e às
instituições contratantes. Considerando o exposto, analise as assertivas abaixo.
I. A intervenção de natureza técnico-operativa é neutra.
II. As 03 dimensões de competências não podem ser desenvolvidas separadamente.
III. A dimensão técnico-operativa é a forma de aparecer da profissão, pela qual é conhecida e
reconhecida.
IV. É no desenvolvimento da dimensão técnico-operativa que o profissional constroi,
reproduz códigos de orientação e um conjunto de valores e normas.
V. A dimensão técnico-operativa é mobilizada no atendimento dos objetivos imediatos.
Está correto o que se afirma em
(A) I, II, III e IV e V.
(B) I, III, IV e V, apenas.
(C) II, III, IV e V, apenas.
(D) III, IV e V, apenas.
(E) I, III e V, apenas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 94


GABARITO: C. Concurseiro, o item II está correto, de acordo com Guerra as dimensões só
existem em relação umas às outras. O item III está correto, de acordo com Guerra a
dimensão técnico-operativa é a forma de aparecer da profissão, pela qual é conhecida e
reconhecida. O item IV está correto, de acordo com Guerra é no desenvolvimento da
dimensão técnico-operativa que o profissional constrói; reproduz códigos de orientação e
um conjunto de valores e normas. O item V está correto, de acordo com Guerra no
atendimento dos objetivos imediatos, a dimensão técnico-operativa é mobilizada.

14-(CLDF-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FCC) Na história da profissão, em razão da sua própria


natureza, o debate sobre a dimensão técnico-operativa e as concepções sobre seus
instrumentos e técnicas, sempre esteve em evidência. Nesse sentido, considere as assertivas
abaixo.
I. Aplicar os meios requer conhecer os instrumentos, ter habilidades para utilizá-los,
capacidade para criá-los e escolher os mais adequados às finalidades postas.
II. A teoria não oferece os instrumentos e técnicas de intervenção propriamente ditos, mas
oferece subsídios para que eles sejam escolhidos, criados e utilizados.
III. A dimensão técnico-operativa envolve um conjunto de estratégias, táticas e técnicas
instrumentalizadoras da ação, que efetivam o trabalho profissional, e que expressam uma
determinada teoria, um método, uma posição política e ética.
IV. A articulação entre teoria e prática, investigação e intervenção, pesquisa e ação, ciência e
técnica não devem ser encaradas separadamente.
V. Os instrumentos e técnicas são os únicos elementos constitutivos da dimensão
técnico-operativa e expressam as demais dimensões da profissão.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II, IV e V.
(B) I, II e IV.
(C) I, II, III e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Conforme elaborações de Santos (2013) no artigo “A dimensão
técnico-operativa e os instrumentos e técnicas no Serviço Social”, na história da profissão,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 95


em razão da sua própria natureza, o debate sobre a dimensão técnico-operativa e as
concepções sobre seus instrumentos e técnicas, sempre esteve em evidência, assim ela faz
algumas colaborações, como:
 Aplicar os meios requer conhecer os instrumentos, ter habilidades para utilizá-los,
capacidade para criá-los e escolher os mais adequados às finalidades postas.
 A teoria não oferece os instrumentos e técnicas de intervenção propriamente ditos, mas
oferece subsídios para que eles, a autora ressalta que “não há uma relação direta entre
instrumentos e teorias, e sim entre teoria e método” (p.28).
 A autora destaca que “a dimensão técnico-operativa envolve um conjunto de
estratégias, táticas e técnicas instrumentalizadoras da ação, que efetivam o trabalho
profissional, e que expressam uma determinada teoria, um método, uma posição
política e ética” (p.26)
 A articulação entre teoria e prática, investigação e intervenção, pesquisa e ação, ciência
e técnica não devem ser encaradas separadamente.
 Os instrumentos e técnicas NÃO são os únicos elementos constitutivos da dimensão
técnico-operativa e expressam as demais dimensões da profissão, ela afirma que
“podemos dizer que os instrumentos e técnicas são: elementos que compõem os meios
de trabalho; elementos que, dentre outros, compõem a dimensão técnico-operativa do
Serviço Social” (p.29).

15-(TRT-3° REGIÃO-ASSISTENTE SOCIAL-2015- FCC) No que se refere às dimensões de


competências: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, que devem ser de
domínio do/a assistente social, elas
(A) acontecem de forma integrada, mas tendo como prevalência a dimensão
teórico-metodológica.
(B) podem e devem ser desenvolvidas separadamente, caso contrário cairemos em leituras e
intervenções na realidade superdimensionadas e messiânicas.
(C) permitem a ruptura com as condições objetivas e subjetivas do trabalho profissional
dentro dos espaços sócio-ocupacionais.
(D) devem ser consideradas de maneira autônoma, pois só assim podem dar respostas
qualificadas à realidade social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 96


(E) só existem em relação umas às outras, mas a dimensão técnico-operativa é a forma de
aparecer da profissão, pela qual ela é conhecida e reconhecida.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Para Guerra (2012), a dimensão técnico-operativa se constitui no modo de
aparecer da profissão, pela qual ela é conhecida e reconhecida.Desta forma, essa dimensão
técnico-operativa não pode ser considerada de maneira autônoma, uma vez que carrega em
si as demais dimensões. Igualmente, não pode ser considerada neutra: possui caráter
ético-político sustentado em fundamentos teóricos. Assim, para Santos (2013) s dimensões
de competências: teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, que devem ser de
domínio do/a assistente social, elas ó existem em relação umas às outras, mas a dimensão
técnico-operativa é a forma de aparecer da profissão, pela qual ela é conhecida e
reconhecida.

 VUNESP
16-(PREFEITURA DE ITAQUAQUECETUBA- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP) A perspectiva
teórico-metodológica prevalente no Serviço Social, nos dias atuais, significa mais do que a
abordagem de pautas, etapas, procedimentos e instrumentos profissionais. Além de
incorporar tais abordagens, essa perspectiva, acima de tudo, relaciona-se com o modo de ler,
interpretar e articular-se com a realidade, com os indivíduos organizados em classes. Para
isso, é necessária a apropriação da teoria, a capacitação teórico-metodológica e, ainda, um
ponto de vista
(A) diversificado.
(B) positivo.
(C) político.
(D) concreto.
(E) contemporâneo
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. O serviço Social apresenta três dimensões fundamentais: A dimensão
técnico-operativa, que diz respeito a execução da ação, a partir da análise da realidade e dos
valores e finalidades; a dimensão teórico-metodológica de leitura da realidade e dos
processos sociais; a dimensão ético-política que diz respeito ao planejamento da ação
tomando por base os valores defendidos na profissão. Em relação a essas dimensões, a

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 97


questão menciona a teórico-metodológica que permite a abordagem de pautas, etapas,
procedimentos e instrumentos profissionais. Além de incorporar tais abordagens, essa
perspectiva, acima de tudo, relaciona-se com o modo de ler, interpretar e articular-se com a
realidade, com os indivíduos organizados em classes. Para isso, é necessária a apropriação
da teoria, a capacitação teórico-metodológica e, ainda, um ponto de vista POLÍTICO.

17-(SAEG-ASSISTENTE SOCIAL-2015-VUNESP) É no cotidiano profissional que o assistente


social se depara com demandas e interesses contraditórios e com um leque de
possibilidades, o que lhe permite exercitar a sua autonomia, que sempre será relativa. Ao
fazer suas escolhas, no que se refere às finalidades estabelecidas, aos meios para alcançá-las
e às respostas profissionais, o assistente social exerce sua dimensão ético-política, a qual se
preocupa com os valores e com
(A) a perspectiva metodológica profissional.
(B) a sua direção social.
(C) a adequação do instrumental técnico.
(D) o componente tecnicista do social.
(E) a tendência sistêmica da profissão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Concurseiro, como já mencionado em nosso tópico sobre as dimensões do
trabalho do assistente social a dimensão ético-política está ligada ao compromisso social do
serviço social com o projeto ético-político, a sua direção social. Essa dimensão trata dos
diferentes compromissos que a profissão pode ter, das intencionalidades das ações, implica
tomada de posições.

INSTRUMENTAL
 CESPE
18-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O conceito de instrumental
técnico-operativo inclui ações e procedimentos adotados pelo profissional na consecução de
determinada finalidade.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETA. Segundo Martinelli (1994), é um conjunto articulado de instrumentos
e técnicas que permite a operacionalização da ação profissional. Dessa forma, as técnicas

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 98


não são portadoras de uma capacidade imanente de alcançar determinados resultados, pois
são mobilizadas a partir da capacidade teleológica dos sujeitos, no sentido de pôr finalidades,
a partir das necessidades presentes na realidade a ser transformada. Portanto, há um
conteúdo e uma direção social próprios ao uso das técnicas, que impossibilita qualquer
consideração sobre uma possível neutralidade técnica.

19-(DEPEN-ASSISTENTE SOCIAL-2015-CESPE/UNB) A teorização crítico-dialética no serviço


social desencadeou um processo de radicalização no debate da categoria profissional e
suprimiu a possibilidade de se efetivar o instrumental técnico-operativo próprio do serviço
social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:ERRADA. A teorização crítico-dialética não suprimiu(excluiu) a possibilidade de se
efetivar o instrumental técnico-operativo do Serviço Social, ocorreu o contrário debate
marxista que subsidiou o Serviço Social na construção de seu instrumental tanto
tecnico-operativo quanto teórico metodológico. O amparo na teoria social marxista
possibilitou ao Serviço Social a busca pela adequação e aprimoramento de seu instrumental
técnico-operativo. Dessa forma, possuindo a profissão um projeto
ético-político amparado nesse pensamento os instrumentos e técnicas utilizados pelos
profissionais devem estar voltados para fortalecer o compromisso com a classe trabalhadora
e suas lutas, defender os direitos humanos, buscando a equidade e a justiça social. Além
disso, essa teoria possibilita o conhecimento da realidade social e, sendo assim, possibilita a
escolha dos melhores instrumentos para intervir nessa realidade.

20-(MPU-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) O instrumental, o conjunto articulado de


instrumentos e técnicas que permite a operacionalização da ação profissional, abrange o
campo das técnicas, dos conhecimentos e das habilidades.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:CORRETA. De acordo com Martinelli (1994), os instrumentais técnico-operativos
são o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da
ação profissional.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 99


21-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) Na concepção atual do instrumental
técnico-operativo em serviço social, há um direcionamento metodológico prioritário ao
campo técnico, ficando o campo do conhecimento e habilidades a cargo de outras áreas
profissionais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADA. Na concepção atual do instrumental técnico-operativo em serviço
social o campo técnico, campo do conhecimento e habilidades caminham juntos, não há um
um direcionamento metodológico prioritário ao campo técnico.

22-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) O instrumental técnico-operativo é


entendido como a articulação entre instrumentos e técnicas, que expressa a conexão
entre um elemento constitutivo dos meios de trabalho (os instrumentos de trabalho) e o
seu desdobramento (as técnicas) ocorrido ao longo do desenvolvimento das forças
produtivas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:CORRETA. Segundo Trindade (2001, p.66), falar do instrumental
técnico-operativo é considerar “a articulação entre instrumentos e técnicas, pois expressam
a conexão entre um elemento ontológico do processo de trabalho (os instrumentos de
trabalho) e o seu desdobramento – qualitativamente diferenciado – ocorrido ao longo do
desenvolvimento das forças produtivas (as técnicas)”.

23-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) As práticas vinculadas a diferentes


projetos profissionais atribuem significações diferenciadas ao arsenal de instrumentos e
técnicas utilizado pelos assistentes sociais, não havendo, portanto, possibilidade de
autonomia do instrumental, que é parte da direção teórico-política da prática profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETA. De acordo com Trindade (2001) não existe autonomia do
instrumental, pois ele também compõe o projeto profissional, como elemento
fundamentalmente necessário à objetivação das ações profissionais; assim, o instrumental é
parte da direção teórico-política da prática profissional.

 FCC

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 100


24-(DPE/SP-2015-ASSISTENTE SOCIAL-FCC) O instrumental em Serviço Social
(A) é uma categoria relacional, uma instância meramente reflexiva para a ação profissional.
(B) expressa o eixo operacional da profissão e abrange exclusivamente o campo das técnicas.
(C) deve ser tomado isoladamente, ou seja, instrumento e técnica não constituem uma
unidade.
(D) não permite o uso da criatividade profissional, pois este é definido e fixado no processo
de sua utilização.
(E) é o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da
ação profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Martinelli (1994, p. 137) os instrumentais técnico-operativos
são como um “conjunto articulado de instrumentos e técnicas que permitem a
operacionalização da ação profissional”.

A INTENCIONALIDADE NA ESCOLHA DE INSTRUMENTOS E TÉCNICAS


 CESPE/UNB
25-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) A intencionalidade do profissional do
serviço social perpassa pela escolha dos instrumentos e técnicas utilizados no cotidiano de
intervenção profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Instrumentalidade do serviço social relaciona o conjunto de
instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social, considerando-se a intencionalidade
ético-política, técnico-operativa e teórico-metodológica do profissional. A escolha dos
instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social, pressupõe escolhas teóricas,
metodológicas e políticas. O/a Assistente Social tem a liberdade de escolher os
procedimentos técnicos a serem utilizados para a realização de uma ação na prática
profissional. Sua autonomia no exercício da profissão é garantida pelo Código de Ética da
profissão, no intuito de contribuir com o processo de investigação, conhecimento,
intervenção e avaliação de uma determinada situação.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 101


26-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB)O assistente social deve gozar de
autonomia frente ao órgão requisitante, no que diz respeito às escolhas dos instrumentais e
técnicas que irá utilizar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Tendo por base as considerações de Iamamoto, o assistente social
nos diferentes espaços sócio-institucionais possui relativa autonomia. Já no que tange ao
uso dos instrumentos e técnicas o assistente social, Fávero (2005) afirma que “o profissional
deve ter autonomia frente ao órgãos requisitor na escolha de instrumentos de estudo e
observação (visita domiciliar, entrevista com colaterais etc.) e o sigilo profissional deve ser
prevalecido” (p.62).

REFERÊNCIAL TÉORICO E O USO DOS INSTRUMENTOS


 CESPE/UNB
27-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) O referencial teórico não incide sobre o
uso instrumental de técnicas e protocolos profissionais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A instrumentalidade do serviço social relaciona o conjunto de
instrumentos e técnicas utilizados pelo assistente social, considerando-se a intencionalidade
ético-política e teórico-metodológica do profissional. Nesse sentido, o referencial teórico
incide diretamente sobre o uso instrumental de técnicas e protocolos profissionais.

28-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) Faculta-se ao assistente social a utilização


de instrumentos herdados da tradição profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O assistente social utiliza instrumentos já secularizados na tradição
profissional. Entretanto, o direcionamento dado no uso dos instrumentos, é de
responsabilidade de cada profissional.

29-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Discutir o exercício profissional acerca da


dimensão técnico-operativa e do instrumental técnico-operativo, em particular, implica

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 102


discutir o trabalho profissional como ele se apresenta, independentemente da relação com
os aspectos teórico-metodológicos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. O instrumental utilizado pelo assistente social em seu trabalho, não
pode ser visto, analisado e aplicado isoladamente, mas, organicamente articulado ao projeto
ético-político da profissão (indicação ética que adquire efetividade histórico-concreta
quando se tem uma direção político-profissional e que não se limitam a normatizações
morais, mais envolvem escolhas teóricas, ideológicas e políticas dos profissionais) fazendo
parte de um conjunto maior da profissão e de uma determinada concepção de serviço social.
Portanto, é incontestável atribuir hierarquia, a uma ou a outra; as dimensões
teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política do exercício profissional estão em
constante relação, mantêm suas especifidades, mas se complementam unilateralmente.

30-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Os instrumentos e as técnicas utilizados pelo


assistente social compõem um acervo profissional fundamentalmente técnico e de natureza
imparcial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Sarmento (2013, p.22) “o estudo, pesquisa e
sistematização acerca dos instrumentos e técnicas em Serviço Social não são meramente
uma afirmação tecnicista de profissionais que abdicam de referenciais teóricos críticos e
buscam meios de aplicação teórica”. Assim, os instrumentos e as técnicas utilizados pelo
assistente social NÃO compõem um acervo profissional fundamentalmente técnico e de
natureza imparcial.

31-(DEPEN-2015-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB) Em processos judiciais, instruções sociais


na área de serviço social limitam-se à dimensão técnico-operativa da profissão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. As dimensões profissionais estão interligadas, assim em processos
judiciais, instruções sociais na área de serviço social NÃO limitam-se à dimensão
técnico-operativa da profissão vão além, levando em consideração também as dimensões
teórico-metodológicas e ético-políticas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 103


INSTRUMENTOS DO SERVIÇO SOCIAL
 CESPE/UNB
32-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O uso de um instrumento de origem
tradicional inviabiliza a ruptura de práticas conservadoras.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. O uso de um instrumento de origem tradicional NÃO INVIABILIZA a
ruptura de práticas conservadoras, se você analisar corretamente concurseiro desde o início
do serviço social, utiliza-se instrumentos como entrevistas, visitas etc, o que muda é a forma
e o direcionamento que será dado no uso desse instrumental pelo profissional, a partir da
fundamentação teórica e do posicionamento ético.

33-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Os instrumentos apresentam-se como


potencializadores das intencionalidades teórico-políticas do profissional para a efetivação de
sua ação, ao passo que as técnicas constituem a maneira como o profissional conduz sua
prática.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Os instrumentos apresentam-se como potencializadores das
intencionalidades teórico-políticas do profissional para a efetivação de sua ação, ao passo
que as técnicas constituem a maneira como o profissional conduz sua prática.

 FCC
34-(PREF. MACAPÁ- 2018- ASSISTENTE SOCIAL-FCC) Considere as assertivas abaixo.
I. O/A assistente social constrói suas metodologias de ação utilizando-se de instrumentos e
técnicas de intervenção social.
II. É imperioso planejar o trabalho profissional, dar-lhe sentido teleológico.
III. São os objetivos profissionais que definem os instrumentos e técnicas que serão
utilizados.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e III, apenas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 104


(E) I, II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Para responder essa questão você precisa conhecer as contribuições das
autoras Guerra(2007) ,Couto (2009) e Toniolo (2008). Toniolo afirma que “de posse desse
conhecimento, o profissional pode planejar a sua ação com muito mais propriedade, visando
à mudança dessa mesma realidade. Assim, no momento da execução da ação profissional, o
Assistente Social constrói suas metodologias de ação, utilizando-se de instrumentos e
técnicas de intervenção social” (p.123), assim o item I está CORRETO. Couto (2009,p.2)
afirma que “é preciso fugir das improvisações, é imperioso planejar o trabalho, dar-lhe
sentido teleológico”, assim o item II está CORRETO. Atualmente, conforme explicita Guerra
(2007), é fundamental que o profissional do Serviço Social seja crítico e questionador para
que possa conhecer a realidade tal como ela realmente é, rompendo com a mera aparência.
De posse desse conhecimento, o profissional pode planejar sua ação com muito mais
propriedade, visando à mudança dessa mesma realidade. Com isso na ação profissional, o
assistente social constrói suas metodologias de ação (instrumentos e técnicas de
intervenção social), porém são os objetivos profissionais (construídos a partir de uma
reflexão teórica, ética e política e um método de investigação) que definem os instrumentos
e técnicas que serão utilizados, e não o contrário, assim o item III está CORRETO.

 IBFC
35-(EBSERH HUGG-UNIRIO/ 2017/ ASSISTENTE SOCIAL / IBFC) A noção de Iamamoto (2001)
sobre processo de trabalho cita que o Assistente Social como profissional inscrito em tal
processo possui meios e instrumentos de trabalho. Analise as afirmativas abaixo e assinale
as que indicam, corretamente, quais seriam os instrumentos de trabalho do Assistente
Social.
I. Bases teórico-metodológicas.
II. Recursos materiais, financeiros e organizacionais das entidades empregadoras.
III. Somente entrevistas, reuniões, plantão e encaminhamentos.
IV. Instrumentos e técnicas de trabalho.
V. O único instrumento de trabalho do Assistente Social é o Estado.
Estão corretas as afirmativas:
(A) I, II e III

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 105


(B) II, IV e V
(C) I, IV e V
(D) II, III e V
(E) I, II e IV
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Iamamoto (2003, p. 62-63), geralmente, tem-se uma visão dos
instrumentos de trabalho como um “arsenal de técnicas”: entrevistas, reuniões, plantão,
encaminhamento etc(Concurseiro, perceba que entrevistas, reuniões, plantão e
encaminhamentos fazem parte dos instrumentos de trabalho do assistente social, embora
esses instrumentos NÃO ESTEJAM restrito apenas a isso. Assim, o item II está CORRETO).
Mas a questão é mais complexa. A noção estrita de instrumento como mero conjunto de
técnicas se amplia para abranger o conhecimento como um meio de trabalho, sem o que
esse trabalhador especializado não consegue efetuar sua atividade ou trabalho. As bases
teórico-metodológicas são recursos essenciais que o Assistente Social aciona para exercer o
seu trabalho: contribuem para iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à ação, ao
mesmo tempo em que a moldam (Concurseiro, isso está sendo afirmado no item I. Assim, o
item I está CORRETO). Assim, o conhecimento não é só um verniz que se sobrepõe
superficialmente à prática profissional podendo ser dispensado; mas é um meio pelo qual é
possível decifrar a realidade e clarear a condução do trabalho a ser realizado. Nessa
perspectiva, o conjunto de conhecimentos e habilidades adquiridos pelo Assistente Social ao
longo do seu processo formativo são parte do acervo de seus meios de trabalhos
(Concurseiro, isso contradiz diretamente o que está posto no item III e V).

36-(SSA/HMDCC/2014/ASSISTENTE SOCIAL/ IBFC) Iamamoto (2001) realizou uma análise


aplicando a noção marxista de processo de trabalho ao Serviço Social. Dentre as colocações
da autora acerca do processo de trabalho do Assistente Social destacam-se suas
argumentações acerca dos instrumentos ou meios de trabalho. Conforme a autora:
I. A questão dos instrumentos de trabalho do Assistente Social refere-se apenas ao
entendimento sobre o “arsenal de técnicas” como entrevistas, reunião, plantão e
encaminhamentos.
II. O conhecimento é um meio de trabalho sem o que esse trabalhador especializado não
consegue efetuar sua atividade ou trabalho.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 106


III. As habilidades adquiridas pelo Assistente Social ao longo de seu processo formativo são
parte do acervo de seus meios de trabalho.
IV. As bases teórico-metodológicas são recursos dispensáveis, secundários, que o Assistente
Social aciona quando desejar no desempenho de sua práxis.
Estão de acordo com o pensamento de Iamamoto (2001, p. 62 à 64) as afirmativas:
(A) I e III apenas.
(B) I e IV apenas.
(C) III e IV apenas.
(D) II e III apenas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Iamamoto (2003, p. 62-63) “geralmente tem-se uma visão dos
instrumentos de trabalho como um ‘arsenal de técnicas’: entrevistas, reuniões, plantão,
encaminhamento etc. Mas a questão é mais complexa (Concurseiro, diz o contrário disso,
por isso ele está ERRADO). [...] A noção estrita de instrumento como mero conjunto de
técnicas se amplia para abranger o conhecimento com um meio de trabalho, sem o que esse
trabalhador especializado não consegue efetuar sua atividade ou trabalho (Concurseiro, o
item II aborda isso, por isso ele está CORRETO). As bases teórico-metodológicas são recursos
essenciais para que o assistente social aciona para exercer o seu trabalho: contribuem para
iluminar a leitura da realidade e imprimir rumos à ação, ao mesmo tempo em que a moldam
(Concurseiro, o item IV diz o contrário disso, por isso ele está ERRADO). Assim o
conhecimento não é só um verniz que se sobrepõe superficialmente à prática profissional,
podendo ser dispensado; mas é um meio pelo qual é possível decifrar a realidade e clarear a
condução do trabalho a ser realizado. Nessa perspectiva, o conjunto de conhecimentos e
habilidades adquiridos pelo Assistente Social ao longo do seu processo formativo são parte
do acervo de seus meios de trabalho (Concurseiro, o item III aborda isso, por isso ele está
CORRETO).

 FGV
37-(PREF. NITERÓI-2018-ASSISTENTE SOCIAL- FGV) Em seus estudos sobre
instrumentalidade, Guerra (1995) analisa que as concepções que fetichizam os instrumentos
e as técnicas – especialmente na prática profissional do assistente social – guardam a
seguinte relação:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 107


(A) pragmatismo/dialética;
(B) metodologismo/recusa de instrumentos;
(C) marxismo/holismo;
(D) modernidade/irracionalismo;
(E) racionalismo formal/positivismo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Yolanda Guerra (2005, p.11) “Na concepção marxiana a teoria
reproduz pela via do pensamento o movimento do real como concreto pensado. Aqui, a
apropriação teórica reconstrói pelo pensamento o movimento do objeto, mas não o próprio
objeto que continua tendo sua existência independente do sujeito. Com isso, faz-se
necessário que se rompa com concepções cientificistas, do racionalismo formal-abstrato da
corrente positivista e suas derivações. Estas encontram-se presentes, inclusive na
concepção de método, identificado, de um lado, como um conjunto procedimentos
adotados pelo sujeito e/ou como um conjunto de pautas sobre o agir profissional. Nas
vertentes conservadoras há uma indistinção entre metodologia, procedimentos
metodológicos e sistemática de trabalho (técnicas e instrumentos de ação x referencial
estratégico, estabelecimento de estratégias e táticas)”. Assim, as concepções que fetichizam
os instrumentos e as técnicas – especialmente na prática profissional do assistente social –
guardam a relação: racionalismo formal/positivismo.

38-(COMPESA-2014-ASSISTENTE SOCIAL- FGV) Sobre os instrumentos técnico-operativos do


Serviço Social, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) São mediadores do trabalho realizado e adquirem sentido quando articulados aos
objetivos profissionais.
( ) São componentes da dimensão técnico-operativa da profissão, desvinculadas do
arcabouço teórico e ético.
( ) São procedimentos neutros e não interferem no modo de vida e de trabalho da
população usuária do Serviço Social.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e V.
(B) F, V e F.
(C) V, V e F.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 108


(D) V, F e F.
(E) F, F e V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D.Yolanda Guerr (2007) explicita que os instrumentos técnico-operativos do
Serviço Social são mediadores do trabalho realizado e adquirem sentido quando articulados
aos objetivos profissionais. Esses instrumentos são omponentes da dimensão
técnico-operativa da profissão e vinculam-se ao arcabouço teórico e ético. É importante
destacar que os instrumentos NÃO SÃO procedimentos neutros e não interferem no modo
de vida e de trabalho da população usuária do Serviço Social.

COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO ASSISTENTE SOCIAL


 IBFC
39-(EBSERH/HU/UNIVASF-ASSISTENTE SOCIAL-2014- IBFC) Derivando das colocações da Lei
que Regulamenta a profissão do Assistente Social no Brasil, podemos inferir que
constituem atribuições privativas desse profissional:
I. Realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social.
II. Planejar, organizar e administra benefícios e Serviços Sociais.
III. Treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social.
IV. Dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas.
V. Planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço
Social.
São citadas corretamente apenas as atribuições privativas nas afirmativas:
A. III, IV e V.
B. II, III e IV.
C. I, III e IV.
D. I, II e III.
E. I, III e V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Concurseiro, é necessário que você conheça o rol de atribuições privativas e
competências. Nessa questão pedimos que tenha um foco mais aprofundado em quais
instrumentos de trabalho são atribuições privativas do assistente social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 109


Constituem atribuições privativas do Assistente Social, de acordo com o Art.5° da Lei 8.662:
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos,
programas e projetos na área de Serviço Social;
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço Social;(Isso
é o que está sendo mencionado na alternativa V).
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, empresas
privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social;
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres sobre a
matéria de Serviço Social (Isso é o que está sendo mencionado na alternativa I).
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação,
disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de formação
regular;
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social;(Isso é o que
está sendo mencionado na alternativa III).
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de graduação e
pós-graduação;
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço
Social;
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de
concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos
conhecimentos inerentes ao Serviço Social;
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de
Serviço Social;
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais;
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; (Isso é o
que está sendo mencionado na alternativa IV).
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em órgãos e
entidades representativas da categoria profissional.
Atenção: Apenas o item II refere-se a uma competência.

 FGV

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 110


40-(TJ/GO-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) O trabalho em equipe é extremamente
necessário quando se trata do campo sociojurídico. Entretanto, algumas ações são privativas
do assistente social, mesmo em equipes multiprofissionais. Uma dessas ações é:
(A) o parecer social;
(B) a entrevista;
(C) o relatório social;
(D) o encaminhamento;
(E) a análise psicossocial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Concurseiro, essa questão está de acordo com o que está posto no Art. 5° do
código de ética, onde afirma-se que constitui atribuição privativa- ou seja, algo que apenas o
assistente social habilitado na forma da lei pode realizar- “realizar vistorias, perícias
técnicas,laudos períciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social”.

41-(BANEST-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) Fernando trabalha em uma empresa como


assistente social, participando de uma equipe multiprofissional. Na semana passada, essa
equipe atendeu Simone, uma funcionária que se encontra com graves sequelas físicas
decorrentes de um acidente de trabalho. A gerência do setor solicita um parecer social, que
é escrito pelo médico da equipe. Nessa situação, Fernando deve:
(A) exigir a sua participação na confecção do parecer social, uma vez que o assistente social
é o profissional melhor capacitado para isso;
(B) comunicar à chefia que, mesmo sendo a equipe multiprofissional, um médico não possui
elementos para realizar uma avaliação social;
(C) esclarecer que o parecer social é atribuição privativa do assistente social, não podendo
ser exarado por outro profissional;
(D) reunir a equipe e tentar refazer o parecer social a partir da contribuição de cada
profissional sobre a situação apresentada;
(E) parabenizar o médico pela iniciativa, pois demonstra o seu envolvimento em questões
que extrapolam a sua profissão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. O assistente social Fernando deveria sclarecer que o parecer social é
atribuição privativa do assistente social, não podendo ser exarado por outro profissional,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 111


fazendo isso ele estaria agindo de acordo com o que está posto no Art. 5° do código de ética,
onde afirma-se que constitui atrribuição privativa-ou seja, algo que apenas o assistente
social habilitado na forma da lei pode realizar- “realizar vistorias, perícias técnicas,laudos
períciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social”.

INSTRUMENTOS DIRETOS E INDIRETOS DO SERVIÇO SOCIAL


 FCC
42-(MPE-MA-2013-ASSISTENTE SOCIAL- FCC) No que tange à classificação dos instrumentos
técnico-operativos utilizados pelo Assistente Social, temos os instrumentos
(A) diretos e “por escrito”.
(B) indiretos e “por escrito”.
(C) objetivos e subjetivos.
(D) “face a face” e diretos.
(E) objetivos e indiretos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Sousa classifica os instrumentos utilizados pelo assistente social em diretos ou
“face a face” e indiretos ou “por escrito”.
Instrumentos Diretos ou Instrumentos Indiretos ou
“face a face” “por escrito”
 Observação participante  Atas de Reunião
 Entrevista Individual e Grupal  Livros de Registro
 Dinâmica de grupo  Diário de Campo
 Reunião  Relatório Social
 Mobilização de Comunidades  Parecer Social
 Visita Domiciliar
 Visita Institucional

INSTRUÇÃO SOCIAL
 IBFC
43-(PM/MG-2015-ASSISTENTE SOCIAL- IBFC) De acordo com Fávero (2013, p.1) a instrução
social é um integrante da instrução processual. Considerando a argumentação de Fávero
(2013, p.1) analise as afirmativas abaixo, selecionado apenas a correta.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 112


(A) A instrução social não precisa ser elaborada por profissional detentor de conhecimentos
especializados de uma determinada área do saber e sim por um técnico detentor de
conhecimentos gerais.
(B) A instrução social não traz influência à decisão em relação a uma situação processual
e/ou à sentença.
(C) A instrução social faz menção a conhecimentos da área de Serviço Social, registrados em
um informe, um relatório, um laudo ou um parecer.
(D) A instrução social não serve de referência ou prova documental em uma instrução
processual.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Para Fávero (2013) “a instrução social faz parte da instrução processual, ou
seja, conhecimentos da área de Serviço Social, registrados em um informe, um relatório, um
laudo ou um parecer, servem de referência ou prova documental que vai contribuir para
formar o processo, para informar a ação sobre a qual o magistrado decide”.

 FCC
44-(DPE/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2018-FCC) No campo sócio jurídico os relatórios, laudos, e
pareceres são considerados como elementos para provas processuais, pois contemplam
informações ou explicações para uma determinada finalidade. A este conjunto de
instrumentos dá-se o nome de
(A) Anexo jurídico.
(B) Instrução civil.
(C) Instrução processual.
(D) Normativa processual.
(E) Petição legal.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Fávero (2009, p.10), A instrução social faz parte da instrução
processual, ou seja, conhecimentos da área de Serviço Social, registrados em um informe,
um relatório, um laudo ou um parecer, servem de referência ou prova documental que vai
contribuir para formar o processo, para informar a ação sobre a qual o magistrado decide.

 VUNESP

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 113


45-(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ- ASSISTENTE SOCIAL-2014-VUNESP) São vários os
espaços sócio-ocupacionais nos quais os Assistentes Sociais se inserem. Seja na esfera
estatal, nas instâncias públicas de controle democrático, nas empresas capitalistas ou nas
fundações empresariais, os assistentes sociais contam com uma vasta gama de
possibilidades de colocar em prática os objetivos profissionais. Em se tratando dos
assistentes sociais que atuam no campo sociojurídico, uma de suas atribuições são as
instruções sociais de processo. A instrução social faz parte da instrução processual, ou seja,
os conhecimentos da área do Serviço Social, registrados em um informe, um relatório, um
laudo, ou um parecer, constituem-se referência ou prova documental que vai contribuir para
formar o processo, a fim de
(A) valorizar a presença do profissional no referido espaço.
(B) compor um conjunto de informações atualizadas.
(C) fortalecer a questão social presente no processo.
(D) priorizar o enfoque psicossocial.
(E) informar a ação sobre a qual o magistrado decide.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Fávero (2009, p.2), “A instrução social faz parte da instrução
processual, ou seja, conhecimentos da área de Serviço Social, registrados em um informe,
um relatório, um laudo ou um parecer, servem de referência ou prova documental que vai
contribuir para formar o processo, para informar a ação sobre a qual o magistrado decide”.

46-(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO- ASSISTENTE SOCIAL-2012-VUNESP) No contexto


forense, o processo avaliativo é explícito e faz parte do cotidiano do trabalho do profissional
que___________________ a decisão judicial. Essa avaliação perpassa tanto a comunicação
face a face quanto a comunicação escrita. Será por meio desta última que o usuário se dará
a conhecer na instituição, no que concerne aos aspectos sociais, psicológicos ou
educacionais de sua singularidade e de sua particularidade. Nesse sentido, há uma ação
interventiva que o assistente social estabelece com os usuários
que_____________________ a elaboração de um laudo. Entretanto, a partir do momento
em que a leitura profissional de um caso atendido ganha a forma escrita, não há mais a ação
interventiva, no sentido estrito do termo. Mas, dada a particularidade de uma instituição
forense, essas relações continuam a ser processadas por meio

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 114


dos_______________________ . Portanto, como destaca Magalhães (2003), embora de
forma indireta, os profissionais que avaliam casos continuam a intervir. Assinale a alternativa
que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) pondera … valida … processos
(B) questiona … acompanha … artifícios legais
(C) define … ultrapassa … testemunhos gerais
(D) subsidia … antecede … autos
(E) julga … precede … depoimentos pessoais
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Magalhães (2019), no contexto forense, o processo avaliativo
é explícito e faz parte do cotidiano do trabalho do profissional que SUBSIDIA a decisão
judicial. Essa avaliação perpassa tanto a comunicação face a face quanto a comunicação
escrita. Será por meio desta última que o usuário se dará a conhecer na instituição, no que
concerne aos aspectos sociais, psicológicos ou educacionais de sua singularidade e de sua
particularidade. Nesse sentido, há uma ação interventiva que o assistente social estabelece
com os usuários que ANTECEDE a elaboração de um laudo. Entretanto, a partir do momento
em que a leitura profissional de um caso atendido ganha a forma escrita, não há mais a ação
interventiva, no sentido estrito do termo. Mas, dada a particularidade de uma instituição
forense, essas relações continuam a ser processadas por meio dos AUTOS.

DOCUMENTAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL


 VUNESP
47-(PREFEITURA DE GUARULHOS- ASSISTENTE SOCIAL-2019-VUNESP) A documentação em
Serviço Social tem um caráter dinâmico e flexível na medida em que compõe os processos
investigativos sobre a realidade social, os sujeitos e as demandas da população atendida.
Elaborada de diferentes formas (fichas, prontuários, relatórios) e em diferentes espaços
(instituições ou domicílios), os conteúdos da documentação indicam os marcos orientadores
para as ações profissionais, articulados aos processos investigativos. Cumprindo o objetivo
de sistematizar a intervenção, a documentação em Serviço Social pode ser considerada
como um elemento constitutivo da atuação profissional, uma vez que lhe dá materialidade
ao comprovar a
(A) realização da ação.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 115


(B) responsabilidade do usuário.
(C) neutralidade profissional.
(D) qualidade do atendimento.
(E) superação da exclusão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. De acordo com Mioto, et al (2007, p. 95), “a documentação pode ser
considerada como um elemento constitutivo da ação profissional, uma vez que ela lhe dá
materialidade ao comprovar a realização da ação, realizada de diferentes formas, ou seja,
em fichas, prontuários, relatórios de atendimentos (individuais, familiares ou de reuniões e
de assembléias) realizados em instituições ou em domicílios, dentre outros”.

48-(PREFEITURA DE SUZANO- ASSISTENTE SOCIAL-2019-VUNESP) Longe de se constituir em


mera burocracia, a documentação em Serviço Social é um elemento constitutivo da ação
profissional, uma vez que é por meio da sistematização que se desenvolvem tanto os
processos investigativos sobre a realidade social, os sujeitos, como o processo de
intervenção profissional. Vinculadas aos objetivos do profissional, às exigências do trabalho
e ao arcabouço teórico e ético-político, fichas, cadastros, prontuários e relatórios,
comprovam a realização da ação profissional. Portanto, quando se consideram suas
finalidades, enquanto base para o direcionamento profissional, a documentação tem um
caráter
(A) genérico e amplo.
(B) instrutivo e direto.
(C) comum e parcial.
(D) abstrato e adequado.
(E) dinâmico e flexível.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Mioto, et al (2007, p. 96), “a documentação tem um caráter
dinâmico e flexível quando se consideram suas finalidades – enquanto base para a
investigação e para o direcionamento do exercício profissional. Longe de se constituir em
mera burocracia no cotidiano profissional, a documentação está em constante movimento e
a sua utilização está vinculada aos objetivos do profissional (de conhecer ou intervir), às
exigências do trabalho profissional (atendimento direto em situações singulares,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 116


planejamento e gestão, assessoria aos movimentos sociais e organizações populares, ensino
e formação profissional), ao arcabouço teórico e ético-político do profissional (Mioto,
2001)”.

PRONTUÁRIO SOCIAL
 FGV
49-(DPE/MT-2015-ASSISTENTE SOCIAL-FGV) Para se ter um registro organizado e
sistemático dos relatórios de entrevistas, de visitas, de fichas sociais e demais documentos
pertencentes a cada usuário, o Assistente Social deve propor sua sistematização de forma
individualizada, por meio de
(A) um diário de campo.
(B) um banco de dados.
(C) um prontuário social.
(D) uma planilha digital.
(E) uma coleta de dados.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. A definição de prontuário dada pelo SUAS de que este é um instrumento
técnico que tem como objetivo contribuir para a organização e qualificação do conjunto de
informações necessárias ao diagnóstico, planejamento e acompanhamento do trabalho
social realizado com as famílias/indivíduos.

COMUNICAÇÃO COMO INSTRUMENTO BÁSICO


 IBFC
50-(SPDM-ARARANGUÁ/SC-ASSISTENTE SOCIAL-2013- IBFC) O Serviço Social como uma
das formas institucionalizadas de atuação nas relações entre as pessoas no cotidiano da
vida social tem como recurso básico de instrumental de trabalho:
(A) a entrevista
(B) a visita técnica.
(C) o laudo técnico.
(D) a comunicação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 117


GABARITO: D. A comunicação, recurso básico de instrumental de trabalho. Iamamoto vai
destacar que “o serviço social como uma das formas institucionalizadas na relação entre os
homens no cotidiano da vida social, tem como recurso básico de trabalho a LINGUAGEM.
São nos espaços organizacionais que vão se aprofundando a comunicação e através dessas
formas de comunicação o profissional. vai se aprofundando nas suas técnicas interventivas.

 VUNESP
51-(HCFMUSP- ASSISTENTE SOCIAL-2015-VUNESP) O assistente social, em sua dimensão
profissional, utiliza instrumentos técnicos operacionais. Um dos instrumentos de trabalho do
assistente social, segundo Marilda V. Iamamoto, caracteriza-se como
(A) leitura.
(B) literatura.
(C) liberdade.
(D) linguagem.
(E) inquérito social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. A comunicação, recurso básico de instrumental de trabalho. Iamamoto, vai
destacar que “ o serviço social como uma das formas institucionalizadas na relação entre os
homens no cotidiano da vida social, tem como recurso básico de trabalho a LINGUAGEM.
São nos espaços organizacionais que vão se aprofundando a comunicação e através dessas
formas de comunicação o profissional. vai se aprofundando nas suas técnicas interventivas.

ESTUDO SOCIAL
 CESPE/UNB
52-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) O estudo social compõe uma
metodologia de trabalho de domínio exclusivo do assistente social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Concurseiro, Fávero (2005,p.41) traz a seguinte afirmação “o estudo
social, a perícia social, o laudo social e o parecer social fazem parte de uma metodologia de
trabalho de domínio específico e exclusivo do assistente social”. Esse assunto foi
esquematizado já em nossa apostila, então fique bem atento a isso. Outros profissionais,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 118


que são assistentes sociais, não podem realizar estudo social, assim como perícia social, o
laudo social e o parecer social.

53-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) O estudo social expresso em relatórios


ou laudos sociais deve ser elaborado com base na situação e na história do usuário, de forma
que se focalize a intervenção sobre o indivíduo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2011, p.42), o estudo social é um “processo
metodológico específico do Serviço Social, tem a finalidade de conhecer com profundidade e
de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social, objeto de
intervenção profissional”. Desse modo, o erro da afirmativa encontra-se no trecho “de
forma que se focalize a intervenção sobre o indivíduo”, pois a ação do assistente social deve
visar questões mais amplas, para além das demandas imediatas, individuais e focalizadas.

54-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Na construção do estudo social, cujo


documento final concretiza-se com a emissão do parecer social, o profissional deve
pautar-se nos objetivos, nas finalidades, nos instrumentais e nas técnicas que serão
utilizadas na ação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. A construção do estudo social tem sua concretização com a emissão
do parecer social, dessa forma o profissional deve pautar-se nos objetivos, nas finalidades,
nos instrumentais e nas técnicas que serão utilizadas na ação. De acordo com Mioto (2009),
“os estudos socioeconômicos/estudo social podem ser definidos como o processo de
conhecimento, análise e interpretação de uma determinada situação social. Sua finalidade
imediata é a emissão de um parecer– formalizado ou não – sobre tal situação, do qual o
sujeito demandante da ação/usuário depende para acessar benefícios, serviços e/ou
resolver litígios”.

55-(MPU-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) O estudo social é um instrumento


empregado pelo assistente social para conhecer e interpretar a situação que motiva sua
intervenção profissional, que pode se utilizar, ainda, de dados obtidos em visita domiciliar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 119


GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2009), “O estudo social é um processo de
trabalho de competência do assistente social. Tem como finalidade conhecer e interpretar a
realidade social na qual está inserido o objeto da ação profissional, ou seja, a expressão da
questão social ou o acontecimento ou situação que dá motivo à intervenção”. Para realizar
tal estudo o assistente social pode utilizar entrevista, visita domiciliar e outros meios que
julgar necessário.

56-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) O estudo social, como método do


serviço social, tem a finalidade de promover o conhecimento superficial da dinâmica
relacional interna da família.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009) o Estudo Social é processo metodológico
específicio do Serviço Social que tem por finalidade conhecer com profundidade, e de
forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social objeto da
intervenção profissional - especialmente nos aspectos socioeconômicos e culturais.
Instrumento fundamental no trabalho do assistente social que atua no sistema judiciário.
Assim, a questão tem um grande erro ao afirmar que a finalidade do estudo social é
conhecer de forma SUPERFICIAL.

57-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) O estudo social é requerido a assistentes


sociais, psicólogos, pedagogos ou outros profissionais que compõem o quadro de
profissionais do Poder Judiciário.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. O estudo social, de acordo com Fávero (2009), é um processo
metodológico específico do Serviço Social, que tem por finalidade conhecer com
profundidade e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social,
objeto da intervenção profissional – especialmente e especificamente nos seus aspectos
socioeconômicos e culturais. Tem sido utilizado nas mais diversas áreas da intervenção do
Serviço Social, sendo instrumento fundamental no trabalho do assistente social que atua no
sistema judiciário – seja enquanto funcionário, seja como perito ou como assistente técnico
– em especial junto à Justiça da Infância e da Juventude, Justiça de família, justiça criminal e

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 120


ações judiciárias relacionadas à seguridade e previdência social. Assim, apenas o assistente
social pode realizar o estudo social.

58-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) O trabalho do assistente social na


instituição judiciária foi, historicamente, direcionado pelo modelo de abordagem individual,
particularmente as etapas metodológicas da investigação e do diagnóstico que compõem o
estudo social, mesmo após o movimento de reconceituação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2014) historicamente, o trabalho do
assistente social no judiciário, no que se refere ao estudo social, foi orientado pelo Serviço
Social de Casos originado nos Estados Unidos e que influenciou fortemente a profissão no
Brasil. O Serviço Social de Casos propõe uma abordagem individual e etapas metodológicas
ou operativas para análises das problemáticas individuais, as quais são: investigação,
diagnóstico e tratamento. Esse modelo de abordagem individual bem como suas etapas
metodológicas, pautados em perspectivas psicologizantes, influenciaram o estudo social no
país mesmo após o movimento de reconceituação. A autora ainda aponta que
posteriormente a esse movimento ocorreram algumas modificações na elaboração do
estudo social, porém, particularmente ligadas a mudanças específicas no pensamento de
alguns profissionais, o que não foi algo hegemônico da categoria e sim individual.

59-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) Na área jurídica, o estudo social tem sido


utilizado, fundamentalmente, com a finalidade de aplicar as medidas judiciais dispostas no
Estatuto da Criança e do Adolescente e na legislação civil referente à família.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009) o estudo social realizado pelo assistente
social na área jurídica será utilizado como um subsídio, como um auxílio ao qual o
magistrado ou demais autoridades recorrem para munir-se de informações acerca da
situação ou expressão da questão social sobre a qual tem que aplicar alguma medida e
tomar alguma decisão. Este instrumento é de suma importância para o trabalho do
assistente social no sistema judiciário e, principalmente, para aqueles profissionais que
atuam com direitos relativos à infância e juventude, à família, com a justiça criminal e

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 121


aqueles que concernem a seguridade social. Dessa forma conclui-se que, o estudo social
somente SUBSIDIA e NÃO APLICA as medidas judiciais.

 FCC
60-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL- 2018-FCC) As expressões das questões sociais
vivenciadas por famílias e indivíduos são apresentadas por meio do instrumento técnico
operativo denominado
(A) estudo social.
(B) parecer social.
(C) laudo social.
(D) relatório social.
(E) diagnóstico social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. O estudo social, de acordo com Fávero (2009), é um processo de trabalho de
competência do assistente social Tem como finalidade conhecer e interpretar a
realidade social na qual está inserido o objeto da ação profissional, ou seja, a expressão da
questão social ou o acontecimento ou situação que dá motivo à intervenção

61-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL- ESP. EDUCAÇÃO- 2018- FCC) Como assistente
social da política de educação, você se depara com um número significativo de educandos
que vêm enfrentando situações de vulnerabilidades e riscos sociais. Diante dessa realidade,
você elaborará um estudo social, que deve ser compreendido como um instrumento
utilizado pelo profissional
(A) para explicitar o posicionamento do profissional que conheceu a realidade social e emitir
seu parecer conclusivo sobre a situação analisada.
(B) que possibilita a realização do estudo socioeconômico e que permite explicitar a
subjetividade pessoal do profissional nos aspectos relacionados à sua impressão sobre os
usuários, sobrepondo às observações objetivas e concretas.
(C) que tem como base de coleta de informações exclusivamente a visita domiciliar, pois é
ela que possibilita maior apropriação e aproximação da realidade vivenciada pelos
educandos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 122


(D) para anexar aos documentos que compõem os processos sociais em várias instâncias e
órgãos em tramitação, considerando que o objetivo desse estudo social é a superação da
condição de vulnerabilidade, não sendo necessário permanecer sigilosamente em arquivos
do Serviço Social.
(E) apresentar diversos e diferentes aspectos que envolvem uma expressão social e mostrar
a sua relevância, situá-la no contexto em que aconteceu e indicar as possibilidades de ação
para modificá-la.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Costa e Oliveira (2016, p.209) “o objetivo do Estudo Social é a
possibilidade de apresentar diversos e diferentes aspectos que envolvem uma expressão
social e mostrar a sua relevância, situá-la no contexto em que aconteceu e indicar as
possibilidades de ação para modificá-la”.

 IBFC
62-(PM/MG-2015-ASSISTENTE SOCIAL- IBFC) Avalie as afirmativas abaixo, adotando como
referência o trabalho de Fávero (2013, p.2), intitulado “Instruções sociais de processos,
sentenças e decisões”.
I. A construção do conhecimento na área do Serviço Social acerca de uma situação
processual acontece geralmente por meio do estudo social.
II. No âmbito judiciário não é necessário ao Assistente Social ter clareza de qual é seu
objeto de intervenção, já que quem determina isso é o juiz.
III. No meio Judiciário, o estudo social, com a finalidade de oferecer elementos para a
decisão judicial, pode ser denominado perícia social.
IV. A perícia social pode ser registrada por meio de alguns documentos, entre eles, a
informação técnica, o relatório, o laudo e o parecer.
Estão em conformidade com o pensamento de Fávero (2013, p.2) as afirmativas:
(A) I, III e IV.
(B) I, II e III.
(C) I, II e IV.
(D) II, III e IV.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 123


GABARITO: A. Para Fávero (2013, p.2) “A construção do conhecimento na área do Serviço
Social acerca de uma situação processual acontece geralmente por meio do estudo social
(concurseiro, perceba que isso é o que está sendo colocado no item I, assim ele tá CORRETO).
No meio Judiciário, o estudo social, com a finalidade de oferecer elementos para a decisão
judicial, pode ser denominado perícia social (concurseiro, perceba que isso é o que está
sendo colocado no item III, assim ele tá CORRETO), isto é, o juiz solicita e nomeia um perito,
que é um profissional com conhecimento especializado na área – nesse caso, graduado em
Serviço Social – para a realização da perícia social, de maneira a contribuir como suporte à
decisão que irá tomar. O profissional poderá registrar esse conhecimento por meio de alguns
documentos, entre eles, a informação técnica, o relatório, o laudo e o parecer,
documentação essa objeto de detalhamento mais à frente (concurseiro, perceba que isso é
o que está sendo colocado no item IV, assim ele tá CORRETO). Para essa reflexão, é
fundamental ter clareza de qual é o objeto de conhecimento do Serviço Social em uma
determinada demanda que chega para o assistente social (concurseiro, perceba que isso
contradiz o que está posto no item II, pois o assistente social DEVE SIM ter clareza de seu
objeto de intervenção. Dessa forma o item II é o único errado) – trata-se de um objeto
delimitado por ele, ainda que relacionado às peculiaridades socioinstitucionais, tal como as
demais especificidades e particularidades do trabalho profissional.”.

63-(IDAM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-FCC) Favero (2018) possui um amplo acervo de


produção teórica por meio de livros e artigos que buscam discutir e problematizar a prática
do Assistente Social. No texto: “Serviço Social no sociojurídico: requisições conservadoras e
resistências na defesa de direitos” a autora concentrou sua atenção na atuação do
Assistente Social no âmbito sociojuridico. Recorrendo às colocações sobre a prática do
Serviço Social no espaço sociojurídico, analise as afirmativas abaixo.
I. A elaboração de estudo social, na área sociojurídica, é historicamente, a maior demanda
apresentada aos Assistentes Sociais.
II. A intervenção do Assistente Social no âmbito sociojurídico requer que sejam consolidadas
práticas de resistência e que contribuam para assegurar direitos sociais.
III. Na área sociojurídica é basal que o Assistente Social se aproprie e desenvolva atribuições
profissionais inquisitoriais, buscando sempre identificar provas que corroborem com o
entendimento pleno da verdade dos fatos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 124


IV. A prática do Assistente Social no espaço sociojuridico é extremamente valorosa pelo fato
de que em tal atuação não se deflagram situações de subalternidade de nossa categoria
profissional.
Estão corretas as afirmativas:
(A) I e III apenas
(B) II e IV apenas
(C) III e IV apenas
(D) I e II apenas
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. No documento “Atuação de assistentes sociais no sociojurídico” , lançado
pelo CFESS, tem-se a informação de que elaboração de estudo social, na área sociojurídica, é
historicamente, a maior demanda apresentada aos Assistentes Sociais (sendo assim, o item I
está Correto). No mesmo documento, enfatiza-se que antervenção do Assistente Social no
âmbito sociojurídico requer que sejam consolidadas práticas de resistência e que
contribuam para assegurar direitos sociais(sendo assim, o item II está Correto).
O item III está incorreto, de acordo com Fávero “no desenvolvimento do estudo social se faz
necessário o entendimento, pelo profissional, de que na intervenção não lhe cabem
atribuições inquisitoriais, com vistas à confissão ou à ‘verdade’ do ‘fato’ gerador do processo
para, no caso do Judiciário, subsidiar eventual punição ao acusado de um crime, ou a
garantia ou não de um direito”. O item IV também está incorreto, de acordo com Fávero “a
discussão da subalternidade profissional do assistente social nessa área também merece
atenção, levando em conta os fatores histórico-culturais que a (retro)alimentam e que na
instituição judiciária se apresentam com lente ampliada pela sua função precípua de
manutenção da ordem social burguesa, ausência de previsão de organizações de controle
social em relação a ela, e prerrogativas decisórias em relação à vida das pessoas, o que lhe
confere autoridade não raro traduzida em autoritarismo”.

 FGV
64-(COMPESA-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) Sobre a prática profissional do Assistente
Social, nos mais diferentes campos de atuação, assinale V para a afirmativa verdadeira e F
para falsa.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 125


( ) O estudo social é um instrumento neutro cujo uso não se relaciona com os objetivos
profissionais.
( ) O uso do estudo social está relacionado à natureza dos espaços ocupacionais da profissão.
( ) O uso do estudo social deve ser precedido de uma autorização institucional.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e V.
(B) F, V e F.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. O estudo social não é um instrumento NEUTRO, ele está relacionado com os
objetivos profissionais. Fávero (2009) explicita não existe a neutralidade, pois o assistente
social ao realizar tal estudo tem a sua ação impregnada pela sua visão de mundo, por seus
valores. O assistente social NÃO precisa de autorização institucional para realizar tal estudo,
lembre-se que somos dotados de uma relativa autonomia, embora inseridos em uma
instituição, temos autonomia para decidir quais instrumentos de trabalho queremos usar. É
importante destacar que o estudo social está relacionado à natureza dos espaços
ocupacionais da profissão.

65-(CDU/BA- ASSISTENTE SOCIAL-2013-FGV) Sobre os desafios do uso do estudo social no


trabalho profissional, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O Assistente Social responsável pelo estudo social define os instrumentos de sua
realização.
( ) O objeto da ação profissional orienta o conteúdo e as finalidades do estudo social.
( ) O objetivos e a direção do estudo social são definidos pelo poder e pelo saber
institucional.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e F.
(B) F, V e F.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 126


(E) F, F e V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. A autora Fávero (2005), explicita que ao realizar um estudo social o assistente
social, que está realizando tal estudo, é o responsável por definir quais instrumentos quer
usar (pode ser visita domiciliar, entrevista etc), ele tem autonomia para escolher seus
instrumentos de trabalho. Ela também destaca que o objeto da ação profissional orienta o
conteúdo e as finalidades do estudo social. É importante também destacar que os objetivos
e a direção do estudo social NÃO são definidos definidos pelo poder e pelo saber
institucional.

66-(DPE/MT-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) No Brasil, à medida em que ocorreu a


positivação de uma série de direitos sociais, a partir da promulgação dos Constituição
Federal de 1988, ocorreu também a negação desses direitos em diferentes instâncias
administrativas do poder público. O advento do neoliberalismo provocou a fragmentação e a
focalização das políticas sociais, bem como o seu desfinanciamento. Este fato evidencia o
enorme potencial de trabalho para os assistentes sociais na área sociojurídica, uma vez que
podem oferecer importantes subsídios às decisões dos tribunais de justiça para a efetivação
de direitos de amplas parcelas da população que foram alijadas do acesso aos bens
produzidos socialmente pelo País. Nesse sentido, segundo Borgianni (2013), o instrumental
da atuação do Assistente Social na área sociojurídica é o estudo social, instrumento que
deve
(A) ser a reprodução imediata do existente, retratando os fenômenos e fatos que podem ser
observados por todos os operadores do Direito que venham a acessar o parecer técnico.
(B) ser imparcial e objetivo em suas considerações, posto que se consubstancia em um laudo
técnico.
(C) buscar reproduzir as determinações que constituem a totalidade sobre a qual somos
chamados a emitir um parecer técnico.
(D) pormenorizar as determinações da totalidade social, bem como fazer uma mediação com
o perfil do usuário.
(E) descrever de forma detalhada as condições de vida do usuário e relatar a dinâmica do
seu cotidiano.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 127


GABARITO: C. De acordo com Borgianni (2013) “o que é próprio de nossa intervenção é o
estudo social, que, a partir de aproximações possíveis, deve buscar reproduzir as
determinações que constituem a totalidade sobre a qual somos chamados a emitir um
parecer técnico. Como já exposto, para essa reprodução ser o mais fiel possível, devemos ser
capazes de capturar, pela análise, as mediações fundamentais que dão forma à realidade
sobre a qual estamos pesquisando e as negatividades que lhe dão o movimento”.

67-(TJ/GO-ASSISTENTE SOCIAL-2014-FGV) Historicamente, a maior demanda de atribuição


do assistente social no sociojurídico é:
(A) o atendimento grupal;
(B) a visita domiciliar;
(C) o diagnóstico social;
(D) o estudo social;
(E) a avaliação sociofamiliar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Fávero (2005, p.43) “o estudo social tem sido utilizado nas
diversas áreas do serviço social, sendo instrumento fundamental no trabalho do assistente
social que atua no sistema judiciário”, esse estudo é também, historicamente, a maior
demanda de atribuição do assistente social no sociojurídico.

68-(COMPESA-2014-ASSISTENTE SOCIAL- FGV) Na Previdência Social o estudo social é


utilizado para
(A) solucionar divergências em matéria de direito previdenciário.
(B) avaliar as informações fornecidas pelo segurado.
(C) autorizar serviços sociais e direitos previdenciários.
(D) aferir o cálculo dos valores dos benefícios sociais.
(E) conceder benefícios e subsidiar decisão médico-pericial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Mioto, no âmbito das políticas públicas, destaca-se a
seguridade social, área em que os estudos sociais são largamente utilizados. Na Assistência
Social, são utilizados tanto para o acesso de usuários ao Benefício de Prestação Continuada

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 128


(BPC), como aos programas de transferência de renda. Na Previdência Social, destinam-se, à
concessão de benefícios, recursos materiais e para subsidiar a decisão médico-pericial.

 VUNESP
69-(PREFEITURA DE ITAQUAQUECETUBA- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP)Um processo
de perícia se realiza por meio de um estudo social, que supõe a elaboração de um laudo e
tem como resultado a emissão de um parecer técnico. A realização de um estudo social que
preceda a emissão de um parecer envolve vários instrumentos como a entrevista, a
observação, visitas domiciliares e documentação, que devem ser utilizados de acordo com a
avaliação do profissional, com base na necessidade de obtenção de dados não apenas para
comprovar informações fornecidas pelo usuário, mas em consonância com
(A) o atendimento da demanda imposta.
(B) os valores pessoais do assistente social.
(C) as concepções ideológicas do profissional.
(D) as diretrizes e os princípios éticos da profissão.
(E) as medidas a serem adotadas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. A realização do estudo social, a escolha dos instrumentos utilizados, bem
como a perspectiva de abordagem do usuário devem estar sempre em consonância com as
diretrizes e princípios éticos da profissão em harmonia com o que defende o projeto
ético-político profissional.

70-(HCFMUSP- ASSISTENTE SOCIAL-2015-VUNESP)O Estudo Social enquanto ferramenta


utilizada na prática do assistente social é essencial na ação, intervenção e do parecer
profissional, fazendo parte de seu cotidiano prático. Ele possibilita também:
I. conhecer a realidade social do âmbito da intervenção;
II. analisar a expressão da questão social na qual se deve atuar;
III. compreender os acontecimentos ou situações que motivam sua intervenção. Está
correto o contido em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 129


(D) II e III, apenas.
(E) I, II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Fávero (2005), afirma que o estudo social é um PROCESSO METODOLÓGICO
ESPECÍFICO DO SERVIÇO SOCIAL e ele tem por finalidade CONHECER com profundidade(isso
é o que está sendo afirmado no item I) , e de forma crítica, uma determinada EXPRESSÃO DA
QUESTÃO SOCIA (isso é o que está sendo afirmado no item II) , especialmente nos seus
aspectos SOCIOECONOMICOS e CULTURAIS. O estudo social expresso em relatórios ou
laudos sociais deve ser elaborado com base na situação e na história do usuário, esse estudo
deve abranger questões mais amplas, para além das demandas imediatas, individuais e
focalizadas, com ele se pode compreender os acontecimentos ou situações que motivam sua
intervenção (Isso é o que está posto no item III).

71-(TJ/SP- ASSISTENTE SOCIAL-2012-VUNESP) No contexto da perícia, o parecer social


refere-se à opinião fundamentada que o assistente social emite sobre uma situação social
estudada. Essa opinião estará baseada na análise realizada e deverá conter os aspectos mais
pertinentes, pois são eles que darão sustentação ao parecer. Para conhecer e analisar a
situação vivida por determinados sujeitos, sobre a qual se tenha sido chamado a opinar, o
assistente social, conforme destaca Mioto (2001), utiliza-se
(A) do diagnóstico local.
(B) da planificação espacial.
(C) da prospecção geral.
(D) do tratamento especial.
(E) do estudo social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Fávero (2005) afirma que o estudo social é um PROCESSO METODOLÓGICO
ESPECÍFICO DO SERVIÇO SOCIAL e ele tem por finalidade CONHECER com profundidade , e
de forma crítica, uma determinada EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL, especialmente nos
seus aspectos SOCIOECONOMICOS e CULTURAIS. Assim, como também explicita Mioto
(2001), para conhecer e analisar a situação vivida por determinados sujeitos, sobre a qual se
tenha sido chamado a opinar, o assistente social faz uso do Estudo Social,.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 130


72-(FUNDAÇÃO CASA- ASSISTENTE SOCIAL-2013-VUNESP) Como pode ser concebido o
estudo social? Por que, para que e como construí-lo? Quais implicações ético-políticas se
fazem presentes na sua construção? Em que consiste esse meio de trabalho enquanto
especificidade do Serviço Social? O estudo social tão presente no cotidiano da intervenção
ao longo do processo histórico do Serviço Social, tudo indica, foi redescoberto como um(a)
(A) estratégia a serviço das instituições.
(B) possibilidade metodológica limitadora.
(C) recurso compulsório para atendimento ao usuário.
(D) objeto de investigação sistemática.
(E) modelo exemplar e qualificado de atendimento.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Santos (2009, p.8) “O Estudo Social, tão presente no cotidiano
da intervenção ao longo do processo histórico do Serviço Social, em especial no campo
sócio-jurídico, parece ter sido redescoberto nos últimos tempos, com um objeto de
investigação sistemática. Tal redescoberta não se faz de forma casual, mas é parte de um
movimento de sistematização e aprimoramento de meios para a intervenção, com vistas ao
exercício do projeto ético-político da profissão. Projeto este que se coloca na direção do
enfrentamento das expressões da questão social com as quais o assistente social se depara
no dia a dia de suas atividades, em especial aquelas que envolvem particularidades do
exercício no campo ora em foco”.

73-(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO PARÁ- ASSISTENTE SOCIAL-2014-VUNESP) O estudo social,


tão presente no cotidiano da intervenção ao longo do processo histórico do Serviço Social,
em especial no campo sociojurídico, tem sido tratado como um objeto de investigação
sistemática, questionamentos, polêmicas e debates. Tal descoberta é parte de um
movimento de______________ de meios para a intervenção, com vistas ao exercício do
projeto ético-político da profissão. Assinale a alternativa que completa, corretamente, a
lacuna do texto.
(A) monitoramento e adequação
(B) sistematização e aprimoramento
(C) disseminação e modernização
(D) controle e qualificação

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 131


(E) organização e padronização.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B .De acordo com Santos (2009, p.8) “O Estudo Social, tão presente no cotidiano
da intervenção ao longo do processo histórico do Serviço Social, em especial no campo
sócio-jurídico, parece ter sido redescoberto nos últimos tempos, com um objeto de
investigação sistemática. Tal redescoberta não se faz de forma casual, mas é parte de um
movimento de sistematização e aprimoramento de meios para a intervenção, com vistas
ao exercício do projeto ético-político da profissão. Projeto este que se coloca na direção do
enfrentamento das expressões da questão social com as quais o assistente social se depara
no dia a dia de suas atividades, em especial aquelas que envolvem particularidades do
exercício no campo ora em foco”.

 AOCP
74-(Pref.Juiz de Fora-MG-ASSISTENTE SOCIAL-2016-AOCP) Qual é o instrumento de busca
de conhecimento profundo e de forma crítica, de uma determinada situação, objeto da
intervenção profissional, nos seus aspectos socioeconômicos e culturais?
(A) Parecer social.
(B) Laudo pericial.
(C) Estudo social.
(D)Relatório social.
(E) Instrução pericial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Fávero (2005), afirma que o estudo social é um PROCESSO METODOLÓGICO
ESPECÍFICO DO SERVIÇO SOCIAL e ele tem por finalidade CONHECER com profundidade , e
de forma crítica, uma determinada EXPRESSÃO DA QUESTÃO SOCIAL, especialmente nos
seus aspectos SOCIOECONOMICOS e CULTURAIS.

75-(Pref.Nossa Senhora do Socorro-SE-Assistente Social-2011-AOCP) Para a construção do


estudo social, é necessária a utilização de um conjunto de instrumentos técnico-operativos.
Sobre este conjunto, analise as assertivas e após assinale a alternativa que aponta a(s)
correta(s).
I. Entrevista.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 132


II. Pesquisa documental.
III. Visita domiciliar.
IV. Observação sem criticidade.
V. Relatórios fundamentados no senso comum.
(A) Apenas I e IV.
(B) Apenas I, II e V.
(C) Apenas I, II e III.
(D) Apenas II, III e V.
(E) Apenas V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Fávero (2005) o assistente social constroi o estudo através de
observações, entrevistas, pesquisas documentais e bibliográficas, visita domiciliar (Isso torna
os itens I, II e III corretos). Todavia, o assistente social faz uso da observação mas com
criticidade (por isso o item IV está errado) e os Relatórios que elaboram são fundamentados
nos conhecimentos oriundos do processo investigativo, dos conhecimentos da profissão,
não sendo baseado no senso comum (por isso o item V está errado).

PERÍCIA SOCIAL
 CESPE/UNB
76-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) A perícia social implica, necessariamente,
a elaboração de um parecer, sendo, portanto, dispensável a elaboração de estudo social
nesse caso.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Concurseiro, essa questão é uma pegadinha e traz dois erros, ela exige
que você conheça com literaridade o que Fávero (2005) afirma. Esse tema foi esquematizado
em nossa apostila, por isso você deve ter acertado essa questão.
Atente-se que Fávero (2005,p.43) fala que “A perícia, quando solicitada a um
profissional de serviço social, é chamada de perícia social, recebendo esta denominação por
se tratar de estudo e parecer cuja a finalidade é subsidiar uma decisão via de regra, judicial.
Ela é realizada por meio de estudo social e implica na ELABORAÇÃO de um LAUDO e
EMISSÃO de PARECER”.
Você percebeu o que a banca fez? Ela trocou os termos, pois:

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 133


 O que é ELABORADO é o LAUDO SOCIAL;
 O que é emitido é o PARECER SOCIAL.
Assim ao falar que o parecer é elaborado ( e não emitido) como menciona Fávero a banca
traz o primeiro erro.
O segundo erro é mencionar que é dispensável a elaboração de estudo social, pois a
autora afirma que é necessária.

77-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) É vedado o uso da perícia social como meio


de prova judicial, ainda que haja parecer técnico sobre situações conflituosas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A perícia social pode ser usada como prova judicial. Do ponto de vista
jurídico, e de acordo com Código de Processo Civil e o Código de Processo Penal,
a perícia seria conceituada como meio de prova consistente no parecer técnico de pessoa
habilitada. São espécies de perícia: o exame, a vistoria e a avaliação.

78-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) A perícia é um exame de caráter técnico


e especializado, ao passo que o laudo é um documento no qual os estudos e as conclusões
periciais são registrados de maneira fundamentada.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Baseando-se no pensamento de Mioto (2001), a perícia social é o
“processo através do qual um especialista realiza exame de situações sociais com finalidade
de emitir um parecer sobre a mesma [...] São partes essenciais: o estudo social, o parecer
social e a elaboração do laudo social”. O laudo, por sua vez, segundo a autora “é um
documento resultante do processo de perícia social. Nele estão registra dos os aspectos mais
importantes do estudo e do parecer social”.

79-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) A perícia social realizada pelo assistente


social se converte em instrumento de poder, uma vez que pode compor autos judiciários e
contribuir para esclarecer os fatos acerca do objeto que é analisado por esses autos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2009), “no sistema de justiça o estudo social é
realizado com a finalidade de instruir o processo com conhecimentos da área de Serviço

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 134


Social, recebe também a denominação de perícia social, isto é, um perito – especialista em
determinada área de conhecimento, no caso, em Serviço Social – é nomeado para realizar
um estudo e emitir um parecer a respeito. O registro desse estudo ou perícia, com suas
conclusões e seu parecer, dá-se, geralmente, por meio de um relatório social ou de um
laudo social, trabalho esse regulamentado na legislação que dispõe sobre a profissão como
atribuição privativa do assistente social. De acordo com a mesma autora (2013) o “relatório
social, o laudo social e o parecer social podem ser vistos como instrumentos de poder. Um
poder-saber que necessita ser viabilizado na direção da garantia de direitos, em estreita
articulação com o atual projeto profissional do Serviço Social, e não como indicador de ações
disciplinares, coercitivas e punitivas, desvirtuando a finalidade do trabalho que cabe ao
profissional da área”. Desse modo a perícia social por implicar uma decisão que interfere
diretamente na vida dos sujeitos configura-se em um instrumento de poder.

80-(DPU-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Caso seja solicitado para realizar uma


perícia, o assistente social deverá ater-se aos procedimentos de constatação, descrição e
interpretação da demanda solicitada.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009, p.27), mesmo que solicitado para uma
perícia, o assistente social pode – e, em muitas situações, deve – ir além do procedimento da
constatação, descrição e interpretação da situação. A ação em prol da possibilidade de
efetivação de direitos pode ser parte integrante de informações importantes a serem
registradas em relatórios e laudos que instruirão o processo judicial."

81-(DEPEN-ASSISTENTE SOCIAL-2015-CESPE/UNB) No campo sociojurídico, o assistente


social deve analisar e interpretar os casos atendidos a fim de produzir material que dê
suporte às decisões judiciais, com base em experiências acumuladas, em referenciais
teóricos e em seus conhecimentos legais, bem como em particularidades institucionais
necessárias ao encaminhamento de cada situação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Fávero (2009), ao abordar a instrução processual e a instrução social,
afirma que os conhecimentos da área de Serviço Social são referência ou prova documental
que vai contribuir para formar o processo. Embora a produção de provas e os trâmites

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 135


estejam previstos no Código de Processo Civil, as esferas judiciais (a Infância e Juventude, a
Família e a Criminal) vêm recorrendo aos conhecimentos acumulados pelo Serviço Social. O
estudo social vem a ser o instrumento utilizado no meio Judiciário, com a finalidade de
oferecer elementos para a decisão judicial. Documentos como informação técnica, relatório,
laudo e parecer são formas de registro de conhecimento utilizadas com freqüência pelo
profissional da área. Essas e tantas outras situações (que são vivenciadas pelos sujeitos que
demandam o serviço social e pelos próprios profissionais) vão fazendo parte do cotidiano do
profissional e exigindo capacidade de conhecimento com profundidade, perspectiva crítica e
intervenção qualificada. Daí a necessidade de apreensão crítica do cotidiano, bem como as
particularidades institucionais para encaminhamento de cada situação.

82-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) Na perícia social, o profissional pode


valer-se de instrumentos e técnicas de interação direta e indireta.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005, p.43) ,“ A perícia, no âmbito do
judiciário, diz respeito a uma avaliação, exame ou vistoria, solicitada ou determinada sempre
que a situação exigir um parecer técnico ou científico de uma determinada área do
conhecimento, que contribua para o juiz formar a sua convicção para a tomada de
decisão. [...] A perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço Social, é chamada de
perícia social, recebendo esta denominação por se tratar de estudo e parecer cuja finalidade
é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é realizada por meio do estudo social e
implica na elaboração de um laudo e emissão de um parecer. Para sua construção, o
profissional faz uso dos instrumentos e técnicas pertinentes ao exercício profissional, sendo
facultado a ele a realização de entrevistas, contatos, visitas, pesquisa documental e
bibliográfica que considerar necessárias para a análise e a interpretação da situação em
questão e a elaboração de parecer”.

83-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) A perícia social, composta por estudo,


laudo e emissão de parecer é embasada nos fundamentos teórico-metodológicos,
ético-políticos e técnico-operativos do serviço social, destinase a subsidiar avaliações e
julgamentos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 136


GABARITO: CORRETO. De acordo com Mioto (2009), a perícia social composta por estudo,
laudo e emissão de parecer é embasada nos fundamentos teórico-metodológicos,
ético-políticos e técnico-operativos do serviço social, destina-se a subsidiar avaliações e
julgamentos, a autora cita que “a perícia social pode ser considerada como um processo
através do qual o assistente social realiza o exame de situações sociais com a finalidade de
emitir um parecer sobre a mesma. O parecer nada mais é do que a opinião técnica sobre
uma determinada situação social emitida por um assistente social ou por uma equipe de
assistentes sociais “(p. 158).

 FCC
84-(TRT-3°REGIÃO-ASSISTENTE SOCIAL-2015- FCC) Considerando que a perícia social é um
exame de caráter técnico especializado realizado por um ou vários peritos, tendo como
finalidade subsidiar uma decisão, via de regra judicial, ela é
(A) sempre iniciativa voluntária de uma das partes envolvidas no processo, sendo realizada
por meio de escuta qualificada e visita domiciliar, implicando na elaboração de relatório
social.
(B) uma alternativa metodológica para o assistente social, podendo ou não ser realizado o
estudo social, mas fazendo-se necessária a elaboração do laudo social.
(C) um registro que escrevemos para que os outros entendam o que está posto em dadas
situações, onde podemos explicitar o poder decisório legal.
(D) sempre solicitada ou determinada, sendo realizada por meio de estudo social,
implicando na elaboração de um laudo e emissão de um parecer.
(E) sempre um conjunto de proposições e alternativas subsidiadas por observações e
ajuizamentos, cabendo a elaboração de um laudo e a emissão de um parecer.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Mioto (2001) define que a perícia social é um exame de caráter técnico
especializado realizado por um ou vários peritos, tendo como finalidade subsidiar uma
decisão, via de regra judicial, dessa forma, pode ser considerada um processo através do
qual um especialista, no caso o assitente social, realiza um exame de situações sociai com a
finalidade de emitir um parecer sobre a mesma. A Perícia Social sempre solicitada ou
determinada, sendo realizada por meio de estudo social, implicando na elaboração de um
laudo e emissão de um parecer.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 137


 FGV
85-(TJ/GO-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) O trabalhar no sociojurídico, o assistente social
deve se valer de um arcabouço instrumental variado. Quando é necessário o estudo social
na elaboração de um laudo para a emissão de um parecer social, esse conjunto de
instrumentos visa subsidiar:
(A) um encaminhamento;
(B) a perícia social;
(C) uma visita domiciliar;
(D) a análise socioeconômica;
(E) o relatório social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. De acordo com Fávero (2009, p.4) “a construção do conhecimento na área do
Serviço Social acerca de uma situação processual acontece geralmente por meio do estudo
social. No meio Judiciário, o estudo social, com a finalidade de oferecer elementos para a
decisão judicial, pode ser denominado perícia social, isto é, o juiz solicita e nomeia um
perito, que é um profissional com conhecimento especializado na área – nesse caso,
graduado em Serviço Social – para a realização da perícia social, de maneira a contribuir
como suporte à decisão que irá tomar. O profissional poderá registrar esse conhecimento
por meio de alguns documentos, entre eles, a informação técnica, o relatório, o laudo e o
parecer” .

86-(CÂMARA MUNICIPAL DE RECIFE-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) A perícia social é um


importante processo no trabalho do assistente social, que envolve conhecimentos e
instrumentos específicos. São instrumentos utilizados pelo assistente social ao realizar uma
perícia social:
I – entrevista, visita domiciliar e documentação;
II – observação, autonomia e fundamentação teórica;
III – anamnese, diagnóstico e tratamento.
Assinale se:
(A) somente I estiver correto;
(B) somente II estiver correto;

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 138


(C) somente III estiver correto;
(D) somente I e II estiverem corretos;
(E) todos estiverem corretos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO. A. De acordo com Mioto (2001, p.147-148) “dentre os instrumentos básicos que
o assistente social dispõe para a realização da perícia social, na etapa do estudo social, estão
a entrevista, a observação, a visita domiciliar e a documentação”.

87-(TJ/SC-ASSISTENTE SOCIAL-2015- FGV) A perícia social no judiciário tem a finalidade de


conhecer, analisar e emitir parecer técnico sobre situações vistas como conflituosas ou
problemáticas, geralmente no âmbito dos litígios legais, visando assessorar os juízes em suas
decisões. Enquanto atribuição privativa do assistente social, a perícia social:
(A) por se tratar de opinião técnica, realizada por profissional habilitado na área social, não
constitui meio de prova;
(B) engendra em seu fazer profissional competência técnica, competência
teórico-metodológica, autonomia e compromisso ético;
(C) mobiliza os seguintes métodos: a entrevista, a visita domiciliar, a observação e a análise
de documentos;
(D) resulta no laudo social, que consiste na síntese dos aspectos mais relevantes da análise e
do oferecimento de sugestões;
(E) resulta no parecer social, que corresponde à descrição detalhada dos elementos obtidos
por meio do Estudo Social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. De acordo com a Resolução 557/2009, Art. 1° “a elaboração, emissão e/ ou
subscrição de opinião técnica sobre matéria de SERVIÇO SOCIAL por meio de pareceres,
laudos, perícias e manifestações é atribuição privativa do assistente social, devidamente
inscrito no Conselho Regional de Serviço Social de sua área de atuação e pressupõem a
devida e necessária competência técnica, teórico-metodológica, autonomia e compromisso
ético”. Assim, a perícia é o estudo social, realizado com base nos
fundamentos TEÓRICO-METODOLÓGICOS, ÉTICO-POLÍTICOS &
TÉCNICO-OPERATIVOS, próprios do serviço social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 139


88-(TJ/RO-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) Ao trabalhar em uma unidade socioeducativa, a
assistente social Cecília é convocada a atuar como perita em uma situação de visita
domiciliar. Ela deve:
(A) negar, pois o assistente social não possui formação técnica para atuar como perito;
(B) solicitar permissão a sua chefia, pois hierarquicamente não pode comparecer sem a
autorização desta;
(C) aguardar a manifestação dos órgãos competentes no sentido de intimá-la;
(D) aceitar, posto que um parecer em matéria de Serviço Social integra a atribuição privativa
do assistente social;
(E) informar que a perícia é um procedimento multiprofissional, e deverá contar, também,
com Psicólogos e Pedagogos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Concurseiro, essa questão está de acordo com o que está posto no Art. 5° do
código de ética, onde afirma-se que constitui atribuição privativa- ou seja, algo que apenas o
assistente social habilitado na forma da lei pode realizar- “realizar vistorias, perícias
técnicas,laudos períciais, informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social”.

PERÍCIA SOCIAL E ESTUDO SOCIAL


 CESPE/UNB
89-(DEPEN-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) Perícia social distingue-se de estudo
social, que é a base da formulação do laudo social e da emissão do parecer técnico final.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. A autora Mioto explicita que a diferença entre Perícia Social e Estudo
social baseia-se na observação que a realização de uma perícia social implica na realização
do estudo social, porém o estudo social não é em princípio uma perícia. Por que? Porque a
perícia tem uma finalidade precípua, que é a emissão de um parecer para subsidiar a decisão
de outrem (muito freqüentemente o juiz) sobre uma determinada situação.

LAUDO SOCIAL
 CESPE/UNB
90-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) O laudo social é requisitado como
documento de prova, que servirá de subsídio técnico às decisões tomadas pelos solicitantes.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 140


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005), o laudo social é requisitado enquanto
documento de “prova”, que serve de subsídio técnico às decisões tomadas pelos solicitantes,
com a finalidade de dar suporte técnico, a partir de uma determinada área do
conhecimento.

91-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) Entre os diversos elementos que


integram a estrutura do laudo social incluem-se a introdução, o relato analítico e um parecer
social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Segundo Fávero (2005, p.46), o laudo social “possui uma estrutura
que geralmente se constitui por uma introdução que indica a demanda judicial e objetivos,
uma identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo (deixando
claro a especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da
construção histórica da questão estudada e do estado social atual da mesma, e uma
conclusão ou parecer social, que deve sintetizar a situação, conter uma breve análise crítica
e apontar conclusões ou indicativos de alternativas, do ponto de vista do Serviço Social, isto
é, que expresse o posicionamento peofissional frente à questão em estudo”.

92-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Como resultado do estudo realizado, é


dispensável que o laudo social expresse o detalhamento integral dos conteúdos do estudo,
embora deva ser documentado por meio de diversos registros e permanecer devidamente
arquivado no espaço de trabalho do assistente social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005), o Laudo social NÃO necessita
( dispensável ) expressar o detalhamento dos conteúdos do estudo realizado, o qual deve
sim ser documentado por meio de registros diversos e permanecer devidamente arquivado
no espaço de trabalho profissional . Exceção feitas as situações em que este avaliar como
imprescindível a apresentação mais detalhada, para maior clareza de entendimento, sempre
em conformidade com as diretrizes e princípios éticos da profissão.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 141


93-(DPU-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Na elaboração de um laudo, o assistente
social deve evitar o uso de termos técnicos que possam dificultar o entendimento de
receptores que não tenham familiaridade com os conhecimentos específicos da área de
serviço social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009, p.30), “Todos os registros que o
assistente social junta aos autos serão, a partir daí, meios de comunicação de mensagens.
Comunica-se, então, uma mensagem de uma área específica do conhecimento a
profissionais de outras áreas do conhecimento, os quais, ao realizar a leitura, o farão com
determinados objetivos e a partir de determinadas perspectivas, nem sempre coincidentes
com as do profissional que emitiu a mensagem. Para que o receptor da área do Direito, por
exemplo, compreenda o teor da mensagem do profissional da área do Serviço Social, é
fundamental que este conheça as normas da língua formal, que faça uso da coerência,
objetividade e clareza de linguagem, que estabeleça critérios para destacar os dados mais
significativos, que emita uma linguagem técnica, evidentemente, contudo evitando
referências literais a terminologias ou conceitos muito específicos que, em vez de dar clareza
à informação, poderão deixar pontos obscuros ou levar o magistrado a não considerá-la por
não compreendê-la integralmente”. Atente-se ao fato de que o que deve ser evitado são
“referências literais a terminologias ou conceitos muito específicos” e não a linguagem
técnica em si.

94-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O conteúdo de um laudo social deve


ultrapassar a simples descrição da problemática em avaliação, e sua análise deve apoiar-se
em conhecimentos específicos do campo de atuação do profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO.De acordo com Fávero (2009), o laudo social deve ser feito por um
assistente social, ele é outro tipo de documento, utilizado como uma das “provas” que
instruirá o processo e que poderá dar suporte à decisão, à sentença judicial. O laudo é o
registro que documenta as informações significativas, recolhidas por meio do estudo social,
permeado ou finalizado com interpretação e análise. Em sua parte final, via de regra,
registra-se o parecer conclusivo, do ponto de vista do Serviço Social. Para a autora o Laudo
Socia,l geralmente, segue uma estrutura, que é: “introdução, indicando a demanda judicial e

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 142


objetivos do trabalho; identificação das pessoas envolvidas na ação e que direta e
indiretamente estão incluídas no estudo; a metodologia utilizada para a efetivação do
trabalho (entrevistas, visitas, contatos, estudos documental e bibliográfico etc.) e a definição
breve de alguns conceitos utilizados, na medida em que o receptor da mensagem contida
nesse documento não necessariamente tem familiaridade com os conhecimentos da área do
Serviço Social. Assim, seu caráter científico e as especificidades da área são clareados; em
sequência, registram-se os aspectos socioeconômicos e culturais que podem ser permeados
pela análise ou finalizados com a análise interpretativa e conclusiva, também denominada
de parecer social” (p.29). Assim, o conteúdo de um laudo social deve ultrapassar a simples
descrição da problemática em avaliação, e sua análise deve apoiar-se em conhecimentos
específicos do campo de atuação do profissional.

95-(POLÍCIA FEDERAL-ASSISTENTE SOCIAL-2014- CESPE/UNB) Ao se elaborar o laudo ou


parecer social de um usuário, deve-se evitar fazer referências à postura e ao
comportamento dos envolvidos no decorrer do estudo, pois essas impressões são
consideradas análises de julgamento moral.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Alguns profissionais costumam fazer referências iniciais do que
perceberam com relação à postura e ao comportamento dos envolvidos no decorrer do
processo avaliativo, iniciando seus textos com essas sinalizações. Essas referências são
importantes quando há conflitos entre os usuários (no caso de grupo de família) ou quando
algum deles compareceu à entrevista visivelmente alcoolizado. Caso seja possível marcar
nova entrevista, o fato pode ser discutido com o próprio usuário. Cabe ao profissional
decidir eticamente o que deve ou não ser registrado. No livro Serviço Social na
contemporaneidade, a autora Iamamoto vai ressaltar que O Serviço Social é assim
reconhecido como uma especialização do trabalho, parte das relações sociais que fundam a
sociedade do capital. Estas são, também, geradoras da “questão social” em suas dimensões
objetivas e subjetivas, isto é, em seus determinantes estruturais e no nível da ação dos
sujeitos.

96-(POLÍCIA FEDERAL-ASSISTENTE SOCIAL-2014- CESPE/UNB) Na elaboração do laudo social


de um usuário, os marcos da história de vida deste constituem importantes dados de análise.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 143


Essas informações geralmente compõem a introdução do laudo, o desenvolvimento assume
características de análise, e a avaliação final direciona-se à conclusão e às sugestões para
resolução do problema.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Conforme literatura da área, os marcos significativos da história de
vida são também um dado importante de análise, especialmente para profissionais que
lidam com depoimentos verbais, com manifestos. Esse histórico deve ser breve, com o relato
do que é sumamente importante para melhor entendimento da situação e da análise do
profissional. Desse modo, o histórico de vida assume papel introdutório no corpo do texto, e
o desenvolvimento assume características de análise. A avaliação final encaminha para a
conclusão e para as sugestões.

97-(TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SERGIPE-ASSISTENTE SOCIAL-2014-CESPE/UNB) O laudo


social é resultante do processo de perícia social e deve conter o registro das informações
mais relevantes do estudo realizado e o parecer social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005), o laudo social é resultante do processo
de perícia social (avaliação, exame técnico ou científico da área do Serviço Social).
É, portanto, o registro escrito e fundamentado dos estudos e conclusões da perícia (ou seja,
que envolve uma avaliação detalhada do que foi estudado) no qual o perito emite seu
parecer e eventualmente responde a quesitos que lhe foram propostos pelo juiz e/ou pelas
partes interessadas.

98-(MPU-2013-ASSISTENTE SOCIAL-CESPE/UNB) Apesar de o laudo social ser um


documento elaborado de modo detalhado, consistente e fundamentado, ele não pode ser
usado como um meio de prova.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

GABARITO: ERRADO. Fávero (2009) explicita que o laudo social quando parte de um
processo é um documento que pode ser utilizado como prova e que dará suporte a decisão
judicial. O laudo social é o registro que documenta as informações significativas que foram

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 144


recolhidas através do estudo social, e ele poderá ser finalizado com interpretações e
análises.

99-(DEPEN-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) No laudo social, o profissional deve


elaborar, com base na descrição, análise aprofundada sobre a situação em estudo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O laudo resulta de um estudo mais minucioso e aprofundado sobre
determinada problemática, que contem um parecer bem fundamentado acerca de
determinada problemática atendida pelo profissional. De acordo com Magalhães (2019), o
laudo social exige uma análise mais aprofundada, em que a descrição serve de ponto de
apoio às inferências do profissional quanto a problemática que está avaliando. Ele precisa ir
além do descrito pura e simplesmente. Suas considerações extrapolam o descritivo e
situam-se na análise feita. Não basta descrever situações, mas analisá-las à luz de
conhecimentos específicos do campo de atuação, com a ponte necessária à identificação de
uma ótica do saber.

100-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) O laudo do assistente social deve


expressar, detalhadamente, os conteúdos do estudo realizado, a fim de garantir maior
confiabilidade das informações que embasarão a tomada de decisão desse profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Fávero (2009) vai explicitar que o laudo social "Enquanto documento
resultante do processo de perícia social, ele apresenta o registro das informações mais
significativas do estudo e da análise realizada, e o parecer social. O laudo não necessita
expressar o detalhamento dos conteúdos do estudo realizado, o qual deve sim ser
documentado por meio de registros diversos e permanecer devidamente arquivado no
espaço de trabalho do profissional. Excessão feita às situações em que este avaliar como
imprescindível a apresentação mais detalhada, para maior clareza de entendimento, sempre
em conformidade com as diretrizes e princípios éticos da profissão". É necessário ressaltar
também que o Laudo Social é um documento escrito que contém parecer ou opinião técnica
conclusiva do que foi estudado e observado sobre determinado assunto com a finalidade
de dar suporte à decisão judicial, ou seja, contribui para a formação de um juízo por parte
do Magistrado, dá-lhe elementos para o exercício da faculdade de julgar: avaliar, escolher,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 145


decidir, a partir da área de conhecimento do Serviço Social. Deste modo, oferece elementos
de base social para a formação de um juízo e tomada de decisão: análise dos aspectos
socioculturais e econômicos, relacionando-os ao segmento de classe e às medições sociais
que as permeiam.

 IBFC
101-(MPE/SP-2011-ASSISTENTE SOCIAL- IBFC) O laudo social:
I. É utilizado no meio jurídico como um elemento de prova, com a finalidade de dar suporte
à decisão judicial.
II. Oferece elementos de base social para a formação de um juízo e tomada de decisões que
envolvem direitos fundamentais e sociais.
III. É resultante do processo de perícia social.
IV. Apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise realizada,
e o parecer social.
Analise os itens, logo após, assinale a alternativa correta:
(A) Todos os itens são verdadeiros.
(B) Os itens II e IV são verdadeiros e o item III é falso.
(C) Os itens I e II são verdadeiros e o item IV é falso
(D) Somente o item I é verdadeiro.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. A autora Fávero (2005) traz preciosas contribuições sobre o tema Laudo Social,
com a leitura de tudo que está em nosso resumo sobre Laudo Social você acertará essa
questão. Para ela esse instrumento de trabalho é usado como um ELEMENTO DE PROVA, no
meio judicial, e tem por finalidade dar suporte a decisão judicial. O Laudo Social contribui
para a formação de um juízo por parte do magistrado, ou seja, é esse documento que irá
oferecer elementos de base social para a formação de um juízo e tomada de decisão que
envolve DIREITOS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS. Para essa autora, o Laudo Social é resultante
do Processo de Perícia Social, ele apresenta as informações mais significativas do estudo e
da análise realizada, e o parecer social.

 FGV

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 146


102-(PREF. SALVADOR-2019-ASSISTENTE SOCIAL- FGV) O Assistente Social, no trabalho
profissional rotineiro, é demandado a subsidiar, em várias situações, as decisões de outros
profissionais a partir da análise social. Assinale a opção que indica o instrumento utilizado
para subsidiar uma tomada de decisão.
(A) A política institucional.
(B) O diagnóstico social.
(C) O laudo social.
(D) A entrevista.
(E) A visita domiciliar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Fávero (2009, p.28) “O laudo social é outro tipo de documento,
utilizado como uma das “provas” que instruirá o processo e que poderá dar suporte à
decisão, à sentença judicial. O laudo é o registro que documenta as informações
significativas, recolhidas por meio do estudo social, permeado ou finalizado com
interpretação e análise. Em sua parte final, via de regra, registra-se o parecer conclusivo, do
ponto de vista do Serviço Social. Conclusivo no sentido de que deve esclarecer que, naquele
momento e com base no estudo científico realizado, chegou-se à determinada conclusão.
Para a efetivação desse registro, o profissional vai ter como referência conteúdos obtidos
por tantas entrevistas, visitas, contatos, estudos documental e bibliográfico que considerar
necessários para a finalidade do trabalho”. Assim, o laudo social é utilizado para subsidiar
uma tomada de decisão.

103-(PREF.NITERÓI-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) A assistente social Isabel acompanha


um adolescente que está em medida socioeducativa de internação. Após vários
atendimentos, estudos e análises, ela deverá emitir um documento que subsidiará uma
decisão do juiz a respeito da suspensão do regime de internação desse menor. Trata-se do
seguinte instrumento:
(A) estudo de caso;
(B) agenda de tratamento;
(C) diagnóstico social;
(D) análise situacional;
(E) laudo social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 147


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:E. Fávero (2009) explicita que o laudo social quando parte de um processo é um
documento que pode ser utilizado como prova e que dará suporte a decisão judicial. O
laudo social é o registro que documenta as informações significativas que foram recolhidas
através do estudo social, e ele poderá ser finalizado com interpretações e análises.

104-(COMPESA-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) A apresentação do Laudo Social segue um


modelo com estrutura- padrão, no qual os itens devem seguir o modelo padrão de exposição.
De acordo com a estrutura mencionada acima, numere os itens a seguir.
( ) Parecer Social acerca da situação
( ) Identificação dos envolvidos
( ) Metodologia utilizada
( ) Objetivos do trabalho
Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima para baixo.
(A) 1 – 3 – 2 – 4
(B) 1 – 4 – 2 – 3
(C) 4 – 2 – 3 – 1
(D) 2 – 4 – 3 – 1
(E) 4 – 3 – 2 – 1
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Fávero (2014) o Laudo Social possui uma estrutura que
geralmente se constitui por uma introdução que indica a demanda judicial e objetivos,
uma identificação breve dos sujeitos envolvidos, a metodologia para construí-lo (deixando
claro a especificidade da profissão e os objetivos do estudo), um relato analítico da
construção histórica da questão estudada e do seu estado social atual e uma conclusão ou
parecer social que deve sintetizar a situação. Assim a sequência correta é 4-2-3-1.

105-(MPE-ASSISTENTE SOCIAL-2017 FGV) Em uma instituição sociojurídica, um assistente


social é solicitado pelo Juiz a emitir uma análise sobre guarda compartilhada. O instrumento
utilizado para análise pelo assistente social como sua atribuição privativa para subsidiar a
decisão do Juiz é:
(A) o depoimento sem dano;

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 148


(B) o parecer social;
(C) a visita domiciliar;
(D) o laudo social;
(E) a perícia social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Fávero (2009, p.28) “O laudo social é outro tipo de
documento, utilizado como uma das “provas” que instruirá o processo e que poderá dar
suporte à decisão, à sentença judicial. O laudo é o registro que documenta as informações
significativas, recolhidas por meio do estudo social, permeado ou finalizado com
interpretação e análise. Em sua parte final, via de regra, registra-se o parecer conclusivo, do
ponto de vista do Serviço Social. Conclusivo no sentido de que deve esclarecer que, naquele
momento e com base no estudo científico realizado, chegou-se à determinada conclusão.
Para a efetivação desse registro, o profissional vai ter como referência conteúdos obtidos
por tantas entrevistas, visitas, contatos, estudos documental e bibliográfico que considerar
necessários para a finalidade do trabalho”.

106-(SEDUC/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) O laudo social é um dos instrumentos mais


importantes para a intervenção do Assistente Social, porque
(A) descreve, em minúcias, os aspectos mais significativos da situação apreciada, de modo a
oferecer um panorama global do caso.
(B) permite o estudo da situação, realizando uma avaliação e indicando medidas legais e
sociais que poderão ser tomadas.
(C) oferece elementos de base social para a formação de umjuízo e tomada de decisão que
envolve direitos fundamentais e sociais.
(D) transcreve o que é expresso verbalmente pelo usuário, integrando a ação que será
operacionalizada.
(E) apresenta seu processo de trabalho para que ele chegue a um determinado diagnóstico
da situação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Fávero (2009) explicita que o laudo social quando parte de um processo é um
documento que pode ser utilizado como prova e que dará suporte a decisão judicial. O laudo
social é o registro que documenta as informações significativas que foram recolhidas através

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 149


do estudo social, e ele poderá ser finalizado com interpretações e análises. É na parte final o
do laudo social que geralmente é registrado o PARECER SOCIAL, que tem caráter conclusivo,
ou seja, possuí o ponto de vista do profissional de serviço social que o realizou, mostrando
assim que o profissional chegou a uma conclusão baseado em tudo que foi estudado e
analisado. Assim, o laudo social oferece elementos de base social para a formação de
umjuízo e tomada de decisão que envolve direitos fundamentais e sociais.

 VUNESP
107-(PREF.SÃO JOSÉ DO RIO PRETO- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP) Magalhães (2003),
ao tratar da forma textual do laudo, lembra da necessidade de uma análise fundamentada,
que dará base à avaliação, que por sua vez, orientará o parecer. Segundo a autora (p.79):
“Não basta descrever, mas relacionar descrição a aspectos importantes da realidade, numa
perspectiva da área do saber profissional”. A autora ainda destaca a importância da
elaboração de um roteiro, que tem a finalidade de nortear o que deve ser sinalizado no texto.
Nessa perspectiva, é correto afirmar que o laudo não pode ser rígido e, idealmente, deve ser
(A) organizado isoladamente pelo profissional que irá elaborá-lo.
(B) breve para assegurar o caráter de subjetividade que supõe.
(C) monitorado para evitar envolvimento emocional do profissional.
(D) pensado em conjunto pela equipe de trabalho.
(E) conciso dada a urgência que usualmente caracteriza sua solicitação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Magalhães (2003, p.81) afirma que “a elaboração de um roteiro também é
muito importante. Sua função é nortear o que deve ser sinalizado no texto. Portanto, ele
não pode ser rígido, e idealmente, deve ser pensado em conjunto pela equipe de trabalho”.

108-(PREFEITURA DE OSASCO- ASSISTENTE SOCIAL-2019-VUNESP) A elaboração do parecer


social, uma das atribuições privativas do assistente social, deve estar fundamentada em
estudo social da situação em foco e exprimir a opinião profissional sobre a referida situação,
em consonância com o objetivo que gerou a solicitação do parecer social. O relatório ou
laudo social constitui prova pericial, sendo correto afirmar o dever do profissional de
produzi-lo, não como instrumentos de classificação e disciplinamento dos sujeitos
envolvidos, mas na direção

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 150


(A) dos objetivos institucionais.
(B) da expectativa do usuário.
(C) da superação da realidade.
(D) do progresso humano.
(E) da garantia de direitos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Fávero (2005) afirma que o laudo é usado como ELEMENTO DE PROVA, no
meio judicial, e que ele tem por finalidade dar suporte a decisão judicial. Ele contribui para a
formação de um juízo por parte do magistrado, ou seja, é esse documento que irá oferecer
elementos de base social para a formação de um juízo e tomada de decisão que envolve
DIREITOS FUNDAMENTAIS E SOCIAIS. Assim, ele não pode ser usado como instrumentos de
classificação e disciplinamento dos sujeitos envolvidos, mas na direção da garantia de
direitos.

RELATÓRIO SOCIAL
 CESPE/UNB
109-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) O relatório social formaliza uma
apresentação descritiva e interpretativa de determinada questão social, e tem por objetivo a
finalidade de informar, subsidiar e documentar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005) o relatório social traduz uma
apresentação descritiva e interpretativa de uma dada expressão da questão social, e tem por
objetivo a finalidade de informar, subsidiar e documentar.

110-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O relatório social caracteriza-se como


documento específico elaborado por assistente social, constituído de apresentação
descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da questão social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Segundo Fávero (2005, p.44), o relatório social é “um documento
específico elaborado pelo assistente social. Esse relatório social se traduz na
apresentação DESCRITIVA E INTERPRETATIVA de uma situação ou expressão da questão
social, enquanto objeto da intervenção desse profissional em seu cotidiano laborativo.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 151


111-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Por ser dirigido ao profissional que o
elaborou, o relatório de acompanhamento permite uma comunicação menos interativa com
o universo institucional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Magalhães (2019), nos relatórios de
acompanhamento, a mensagem é dirigida ao próprio profissional que o elaborou, admitindo
uma comunicação menos interativa com o universo institucional. O objetivo dos relatórios
de acompanhamento é dar ciência a outro profissional da avaliação efetuada, por isso não é
necessário que seja muito detalhado.

112-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O relatório de acompanhamento é um


instrumento de comunicação voltado para os profissionais externos à instituição, o que o
impede de ser de natureza avaliativa
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Segundo Magalhães (2006), “o relatório de acompanhamento admite
uma comunicação menos interativa com o universo institucional, pois, via de regra, sua
mensagem é dirigida ao próprio profissional que o elaborou”.

 FCC
113-(TJ/MA-ASSISTENTESOCIAL-2019- FCC) No âmbito do Poder Judiciário, o Assistente
Social, tanto na abordagem individual como na abordagem coletiva, faz uso de instrumentos,
de técnicas e de registros dos atendimentos. O uso, em especial, do relatório social tem
como perspectiva
(A) organizar informações que venham a servir de provas para aplicação de punição a um
suposto violador de direitos de uma criança ou suposto autor de outros crimes, além de
instruir processos judiciais, objetivando elucidar a visão da equipe multidisciplinar.
(B) registrar o resultado de uma investigação rigorosa da realidade social vivida pelos
sujeitos, desvelando a dimensão histórico social que constrói as situações concretas
atendidas no trabalho cotidiano, além de estimular a reflexão crítica a respeito dos
problemas e dilemas que vivenciam, para conhecer e estabelecer caminhos viáveis para o
acesso a direitos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 152


(C) aprimorar a demanda investigativa, identificando os desajustamentos sociais e, com isso,
prevenir atos infracionais que mantenham os sujeitos submetidos à justiça por muito tempo,
considerando que, para o caso de adolescentes, a medida em meio fechado é a mais
aplicada.
(D) organizar conhecimentos sobre a condição de vida dos sujeitos para imprimir uma
direção de poder, submetendo-se à interpretação do juiz sobre o caso, pois, no contexto
judicial, não é permitido divergir da autoridade composta pelos juízes investidos de poder,
pelo saber e pela estrutura institucional.
(E) estabelecer relação próxima com os indivíduos e grupos, identificar os comportamentos
mais desviantes da ordem e dos bons costumes e instrumentalizar um plano de condutas
que corrija os comportamentos e previna novos desajustamentos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. De acordo com Fávero (2005), o Relatório Social é o instrumento que tem
uma apresentação descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da questão
social. Ao utilizar o instrumento de trabalho Relatório Social o assistente social pode
registrar o resultado de uma investigação rigorosa da realidade social vivida pelos sujeitos,
desvelando a dimensão histórico social que constrói as situações concretas atendidas no
trabalho cotidiano, além de estimular a reflexão crítica a respeito dos problemas e dilemas
que vivenciam, para conhecer e estabelecer caminhos viáveis para o acesso a direitos.

114-(PREF.MACAPÁ-ASSISTENTE SOCIAL-2018-FCC) Nos vários espaços sócio-ocupacionais


do/da assistente social, os relatórios sociais são utilizados constantemente, sendo
classificados em:
(A) gerais, informativos, diários, inspecionais e analíticos.
(B) de visitas, de entrevistas, gerais, informacionais e emergenciais.
(C) informativos, gerais, diários, inspecionais e individuais.
(D) informativos, circunstanciais, de visitas domiciliares, de acompanhamentos e de
inspeções.
(E) de entrevistas, de visitas domiciliares, diários, institucionais e emergenciais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Magalhães (2019) vai explicitar que nos vários espaços sócio-ocupacionais
do/da assistente social, os relatórios sociais são utilizados constantemente, sendo

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 153


classificados em: informativos, circunstanciais, de visitas domiciliares, de acompanhamentos
e de inspeções.

 FGV
115-(DPE/MT-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) Após encaminhar ao Conselho Tutelar a
notificação de suspeita de violência sexual de uma criança, o Assistente Social elaborou um
relatório para informar a situação emergencial dessa criança, buscando garantir um local
para a possível vítima ser acolhida, pois o retorno ao domicílio representa risco. Segundo
Magalhães (2011), o profissional deve elaborar
(A) um relatório prescritivo.
(B) um relatório circunstanciado.
(C) um relatório informativo.
(D) um relatório de acompanhamento.
(E) um relatório de inspeção.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Magalhães (2006) aponta a existência de diferentes tipos de relatórios, a
saber: relatórios informativos; relatórios circunstanciados; relatórios de visita domiciliar;
relatórios de acompanhamento e; relatórios de inspeção. O relatório circunstanciado “são
aqueles feitos em situação de emergência, como nos casos encontra-se em situação de risco
e precisa ser abrigada numa instituição. O parecer, emitido após um breve relato da situação
é apresentado imediatamente ao juiz”.

RELATÓRIO SOCIAL E LAUDO SOCIAL


 CESPE/UNB
116-(MPE/PI-ASSISTENTE SOCIAL-2012- CESPE/UNB) Laudos e relatório resultam de um
estudo realizado a partir da avaliação de um profissional, que pode apresentar, ainda, um
parecer sobre o que foi analisado. A diferença entre laudo e parecer reside na natureza da
fundamentação técnica de ambos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O Parecer Scial possibilita esclarecimentos e análises específico do
Serviço Social, a uma questão relacionada a decisões a serem tomadas. Exposição e
manifestação sucinta, com enfoque na situação social analisada, tem base num estudo

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 154


rigoroso e fundamentado. No âmbito do JUDICIÁRIO pode ser emitido como parte final
ou conclusão de um LAUDO, e também como resposta a consulta ou determinação
judiciária a respeito de alguma questão sobre processo já acompanhado pelo profissional. O
Laudo Social é utilizado o meio JUDICIÁRIO como mais um elemento de PROVA, a fim de
propiciar suporte à decisão judicial, a partir de determinada área de conhecimento, ou seja,
contribui para formação de um juízo. Enquanto documento resultante do processo de
perícia social ele apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da
análise realizada, e o parecer social. Então, enquanto o laudo social é mais aprofundado,
apresenta maiores detalhes da situação, o parecer social é mais breve e indica conclusões e
a posição do profissional perante a situação estudada. Ambos servirão para a tomada de
decisões.

117-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) Regulamentado na legislação que


dispõe sobre a profissão do assistente social, o relatório social ou o laudo social geralmente
são utilizados como registro do estudo ou da perícia social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O relatório social ou o laudo social geralmente são utilizados como
registro do estudo ou da perícia social, ambos são instrumentos que desvendam a realidade
e vão além do aparente.

 FCC
118-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL- 2018-FCC) O instrumental técnico-operativo
indireto do/da assistente social resulta de estudos e de avaliações. Estes instrumentos são
(A) o relatório e o laudo social.
(B) a observação sensível e o estudo social.
(C) a visita e o parecer social.
(D) a anamnese e o diagnóstico.
(E) a entrevista e o relatório social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Toniolo (2008) cita como instrumento indireto: relatório Social, parecer social,
laudo social, diário de campo, ata de Reunião e livros de registros. Os instrumentos indiretos
são aqueles que são escritos. Tendo em vista informação você já conseguiria eliminar as

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 155


alternativas B,C e E, pois elas trazem ao menos um item que é instrumento de trabalho
direto, ou seja, aqueles que são face a face, em que o assistente social teve um contato
direto com o usuário (ex: entrevista, visita, observação sensível). Das alternativas postas na
questão apenas a que refere-se ao relatório e laudo social é a correta, pois esses são
instrumentos de trabalho indiretos do/da assistente social que resulta de estudos e de
avaliações.

119-(DPE/RS-ASSISTENTE SOCIAL-2017- FCC) A descrição e interpretação de uma


determinada situação vivida por um sujeito social, bem como das políticas de proteção que
atendem à família/ao indivíduo são refletidas por meio da elaboração de estudo, relatório
ou laudo social. Sendo assim, um estudo avaliativo é representado por
(A) laudo social, apenas.
(B) relatório social, apenas.
(C) estudo social, apenas.
(D) relatório e laudo social.
(E) estudo e relatório social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO:D. De acordo com Magalhães (2006), o relatório social e o laudo social resultam
de um estudo feito, são fruto da avaliação de um profissional e podem apresentar um
parecer sobre o que foi analisado.

 IBFC
120-(TJ-PE/2017/ASSISTENTE SOCIAL-IBFC) A prática profissional do Assistente Social no
Judiciário o coloca próximo a dois elementos básicos: laudo e relatório. Magalhães (2006)
nos indica que esses instrumentais são basais ao profissional e apesar de semelhantes,
possuem cada um deles especificidades e diferenciações afins. Ancorado no disposto por
Magalhães (2006) a respeito do relatório e do laudo, analise as afirmativas abaixo:
I. Há diversos tipos de laudo, sendo esses: inspeção, informação, acompanhamento e de
visita domiciliar.
II. O laudo é um documento construído fundamentando-se em análises e deve ser um
documento conclusivo.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 156


III. O conteúdo de um relatório deve explicitar as razões pelas quais foram avaliados como
viáveis pelo profissional, determinados encaminhamentos.
IV. Tanto o laudo quanto o relatório são construídos com base na realização de um estudo.
V. O laudo, para ser aceito judicialmente como prova, deve abdicar de apresentar descrições,
informações ou sugestões.
Estão corretas as afirmativas:
(A) II, III e IV, apenas
(B) I, III e IV, apenas
(C.)II, III e V, apenas
(D) I, II e V, apenas
(E) III, IV e V, apenas
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO A. Magalhães (2019) nos apresenta que laudos e relatórios trazem em si
semelhanças e diferenças. Tanto um quanto o outro, resultam de um estudo feito, e
necessitam de uma avaliação profissional, podendo apresentar um parecer sobre o que foi
analisado. A diferença entre ambos está na natureza da fundamentação técnica do parecer:
 O laudo é fundamentado em analises e deve ser conclusivo, contendo assim
sugestões ou diretrizes (Assim, o item II está Correto);
 Para magalhães, tanto laudo social como o relatório social resultam de estudos e
avaliações feitos. (Assim, o item IV está Correto);
 O relatório, de maneira geral, pode ser referente a visitas realizadas, a uma pesquisa,
ou as apresentações das atividades desenvolvidas em determinado setor, pode
conter ainda informações sobre determinadas situações a serem tomadas ou
justificar encaminhamentos, ou seja, podem ser deinspeção, informação,
acompanhamento e de visita domiciliar. (Assim, o item I está Errado. Pois a descrição
do item é sobre Relatório e não sobre Laudo).
 O conteúdo de um relatório pode conter subsídios para uma primeira tomada de
conhecimento, extrapolando assim o burocrático, devido a isso, não basta apenas
encaminhar ou informar, mas explicitar as razões pelas quais foram avaliados - ainda
que de modo breve -caso contrário, será apenas um informe e não um relatório
(Assim, o item III está Correto)

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 157


 O laudo é um instrumento muito utilizado na área jurídica devido as suas
particularidades, pois apresenta uma linguagem técnica e segue a exemplaridade da
língua ;

LAUDO SOCIAL E PARECER SOCIAL


 CESPE/UNB
121-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) O laudo e(ou) parecer social compõem o
rol de informações utilizadas pela instituição jurídica na procura da verdade, constituindo,
assim, instrumentos de poder, pois colaboram, não raras vezes, de modo determinante, para
a definição do futuro de crianças, adolescentes e famílias.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero(2009), o laudo social e o parecer social
compõem o rol de informações utilizadas pela instituição jurídica na procura da verdade,
constituindo, assim, instrumentos de poder, pois colaboram, não raras vezes, de modo
determinante, para a definição do futuro de crianças, adolescentes e famílias.

PARECER SOCIAL
 CESPE/UNB
122-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) A elaboração do parecer social prescinde
do estudo socioeconômico.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Concurseiro, tenha em mente a palavra PRESCINDIR significa não
precisar, dessa forma você percebe que a assertiva está errada pois, de acordo com Fávero
(2005), a elaboração do parecer social deve ter por base a elaboração do estudo
socioeconômico.

123-(FUB-ASSISTENTE SOCIA-2018-CESPE/UNB) Os pareceres acerca de processos de


adoção, guarda, tutela e destituição do poder familiar elaborados por assistentes sociais que
atuam no Poder Judiciário podem ser fundamentados em estudos sociais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 158


GABARITO: CORRETO. Fávero(2009) afirma que “O parecer social pode ser parte final de um
laudo ou pode ser realizado em razão de determinação judicial, com base em conteúdos já
documentados nos autos e/ou informações complementares. Como exemplo, pode ser
citado o parecer emitido a partir da análise dos autos processuais referentes a uma criança
e/ou adolescente que cumprem medida protetiva de abrigamento; ou parecer emitido por
assistente técnico a respeito de estudo social realizado por outro profissional da área”.

124-(INSS-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Em se tratando de parecer social com


vistas à concessão de um benefício assistencial, o assistente social deve encaminhar ao setor
solicitante o parecer por ele elaborado, juntamente com o estudo socioeconômico realizado.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A autora Fávero (2005) afirma que “a elaboração do parecer social
deve ter por base a OBSERVAÇÃO e a realização o ESTUDO SOCIOECONÔMICO de uma dada
situação. Ele deve exprimir a situação profissional sobre a referida situação em consonância
com os objetivos que gerou a solicitação do parecer” (p.62). Ela ainda deixa bem claro que
“o estudo socioeconômico NÃO DEVERÁ ser encaminhado aos setores solicitantes, mas
permanecer no prontuário do assistente social, em arquivo próprio; Somente o parecer é
que deverá ser encaminhado” (p.62).

125-(INSS-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) O parecer social constitui mecanismo de


averiguação de veracidade dos fatos, quando solicitado pela Procuradoria Federal
Especializada do INSS, tendo, nessa situação, caráter sigiloso.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com o Manual Técnico do Serviço Social junto ao INSS
(2012), “o estudo social que fundamenta a elaboração do parecer social é de caráter sigiloso
e armazenado em prontuário próprio do Serviço Social. Sendo assim, ele sempre terá o
caráter sigiloso, independente do solicitante. Cabe lembrar que o sigilo é garantido pelo
Código de Ética do Assistente Social de 1993. O Manual do INSS (2012) define o parecer
social como o “pronunciamento técnico do assistente social, com base no estudo de
determinada situação, e tem como objetivo fornecer elementos para reconhecimento de
direitos, manutenção e recurso de benefícios e decisão médico-pericial”. Desse modo o
parecer social não consiste em um mecanismo de averiguação da veracidade dos fatos, mas

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 159


sim uma conclusão técnica elaborada a partir de estudo social tendo como objetivo efetivar
direitos.

126-(INSS-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) O parecer social deve conter uma análise


prospectiva da situação estudada e indicar hipóteses sobre desdobramentos e
consequências da situação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Segundo Toniolo (2008, p.131), “para além de uma avaliação do
passado, o parecer social também deve realizar uma análise prospectiva, isto é, apontar que
desdobramentos determinada situação podem tomar.

127-(DPU-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Conforme o atual projeto ético-político


hegemônico no serviço social, inscrito na tradição crítica, a subjetividade do assistente social
não é afetada pelas relações de trabalho a que se submete nos diversos espaços
sócio-ocupacionais, de modo que a emissão de registros e pareceres por essa categoria não
incorre em posições fundadas no crivo subjetivo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009, p.14), “necessário refletir sobre o fato
de que o estudo realizado envolve seres humanos que vivem em condições objetivas, as
quais afetam sua subjetividade e são por ela afetadas. O assistente social também tem sua
subjetividade afetada nessas relações de trabalho. Nesse sentido, o conhecimento científico
e a reflexão ética são fundamentais para a posição que o profissional assume nas relações
com os sujeitos e nos registros e pareceres que emite. Assim, no cotidiano de trabalho, lida
com sujeitos que mantêm ou mantiveram relações familiares com diversas realidades e
configurações. Falar de família e de relações familiares faz parte da maioria das instruções
sociais processuais realizadas pelo assistente social”.

128-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Considerando que o parecer social


constitui a descrição detalhada de uma questão ou situação social, para sua elaboração
dispensa-se o levantamento de hipóteses sobre possíveis consequências e a realização de
análises prospectivas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 160


GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero(2009, p.29), “o parecer social sintetiza a
situação, apresenta uma breve análise e aponta conclusões ou indicativos de alternativas,
que irão expressar o posicionamento profissional frente ao objeto de estudo”. A autora
reafirma ainda que “parecer social diz respeito a ESCLARECIMENTOS E ANÁLISES, com base
em conhecimento específico do serviço Social, a uma questão ou questões relacionadas a
DECISÕES a serem tomadas. Trata-se de exposição e manifestação SUCINTA, enfocando-se
OBJETIVAMENTE a questão ou situação social analisada”. Toniolo (2008, p.131) também
destaca que, “ com o rigor teórico necessário, conhecendo profundamente a realidade social
na qual determinada situação está sendo avaliada, o Assistente Social terá a capacidade de
levantar hipóteses sobre possíveis conseqüências da situação. Assim, o parecer social deve
também conter sugestões de novas ações que precisam ser desenvolvidas junto àquela
situação – ações estas que serão desenvolvidas ou pelo próprio Assistente Social, ou por
outros agentes profissionais”.

129-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) O parecer social deve fundamentar-se no


estudo respaldado em provas documentais apresentadas pelo usuário e deverá ser
encaminhado ao solicitante na forma de relatório social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2005), o parecer social deve ser feito a luz de
referenciais teóricos, éticos e técnicos, inerentes ao Serviço social fundamentado em estudo
rigoroso, assim, a questão erra ao mencionar que ele deve fundamentar-se no estudo
respaldado em provas documentais apresentadas pelo usuário.

130-(POLÍCIA FEDERAL-ASSISTENTE SOCIAL-2014- CESPE/UNB) Considerando-se que, ao


elaborar o parecer social, cabe ao assistente social emitir opinião acerca de uma situação
social com base em análise essencialmente teórica, é vedado a esse profissional o
levantamento de hipóteses a respeito das possíveis consequências dessa situação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009), o parecer social diz respeito ao
esclarecimento e análise, com base em conhecimentos específicos do Serviço Social, de uma
questão relacionada a decisões a serem tomadas. Trata-se de exposição e manifestação
sucinta, enfocando objetivamente a questão ou a situação social analisada, os objetivos do

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 161


trabalho solicitado e apresentado, portanto, é uma análise referenciada em fundamentos
teóricos, éticos e técnicos inerentes ao Serviço Social. Toniolo (2008) também destaca que
esse parecer também deve conter uma análise prospectiva e levantar hipóteses acerca de
possíveis consequências da situação.

131-(TJ/SE-ASSISTENTE SOCIAL-2014-CESPE/UNB) O parecer social deve prestar


esclarecimentos e análises a fim de subsidiar tomadas de decisões.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO.De acordo com Fávero (2009) o Parecer social emitido pelo assistente
social, pode ser emitido enquanto parte final ou conclusão de um laudo, bem como resposta
à determinação da autoridade judiciária a respeito de alguma questão constante em
processo. Ou seja, diz respeito as análises e esclarecimentos, tendo como base os
conhecimentos específicos do Serviço Social, a questões relacionadas a decisões judiciais.
Finalização de caráter conclusivo ou indicativo.

132-(MPU-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) O parecer social, uma exposição e


manifestação sucinta com enfoque objetivo sobre a situação social analisada, é o meio
empregado pelo profissional de serviço social para realizar esclarecimentos e análise acerca
de questões relacionadas a decisões a serem tomadas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2005), o parecer social “trata-se de exposição
e manifestação sucinta, enfocando objetivamente com a questão ou situação social
analisada” (2007, p.47). Assim, ele é o meio empregado pelo profissional de serviço social
para realizar esclarecimentos e análise acerca de questões relacionadas a decisões a serem
tomadas.

133-(DEPEN-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) No parecer social — um documento


único, de caráter provisório, dependente de aprovação de instância superior —, é emitida a
opinião conjunta sobre determinada situação do assistente social e dos demais profissionais
que compõem a equipe multiprofissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 162


GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009, p.29), “o parecer social sintetiza a
situação, apresenta uma breve análise e aponta conclusões ou indicativos de alternativas,
que irão expressar o posicionamento profissional frente ao objeto de estudo.O parecer
social pode ser parte final de um laudo ou pode ser realizado em razão de determinação
judicial, com base em conteúdos já documentados nos autos e/ou informações
complementares. Como exemplo, pode ser citado o parecer emitido a partir da análise dos
autos processuais referentes a uma criança e/ou adolescente que cumprem medida
protetiva de abrigamento; ou parecer emitido por assistente técnico a respeito de estudo
social realizado por outro profissional da área”. Assim, o assistente social ao elaborar um
parecer social tem autônomia, o parecer social não depende da aprovação de uma instância
superior, ele também não emite opinião conjunta, sua opinião técnica especializada é
colocada separadamente, isso é estabelecido na resolução n° 557 que versa sobre a
elaboração, emissão e/ ou subscrição de opinião técnica sobre matéria de serviço social,
nela é explicitado que “ O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o
objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe
multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o
âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros
componentes que devem estar contemplados na opinião técnica. O assistente social deverá
emitir sua opinião técnica somente sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição
legal, para qual está habilitado e autorizado a exercer, assinando e identificando seu número
de inscrição no Conselho Regional de Serviço Social”.

134-(MPE/PI-ASSISTENTE SOCIAL-2012- CESPE/UNB) Na elaboração de um parecer, deve-se


levar em consideração a observação e os estudos socioeconômicos, que exigem
aproximação com a realidade social dos sujeitos demandantes da ação. Essa aproximação
pode ser efetuada exclusivamente por meio de visita domiciliar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Conforme explicita Fávero (2005), o parecer social é um instrumento
técnico-operativo do processo de trabalho do assistente social. Este documento é uma das
partes que integram o estudo social. Ele pode ser parte final de um laudo social ou ser
realizado a partir de determinação judicial. Para sua construção o assistente social se
embasa nas informações coletadas ao longo do estudo social para expressar a sua posição

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 163


técnica acerca de determinada situação. Para elaborar tal parecer o assistente social parte
da observação e estudo da situação em questão, a sua elaboração requer aproximação com
a a realidade dos sujeitos envolvidos, o que pode ocorrer de distintas formas, como através
de visita domiciliar, visita institucional, entrevistas, atendimento individual, análise
documental, dentre outros. Portanto, a visita domiciliar se constitui num dos instrumentos
utilizados - e não o único - e é de extrema importância para complementar a realização do
estudo proposto e maior aproximação à realidade do sujeito.

 FCC
135-(PREF. MACAPÁ- 2018- ASSISTENTE SOCIAL- EDITAL 4- FCC) O relatório elaborado
pelo/a assistente social é composto por informações a respeito do usuário, e sua análise está
fundamentada em bases teóricas para melhor avaliação da situação. Este instrumental é
denominado
(A) laudo social.
(B) relatório social.
(C) entrevista social.
(D) ficha social.
(E) parecer social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Toniolo (2008, p.131) “A emissão de um parecer social
pressupõe a existência de um relatório social (interno ou externo)”, esse parecer social para
o autor é “uma avaliação teórica e técnica realizada pelo Assistente Social dos dados
coletados. Mais do que uma simples organização de informações sob a forma de relatório,
compete ao Assistente Social avaliar essas informações, emitir uma opinião sobre elas”
(p.131).

136-(AL/MS-ASSISTENTE SOCIAL-2016-FCC) Foi solicitado um parecer sobre a condição de


um dos trabalhadores da Assembleia Legislativa ao Assistente Social. Para a realização do
parecer é necessária uma pesquisa considerando que
(A) cabe ao Assistente Social para o caso de aplicação de sanções e demissões, construir um
parecer circunstanciado e, em sua maioria, com o posicionamento de diferentes atores

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 164


como os colegas e chefes, além da família e vizinhança. Esse dossiê constitui-se numa
pesquisa de campo.
(B) somente em casos de maior complexidade é exigido um trato investigativo, pois apenas
para problemas mais imbricados de diferentes sujeitos é necessário um estudo
aprofundado.
(C) o Assistente Social só será identificado na equipe de trabalho como profissional com
cientificidade comprovada se apresentar e analisar os dados da realidade social dos sujeitos.
Essa tem sido historicamente a condição de inserção da divisão do trabalho.
(D) a investigação comprovará veracidade dos fatos, uma vez que a intervenção planejada
proposta no “Método Único” editado no documento de Teresópolis, não pode prescindir de
informações que superem a simples narrativa dos seus usuários.
(E) não é possível propor intervenções consistentes que não se pautem numa análise crítica
da realidade e dos contextos nos quais se inserem sujeitos, grupos, instituições e sociedades.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Prates (2012), adensar conhecimentos sobre a pesquisa social
cada vez mais se constitui em tarefa fundamental do Serviço Social, na medida em que não é
possível propor intervenções consistentes que não se pautem numa análise crítica da
realidade e dos contextos nos quais se inserem sujeitos, grupos, instituições e sociedades.
Sua relevância foi reconhecida pelo conjunto da categoria, que atribui à pesquisa uma
importância fundamental no âmbito da formação e da competência profissional, o que está
claramente explicitado e destacado no Documento ABESS/CEDEPSS (1996), que orienta a
formação profissional (PRATES, 2012, p. 126).

 IBFC
137-(MPE/SP-2011-ASSISTENTE SOCIAL- IBFC) O parecer social é a análise da situação,
referenciada em fundamentos teóricos, éticos, técnicos e legais, inerentes ao serviço social e
uma finalização de caráter conclusivo ou indicativo.
(A) Esta afirmativa está incorreta.
(B) Esta afirmativa está correta.
(C) Esta afirmativa está parcialmente incorreta.
(D) Esta afirmativa está parcialmente correta.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 165


GABARITO: B. Concurseiro, com a Leitura das contribuições de Fávero(2005), na parte
referente a parecer social, contidas nessa apostila, você encontrará todos os elementos para
acertar essa questão. Para essa autora, a elaboração do parecer social tem por base um
ESTUDO RIGOROSO E FUNDAMENTADO. Esse parecer vai ter uma finalização de caráter
CONCLUSIVO ou INDICATIVO. ela afirma, ainda, que ele diz respeito à ESCLARESCIMENTO e
ANÁLISES, com base em conhecimentos específicos do Serviço Social a uma questão ou
questões relacionadas a decisões a serem tomadas, ou seja, ele prestar esclarecimentos e
análises a fim de subsidiar tomadas de decisões. Outro ponto que você não deve esquecer é
que o parecer deve ser REFERENCIADO em fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes
ao serviço social.

 FGV
138-(TJ/RO-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) Em um hospital, a assistente social Michele
atende uma mãe que está com seu filho internado, mas ficou desempregada porque optou
por acompanhar seu filho diuturnamente. Esta usuária não sabe o que fazer, pois não terá
como se sustentar doravante. Michele emitiu um parecer social, que deve conter:
(A) objeto, objetivo, diagnóstico social e cronograma de acompanhamento e resolução do
caso;
(B) sistematização do atendimento realizado, com a descrição minuciosa dos fatos;
(C) conhecimento sobre legislação específica, programas e políticas sociais relacionados à
demanda do usuário;
(D) referencial teórico-metodológico eclético, a fim de propiciar uma visão de totalidade;
(E) avaliação sobre a situação apresentada, buscando recurso em casos similares.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Concurseiro, o parecer social é instrumento viabilizador dos direitos sociais.
Segundo Toniolo (2008), no parecer social o assistente social pode realizar uma avaliação do
passado e também uma análise prospectiva, apontando os desdobramentos que a situação
pode tomar. Assim, o assistente pode fazer sugestões em seu parecer social, informando
sobre possíveis consequências da situação, para isso ele deve conhecer profundamente a
realidade social na qual determinada situação está sendo avaliada. Dessa forma, na situação
descrita na questão o assistente social deveria estudar de forma aprofundada a situação,
conhecer a demanda do usuário e para auxiliá-lo a acessar seus direitos. Esse profissional

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 166


deve ter conhecimento sobre legislação específica, programas e políticas sociais, assim
poderá fazer os encaminhamentos necessários e esse parecer social poderá ser um
instrumento que vai ser viabilizador dos direitos sociais.

139-(MPE/AL-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) No trabalho institucional, uma das ações mais


requisitadas do Assistente Social é a avaliação. Neste sentido, o produto final de uma
avaliação é
(A) um julgamento.
(B) um parecer.
(C) um veredicto.
(D) uma especulação.
(E) uma decisão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Toniolo (2008) afirma que o Parecer Social ele é uma AVALIAÇÃO TEÓRICA e
TÉCNICA realizada pelo Assistente Social dos dados coletados. De acordo com o autor, o
parecer social é mais que a organização desses dados, dessas informações coletadas em
forma de relatório, pois o assistente social vai AVALIAR e emitir uma OPINIÃO TÉCNICA sobre
elas.

 VUNESP
140-(PREFEITURA DE MOGI DAS CRUZES- ASSISTENTE SOCIAL-2019-VUNESP) A instrução
social faz parte da instrução processual, ou seja, os conhecimentos da área de Serviço Social,
registrados em um informe, um relatório, um laudo ou um parecer, que serão referência ou
prova documental que vão contribuir para formar o processo, para informar a ação sobre a
qual o magistrado decide. Ao registrar um relatório, um laudo, um parecer, o assistente
social exerce um papel intermediário entre o indivíduo e/ou família envolvidos na ação
judicial, o promotor e o magistrado. Com base em conteúdos já documentados nos autos
e/ou informações complementares, o parecer social pode ser realizado em razão de
determinação judicial ou também pode ser
(A) documento indispensável.
(B) elemento de defesa.
(C) componente de averiguação.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 167


(D) parte final de um laudo.
(E) encaminhamento condicional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Fávero (2005) explicita que o parecer social e poderá ser emitido de duas
formas, que são: Parte final ou a conclusão de um LAUDO SOCIAL ou Resposta à consulta ou
determinação da autoridade judiciária a respeito de uma questão do processo já
acompanhado pelo profissional.

141-(SAEG- ASSISTENTE SOCIAL-2015-VUNESP) A documentação tem a importante tarefa de


oferecer subsídios para a análise e a intervenção do Serviço Social na realidade. É parte da
sistematização de dados para o desenvolvimento teórico-prático profissional. São vários
tipos de documentação que podem ser utilizados no cotidiano profissional do Assistente
Social. Dentre eles, pode-se destacar o “Parecer Social” compreendido como a exposição e
manifestação sucinta, que enfoca objetivamente a questão ou situação social analisada por
meio do estudo social, com uma finalização de caráter
(A) humano e simples.
(B) autônomo ou genérico.
(C) técnico e positivo.
(D) isento e específico.
(E) conclusivo ou indicativo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Fávero (2005), a elaboração do parecer social a tem por
base um ESTUDO RIGOROSO E FUNDAMENTADO. Esse parecer vai ter uma finalização de
caráter CONCLUSIVO ou INDICATIVO. Não esqueça de fazer a leitura desse tópico em nossa
apostila.

142-(PREF.PRESIDENTE PRUDENTE- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP)“O parecer social é


elaborado a partir de um estudo social e o formaliza, expressando a conclusão profissional
sobre a circunstância analisada, tendo como parâmetro os objetivos que originaram a
solicitação do estudo. O parecer deve subsidiar a concessão de diversos interesses dos
usuários, dentre eles, benefícios sociais, decisões médicas, judiciais, e a sua inclusão em

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 168


serviços e programas. Ele deve, portanto, garantir direitos, sustentando o compromisso
ético-político do profissional com
(A) o sistema político-econômico vigente.”
(B) a população atendida.”
(C) os postulados referentes à humanização do trabalho.”
(D) a classe burguesa.”
(E) os valores morais vigentes.”
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Concurseiro, de acordo com Favero (2005), o parecer deve ser REFERENCIADO
em fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao serviço social, ou seja, o assistente
social deve ter um compromisso: Ético, Político e Técnico. Se o assistente social tiver esse
compromisso a sua ação servirá para a efetivação de direitos e não terá características de:
Punição, disciplinamento e enquadramento moral. O parecer social é um instrumento de
viabilização de direitos, é um meio para a realização do compromisso profissional com os
usuários, tendo em vista a: EQUIDADE, IGUALDADE, JUSTIÇA SOCIAL e CIDADANIA. Assim,
esse parecer social deve garantir direitos, sustentando o compromisso ético-político do
profissional com a população atendida.

143-(TJ/PA- ASSISTENTE SOCIAL-2014-VUNESP) A ação profissional do assistente social


envolve aspectos ético-políticos, teóricometodológicos e técnico-operativos que norteiam a
direção social da prática cotidiana. Ao emitir um parecer social, o assistente social precisa ter
clareza dessas questões, pois, ao desvelar a mediação Estado, instituição e classes
subalternas é que se dará a compreensão das políticas socioassistenciais como espaços
contraditórios onde, se ocorre o controle, o enquadramento dos subalternos, também
ocorre
(A) a fragilização de forças presentes no território.
(B) o fortalecimento da questão social.
(C) a aliança de interesses próprios de sociedades em desenvolvimento.
(D) a luta por direitos de cidadania.
(E) a subordinação ao poder
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 169


GABARITO: D. O parecer social, de acordo com Fávero (2005), é um instrumento de
viabilização de direitos, é um meio para a realização do compromisso profissional com os
usuários, tendo em vista a: EQUIDADE, IGUALDADE, JUSTIÇA SOCIAL e CIDADANIA, assim
ação profissional do assistente social envolve aspectos ético-políticos, teórico-metodológicos
e técnico-operativos que norteiam a direção social da prática cotidiana. Ao emitir um
parecer social, o assistente social precisa ter clareza dessas questões, pois, ao desvelar a
mediação Estado, instituição e classes subalternas é que se dará a compreensão das políticas
socioassistenciais como espaços contraditórios onde, se ocorre o controle, o
enquadramento dos subalternos, também ocorre a luta por direitos de cidadania.

144-(PREFEITURA DE CUBATÃO- ASSISTENTE SOCIAL-2012-VUNESP) A elaboração do


parecer social deve ter por base a observação e a realização do estudo socioeconômico.
Quando atender à solicitação de emissão de parecer social, o assistente social deve estar
atento ao emitir a opinião profissional em consonância com o objetivo da solicitação. A
emissão do parecer social supõe, necessariamente, que
(A) o estudo socioeconômico acompanhe a documentação que integra o parecer social
emitido ao solicitante.
(B) o solicitante determine a escolha de instrumentos de estudo e observações a serem
adotados para a elaboração do parecer.
(C) o histórico de vida comporá a elaboração do parecer social, conforme critérios adotados
pelo assistente social, em caráter exclusivo.
(D) a coleta de dados para o parecer social objetiva à comprovação das informações dadas
pelo usuário.
(E) ao elaborar o parecer social, o assistente social deve ater-se a situá-lo no âmbito do
Serviço Social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. O parecer social, segundo Fávero (2005), diz respeito à ESCLARESCIMENTO e
ANÁLISES, com base em conhecimentos específicos do Serviço Social a uma questão ou
questões relacionadas a decisões a serem tomadas, ou seja, ele prestar esclarecimentos e
análises a fim de subsidiar tomadas de decisões. Assim o parecer social é sempre sobre
conhecimentos do serviço social, ou seja, a emissão do Parecer Social supõe,

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 170


necessariamente, que em sua elaboração assistente social deve ater-se a situá-lo no
âmbito do Serviço Social.

145-(PREFEITURA DE VALINHOS- ASSISTENTE SOCIAL-2019-VUNESP) Ao entrar em contato


com uma demanda individual ou familiar, como primeira abordagem, o Assistente Social
inicia o Estudo Social. Após compreender a realidade social analisada em sua totalidade e de
modo crítico, segue-se a elaboração do Relatório Social, que se traduz na apresentação
descritiva e interpretativa do contexto e fatos estudados. Já o Parecer Social é uma
exposição sucinta, enfocando-se objetivamente a situação social analisada e os objetivos do
trabalho, sendo de caráter conclusivo. Com base em conhecimentos específicos do Serviço
Social, o Parecer Social diz respeito aos esclarecimentos e às análises, referenciados por
fundamentos teóricos, éticos e
(A) técnicos.
(B) genéricos.
(C) complementares.
(D) diversos.
(E) alternativos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. De acordo com Fávero (2005) o parecer deve ser REFERENCIADO em
fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao serviço social, ou seja, o assistente
social deve ter um compromisso: Ético, Político e Técnico. Se o assistente social tiver esse
compromisso a sua ação servirá para a efetivação de direitos e não terá características de:
Punição, disciplinamento e enquadramento moral.

 AOCP
146-(DESO-ES-Assistente Social-2013-AOCP) O assistente social precisa ter clareza das
exigências contemporâneas para o exercício profissional, para emitir um parecer social e
saber de sua finalidade, pois este instrumento viabiliza direitos, e é um meio de realização
do compromisso profissional com os usuários, tendo em vista a justiça social. Quais aspectos
estão envolvidos nessa ação profissional?
(A) Econômico-políticos, técnico-operativos e metodológicos.
(B) Ético-políticos, teórico-operativos e técnicometodológicos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 171


(C) Econômico-políticos, teórico-metodológicos e técnico-operativos.
(D) Ético-políticos, teórico-econômico-sociais e técnico-operativos.
(E) Ético-políticos, teórico-metodológicos e técnico-operativos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. O Parecer Social, de acordo com Fávero (2005), deve ser REFERENCIADO em
fundamentos teóricos, éticos e técnicos inerentes ao serviço social, ou seja, o assistente
social deve ter um compromisso: Ético, Político e Técnico. Se o assistente social tiver esse
compromisso a sua ação servirá para a efetivação de direitos.

RESOLUÇÃO 557/2009
 CESPE/UNB
147-(FUB-ASSISTENTE SOCIA-2018-CESPE/UNB) No trabalho conjunto com outros
profissionais, como psicólogos e pedagogos, devem-se registrar nos documentos conjuntos,
sem caráter confidencial, todas as informações coletadas no momento do estudo social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O assistente social pode registrar nos documentos conjuntos, em seu
trabalho com os demais profissionais, informações que NÃO SEJAM de caráter confidencial.
Atente-se ao fato que ele está vedado a fazer tal registro em conjunto quando tratar-se de
assuntos que demandam sua opinião técnica especializada, conforme explicita a resolução
n° 557/2009, nela é explicitado que “ O entendimento ou opinião técnica do assistente social
sobre o objeto da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe
multiprofissional, deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o
âmbito de sua atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros
componentes que devem estar contemplados na opinião técnica. O assistente social deverá
emitir sua opinião técnica somente sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição
legal, para qual está habilitado e autorizado a exercer, assinando e identificando seu número
de inscrição no Conselho Regional de Serviço Social”. Assim, no trabalho conjunto com
outros profissionais, como psicólogos e pedagogos, o assistente social NÃO DEVE registrar
nos documentos conjuntos sua opinião técnica especializada, pois essa tem caráter
confidencial.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 172


148-(INSS-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) No caso de a intervenção do assistente
social ser feita em conjunto com outros profissionais, a avaliação da situação deve
contemplar a opinião da equipe técnica emitida em um documento único assinado por um
representante da equipe.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com a Resolução 557/2009, Art. 4°, ao atuar em equipes
multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de
atuação. Ademais, o entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto
da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional,
deve destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua
atuação, seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que
devem estar contemplados na opinião técnica.

149-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Conforme resolução do Conselho


Federal de Serviço Social, na emissão de laudos, pareceres, perícias e qualquer manifestação
técnica sobre matéria de serviço social, o profissional deve atuar com ampla autonomia, não
sendo obrigado a prestar serviços incompatíveis com suas competências e atribuições
previstas na legislação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. O assistente social goza de uma série de direitos, dentre eles cita-se o
que está contido no Código de Ética do Assistente Social, em seu Art.2, que é a “ampla
autonomia no exercício da Profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais
incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções”. Na Resolução n° 557 do CFESS
também menciona-se no Art.2 que “O assistente social, ao emitir laudos, pareceres, perícias
e qualquer manifestação técnica sobre matéria de Serviço Social, deve atuar com ampla
autonomia respeitadas as normas legais, técnicas e éticas de sua profissão, não sendo
obrigado a prestar serviços incompatíveis com suas competências e atribuições previstas
pela Lei 8662/93”.

150-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Em um estudo social sobre violação de


direitos humanos conduzido por um assistente social, foram realizados, em conjunto com
um psicólogo, atendimentos e entrevistas com os sujeitos envolvidos na situação. Durante a

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 173


entrevista com um dos participantes do estudo — uma mulher de quarenta e cinco anos de
idade, denunciada por não prover condições de sobrevivência a seus filhos —, houve vários
momentos de silêncio por parte da entrevistada, os quais foram respeitados pelos
profissionais. Para finalizar o atendimento, o assistente social fez orientações
socioeducativas à entrevistada, refletindo com ela sobre sua realidade. Considerando a
situação hipotética descrita e os múltiplos aspectos a ela relacionados. Embora a
intervenção tenha sido realizada em conjunto com o psicólogo, a opinião técnica do
assistente social deve ser destacada separadamente, delimitando-se o âmbito de sua
atuação, o objeto de estudo, os instrumentos utilizados e sua análise social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. A resolução n° 557/2009 versa sobre a elaboração, emissão e/ ou
subscrição de opinião técnica sobre matéria de serviço social, no Art.4, paragrafo único, é
explicitado que “ O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da
intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve
destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação,
seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar
contemplados na opinião técnica. O assistente social deverá emitir sua opinião técnica
somente sobre o que é de sua área de atuação e de sua atribuição legal, para qual está
habilitado e autorizado a exercer, assinando e identificando seu número de inscrição no
Conselho Regional de Serviço Social”.

 FGV
151-(DPE/MT-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) João é assistente social da Vara de Família há
15 anos. Como forma de contribuir com o seu constante aprimoramento intelectual e
profissional, ele costuma exercer a supervisão de estágio de acadêmicos em Serviço Social.
João observou que, entre as principais dúvidas dos alunos sob sua supervisão, está a atuação
do assistente social em equipes multiprofissionais e os procedimentos e a elaboração de
instrumentos como a perícia social, o laudo social e o parecer social. Com relação a emissão
de pareceres, de laudos e de opiniões técnicas do assistente social em conjunto com outros
profissionais, o CFESS dispõe que

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 174


(A) no atendimento multiprofissional, a avaliação e a discussão da situação poderá ser
multiprofissional, bem como os instrumentos utilizados e a conclusão, que deverá ser
assinada por todos os profissionais envolvidos.
(B) o Assistente Social deverá emitir sua opinião técnica sobre a área de atuação para a qual
está habilitado e autorizado, judicialmente, a exercer a profissão.
(C) o Assistente Social deverá emitir sua opinião técnica somente sobre sua área de atuação
e sua atribuição legal, para as quais está habilitado e autorizado.
(D) os laudos, pareceres e demais documentos técnicos elaborados por uma equipe
multiprofissional devem ser assinados pelos assistentes sociais, por se tratar de atribuição
privativa do assistente social.
(E) o Assistente Social, ao emitir laudos, pareceres, perícias e qualquer manifestação técnica
sobre matéria de Serviço Social na área sociojurídica, deve atuar com ampla autonomia de
acordo com as diretrizes do Poder Judiciário.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com a resolução CFESS 557/2009, art. 4º, parágrafo 2º o assistente
social deverá emitir sua opinião técnica somente sobre o que é de sua área de atuação e de
sua atribuição legal, para qual está habilitado e autorizado a exercer, assinando e
identificando seu número de inscrição no Conselho Regional de Serviço Social.

 VUNESP
152-(SAEG- ASSISTENTE SOCIAL-2015-VUNESP) São várias as normativas que orientam e
definem a atuação do Assistente Social. Conforme estabelece o artigo 2° da Resolução CFESS
no 557/2009, que dispõe sobre a emissão de pareceres, laudos, opiniões técnicas conjuntos
entre o assistente social e outros profissionais, o assistente social, ao fazê-lo, a respeito de
matéria de Serviço Social, deve atuar com ampla autonomia, respeitadas as normas legais,
técnicas e éticas de sua profissão, e em consonância com a Lei no 8.662/93, não estando
obrigado a prestar serviços incompatíveis com
(A) suas competências e atribuições.
(B) sua ética e disposição.
(C) sua postura e proposição.
(D) suas possibilidades e atenção.
(E) suas habilidades e aptidões

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 175


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Conforme a Resolução do CFESS no 557/2009, Art.2°, o/a assistente social, ao
emitir laudos, pareceres, perícias e qualquer manifestação técnica sobre matéria de Serviço
Social, deve atuar com ampla autonomia respeitadas as normas legais, técnicas e éticas de
sua profissão, não sendo obrigado a prestar serviços incompatíveis com suas competências
e atribuições previstas pela Lei 8662/93.

153-(PREFEITURA DE PRESIDENTE PRUDENTE- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP) O


Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) tem a atribuição de orientar, disciplinar,
normatizar, fiscalizar e defender o exercício profissional do/a assistente social no Brasil, em
conjunto com os Conselhos Regionais de Serviço Social (Cress). Conforme Resolução CFESS, a
elaboração, emissão e/ou subscrição de opinião técnica sobre matéria de Serviço Social por
meio de pareceres, laudos, perícias e manifestações é atribuição privativa do assistente
social. Ainda, de acordo com a referida Resolução, o/a assistente social deve, sempre que
possível, integrar equipes multiprofissionais, bem como incentivar e estimular o trabalho
interdisciplinar. O entendimento ou a opinião técnica do/a assistente social sobre o objeto
da intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ou equipe multiprofissional deve
(A) destacar a sua área de conhecimento separadamente.
(B) revelar a pluralidade de conceitos das áreas integradas.
(C) sintetizar as análises em vista de seu caráter conclusivo.
(D) privilegiar a argumentação com maior capacidade resolutiva.
(E) mediar as várias interpretações da equipe.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Conforme a Resolução do CFESS no 557/2009, Art.4°, ao atuar em equipes
multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de
atuação. O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da
intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve
destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação,
seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar
contemplados na opinião técnica.

ENTREVISTA

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 176


 CESPE/UNB
154-(STM-2018-ASSISTENTE SOCIAL) Em um estudo social sobre violação de direitos
humanos conduzido por um assistente social, foram realizados, em conjunto com um
psicólogo, atendimentos e entrevistas com os sujeitos envolvidos na situação. Durante a
entrevista com um dos participantes do estudo — uma mulher de quarenta e cinco anos de
idade, denunciada por não prover condições de sobrevivência a seus filhos —, houve vários
momentos de silêncio por parte da entrevistada, os quais foram respeitados pelos
profissionais. Para finalizar o atendimento, o assistente social fez orientações
socioeducativas à entrevistada, refletindo com ela sobre sua realidade. Na situação descrita,
o assistente social deveria ter interrompido imediatamente o silêncio da entrevistada, a fim
de impedir que ela pensasse em justificativas para a situação de violação de direitos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Silvera e Lewgoy (2007), o silêncio no processo de
entrevista deve ser respeitado, o assistente social não deve impedir as pausas que o
entrevistado faz. As autoras ressaltam que “Para melhor desenvolvimento da entrevista, é
importante ouvir de maneira atenta, ficar em silêncio e agir como ouvinte ativo, prestando
atenção nos detalhes da entrevista, fazendo anotações e pensando nas próximas perguntas
a serem feitas”(p.244) elas afirmam ainda que “todavia, que o assistente social seja sensível
ao silêncio e ao que ele expressa” (p.247).

155-(FUB-ASSISTENTE SOCIA-2018-CESPE/UNB) A técnica da entrevista, considerada uma


das estratégias mais utilizadas no trabalho de campo, é classificada em: sondagem de
opinião; semiestruturada; aberta ou em profundidade; focalizada; e projetiva.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Para Minayo (2009), as entrevistas, de acordo com a forma, podem
ser classificadas em: sondagem de opinião; entrevista semiestruturada; entrevista aberta ou
em profundidade, focalizada ou aberta e projetiva.

156-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) A realização da entrevista pelo


assistente social dispensa planejamento prévio, visto que as demandas dos usuários do
serviço social podem ser de qualquer natureza.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 177


GABARITO: ERRADO. De acordo com Silvera e Lewgoy (2007) o planejamento é a primeira
etapa da entrevista, para essas autoras uma entrevista deve ser bem planejada, para poder
recolher informações necessárias e evitar as dispersões. O planeamento pressupõe a
organização e estabelecimento de diretrizes que permitirão conduzir a entrevista. Dessa
forma é necessário que inicialmente o entrevistador conheça os usuários e as políticas
sociais. Após é necessário que se determine a finalidade da entrevista, assim como os
objetivos que pretende. Fávero (2009) também explicita que “ao se realizar uma entrevista,
parte-se de um objetivo profissional e se almeja uma finalidade. Sempre que possível, o
primeiro passo para desenvolvê-la é munir-se das informações referentes a antece- dentes
da situação a ser estudada, para obter elementos que possibilitem o avanço do diálogo”.
Faz-se necessário, assim um planejamento prévio.

157-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) De acordo com a concepção de estudo


de caso de Mary Richmond, deve-se iniciar o diagnóstico social do necessitado a partir de
uma entrevista em que o profissional de serviço social colete informações para realizar a
avaliação denominada juízo final.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Segundo Lewgoy e Silveira (2007, p.235), a “entrevista constitui-se
em instrumento de trabalho do assistente social pelas requisições e atribuições assumidas
desde os primórdios da profissão. Mary Richmond (1950), em sua obra Diagnóstico Social,
referia que através dela o assistente social faria o diagnóstico social. Referia-se, naquela
época, à entrevista inicial como uma ‘conversa inicial’. Considerava-a um procedimento
difícil, por entender que era naquele encontro que se estabeleciam as bases do
“entendimento mútuo” e da obtenção dos fios que orientariam o trabalho até alcançar a
avaliação, que ela denominava como ‘juízo final’”.

158-(INSS-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Na realização de entrevistas para a


elaboração de um parecer social, o assistente social deve ignorar as informações contidas
nos prontuários ou processos relativos à situação em estudo, para não ser influenciado na
sua opinião técnica.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 178


GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009), para fins de elaboração do parecer
social é imprescindível a realização prévia do estudo social para conhecimento da realidade
que se pretende intervir. Desta forma, as informações documentais, incluindo prontuários e
processos, serão indispensáveis para a aproximação da realidade social do
demandante/usuário do Serviço Social.

159-(MPE/PI-ASSISTENTE SOCIAL-2012- CESPE/UNB) Na condução de entrevista no


contexto judicial, recomenda-se ao assistente social colher informações sobre os
antecedentes do entrevistado, evitando, dessa forma, que este seja obrigado a repetir
informações que já constem dos autos processuais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2009) não se deve repetir informações já
fornecidas pelo entrevistado,isso evita sofrimento e desgastes a ele, por isso o assistente
social deve procurar colher informações sobre os antecedentes do entrevistado, evitando,
dessa forma, que este seja obrigado a repetir informações que já constem dos autos
processuais. O profissional também deve se apresentar no momento da entrevista e colocar
ao entrevistado o objetivo da entrevista e suas finalidades.

160-(MPE/PI-ASSISTENTE SOCIAL-2012- CESPE/UNB) Como a modalidade de entrevista


semiestruturada facilita a obtenção de dados, além de possibilitar a compreensão de sua
dinâmica, os assistentes sociais a têm frequentemente adotado.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Para Mioto (2009), as entrevistas supõem habilidade e técnica do
assistente social para que viabilizem o ato de conhecer. Para tanto podem ser utilizadas
entrevistas estruturadas, não estruturadas e semiestruturadas. A entrevista
semi-estruturada apresenta algumas questões norteadoras para direcionar a conversa, mas
abre possibilidades para que o usuário traga outras informações. Pode-se dizer que esta é
a modalidade mais utilizada pelos assistentes sociais nos espaços de trabalho, pois ela
permite que o usuário responda as questões levantadas pelo profissional e também que ele
complemente com informações que possam auxiliá-lo na processo de apreensão da
realidade social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 179


161-(UNIPAMPA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- CESPE/UNB) Tanto nas entrevistas individuais
como nas conjuntas, podem-se utilizar entrevistas não estruturadas, que privilegiam o
diálogo aberto, que deve ser conduzido, preferencialmente, pelos entrevistados.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Mioto (2001), as entrevistas não-estruturadas
privilegiam o diálogo aberto, conduzido preferencialmente pelos entrevistados. Nesse
processo, as informações vão sendo produzidas à medida que os temas surgem e se
concatenam.

 FCC
162-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL-2018-FCC) Considere as assertivas abaixo, frente
ao instrumento técnico-operativo de trabalho do/da assistente social, denominado de
entrevista:
I. A entrevista é um instrumento de trabalho exclusivo do assistente social.
II. O momento da entrevista tanto pode ser um espaço onde prevaleça uma relação de
poder, quanto um espaço em que o usuário possa exprimir suas ideias, vontades e
necessidades.
III. A entrevista, para o assistente social, nada mais é que um diálogo entre 2 ou mais
pessoas.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) I e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. A entrevista é um instrumento de trabalho exclusivo do assistente social (por
isso o item I está ERRADO), todavia o assistente social busca com ela conhecer a realidade
dos usuários e promove ro acesso aos direitos sociais com ela. O momento da entrevista
tanto pode ser um espaço onde prevaleça uma relação de poder, quanto um espaço em que
o usuário possa exprimir suas ideias, vontades e necessidades (por isso o item II está
CORRETO). Para Toniolo (2008, p.126) “A entrevista nada mais é do que um diálogo, um

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 180


processo de comunicação direta entre o Assistente Social e um usuário (entrevista
individual), ou mais de um (entrevista grupal). Contudo, o que diferencia a entrevista de um
diálogo comum é o fato de existir um entrevistador e um entrevistado, isto é, o Assistente
Social ocupa um papel diferente – e, sob determinado ponto de vista, desigual – do papel do
usuário” (Sendo assim o item III está ERRADO).

 IBFC
163-(TJ-PE-ASSISTENTE SOCIAL-2017-IBFC) A entrevista é uma das metodologias de
intervenção do Assistente Social. Nesse sentido visando alcançar os objetivos propostos com
essa metodologia de ação, há aspectos que devem ser observados pelo profissional no
processo de realização dessa abordagem. Magalhães (2006) em suas argumentações aponta
uma série de orientações a serem seguidas pelos profissionais quando forem utilizar a
entrevista. De acordo com o disposto por Magalhães (2006), julgue as afirmativas abaixo,
sobre a entrevista.
I. Em uma boa entrevista, o entrevistador precisa se aproximar do entrevistado e, para isso,
precisa falar igual ao entrevistado.
II. Quando, na entrevista, há silêncio por parte do entrevistado, ao entrevistador compete
interromper o silêncio já que não deve aguardar o entrevistado recuperar a fala.
III. Para a realização de uma boa entrevista o entrevistador deve direcionar as verbalizações
do usuário para os objetivos do trabalho.
IV. Os roteiros de uma entrevista são fundamentais e devem ser utilizados pelo
entrevistador como um questionário e que direciona a realização da entrevista rigidamente.
V. Em uma entrevista, as reflexões devem ser estimuladas, e conselhos e críticas devem ser
evitados.
Estão de acordo com o pensamento de Magalhães (2006) as afirmativas:
(A) I e II, apenas
(B) II e V, apenas
(C) III e V, apenas
(D) III e IV, apenas
(E) IV e V, apenas
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 181


GABARITO C. Ao elencar os tipos de entrevistas, Magalhães (2019) explicita que “nas
entrevistas dirigidas, o entrevistador conduz toda a entrevista para um objetivo específico
(...). A entrevista semidirigida (...) o entrevistador deixa que o entrevistado fale e direciona
essas falas para os objetivos da entrevista. (p.49-50). A autora ainda acrescenta que a
entrevista vai nortear o trabalho profissional, permitindo que ele ouça muito e fale pouco e
os conselhos e críticas devem ser evitados e as reflexões estimuladas (2006).

 FGV
164-(COMPESA-ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV)Dentre os vários tipos de entrevistas
destaca-se a chamada entrevista semi-estruturada. A respeito da entrevista
semi-estruturada, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para falsa.
( ) Caracteriza-se por ser um roteiro de questões fechadas e previamente definidas.
( ) Caracteriza-se por ser um relato livre acerca de temáticas de livre escolha do
entrevistado.
( ) Caracteriza-se por ser um instrumento de perguntas abertas que orientam a entrevista.
As afirmativas são, respectivamente,
(A) F, V e V.
(B) F, V e F.
(C) V, F e F.
(D) V, V e F.
(E) F, F e V.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. A entrevista semi-estruturada, de acordo com Mioto (2001), comportam tanto
a utilização de determinados roteiros como também o diálogo aberto com os entrevistados.
Tem sido uma modalidade bastante adotada por permitir a obtenção de dados sobre a
situação e a captação de sua dinâmica.

165-(BANEST-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) Carina está entrevistando Francisco, um


usuário que informa que seu filho é portador do HIV. À medida que a entrevista evolui,
Carina percebe que Francisco está com dificuldade para explicitar alguma coisa. Ela decide,
então, fazer uso de uma técnica de entrevista por meio da qual o entrevistador procura
investigar áreas da vida do entrevistado que requerem um exame mais acurado, pois podem

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 182


se referir a questões de foro íntimo, mas necessárias para esclarecer a situação apresentada.
Carina utiliza a técnica de:
(A) acolhimento;
(B) questionamento;
(C) clarificação;
(D) reflexão;
(E) exploração.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. De acordo com Silveira e Lewgoy (2007), a exploração é uma técnica pela qual
o assistente social procura investigar áreas da vida do usuário que requerem exame mais
profundo. Para atingir estas áreas, o assistente social tem de ter uma margem de segurança
quanto à importância de explorar assuntos delicados, jamais por necessidades ou
curiosidades ligadas ao assistente social. O aprofundamento tem como finalidade, neste
exemplo, identificar se essa ação oculta expressões da questão social, como preconceito e
discriminação, que a família reproduz em suas relações. Assim, na situação descrita a técnica
que deveria ser usada é a de exploração.

VISITA DOMICILIAR
 CESPE/UNB
166-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Em um estudo social sobre violação de
direitos humanos conduzido por um assistente social, foram realizados, em conjunto com
um psicólogo, atendimentos e entrevistas com os sujeitos envolvidos na situação. Durante a
entrevista com um dos participantes do estudo — uma mulher de quarenta e cinco anos de
idade, denunciada por não prover condições de sobrevivência a seus filhos —, houve vários
momentos de silêncio por parte da entrevistada, os quais foram respeitados pelos
profissionais. Para finalizar o atendimento, o assistente social fez orientações
socioeducativas à entrevistada, refletindo com ela sobre sua realidade. Em situações como a
descrita, recomenda-se que a visita domiciliar seja utilizada como instrumento para verificar
se as informações fornecidas pelo usuário condizem com a sua realidade.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Segundo Fávero (2009), visita domiciliar é entendida como mais uma
possibilidade de dialogar e conhecer a realidade sociocultural e familiar dos sujeitos, a partir

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 183


de seu espaço de vivência. Trata-se de um procedimento com o objetivo de complementar o
estudo, e não de fiscalizar ou de invadir a privacidade da vida cotidiana dos sujeitos.

167-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Ao redigir o relatório de uma visita


domiciliar, o assistente social deve ater-se aos detalhes, expressar suas impressões pessoais
e finalizá-lo com suas conclusões.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Magalhães as visitas domiciliares resultam de visitas
dos profissionais à casa das pessoas, a escolas, creches, abrigos, ou seja, onde os usuários
interagem com outras pessoas. Este relatório pode conter informações descritas de um
determinado domicílio, ou ainda, aspectos analíticos. Os dados contidos no relatório de
visita domiciliar devem ter descrições objetivas e apresentar subsídios significativos para a
formação de juízo da situação, de maneira que não canse o leitor. Devem ser evitados
detalhes, e o profissional deve focar apenas o que é relevante para que aos objetivos da
avaliação possam ser alcançados.

168-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) Com relação à ação socioeducativa


direta com famílias, no âmbito do poder público, as famílias pertencentes às classes A e B
têm sido as que mais recebem visitas domiciliares em situações que envolvem suspeita de
violência.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Classe "A" e "B" referem-se a classes sociais elevadas, as que mais
recebem visitas domiciliares em situações que envolvem suspeita de violência são as
classes baixas.

169-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) Uma das técnicas que pode ser


utilizada pelo assistente social durante a visita domiciliar multiprofissional é a terapia
familiar, por meio da qual se amplia o reconhecimento do campo psíquico do usuário e de
sua relação familiar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com a Resolução CFESS 569/2010, art. 1°, a realização de
terapias não constitui atribuição e competência do assistente social. Estando o assistente

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 184


social VEDADO de realizar tais praticas. Assim, o assistente social não pode utilizar a terapia
como técnica durante a visita domiciliar multiprofissional.

170-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016-CESPE/UNB) A visita domiciliar é um instrumento


técnico que permite a observação e o conhecimento do contexto social vivido pelo sujeito,
por sua família e pela comunidade onde ele se encontra, devendo ser realizada com
objetivos definidos e com base em princípios éticos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. A visita domiciliar, de acordo com Amaro (2003), é um dos
instrumentos utilizados no trabalho do assistente social que possibilita uma aproximação
com a realidade social, aprofundando a análise do assistente social. Deve ser pautada em
princípios éticos, não devendo ter caráter investigativo e policialesco.

171-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015-CESPE/UNB) As visitas domiciliares podem funcionar


como entrevistas semiestruturadas quando são orientadas por planejamento ou roteiro
preliminar com finalidades específicas.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Fávero (2009), a visita domiciliar é mais uma
possibilidade de entrevista, de conhecimento do território onde os sujeitos vivem, das
possibilidades ou impossibilidades de acesso a bens e serviços que efetivem direitos sociais,
de outros espaços relacionais. Amaro (2003, p.23) também traz a visita como uma
possibilidade de entrevista, para essa autora “esse diálogo, distinto de uma simples conversa
empírica, é metodologicamente o que se conhece por "entrevista", mas como se trata de
uma entrevista profissional, guiada por uma finalidade específica, pode-se dizer que
geralmente as visitas domiciliares funcionam como entrevistas semiestruturadas, dado que
são orientadas por um planejamento ou roteiro preliminar". Dessa forma, as visitas
domiciliares podem funcionar como entrevistas semiestruturadas quando são orientadas
por planejamento ou roteiro preliminar com finalidades específicas.

172-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) No contexto da visita domiciliar, é


recomendável o uso da entrevista diretiva para coletar informações que auxiliem na
confirmação de uma realidade particular.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 185


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Para responder essa questão é preciso que você saiba o que entrevista
diretiva, elas também são chamadas de estruturadas ou fechadas, elas contém as questões
previamente estabelecidas e direcionadas, aproxima-se mais do questionário, embora sem a
impessoalidade deste. Com questões bem diretivas, obtém, do universo de sujeitos,
respostas também mais facilmente categorizáveis, sendo assim muito útil para o
desenvolvimento de levantamentos sociais. O profissional é o responsável pelo
direcionamento da entrevista, dessa forma, ele objetiva ter do sujeito respostas diretas,
dessa forma é comum que o assistente social use esse tipo de entrevista para obter do
usuário informações precisas. Tendo aprendido isso, agora você deverá aprender que na
visita domiciliar, NÃO é recomendável o uso da entrevista diretiva, pois o assistente social
não deve captar a resposta que deseja e sim deve compreender as demandas do usuário,
para buscar viabilizar a ele seus direitos. De acordo com Fávero (2009) “essa visita se
apresenta como mais uma possibilidade de entrevista, de conhecimento do território onde
os sujeitos vivem, das possibilidades ou impossibilidades de acesso a bens e serviços que
efetivem direitos sociais, de outros espaços relacionais. Enfim, trata-se de um procedimento
com o objetivo de complementar o estudo, e não de fiscalizar ou de invadir a privacidade da
vida cotidiana dos sujeitos”.

173-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) A visita domiciliar revela-se como


procedimento potencialmente político por permitir decisões relativas à exclusão e por
inclusão social, por influenciar o acesso a direitos e por promover a cidadania.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Amaro (2016), “por conta disso, as visitas revelam-se
um procedimento potencialmente político, no compasso em que permitem decidir sobre os
processos de exclusão e inclusão social, influindo na criação de acesso a direitos e na
promoção da cidadania”.

174-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Durante a visita domiciliar,


recomenda-se o uso de gravador como forma de registro, por possibilitar a fidedignidade
das informações coletadas, já que o uso de bloco de notas, prancheta e caneta é
considerado ultrapassado.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 186


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Não existe nenhuma normativa do CFESS a respeito do uso do
gravador e seu uso também não impede que o profissional “manipule” as informações. Não
existe normativa informando que o uso de bloco de notas, prancheta e caneta é considerado
ultrapassado.

175-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Na abordagem profissional, a visita


domiciliar operacionaliza-se por meio de técnicas como a observação, a entrevista e o
método biográfico.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Amaro (2016), “operacionalmente, a visita domiciliar,
enquanto abordagem profissional emprega pelo menos três técnicas: a observação, a
entrevista e o método biográfico”.

176-(UNIPAMPA-2013-ASSISTENTE SOCIAL- CESPE/UNB) Na visita domiciliar, recomenda-se


que o profissional adote, em relação ao cotidiano familiar, apenas estratégias de observação
livre, dispensando o planejamento prévio, a fim de possibilitar uma melhor intervenção.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. A Visita Domiciliar é uma técnica que permite melhor aproximação da
realidade do indivíduo ou do grupo aos serviços, permitindo ao profissional melhor
entendimento da situação em que se encontra o visitado. Para o sucesso dessa prática
profissional é essencial que se faça um planejamento prévio, a fim de possibilitar a melhor
intervenção. Assim é essencial que o profissional disponha de um roteiro para nortear sua
ação.

 FCC
177-(PREF. MACAPÁ- ASSISTENTE SOCIAL- ESP. EDUCAÇÃO- 2018- FCC) O assistente social
utiliza a visita domiciliar como instrumento profissional para apreender os objetos de
intervenção implícitos nas demandas e, por conseguinte, para planejar e operacionalizar o
seu trabalho. A visita domiciliar tem por objetivo
(A) fornecer uma avaliação pontual com foco na demanda do usuário para que o profissional
possa emitir parecer favorável ou desfavorável à respectiva requisição.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 187


(B) proporcionar para o assistente social observação das condições de vida dos usuários, pois
“entrar” na privacidade das famílias faz parte da rotina profissional e a visita domiciliar é um
fim em si mesma.
(C) propiciar a apreensão do modo de vida dos sujeitos, expresso no cotidiano de sua vida
familiar, comunitária, no seu trabalho, nas relações que estabelece, no significado que
atribui a estas relações, na sua linguagem, representações, com vistas sempre à construção
de novas sínteses.
(D) interferir diretamente na vida individual e familiar dos usuários e, dessa forma, não deve
ser comunicada previamente a sua realização para que a realidade vivenciada não seja
mascarada e a intervenção aconteça de maneira equivocada.
(E) observar o comportamento do usuário para que a intervenção consiga alterar seu
comportamento induzindo a uma atitude mais proativa e, para tanto, é sempre necessário
que seja realizada por uma dupla psicosocial.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Prates (2003, s/p), ao tratar do instrumental técnico na perspectiva dialética,
ressalta que não podemos recusar instrumentos como a entrevista ou a visita domiciliar,
destacando a relevância desta última na medida em que conseguirmos romper com o
tradicional uso voltado para a mera observação das “condições de vida dos sujeitos”. Neste
sentido, aponta como elemento desta ultrapassagem a possibilidade de a utilizarmos para
apreensão do modo de vida dos sujeitos, “expresso no cotidiano de sua vida familiar,
comunitária, no seu trabalho, nas relações que estabelece, no significado que atribui a estas
relações, na sua linguagem, representações, com vistas sempre à construção de novas
sínteses.”

178-(DPE/RR-2015-ASSISTENTE SOCIAL- FCC) A visita domiciliar como instrumento de


atuação do assistente social tem por objetivo
(A) preencher formulário detalhado que componha o banco de dados dos atendimentos
efetuados, pois esse é o instrumento principal que possibilita realizar a pesquisa do
público-alvo atendido, visando a direcionar o planejamento profissional para o alcance
efetivo das demandas e necessidades apontadas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 188


(B) monitorar o comportamento da família e realizar as orientações necessárias para que
este não seja inadequado perante a sociedade, contribuindo, assim, para o rompimento do
ciclo de exclusão vivenciado devido ao comportamento antissocial.
(C) conhecer melhor a realidade, para que o profissional possa estabelecer, a partir da
necessidade e demanda, as metas que a família deve cumprir, indicando inclusive o prazo.
(D) aprofundar o conhecimento da realidade social da família, as condições em que vivem e
apreender aspectos do cotidiano das suas relações, identificando a complexidade da rede de
relações existentes na família e no território, as perspectivas de superação das situações
apresentadas e de acesso a direitos.
(E) identificar a renda familiar, a partir da análise das condições de vida, e a veracidade das
informações quanto à situação de pobreza, inclusive aprimorando suas informações com
fotos da residência que darão maior respaldo e provas, para que o profissional consiga os
recursos adequados (financeiros, materiais e equipamentos) de intervenção.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. A visita domiciliar, de acordo com Amaro (2003), objetiva aprofundar o
conhecimento da realidade social da família, as condições em que vivem e apreender
aspectos do cotidiano das suas relações, identificando a complexidade da rede de relações
existentes na família e no território, as perspectivas de superação das situações
apresentadas e de acesso a direitos.

 FGV
179-(DPE/MT-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FGV) A idosa Isaura sofre maus tratos praticados
por seu filho. Os vizinhos, ao perceberem o comportamento violento do rapaz, fizeram uma
denúncia ao Ministério Público, que designou um Assistente Social para avaliar o caso. Ao
receber a denúncia, o Assistente Social construiu um plano de intervenção que tinha como
primeira ação clarificar a situação, considerando o caso na particularidade de seu contexto
sociocultural, objetivando complementar dados, observar relações sociais em sua
singularidade, no ambiente de convivência da idosa. Com base nessa descrição, assinale a
opção que indica a ação realizada.
(A) Visita domiciliar.
(B) Diagnóstico social.
(C) Entrevista social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 189


(D) Vistoria técnica.
(E) Observação empírica.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. De acordo com Magalhães (2006), “o objetivo da visita domiciliar é clarificar
situações, considerar o caso na particularidade de seu contexto sociocultural e de relações
sociais e de relações sociais”.

180-(TJ/SC-ASSISTENTE SOCIAL-2015- FGV) O Serviço Social de uma instituição pública


dividiu suas ações em três eixos: plantão, visita e acompanhamento social. Os assistentes
sociais que trabalham no plantão recebem os usuários, promovem o atendimento inicial,
fazem uma entrevista social e o mapeamento das demandas dos usuários. É durante o
atendimento inicial que os assistentes sociais orientam os usuários em relação aos serviços
prestados pela instituição e os benefícios que poderão acessar de acordo com os seus
direitos. Caso o assistente social do plantão identifique a necessidade de aprofundamento
sobre as questões trazidas pelo usuário no atendimento inicial, fará uma solicitação de visita
domiciliar para a equipe destinada a esse fim. Após a realização da visita domiciliar, a equipe
desse setor elaborará um relatório e, caso necessário, o usuário será atendido pela equipe
de acompanhamento social. Durante a realização das visitas domiciliares, cabe ao assistente
social:
(A) conhecer as condições em que vivem os sujeitos e apreender aspectos do cotidiano das
suas relações, aspectos esses que geralmente escapam à entrevista social realizada no
atendimento inicial;
(B) conhecer as condições em que vivem os sujeitos por meio da aferição da veracidade das
informações fornecidas durante a entrevista social realizada no atendimento inicial;
(C) elaborar o perfil socioeconômico da família ou usuário visitado e sua comunidade de
referência a fim de verificar se há respaldo para a cessão do benefício;
(D) conhecer o cotidiano do usuário, observando as condições de sua moradia como o
número de cômodos e a quantidade e variedade de aparelhos na residência;
(E) estabelecer parâmetros para a viabilização, ou não, de benefícios e/ou serviços sociais
pleiteados pelos usuários a partir de critérios pré-determinados.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 190


GABARITO: A. As visitas domiciliares, de acordo com Mioto (2001), acontecem na residência
dos sujeitos envolvidos na situação e visam conhecer as condições de vida (residência, bairro)
e os aspectos do cotidiano das relações desses sujeitos que geralmente escapam às
entrevistas de gabinete. A visita domiciliar é um instrumento técnico-metodológico que é
empregada na práxis da profissão, pois facilita a aproximação do profissional à realidade do
usuário. Na visita domiciliar o projeto ético com seus princípios deve está sempre presente,
assim a visita domiciliar exige do profissional uma preparação antecipada para que seja
realizada com seus objetivos definidos. As Visitas Domiciliares possuem caráter
complementar, NÃO devem ser invasivas, fiscalizatórias, esse instrumento objetiva conhecer
o ambiente familiar, as relações sociais e o contexto de singularidade das relações sociais
que são trabalhadas no contexto familiar.

181-(TJ/RJ--ASSISTENTE SOCIAL-2014- FGV) Na realização de uma visita domiciliar a partir


de denúncia de negligência contra pessoa idosa, cabe ao assistente social:
I - observar as condições e o modo de vida da família em seu local de moradia;
II - solicitar reforço policial, caso se trate de domicílio localizado em área de conflitos
armados;
III – informar à família que a mesma deve buscar psicoterapia para aprender a lidar com as
dificuldades do dia a dia.
É correto o que se afirma em:
(A) somente I;
(B) somente III;
(C) somente I e II;
(D) somente I e III;
(E) I, II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Concurseiro, autores como Fávero, Mioto e Amaro falam sobre o instrumento
de trabalho visita domiciliar, é um consenso entre esses autores que esse é um instrumento
é utilizado para que o assistente social possa observar as condições e o modo de vida da
família em seu local de moradia. Nenhum dos autores menciona que o assistente social pode
solicitar reforço policial, caso se trate de domicílio localizado em área de conflitos armados.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 191


182-(MPE/AL-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) A visita domiciliar é um instrumento bastante
utilizado pelo Assistente Social na sua prática profissional. Ela deve ser utilizada com o
objetivo de
(A) investigar a vida dos usuários para a concessão de benefícios.
(B) informar qual o trabalho do Serviço Social na instituição.
(C) observar as relações sociais em sua singularidade.
(D) mediar situações de conflito intrafamiliar.
(E) avaliar o uso que a família faz dos recursos recebidos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Mioto (2001), quando o assistente social precisa conhecer a
realidade do usuário ele pode realizar a visita domiciliar, com ela o profissional poderá
conhecer as condições de vida do sujeito, na sua casa, no seu bairro, ou seja, conhecer os
aspectos de seu cotidiano, observar as relações sociais em sua singularidade. Dessa forma, o
assistente social poderá obter informações que apenas com a entrevista dentro da
instituição não seriam possíveis.

 AOCP
183-(Pref.Camaçari-BA-Assistente Social-2014-AOCP) Instrumental é o conjunto articulado
de instrumentos e técnicas que permitem a operacionalização da ação profissional. Nessa
concepção, é possível atribuir ao instrumento a natureza de estratégia ou tática, por meio da
qual se realiza a ação, e a técnica, fundamentalmente, à habilidade no uso instrumental.
Sobre os instrumentos utilizados na comunicação oral, assinale a alternativa correta.
(A) A entrevista é um instrumento técnico muito conhecido e de uso exclusivo do Assistente
Social.
(B) A visita tem um espaço próprio e peculiar, cujo objetivo é clarificar situações, considerar
o caso na particularidade de seu contexto.
(C) Um bom coordenador de grupo fala muito e ouve pouco; o silêncio que emerge no grupo
deve ser ignorado.
(D) Reunião em equipe não pode ser considerada um instrumento técnico, é apenas um
instrumento de planejamento e avaliação.
(E) Visita de inspeção tem por finalidade verificar se as famílias estão cumprindo com suas
funções.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 192


COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Para Magalhães a visita tem como objetivo clarificar situações, considerar o
caso na particularidade do seu contexto sociocultural e de relações sociais. A visita não é
para ser INVASIVA. Ela objetiva complementar dados, observar a relações sociais em sua
singularidade, nos espaços onde se efetivem as relações sociais do sujeito. Como
instrumento de avaliação, a visita traz em si um juízo de valor.

VISITA INSTITUCIONAL
 CESPE/UNB
184-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) A visita institucional não agendada
tem caráter inteiramente investigativo, pois permite ao assistente social observar o
cumprimento de requisitos psicossociais predefinidos em entrevista estruturada pela equipe
interdisciplinar.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Toniolo (2008), o assistente social no desenvolvimento
do seu trabalho realiza visitas institucionais para: conhecer e analisar a prestação de um
determinado serviço desenvolvido pela instituição; realizar uma avaliação da cobertura e da
qualidade dos serviços prestados por uma instituição ou quando o Assistente Social está
trabalhando em uma determinada situação Singular, e resolve visitar uma instituição com a
qual o usuário mantém alguma espécie de vínculo. Assim, a visita instituicional não TEM
caráter inteiramente investigativo.

 IBFC
185-(TJ-PE/2017/ASSISTENTE SOCIAL-IBFC) Considere a seguinte situação: Maria Lucia, é
Assistente Social do Tribunal de Justiça e foi intimida a acompanhar Juiz e Promotor em uma
visita de inspeção. Para compreender que tipo de visita é a visita de inspeção recorreu ao
texto de Magalhães (2006) e concluiu que, conforme a autora, a visita de inspeção é aquela
que apresenta as seguintes características:
I. A visita de inspeção tem como finalidade verificar se o trabalho desenvolvido nas
instituições atende aos objetivos aos quais ele se destina.
II. A visita de inspeção é usada para analisar se as informações conferidas por uma família
são verdadeiras ou são falsas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 193


III. A visita de inspeção destina-se a identificar informações sobre a dinâmica familiar e assim
orientar o judiciário nas decisões de guarda, tutela ou adoção.
IV. A visita de inspeção é um instrumental privativo do Assistente Social, podendo ser
acompanhada, guardado o sigilo, somente por Juiz e Promotor.
V. A visita de inspeção também tem como finalidade analisar se as instalações físicas de uma
instituição estão adequadas ao objetivo de suas ações.
Podemos inferir que as características corretas da visita de inspeção, segundo Magalhães
(2006), foram citadas nas afirmativas:
(A) I e II, apenas
(B) I e V, apenas
(C) II e III, apenas
(D) III e IV, apenas
(E) IV e V, apenas
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO B. De acordo com Selma Magalhães (2019), a Visita de Inspeção tem como
finalidade verificar o trabalho que é desenvolvido nas instituições, como por exemplo, se
elas atendem aos objetivos a que se destinam, se as instalações vão de encontro ao seu
pleno desenvolvimento.

 FGV
186-(MPE/AL-ASSISTENTE SOCIAL-2018- FGV) O Assistente Social Rodrigo recebeu ordem do
Juiz para ir a um internato para adolescentes, a fim de verificar se as instalações estão em
consonância com as normas para tais estabelecimentos. Este tipo de averiguação é chamado
de
(A) inquérito profissional.
(B) visita de inspeção.
(C) observação participativa.
(D) diagnóstico institucional.
(E) exame pericial
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 194


GABARITO: B. De acordo com Selma Magalhães (2019), visita de inspeção visa verificar se o
trabalho desenvolvido nas instituições e bem como suas instalações físicas atendem aos
objetivos aos quais se destinam .

ENTREVISTAS E VISITAS
 CESPE/UNB
187-(MPU-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) A realização de entrevistas familiares e de
visitas domiciliares permite ao assistente social conhecer a estrutura de relações das famílias
e entender sua organização e o modo como dispõem de seus próprios recursos e dos
advindos das redes sociais primária e secundária.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Mioto (2009), “O conhecimento da estrutura de
relações das famílias permite chegar a um outro ponto importante, que é o entendimento
de como as famílias se organizam para a satisfação das necessidades de seus membros ou
para a provisão de bem-estar. Para tanto é necessário entender como as famílias dispõem
de seus próprios recursos (o trabalho, o afeto) e de outros advindos da rede social primária,
da rede social secundária (instituições, associações) e de direitos sociais assegurados [..]As
entrevistas podem ser realizadas de forma individual ou de forma conjunta. Essa última
modalidade permite observar e estudar as transações concretas entre os sujeitos
participantes e criar uma situação em que se estabelece o diálogo entre eles sobre a
situação. São comuns, nessa modalidade, as entrevistas familiares conjuntas que
possibilitam ao assistente social compreender a dinâmica e a estrutura das relações das
famílias (MIOTO, 2001). As visitas domiciliares, de acordo com Mioto (2001), acontecem na
residência dos sujeitos envolvidos na situação e visam conhecer as condições de vida
(residência, bairro) e os aspectos do cotidiano das relações desses sujeitos.

 FCC
188-(DPE/SP-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FCC) A utilização do instrumental técnico-operativo
pressupõe interações comunicativas que podem ser efetuadas face a face ou por meio da
escrita. Os instrumentos de trabalho diretos ou face a face são:
(A) entrevista, grupo, visita domiciliar e visita institucional.
(B) entrevista, relatório social, reunião e visita domiciliar.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 195


(C) mobilização de comunidade, dinâmica de grupo, ata de reunião e diário de campo.
(D) reunião, relatório social, visita institucional, livro de ocorrência e entrevista.
(E) entrevista, reunião, ata de reunião e parecer social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Toniolo (2008) classifica os instrumentos utilizados pelo assistente social em
diretos ou “face a face” e indiretos ou “por escrito”.
Instrumentos Diretos ou Instrumentos Indiretos ou
“face a face” “por escrito”
 Observação participante  Atas de Reunião
 Entrevista Individual e Grupal  Livros de Registro
 Dinâmica de grupo  Diário de Campo
 Reunião  Relatório Social
 Mobilização de Comunidades  Parecer Social
 Visita Domiciliar
 Visita Institucional

189-(MPE/MA-ASSISTENTE SOCIAL-2013-FCC) Frente aos instrumentos de trabalho


utilizados pelo Assistente Social, considere:
I. A entrevista, a visita e a reunião são instrumentos de trabalho privativos do assistente
social.
II. A observação participante realizada pelo profissional de Serviço Social deve ter, como
premissa, a neutralidade científica.
III. O momento da entrevista tanto pode ser um espaço onde prevaleça uma relação de
poder, quanto um espaço que o usuário possa exprimir suas ideias, vontades e necessidades.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I.
(B) II.
(C) III.
(D) I e II.
(E) II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 196


GABARITO: C. O item III está correto de acordo com Sousa a entrevista é tanto um espaço
em que se estabelece uma relação de poder, onde o assistente social encontra-se em uma
posição hierarquicamente superior quanto um espaço que o usuário pode exprimir suas
ideias, vontades, necessidades, ou seja, que ele possa ser ouvido. O item I está incorreto tais
instrumentos, apesar de historicamente utilizados pelo profissional de Serviço Social não são
constituem instrumentos privativos. O Item II está incorreto. Sousa afirma acerca da
observação participante que “na medida em que o Assistente Social realiza intervenções, ele
participa diretamente do processo de conhecimento acerca da realidade que está sendo
investigada. Por isso, não se trata de uma observação fria, ou como querem alguns, ‘neutra’,
em que o profissional pensa estar em uma posição de não-envolvimento com a situação. Por
isso, trata-se de uma observação participante – o profissional, além de observar, interage
com o outro, e participa ativamente do processo de observação”.

OBSERVAÇÃO
 CESPE/UNB
190-(MPOG-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) A observação, instrumento útil no
exercício profissional, pressupõe um conjunto de reflexões que permite a compreensão
diferenciada do mundo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Toniolo (2008), “A observação consiste na ação de
perceber, tomar conhecimento de um fato ou conhecimento que ajude a explicar a
compreensão da realidade objeto do trabalho e, como tal, encontrar os caminhos
necessários aos objetivos a serem alcançados. É um processo mental e, ao mesmo tempo,
técnico”.

 VUNESP
191-(PREFEITURA DE ITAQUAQUECETUBA- ASSISTENTE SOCIAL-2016-VUNESP) No âmbito
da categoria de assistentes sociais, existe um relativo consenso de que os instrumentos
profissionais oferecem uma direção capaz de influir para a ruptura das práticas
conservadoras no Serviço Social. A observação, instrumento comumente utilizado pelos
assistentes sociais no exercício profissional, implica um conjunto de reflexões que possibilita

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 197


ao profissional compreender o mundo no qual se insere. Essa perspectiva permite uma
compreensão diferenciada da realidade, com o objetivo de superar a fragmentação para
(A) assegurar a igualdade.
(B) reconstruir a totalidade.
(C) permitir a sociabilidade.
(D) alcançar a adaptabilidade.
(E) ultrapassar a integralidade.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
COMENTÁRIO: B. Para Toniolo (2008), a observação constitui-se como um instrumento que
viabiliza a interação social e a troca de experiências sendo dessa forma um instrumento que
contribui para a superação da fragmentação com vistas a reconstrução da totalidade.

ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS
 CESPE/UNB
192-(SLDU-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) O estudo socioeconômico deverá ser
encaminhado aos setores solicitantes.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2005,) a elaboração do parecer social deve ter
por base a elaboração do estudo socioeconômico. O estudo socioeconômico, por sua vez,
não deverá ser encaminhado aos setores solicitantes, ficando o prontuário social, restrito o
acesso aos assistentes sociais do núcleo em questão.

193-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Na elaboração de estudo socioeconômico,


a entrevista de coleta de dados exime o assistente social de socializar a conclusão do estudo
com o usuário.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009, p.62-63), “Devemos estar atentos para
na coleta de dados, ao realizar a entrevista, explicitar para o usuário o nosso objetivo,
buscando uma postura horizontal com o mesmo, situando-o quanto ao processo realizado e
as exigências institucionais e legais, estabelecendo os procedimentos adotados para a
realização do estudo e, inclusive, socializando com o usuário a conclusão do estudo realizado.
A construção dessa relação é fundamental para desmistificação do aparato e do poder

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 198


institucional pelo usuário.". O Código de Ética do Assistente Social também coloca como
dever do assistente social devolver as informações colhidas nos estudos e pesquisas aos
usuários, no sentido de que estes possam usá-los para o fortalecimento dos seus interesses.

194-(STJ-ASSISTENTE SOCIAL-2015- CESPE/UNB) Os estudos socioeconômicos são


constituídos por conhecimentos acerca de uma determinada situação social, a partir de
demandas dos usuários de um serviço, e têm como finalidade imediata a emissão de um
parecer, formalizado ou não, sobre tal situação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com Mioto (2009) “os estudos socioeconômicos/estudo
social podem se definidos como o processo de conhecimento, análise e interpretação de
uma determinada situação social. Sua finalidade IMEDIATA É A EMISSÃO DE UM PARECER -
FORMALIZADO OU NÃO - sobre tal situação, do qual o sujeito demandante da ação/usuário
depende para acessar benefícios, serviços e/ou resolver litígios. [...]”.

 FCC
195-(AL/MS-ASSISTENTE SOCIAL-2016-FCC) O Assistente Social, ao realizar um estudo
socioeconômico como parte da sua ação profissional, deve fazê-lo partindo do
entendimento de que
(A) as informações forneçam subsídio para o profissional realizar julgamentos sobre o modo
de vida dos indivíduos e contribuir para a definição de qual auxílio público temporário pode
ser concedido, após esgotadas todas as possibilidades de uso dos recursos dos próprios
indivíduos.
(B) o estudo proporcionará a feitura de um diagnóstico socioeconômico que indicará a
melhor forma de tratamento para resolução do problema trazido pelo cliente.
(C) a coleta de informações deve ater-se à aparência física, o que inclui a higiene e vestuário,
capacidade mental e habilidades específicas, de modo a garantir a melhoria da qualidade de
vida, por meio da sua adaptação aos modos de organização da sociedade.
(D) tem a finalidade de conhecer, com profundidade e de forma crítica, uma determinada
situação ou expressão da questão social, sobretudo nos aspectos socioeconômicos e
culturais.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 199


(E) as informações do estudo devem ser exclusivas do ambiente em que vive o indivíduo, tais
como o tipo da casa, de emprego, relacionamentos conjugais, por onde passam a resolução
dos problemas sociais que se assentam sobre os modos de vida adotados pelo mesmo.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Mioto (2009, p.9) “a realização dos estudos sociais implica,
em termos gerais, conhecer as formas assumidas pelas famílias, isto é, sua estrutura de
relações tanto dentro de seus limites como fora deles. Deve analisar como ela exerce a
proteção social de seus membros e como o Estado/Sociedade provê suas necessidades.
Trata-se de um trabalho complexo que exige clareza sobre os marcos teóricos que orientam
a sua compreensão, pois a falta dela pode redundar numa ação profissional que reduz o
social ao familiar e a proteção social à solidariedade familiar. A falta de clareza pode levar à
perda da perspectiva de totalidade e da lógica dos direitos e da cidadania”. Assim, o
assistente social, ao realizar um estudo socioeconômico como parte da sua ação profissional,
deve fazê-lo partindo do entendimento de que tem a finalidade de conhecer, com
profundidade e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social,
sobretudo nos aspectos socioeconômicos e culturais.

196-(DPE/RR-ASSISTENTE SOCIAL-2015-FCC) A realização de estudo socioeconômico,


definida na atual regulamentação da profissão, é de competência do assistente social. Para o
desenvolvimento dessa ação, cabe ao profissional
I. contemplar na sua elaboração, o conhecimento da situação em que o sujeito demandante
está implicado e de sua condição de vida.
II. considerar os processos sociais geradores da situação apresentada pelo demandante, o
conjunto de relações e determinações sociais que possibilite um conhecimento mais amplo e
uma interpretação crítica da respectiva situação.
III. considerar alguns pontos fundamentais na elaboração desse estudo que são o
diagnóstico e a solução a ser apresentada para os problemas sociais, como responsabilidade
própria dos indivíduos, sujeitos desse processo, os quais receberão os auxílios públicos
necessários, de forma temporária, após esgotadas todas as possibilidades de uso dos
recursos dos próprios indivíduos e da rede informal de apoio.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 200


(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. A adoção da perspectiva de totalidade revela-se através da inclusão no
estudo social da observação e análise dos diferentes aspectos da vida social que incidem na
configuração das situações singulares, inclusive os de ordem estrutural (COSTA; OLIVEIRA,
2004; MOREIRA; ALVARENGA, 2004). Nessa ótica, Fávero (2004, p. 42) afirma que o estudo
social tem “por finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica uma determinada
situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção profissional especialmente
nos seus aspectos sócio-econômicos e culturais”.
No mesmo sentido, Iamamoto (2004, p. 286) afirma que existe uma exigência de
articulação da “vida dos indivíduos singulares” com as dimensões estruturais e conjunturais
uma vez que são estas que a conformam. As situações individuais ou familiares “condensam,
simultaneamente, as dimensões universais, particulares e singulares da vida em sociedade”.
Para realizar estudos sociais, é necessário aproximar-se da realidade social dos sujeitos
demandantes da ação para compreender com precisão a sua situação e poder analisá-la,
avaliá-la ou emitir um parecer sobre ela. [...] Uma vez efetuado e documentado todo o
processo, elabora-se o documento final. Não havendo um modelo institucionalmente
definido, alguns pontos são fundamentais para sua elaboração, tais como: a identificação
dos sujeitos demandantes dos estudos e dos sujeitos implicados na situação e da situação; a
descrição concisa da situação estudada que deve trabalhar, de forma organizada, o conjunto
de informações contidas nos relatórios de entrevistas, documentos, visitas domiciliares,
observações; a análise da situação na qual o profissional dará a conhecer como articulou os
dados da realidade com o marco teóricometodológica que orientou sua ação e com seu
conhecimento da área em que está se realizando o estudo, das legislações em vigor e de
outros estudos que embasem sua perspectiva analítica.

VÁRIOS INSTRUMENTOS (relatório,laudo,parecer, visita, entrevista etc;)


 CESPE/UNB

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 201


197-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) Ao emitir sua opinião técnica quando em
atuação em equipes multiprofissionais, o assistente social deve incluir os instrumentos
utilizados por ele e, sobretudo, enfatizar separadamente os pressupostos de sua área de
conhecimento e o escopo de sua atuação.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com a resolução n°557/2009 do CFESS, Art.1“Ao atuar em
equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de
atuação. O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da
intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve
destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação,
seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar
contemplados na opinião técnica”. Assim ao emitir sua opinião técnica quando em atuação
em equipes multiprofissionais, o assistente social deve incluir os instrumentos utilizados por
ele e, sobretudo, enfatizar separadamente os pressupostos de sua área de conhecimento e o
escopo de sua atuação, conforme está posto na resolução.

198-(TJ/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2011-CESPE/UNB) No processo de elaboração de estudo


social, perícia social, laudo social e parecer social, não são requeridas dos assistentes sociais
informações de caráter jurídico ou a interpretação da lei, mas conhecimentos específicos do
serviço social, que contribuam para o processo de aplicação justa da lei.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com Fávero (2009). processo de elaboração do estudo
social, perícia social, laudo social e parecer social é necessário além do conhecimento
específico em matéria de Serviço Social o conhecimento também das legislações bem como
das normas e da rotina da instância do judiciário ou da área na qual se localiza. Portanto,
além de estar amparado nos conhecimentos específicos de Serviço Social, o profissional
deve estar antenado com as legislações referentes, principalmente, ao local em que atua e
com as demandas que lhe são trazidas de forma que o estudo social elaborado venha a dar
suporte a tomada de decisão. Para melhor esclarecer para você, tenha em mente a seguinte
coisa: um assistente social que trabalha em uma Vara da Infância e da Juventude precisa
conhecer bem o ECA e as demais legislações pertinentes a sua área de atuação, assim como
os conhecimentos específicos do serviço social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 202


199-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) Elaboração, emissão e(ou) subscrição de
opinião técnica, pareceres, laudos e perícias sobre matéria de serviço social competem
exclusivamente aos assistentes sociais inscritos no Conselho Regional de Serviço Social
(CRESS).
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. De acordo com a resolução n°557/2009 do CFESS, Art.1 “A
elaboração, emissão e/ ou subscrição de opinião técnica sobre matéria de SERVIÇO SOCIAL
por meio de pareceres, laudos, perícias e manifestações é atribuição privativa do assistente
social, devidamente inscrito no Conselho Regional de Serviço Social de sua área de atuação,
nos termos do parágrafo único do artigo 1º da Lei 8662/93 e pressupõem a devida e
necessária competência técnica, teórico-metodológica, autonomia e compromisso ético”.

200-(TJ/AM-ASSISTENTE SOCIAL-2019-CESPE/UNB) A apresentação de uma mesma


manifestação ou opinião técnica pela equipe multiprofissional em que o assistente social
esteja inserido é aceita pelo CFESS, desde que não haja a separação específica da área de
conhecimento desse profissional.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. De acordo com a resolução n°557/2009 do CFESS, Art.4 “Ao atuar em
equipes multiprofissionais, o assistente social deverá garantir a especificidade de sua área de
atuação. O entendimento ou opinião técnica do assistente social sobre o objeto da
intervenção conjunta com outra categoria profissional e/ ou equipe multiprofissional, deve
destacar a sua área de conhecimento separadamente, delimitar o âmbito de sua atuação,
seu objeto, instrumentos utilizados, análise social e outros componentes que devem estar
contemplados na opinião técnica”. Assim deve haver a separação específica da área de
conhecimento desse profissional.

201-(TCE/PA-ASSISTENTE SOCIAL-2016- CESPE/UNB) As visitas domiciliares, os estudos


socioeconômicos para a concessão de benefício, os relatórios sociais e a triagem social são
considerados atividades historicamente assumidas por assistentes sociais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 203


GABARITO: CORRETO. Na cartilha do CFESS, “Atribuições Privativas do Assistente Social em
questão”(2012, p.26) são enumeradas como atividades historicamente realizadas por
assistentes sociais: Visitas domiciliares; Estudos socioeconômicos para concessão de
benefício; Relatórios sociais; Triagem social; Encaminhamento aos recursos da comunidade;
Assistência Social consignada na LOAS; Assumir cargo de direção em Secretarias/
Departamento de Assistência.

 FCC
202-(DPE/SP-2015-ASSISTENTE SOCIAL-FCC) Todo processo de registro e avaliação de
qualquer ação é um conhecimento prático que se produz, garantindo visibilidade e
importância à atividade desenvolvida. Analise as definições abaixo.
I.É uma exposição do trabalho realizado e das informações adquiridas durante a execução de
determinada atividade. É o relato dos dados coletados e das intervenções realizadas pelo
assistente social.
II. É uma avaliação teórica e técnica realizada pelo assistente social dos dados coletados. É
ele que dá ao assistente social uma identidade profissional. A emissão deste documento
pressupõe a existência de um relatório social.
III. É um estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial (é
sempre solicitada ou determinada). Ela é realizada por meio de estudo social e implica na
elaboração de um laudo e emissão de um parecer.
IV. Oferece elementos de base social para a formação de um juízo e tomada de decisão que
envolve direitos fundamentais e sociais. É um documento resultante do processo de perícia
social e apresenta o registro das informações mais significativas do estudo e da análise
realizada.
As definições estão respectivamente corretas em:
I II III IV
A Relatório Laudo Social Perícia Social Parecer Social
Social
B Laudo Social Parecer Social Relatório Perícia Social
Social
C Parecer Social Perícia Social Relatório Laudo Social

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 204


Social
D Relatório Parecer Social Perícia Social Laudo Social
Social
E Perícia Social Parecer Social Laudo Social Relatório
Social

COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Fávero (2005):
 Estudo Social: É um processo metodológico específico do Serviço Social, que tem por
finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma determinada situação ou
expressão da questão social, objeto da intervenção profissional – especialmente nos
seus aspectos socioeconômicos e culturais.
 Perícia Social: A perícia, no âmbito do Judiciário, diz respeito a uma avaliação, exame ou
vistoria, solicitada ou determinada sempre que a situação exigir um parecer técnico ou
científico de uma determinada área do conhecimento, que contribua para o juiz formar
a sua convicção para a tomada de decisão.
 Relatório Social: O Relatório Social como documento específico elaborado por
assistente social, se traduz na apresentação descritiva e interpretativa de uma situação
ou expressão da questão social, enquanto objeto da intervenção desse profissional.
 Parecer Social: O Parecer Social diz respeito a esclarecimentos e análises, com base em
conhecimento específico do Serviço Social, a uma questão ou questões relacionadas as
decisões a serem tomadas. Trata- se de exposição e manifestação sucinta, enfocando-se
objetivamente a questão ou situação social analisada, e os objetivos do trabalho
solicitado e apresentado; a análise da situação, referenciada em fundamentos teóricos,
éticos e técnicos inerentes ao Serviço Social [...] e uma finalização de caráter conclusivo
ou indicativo.
 Laudo Social: O laudo é utilizado no meio judiciário como mais um elemento de “prova”
com a finalidade de dar suporte à decisão judicial, a partir de uma determinada área do
conhecimento, no caso, o Serviço Social.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 205


203-(MPE-MA-ASSISTENTE SOCIAL-2013- FCC)...... tem a finalidade de subsidiar uma decisão,
via de regra judicial, sendo sempre solicitada/o ou determinada/o. É realizada/o por meio
de ...... e implica na elaboração de ...... e emissão de .......
Preenchem correta, e respectivamente, as lacunas:
(A) O relatório social − entrevista social − relatório − parecer
(B) O estudo social − visita social − relatório − laudo
(C) A perícia social − estudo social − laudo − parecer
(D) A perícia social − entrevista social − estudo social − laudo
(E) O estudo social − relatório social − parecer − laudo
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Fávero “ a perícia, quando solicitada a um profissional de
Serviço Social, é chamada de perícia social, recebendo esta denominação por se tratar de
estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é
realizada por meio de estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de um
parecer”..

204-(CLDF-2018-ASSISTENTE SOCIAL- FCC) Frente aos instrumentos técnico-operativos para


sistematização do trabalho do/da assistente social, considere as assertivas
abaixo.
I. O estudo social, a perícia social, o laudo social e o parecer social fazem parte da
metodologia de trabalho de domínio específico e exclusivo do/a assistente social.
II. A perícia social trata-se de um estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão.
III. O parecer social é um documento fundamentado na área de conhecimento do serviço
social, decorrente da perícia.
IV. O relatório social é uma apresentação descritiva e interpretativa de uma situação ou
expressão da questão social, enquanto objeto da intervenção do/da assistente social.
V. O laudo social é uma avaliação teórica e técnica realizada pelo profissional.
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) I, III, IV e V.
(B) I, II e IV.
(C) II, III e IV.
(D) III, IV e V.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 206


(E) I e II.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Essa questão exige que você conheça a contribuições de alguns autores, como:
Fávero, Toniolo e Magalhães, assim:
 Fávero (2013) explicita que “O estudo social, a perícia social, o laudo social e o parecer
social fazem parte da metodologia de trabalho de domínio específico e exclusivo do/a
assistente social [...] que pode trazer a tona a dimensão de totalidade do sujeito social
(ou sujeitos)que, juridicamente estão envolvidos na ação judicial.” Assim o item I está
CORRETO.
 Fávero (2013) explicita que a perícia, quando solicitada a um profissional de Serviço
Social, é chamada de perícia social, recebendo esta denominação por se tratar de
estudo e parecer cuja finalidade é subsidiar uma decisão, via de regra, judicial. Ela é
realizada por meio do estudo social e implica na elaboração de um laudo e emissão de
um parecer.Assim o item II está CORRETO.
 Fávero afirma que o parecer social pode ser parte final de um laudo ou pode ser
realizado em razão de determinação judicial, com base em conteúdos já documentados
nos autos e/ou informações complementares. Assim o item III está ERRADO.
 Fávero e Magalhães com suas contribuições que se refere ao relatório social explicitam
que ele é uma apresentação descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da
questão social, enquanto objeto da intervenção do/da assistente social. É uma
exposição escrita; exposição minuciosa relativa a um assunto (sindicância, etc.);
exposição prévia dos fundamentos de um decreto, decisão, etc.; exposição de todos os
fatos de uma administração ou de uma sociedade. Em geral, esse documento deve
apresentar: Objeto de estudo; Sujeitos envolvidos e finalidade à qual se destinam;
Procedimentos utilizados; Breve histórico, desenvolvimento e análise da situação. Assim
o item IV está CORRETO.
 Toniolo (2008) explicita que o Parecer social é uma avaliação teórica e técnica realizada
pelo profissional. Assim, o item V está errado, pois trocou o termo PARECER SOCIAL por
LAUDO SOCIAL.
 FGV
205-(SEDUC/AM-2014-ASSISTENTE SOCIAL- FGV) (113) Relacione os instrumentos utilizados
pelo Assistente Social às suas respectivas características.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 207


1 - Relatório Social
2 - Parecer Social
3 - Perícia Social
( ) Apresentação descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da questão social.
( ) Avaliação, exame ou vistoria, por determinação ou solicitação, sempre que a situação
exigir uma avaliação técnica ou científica.
( ) Esclarecimentos e análises, com base em conhecimento específico do Serviço Social,
sobre uma questão que exija uma tomada de decisão.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.
(A) 1 – 3 – 2.
(B) 2 – 1 – 3.
(C) 1 – 2 – 3.
(D) 1 – 1 – 1.
(E) 3 – 3 – 3.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. No âmbito judiciário, de acordo com Fávero (2005), a perícia diz respeito a
uma avaliação, exame ou vistoria, e a finalidade dela é subsidiar uma decisão que via de
regra é judicial. Já o parecer social é o instrumento que presta esclarescimento e análises,
com base em conhecimento específico do Serviço Social, sobre uma questão que exija uma
tomada de decisão e o Relatório Social é o instrumento que tem uma apresentação
descritiva e interpretativa de uma situação ou expressão da questão social.
206-(COMPESA-ASSISTENTE SOCIAL--2014-FGV)Relacione os instrumentos
técnico-operativos, usados pelos assistentes sociais no trabalho profissional com família,
listados a seguir, ao objetivo do seu uso.
1. Encaminhamentos
2. Reuniões
3. Visitas domiciliares
4. Estudo Social
( ) Estudos de casos , avaliação do trabalho realizado
( ) Planejamento da intervenção e conhecimento da realidade
( ) Conhecimento do cotidiano das famílias e comunidades
( ) Atendimento da família para programas e serviços sociais

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 208


Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima para baixo.
(A) 1 – 3 – 2 – 4
(B) 1 – 4 – 2 – 3
(C) 4 – 2 – 3 – 1
(D) 2 – 4 – 3 – 1
(E) 4 – 3 – 2 – 1
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Toniolo (2008, p.127) “as reuniões são espaços coletivos. São
encontros grupais, que têm como objetivo estabelecer alguma espécie de refl exão sobre
determinado tema. Mas, sobretudo, uma reunião tem como objetivo a tomada de uma
decisão sobre algum assunto”. Assim a reunião serve para realizar os estudos de caso e
avaliar o trabalho realizado. Já os estudos sociais servem para conhecer com profundiade
determinada situação e assim planejar uma intervenção. As visitas domiciliares, de acordo
com Mioto (2001) servem para queo assistente social possa conhecer as condições de vida
do sujeito, na sua casa, no seu bairro, ou seja, conhecer os aspectos de seu cotidiano. Os
encaminhamentos servem para o a família/ usuário possam ser encaminhado a um
serviço/instituição visando que eles sejam atendidos nos programas e serviços sociais.

207-(SUSAM-ASSISTENTE SOCIAL-2014-FGV) Relacione os itens listados a seguir às suas


respectivas definições.
1. Parecer Social
2. Perícia Social
3. Relatório Social
4. Laudo Social
( ) Apresenta a opinião profissional do Assistente Social com base no estudo social de uma
situação específica.
( ) Documenta o conjunto das informações significativas recolhidas pelo estudo social.
( ) Tem a finalidade de instruir o processo com conhecimento da área de Serviço Social.
( ) Expressa o trabalho de acompanhamento do caso por meio de vários registros e
informações parciais. Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima para baixo.
(A) 1 – 3 – 2 – 4
(B) 1 – 4 – 2 – 3

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 209


C) 4 – 2 – 3 – 1
(D) 2 – 4 – 3 – 1
(E) 4 – 3 – 2 – 1
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Tendo por base a literatura especializada, em especial as contribuições de
Fávero (2005), sobre o tema e a contribuição de alguns autores como Fávero e Toniolo,
sabe-se que:
 O parecer social é o documento que apresenta a opinião profissional do Assistente
Social com base no estudo social de uma situação específica.
 O Laudo social documenta o conjunto das informações significativas recolhidas pelo
estudo social.
 A Perícia Soocial tem a a finalidade de instruir o processo com conhecimento da área de
Serviço Social.
 O Relatório Social expressa o trabalho de acompanhamento do caso por meio de vários
registros e informações.

ORIENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO SOCIAL A INDIVÍDUOS, GRUPOS E


FAMÍLIAS
 CESPE/UNB
208-(STM-ASSISTENTE SOCIAL-2018- CESPE/UNB) Recomenda-se que os processos
reflexivos das ações socioeducativas de orientação de indivíduos sejam conduzidos com base
na perspectiva psicossocial individualizada, cujo foco deverá ser a mudança na capacidade
do indivíduo de se ajustar ao mundo que o cerca.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: ERRADO. Os processos reflexivos, de acordo com Mioto (2009), das ações
socioeducativas de orientação de indivíduos se desenvolve no percurso (caminho) que o
assistente social faz com os usuários para buscar respostas para suas necessidades,
imediatas ou não e tem como objetivo a formação da consciência crítica. Assim, essas ações
não podem ser conduzidos com base na perspectiva psicossocial individualizada.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 210


209-(TJ/AL-ASSISTENTE SOCIAL-2012- CESPE/UNB) Assinale a opção correta acerca das
ações socioeducativas.
(A) O processo reflexivo, característico das ações socioeducativas, pode acontecer por meio
da interpenetração de dois elementos imprescindíveis: o dialogo e a problematização.
(B) As ações educativas realizadas por assistentes sociais voltam-se exclusivamente para a
singularidade da demanda.
(C) As ações socioeducativas, em virtude de vincularem-se à formação de consciência crítica,
devem ser realizadas somente por meio de abordagem grupal ou coletiva.
(D) As ações socioeducativas constituem-se mediante processos já consolidados
institucionalmente, não sendo, portanto, plausíveis de reconstrução.
(E) Caso seja requerida do assistente social alguma informação, ele deve limitar-se a dar as
informações relativas às formas de organização dos serviços, respeitando, dessa forma, os
princípios norteadores da ação socioeducativa.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. De acordo com Lima (2006), a sustentação desse processo reflexivo, para
vários pesquisadores assistentes sociais, acontece por meio da interpenetração de dois
elementos fundamentais que são o diálogo e a problematização.

210-(SEPRO-ASSISTENTE SOCIAL- 2011- CESPE/UNB) As ações socioeducativas consistem em


orientações reflexivas e de socialização de informações, por meio de abordagens individuais
ou grupais, aos usuários e familiares.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: CORRETO. Para Mioto (2009, p.5), “As ações socioeducativas, no âmbito dos
processos socioassistenciais, se estruturam sobre dois pilares. Um relacionado à socialização
de informações e outro referente ao processo reflexivo desenvolvido na trajetória da relação
estabelecida entre profissionais e usuários”.

211-(MPU-ASSISTENTE SOCIAL-2013-CESPE/UNB) As ações socioeducativas


fundamentam-se em dois pilares, socialização das informações e o processo reflexivo,
consistindo de ações planejadas e conectadas ao conjunto de outras ações desenvolvidas no
âmbito dos processos socioassistenciais, político-organizativos e de planejamento e gestão.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 211


GABARITO: CORRETO. Para Mioto (2009, p.9), “As ações socioeducativas com indivíduos,
grupos e famílias no âmbito dos processos socioassistenciais ganham materialidade e
legitimidade à medida que se inscrevem de forma articulada nos processos de trabalho
compartilhados nas diferentes instituições, serviços ou programas. Trata-se de ações
planejadas, equacionadas aos objetivos do Serviço Social e conectadas ao conjunto de outras
ações desenvolvidas no âmbito dos processos socioassistenciais, dos processos de
planejamento e gestão e dos processos político-organizativos”.

 COMPERVE/UFRN
212-(UFRN-ASSISTENTE SOCIAL- 2017-COMPERVE/UFRN) O Serviço Social é uma profissão
inserida na divisão social e técnica do trabalho. Pela prestação de serviços socioassistenciais,
o assistente social interfere nas relações sociais vigentes, o que torna sua ação
eminentemente política, atuando no atendimento a demandas e necessidades sociais dos
seus usuários e desenvolvendo trabalho socioeducativo. Considerando o exposto, a
dimensão socioeducativa do seu trabalho
(A) tanto pode ter caráter disciplinador como pode fortalecer projetos das classes
subalternas.
(B) está voltada para moldar o usuário às necessidades do capital e da instituição
empregadora.
(C) é mutável e exige a constante atualização de instrumentos e técnicas para atender as
necessidades da instituição.
(D) pode moldar o usuário às necessidades da instituição e influenciar a sua inserção na vida
social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Iamamoto explicita que a orientação e o acompanhamento, enquanto ações
socioeducativas realizadas por assistentes sociais alinhados ao atual projeto ético-político da
profissão, podem contribuir para o fortalecimento de processos emancipatórios, nos quais
há a formação de uma consciência crítica dos sujeitos frente à apreensão e a vivência da
realidade, sendo ela, também facilitadora de processos democráticos, garantidores de
Direitos e de relações horizontais entre profissionais e usuários, ao mesmo tempo que
projeta a sua emancipação e a transformação social como tanto pode ter caráter
disciplinador.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 212


 FGV
213-(TJ/GO-ASSISTENTE SOCIAL-2014-FGV) As ações socioeducativas são largamente
utilizadas no atendimento a indivíduos e famílias como parte das ações desenvolvidas no
âmbito socioassistencial. As ações socioeducativas sustentam-se sob dois pilares: a
socialização de informações e o processo reflexivo. Quanto a esse último, seu principal
objetivo é:
(A) o conhecimento do sistema familiar do indivíduo;
(B) a formação da consciência crítica dos usuários;
(C) promover o intercâmbio de informações para resolver a situação apresentada;
(D) investigar a dinâmica familiar para estabelecer a melhor forma de intervir;
(E) estabelecer a melhor mediação de conflitos possível.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. Os processos reflexivos, de acordo com Mioto (2009), das ações
socioeducativas de orientação de indivíduos se desenvolve no percurso (caminho) que o
assistente social faz com os usuários para buscar respostas para suas necessidades,
imediatas ou não e tem como objetivo a formação da consciência crítica.

214-(DPE/RJ-ASSISTENTE SOCIAL- 2014- FGV) O conteúdo socioeducativo do Serviço Social


relaciona-se à participação da profissão no processo de reprodução das classes sociais no
interior da divisão social do trabalho. Nessa perspectiva, as ações socioeducativas junto às
famílias, aos indivíduos e aos grupos envolvem
(A) grupalização dos problemas e apoio mútuo.
(B) formulação de estratégias coletivas e ajuste de condutas.
(C) articulação de ações socioassistenciais e socialização de informações.
(D) mediação de conflitos e inserção laboral.
(E) investigação diagnóstica e oferta de serviços.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. Para Mioto (2009, p.5), “As ações socioeducativas, no âmbito dos processos
socioassistenciais, se estruturam sobre dois pilares. Um relacionado à socialização de
informações e outro referente ao processo reflexivo desenvolvido na trajetória da relação
estabelecida entre profissionais e usuários”.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 213


215-(SUSAM-ASSISTENTE SOCIAL- 2014- FGV) As ações socioeducativas, no âmbito dos
processos socioassistenciais, são estruturadas com base em duas dimensões significativas.
Assinale a opção que as apresenta.
(A) Socialização de informações e processo reflexivo
(B) Procedimentos de escuta e processo dialógico
(C) Processo investigativo e abordagem psicossocial
(D) Diagnóstico social e procedimento integrativo
(E) Avaliação social e abordagem conscientizadora
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: A. Para Mioto (2009, p.5), “As ações socioeducativas, no âmbito dos processos
socioassistenciais, se estruturam sobre dois pilares. Um relacionado à socialização de
informações e outro referente ao processo reflexivo desenvolvido na trajetória da relação
estabelecida entre profissionais e usuários”.

 FCC
216-(INFRAERO-ASSISTENTE SOCIAL- 2011- FCC) As ações socioeducativas com indivíduos,
grupos e famílias podem ser caracterizadas como
(A) processos político-organizativos (conjunto de ações profissionais), processos de
planejamento e gestão (conjunto de ações de planejamento) e processos de financiamento e
contratação de terceiros, sem os quais o Assistente Social não efetiva as ações com a
coletividade.
(B) meios de efetivar os processos de emancipação política, nos termos de Gramsci, e, na
sequência, a emancipação humana, de acordo com Marx. As ações socioeducativas são vias
únicas para os Assistentes Sociais construírem seu projeto hegemônico.
(C) programas vinculados às diferentes políticas sociais (seguridade social, habitação,
criança e adolescente, emprego e renda, entre outras), de natureza pública ou privada,
exceto no campo sociojurídico.
(D) ações planejadas, equacionadas ao objetivo do Serviço Social e conectadas ao conjunto
de outras ações desenvolvidas no âmbito dos processos socioassistenciais e dos processos
político-organizativos.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 214


(E) processos educativos com a utilização de inúmeros recursos, podendo ser terapêuticos
ou ocupacionais.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. De acordo com Mioto (2009, p.9), “As ações socioeducativas com indivíduos,
grupos e famílias no âmbito dos processos socioassistenciais ganham materialidade e
legitimidade à medida que se inscrevem de forma articulada nos processos de trabalho
compartilhados nas diferentes instituições, serviços ou programas. Trata-se de ações
planejadas, equacionadas aos objetivos do Serviço Social e conectadas ao conjunto de outras
ações desenvolvidas no âmbito dos processos socioassistenciais, dos processos de
planejamento e gestão e dos processos político-organizativos”.

 IBADE
217-(SEDUC/RO-ASSISTENTE SOCIAL-2017-IBADE) A orientação e acompanhamento de
indivíduos, grupos e famílias são ações de natureza socioeducativas. O desenvolvimento
dessas ações está vinculado a três grandes processos de articulação das ações profissionais,
que são os processos:
(A) político, metodológico e técnico,
(B) político-organizativos, planejamento e gestão e socioassistenciais.
(C) planejamento, implementação de planos e programas e avaliação.
(D) ético-político, socioeconômico e multicultural.
(E) estudo socioeconônimo, parecer social e laudo social.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: B. A orientação e acompanhamento de indivíduos, grupos e famílias são ações
de natureza socioeducativas, para Mioto (2009, p.3) “o desenvolvimento dessas ações está
vinculado a três grandes processos de articulação das ações profissionais que são os
processos político-organizativos, processos de planejamento e gestão e os processos
socioassistenciais”.

 FUNIVERSA
218-(IFB-ASSISTENTE SOCIAL-2012-FUNIVERSA) A competência do assistente social de
prestar orientação social a indivíduos e a grupos está prevista na Lei n.º 8.662/1993 e tem

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 215


por finalidade desenvolver um trabalho socioeducativo que interfira na trajetória de vida dos
sujeitos. Acerca de orientação e de ações socioeducativas, é correto afirmar que
(A) as ações socioeducativas dispensam o conhecimento das demandas dos usuários, tanto
nas suas singularidades quanto no conjunto dos usuários ao longo do tempo (conhecimento
cumulativo).
(B) as ações socioeducativas, no âmbito dos processos socioassistenciais, ocorrem em
instituições, serviços ou programas vinculados exclusivamente às diferentes políticas de
seguridade social.
(C) o estabelecimento de vínculos e a conformação de uma relação democrática entre
profissionais e usuários são fundamentais para que o processo educativo alcance seus
objetivos.
(D) o processo reflexivo somente se realiza à medida que são criadas as condições para que
os profissionais incutam nos usuários, de forma consciente e crítica, sua própria concepção
de mundo.
(E) a socialização das informações busca a normatividade legal e o enquadramento
institucional dos usuários.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: C. De acordo com Mioto (2009, p.8), “É importante assinalar ainda que a forma
como se estrutura o processo educativo é reveladora da direção desse processo. Por isso, o
estabelecimento de vínculos e a conformação de uma relação democrática entre
profissionais e usuários são fundamentais para que o processo educativo alcance seus
objetivos. Ou seja, espera-se que por meio do processo educativo, o usuário – com
informação e reflexão – ganhe mais autonomia para circular no espaço social, tomar
decisões sobre as formas de conduzir sua vida, avançar na consciência de sua cidadania e ter
participação em diferentes instâncias da esfera pública, especialmente nas de controle
social”.

 FUNCAB
219-(PC/ES-ASSISTENTE SOCIAL-2013-FUNCAB) No exercício profissional, o assistente social
pode oportunizar ações socioeducativas com indivíduos, grupos e famílias no âmbito dos
processos socioassistenciais. Nessa perspectiva, a abordagem grupal é:
(A) desagregadora de singularidades.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 216


(B) Desaconselhavel, para não expor individualidades.
(C) ultrapassada para a atual conjuntura profissional.
(D) recomendável por permitir o processo educativo de forma coletiva.
(E) pouco usual na perspectiva crítico - dialética.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: D. Para Mioto (2009, p.12), “formação de grupos é altamente recomendável
porque permite, por meio da reunião de diferentes sujeitos, a realização do processo
educativo de forma coletiva”.

 CEPERJ
220-(CEDAE/RJ-ASSISTENTE SOCIAL- 2014-CEPERJ) As ações socioeducativas com indivíduos,
grupos e famílias ganham materialidade e legitimidade quando estão articuladas nos
processos de trabalho compartilhados nas diferentes instituições, serviços ou programas.
Para Mioto (2009) a proposição dessas ações requer inicialmente do assistente social o
seguinte atributo:
(A) Interesse
(B) Patrocínio
(C) Articulação
(D) Comunicação
(E) Conhecimento
COMENTÁRIO DA QUESTÃO
GABARITO: E. Para Mioto (2009, p.9), “a proposição dessas ações requer em primeiro lugar
conhecimento. Conhecimento do espaço sócio-ocupacional e do campo em que o assistente
social está inserido. Os espaços sócio-ocupacionais se organizam a partir de um conjunto de
princípios e finalidades voltado, especialmente, à execução de determinadas políticas sociais.
Estão estruturados dentro de um campo de proposições, recursos e diretrizes voltadas ao
atendimento de determinadas necessidades/direitos de cidadania ou de determinados
segmentos da população. Conhecer o espaço de trabalho implica ter informações sobre as
postulações legais referentes a ele e às políticas sociais correspondentes, entender a
dinâmica de organização e funcionamento desses espaços e conhecer o próprio objeto de
trabalho desse campo. Ou seja, compreender como se expressam nesses espaços os

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 217


princípios e diretrizes das políticas sociais e o debate teórico-metodológico em torno de seu
objeto (saúde, assistência social, educação)”.

CONCURSEIROS DE SERVIÇO SOCIAL 218


LISTA DE LEITURA

Ao longo de toda apostila, na parte teórica e nas questões comentadas, utilizamos


diversos artigos, legislações e livros. Colocamos todos nessa lista para que você
conheça.

AUTOR/A OBRA
Yolanda Guerra ARTIGO: A Instrumentalidade no Trabalho do
Assistente Socia
Cláudia Mônica dos Santos ARTIGO: A dimensão técnico-operativa e os
instrumentos e técnicas no Serviço Social
Rosa Lúcia Prédes Trindade ARTIGO: Desvendando as determinações
sócio-históricas do instrumental técnico-operativo do
Serviço Social na articulação entre demandas sociais e
projetos profissionais
Maria Lúcia Martinelli Um novo olhar para a questão dos instrumentais
técnico-operativos em Serviço Social
Eunice Teresinha Fávero LIVRO: Estudo Social em Perícias Laudos e Parecer
Técnico
aEunice Teresinha Fávero ARTIGO: Instruções sociais de processos, sentenças
e decisõe

Selma Marques Magalhães LIVRO: Avaliação e linguagem- relatórios, laudos e


pareceres
Charles Toniolo de Sousa ARTIGO: A prática do assistente social: conhecimento,
instrumentalidade e intervenção profi ssional
Regina Célia Tamaso Mioto ARTIGO: Estudos Socioeconômicos
Regina Célia Tamaso Mioto ARTIGO: Orientação e acompanhamento social a
individuos, grupos e família
Alzira Maria Baptista ARTIGO: A entrevista nos processos de trabalho do
Lewgoy e Esalba Maria assistente socia
Carvalho Silveira
Amaro LIVRO: Visita Domiciliar

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Lavoratti e Costa LIVRO:Instrumentais Técnico-Operativos do Serviço
Social
Maria Cecília de Souza ARTIGO: Interdisciplinaridade: funcionalidade ou
Minayo utopia?
Cláudia Cullen Sampaio e , LIVRO: Interdisciplinaridade em questão: análise de
Dalva Rossi uma política de saúde voltada à mulher
Legislação Resolução 557/2009
Legislação Lei de Reulamentação da Profissão- Lei 8.662/93
Brochura do CFESS Atribuições Privativa do Assistente Social em Questão

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