Relatorio e Contas INPS 2021

Instituto Nacional de Previdência Social
A Vida Toda
RELATÓRIO E CONTAS 2021

INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL
Av. Amílcar Cabral 55, Plateau
CP 372 – Praia/Santiago
www.inps.cv
Tel.: 260 91 00
Fax: 261 32 66
Índice
MENSAGEM DA COMISSÃO EXECUTIVA............................................................................................. i

ORGÃOS SOCIAIS ....................................................................................................................................... iv
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO INPS ........................................................................................ v
SIGLAS E ABREVIATURAS ....................................................................................................................... vi
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2021 ......................................................................................................... 0
I. SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL ........................................................................................... 1
II. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO .......................................................................................... 2
1. Missão, Visão, Princípios e Valores................................................................................................ 2
2. Política de Gestão de Qualidade .................................................................................................... 2
3. Atribuições e Competências ............................................................................................................ 3
4. Objetivos Estratégicos e Programas de Desenvolvimento do INPS .......................................... 4
III. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE ........................................................................................ 5
1. Enquadramento económico ............................................................................................................ 5
2. Enquadramento Demográfico ........................................................................................................ 7
3. Enquadramento ao Contexto do Mercado Laboral ..................................................................... 8
IV. A PROTEÇÃO SOCIAL OBRIGATÓRIA EM NÚMEROS ...................................................... 10
V. PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO INPS .............................................................. 11
A. ÁREA ESTRATÉGICA DE CAPITAL HUMANO ...................................................................... 12
1. Melhoria na Gestão das Prestações .............................................................................................. 12
1.1. População Abrangida pela Proteção Social Obrigatória ........................................................... 12
1.2. Gestão das Prestações Sociais ....................................................................................................... 13
1.2.1. Doença e Maternidade ................................................................................................................... 14
1.2.1.1. Prestações Pecuniarias ........................................................................................................... 15
1.2.1.2. Prestações em Espécie ............................................................................................................ 16
1.2.2. Prestações diferidas – Pensões ...................................................................................................... 20
1.2.3. Abono de Família e Prestações Complementares ...................................................................... 24
1.2.4. Subsídio de Desemprego ............................................................................................................... 26
1.2.5. Prestações excecionais de mitigação dos efeitos da pandemia .............................................. 26
2. Melhoria na Gestão do Cadastro e das Contribuições .............................................................. 27
2.3. Contribuintes Ativos ...................................................................................................................... 30
2.4. Segurados Ativos ............................................................................................................................ 31
2.5. Beneficiários inscritos..................................................................................................................... 33
2.6. Cobrança e Recuperação de Dividas Contributivas .................................................................. 36
2.7. Impacto da crise provocada pela COVID-19 nas contribuições............................................... 38
3. Promoção da Legalidade Contributiva e Prestacional .............................................................. 40
3.1. Fiscalização e Controlo .................................................................................................................. 40
3.2. Atividades Jurídicas ....................................................................................................................... 42
4. Promoção da Sustentabilidade do Sistema ................................................................................. 44
4.1. Extensão da Cobertura – Plano de Contingência para a Extensão da Cobertura .................. 44
4.2. Sustentabilidade do Sistema ......................................................................................................... 44
4.2.1. Dados Estatísticos ........................................................................................................................... 44
4.2.2. Estudo Atuarial do Sistema de Proteção Social Obrigatória .................................................... 45
4.2.2.1. Enquadramento ...................................................................................................................... 45
4.2.2.2. Resultados................................................................................................................................ 45
4.2.2.3. Impacto da COVID-19 a longo prazo .................................................................................. 48
B. ÁREA ESTRATÉGICA REFORMAS ECONÓMICAS E ESTRUTURAIS ............................. 51
5. Melhoria na Qualidade dos Serviços Prestados ......................................................................... 51
5.1. Qualidade do Atendimento .......................................................................................................... 51
5.2. Qualidade de Serviços Prestados ................................................................................................. 52
5.3. Melhoria do Cumprimento das Normas e Procedimentos....................................................... 54
5.3.1. Gestão de Riscos ............................................................................................................................. 54
5.3.2. Auditoria Interna ............................................................................................................................ 55
6. Melhoria da Comunicação e Imagem institucional ................................................................... 56
6.1. Planeamento e Execução das Ações de Comunicação e Melhoria da Imagem do INPS ...... 56
7. Melhoria na Gestão de Ativos Imobilizados e Financeiro ........................................................ 58
C. ÁREA ESTRATÉGICA APOSTA NA INOVAÇÃO E NO CONHECIMENTO ................... 60
8. Consolidação do Sistema de Informação .................................................................................... 60
8.1. Garantia da operacionalidade e da segurança dos sistemas de informação e das
infraestruturas tecnológicas ...................................................................................................................... 61
8.2. Promoção da inovação e da modernização administrativa ...................................................... 62
D. GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO GERAL ..................................................................................... 65
9. Programa Melhoria na Gestão de Tesouraria e da Qualidade de Informação Financeira ... 65
10. Boa Gestão dos Recursos Humanos ............................................................................................. 65
11. Gestão Administrativa e Logística do INPS ............................................................................... 70
VI. SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO DO PAO 2019 .......................................................................... 72
1. Resultados globais do processo de seguimento e Avaliação.................................................... 72
2. Desempenho na Execução das Atividades ................................................................................. 73
3. Avaliação da Execução Financeira ............................................................................................... 73
4. Mapa de Seguimento e Avaliação ................................................................................................ 74
RELATÓRIO DE CONTAS 2021 ................................................................................................................ 75
VII. ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA DO EXERCÍCIO ...................................................... 77
1. Resultados........................................................................................................................................ 77
1.1. Proveitos e Ganhos ..................................................................................................................... 77
1.2. Custos e Perdas ........................................................................................................................... 77
2. Balanço e Estrutura patrimonial ................................................................................................... 78
3. Ativos Financeiros .......................................................................................................................... 78
3.1. Os Rendimentos Financeiros..................................................................................................... 79
3.1.1. Obrigações do Tesouro (OT) ................................................................................................. 80
3.1.2. Depósitos bancários (DP+DO) .............................................................................................. 80
3.1.3. As Participações sociais ......................................................................................................... 80
3.1.4. Obrigações de empresas ........................................................................................................ 81
3.2. Financiamento CECV ................................................................................................................. 81
4. Execução Orçamental ..................................................................................................................... 81
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................................................................... 84
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2020 .............................................................................. 86
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS ........................................................... 87
MAPA DE ORIGEM E APLICAÇÕES DE FUNDOS............................................................................. 88
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE
2021…….. ......................................................................................................................................................... 89
Índice de Quadros
Quadro 1 - Indicadores Macroeconómicos Selecionados - 2019-2022P .................................................... 6
Quadro 2 - População de Cabo Verde por ano e por ilha, 2010 e 2021 .................................................... 7
Quadro 3 - Estruturas Etárias da População Residente em 2010 e 2021 .................................................. 8
Quadro 4 - Indicadores do mercado de trabalho, 2016-2020 ..................................................................... 8
Quadro 5 - Indicadores da população empregada (%), 2016 - 2020 ......................................................... 9
Quadro 6 - Indicadores do Sistema de Segurança Social, 2019-2021...................................................... 10
Quadro 7 - O PAO 2021 do INPS enquadrado no PEDS 2017-2021 ....................................................... 11
Quadro 8 - Número de Beneficiários Inscritos no INPS por categoria, 2019-2021 ............................... 12
Quadro 9 - Despesas com as Prestações Sociais (mil CVE), 2019-2021 .................................................. 14
Quadro 10 - Prestações do Ramo Doença e Maternidade (mil CVE), 2019-2021 .................................. 14
Quadro 11 - Prestações Pecuniárias pagas, 2019-2021 (mil CVE) ........................................................... 15
Quadro 12 - Dados Subsídio de Isolamento Profilático, 2020-2021 ........................................................ 15
Quadro 13 - Prestações em Espécies com a AMM (mil CVE), 2019-2021 .............................................. 17
Quadro 14 - Número de Deslocações sanitárias efetuadas por tipo, 2019 – 2021 ................................ 17
Quadro 15 - Evacuações Internas por ilha de Origem, 2019-2021 .......................................................... 18
Quadro 16 - Regressos e óbitos dos evacuados para o exterior, 2019-2021 ........................................... 20
Quadro 17 - Pensões pagas por tipo de eventualidade (mil CVE), 2019-2021 ...................................... 21
Quadro 18 - Número de Pensionistas por categoria, 2019-2021 ............................................................. 22
Quadro 19 - Número de Pensionistas por tipo, segundo o Regime, 2021 ............................................. 22
Quadro 20 – Pensionistas dos Programas da TACV e do BCA por tipo, 2019-2021 ............................ 23
Quadro 21 - Pensões pagas nos Programas da TACV e do BCA por tipo, 2019-2021 ......................... 23
Quadro 22 - Avaliações de Incapacidades efetuadas, segundo o centro de CVI, 2021........................ 23
Quadro 23 - Despesas em Abono de Família e Prestações Complementares (mil CVE), 2019-2021 . 25
Quadro 24 - Beneficiários de Abonos de Família e Prestações Complementares, 2019-2021 ............. 25
Quadro 25 - Subsídio de Desemprego (mil CVE), 2019-2021 .................................................................. 26
Quadro 26 - Beneficiários de Suspensão de Contrato de Trabalho, 2020-2021 ..................................... 27
Quadro 27 - FOS entregues por modalidade, 2020 - 2021....................................................................... 29
Quadro 28 - Contribuições Declaradas e Cobradas (mil CVE), 2019-2021 ............................................ 30
Quadro 29 - Contribuintes ativos por Regime, 2019-2021 ....................................................................... 31
Quadro 30 - Segurados Ativos por Regime, 2019-2021 ............................................................................ 32
Quadro 31 - Segurados Ativos por ilha de residência, 2019-2021 .......................................................... 33
Quadro 32 - Beneficiários Inscritos no INPS por regime e tipo, 2019-2021 ........................................... 35
Quadro 33 - Estrutura da dívida de contribuintes, por setor (valores em milhões CVE) ................... 36
Quadro 34 - Dinâmica da Dívida ao INPS (valores em milhões de CVE), 2017-2021.......................... 37
Quadro 35 - Acordos Assinados e Títulos Executivos em 2021, (valores em milhões de CVE) ......... 38
Quadro 36 - Impacto da crise provocada pelo COVID-19 nas contribuições (mCVE) ........................ 39
Quadro 37 - Visitas de Fiscalização por Ilha, 2019-2021 .......................................................................... 40
Quadro 38 - Processos de Contraordenação, 2019-2021 ........................................................................... 41
Quadro 39 - Infrações Notificadas, 2019 – 2021......................................................................................... 42
Quadro 40 - Contribuições regularizadas na sequência das visitas, 2021 ............................................. 42
Quadro 41 - Número de Atendimentos feitos pelas DUPS, 2019-2021 .................................................. 51
Quadro 42 - Natureza Reclamações dirigidas ao INPS, 2021 .................................................................. 54
Quadro 43 - Número colaboradores INPS por sexo, 2019-2021 .............................................................. 66
Quadro 44 - Despesas com Pessoal (mil CVE), 2019-2021 ....................................................................... 68
Quadro 45 - Custos globais - Despesas de Funcionamento (mil CVE), 2019-2021 ............................... 71
Quadro 46 - Avaliação qualitativa da Eficácia e Execução Financeira no processo de S&A do INPS -
Escala de Cor ................................................................................................................................................... 72
Quadro 47 - Seguimento e Avaliação dos Projetos do PAO 2021 ........................................................... 74
Índice de Figuras
Figura 1 - Taxa de Crescimento do PIB (real), 2000-2021E .......................................................................... 5
Figura 2 - Beneficiários Inscritos no INPS por categoria, 2021 ................................................................. 12
Figura 3 - Abrangência do Sistema de Segurança Social, 2018 - 2020 ..................................................... 13
Figura 4 - Estrutura das despesas em AMM, 2021..................................................................................... 16
Figura 5 - Evacuações Sanitárias, 2020-2021 ............................................................................................... 18
Figura 6 - Origens das Máximas Urgências, 2021 ...................................................................................... 19
Figura 7 - Origens das Evacuações Internas, 2021 ..................................................................................... 19
Figura 8 - Topo 10 Especialidades Evacuações Internas, 2021 ................................................................. 19
Figura 9 - Especialidades Médicas dos Evacuados para o Exterior, 2021............................................... 20
Figura 10 - Estrutura e variações anuais das pensões pagas por tipo de pensionistas, 2021 ............... 21
Figura 11 - Estrutura e Variações Anuais dos Pensionistas do INPS por tipo de risco, 2021 .............. 21
Figura 12 - Natureza das Incapacidades Avaliadas, 2021......................................................................... 24
Figura 13 - Estrutura dos pagamentos em AFPC tipo de prestação, 2021.............................................. 24
Figura 14 - Pagamentos de SCT por fases, 2020 - 2021 .............................................................................. 27
Figura 15 - Contribuições Declaradas e Cobradas (mil CVE), 2019-2021 ............................................... 30
Figura 16 - Empresas Contribuintes por Regime……. .............................................................................. 31
Figura 17 - Contribuintes Individuais por Regime….. .............................................................................. 30
Figura 18 - Estrutura e Variações Anuais dos Segurados por Regime, 2021 ......................................... 31
Figura 19 - Segurados por Sexo, Regime e Ilha, 2021 ................................................................................ 33
Figura 20 - Estrutura e Variações Anuais do número de Inscritos no INPS, 2021 ................................ 34
Figura 21 - Gráfico 25 - Dívida Tratada e Valor Recuperado, 2021 ......................................................... 38
Figura 22 - Fiscalizações por Ilha e Regimes, 2021..................................................................................... 40
Figura 23 - Estrutura das infrações, 2021 .................................................................................................... 41
Figura 24 - Resultado Exercício / Contribuições, Estudo Atuarial 2021 ................................................ 46
Figura 25 - Análise Sensibilidade, Estudo Atuarial 2021 .......................................................................... 46
Figura 26 - Soluções Previstas, 2021 ............................................................................................................. 62
Figura 27 - Estrutura Etária dos Trabalhadores do INPS, 2021 ............................................................... 66
Figura 28 - Estrutura do quadro do pessoal do INPS por habilitações literárias, 2021 ........................ 67
Figura 29 - Colaboradores do INPS por sexo, segundo o tempo de serviço, 2020 – 2021 .................... 67
Figura 30 - Resultados Globais do Processo de Seguimento e Avaliação, 2021 .................................... 73
MENSAGEM DA COMISSÃO EXECUTIVA
Estimados Contribuintes e Segurados

Caros Colaboradores
O INPS - Instituto Nacional de Previdência Social completou 30 anos da sua criação (1991-
2021) e comemorado sob o desígnio de uma Economia Mundial fortemente abalada pela
pandemia da Covid-19, com descidas sem precedentes do PIB mundial, não obstante o
registo de alguma recuperação da atividade económica, ainda que gradual e desigual, tendo
como prioridade a estratégia de implementação da vacina contra Covid-19 para vencer a
pandemia.
Na verdade, a COVID-19 atingiu o mundo numa altura em que muitos países ainda não
tinham recuperado da crise financeira mundial de 2008. Após quase uma década de
austeridade, a maioria dos países estava a lutar para enfrentar uma série de desafios que
agora foram ainda mais agravados pela pandemia e as respetivas repercussões
socioeconómicas. Esta combinação de circunstâncias aumentou ainda mais os riscos para a
proteção social.
Em 2021, assistiu-se a uma retoma de crescimento económico desigual, variando em função

do país. O Produto Interno Bruto global a crescer 5,9%, um crescimento, contudo, revisto em
baixa face às últimas previsões, em parte justificada pelos efeitos da variante Delta do Corona
Vírus.
A retoma a nível mundial foi visível durante o 1º semestre de 2021, seguido de um
enfraquecimento no 3º trimestre, devido ao surgimento de novas variantes da Covid–19,
associado a outros fatores adversos que continuam a persistir como os estrangulamentos no
lado da oferta, num contexto de forte procura principalmente nas economias avançadas e no
setor da indústria transformadora.
O 4º trimestre de 2021, voltou a colocar o mundo em alerta, com o surgimento da variante
Ómicron da Covid-19, que impôs novamente restrições a mobilidade e confinamento geral
em alguns países, mantendo-se a desaceleração do crescimento económico.
Para além do curso da pandemia, uma grande incerteza para o mundo nos últimos meses
tem sido as projeções para a inflação, que foram revistas em alta em dezembro de 2021.
O FMI prevê que no curto prazo a inflação cresça, em média, 3,9% nas economias avançadas
e 5,9% nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.
Em abril de 2021, no Relatório das Perspetivas Económicas Regionais, o FMI avançou que a
região da África-Subsariana seria a região com um crescimento económico mais fraco no
mundo, tendo em conta o acesso limitado às vacinas e dificuldades na implementação das
políticas económicas.
i
Para 2021, o FMI estima que Cabo Verde tenha um crescimento de 4%. Esse crescimento,
comparativamente com o da região e o de alguns países ricos em recursos naturais,
apresenta-se como um crescimento mais dinâmico. Na verdade, a atividade económica em
Cabo Verde está a recuperar gradualmente com o auxílio das ajudas externas financeiras e
ajudas no processo de vacinação contra a Covid-19, num período em que se verificou uma
redução das medidas confinamento e restrições a mobilidade, que permitiu a retoma da
atividade turística, embora abaixo dos níveis pré-pandemia. Contudo, a incerteza em torno
do curso da pandemia continua a ditar o ritmo da recuperação económica e das projeções
económicas em Cabo Verde, tendo em conta que o verdadeiro impacto da pandemia segundo
especialistas só se concretizará no médio longo.
Efetivamente em 2021 registaram-se sinais animadores de retoma, perspetivando um

crescimento do PIB na ordem dos 7,0% segundo as projeções do BCV e para 2022, 5,6% no
cenário base e 4,7% no cenário adverso. É de se enfatizar que a recuperação da atividade
económica a nível nacional é precedida de uma contração sem precedentes na ordem dos
14,8% em 2020, como consequência do choque externo ligado à paralisação do turismo
internacional devida à pandemia da Covid-19, com o encerramento total das principais
unidades hoteleiras do país e das atividades associadas ao turismo.
A recuperação económica nacional apesar de tímida, fez-se sentir no Instituto Nacional de

Previdência Social, na inscrição de novos beneficiários (+2,2%), com destaque para a
tendência altista dos pensionistas (+6,5%) e favorável a manutenção da inversão da tendência
das contribuições declaradas na ordem dos 3,1%, porém aquém da registada até o ano 2019.
Não obstante a variação das contribuições declaradas continuar a um nível relativamente
baixo, constata-se que em termos de valores absolutos aproxima do ano 2019.
As prestações clássicas de segurança social, se mantém globalmente crescentes e na ordem
dos 6%. Enfatiza-se que ainda ao longo do ano 2021, manteve-se o mecanismo de “layoff”,
isentando as empresas em termos de pagamento das contribuições de segurança social e
garantindo o pagamento de 45% das Remunerações de Referência (RR) aos segurados
abrangidos (6.277) e paralelamente assegurando todas as prestações sociais ditas clássicas.
Persiste-se o elevado valor de contribuições em divida, sobretudo da Administração Local

que teima em não assumir os compromissos com o INPS e de alguns segmentos do setor
empresarial ligados ao turismo, devido ao longo período de redução drástica das receitas
durante a pandemia, agravado com a lentidão da retoma de outras atividades económicas.
Contudo a taxa de cobrança em 2021 melhorou-se sensivelmente em 5,2 p.p. face ao ano 2020,
isto é, o quociente entre os montantes das contribuições cobradas e declaradas, rondou os
91%.
De igual modo e tal como já se previa em 2020, a magnitude dos impactos da crise pandémica
deu continuidade em 2021 com efeitos acumulados nos proveitos (margem operacional e
financeira), no aumento das dívidas de contribuições para a segurança social e dos créditos
vencidos e consequentemente no saldo do exercício. Acresce ainda as despesas
extraordinárias com o “Lay-Off” em 2021 que alcançaram o montante aproximado de 1,4
Milhões de contos, impactando diretamente sobre o saldo do exercício.
ii
Foram feitos progressos significativos na transformação digital no INPS com vista a melhoria
permanente e inovação no serviço aos beneficiários, abrangendo cada vez melhores soluções
digitais, num movimento que já interiorizámos que é continuo, numa realidade tão dinâmica
como a dos tempos que vivemos, passando pela correção e melhorias dos parâmetros, mas
também pelo desenvolvimento de novas funcionalidades.
Os indicadores de qualidade registaram melhorias significativas em relação a 2020, tendo as

participações patenteadas decréscimos relativos o que afigura melhoramentos na
comunicação quer interno, quer externo.
Apesar das tendências positivas, o INPS enfrenta desafios significativos para colmatar as
lacunas na Proteção social visando tornar o direito à segurança social uma realidade para
todos. O INPS opera num contexto de elevado nível de informalidade, marcado por espaço
orçamental limitado, bem como pelas mudanças demográficas e de transformação digital.
O alargamento da proteção social é a pedra angular de uma visão de futuro, oferecendo a

perspetiva de realização do direito humano à segurança social para todos, erradicando e
prevenindo a pobreza, promovendo a solidariedade e a equidade e dando um novo impulso
ao contrato social. O reforço dos regimes de proteção social será de primordial importância
para o futuro melhor que todos almejamos para o sistema Proteção Social Universal.
Aos nossos colaboradores é devido um reconhecido agradecimento pelos resultados

alcançados, pelo empenho e pela dedicação e a todos expressamos a gratidão pelo Vosso
serviço e pelo exemplo.
O INPS continuará empenhado na criação de condições técnicas, organizacionais e humanas

necessárias para a melhoria contínua do seu funcionamento e do seu desempenho.
A Comissão Executiva
iii
ORGÃOS SOCIAIS
Conselho Diretivo
Presidente Orlanda Maria Duarte Santos Ferreira
Representante do Departamento Governamental
Jorge Noel Barreto
responsável pela Saúde
Representante do Ministério da Saúde Imadoêno de Jesus Tavares
Representante do Ministério das Finanças Soeli Cristina Dias Santos
Mafaldo de Jesus de Carvalho (até 09 de julho)/ Sofia
Representante da Administração Pública
Helena de Oliveira Lima (a partir de 10 de setembro)
Representante dos Trabalhadores (UNTCCS) Joaquina Almeida
Representante dos Trabalhadores (CCSL) José Manuel Vaz
Representante do Conselho Superior das Câmaras de
Eugénio Pinto Inocêncio
Comércio
Comissão Executiva
Presidente Orlanda Maria Duarte Santos Ferreira
Administradora Executiva Helena Maria Borges da Silva Mendonça
Administradora Executiva Armandina Lima do Rosário
Serviço de Auditoria Interna
Auditor Interno Antónia Maria Resende Cardoso
Órgãos Especializados de Gestão
Direção de Contribuições e Cobrança Marcelino Fonseca Coelho Monteiro
Direção de Prestações Defenidas Maria José Vera-Cruz
Marco A. da Silva Aguiar (até 1 de outubro)/Ludmila
Direção de Assistência na Doença
Silva Cardoso (a partir de 04 de outubro)
Direção Financeira e de Investimentos N´dira Calídia Santos Pereira
Direção das Unidades da Previdência Social – Região
Benedita Monteiro Cabral
Norte
Direção das Unidades da Previdência Social – Região
Isabel Aurora Silva Santos Vieira
Sul
Direção de Administração e Recursos Humanos Sarah Aline Silva B. Fonseca
Direção de Fiscalização e Controlo João Carlos de Jesus Silva Salomão
Direção de Sistemas de Informação Anilton Brandão
Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações
Frederic dos Santos
Internacionais
Gabinete Jurídico Suellen Patrícia Bettencourt Rodeia
Gabinete de Qualidade e Comunicação Sandra Katiza Silva Sanches
Gabinete de Gestão de Riscos Nelson Faria de Conceição
iv
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DO INPS
v
SIGLAS E ABREVIATURAS
AFPC – Abono de Família e Prestações Complementares
AMM – Assistência Médica, Hospitalar e Medicamentosa
AP – Administração Pública
BCV – Banco de Cabo Verde
CADE – Centro de Acolhimento dos Doentes Evacuados
CVE – Escudo de Cabo Verde
CVI – Comissão de Verificação de Incapacidades
DL – Decreto-Lei
DM – Doença e Maternidade
CVE – Escudo de Cabo Verde
FMI – Fundo Monetário Internacional
FOS – Folhas de Ordenados e Salários
FP – Função Pública
IMC – Inquérito Multiobjectivos Contínuo
INE – Instituto Nacional de Estatística
INPS – Instituto Nacional de Previdência Social
mCVE – mil Escudos de Cabo Verde
MSSS – Ministério da Saúde e Segurança Social
NIB(s) – Número(s) de Identificação Bancária
n/a – Não Aplicável
OIT – Organização Internacional do Trabalho
PCO – Processo de Contraordenação
PEA – População Economicamente Ativa
PEA-E – População Economicamente Ativa Empregada
PIB – Produto Interno Bruto
RAP – Regime dos Agentes da Administração Pública Central e Local
REMPE – Regime Jurídico Especial das Micro e Pequenas Empresas
RG – Regime Geral
RH – Recursos Humanos
RTCO – Regime dos Trabalhadores por Conta de Outrem
SD – Serviço Doméstico
SIPS – Sistema Integrado de Gestão de Previdência Social
TCMF – Títulos Consolidados de Mobilização Financeira
TCO – Trabalhadores por Conta de Outrem
TCP – Trabalhadores por Conta Própria
TEU – Tributo Especial Unificado
vi
A Vida Toda
RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2021

Relatório e Contas 2021
I. SISTEMA DE SEGURANÇA SOCIAL
O Sistema de Proteção Social Obrigatório nasce em Cabo Verde com a criação do Instituto
de Seguros e Previdência Social (ISPS).
Porém, por Decreto-Lei nº 114/82, de 24 de dezembro, é estabelecido o esquema de

previdência social com a finalidade de assegurar aos trabalhadores e seus familiares os meios
de subsistência em caso de perda ou redução de capacidade de trabalho. No mesmo ano é
regulamentado por Decreto-Lei nº 120/82, de 24 de dezembro o campo de aplicação, de
inscrição e prestações asseguradas no âmbito do Sistema de Proteção Social dos
trabalhadores por conta de outrem.
Em 1991, pelo Decreto-Lei nº 135/91, de 2 de outubro, é criado o Instituto Nacional de

Previdência Social (INPS), resultante da cisão do então Instituto de Seguros e Previdência
Social (ISPS), até então gestor daquele sistema e dos Seguros em Cabo Verde.
Em 2001, através da Lei 131/V/2001, de 22 de janeiro, são definidas as bases da proteção

social em Cabo Verde, que assenta num dispositivo permanente e estruturado em três níveis:
 Rede de Segurança, tem como fundamento a solidariedade nacional;
 Proteção Social Obrigatória, pressupõe a solidariedade de grupo e gerida pelo

INPS,
 Proteção Social Complementar, assente numa lógica de seguro e de adesão

facultativa.
Em 2014, através do Decreto-Lei nº 40/2014 de 11 de agosto, são aprovados os novos

Estatutos do INPS que assentam no modelo de gestão tripartida - Estado, Empregadores e
Representantes dos Trabalhadores, em substituição dos estatutos aprovados pelo Decreto-
Lei nº 135/91, de 2 de outubro, e alterados pelo Decreto-Lei n.º 61/94, de 21 de novembro.
Instituto Nacional de Previdência Social Página 1

II. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO
1. Missão, Visão, Princípios e Valores
Garantir, de forma ativa, a proteção dos indivíduos contra os riscos que

determinam a perda ou redução da sua capacidade para o trabalho,
proporcionando aos mesmos rendimentos substitutivos quando afetados por
Missão
esses riscos sociais e criando condições para a sua dignificação e inserção social
na dinâmica produtiva e económica da sociedade.
Ser uma entidade pública de excelência na promoção de uma segurança social

Visão
inclusiva, equitativa e que garante o desenvolvimento social durável.
 Solidariedade
 Universalidade
 Equidade social
Princípios  Igualdade
e Valores  Diferenciação positiva
 Economia, eficiência, eficácia e efetividade
 Primado da responsabilidade pública
2. Política de Gestão de Qualidade
1. Prestação de um serviço com qualidade e informação adequada;
2. Desenvolver uma cultura interna que promova a melhoria contínua com vista à satisfação do
cliente;
3. Pautar as relações que mantém com os seus fornecedores por uma lógica de parceria,
considerando-os parte integrante do Sistema e mantendo uma avaliação e qualificação dos
serviços prestados;
4. Proporcionar formação profissional a todos os colaboradores de modo a um maior

desenvolvimento de competências;
5. Envolver todos os colaboradores no Sistema de Gestão, estando atenta às suas necessidades;
6. Avaliar sistematicamente os resultados da implementação do seu Sistema de Gestão,

mantendo todas as atividades a funcionar de acordo com os procedimentos estabelecidos,
melhorando continuamente a eficácia do Sistema de Gestão;
7. Orientação para o resultado, o INPS trabalha no sentido de responsabilizar seus colaboradores

no que tange ao alcance dos objetivos para que os requisitos dos clientes sejam satisfeitos.

3. Atribuições e Competências
a) Gerir o sistema de proteção social obrigatória;
b) Fiscalizar o cumprimento das normas reguladoras do sistema de proteção

social obrigatória;
c) Assegurar a aplicação das convenções e acordos sobre segurança social

Atribuições assinados pelo Estado de Cabo Verde e funcionar como organismo de ligação;
(Artigo 4.º, d) Estudar e propor ao Governo medidas e iniciativas legislativas visando a

Estatuto do modernização permanente e bom desempenho do sistema de proteção social;
INPS)
e) Colaborar na definição de políticas para o sector da proteção social;
f) Participar na elaboração dos planos sectoriais do sector da proteção social.
É ainda estipulado no Estatuto que o INPS exerce as suas atribuições no quadro

da política e das orientações definidas pelo Governo.
a) Praticar todos os atos necessários ao Velar pelo eficaz cumprimento dos

objetivos do sistema de proteção social nacional;
b) Arrecadar as contribuições e garantir as prestações aos beneficiários do

sistema de proteção social obrigatória, nos termos da lei;
c) Realizar inspeções regulares e especiais destinadas a verificar o cumprimento

das leis e regulamentos da proteção social por parte das entidades
empregadoras, dos beneficiários do sistema e das entidades prestadoras de
serviço ao INPS;
Competências d) Instaurar processos de contra-ordenação e aplicar sanções por infrações ao

regime de proteção social obrigatória, cometidas pelas entidades
(Artigo 5.º, empregadoras, beneficiárias e entidades prestadoras de serviços ao INPS, e
Estatuto do demais sujeitos, bem como proceder à aplicação de sanções administrativas e
INPS) à liquidação das coimas aplicadas;
e) Garantir que as instituições competentes assegurem as prestações devidas

necessárias para o cumprimento dos direitos e obrigações derivados das
convenções e acordos de que Cabo Verde seja parte;
f) Colaborar com as instituições competentes do Estado na elaboração dos

estudos necessários visando a negociação ou renegociação das convenções e
acordos sobre a segurança social;
g) Realizar qualquer outro ato que seja cometido por lei ou delegação do
Governo.

4. Objetivos Estratégicos e Programas de Desenvolvimento do INPS
O INPS definiu no seu Plano Estratégico 2017-2021 seis (6) objetivos estratégicos a
alcançar no horizonte do plano:
 Promover a excelência administrativa;
 Assegurar a satisfação dos clientes;
 Promover o cumprimento da legalidade contributiva e prestacional;
 Promover a extensão da cobertura da proteção social;
 Garantir uma gestão eficiente dos recursos e ativos do instituto;
 Promover a motivação dos colaboradores.
O Instituto pretende alcançar os objetivos definidos implementando os seguintes onze

(11) programas de intervenção:
Objetivos Estratégicos Programas

Melhoria na Gestão das Prestações
1. Promover a excelência Melhoria na Gestão do Cadastro e das Contribuições
administrativa Melhoria da gestão contabilística e financeira
Consolidação do Sistema de Informação
Melhoria na Qualidade dos Serviços Prestados
2. Assegurar a satisfação dos clientes
Melhoria da Comunicação e Imagem Institucional
3. Promover a extensão da cobertura
Promoção da Sustentabilidade do Sistema
da protecção social
4. Garantir uma gestão eficiente dos Melhoria na Gestão de Ativos Imobilizados e
recursos e activos do instituto Financeiros
5. Promover o cumprimento da
Promoção da Legalidade Contributiva e Prestacional
legalidade contributiva e prestacional
Acompanhamento da Boa Gestão dos Recursos
6. Promover a motivação dos Humanos
colaboradores Melhoria da gestão dos imóveis, dos fornecimentos
internos e equipamentos e das aquisições públicas

III. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE
1. Enquadramento económico
A atividade económica mundial apresentou sinais de melhoria em 2021, reflexo da

diminuição da taxa de transmissão da nova variante de coronavírus (Ómicron) do avanço
dos programas de vacinação, do alívio progressivo das restrições e das medidas de contenção
relacionadas com a pandemia e consequente reabertura das atividades económicas. De
acordo com as mais recentes projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) de abril de
2022, o produto interno bruto mundial cresceu 6,1 por cento em 2021, face à contração de
3,1% registada em 2020.
As economias dos principais parceiros nacionais registaram uma recuperação da

atividade económica, com o PIB dos Estados Unidos, Zona Euro e Reino Unido a aumentar
em 5,2%, 5,3% e 7,4%, respetivamente.
Figura 1 - Taxa de Crescimento do PIB (real), 2000-2021E
20
15
10
05
00
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020E
2021E
- 05
- 10
- 15
- 20
Mundo USA Area Euro Reino Unido Cabo Verde
Fonte: IMF, World Economic Outlook, INCVE
Com o desencadeamento da guerra na Ucrânia, as perspetivas económicas para o ano

de 2022, estão fortemente influenciadas pela elevada incerteza e o exacerbar dos riscos e
tensões geopolíticas e financeiras. Para além da guerra na Ucrânia, o aperto da política
monetária, a volatilidade dos mercados financeiros, a diminuição do apoio fiscal, o
abrandamento de crescimento económico da China dado a sua política de Zero infeções, a
pandemia e o acesso às vacinas são outros fatores que influenciam as perspetivas de
desenvolvimento económico mundial a curto prazo.
Para os anos de 2022 e 2023 projeta-se um crescimento da economia mundial em torno

de 3,6%, projeções inferiores em 0,8 e 0,2 pontos percentuais quando comparado ao projetado
pelo Word Economic Outlook de janeiro de 2022.

De acordo com o Relatório da Política Monetária de abril de 2022 do Banco de Cabo

Verde (BCV), o produto interno bruto cresceu 7,0%, face a recessão histórica de 14,8%
registada em 2020. A recuperação económica da economia nacional foi impulsionada pela
reabertura da atividade económica e do avanço da taxa de vacinação no país e do
consequentemente alívio das restrições impostas e das medidas de contenção, bem como, aos
apoios das medidas de políticas orçamental e monetária. Também, a recuperação da procura
interna, reflexo essencialmente do aumento dos consumos privado e público,
respetivamente, em 9,4% e 30,1% (o que compara com -11,3% e 0,8% em 2020), determinou a
performance da economia nacional em 2021.
Em consequência da perda de poder de compra induzida pela subida da inflação e da

revisão, em baixa, do crescimento das economias dos principais parceiros económicos do
país, as projeções do PIB para o ano de 2022, deverão abrandar de 7,0% em 2021 para o
intervalo de [3,5 - 4,5] por cento.
Quadro 1 - Indicadores Macroeconómicos Selecionados - 2019-2022P
2022P
Indicadores Unidade 2019E 2020E 2021E
Out/2021 Abr/2022
Sector Real
PIB real variação em % 5,7 -14,8 7 5,6 [3,5 - 4,5]
IPC v.m.a. em % 1,1 0,6 1,9 1,9 7,3
Sector Externo
Défice Corrente em % do PIB 0,2 16,5 13,2 15,7 15,7
RIL/Importações Meses 6,9 7,9 7,5 5,2 5,8
Sector Monetário
Ativo Externo Líquido variação em % 24,8 -14,4 5,2 -22,5 -13,9
Crédito à Economia variação em % 3,9 4,8 6,1 [5,2 4,7]
Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Banco de Cabo Verde.
Nota: E – Estimativas; P – Projeções; v.m.a. – Variação média anual.
As pressões inflacionistas continuam a crescer a nível mundial, causados por fatores, por
vezes fora do controle dos bancos centrais, como o escalar da guerra na Ucrânia, as sanções,
pandemia, crises nas cadeias de abastecimentos.
De acordo com as estimativas elaboradas pelo BCV, a inflação em 2021, medido pelo
índice de preço no consumidor (IPC), fixou em 1,9% face ao 0,6% de 2020.
Num contexto de pressões inflacionistas, derivadas dos preços elevados das matérias-
primas energéticas e não energéticas no mercado internacional e da sua transmissão aos
preços internos, bem como, do aumento da procura e das restrições na oferta associadas às
perturbações nas cadeias de abastecimento global, a taxa de inflação média deverá atingir os
7,3% por cento em 2022.

2. Enquadramento Demográfico
De acordo com os resultados do Censo de 2021 realizado pelo INE, a população de Cabo
Verde, em 2021, foi de 491 233 habitantes, correspondendo a um decréscimo de (-0,1%) face
aos dados do censo anterior de 2010.
A ilha de Santiago continua a concentrar maior número de pessoas com um peso 55,8%,
seguida de São Vicente com 15,4% e Santo Antão com 7,5%. As ilhas menos populosas
continuam a ser São Nicolau, Maio e Brava com pesos de 2,5%, 1,3% e 1,1% respetivamente.
Ao contrário das outras ilhas, a população das ilhas de Boavista e do Sal vem crescendo
significativamente ao longo dos anos, com os dados do censo 2021 a apontarem para um
crescimento populacional, em 2021, de 39,7% para a ilha de Boavista e 30,5% para a ilha do
Sal, quando comparado com o ano de 2010.
Quadro 2 - População de Cabo Verde por ano e por ilha, 2010 e 2021
Ano 2021 Variação 2021/2010

Ilha Ano 2010
Número Peso Relativa Absoluta
Santo Antão 43 915 36 950 7,5% -6 965 -15.9%
São Vicente 76 107 75 845 15,4% -262 -0.3%
São Nicolau 12 817 12 306 2,5% -511 -4.0%
Sal 25 765 33 615 6,8% 7 850 30.5%
Boa Vista 9 162 12 798 2,6% 3 636 39.7%
Maio 6 952 6 330 1,3% -622 -8.9%
Santiago 273 919 273 988 55,8% 69 0.0%
Sendo Praia 131 602 145 378 29,6% 13 776 10.5%
Fogo 37 051 33 754 6,9% -3 297 -8.9%
Brava 5 995 5 647 1,1% -348 -5.8%
Total 491 683 491 233 100,0% -450 -0.1%
Fonte: Elaboração do INPS a partir de dados do Censo do INE, dezembro 2021.
Os dados do censo de 2021 mostram que a população de 0 a 14 anos de idade reduziu o

seu peso na estrutura etária de 3,5% face ao censo de 2010 enquanto o peso da população de
65 e mais anos aumentou de 0,3% no mesmo período. Quanto à população em idade ativa, o
seu peso aumentou também de 3,2%.
Cabo Verde encontra-se numa fase transitória de envelhecimento da população com a

diminuição do número de crianças em proporções praticamente iguais do aumento da
população em idade ativa. A inversão da dinâmica tem impacto na população cada vez mais
idosa e consequentemente no crescimento dos pensionistas.

Quadro 3 - Estruturas Etárias da População Residente em 2010 e 2021
Grupo de Idades Ano 2010* Ano 2021 Variação Absoluta

De 0 a 14 anos 31.7% 28.2% -3.5%
De 15 a 64 anos 61.9% 65.1% 3.2%
65 e mais anos 6.4% 6.7% 0.3%
Total 100.0% 100.0% 0%
*Cálculos próprios a partir de dados do censo de 2010 do INE
Fonte: Censo 2010 e Apresentação dos Resultados do Censo de 2021, INE
3. Enquadramento ao Contexto do Mercado Laboral
Os dados últimos sobre o emprego e disponibilizados pelo INE são relativos ao ano 2020.
Os indicadores de cobertura da proteção social de 2021 têm por referência o mercado laboral
de 2020.
O ano de 2020 foi um ano atípico marcado pela pandemia do novo coronavírus, refletindo
consideravelmente no mercado de trabalho nacional. De acordo com os resultados o
inquérito ao emprego de 2020 do INE, a população economicamente ativa sofreu um
decréscimo de 6,1%, passando de 232.604 para 218.351 pessoas, o que em termos absolutos
representa uma redução de 14.253 pessoas. A taxa de atividade situou-se em 53,0%, o que
representa uma redução de 7,7% em relação ao ano anterior.
Relativamente à população economicamente ativa empregada, estabeleceu-se em 186.627

trabalhadores, menos 19.717 pessoas quando comparado com o ano de 2019, o que em termos
relativos correspondeu a uma redução de 9,6%. Após o decréscimo registado em 2019, a taxa
de desemprego em 2020 subiu para 14,5%. O aumento da taxa de desemprego foi tanto a
nível dos homens como das mulheres, sendo que a nível dos homens a taxa foi de 14,8% face
aos 14,2% das mulheres.
Quadro 4 - Indicadores do mercado de trabalho, 2016-2020
Indicadores 2016 2017 2018 2019 2020
População Economicamente Ativa –PEA 246.680 232.198 222.028 232.604 218.351
Taxa de Atividade 63,70% 59,20% 55,60% 57,40% 53,0%

Taxa de Atividade dos Homens 69,40% 66,30% 62,50% 64,50% 60,3%
Taxa de Atividade das Mulheres 58,20% 52,10% 48,70% 50,50% 45,8%
População Empregada 209.725 203.775 195.000 206.344 186.627
Taxa de Desemprego 15,00% 12,20% 12,20% 11,30% 14,5%
Taxa de Desemprego dos Homens 12,90% 11,80% 12,70% 10,70% 14,8%
Taxa de Desemprego das Mulheres 17,40% 12,80% 11,60% 12,10% 14,2%
Taxa de Desemprego 15-24 anos 41,00% 32,40% 27,80% 25,0% 32,5%
Taxa de Desemprego 35-64 anos 5,20% 6,00% 5,80% 6,60% 7,8%
Fonte: IMC 2015 a 2020, INE.

Após o decréscimo registado em 2019, a taxa de desemprego em 2020 subiu para

14,5%. O aumento da taxa de desemprego foi tanto a nível dos homens como das mulheres,
sendo que a nível dos homens a taxa foi de 14,8% face aos 14,2% das mulheres.
O sector terciário continua a concentrar o maior número de empregos em Cabo Verde,

correspondendo a 65,6% dos empregos, pese embora o peso ter decrescido 1,9 p.p., em
relação ao ano de 2019. Do lado oposto, o sector primário registrou um aumento de empregos
de 2.8 p.p., passando a ter um peso de 13,7%, em 2020, face aos 10,9% em 2019.
As empresas privadas registraram maior empregabilidade em Cabo Verde,

representando 41,0%, seguida dos trabalhadores por conta própria com 25,7%, administração
Pública com 18,9% e das em casa de família com 5,5%.
Quadro 5 - Indicadores da população empregada (%), 2016 - 2020
Descrição 2016 2017 2018 2019 2020

Sector de atividade
Primário 20,4 14,4 11,8 10,9 13,7
Secundário 18,5 21,2 21,8 21,4 20,2
Terciário 61,1 64,4 66,1 67,5 65,6
Situação na profissão
Administração pública 16,0 16,3 17,3 17,6 18,9
Empresa privada 39,2 40,3 40,3 40,4 41,0
Empresa do Estado 2,5 2,8 3,5 3,1 3,0
Empregador 4,8 4,8 4,4 4,3 3,6
Conta própria 24,1 25,5 26,0 25,6 25,7
Ajuda familiar 6,5 3,4 1,5 1,9 0,8
Em casa de família 5,8 6,0 5,9 5,8 5,5
Outra Situação 1,0 0,9 1,1 1,3 1,6
Total 100 100 100 100,0 100,0
Fonte: IMC 2016, 2017 e 2018, 2º Semestre 2019, 2020 INE.

IV. A PROTEÇÃO SOCIAL OBRIGATÓRIA EM NÚMEROS
Quadro 6 - Indicadores do Sistema de Segurança Social, 2019-2021

Indicadores Unidade Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
Dimensão:
População Residente (INE: Retroprojeções Demográficas 2010-2030)* Unid 491 233 491 233 491 233
População Economicamente Ativa (INE: IE 2015 e IE 2016)** Unid 232 604 218 351 218 351
População Economicamente Ativa Empregada (INE: IE 2015 e IE 2016)** Unid 206 344 186 627 186 627
Beneficiários do Sistema Unid 251 344 250 709 256 264
Trabalhadores Ativos Inscritos no INPS Unid 105 272 103 189 104 851
Pensionistas do INPS Unid 8 065 8 438 8 941
Beneficiários das Convenções Unid 9 539 8 933 8 656
Empresas inscritas Unid 10 084 11 183 12 823
Percentagem do REMPE nas empresas inscritas % 60.0 68.0 71.8
Empregados INPS Unid 222 226 234
Quantidade de Balcões de Atendimento Unid 20 20 20
Concelhos do país com Balcão de Atendimento do INPS Unid 17 17 17
Prestadores de Serviço de Saúde e Afins com acordos com o INPS Unid 152 152 187
Segurados / Empregado INPS Unid 474 457 448
Beneficiários / Empregados INPS Unid 1 132 1 109 1 095
Segurados / Pensionistas do INPS (Sistema de Pensões do INPS) Unid 11.3 10.7 10.4
(Beneficiários com direito derivado + Pensionistas) / Segurados Unid 1.4 1.3 1.4
Média de trabalhadores por empresa do RG Unid 14.8 15.9 15.5
Média de trabalhadores por empresa do REMPE Unid 2.4 2.1 2.0
Segurados / PEA % 45.3 47.3 48.0
Segurados / PEA – Empregada % 51.0 55.3 56.2
Taxa de cobertura do Sistema da Proteção Social % 51.2 51.0 52.2
Massa salarial dos trabalhadores inscritos:
Massa salarial anual m.CVE 49 862 892 48 618 749 51 630 313
Salário médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem CVE 44 869 48 470 46 956
Salário médio mensal dos trabalhadores do REMPE CVE 20 854 21 079 20 484
Salário médio mensal dos trabalhadores domésticos CVE 13 211 13 434 13 360
Salário médio mensal dos trabalhadores da Função Pública Regime atual CVE 62 031 64 546 65 559
Salário médio mensal dos trabalhadores da Função Pública Regime Novo CVE 55 620 59 849 62 070
Salário médio mensal declarado dos trabalhadores por conta própria CVE 19 862 21 724 22 279
Salário médio mensal por segurados ativos CVE 43 931 46 452 45 373
Doença e maternidade:
Média mensal de evacuações internas Unid. 298 220 305
Média mensal de evacuações externas Unid. 27 19 21
Prestações e contribuições:
Receitas de contribuições (declaradas) m.CVE 11 632 585 10 843 256 11 242 027
Despesas de prestações m.CVE 5 516 419 7 134 374 7 445 540
Sendo Despesas com as prestações clássicas m.CVE 5 516 419 5 693 232 6 067 691
Sendo Despesas com as prestações extraordinárias m.CVE 0 1 441 143 1 377 849
Despesas Administrativas m.CVE 649 541 622 291 673 320
Contribuições / (Prestações + Despesas Administrativas)* Unid. 1.9 1.4 1.4
Despesas Administrativas / Contribuições % 5.6 5.7 6.0
Doença e Maternidade / Prestações Totais % 52.3 48.6 49.1
Prestações Diferidas / Prestações Totais % 39.7 41.9 43.1
Abono de Família e Prestações Complementares / Prestações Totais % 7.3 7.2 6.8
Subsídio de Desemprego / Prestações Totais % 0.8 2.3 1.1
Média mensal das prestações / Segurado ativo* CVE 4 367 5 762 5 918
Média mensal das prestações / Beneficiário* CVE 1 829 2 371 2 421
*Considerou-se os dados do Censo de 2021 para os anos 2019 e 2020.
**Considerou-se os dados do IMC do INE de 2020 para os dados de 2021.
Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações Internacionais - GEARI, INPS, junho 2022

V. PROGRAMAS DE DESENVOLVIMENTO DO INPS
A abordagem do planeamento e o modelo de orçamentação do INPS cumpre com o

estabelecido na Lei nº 72/VIII/2014, de 19 de setembro, que estrutura os Planos, as
Atividades e Orçamento (PAO) anuais dos setores, em programas e ações a serem realizadas.
A estruturação sob a forma de programas proporciona maior racionalidade e eficiência

na gestão dos Regimes de Proteção Social Obrigatória bem como eleva a transparência na
aplicação dos recursos administrados.
Os programas desenhados vão ao encontro da Missão do Instituto e enquadram-se nos

objetivos estratégicos de intervenção definidos no Plano Estratégico do INPS 2017-2021.
Assim, o PAO 2021 foi estruturado em 11 (onze) programas, organizados em três áreas
estratégicas do PEDS 2017-2021: “Capital Humano”, “Reformas Económicas e Estruturais” e
“Aposta na Inovação e Conhecimento”. Existe ainda uma área transversal que se intitula
“Gestão e Administração Geral” que engloba as atividades da gestão administrativa e dos
recursos humanos. Os programas definidos são desenvolvidos através a realização de
atividades pelas diferentes unidades orgânicas do INPS.
Quadro 7 - O PAO 2021 do INPS enquadrado no PEDS 2017-2021
Pilar Área Estratégica Programas PEDS Programas INPS

Cabo Verde Melhoria na Gestão de Ativos Imobilizados e
Plataforma Financeira Financeiros
Reformas
Económicas e Melhoria na Qualidade dos Serviços Prestados
Economia
Estruturais Reforma do Estado

Melhoria da Comunicação e Imagem
Institucional
Cabo Verde
Aposta na Inovação
Plataforma Digital e da Consolidação do Sistema de Informação
e Conhecimento
Inovação
Melhoria na Gestão do Cadastro e das
Social
Promoção do Emprego Contribuições

Capital Humano
Digno e Qualificado Promoção da Legalidade Contributiva e
Prestacional
Melhoria da gestão dos imóveis, dos
fornecimentos internos e equipamentos e das
aquisições públicas
Gestão e Administração Geral
Melhoria da gestão contabilística e financeira
Acompanhamento da Boa Gestão dos Recursos
Humanos

A. ÁREA ESTRATÉGICA DE CAPITAL HUMANO

1. Melhoria na Gestão das Prestações
1.1. População Abrangida pela Proteção Social Obrigatória
O número de beneficiários com inscrição no Regime Contributivo em 2021 era de
256 264 que, cumprindo o prazo de garantia, tinham direito a pelo menos uma prestação
social, sendo que todos têm direito à assistência na doença.
Em 2021 registou-se um aumento de inscriçao de mais 5 555 beneficiários face ao ano de

2020, ou seja, + 2,2% em termos relativos, após a redução atípica verificada no ano passado
(-0,3%).
Quadro 8 - Número de Beneficiários Inscritos no INPS por categoria, 2019-2021
Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021 Variação Absoluta Variação Relativa
Descrição
Nº Nº Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Segurados ativos 105 272 103 189 104 851 40.9% -2 083 1 662 -2.0% 1.6%
Pensionistas 8 065 8 438 8 941 3.5% 373 503 4.6% 6.0%
Pensionistas da FP 6 913 6 165 6 965 2.7% -748 800 -10.8% 13.0%
Familiares inscritos 121 555 123 984 126 848 49.5% 2 429 2 864 2.0% 2.3%
Regime das Convenções 9 539 8 933 8 659 3.4% -606 -274 -6.4% -3.1%
Total 251 344 250 709 256 264 100.0% -635 5 555 -0.3% 2.2%
Fonte: Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações Internacionais, INPS, Junho 2022.
Os segurados inscritos e que comparticipam para o sistema, representam 40,9% dos

beneficiarios em 2021 (41,2% em 2020), os pensionistas da FP e do INPS 6,2% (6,0% em 2020),
os familiares inscritos e os beneficiários do regime das convenções 49,5% e 3,4%,
respectivamente.
Figura 2 - Beneficiários Inscritos no INPS por categoria, 2021
03%
Segurados ativos
Pensionistas
41%
Pensionistas da FP
49%
Familiares inscritos
Regime das Convenções

03%
03%
Fonte: GEARI, INPS Abril 2022

A taxa de de cobertura do sistema de proteção social obrigatória em 2021 foi de 52,2%

da população residente. Considerando os dados de população do Censo de 2021, a cobertura
aumentou 1,2% face a 2020.
Figura 3 - Abrangência do Sistema de Segurança Social, 2018 - 2020
2021 52%
2020 51%
2019 51%
00% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
Fonte: Cálculos do GEARI com base nos dados do INPS e do Censo de 2021 do INE, Abril 2022.
1.2. Gestão das Prestações Sociais
Este programa tem por objetivo promover o reforço da adequação das prestações e
imprimir maior rigor na sua gestão, assegurando o pagamento atempado e em conformidade
com a legislação, tendo em vista a melhoria do nível de satisfação dos beneficiários.
6.067,4 milhões CVE pagos em Prestações Sociais em 2021

+ 6,6% face ao ano 2020
% Subsídio Desemprego
8% Doença e Maternidade % Prestações Diferidas % AFPC
49.1% 43.1% 6.8% 1.1%
As despesas com as prestações sociais realizadas em 2021 aproximam dos 6,1 Milhões de
contos, correspondente a um acréscimo de mais 6,6%.
O aumento das despesas com as prestações sociais deve-se sobretudo ao aumento das
despesas com as prestações diferidas e com o ramo doença e maternidade, de 9,5% e 7,6%,
respetivamente. O Abono de Família e Prestações Complementares (AFPC) cresceu também,
mas de forma mais contida, em 0,9%. Relativamente ao Subsídio de Desemprego (SDE), após
o pico registado em 2020 em virtude da pandemia, reduziu em cerca de 48,9% em 2021.

Quadro 9 - Despesas com as Prestações Sociais (mil CVE), 2019-2021
Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021 Variações Absolutas Variações Relativas
Ramo
Valor Valor Valor Peso 2019/2020 2020/2021 2019/2020 2020/2021
Doença e Maternidade 2 883 203 2 767 732 2 977 219 49.1% -115 470 209 486 -4.0% 7.6%
Prestações Diferidas 2 188 546 2 386 273 2 612 194 43.1% 197 727 225 921 9.0% 9.5%
AFPC 400 526 407 584 411 066 6.8% 7 058 3 482 1.8% 0.9%
Subsídio de Desemprego (SDE) 44 145 131 642 67 212 1.1% 87 497 -64 430 198.2% -48.9%
5 516 419 5 693 232 6 067 691 100.0% 176 812 374 460 3.2% 6.6%
Fonte: Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações Internacionais, INPS, Maio 2022.
1.2.1. Doença e Maternidade
As despesas com o ramo doença e maternidade atingiram 2.977,2 milhões de CVE contra
2.767,7 registadas no ano anterior, repartidas entre as prestações em espécie (assistência
médica, medicamentosa e hospitalar) no montante de 2.565,9 milhões CVE (86,2%) e as
prestações pecuniárias (subsídios de incapacidade temporária por motivos de doença e
maternidade) correspondentes a 411,2 milhões de CVE (13,8%).
As despesas do ramo Doença e Maternidade registaram um crescimento de 7,6% em

relação ao ano anterior (-4,0% em 2020), em virtude do aumento das despesas com as
prestações pecuniárias na ordem dos 24,1% (-8,3% em 2020) e as prestações em espécie de
5,3% (-3,4% em 2020).
% Prest. Pecuniárias % Prest. Em Espécie Variações Homólogas no Ramo

DM
13,8% 86,2%
Quadro 10 - Prestações do Ramo Doença e Maternidade (mil CVE), 2019-2021
Variações Variações
Ramo Doença e Maternidade Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
Absolutas Relativas
(DM)
Prestações Pecuniárias 361 359 331 283 411 244 13,8% -30 075 79 961 -8,3% 24,1%
Prestações em Espécies 2 521 844 2 436 449 2 565 975 86,2% -85 395 129 525 -3,4% 5,3%
Total Doença e Maternidade 2 883 203 2 767 732 2 977 219 100,0% -115 470 209 486 -4,0% 7,6%
Fonte: INPS, Junho 2022.

1.2.1.1. Prestações Pecuniarias
Os Subsídios de Doença e de Maternidade alacançaram o montante de

411,2 milhões de CVE, traduzido num crescimento de 24,1%.
Em termos de valores processados, o Subsídio de Doença (SD) e Maternidade (SM)

alcançaram os montantes de 284,1 e 127,2 milhões de CVE, beneficiando 6.962 e 1.819
segurados, respetivamente. Porém, enquanto o número de beneficiários do SD aumentou
29,9% face a 2020, as beneficiárias do SM continua a sua tendência decrescente, na ordem de
- 4,1% (-8,6% em 2020), embora crescente em termos monetários (+1,3%).
Quadro 11 - Prestações Pecuniárias pagas, 2019-2021 (mil CVE)

Ano Variações Absolutas Variações Relativas
Prestações Pecuniárias
2019 2020 2021 Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Subsídio De Doença
Nº Beneficiários 6 063 5 359 6 962 -704 1 603 -11,6% 29,9%
Valor Pago (m. CVE) 218 688 205 664 284 050 69,1% -13 023 78 386 -6,0% 38,1%
Valor Médio por Beneficiário (m.CVE) 36,1 38,4 40,8 2,3 2,423 6,4% 6,3%
Subsídio De Maternidade
Nº Beneficiárias 2 076 1 897 1 819 -179 -78 -8,6% -4,1%
Valor Pago (mCVE) 142 671 125 619 127 194 30,9% -17 052 1 575 -12,0% 1,3%
Valor Médio por Beneficiário (m.CVE) 68,7 66,2 69,9 -2,50 3,71 -3,6% 5,6%
Total Nº Beneficiários 8 139 7 256 8 781 100,0% -883 1 525 -10,8% 21,0%
Total Valor Pago (mCVE) 361 359 331 283 411 244 -30 075 79 961 -8,3% 24,1%
Fonte: INPS, março 2022.
No ano 2021, devido à situação pandémica que se vivia ainda, continuou a vigorar o
pagamento do subsídio de isolamento profilático, equiparado ao subsídio de doença, aos
trabalhadores colocados em situação de isolamento motivado por situações de grave risco
para a saúde pública, decorrentes do novo coronavírus.
Beneficiaram subsídio de isolamento profilático 5 166 segurados contra 2 212 em 2020,

correspondente a um custo aproximado de 65 85,3 contos (+138,6% face a 2020).
Quadro 12 - Dados Subsídio de Isolamento Profilático, 2020-2021
Ano Variação
Prestações Pecuniárias
2020 2021 Absoluta Relativa
Subsídio De Isolamento Profilático
Nº Beneficiários 2 212 5 166 2 954 133.5%
Valor Pago (mCVE) 27 448 898 65 485 256 38 036 358 138.6%
Fonte: INPS, julho 2022.

1.2.1.2. Prestações em Espécie
2 565,9 milhões CVE pagos em AMM em 2021

+ 5,3% face ao ano transato
675 461 767 248 333 575 789 692

contos em contos em contos em contos com as
AMH Medicamentos Próteses
Evacuações
- 0,3% + 8,5% + 30,7%
1,2%
As prestações em espécie abrangem a Assistência Médica, Medicamentosa

e Hospitalar. O valor total processado foi de 2.565,9 milhões de CVE,
representando uma variação anual de 5,3%.
O aumento das despesas deveu-se sobretudo ao crescimento das despesas com

comparticipações nas próteses e outros dispositivos de compensação em 30,7%, seguidas das
despesas com Assistência Medicamentosa em 8,5% e das despesas com evacuações em 1,2%.
Analisando a estrutura das despesas da AMM, note-se que a rúbrica Transporte e Estadia
representa 30,8% do total, a comparticipação nos custos de medicamentos dos beneficiários
29,9%, a Assistência Médica e Hospitalar 26,3% e Próteses e outros dispositivos de
compensação a representar 13,0%.
Figura 4 - Estrutura das despesas em AMM, 2021
% AMH % Assist. Medicamentosa % Próteses % Transporte e Estadia
26,3% 29,9% 13,0% 30,8%

Quadro 13 - Prestações em Espécies com a AMM (mil CVE), 2019-2021
Prestações em Espécie
Assistência Médica e Hospitalar 693 320 677 413 675 461 26,3% -15 907 -1 953 -2,3% -0,3%
Compensação ao Ministério da Saúde 399 967 400 265 399 996 15,6% 298 -269 0,1% -0,1%
Despesas de Estomatologia 191 175 146 705 165 796 6,5% -44 470 19 091 -23,3% 13,0%
Outras Despesas com Assistência Médica 102 178 130 444 109 669 4,3% 28 266 -20 775 27,7% -15,9%
Assistência Medicamentosa 826 464 707 068 767 248 29,9% -119 395 60 179 -14,4% 8,5%
Próteses e Outros Dispositivos 267 176 255 186 333 575 13,0% -11 990 78 389 -4,5% 30,7%
Despesas de Transporte e Estadia 734 884 780 410 789 692 30,8% 45 526 9 282 6,2% 1,2%
Transporte 125 442 113 988 110 191 4,3% -11 455 -3 797 -9,1% -3,3%
Estadia 606 710 664 458 677 367 26,4% 57 748 12 909 9,5% 1,9%
Internas 135 039 151 763 181 030 7,1% 16 724 29 266 12,4% 19,3%
Externas 471 671 512 695 496 338 19,3% 41 024 -16 357 8,7% -3,2%
Outras Despesas de Transporte e Estadia 2 732 1 964 2 134 0,1% -768 169 -28,1% 8,6%
Despesas Convencionais 0 16372 0 0,0% 16 372 -16 372 n.a. n.a.
Total 2 521 844 2 436 449 2 565 975 100,0% -85 395 129 525 -3,4% 5,3%
n.a.: não aplicável
Fonte: INPS, Maio 2022.
Evacuações – Transporte e Estadia
Em 2021, foram realizadas 5.505 evacuações, incluído acompanhantes, registando

um aumento na ordem dos 37,1%. Os acompanhantes são integrados por familiares e técnicos
de saúde e representaram 29,0% do total de deslocados, correspondentes a 1.597
beneficiários.
Das evacuações registadas, 3.714 foram deslocações inter ilhas (65,9%), enquanto que
301 foram para o exterior (7%). Em termos líquidos (excluídas acompanhantes), o número de
evacuados inter-ilhas foi de 2.644 e para o exterior de 229, registrando um decréscimo em
relação ao período homólogo na ordem de -28% e -27,1%, respetivamente.
Quadro 14 - Número de Deslocações sanitárias efetuadas por tipo, 2019 – 2021
Ano 2021 Variação Absoluta Variação Relativa

Eventualidade Ano 2019 Ano 2020
# Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Deslocações Internas* 5 146 3 714 5 169 93,9% -1 432 1 455 -27,8% 39,2%
Evacuações Internas 3 572 2 644 3 659 66,5% -928 1 015 -26,0% 38,4%
Acompanhantes 1 574 1 070 1 510 27,4% -504 440 -32,0% 41,1%
Evacuações com acompanhantes 44,1% 40,5% 41,3% -3,6% 0,8%
Deslocações para o Exterior* 416 301 336 6,1% -115 35 -27,6% 11,6%
Evacuações para o Exterior 319 229 249 4,5% -90 20 -28,2% 8,7%
Acompanhantes 97 72 87 1,6% -25 15 -25,8% 20,8%
Evacuações com acompanhantes 30,4% 31,4% 34,9% 1,0% 3,5%
Total Deslocações* 5 562 4 015 5 505 100,00% -1 547 1 490 -27,8% 37,1%
Evacuações 3 891 2 873 3 908 71,0% -1 018 1 035 -26,2% 36,0%
Acompanhantes 1 671 1 142 1 597 29,0% -529 455 -31,7% 39,8%
Evacuações com acompanhantes 42,9% 39,7% 40,9% -3,2% 1,1%
*Inclusive os acompanhantes e técnicos de saúde
Fonte: DAD, Fevereiro 2022

Figura 5 - Evacuações Sanitárias, 2020-2021
Evacuações por tipo Nº de Acompanhantes
Evac. Internas c/ Acompanhantes Evac. Externas c/ Acompanhantes
41,3% 34,9%
Evacuações Internas
O número de evacuados internos foi 3.659, traduzindo um acréscimo de 38,4% face

ao ano anterior. Os acompanhantes também cresceram em 41,1%, fixando em 1.510 pessoas.
A ilha de origem com maior representatividade de deslocações foi Santo Antão com
19,8%, seguida de São Nicolau e Sal com 16,6% e 16,2%, respetivamente.
Quadro 15 - Evacuações Internas por ilha de Origem, 2019-2021
Variação
Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
Proveniência 2019/20 2020/2021
Evac. Acomp. Evac. Acomp. Evac. Acomp. Total Peso Evac. Acomp. Evac. Acomp.
Santo Antão 637 282 580 239 723 303 1026 19,8% -8,9% -15,2% 24,7% 26,8%
São Vicente 45 44 64 24 106 63 169 3,3% 42,2% -45,5% 65,6% 162,5%
São Nicolau 501 200 382 156 638 220 858 16,6% -23,8% -22,0% 67,0% 41,0%
Sal 572 295 359 173 543 294 837 16,2% -37,2% -41,4% 51,3% 69,9%
Boavista 503 199 364 126 495 156 651 12,6% -27,6% -36,7% 36,0% 23,8%
Maio 247 133 242 89 319 137 456 8,8% -2,0% -33,1% 31,8% 53,9%
Santiago 1 0 0 0 1 0 1 0,0% -100,0% n.a. n.a. n.a.
Fogo 661 288 344 153 456 195 651 12,6% -48,0% -46,9% 32,6% 27,5%
Brava 405 133 309 110 378 142 520 10,1% -23,7% -17,3% 22,3% 29,1%
Total 3 572 1 574 2 644 1 070 3 659 1 510 5 169 100,0% -26,0% -32,0% 38,4% 41,1%
Fonte: DAD, INPS, março 2022.

Em 2021 foram efetuadas 459 evacuações de máxima urgência, registando um

crescimento 64,5% face ao período homólogo. Enfatiza-se que as evacuações de máxima
urgência têm forte impacto nos custos com o transporte, por exigirem na maior parte das
vezes o recurso a afretamentos de aviões.
Fonte: DAD, INPS, 2022.
Figura 7 - Origens das Evacuações Internas, 2021 Figura 6 - Origens das Máximas Urgências, 2021
800 140 116

700 120
600 93
500 100 75
400 80 62
300 60 47
200
38
40 17
100 11
0 20
0
Santo Antão
São Vicente
São Nicolau
Sal
Boavista
Maio
Fogo
Brava
Santo Antão
São Vicente
São Nicolau
Sal
Boa Vista
Maio
Fogo
Brava
Evac. Acomp.
As especialidades com maior impacto nas evacuações internas em 2021, foram as

seguintes valências médicas: Orto-traumatologia (391), Oftalmologia (383), Cardiologia (342),
Ginecologia (280), Exames complementares (268) e Cirurgia Geral (247).
Figura 8 - Topo 10 Especialidades Evacuações Internas, 2021
391 383
342
280 268 247 235 227
159 152
Fonte: DAD
Evacuações para o exterior
No ano de 2021, foram evacuados para o exterior (Portugal) 249 beneficiários,

refletindo um aumento de 11,2% quando comparado com o ano de 2020.
No período em análise, regressaram para Cabo Verde 197 beneficiários com alta
hospitalar e faleceram 18, correspondentes a variações homólogas de 14,5% e -33,33%,
respetivamente (Fig.12).

Figura 11 - Proveniência Evacuados Externos Figura 12 - Regressos e óbitos dos Evacuados
As especialidades mais solicitadas nas evacuações para o exterior no ano em análise

foram a Oncologia, representando 26,3% do total, seguida de Cardiologia com 22,7%,
Neurocirurgia e Oftalmologia com 15,1% e 8,8%, respetivamente.
Finalizou-se o ano 2021, com um acumulado de 585 evacuados activos em Portugal

face aos 577 do ano anterior (+1,4%), obedecendo a seguinte estrutura por valencias medicas:
Figura 9 - Especialidades Médicas dos Evacuados para o Exterior, 2021
26%
23%
15%
09%
06% 05% 05% 05%
04%
02%
Fonte: CADE, INPS, 2022.
Quadro 16 - Regressos e óbitos dos evacuados para o exterior, 2019-2021
Variações Absolutas Variações Relativas

Descrição Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Regressos de Evacuados 256 172 197 -84 25 -32,81% 14,5%
Óbitos de Evacuados 23 27 18 4 -9 17,39% -33,3%
Fonte: Relatório CADE, INPS, 2022
1.2.2. Prestações diferidas – Pensões
O montante pago com pensões em 2021 somou um total de 2 612,2 milhões de CVE, o
que representa uma variação positiva de 9,5%, quando comparado com o ano 2020.

Figura 10 - Estrutura e variações anuais das pensões pagas por tipo de pensionistas, 2021
Velhice Funeral% Invalidez % Sobrevivência Deficiência% Variações

Prestações
74.1% 14.1% 11.7%
Durante o exercício de 2021, o valor processado de pensões de velhice alcançou o

montante de 1 936,6 milhões de CVE, representando um crescimento de 10,5% face a 2020
(+10,6% em 2020). As pensões de velhice representam 74,1% do valor total e as de invalidez
e de sobrevivência 14,1% e 11,7% respetivamente. Todas as grandes rubricas das pensões
registaram variações homólogas positivas.
Quadro 17 - Pensões pagas por tipo de eventualidade (mil CVE), 2019-2021
Rubrica
Velhice 1 584 374 1 752 103 1 936 624 74.1% 167 729 184 521 10.6% 10.5%
Invalidez 335 476 350 247 367 662 14.1% 14 771 17 415 4.4% 5.0%
Sobrevivência 265 300 280 709 305 004 11.7% 15 409 24 295 5.8% 8.7%
Complementar 3 395 3 214 2 905 0.1% -181 -309 -5.3% -9.6%
Total 2 188 546 2 386 273 2 612 194 100.0% 197 727 225 921 9.0% 9.5%
Fonte: Dados importados em Março 2022
Em 2021, 8 941 pensionistas receberam pelo menos uma pensão, refletindo um

acréscimo de mais 542 pensionistas (+6,5%), com destaque para os pensionistas de velhice e
de sobrevivência. O tempo médio de resposta registado nas pensões foi de 40 dias,
representando assim um aumento de 6 dias quando comparado com o ano 2020.
Figura 11 - Estrutura e Variações Anuais dos Pensionistas do INPS por tipo de risco, 2021

% Velhíce % Invalidez % Sobrevivência % Variações Prestações
7,4%
6,3% 6,4%
61.8% 10.5% 27.6%
Quadro 18 - Número de Pensionistas por categoria, 2019-2021
Natureza
N.º Peso N.º Peso N.º Peso 2019/20 2020/2021 2019/20 2020/21
Velhice 4 925 61.1% 5 215 61.9% 5 527 61.8% 272 330 5.5% 6.3%
Invalidez 833 10.3% 880 10.4% 938 10.5% 40 65 4.8% 7.4%
Sobrevivência 2 296 28.5% 2 332 27.6% 2 466 27.6% 22 148 1.0% 6.4%
Complementar 11 0.1% 11 0.1% 10 0.1% 0 -1 0.0% -9.1%
Total 8 065 100,0% 8 438 100,0% 8 941 100.0% 334 542 4.1% 6.5%
Fonte: INPS, Abril 2022.
 Regimes Especiais do Ramo das Pensões
No final do ano de 2021, os pensionistas do Regime Comum somaram 427, enquanto que
os pensionistas do Regime Unificado totalizaram 416, sendo essencialmente pensionistas de
velhice com percentagens a volta de 64% e 89%, respetivamente.
Os pensionistas do regime comum e unificado representam 9,4% do total de pensionistas

sob alçada do INPS. A pensão de velhice foi predominante nesses regimes com um peso de
76,4%, seguido da pensão de invalidez com 17,6%.
Quadro 19 - Número de Pensionistas por tipo, segundo o Regime, 2021
Tipo Pensionistas
Regime de Pensões
Velhice Invalidez Sobrevivência Complementar Total Peso
Regime Geral 4 883 790 2 415 10 8 098 90.6%
Regime Especial 644 148 51 0 843 9.4%
Regime Comum 273 120 34 0 427 4.8%
Regime Unificado 371 28 17 0 416 4.7%
Total 5 527 938 2 466 10 8 941 100.0%
% no Regime Especial 76.4% 17.6% 6.0% 0.0% 100.0%
% no Regime Comum 63.9% 28.1% 8.0% 0.0% 100.0%
% no Regime Unificado 89.2% 6.7% 4.1% 0.0% 100.0%
Fonte: DPD e GEARI, INPS, Abril de 2021
 Programa de Reforma Antecipada dos Trabalhadores da TACV e Regime Privativo de

Segurança Social do BCA

Com o estabelecimento do Protocolo de Colaboração entre o INPS, o Estado de Cabo

Verde e a TACV, em finais do mês de setembro de 2019, o Governo adiantou ao INPS cerca
de 809 milhões de CVE, e a partir de outubro deu-se início à gestão do Programa de Reforma
Antecipada dos Trabalhadores da TACV, integrado por 90 aderentes, no âmbito do processo
de privatização desta empresa, sendo o montante pago de 114,4 milhões de CVE em 2021. O
montante pago neste âmbito já acumulou 269,9 milhões de CVE.
Por outro lado, o INPS assumiu a gestão do fundo de pensões do regime privativo de
segurança social do BCA de cerca de 6,8 mil milhões de CVE, com efeitos a janeiro de 2019.
O INPS, em contrapartida, passou a deter os TCMF no montante de 6,4 mil milhões de CVE
antes pertencentes ao BCA (Decreto Lei nº35/2019) e o diferencial pago directamente pelo
BCA. Em 2021 os montantes pagos neste âmbito já acumulam cerca de 745,5 milhões de CVE.
Quadro 20 – Pensionistas dos Programas da TACV e do BCA por tipo, 2019-2021
Variação Absoluta Variação Relativa

Natureza Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Especial BCA 244 268 290 24 22 9,8% 8,2%
Especial TACV 90 83 78 -7 -5 -7,8% -6,0%
Total 334 351 368 17 17 5,1% 4,8%
Quadro 21 - Pensões pagas nos Programas da TACV e do BCA por tipo, 2019-2021
Variação Absoluta Variação Relativa

Natureza Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Especial BCA 76 653 327 624 341 186 250 972 13 562 327,4% 4,1%
Especial TACV 31 073 124 352 114 453 93 280 -9 899 300,2% -8,0%
Total 107 725 451 977 455 640 344 252 3 663 319,6% 0,8%
A gestão do Fundo de Pensões dos trabalhadores do Regime Privativo do BCA é

realizado nos termos do DL nº 35/2019, de 25 de Julho, pelo que a cobertura financeira das
responsabilidades transferidas para o INPS cabem ao Estado, conforme estabelece o artigo
5º.
 Comissão de Verificação de Incapacidade (CVI)
As avaliações realizadas no ano de 2021 abrangeram 856 beneficiários, traduzindo um

aumento de 5,2% em relação ao ano de 2020.
Quadro 22 - Avaliações de Incapacidades efetuadas, segundo o centro de CVI, 2021
CVI
N.º Peso N.º Peso N.º Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
CVI- Barlavento 305 43.2% 397 48.8% 400 46.7% 92 92 3 30.2%

CVI- Sotavento 401 56.8% 417 51.2% 456 53.3% 16 16 39 4.0%

Total 706 100,0% 814 100,0% 856 100,0% 42 42 42 5.9%
Das avaliações realizadas 66,6% foram avaliadas como incapacidade temporária, 4,7%
como incapacidade definitiva na profissão e 6,8% como incapacidade definitiva em
qualquer profissão.
As ilhas de Santiago e São Vicente, foram aquelas que detiveram o número mais elevado
de solicitações de avaliação de incapacidades, com cerca de 45% e 30%, respetivamente.
Figura 12 - Natureza das Incapacidades Avaliadas, 2021
% Incapacidade % Incapacidade % Incap. Definitiva em % Outros

Temporária Definitiva na profissão qualquer Profissão
66,6% 4,7% 6,8% 22,0%
1.2.3. Abono de Família e Prestações Complementares
O Abono de Família e as Prestações Complementares (AFPC) são prestações atribuídas

no âmbito da comparticipação nos encargos familiares dos segurados. Trata-se de prestações
inteiramente financiadas pelas entidades empregadoras.
As despesas com o AFPC cresceram 0,9% face ao ano 2020, tendo atingido
o montante de 411,1 milhões CVE em 2021.
As despesas com o Abono de Família foram de 357,7 milhões de CVE, registando uma
redução de (-0,1%) face ao período homólogo. Por outro lado, as despesas com subsídio de
aleitação, subsídio de deficiência e Subsídio de funeral cresceram 7,1%, 3,5%,12,9%,
alcançando valores de 30,1 milhões CVE, 10,6 mil CVE e 12,4 mil CVE, respetivamente.
Figura 13 - Estrutura dos pagamentos em AFPC tipo de prestação, 2021

% Abono Família % Subsídios de Aleitação% % Subsídios % Subsídios de
87,0% 7,3% 2,6% 3,0%
Quadro 23 - Despesas em Abono de Família e Prestações Complementares (mil CVE), 2019-2021
Rubrica
Abonos de Família 349 657 358 038 357 735 87,0% 8 381 -303 2,4% -0,1%
Subsídios de Aleitação 30 408 28 172 30 168 7,3% -2 236 1 996 -7,4% 7,1%
Subsídios por Deficiência 10 237 10 310 10 671 2,6% 73 361 0,7% 3,5%
Subsídios de Funeral 10 224 11 064 12 492 3,0% 840 1 428 8,2% 12,9%
Total 400 526 407 584 411 066 100,0% 7 058 3 482 1,8% 0,9%
Fonte: INPS, Junho 2022
Durante o ano de 2021 foram concedidas prestações familiares a 73.972 beneficiários,

correspondendo a um acréscimo de 0,9% face ao período homólogo. Os beneficiários do
abono de família foram predominantes, representando 94,4% do total.
Os beneficiários do subsídio de funeral e do subsídio de deficiência aumentaram

11,6% e 5,0%, fixando em 423 e 337, respetivamente. Quanto ao subsídio de aleitação,
diminuíram -1,8% passando de 3.465 em 2020 para 3.403 em 2021.
Quadro 24 - Beneficiários de Abonos de Família e Prestações Complementares, 2019-2021
Rubrica
Nº Nº Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Abonos de Família 68 738 69 157 69 809 94,4% 419 652 0,6% 0,9%
Subsídios de Aleitação 3 804 3 465 3 403 4,6% -339 -62 -8,9% -1,8%
Subsídios por Deficiência 315 321 337 0,5% 6 16 1,9% 5,0%
Subsídios de Funeral 351 379 423 0,6% 28 44 8,0% 11,6%
Total 73 208 73 322 73 972 100,0% 114 650 0,2% 0,9%
Fonte: GEARI, INPS, Junho 2022
A meta de 90% de processamentos de abonos de família em conformidade com o mês de

referência previsto para o ano 2021 foi ultrapassado em cerca de 3,0%.
Quanto aos subsídios de aleitação e funeral, 82% (+12% em relação à meta) e 61,8% (-8,2%
face à meta), respetivamente, dos processamentos foram feitos no prazo de 12 dias a contar
da data da instrução do pedido.

1.2.4. Subsídio de Desemprego
O Subsídio de Desemprego é um ramo da proteção social obrigatória implementado a

partir do ano 2016 e cuja a gestão é assegurada em conjunto com o Instituto de Emprego e
Formaçao Profissional (IEFP).
Após o pico registado em 2020 motivado pelos efeitos da pandemia, regista-se um

decréscimo do número de beneficiários do subsídio de desemprego de -42,9% face ao ano
de 2020, fixando em 1 285 beneficiários. O montante global processado sofreu igualmente
um decréscimo na ordem dos 50,2%: de 127 466 mil CVE para 63 471 mil CVE.
Quadro 25 - Subsídio de Desemprego (mil CVE), 2019-2021
Rubrica
Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor Nº Valor
Subsídio de Desemprego 873 44 145 2 251 131 642 1 285 63 471 -126 181 -63 995 -42,9% -50,2%
Fonte: DPD
No que respeita às suspensões e cessações de subsídios de desemprego, motivadas na sua

maioria por reintegração dos beneficiários no mercado de trabalho corresponderam a um
total de 16, reduzindo em (-23,8%), quando comparado com o número registado em 2020.
1.2.5. Prestações excecionais de mitigação dos efeitos da pandemia
As medidas de proteção social implementadas pelo o INPS durante o ano 2020 visaram a
proteção do rendimento dos segurados e das suas famílias, a manutenção dos postos de
trabalho e o reforço da resiliência das empresas. Das medidas criadas, apenas a Suspensão
de Contratos de Trabalho é que vigorou em 2021.
Assim sendo, em 2021, foi atribuído um montante apropximado de 1 377,8

milhões de CVE a 6 277 segurados em suspensão de contratos de trabalho
(lay-off).
Registou-se uma redução em relação ao ano 2020 de cerca de 65,5% dos beneficiários e de
1,5% do montante pago.
A redução do número de beneficiários não refletiu na redução do valor pago, fato

justificado pelo aumento da percentagem comparticipada pelo regime de proteção social
entre as fases iniciais e finais (passando de 35% para 45%), como ainda, pelo fato do início da
atribuição da prestação ter ocorrido em abril de 2020 enquanto em 2021 cobriu todo o ano:
doze meses.
Entre 2020-2021 registou-se como despesas extraordinárias do INPS cerca de 2 776,8

milhões de CVE, processados no âmbito da SCT, abrangendo cerca de 18.382 segurados.

Quadro 26 - Beneficiários de Suspensão de Contrato de Trabalho, 2020-2021
Ano Variações Anuais

Tipo Prestação Total*
2020 2021 Absoluta Relativa
Nº Beneficiários 18 217 6 277 18 382 -11 940 -65,5%
Nº Empresas 1 568 331 1 582 -1 237 -78,9%
Valores Pagos (mil CVE) 1 398 963 1 377 849 2 776 812 -21 114 -1.51%
*Trata-se do total acumulado nos dois anos de vigência da medida.
Fonte: Dados Importados em 25/05/2022. Dados sujeitos a atualizações.
INPS, maio de 2022.
Figura 14 - Pagamentos de SCT por fases, 2020 - 2021
25% 23%
20%
16%
15% 14% 14%
15% 12%
10% 07%
05%
00%
SCT (I Fase) SCT (II Fase) SCT (III SCT (IV SCT (V Fase) SCT (VI SCT (VII
Fase) Fase) Fase) Fase)
2. Melhoria na Gestão do Cadastro e das Contribuições
A proteção social obrigatória concretiza-se através dos regimes de segurança social dos
trabalhadores por conta de outrem e dos trabalhadores por conta própria, mediante
prestações garantidas como direitos (artigo 15º, Lei nº 131/V/2001, de 22 de Janeiro).
A atribuição das prestações está condicionada à inscrição dos segurados e ao

cumprimento de demais requisitos legais, nomeadamente, o prazo de garantia e o índice de
profissionalidade nas modalidades em que tal for imposto (artigo 19º, Decreto-lei n.º 5/2004
na redação que lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 50/2009, de 30 de novembro).
São obrigatoriamente inscritos como segurados, os trabalhadores, os contribuintes, as

entidades empregadoras a quem prestam serviço; e como beneficiários, os terceiros que
legitimam a atribuição de prestações (nº 1 do artigo 3º, Decreto-lei n.º 5/2004 na redação que
lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 50/2009, de 30 de novembro).
O prazo de garantia e o índice de profissionalidade são calculados com base nos registos
de remunerações dos segurados e das contribuições associadas. Por conseguinte, a
declaração e o pagamento das contribuições são obrigações legais que devem ser cumpridas
nos termos definidos pela Secção I do Capítulo II do Decreto-lei n.º 5/2004 na redação que

lhe foi dada pelo Decreto-lei n.º 50/2009, de 30 de novembro) e pelo Capítulo IV do Decreto-
lei nº 48/2009, de 23 de novembro.
A gestão adequada do cadastro bem como do registo e da cobrança das contribuições é

uma das competências fundamentais inscritas nos Estatutos do INPS porém, a sua melhoria
contínua constitui um dos seus principais objetivos neste quadro de planeamento.
Em 2021, foram aprovadas as medidas de simplificação e modernização administrativa,

através do Decreto-Lei nº 5/2021, de 15 de janeiro, que deram um novo impulso na
implementação da FOS online, na medida em que foi implementada a obrigatoriedade na
relação jurídica de vinculação e contributiva entre os contribuintes, segurados e o sistema de
proteção social obrigatório. Destacam-se assim os seguintes aspetos:
• Cumprimento das obrigações declarativas;

• Inscrição dos segurados, declaração das remunerações, suspensão e cessação da
obrigação declarativa e contributiva;
• Solicitação e emissão do documento de cobrança;
• Os requerimentos online;
• Consultas ao cadastro;
• Outros serviços.
O grau de execução do programa Melhoria na Gestão do Cadastro e das Contribuições

no ano foi de cerca de 73,1%, sendo fortemente condicionado pela pandemia provocada pelo
COVID-19, que impactou em especial o projeto de Recuperação de Dívidas (45,7%),
Prevenção e Combate ao Incumprimento e Evasão Contributiva.
2.1. FOS Online

Para o ano 2021 estava previsto concluir a implementação do novo modelo de arrecadação
e gestão de cobrança de contribuições, através da disponibilização do serviço de entrega de
FOS online, implementar a nova funcionalidade de registo e seguimento de acordos e
finalmente implementar a nova funcionalidade de emissão de declarações de situação
contributiva.
Um dos projetos associados era assegurar a obrigatoriedade da entrega das FOS de forma
digital. Assim e com a aprovação do Decreto-Lei nº 5/2021, 15 de janeiro, estabeleceu a
obrigatoriedade no cumprimento das obrigações declarativas, a partir do mês de julho de
2021, através do portal www.inps.cv, assim como na inscrição dos segurados, declaração das
remunerações, suspensão e cessação da obrigação declarativa e contributiva, solicitação e
emissão do documento de cobrança, para além de requerimentos online, consultas ao
cadastro entre outros serviços.

Em 2021 cerca de 92% dos contribuintes passaram a submeter as FOS online,

correspondente a 65% do total das FOS declaradas, significando que até 31 de dezembro
aproximadamente 30% das folhas encontravam ainda no processo transitório de papel para
o sistema digital.
O resultado é extremamente positivo, se ativermos que o processo iniciou em julho.
Quadro 27 - FOS entregues por modalidade, 2020 - 2021
Ano 2020 Ano 2021

Regime Variação Anual
Nº Peso Nº Peso
FOS Suporte Excel 11 813 6.8% 4 420 2.4% -62.6%
FOS - Função Pública (DB Link) 5 656 3.3% 5 949 3.2% 5.2%
FOS Papel 127 582 73.6% 54 740 29.5% -57.1%
FOS Online 28 231 16.3% 120 634 64.9% 327.3%
Total 173 282 100.0% 185 743 100.0% 7.2%
Fonte: Relatório DCC/SIPS.
Abril 2022, INPS
Do ponto de vista do regime de enquadramento dos contribuintes no INPS, o grau de

adesão pode-se considerar como satisfatório, na medida em que rondou os 90%, sendo que
nos contribuintes do regime geral foi de 95,1%, REMPE - 94,3%, contribuintes do regime do
serviço doméstico 93% e dos TCP andou a volta dos 88,8%.
Estranhamente o único regime que até a presente data não aderiu ao sistema instituído
pelo DL nº 5/2021 é o da Administração Central. Porém, os serviços desconcentrados e a
Administração Local iniciaram a aderência, tendo alcançado 23,6%. A adesão da
Administração Publica ficou aquém das expectativas, apesar da intervenção do INPS.
2.2. Contribuições Declaradas
11 242 milhões CVE de contribuições declaradas em 2021

+ 398,8 milhões de CVE face a 2020, isto é, uma variação homóloga de +3,7%
As entidades empregadoras são obrigadas a Caixa: Situação de grave incumprimento

remeter mensalmente as suas Folhas de A entidade empregadora que, durante
Ordenados e Salários (FOS) e o respetivo quatro meses consecutivos, entregar as
pagamento das contribuições e quotizações Folhas de Ordenados e Salários (FOS) sem o
pagamento das contribuições é considerada
sociais dos trabalhadores, até o dia 15 do mês em situação de grave incumprimento (nº 1,
imediato àquele a que se reporta. Artigo nº 9 do DL n.º 5/2004).
No segundo ano da crise pandémica,

verificou-se uma ligeira recuperação das contribuições sociais registadas. As contribuições
declaradas cresceram em 3,7% em termos homólogos, enquanto as contribuições cobradas
registaram um crescimento no mesmo período de 9,6%.

Neste sentido, a taxa de cobrança em 2021, isto é, o quociente entre os montantes das
contribuições cobradas e declaradas, rondou os 90,5%, melhorando o desempenho em 4,9
p.p. face ao ano 2020.
Quadro 28 - Contribuições Declaradas e Cobradas (mil CVE), 2019-2021
Registos de Contribuições
Valor Valor Valor 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Declaradas 11 632 585 10 843 256 11 242 027 -789 329 398 771 -6.8% 3.7%
Cobradas 10 702 938 9 281 831 10 175 875 -1 421 107 894 045 -13.3% 9.6%
Taxa de cobrança 92.0% 85.6% 90.5% -6.4% 4.9%
Fonte: INPS, julho 2022
Figura 15 - Contribuições Declaradas e Cobradas (mil CVE), 2019-2021
Ano 2021 11 242 027
Ano 2020 10 843 256 Declaradas

Cobradas
Ano 2019 11 632 585
0 2 500 000 5 000 000 7 500 000 10 000 000
2.3. Contribuintes Ativos
O número de contribuintes ativos cresceu ao longo do ano em 10,4%, tendo

fixado em 17 248 (mais 1.631 contribuintes ativos).
O aumento do número de contribuintes deveu-se principalmente ao REMPE cujo efetivo

passou de 7 602 para 9 209 em 2021, ou seja, um acréscimo de 1 607 em números de inscritos
(1 553 em 2020) e 21,1% em termos relativos (+ 25,7% em 2020). Quanto aos contribuintes do
Regime Geral cresceram também, porém, de forma ligeira, mais 33 novos ativos líquidos (+
0,9%) fixando em 3 614 ativos.
Os contribuintes ativos do Serviço Doméstico aumentaram de 156 (+ 7,2%), estabelecendo

em 2 312 enquanto os Trabalhadores por Conta Própria (TCP) continuam a sua tendência
decrescente, reduzindo de 219 ativos face a 2020 (- 11,3%), fixando em 1 718 ativos no ano.
Figura 16 - Empresas Contribuintes por Regime Figura 17 - Contribuintes Individuais por Regime

10 000 9 209 3 000

2 500 2 312
8 000
6 000 2 000 1 718
3 614 1 500
4 000
1 000
2 000
500
0
Regime Geral (Entidades REMPE 0
Públicas e Privadas) 0
Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021 Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021
Quadro 29 - Contribuintes ativos por Regime, 2019-2021

Variação Anual Variação Anual
Ano Ano Ano Absoluta Relativa
Regime
2019 2020 2021
2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Regime dos Trabalhadores por Conta de Outrem
Regime Geral (Entidades Públicas e Privadas) 4 035 3 581 3 614 -454 33 -11,3% 0,9%
REMPE 6 049 7 602 9 209 1 553 1 607 25,7% 21,1%
Contribuintes Domésticos 2 058 2 156 2 312 98 156 4,8% 7,2%
Administração Pública Central /Local 361 341 395 -20 54 -5,5% 15,8%
Subtotal 12 503 13 680 15 530 1 177 1 850 9,4% 13,5%
Regime dos Trabalhadores por Conta Própria
Trabalhadores Conta Própria 2 401 1 937 1 718 -464 -219 -19.3% -11.3%
Total 14 904 15 617 17 248 713 1 631 4.8% 10.4%
Fonte: Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações Internacionais, INPS, abril 2022.
2.4. Segurados Ativos
104 851 segurados ativos em 2021

+1 662 segurados, ou seja, um aumento de 1,6%
Figura 18 - Estrutura e Variações Anuais dos Segurados por Regime, 2021
02%
1.6%
Regime Geral
25%
REMPE
0.5%
Serviço 0.1% 0.2%
Doméstico
02% Função Pública -0.2%
53%
TCP
17% -1.1%

Os segurados inscritos no Regime Geral,

Caixa: Segurado Ativo
REMPE e Função Pública representam cerca de
96% do total em 2021. O REMPE continua a sua Trabalhador que exerce atividade
profissional, por conta de outrem ou por
trajetória de crescimento, passando de 15 781 conta própria, inscrito no Sistema da
para 18 322 em 2021, correspondendo a um Previdência Social com pelo menos um
registro de remunerações no período em
crescimento anual homólogo de 16,1%.
análise.
Do lado oposto, os segurados do Regime Geral e os TCP registaram reduções

significativas com destaque para os TCP com menos 11,3%, registando (-219) trabalhadores
inscritos, face ao ano 2020.
Convém realçar que a tendência decrescente do Regime Geral deve-se em grande

parte a mudança para o regime – REMPE, com impacto significativo no valor das
Contribuições declaradas. O regime dos TCP teve o mesmo comportamento: transferência
para regime especial REMPE.
Quadro 30 - Segurados Ativos por Regime, 2019-2021

Ano Ano Ano 2021 Variação Absoluta Variação Relativa
Regime
2019 2020 Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Regime dos Trabalhadores por Conta
de Outrem
Regime Geral 59 683 56 987 55 895 53,3% -2 696 -1 092 -4,5% -1,9%
REMPE 14 277 15 781 18 322 17,5% 1 504 2 541 10,5% 16,1%
Serviço Doméstico 2 294 2 312 2 429 2,3% 18 117 0,8% 5,1%
Função Pública 26 617 26 172 26 487 25,3% -445 315 -1,7% 1,20
Função Pública Regime Atual 14 157 12 563 12 251 11,7% -1 594 -312 -11,3% -2,5%
Função Pública Regime Novo 12 460 13 609 14 236 13,6% 1 149 627 9,2% 4,6%
Regime dos Trabalhadores por Conta
Própria
Trabalhadores por Conta Própria 2 401 1 937 1 718 1,6% -464 -219 -19,3% -11,3%
Total 105 272 103 189 104 851 100,0% -2 083 1 662 -2,0% 1,6%
Fonte: INPS, abril 2022.
Na ótica género, regista-se que 47,1% dos segurados ativos são mulheres (46,9% em
2020) e 52,9% homens (53,1% em 2020). No regime do Serviço Doméstico, existe uma forte
predominância das mulheres, com cerca de 94,6% dos segurados do referido regime.
Também nos TCP, as mulheres foram predominantes com 54,4% do total do grupo. O regime
REMPE têm uma representatividade quase equitativa dos dois géneros. Porém, no Regime
Geral dos TCO e no regime da Função Pública, os homens têm maior presença, com
respetivamente 57,8% e 52,2% do total.
Em termos de localização, 84,3% dos segurados ativos exercem as suas atividades nas
ilhas de Santiago, São Vicente e Sal.

Figura 19 - Segurados por Sexo, Regime e Ilha, 2021
Com a exceção da ilha do Sal e Boavista, que registaram decréscimos de segurados em

cerca de 12,0% e 17,3%, respetivamente, todas as demais ilhas registaram um aumento do
seu número de segurados ativos face ao ano de 2020.
Recorde-se que o conceito de segurados ativos utilizado define-se como um

trabalhador inscrito no INPS que tenha pelo menos uma declaração de salário registado no
ano em análise.
Quadro 31 - Segurados Ativos por ilha de residência, 2019-2021

Ano 2021 Variação Absoluta Variação Relativa
Ilha Ano 2019 Ano 2020*
Nº Peso 2019/20 2020/2021 2019/20 2020/2021
Santo Antão 6 145 5 791 6 031 5.8% -354 240 -5.8% 4.1%
São Vicente 21 511 21 364 22 630 21.6% -147 1266 -0.7% 5.9%
São Nicolau 2 258 1 955 2 042 1.9% -303 87 -13.4% 4.5%
Sal 16 366 14 362 12 633 12.0% -2004 -1729 -12.2% -12.0%
Boa Vista 7 051 5 303 4 388 4.2% -1 748 -915 -24.8% -17.3%
Maio 1201 1 025 1 171 1.1% -176 146 -14.7% 14.2%
Santiago 46 317 49 637 51 978 49.6% 3320 2341 7.2% 4.7%
Fogo 3 628 3 075 3 249 3.1% -553 174 -15.2% 5.7%
Brava 795 677 729 0.7% -118 52 -14.8% 7.7%
Total 105 272 103 189 104 851 100.0% -2 083 1 662 -2.0% 1.6%
*Dados de 2020 revistos.
Fonte: INPS, abril 2022.
2.5. Beneficiários inscritos
Em 2021 reforçou-se o trabalho de consolidação dos dados do cadastro, visando a criação

de condições para melhorar a resposta aos utentes, nomeadamente os serviços online.
O número de pessoas que tinha uma inscrição aberta como beneficiários do sistema de
proteção social obrigatória em 2021 foi de 256 264, tendo crescido em 2,2% após a queda
atípica verificada em 2020 (-0,3%).
Apesar da contínua redução do seu número de inscritos nos últimos anos, o Regime Geral
continua a ser o regime mais representativo com um peso de 53,0% dos inscritos. Os inscritos

da Função Pública e do REMPE vêm a seguir com pesos de 26,1% e 13,7% respetivamente. O
Serviço Doméstico e os TCP ainda apresentam pouca expressão nas inscrições, com cerca de
2,2% e 1,7%, respetivamente.
O Regime aplicável às Convenções de Segurança Social representa 3,4%, correspondente

a 8.659 pessoas inscritas com maior destaque para os pensionistas e trabalhadores migrantes.
Este regime tem reduzido o seu número de inscritos nos últimos anos, nomeadamente em
3,1% entre 2020 e 2021 (-6,4% em 2020).
Figura 20 - Estrutura e Variações Anuais do número de Inscritos no INPS, 2021
02% 03%
26%
53%
02%
14%
RG REMPE SD FP TCP Convenções
25%
19%
20%
15%
10%
05%
05% 02% 02%
00%
-05%
-10% -01%
-06% -03%
-15%
2019/20 2020/21
Em termos de estruturas dos beneficiários inscritos e que garantiram pelo menos o

direito a uma prestação, o mapa seguinte consolida todos os dados:

Quadro 32 - Beneficiários Inscritos no INPS por regime e tipo, 2019-2021

Descrição
2019 2020 Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Regime Geral (sem Domésticos e REMPE) 140 804 136 784 135 816 53.0% -4 020 -968 -2.9% -0.7%
Segurados ativos 59 683 56 987 55 895 21.8% -2 696 -1 092 -4.5% -1.9%
Pensionistas 8 054 8 427 8 931 3.5% 373 504 4.6% 6.0%
Velhice 4 925 5 215 5 527 2.2% 290 312 5.9% 6.0%
Invalidez 833 880 938 0.4% 47 58 5.6% 6.6%
Sobrevivência 2 296 2 332 2 466 1.0% 36 134 1.6% 5.7%
Pensionistas Complementares 11 11 10 0.0% 0 -1 0.0% -9.1%
Familiares inscritos 73 056 71 359 70 980 27.7% -1697 -379 -2.3% -0.5%
Descendentes 65 203 63 607 63 093 24.6% -1596 -514 -2.4% -0.8%
Ascendentes 4 123 4 118 4 174 1.6% -5 56 -0.1% 1.4%
Cônjuges 3 730 3 634 3 713 1.4% -96 79 -2.6% 2.2%
REMPE 24 011 29 597 35 079 13.7% 5 586 5 482 23.3% 18.5%
Segurados Ativos 14 277 15 781 18 322 7.1% 1 504 2 541 10.5% 16.1%
Familiares inscritos 9 734 13 816 16 757 6.5% 4 082 2 941 41.9% 21.3%
Descendentes 9 425 13 382 16 266 6.3% 3 957 2 884 42.0% 21.6%
Ascendentes 179 249 288 0.1% 70 39 39.1% 15.7%
Cônjuges 130 185 203 0.1% 55 18 42.3% 9.7%
Serviço Doméstico 4 926 5 282 5 542 2.2% 356 260 7.2% 4.9%
Segurados ativos 2 294 2 312 2 429 0.9% 18 117 0.8% 5.1%
Familiares inscritos 2 632 2 970 3 113 1.2% 338 143 12.8% 4.8%
Descendentes 2 603 2923 3 067 1.2% 320 144 12.3% 4.9%
Ascendentes 29 40 39 0.0% 11 -1 37.9% -2.5%
Cônjuges 0 7 7 0.0% 7 0 n.a. 0.0%
Regime da Função Pública 66 876 65 435 66 793 26.1% -1 441 1 358 -2.2% 2.1%
Segurados ativos 26 617 26 172 26 487 10.3% -445 315 -1.7% 1.2%
Agentes Atuais 14 157 12 563 12 251 4.8% -1594 -312 -11.3% -2.5%
Agentes Novos 12 460 13 609 14 236 5.6% 1149 627 9.2% 4.6%
Pensionistas da Função Pública 6 913 6 165 6 965 2.7% -748 800 -10.8% 13.0%
Familiares inscritos 33 346 33 098 33 341 13.0% -248 243 -0.7% 0.7%
Descendentes 29 602 29 332 29 423 11.5% -270 91 -0.9% 0.3%
Ascendentes 1 611 1 620 1 705 0.7% 9 85 0.6% 5.2%
Cônjuges 2 133 2 146 2 213 0.9% 13 67 0.6% 3.1%
Regime Trabalhadores por Conta Própria 5 188 4 678 4 375 1.7% -510 -303 -9.8% -6.5%
Segurados ativos 2 401 1 937 1 718 0.7% -464 -219 -19.3% -11.3%
Descendentes 2 533 2 496 2 409 0.9% -37 -87 -1.5% -3.5%
Ascendentes 84 86 86 0.0% 2 0 2.4% 0.0%
Cônjuges 170 159 162 0.1% -11 3 -6.5% 1.9%
Regime das Convenções 9 539 8 933 8 659 3.4% -606 -274 -6.4% -3.1%
Pensionistas e Trabalhadores Migrantes 6 547 6 263 6 179 2.4% -284 -84 -4.3% -1.3%
Total 251 344 250 709 256 264 100.0% -635 5 555 -0.3% 2.2%
Dados de 2021 importados em abril de 2021. Dados sujeitos a atualização.
Fonte: Gabinete de Estudos Estratégicos, Atuarial e Relações Internacionais, INPS, junho 2022.

2.6. Cobrança e Recuperação de Dividas Contributivas
Em 2021 registaram-se progressos assinaláveis na área de gestão de contribuintes, mais

concretamente com a produção de duas ferramentas fundamentais sejam elas, de gestão de
acordos de regularização de situação contributiva e a de emissão das declarações de situação
contributiva.
A ferramenta “Gestão de Acordos de regularização de Dividas em prestações” e de

situação contributiva dos contribuintes trouxe ganhos importantes. Além do registo dos
acordos no SIPS, proporcionou o seguimento de forma mais rigorosa, com redução
substancial no tempo de apuramento das dívidas de cada contribuinte devedor. Para o efeito,
foi realizado a recuperação de todos os acordos ativos no SIPS, perfazendo um número de
461, permitindo assim iniciar com o seguimento e avaliação permanente do estado de cada
acordo ativo em julho de 2021.
A ferramenta de emissão de declaração também trouxe inúmeras vantagens, visto que

permite de forma rápida e rigorosa emitir as declarações e ter presente todas as informações
necessárias a uma emissão em tempo útil das centenas de declarações requeridas anualmente
pelos contribuintes.
A taxa de cobrança foi de cerca de 90,5% porém, o abatimento da dívida no montante de

1 649 milhões de CVE, correspondentes a registos de contribuições não identificadas, faz com
que o stock da dívida dos contribuintes para com a segurança social reduziu de 5,4% face ao
exercício anterior. O stock da dívida a 31 de dezembro de 2021 era de 7 367 milhões de CVE.
Em termos de origem das dividas, o setor público é responsável por aproximadamente

70,8% do stock da dívida, não obstante o sector privado ter contribuído em 2021 com maior
parcela no crescimento do total da dívida: uma variação anual homóloga de 2.0%,
comparativamente à redução de 1,1% do setor público.
Quadro 33 - Estrutura da dívida de contribuintes, por setor (valores em milhões CVE)

Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021 Variação Homóloga
Regime
Valor Peso (%) Valor Peso (%) Valor Peso (%) 2020/19 2021/20
Setor Público 4 706 64.5% 4 969 63.8% 5 216 70.8% 5.6% 5.0%
Administração Pública 3 089 42.3% 3 451 44.4% 4 288 58.2% 11.7% 24.2%
Adm. Pública Central 2 003 27.4% 2 231 28.7% 1 908 25.9% 11.4% -14.5%
Órgãos de Soberania 45 0.6% 64 0.8% 111 1.5% 42.2% 72.7%
Poder Local 715 9.8% 814 10.5% 1 083 14.7% 13.8% 33.0%
Serviços Autónomos 326 4.5% 342 4.4% 1 186 16.1% 4.9% 246.8%
Empresas Públicas 1 195 16.4% 1 121 14.4% 486 6.6% -6.2% -56.6%
Institutos Públicos 422 5.8% 398 5.1% 435 5.9% -5.7% 9.2%
Setor Privado 2 591 35.5% 2 816 36.2% 2 151 29.2% 8.7% -23.6%
Entidades Regime Geral 2 572 35.2% 2 789 35.8% 2 107 28.6% 8.4% -24.5%
REMPE 16 0.2% 20 0.3% 29 0.4% 25.0% 47.3%
Contribuintes Domésticos 2 0.0% 2 0.0% 7 0.1% 0.0% 268.3%
Trabalhadores por Conta Própria 1 0.0% 4 0.1% 7 0.1% 300.0% 84.2%
Total 7 297 100.0% 7 785 100.0% 7 367 100.0% 6.7% -5.4%

O stock da dívida representava, a 31 de dezembro de 2021, 65,5% das contribuições

declaradas e 72,4% das contribuições cobradas.
A taxa de recuperação aumentou de 7,4 p.p., passando de 20,5% em 2020 para 27,9% em
2021, o que corresponde a um montante recuperado de 157,4 milhões de CVE.
Quadro 34 - Dinâmica da Dívida ao INPS (valores em milhões de CVE), 2017-2021

Variação
Indicadores 2017 2018 2019 2020 2021
2020/2021
Contribuições declaradas 10 108 11 136 11 633 10 843 11 242 3.7%
Contribuições Cobradas 8 860 9 758 10 703 9 282 10 176 9.6%
Taxa de Cobrança 87,7% 87,6% 92,0% 85,6% 90.5% 4.9 p.p.
Dívida Corrente 1 248 1 378 930 1 561 1 066 -31.7%
Stock da Dívida 5 959 6 945 7 297 7 785 7 367 -5.4%
Variação do stock da dívida (%) 20,6% 16,5% 5,1% 6,7% -5.4% -12.1p.p.
Stock dívida como % Contribuições declaradas
59,0% 62,4% 62,7% 71,8% 65.5% -6.3p.p.
no ano
Stock dívida como % Contribuições Cobradas
67,3% 71,2% 68,2% 83,9% 72.4% -11.5p.p.
no ano
Número de Acordos de Pagamentos Assinados 161 209 182 171 257 50.3%
Dívidas tratadas no ano 887,0 694,2 695,2 961,0 564.1 -41.3%
Dívida total dos acordos ativos 401,0 308,3 230,1 899,7 809.8 -10.0%
Montante Recuperado dos acordos ativos 176.2 133.2 70.4 184.4 157.4 -14.6%
Taxa anual de recuperação 36.9% 36.8% 28.0% 20.5% 27.9% 7.4 p.p.
Número de Títulos Executivos Emitidos 110 58 99 10 0 -100.0%
Montante de Títulos Executivos Emitidos 491,6 330,0 694,8 61,3 0.0 -100.0%
Montante total da dívida tratada 5 512 6 206 6 901 8 203 8 767 6.9%
Dívida tratada total como % stock dívida 93,9% 90,5% 99,2% 105.4% 148.0% 42.6 p.p.
Prazo Médio de Recebimento (dias) 283 300 312 354 384 8.7%
Fonte: DCC e DFI, INPS, julho 2022.
Os acordos de pagamento de dívidas de contribuintes em parcelas continuam sendo o

mecanismo privilegiado de recuperação de dívida, em 2021 esta situação ficou mais evidente,
pois a cobrança coerciva, através de processos de execução de dívidas esteve suspensa,
devido à situação de crise pandémica.
No ano 2021 foram assinados 257 acordos de pagamento de dívidas com contribuintes
devedores, cobrindo o montante de 564,1 milhões, totalizando assim 5 034,3 milhões escudos
de dívidas acordadas entre os anos 2010 e 2021, através de 1 605 acordos.
A taxa media de recuperação das dívidas, objeto de acordos de pagamento em parcelas

respeitante ao período 2010-2021 é de 44,1%. Dos acordos acima referidos, 1 144 já se
encontram vencidos, cobrindo o montante de 3 840,3 milhões escudos, tendo sido recuperado
o montante de 2 260,9 milhões escudos. A taxa de recuperação dos acordos vencidos até 2021
é de 53,3%.

Do total dos acordos assinados 461 encontravam em vias de cumprimento, ou seja,

estavam ativos no final de 2021, totalizando 1 289,0 milhões escudos de dívidas de
contribuintes, sendo que deste valor já foram recuperados 479,2 milhões escudos, ou seja
37,2% do valor negociado.
Devido à crise provocada pela COVID-19 em 202, o INPS não recorreu à recuperação
de dívidas através de processos de execução de dívidas, cujo início é despoletado pela
emissão de títulos executivos.
Nestas circunstâncias, os dados relativos aos títulos emitidos entre os anos 2005 e 2021
mantiveram-se iguais a 2020, ou seja, cerca de 737 títulos executivos, no montante global de
4 318,8 milhões escudos.
Figura 21 - Gráfico 25 - Dívida Tratada e Valor Recuperado, 2021
Dívida Tratada a 31/12/2021 (milhões CVE) Total Recuperado (milhões de CVE)*
,274.0
*Dos acordos assinados
Quadro 35 - Acordos Assinados e Títulos Executivos em 2021, (valores em milhões de CVE)

Dívida Montante Saldo em Taxa de
Descrição Número
tratada recuperado dívida recuperação
Acordos Assinados 1 605 5 129,4 2 740,2 2 389,2 53,4%
Acordos em vigor (2012-2021) 461 1 289,0 479,2 809,8 37,2%
Acordos vencidos (2010-2020) 1 144 3 840,4 2 260,9 1 579,4 58,9%
Títulos Executivos (2005-2020) 737 4 318,9
Total Divida Tratada 2 342 9 448
Fonte: DCC, INPS, março 2022
2.7. Impacto da crise provocada pela COVID-19 nas contribuições
Conforme foi referido, durante os anos 2020 e 2021, o país e o mundo foram fortemente
abalados pela crise provocada pela COVID-19. Os efeitos sobre o sistema de proteção social
obrigatória foram extremamente fortes, com ênfase na capacidade dos contribuintes em dar
cumprimento às responsabilidades com as entidades gestoras do regime contributivo de
Segurança Social.

Visando dar uma resposta a crise económica e salvaguardando os direitos dos

trabalhadores à proteção social, o Governo aprovou uma série de medidas que impactaram
com as declarações das Entidades Empregadoras, sendo de destacar:
- O pagamento de um benefício equivalente a 70% dos salários dos trabalhadores

suspensos temporariamente, sendo 35% da responsabilidade do INPS, desde o mês de
março a dezembro de 2020.
- Durante o período de suspensão temporária dos trabalhadores, as entidades

empregadoras ficam isentas do pagamento das contribuições e cotizações dos
trabalhadores.
- Isenção do pagamento de contribuições patronais para as entidades empregadoras

(16%), durante os meses de abril a junho de 2020, concedida as empresas cuja atividade
reduziu 40%.
- Pagamento de subsídio de desemprego em condições mais favoráveis para os

trabalhadores.
- Pagamento de um benefício, equivalente ao subsídio de doença para os segurados

infetados ou afetados pelo vírus e colocados em isolamento profilático.
Estas medidas impactaram direta e indiretamente no montante das contribuições

declaradas e cobradas pelo INPS em 2020 e 2021. De acordo com os dados disponíveis,
estima-se o impacto da COVID nas contribuições declaradas nos anos 2020 e 2021 reflete-se
no decréscimo registado quando comparado com o ano 2019, e que se situa nos 2%.
Quanto ao impacto indireto, estima-se em 2 026,6 milhões escudos entre abril de 2020 a
dezembro de 2021, num total estimado em 1 976,7 milhões escudos de equivalências aos
salários registados, decorrente das medidas de suspensão dos contratos de trabalho,
pagamento dos subsídios de desemprego e isolamento profilático. O efeito direto, devido a
redução de contribuições recebidas, avaliado em 50,0 milhões deve-se a isenção do
pagamento de contribuições patronais.
Quadro 36 - Impacto da crise provocada pelo COVID-19 nas contribuições (mCVE)

2020 2021 Total
Itens Valores Estimativa Estimativa Redução Valores Estimativa Estimativa Redução Valores Estimativa Estimativa Redução
pagos Equivalências Contribuições pagos Equivalências Contribuições pagos Equivalências Contribuições
Subsídio Desemprego Covid-19 27 775 42 731 10 469 0 0 0 27 775 42 731 10 469
Suspensão de contratos 1 386 114 3 960 326 970 280 1 376 624 3 933 211 963 637 2 762 738 7 893 537 1 933 917
Isolamento profilático 27 775 39 679 9 721 64 542 92 203 22 590 92 317 131 882 32 311
Subtotal Impacto Indireto 1 441 664 4 042 735 990 470 1 441 166 4 025 414 986 227 2 882 830 8 068 150 1 976 697
Isenção de contribuições 50 000 50 000
Subtotal Impacto Direto 50 000 50 000
Total Estimativa do impacto do Covid-19 nas contribuições 1 040 470 1 441 166 4 025 414 986 227 2 882 830 8 068 150 2 026 697
Fonte: SIPS

3. Promoção da Legalidade Contributiva e Prestacional
Este programa, implementado através dos projetos “Melhoria no Sistema de Gestão das
obrigações dos Contribuintes e beneficiários” e “Melhoria da Eficácia dos Processos
Jurídicos”, visa garantir o cumprimento da legislação vigente, sobretudo na vertente dos
deveres, por parte dos contribuintes, beneficiários e prestadores de serviço.
3.1. Fiscalização e Controlo
As visitas de fiscalização após alguns meses suspensas devido à pandemia em 2020, foram
retomadas as ações de fiscalização progressivamente em 2021.
Assim, foram realizadas 2 656 visitas de fiscalização em 2021. Constata-se que nas ilhas
aonde o INPS dispoe de equipas de fiscalizaçao, as visitas têm uma frequencia maior: 1 184
(44,6%)na ilha de Santiago, 484 (18,2%) em S.Vicente e 392 (14,8%) na ilha do Sal. As demais
ilhas recebem visitas periodicas de equipas que deslocam de forma programada, das ilhas de
Santiago e S.Vicente. As visitas realizadas abrangeram todos os regimes: TCP com 37,2%, as
entidades empregadoras do REMPE, com e 34,4% e o regime geral com 26,5% do total de
visitas.
Figura 22 - Fiscalizações por Ilha e Regimes, 2021
Fonte: DFC, Fevereiro 2022.
Quadro 37 - Visitas de Fiscalização por Ilha, 2019-2021

Ilhas
Nº Peso Nº Peso Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Santo Antão 162 5.2% 101 7.8% 176 6.6% -61 75 -37.7% 74.3%
São Vicente 802 25.5% 306 23.5% 484 18.2% -496 178 -61.8% 58.2%
São Nicolau 149 4.7% 0 0.0% 95 3.6% -149 95 -100.0% n.a.
Sal 583 18.6% 205 15.7% 392 14.8% -378 187 -64.8% 91.2%
Boa Vista 211 6.7% 111 8.5% 116 4.4% -100 5 -47.4% 4.5%
Maio 66 2.1% 81 6.2% 74 2.8% 15 -7 22.7% -8.6%
Santiago 958 30.5% 499 38.3% 1184 44.6% -459 685 -47.9% 137.3%
Fogo 174 5.5% 0 0.0% 116 4.4% -174 116 -100.0% n.a.
Brava 34 1.1% 0 0.0% 19 0.7% -34 19 -100.0% n.a.
Total 3 139 100.0% 1 303 100.0% 2 656 100.0% -1 836 1 353 -58.5% 103.8%
n.a.: não aplicável.
Fonte: DFC, INPS, Fevereiro 2022

No âmbito das visitas, foram emitidos 579 autos de notícias, representando um

acréscimo de 94,3% (+281) face ao ano anterior, explicado pelo número reduzido de visitas
efetuadas no primeiro ano de pandemia. Dos autos emitidos, 201 (34,7%) deram origem a
processos de contraordenação.
Dos 201 processos instruídos, 44,8% foram arquivados maioritariamente por

regularização das infrações por parte dos contribuintes, 6,5% foram regularizados na fase de
audição, 6,5% dos processos foram enviados ao Gabinete Jurídico para instrução e 15,9%
foram encaminhados para negociação da dívida. Os demais processos, estão ainda em
tratamento pelos respetivos instrutores.
Quadro 38 - Processos de Contraordenação, 2019-2021
Descrição
Nº Peso Nº Peso Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Arquivados 148 50,0% 18 33,3% 90 44,8% -130 72 -87,8% 400,0%
Gabinete Jurídico 56 18,9% 5 9,3% 13 6,5% -51 8 -91,1% 160,0%
Regularizado na Audição 13 6,5% 13
Negociado pagamento 15 5,1% 2 3,7% 32 15,9% -13 30 -86,7% 1500,0%
Suspensos / em Tratamento 77 26,0% 29 53,7% 53 26,4% -48 24 -62,3% 82,8%
Total 296 100,0% 54 100,0% 201 100,0% -242 147 -81,8% 272,2%
Fonte: DFC, fevereiro 2022.
Em relação ás infrações detetadas na sequência das ações realizadas no terreno,

constata-se que à semelhança dos anos anteriores o maior peso do incumprimento dos
contribuintes foi em relação à não remessa de FOS (37,2%), seguida de abuso de confiança
com 37,0% e do não pagamento das contribuições com 17,0%.
No total, foram detetadas 1. 440 infrações em 2021, representando um crescimento

homólogo de 83,7%.
Figura 23 - Estrutura das infrações, 2021
Não inscrição dos Não pagamento das

Não remessa de FOS Abuso de Confiança
trabalhadores contribuições
7,4% 37,2% 17,1% 37,0%

Quadro 39 - Infrações Notificadas, 2019 – 2021

Natureza infrações
2019 2020 Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Não participação do início de
26 8 16 1,1% -18 8 -69,2% 100,0%
atividades
Não inscrição dos trabalhadores 126 39 106 7,4% -87 67 -69,0% 171,8%
Não remessa de FOS 365 262 536 37,2% -103 274 -28,2% 104,6%
Não pagamento das contribuições 244 145 246 17,1% -99 101 -40,6% 69,7%
Abuso de Confiança 320 283 533 37,0% -37 250 -11,6% 88,3%
Omissão de trabalhadores nas FOS 3 47 3 0,2% 44 -44 1466,7% -93,6%
Total Infrações 1 084 784 1440 100,0% -300 656 -27,7% 83,7%
No âmbito da ação de fiscalização, foram regularizadas contribuições no valor de

24.487.002 CVE, sendo:
 O montante de 2.475.203 CVE regularizada de forma voluntária na sequência de ações

de sensibilização.
 O montante de 7.378.459 CVE regularizada de forma voluntária em resposta aos Autos

de notícia emitidos.
 Um montante total de 14.633.340 CVE regularizados no âmbito dos Processo de

Contraordenação instruídos, sendo 11.234.428 CVE já regularizados e 3.398.912 CVE
resultaram em assinaturas de acordos prestacionais de amortização de dividas.
Quadro 40 - Contribuições regularizadas na sequência das visitas, 2021
Contribuições Arrecadadas Ano 2021 Peso
Regularização Voluntaria (Relatórios / sensibilização) 2 475 203 10,1%
Regularização Voluntaria (Auto Noticias) 7 378 459 30,1%

No âmbito do PCO 14 633 340 59,8%
Regularizadas de Imediato 11 234 428 45,9%
Negociados com SGC 3 398 912 13,9%
Total de contribuições Regularizados 24 487 002 100,0%
Os resultados do processo de Seguimento e Avaliaçao (S&A 2021) mostraram que o

projeto “Reforçar a fiscalização e alargar o seu âmbito material, territorial e factual” teve uma
taxa de eficácia global de 78,7% e uma taxa de execução financeira de 53,7%.
3.2. Atividades Jurídicas
O ano de 2021 continuou marcado pelo contexto de profunda incerteza que se registou
desde o mês de março de 2020, com a pandemia provocada pela doença da Covid-19. Embora

com alguma flexibilização, foram mantidas parte das medidas legais adotadas pelo Governo
para mitigar os impactos da pandemia na economia e nos rendimentos das famílias.
Neste contexto as atividades jurídicas de recuperação de dívidas através de processos de

execução, foi mantido praticamente suspenso ao longo do ano, tendo retomado os trabalhos
de preparaçao dos titulos no ultimo trimestre.
Portanto, neste particular manteve-se como medida de combate ao aumento das dividas a
negociação com os contribuintes, que continuou sendo feita em um contexto excecional, de
modo a garantir que fossem criadas todas as condições das empresas para aderirem ao
Regime Simplificado de Suspensão dos Contratos de Trabalho e prorrogado até dezembro
de 2021.
Em relação ao Efeito Combate a Fuga e Evasão Contributiva, mesmo com pouca expressão,
foi possível a realização de algumas das atividades relacionadas com a recuperação de
dividas de ações ajuizadas até dezembro de 2019.
Quanto às atividades não programadas e realizadas, merecem destaque pelo seu impacto
e importância as seguintes:
i. Acompanhamento e Assessoria no processo de elaboração do pacote legislativo

aprovado no âmbito das medidas de proteção e da propagação da doença Covid- 19,
com especial enfoque no Regime Especial de Suspensão dos Contratos de Trabalho e
as subsequentes atualizações registadas até setembro de 2021, e com vigência até 31
de dezembro do mesmo ano;
ii. Controle e acompanhamento da aplicaçao da legislaçao interna, através da elaboraçao
de varios pareceres;
iii. Respostas a diferentes acçoes ajuizadas contra o INPS, no ambito das actividades de
segurança social;
iv. Participação na Negociação e Celebração de Acordos com os contribuintes,
nomeadamente do sector do Turismo e afins, para efeitos de manutenção das
condições de elegibilidade para acesso ao beneficio derivado do Regime Simplificado
de Suspensão dos Contratos de Trabalho;
v. Celebração de Processo de Dação em Cumprimento do INPS e Contribuintes, tendo-
se recebido e registado em nome do INPS tres imóveis, sito na ilha do Sal: um imovel
com o valor de 20.500.000 CVE (vinte milhões e quinhentos escudos); dois imoveis no
valor total de 16.500.000 CVE (dezasseis milhões e quinhentos mil escudos), em
resultado de negociaçao de dividas;
vi. Resposta ao Ministério Publico e aos Tribunais dos vários pedidos de informação /
cooperação endereçados ao INPS.

Os resultados do S&A do projeto Melhoria da Eficácia dos Processos Jurídicos mostram

que a taxa eficácia global, de realização das atividades, estabeleceu-se em 69,9% e a taxa de
execução financeira ficou em torno de 18,4%.
4. Promoção da Sustentabilidade do Sistema
Este programa visa alcançar dois efeitos:
 Extensão da Cobertura de Segurança Social
 Avaliação da Sustentabilidade do Sistema de Proteção Social.
4.1. Extensão da Cobertura – Plano de Contingência para a Extensão da Cobertura
Para o ano de 2021, devido à situação pandémica que se mantinha, as atividades deste
projeto foram reorientadas apenas a nível interno abrangendo os seguintes estudos:
 Diagnóstico do projeto de Extensão;

 Estudo de casos dos sistemas de Proteção Social do setor independente/informal
 Estudo de viabilidade de um novo regime de proteção social para o setor
informal.
A taxa de execução física foi de 45,0% e por não recorrermos a serviço externo não se
registou despesas financeiras com os projetos.
4.2. Sustentabilidade do Sistema
4.2.1. Dados Estatísticos
O INPS continuou com a sua política de produção e divulgação, no portal do INPS

(www.inps.cv), do boletim estatístico trimestral do sistema de proteção social obrigatória e
das estatísticas mensais da proteção social, levando as informações essenciais aos utentes e a
sociedade em geral.
O INPS teve uma participação ativa conjuntamente o INE na partilha de informações

destinadas a elaboração do Anuário Estatístico e com outras entidades, designadamente com
o BCV, disponibilizando dados estatísticos periódicos a fim de garantir a referida entidade o
acompanhamento permanente das medidas extraordinárias implementadas pelo INPS no
âmbito do COVID-19 e ainda permitir fazer o seguimento do impacto na atividade do INPS,
em termos de receitas.
O INPS teve ainda uma participação ativa na produção e construção de indicadores dos
ODS organizada pela OIT e que juntou diferentes instituições dos PALOP dos setores da

proteção social, da produção estatística e do Ministérios da Finanças, tendo como resultado

o reforço dos princípios que norteiam a produção estatística a nível do INPS.
4.2.2. Estudo Atuarial do Sistema de Proteção Social Obrigatória

4.2.2.1. Enquadramento
Uma das atividades marcantes do ano 2021 foi a preparação dos TDR e a contratualização
de uma empresa internacional para elaboração do relatório atuarial do regime contributivo.
Em setembro de 2021 foi adjudicado por concurso publico o contrato para elaboração do
Estudo, com o objetivo principal de projetar e estimar a sustentabilidade a médio e longo
prazo do sistema de proteção social gerido pelo INPS. O estudo foi concluído em janeiro de
2022, e o relatório definitivo entregue em março de 2022.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Associação Internacional de

Segurança Social (AISS), agências internacionais de referência em matéria de segurança
social, recomendam a realização desse tipo de estudos periodicamente, preferencialmente de
três em três anos. No caso do INPS, os Estatutos estabelecem que “….o INPS deve realizar
uma avaliação atuarial externa com a periodicidade de, pelo menos, cinco anos…”. No
entanto e por prudência tem se optado pela realização de dois em dois anos, tendo em conta
as alterações permanentes dos pressupostos que suportam um estudo desta natureza.
Os resultados e as conclusões assentam no conceito de valor esperado, ou seja, devem ser

lidos numa perspetiva probabilística com a informação disponível à data e pressupostos
considerados.
Os últimos estudos atuariais do sistema de 2018, previam no seu cenário base saldos
técnicos negativos a partir de 2043, saldos correntes positivos até 2051 e reservas positivas
até, pelo menos 2065, prazo final do referido estudo.
4.2.2.2. Resultados
Do estudo realizado o cenário considerado mais provável designado por “cenário base”,
as projeções apontam para resultados líquidos positivos até 2053. A partir deste ano, os
resultados vão decrescendo por aumento significativo dos custos, particularmente dos custos
com pensões que são os que mais pesam nos custos técnicos.

Figura 24 - Resultado Exercício / Contribuições, Estudo Atuarial 2021
Fonte: Estudo Atuarial do INPS, 2021
Estimam-se resultados positivos no longo prazo e até 2053, não só por se tratar de um
grupo de segurados relativamente jovem onde os custos com pensões não são ainda muito
significativos, mas também pelo efeito dos ganhos financeiros resultantes de rendimentos
gerados por uma reserva igualmente crescente.
No cenário 1, designado por cenário pessimista, reduziu-se os ganhos de produtividade,

a taxa média de rendimento nominal e a taxa de crescimento do PIB e aumentou-se a taxa de
desemprego e as despesas com Assistência Médica e Hospitalar bem como as despesas com
Assistência Medicamentosa até 2030, verificando-se deste modo que os resultados agravam-
se em 2 anos (2051).
No cenário 2, designado por cenário otimista, em que se aumenta a taxa de ganho de

produtividade e a taxa média de rendimento nominal, os resultados mantêm-se positivos até
2055, resultando uma melhoria de 2 anos face ao cenário base.
No cenário 3, em que se aumentam as taxas de cobertura os resultados agravam-se

ligeiramente, contudo o resultado negativo continua a ocorrer em 2053, conforme explicado
anteriormente.
Figura 25 - Análise Sensibilidade, Estudo Atuarial 2021

Comparando a evolução dos resultados do exercício ao longo dos anos para os diferentes
cenários estudados, verifica-se que os resultados para o cenário 2 apresentam-se superiores
aos restantes cenários.
Para todos os outros cenários verifica-se que no longo prazo, está garantida a
sustentabilidade do sistema, no mínimo até 2053, apesar de se verificar um aumento
generalizado das despesas em todos os apoios sociais, com destaque para o caso das pensões.
De um modo geral, à data da avaliação, verifica-se que as taxas de contribuições são

adequadas face às responsabilidades assumidas. A alocação das contribuições tem o seu
valor mais elevado para o custo com as prestações diferidas (pensões) (10%) muito embora
as prestações pagas em 2020 mais elevadas sejam para custos com doença e maternidade (a
respetiva contribuição é de 8%). Como as projeções indicam que esta situação se irá inverter
no curto prazo, passando a ser as pensões a representar a maior despesa, não se recomenda
qualquer diminuição da contribuição para as pensões.
Os custos com as prestações diferidas e as prestações em espécie representam em 2020

cerca de (85%) nos custos técnicos totais, sendo o peso de cada uma delas muito semelhante.
Embora no curto prazo não constitua uma preocupação imediata, verifica-se através das
projeções, que o volume de pensões pagas por ano será significativo. Esta situação deve-se
essencialmente a dois fatores, envelhecimento natural da população atual de segurados e
maturidade dos regimes existentes. O envelhecimento natural da população é provocado
pelo comportamento da população estimada de Cabo Verde nos próximos anos. A projeção
demonstra uma população cada vez mais idosa, devido ao aumento da esperança média de
vida e à diminuição dos índices de fecundidade.
Esta situação é bastante contrastante com a situação vivida nas décadas de 80 e 90 em que
o número de filhos por mulher se situava entre os 5 e os 6 filhos, estimando-se que dentro de
poucos anos o número de filhos por mulher não atinja os 2. Esta situação traduz-se
atualmente, por um número substancial de trabalhadores que dentro de poucos anos irão, na
sua maioria, transitar para reformados não sendo substituídos na sua totalidade por novos
trabalhadores, fazendo assim diminuir o rácio entre pensionistas e segurados.
Relativamente à maturidade dos regimes, dado a existência de regimes jovens, ainda se

verificam poucos pagamentos de pensões que terão um aumento significativo quando os
trabalhadores dos regimes em questão iniciarem a sua reforma, como é o caso do serviço
doméstico ou os agentes novos da função pública.
Dado que a partir de 2053 os resultados apresentam-se negativos para o cenário

considerado mais provável, por aumentos dos custos com pensões, recomenda-se alguma
revisão à definição destes benefícios, no longo prazo.

Sugere-se para o efeito, e a título de exemplo, a consideração da carreira salarial completa,

ou de um número elevado de anos de carreira salarial, para efeitos de cálculo da pensão de
reforma, invalidez e sobrevivência. Esta medida permite que a pensão seja ajustada à
realidade das contribuições efetuadas durante a carreira do beneficiário e não apenas
baseada nos últimos anos, o que desincentiva a existência de contribuições apenas nos
últimos anos antes da reforma e incentiva às contribuições regulares desde o início da carreira
contributiva.
O resultado negativo deve-se também, embora não sendo o principal fator, ao aumento
dos custos com as prestações em espécie, no cenário mais provável.
Desta forma, recomenda-se alguma revisão ao pagamento destes benefícios, no longo

prazo. Dado que os mesmos não são passíveis de serem alterados na generalidade, seria
relevante que o equilíbrio fosse encontrado, ou através de um maior controle operacional
com os prestadores de serviços ou pelo aumento da contribuição para este efeito.
4.2.2.3. Impacto da COVID-19 a longo prazo
A situação de crise provocada pela pandemia teve um impacto direto no montante de

contribuições arrecadas pelo INPS. Deste modo, face ao histórico estima-se um impacto
direto provocado pela pandemia de cerca de 1.039 milhões de escudos, em receitas de
contribuições não declaradas em 2020.
Quanto ao impacto referente às medidas de suspensão dos contratos de trabalho,

pagamento dos subsídios de desemprego e isolamento profilático, foi estimado um total de
969 milhões escudos.
Relativamente à isenção do pagamento de contribuições das entidades patronais,

assumiu-se o valor indicado pelo INPS no RC 2020 num total de 50,0 milhões de escudos.
No caso das prestações sociais, exceto apoios extraordinários, o impacto da pandemia é

menos evidente e mais complexo de determinar pelos dados disponíveis, dado que a maioria
dos benefícios sociais continuaram disponíveis para os segurados usufruírem.
Quanto ao impacto indireto, analisando os dados relativos à pandemia conclui-se que os

mesmos não afetam os pressupostos de projeção, tendo apenas efeito imediato sobre os
resultados de 2020 e 2021, não se esperando que estes custos extraordinários se continuem a
registar. De salientar que para o ano de 2021 foram considerados custos extraordinários
provisórios fornecidos pelo INPS.
No entanto, de modo a aferir o seu efeito, alterando o que foi registado nas contas do
INPS em 2020, a título de custos extraordinários e perda de contribuições provocados pela
pandemia, elaborou-se um cenário de projeção do sistema de proteção social do INPS, tendo
em conta as seguintes características:

 Estimando contribuições adicionais para o ano de 2020, dos agentes que estiveram ao
abrigo do subsídio de desemprego e prestações extraordinárias decorrentes dos
apoios durante a pandemia;
 Retirando os custos extraordinários registados no G&P em 2020 e 2021;
 Mantendo as despesas técnicas.
Neste cenário, constata-se que o primeiro ano de resultado negativo ocorre em 2057,
significando uma melhoria de 4 anos comparativamente ao cenário base.


B. ÁREA ESTRATÉGICA REFORMAS ECONÓMICAS E

ESTRUTURAIS
5. Melhoria na Qualidade dos Serviços Prestados
A qualidade do serviço prestado tem sido um dos pilares de desenvolvimento e

aprofundamento da relação do instituto com os utentes, como forma de servir cada mais e
melhor os utentes.
A qualidade é um dos objetivos mais ambiciosos que o INPS deseja satisfazer de forma
eficiente aos beneficiários, assegurando de forma inclusiva, equitativa e contínua as suas
necessidades e nos termos estabelecidos nas leis e demais normas aplicáveis à proteção social.
5.1. Qualidade do Atendimento
Enquadrado na melhoria do Atendimento ao público e visando a proximidade junto dos

utentes, o INPS disponibiliza uma rede de serviços de atendimento por todas as ilhas e na
maioria dos concelhos do país organizada em duas grandes Direções de Unidades de
Previdência Social (DUPS), Norte e Sul.
No ano de 2021, registou-se uma redução dos processos atendidos em cerca de 11,0% face
ao ano de 2020, justificada pela implementação da entrega das FOS via portal. Note-se que o
número de folhas entregues em suporte papel diminuíram em cerca de 55%, passando de
134.274 folhas para 73.587.
Os balcões de atendimento do INPS registaram 268 868 processos, sendo 52% nas
estruturas da DUPS Sul e 48% no Norte. Destes, 54,5% estavam relacionados com os pedidos
de prestação, 22,9% com o cadastro, nomeadamente pedidos de inscrições, suspensões,
manutenções e declarações, e 22,6% com a digitalização de folhas de salários (folhas
entregues em suporte papel).
Quadro 41 - Número de Atendimentos feitos pelas DUPS, 2019-2021
Tipos de Pedido / Ano 2019 Ano 2020 Ano 2021 Variação Absoluta Variação Relativa
Zonas Nº Peso Nº Peso Nº Peso 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Cadastro 76 427 21,6% 57 168 18,9% 61 667 22,9% -19 259 4 499 -25,2% 7,9%
Digitalizações de FOS 149 665 42,3% 134 274 44,5% 60 687 22,6% -15 391 -73 587 -10,3% -54,8%
Prestações 127 611 36,1% 110 572 36,6% 146 514 54,5% -17 039 35 942 -13,4% 32,5%
Total 353 703 100,0% 302 014 100,0% 268 868 100,0% -51 689 -33 146 -14,6% -11,0%
DUPS Norte 184 477 52,2% 157 749 52,2% 129 169 48,0% -26 728 -28 580 -14,5% -18,1%
DUPS Sul 169 227 47,8% 144 265 47,8% 139 699 52,0% -24 962 -4 566 -14,8% -3,2%
Fonte: DUPS Norte e DUPS Sul, Fevereiro 2022

No ambito da melhoria e adequação dos mecanismos de atendimento às especificidades

da procura às Unidades de Previdência Social (UPS) foram implementadas várias atividades,
designadamente:
 Campanha de sensibilização sobre os beneficios da proteção social
- 17 (dezassete) ações de sensibilização realizadas no âmbito da extensão da cobertura,

com destaque para
 Ações de sensibilização aos formandos do curso de Educação Financeira, promovidas

pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional - IEFP, e tinham como publico alvo
peixeiras, pescadores e vendedores ambulantes, realizados na cidade da Praia e na
ilha do Maio (zona de Calheta);
 Ações realizadas na Praia e dirigidas essencialmente aos estagiários de Advocacia,
promovido em articulação com a Ordem dos Advogados;
 Ações de sensibilização promovidas em articulação com as Câmara Municipais de
Santa Catarina, Santa Cruz e S. Miguel, tendo como publico alvo o sector informal;
 Ações de sensibilização na Ilha de Santo Antão, sendo três enquadradas no projeto
GET AHEAD - OIT, e duas, enquadradas nas comemorações do dia do Pescador;
 Diferentes ações de sensibilização realizadas em S. Vicente em parceria com
associações de desenvolvimento local e com a ONG – OMCV;
 Outros.
 Seguimento do protocolo com os bancos comerciais no âmbito de cobrança de

contribuições.
 Visitas de acompanhamento permanente das atividades desenvolvidas nas UPS e
Balcões de atendimento a nível nacional, apesar dos constrangimentos provocados
pelo COVID 19
A situação pandémica não favoreceu o acompanhamento e controlo dos serviços com

visitas as estruturas, pelo que se fez o acompanhamento do funcionamento dos serviços
através do SIPS, contactos telefónicos bem como via Outlook e pela plataforma Teams.
5.2. Qualidade de Serviços Prestados
A qualidade dos serviços prestados pelo INPS é uma constante e tem como premissa o
cumprimento dos principios que norteiam a Certificação do Sistema de Gestão de
Qualidadade ISO 9001:2015.
A Qualidade é transversal a todas as unidades orgânicas do Instituto e tem como objetivo

a “Melhoria do cumprimento das normas e procedimentos internos”.

Na prossecução deste objetivo, foram identificadas seis (6) atividades essenciais para
reforço da manutenção do Sistema de Gestão da Qualidade, a saber:
 Acompanhar a equipa de Auditoria Externa;

 Gerir o contrato com a EIC
 Coordenar o processo de melhoria contínua;
 Compilar a documentação interna;
 Gerir o processo Participações;
 Promover e realizar ações de sensibilização sobre o SGQ.
O programa Melhoria na Qualidade de Serviços Prestados teve uma taxa de eficácia

global de 90,0% e uma taxa de execução financeira de 102,7% após revisão do orçamento
inicial tendo em conta que a auditoria externa foi realizada remotamente devido à situação
sanitária.
 Acompanhar Auditoria Externa – Auditoria de 1º seguimento
Anualmente o INPS é auditado pela Entidade Internacional de Certificação - EIC para

efeitos de validação da conformidade do seu Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com
a Norma da ISO 9001:2015.
Em 2021 realizou-se a 1ª auditoria de acompanhamento após a de renovação realizada em

2020, e levando em consideração as restrições da pandemia, as ações aconteceram
remotamente, via plataforma Teams abrangendo 13 processos, tendo sido recomendado a
Monitorização de indicadores e o cumprimento do prazo de tratamento e de resposta de
participações.
 Gestão das Participações
O tratamento das participações, com especial atenção às reclamações ocupa um lugar

central na Instituição.
Em 2021 registou-se 892 participações, uma diminuição considerável face as registadas

em 2020, justificada em grande parte com a implementação das medidas extraordinárias
visando a amenização do impacto do COVID-19. As reclamações assumem largamente a
liderança com 88%, seguido de solicitações com 9% representando um aumento considerável,
e é o que nos leva a crer que as sessões de esclarecimentos surtiram efeito mesmo que tímido.
A natureza principal das reclamações é o Abono de família (75%), que, por sua vez deve-
se à não entrega e pagamento das FOS por parte dos contribuintes. De realçar também as
prestações temporárias e excecionais atribuídas no âmbito das medidas de salvaguarda de

postos de trabalho (Suspensão de Contrato de Trabalho, o Subsídio desemprego, o

Isolamento Profilático), representaram 14% do total das reclamações (114).
Quadro 42 - Natureza Reclamações dirigidas ao INPS, 2021
A média de dias atingida em 2021 para resposta a uma reclamação foi das mais baixas de
sempre no INPS. Em média, uma reclamação teve 13 dias para ser tratada e fechada.
Contudo, a media da fase resposta fixou-se em 3 dias, dentro do prazo estipulado por
Regulamento interno e Legislação vigente (10 dias).
5.3. Melhoria do Cumprimento das Normas e Procedimentos
Este projeto tem por efeito a “Excelência Organizacional” e o seguimento e avaliaçao

alicerçam sobretudo em dois eixos: i) gestão de riscos e ii) auditoria interna que evidenciem
o controlo interno, as anomalias detetadas e as medidas corretivas adotadas.
5.3.1. Gestão de Riscos
Em 2021 foram dados passos relevantes na definição do processo de Gestão de Riscos e

seus intervenientes, preparação do Manual do processo, preparação dos intervenientes,
criação dos instrumentos e ferramentas de trabalho, melhorias efetivadas e propostas
alinhadas com as auditorias da qualidade e auditoria interna realizadas sobre a estrutura e
seu processo.
Estando ainda numa fase de implementaçao do controlo interno baseado na gestão de

riscos, iniciou-se pela elaboraçao do Mapa Geral de Riscos, resultante do levantamento
exaustivo de todos os riscos identificados pelas Unidades Organicas do INPS. A fase

seguinte foi a de pré-avaliação dos riscos, identificando as oportunidades (riscos positivos)

como também a clarificação do papel dos intervenientes no processo, tendo como referencia
o Manula de Riscos do INPS. A etapa seguinte iniciará em 2022 e passará pelo controlo dos
riscos, definiçao das medidas de mitigaçao e consequentemente o seguimento permanente
da eficacia das medidas.
Relativamente aos resultados do ano, à execução das atividades alcançou a taxa global de
realização em 68,3%.
5.3.2. Auditoria Interna
Em cumprimento ao que dispõe o Art.º 27.º dos Estatutos do INPS e o Regulamento de

Auditoria Interna, o Gabinete de Auditoria Interna (GAI) do INPS, realizou-se as atividades
programadas para o ano 2022.
Atento às competências e atribuições do GAI e no âmbito da Melhoria da Governança do

INPS, as atividades passaram por:
 Identificação das áreas consideradas de maior risco para realização de Auditorias,

para assegurar a eficiência na aplicação dos procedimentos e normas de controlo
interno em vigor;
 Cumprimento do Plano Anual de Auditoria Interna aprovado pela Comissão
Executiva.
 Respostas as solicitações pontuais da Comissão Executiva/Conselho Diretiva;
As análises foram feitas com base na Legislação do sector, nos Procedimentos Internos
Instituídos (Manuais de Procedimentos e Regulamentos Internos), que compreendem os
Referenciais Normativos para os diferentes processos analisados.
De forma geral as foram emitidas as seguintes recomendações:
 A cooperação entre as estruturas, designadamente, nas atividades transversais

cujos processos se cruzam, bem como a partilha de boas práticas, para
melhoramento dos processos;
 A monitorização dos processos com a atenção à segregação de funções, na
perspetiva do autocontrolo dos processos operacionais;
 A Aplicação efetiva do ”MANUAL INSTRUÇÕES DE PROCESSOS SIPS-CORE”
para todos os processos e que constam do próprio Manual, em que “À primeira,
todos os processos obedecem ao mesmo procedimento, em todas as etapas,
diferindo entre ambos nos documentos que os compõem e pelo enquadramento
legal”.

A taxa de eficácia do projeto Melhoria da governança relativa ao controle interno e à

conformidade dos processos fixou nos 88,8% em 2021.
6. Melhoria da Comunicação e Imagem institucional
O programa Melhoria na Comunicação e Imagem Institucional abrange essencialmente

as atividades de comunicação publicitária, para a extensão da cobertura e comemoração do
30º aniversario do INPS.
6.1. Planeamento e Execução das Ações de Comunicação e Melhoria da Imagem do

INPS
Neste projeto que concorre para o efeito Notoriedade Institucional, foi prevista a
realização das seguintes atividades:
 Promoção do Portal INPS
A promoção do Portal teve maior pujança em 2019, ano do seu lançamento, 2020 com a
Pandemia veio reforçar a sua importância tendo em conta a possibilidade de com alguns
cliques realizar serviços online, sem necessidade de ser presencial nos balcões de
atendimento.
O ano 2021 foi marcado pela publicação do Decreto Lei nº 5/2021 de 15 de janeiro que
estabelece as diretrizes para interação digital com o INPS, com recursos às tecnologias de
informação e comunicação, no âmbito das Medidas de Simplificação e Modernização
Administrativa dos Serviços da Proteção Social. Com a publicação seguiu-se uma fase
intensiva de sensibilização dos utentes na utilização do portal INPS, tendo alcançado as
metas previstas para o ano 2021: mais de 90% dos contribuintes aderiram ao portal num
período de seis meses.
O referido DL destaca-se pela viragem efetiva na transformação digital do INPS e

marcante por mudar efetivamente a forma de relacionar com os beneficiários e o publico em
geral. Pode-se considerar que foi uma das maiores mudanças operadas no INPS nos últimos
anos e destaca-se pelo facto de ser realizado no ano dos 30º aniversários do Instituto.
 Publicidade e Propaganda
As atividades realizadas foram ao encontro do plano de comunicação, mormente no ano

em que o INPS comemorou os seus 30 anos. A comunicação institucional teve relevo.
Em termos de atividades realizadas destaca-se as de anúncios, publicidade e propaganda

nos canais de comunicação, a aquisição de brindes, promoções da página do Facebook,

Google maps, licença Adobe Ilustrador etc. As publicações alcançaram uma taxa de 91% e
abarcando uma diversidade de canais.
A nível de suporte físico, em 2021 foram renovadas as parcerias para a promoção da

imagem INPS, junto de duas Revistas, Leitura e Ordem dos Médicos. Ainda, foi renovado o
contrato com a Diretel – Páginas Amarelas para divulgação dos contactos da Instituição, o
qual foi assinado em setembro 2021 com a duração de um ano.
Relativamente aos órgãos de comunicação social, foram solicitadas prestações de serviço

à Televisão, Rádios, para divulgação de vídeos institucionais e avisos, respetivamente.
 Gestão canais de comunicação do INPS

o Canais internos
Com o recurso interno, foram produzidos vários suportes de comunicação, a saber:
 Designs materiais gráficos

 Vídeos
 Gestão Intranet
 Comunicação Interna
o Canais externos
 Gestão página Facebook: foram feitas 83 publicações em 2021 face aos
68 de 2020.
 Gestão Portal: em termos de performance do Portal, levando em conta
a fraca adesão em 2019, 12.000 visitantes, todavia a mesma foi superada
largamente atingindo assim 1 130 933 visualizações no ano em análise.
 Publicações: foram publicados cerca de 40 conteúdos, entre notícias,
formulários, fotos, documentos etc…
 Linha Portal (email e telefone).
 Organização de Eventos institucionais
Destaca-se nos eventos as comemorações do 30º Aniversário, a realizaçao de uma

Conferencia para reflexão sobre a segurança social pós covid-19.
 Responsabilidade Social
Em 2021, levando em consideração a tendencia das receitas arrecadadas por causa da

Pandemia e as despesas extraordinarias, decidiu suspender todos os patrocínios.

7. Melhoria na Gestão de Ativos Imobilizados e Financeiro
O programa teve como objetivo principal garantir a rentabilidade e segurança dos

investimentos em carteira do Instituto e ainda, garantir a melhoria das condições das
infraestruturas físicas do INPS, com enfoque na maior eficácia na gestão do património.
Com um orçamento inicial de 15 878,5 milhões de CVE (2020:11 953,6 Milhões CVE), á
semelhança do ano anterior, o programa sofreu uma revisão orçamental imposta pela
necessidade de cumprimento das medidas de mitigação à pandemia que chegou no país em
Março 2020, o que levou a um orçamento retificativo para 14 898,5 Milhões de CVE
(2020:16 948,9 Milhões de CVE).
O programa tem 2 projetos:
-“Gestão dos ativos financeiros segundo as melhores práticas recomendadas pela OIT e a AISS em
ordem a garantir a sustentabilidade do sistema” com o orçamento de 14 655 milhões de CVE
(2020:16 761 Milhões CVE) e “Gestão criteriosa dos ativos imobilizados” com o orçamento de
233,5 Milhões CVE (2020: 188,6 Milhões de CVE).
A taxa de execução financeira global foi de 95% (2020: 67%) onde cumpriu-se as seguintes
atividades:
 Realização de aplicações financeiras de forma eficiente;
 Cumprimento a todas as obrigações fiscais bem como o pagamento atempado de

todas as despesas bancárias referentes às aplicações;
 Produção de relatórios de acompanhamento da carteira de investimentos do INPS

nos prazos estabelecidos.
 Construção da nova sede da UPS do SAL;
 Rentabilização do Património Imobilizado do INPS;
 Implementar na DFI os serviços que garantam a qualidade dos procedimentos bem

como mitigação dos riscos inerentes à gestão financeira do INPS;
Em 2021 os investimentos financeiros do INPS realizados foram de 14 036,9 milhões de

CVE (2020: 8 766,1 milhões de CVE), correspondendo a 95% do orçamento disponivel. Os
efeitos da pandemia que ainda se fizeram sentir no pais, obrigou a uma redução do
orçamento inicial tendo em conta que cerca de 980 milhões de CVE foram transferidos do
programa para o sob a responsabilidade da DPD. No entanto, é de ressaltar que pese embora
as limitações do mercado financeiro, as oportunidades de investimento permitiram o
cumprimento do projeto em todas as atividades, com exceção das aplicações no exterior.

Os títulos da dívida pública registaram uma vez mais as aplicações mais significativas,
com execuções de praticamnete 100% do orçamento dispoinivel.
Os Depósitos a Prazo, cujo orçamento disponivel era de 2 000 milhões de CVE tiveram
um execução relativamente baixa com relação a 2020 pois que só foi executado perto de 50%
do valor disponivel (2020:100%).
Quanto às obrigações de empresas tambem ficaram aquém das expectativas, na medida

em que o mercado continua apresentando alguma limitação a nivel de disponibilização de
oportunidades de investimentos para esses ativos.
Com relação as participações financeiras, à semelhança de 2020, não se verificou

oportunidades de investimento. No entanto, a aquisição de Titulos de consolidação e
mobilização financeira (os TCMF) o INPS conseguiu cumprir na integra as atividades, tendo
respondido em 100% aos compromissos assumidos com o Banco de Cabo Verde e o Governo.
Ao abrigo do contrato de Cessão e Gestão da Carteira de Crédito, assinado entre a CVE,

NB e o INPS, no final do ano de 2021, esta carteira, avaliada em 713,2 milhões de CVE no
inicio do processo, em 2021 já se tinha registado a recuperação de cerca de 42% do valor da
carteira num valor acomulado de 306 milhões de CVE.
O projeto, “Gestão criteriosa dos ativos imobilizados”no ano 2021, teve uma execução no
valor de cerca de 103,3 milhões de CVE contra os 2,2 milhões de CVE verificados no ano
anterior, correspondendo assim a uma taxa de execução de 42%.
Das principais atividades do projeto destacam-se:
√ O arranque efetivo da empreitada para a construção da nova sede do INPS na ilha

do Sal, espargos;
√ Obras de reabilitação do edificio no Mindelo (Centro Cultural Portugues).

C. ÁREA ESTRATÉGICA APOSTA NA INOVAÇÃO E NO

CONHECIMENTO
8. Consolidação do Sistema de Informação
As atividades realizadas durante o ano 2021 concentraram sobretudo no

desenvolvimento de novas funcionalidades, bem como na melhoria e garantia permanente
da operacionalidade do Sistema de Integrado, na segurança dos sistemas de informação e
das infraestruturas tecnológicas.
O ano foi marcado inicialmente pelos trabalhos de reposição dos serviços que vinham
sendo executados na sequência do ataque cibernético registado a 25-11-2020, de consolidação
das funcionalidades desenvolvidas no ano transato e resposta a pedidos de intervenção
solicitados pelas demais estruturas.
Efetivou-se em produção, na primeira metade do ano, a consolidação das funcionalidades

dos projetos Gestão das Prestações, Conta Corrente, Integração RH – Assiduidade, Gestão
Pagamentos Pendentes e implementação das melhorias nas funcionalidades Registo NIB,
Cadastro do Utente (Beneficiário/Contribuinte), Registo do Utente sem Contrato, pesquisa
CAE.
Ainda no primeiro semestre, foi melhorado um conjunto de serviços disponíveis no portal

do INPS (www.inps.cv), nomeadamente a Consulta de Prestação, Carreira Contributiva,
Consulta Beneficiários, Simulação Pensão, Situação Contributiva, Pensão e Dados Gerais dos
Utentes.
Igualmente, foram implementados importantes instrumentos de gestão, sistemas de

informação tais como: planos de manutenção, planos de monitorização, Inventários dos
equipamentos, Baseline Software, Baseline Hardware, manuais de operação e atualização do
manual de boas práticas.
As atividades realizadas enquadraram-se em dois grandes projetos:
 “Garantia da operacionalidade e da segurança dos sistemas de informação e das

infraestruturas tecnológicas”;
 “Promoção da inovação e da modernização administrativa”.

8.1. Garantia da operacionalidade e da segurança dos sistemas de informação e das

infraestruturas tecnológicas
Os principais objetivos preconizados foram garantir a melhoraria na governança e gestão

das TI; garantir a manutenção dos sistemas de informação e das infraestruturas tecnológicas
bem ainda gerir os contratos de prestação de serviço em matéria de TI. O projeto obteve uma
taxa de eficácia global na execução das atividades previstas de 89,0% em 2021.
 Governança e Gestão das TI
O módulo de Governança e Gestão de TI incluiu a elaboração e atualização de

instrumentos e procedimentos de trabalho, a elaboração e execução do plano de manutenção
preventiva das Unidades de Previdência Social (UPS), a atualização dos procedimentos para
a padronização dos Relatórios, a elaboração do procedimento de controle de passagem das
funcionalidades ao ambiente produtivo bem como a implementação de um conjunto de
melhorias nas funcionalidades da área Core.
 Manutenção Infraestruturas Tecnológicas
Garantir que os equipamentos e sistemas desempenham de forma eficaz e eficiente todas

as suas funções, com segurança e disponibilidade, fundamentais para o instituto. Neste
sentido, ao longo do ano 2021 foi executado um conjunto de planos de manutenção
preventiva das infraestruturas tecnológicas a nível a nacional, presencial e/ou remoto. Desta
feita, as manutenções foram realizadas e concluídas a 100% em todos os postos clientes.
 Gestão de Contratos
Ao longo do ano 2021, foram geridos e mantidos vários contratos de prestação de serviço
de IT com os fornecedores NOSI, LT2 e Incentea.
o Gestão do Contracto NOSi
Neste item para além dos pedidos correntes e os controles a nível dos serviços
contratualizados, também se focou na continuidade da reposição dos serviços após o ataque
de 25-11-2020, tanto a nível do Kofax, como também nos serviços alojados na rede RTPE-
Rede tecnologia Privativo do Estado.
o Gestão do Contrato LT2
As principais atividades realizadas com este contrato foram as manutenções preventivas

e corretivas no Kofax, nomeadamente chamadas pontuais para resolução dos
constrangimentos diários.
o Gestão de outros Contratos/Novas Licenças

No decorrer do ano 2021 foi adquirida uma nova licença para o equipamento de
videoconferência em São Vicente, a funcionar de forma integrada com o sistema de Polycom
instalado na sede, possibilitando reuniões via a ferramenta MS Teams. A obtenção desta
licença e a sua operacionalização revelou ser um grande ganho para o INPS, uma vez que
tornou possível realizar reuniões do sistema Videoconferência Polycom com qualquer
colaborador de qualquer ponto conectado utilizando o MS Teams.
Ainda a nível da gestão de contratos, foram contratadas 27 horas à empresa Incentea para
a reposição dos serviços em alguns postos cliente e ajustes na aplicação primavera.
Igualmente, foram contratadas 40 horas à empresa Exportech para a reposição dos serviços
do sistema da assiduidade, afetados pelo ataque cibernético de 25-11-2020.
o Monitoração dos serviços
A monitoração e acompanhamento dos serviços in loco permitiu garantir uma taxa média
de disponibilidade de Comunicação a rondar os 98,9% no ano, não obstante alguns casos de
interrupção e quedas das comunicações em algumas UPS.
Comparativamente os serviços aplicacionais das plataformas SIPS, Portal, Kofax, não

registaram qualquer indisponibilidade de serviço com impacto significativo no
funcionamento da instituição.
8.2. Promoção da inovação e da modernização administrativa
O objetivo principal neste projeto é de desenvolver soluções inovadoras que garantem

uma boa gestão do sistema proporcionando consistência dos dados, eficácia e eficiência dos
processos operacionais. Para o ano 2021, foram previstos o desenvolvimento e a melhoria de
um conjunto de soluções, dirigidos a Gestão das Prestações, Conta Corrente ao Reporting
Analise BI. A taxa de eficácia neste projeto fixou-se em 74,2%.
Figura 26 - Soluções Previstas, 2021

De um total de desaseis (16) projetos iniciados conclui-se cinco (5), correspondentes a

31%. Os restantes 69% ficaram pendentes ou em curso, tratando-se principalmente de
projetos de outsourcing.
A implementação deste projeto baseia-se em dois eixos, a consolidação de

funcionalidades já existentes e a criação de novas funcionalidades.
 Consolidação de Módulos SI
Ao longo do ano 2021, foram vários os módulos consolidados, principalmente a nível de

funcionalidades recentes no sistema, entre os quais destacam-se: Cadastro Prestadores,
redesenho dos processos de prestação, Conta Corrente Contribuinte, ferramenta validação
do NIB, Gestão Pagamento Pendentes (Estado ORD), DPR- Declaração Periódica de
Rendimentos, Gestão de Acordos e Dashboard Portal.
 Funcionalidades Gestão das Prestações
No âmbito do projeto Gestão das Prestações, foram desenhadas cerca de catorze (14)
processos, com intervenções a nível de análise, codificação, teste e formação, e consequente
passagem ao ambiente produtivo.
A intervenção nos processos das prestações traduziu-se em ganhos, uma vez que foram
implementados novos conceitos, principalmente do processo credencial e faturação na qual
ficaram “casados”, minimizando o risco de fraude, melhorando o controle da faturação, tanto
a nível dos prestadores como a nível do consumo dos utentes.
 Importação dos dados para nova Conta Corrente
Em abril de 2021, deu-se o início ao processo de importação da nova conta corrente, com
estudo de vários cenários de tratamento de informações das contribuições registadas na
conta corrente antiga. É de realçar, o ganho que a nova funcionalidade representa devido ao
número de registos em cenários complexos de correção automática. Para cada cenário foi
estudado e criado um algoritmo para tratamento da das informações para importação.
Esta funcionalidade teve um grande impacto na conta corrente, permitindo extrair os

balancetes de forma consistente e célere, melhorando assim a gestão da conta corrente.
 Serviços do Portal
No âmbito das medidas de simplificação e modernização administrativa dos serviços da

proteção social, o INPS disponibiliza no seu portal vários serviços online aos utentes com a
finalidade de facilitar a sua interação com os mesmos. Esses serviços permitem por um lado,
reduzir substancialmente a carga e os custos administrativos do INPS e por outro permitem
aos utentes pouparem em esforço e custo financeiro que poderiam provocar a deslocação aos
serviços do INPS.

Serviços Descrição
Permite aos utentes consultarem todas as prestações usufruídas no

INPS, que estão agrupadas por ano e por tipologia, facilitando os
Consulta de Prestação
mesmos nos eventuais esclarecimentos, sobre a suas prestações
usufruídas.
Permite fazer a consulta de todas as contribuições que foram feitas

ao INPS, agrupados por ano e detalhadas por mês de referência,
Carreira Contributiva
facilitando assim usar essa informação na simulação de cálculo da
pensão.
Novo serviço que permite ao utente consultar o seu número de

Consulta Beneficiários Segurança Social e seu estado, isto é, se está ativo ou não. Emite
ainda uma Declaração que o utente pode imprimir.
Permite através do portal que um contribuinte solicite uma

Situação Contributiva declaração da situação contributiva sem deslocar a um balcão do
INPS e à distância de um click.
Permite aos utentes efetuarem a simulação das pensões de acordo

Simulação de Pensão
com os dados da carreira contributiva e a legislação em vigor.
Permite aos utentes consultarem os seus dados do Cadastro no

Dados Geral dos INPS. Caso venham a detetar alguma informação incorreta,
Utentes podem sempre contactar o INPS ou proceder com a correção
utilizando as funcionalidades disponibilizadas.
A execução orçamental do programa “Consolidação do Sistema de Informação” foi 81,5%.

O programa Garantia Da Operacionalidade e Da Segurança Dos Sistemas de Informação e
das Infraestruturas Tecnológicas exigiu um reforço orçamental na ordem dos 23% por
contrapartida do programa Promoção da Inovação e da Modernização Administrativa que
teve uma taxa de execução na ordem dos 2%. A baixa taxa de execução orçamental deste
último projeto prende-se com a não implementação de atividades outsourcing que estavam
previstas para o ano de 2021, devido sobretudo aos efeitos da pandemia.

D. GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO GERAL
9. Programa Melhoria na Gestão de Tesouraria e da Qualidade de

Informação Financeira
O programa de apoio à gestão, “Melhoria na Gestão de Tesouraria e da Qualidade de
Informação Financeira”, inclui 2 projetos com orçamento inicial avaliado em 42,095 Milhões
CVE, e teve uma taxa de execução financeira de 82% (2020:83%). Os projetos do programa
dividem-se em:
- “Gestão com total segurança dos pagamentos e da carteira de ativos” – atribuído

essencialmente para garantir o bom funcionamento do Centro de Acolhimento a Doentes e
Evacuados em Portugal (CADE), foi orçado inicialmente em 37,695 Milhões de CVE (2020:
31,1 Milhões de CVE), tendo o desempenho das atividades obrigado a uma correção do
orçamento em cerca de 794 mil CVE. O projeto teve assim uma taxa de execução financeira
de 80% (2020: 81%);
- “Garantia da elaboração atempada do orçamento, das contas e do relatório de exercício” - com

uma dotação orçamental de 4,4 Milhões de CVE (2020: 3,5 Milhões de CVE) o projeto teve
uma taxa de realização financeira de 92% (2020:100%) no exercício.
As atividades com maior relevância realizadas no âmbito do programa em epigrafe

foram as seguintes:
 Apresentação das contas 2020 bem como promoção e conclusão do processo de

auditoria externa do INPS;
 Apresentação de todos os instrumentos de Gestão e Prestação de Contas;
 Promoção de parcerias institucionais com vista o tratamento das dividas do sector
público;
 Registar todos os pagamentos e recebimentos do INPS, garantindo a transferência e
registo atempado de todas as prestações, despesas de funcionamento e investimento
do Instituto, bem como, garantir o registo dos recebimentos de contribuições, receitas
financeiras e outros;
 Prestar um serviço de qualidade, tratando e respondendo às não conformidades
detetadas nos serviços da DFI ao nível das auditorias internas e externas realizadas.
10. Boa Gestão dos Recursos Humanos
A optimizaçao dos Recursos Humanos constitui um dos desideratos do programa

“Melhoria do nível de satisfação e de produtividade do pessoal do INPS”, cujo o efeito é a
Excelência Organizacional.

O Plano de Contingência em linha com as recomendações das Autoridades da Saúde

continuou a vigorar todo o ano 2021.
 Estrutura dos Colaboradores
No final do ano de 2021, o INPS contava com 234 colaboradores, refletindo um

crescimento de 3,5% em relação a 2020. Os colaboradores do sexo feminino continuam a ser
predominantes com um peso de 56,0%.
Quadro 43 - Número colaboradores INPS por sexo, 2019-2021
Ano Variação Homóloga

2019 2020 2021 Peso 2018/19 2020/21
Colaboradores 222 226 234 100.0% 0,5% 3,5%
Homens 96 98 103 44,0% 9,1% 2,1%
Mulheres 126 128 131 56,0% 2,4% 1,6%
Fonte: DARH
 Distribuição Geográfica
O INPS tem estabelecimento em todas as ilhas e em Portugal(CADE) com seis

colaboradores. A ilha de Santiago tem 54,7 % dos colaboradores correspondentes a 128,
seguido da ilha de São Vicente e do Sal com 22,2% (52) e 9,4% (22), respetivamente.
 Distribuição do Pessoal por Idade
A idade média dos colaboradores do INPS em 2021 é de 44 anos, sendo o colaborador

com a maior idade de 64 anos e o mais jovem com 20 anos. A estrutura etária dos
colaboradores demonstra que num horizonte de 5 anos, 28 mulheres e 9 homens reunirão
as condições para entrarem num processo de reforma por idade.
Figura 27 - Estrutura Etária dos Trabalhadores do INPS, 2021
Fonte: DARH, INPS, 2022.

 Distribuição do Pessoal por Habilitações Literárias
A nivel das qualificaçoes, em 2021 observou-se que o índice de tecnicidade (número de

técnicos superiores/total de colaboradores) situou nos 60,7%, valor superior em 2,3 p.p.
quando comparado com o ano de 2020, seguido dos colaboradores com 12º ano de
escolaridade com 26,1%.
Figura 28 - Estrutura do quadro do pessoal do INPS por habilitações literárias, 2021
% Técnicos % Técnicos
Especializados % Técnicos Gerais % Técnicos Auxiliares
Superiores
60,7% 6,4% 26,1% 6,8%
 Distribuição do Pessoal por Antiguidade
Os colaboradores com menos de 10 anos de tempo de serviço representam 41,9% (-2,8

p.p. face a 2020), seguido do grupo dos 10 a 19 anos de tempo de serviço com 26,5% (+3,0
p.p.). O grupo dos 20 a 29 concentrou aproximadamente 18% (-0,6 p.p.) dos colaboradores.
Figura 29 - Colaboradores do INPS por sexo, segundo o tempo de serviço, 2020 – 2021
60 56
52
49
50 46
42
40 32
30 25 24 26
21 22
16 17 18
20
10 6 5
2 1
0
0a4 5a9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 + anos
Ano 2020 Ano 2021
 Admissões, Rescisões e Licenças Sem Vencimento
No ano de 2021 foram recrutados 8 (oito) colaboradores no INPS. Destes oito

colaboradores 4 (quatro) faziam parte do programa de estágios no âmbito do protocolo
existente entre o INPS e o IEFP, estes foram convertidos os contratos de estágios em contrato
de trabalho por tempo determinado e dos outros 4 (quatro), 1 (um) foi recrutado no âmbito
do processo concurso público e os outros 3 (três) foram recrutados através do programa de
estágio profissional desenvolvido pelo INPS.

Encontra-se em mobilidade um total de 6 colaboradores, sendo 5 por requisição e 1 por

cedência temporária.
As admissões tiveram como objetivo sobretudo a reposição de 8 colaboradores que

deixaram o INPS, sendo 6 por motivo de reforma por velhice e 2 por licença sem
vencimento.
 Encargos e gestão do PCCS
Os custos em ordenados e salários e remunerações adicionais em 2021, somaram cerca

de 422 mil contos, correspondendo a uma variação anual de 1,4%. A variação deve-se
sobretudo pelo aumento das remunerações adicionais em 8,0%.
Enquadrado na política de gestão dos Recursos Humanos foram progredidos 49

Colaboradores, com variação salarial (PCCS) a rondar os 4%, sendo 14 das progressões no
cargo de chefia.
Quadro 44 - Despesas com Pessoal (mil CVE), 2019-2021
Ano Variação absoluta Variação Relativa

Custo com Pessoal
2019 2020 2021 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Ordenados e Salários 284 265 291 436 288 533 7 171 -2 903 2,5% -1.0%
Remunerações Adicionais 70 807 63 736 68 863 -7 071 5 127 -10,09% 8.0%
Encargos Sobre Remunerações 49 118 59 648 59 771 10 530 123 23,0% 0.2%
Outros Custos com o pessoal 10 959 1 991 5 309 -8 968 3 318 -88,8% 166.6%
Total 415 149 416 837 422 476 1 688 5 639 0,4% 1.4%
Fonte: DFI, INPS, 2022
No ambito do reforço das competencias, realizou-se 34 mobilidades entre estruturas no

ano de 2021. No que refere a transferência foi transferida uma colaboradora, a pedido, da
Ilha de Santiago para a Ilha de São Vicente.
 Formação
Visando a continuidade do desenvolvimento e a capacitação dos colaboradores do INPS,

no ano 2021, devido a continuidade da Pandemia do COVID 19, a semelhança do ano
transato optou-se, para a maioria das formações, na modalidade e-learning. Assim, 53
colaboradores participaram em algumas ações, principalmente através das plataformas
digitais, nomeadamente:
 Finanças Sustentáveis: De acordo com o programa, a formação sobre Finanças

Sustentáveis proporciona aos participantes importância do tema, os seus impactos
com o especial enfoque nos “Blue Bonds”.

 Gestão de Recursos Humanos para não Gestores de Recursos Humanos: O objetivo

da formação foi ativar a consciência dos participantes para a importância de uma boa
gestão do capital humano; compreender os diferentes modelos e práticas de
recrutamento e seleção, socialização, formação e desenvolvimento, avaliação de
desempenho e gestão de carreiras e remunerações; diagnosticar e compreender
fatores críticos no processo de comunicação interna
 Coaching para Executivos: Proporcionar aos participantes conhecimentos, técnicas e

ferramentas de Coaching para desenvolvimento de competências de executivos de
alta performance.
 Gestão Financeira de Instituições de Segurança Social: Esta formação teve enfoco

na cobrança de dívidas, numa lógica que privilegie a solução prestacional. Ou seja, a
referida formação teve como foco as técnicas de negociação aplicadas às cobranças,
em particular, de contribuições, mas sem esquecer eventuais processos de
ressarcimentos que decorram, por exemplo, de pagamentos indevidos que tenham
sido efetuados.
 Gestão de Prioridades para produtividade e Equilíbrio Emocional: Ajudar os

participantes a desenvolver as competências necessárias para uma gestão eficaz do
tempo, permitindo um melhor desempenho, tanto a nível pessoal, como profissional.
A formação pretendeu também dotar os formandos de competências que melhor os
permitam identificar as principais fontes de desperdício de tempo e a dominar as
principais técnicas e instrumentos de planeamento, de acordo e de organização do
tempo.
 ITCILO Pension Course: Proporcionar aos participantes uma compreensão

aprofundada dos conhecimentos e competências relevantes relacionadas com todas
as áreas funcionais da pensão, ou seja, a administração legal, o investimento, a
liderança e a gestão, governança e estratégia, gestão de projetos, elaboração de
políticas avaliação e gestão financeira na gestão dos fundos de pensões.
 Seminários, Conferências e Workshop
No ano de 2021, os colaboradores do INPS participaram ainda em 8 (oito) eventos,
o Conferência alteração do código laboral

o Coloquio internacional “O Direito em contexto de pandemia”
o Conversa Aberta “Acesso as Prestações Imediatas”
o Workshop sobre Dinamicas Organizacionais
o III Congresso OPACC
o Cuidados Estomatológicos

o Forum ARAP: Principio da concorrência e participação em procedimentos da

Contrataçao Publica
o Atelier promovidos no ambito da Extenão e Sensibilizaçao sobre Protecçao
Social.
Quanto aos resultados de S&A do programa “Acompanhamento e Boa Gestão dos

Recursos Humanos”, foram positivos estabelecendo em 2021 uma taxa de eficácia global de
88,6% e uma taxa de execução financeira de 83,4%, levando a uma taxa de eficiência de
106,2%.
11. Gestão Administrativa e Logística do INPS
Para garantir o cumprimento da melhoria continua das condições de trabalho e

concomitantemente garantir a prestação de um serviço de qualidade, foi definido o
programa “Melhoria da gestão dos imóveis e fornecimentos internos e dos equipamentos
e das aquisições públicas”.
Para o ano 2021, destacam-se as seguintes atividades:
 Remodelação do Centro Cultural do Mindelo na Ilha de São Vicente (Imóvel do INPS

que está arrendado ao Centro Cultural do Mindelo)
 Remodelação de Balcão de Atendimento em Santa Maria, Ilha do Sal
 Remodelação de Balcão de Atendimento na Cidade de Espargos, Ilha do Sal
 Remodelação do Balção de Atendimento do Concelho de Santa Cruz, Ilha de

Santiago
 Conservação e Manutenção de Edifícios: Processar e pagar a Assistência Técnica

para manutenção de eletricidade, frio e canalização (Santiago e São Vicente)
manutenção preventiva dos edifícios Sede, Cidade da Praia e na Cidade do Mindelo,
que têm como objeto a manutenção preventiva das instalações hidráulicas, elétricas,
ventilação e aparelhos de Ar condicionado.
 Acompanhar a Manutenção de Edifícios, Máquinas e Aparelhos: Manutenções dos

elevadores dos edifícios da Praia e São Vicente
 Acompanhar serviços de assessoria técnica e de acompanhamento dos trabalhos de

reparação do edifício da sede nacional, em virtude dos danos causados pelas chuvas
de 2019.
 Garantir a manutenção do parque automóvel composto por 13 viaturas a nível

nacional, baseado num plano previamente definido de Conservação e Manutenção
de Equipamentos de Transporte e Seguro De Equipamento De Transporte;

 Garantir a Manutenção geral do parque de equipamentos informáticos: Substituição

das Impressoras já obsoletas, bem assim, a Manutenção Geral do Parque Informático
 Gestão de Economato e Serviços Geridos: Garantia dos serviços de Limpeza,

Segurança e Vigilância, arredamentos de imoveis, controlo e seguimento do
Consumo de Energia e Água, Custos de Comunicação, gestão do Fundo
Administrativo além da implementação um Modelo de Gestão de Fornecedores
 Reforço da gestão do arquivo global do INPS.
As despesas de funcionamento cresceram na ordem dos 17,0%, alcançando um total de

236 916 milhares de CVE em 2021. Em termos absolutos, foi a rubrica trabalhos
especializados que mais cresceu com uma despesa adicional de 21 461 milhares de CVE
(+29,3%) face ao ano 2020. Em termos relativos, embora ainda muito abaixo dos valores de
2019, constata-se que a rubrica deslocações e estadas foi registou uma variação positiva face
a 2020, porém não real, uma vez que durante o ano 2020 praticamente não se realizou
deslocações.
A rubrica Publicidade e Propaganda registou-se uma variação de 129% devido as

comemorações do 30 º Aniversario do INPS em 2021 a nível nacional e ainda porque durante
o ano 2020 não se realizou as atividades programadas em virtude da crise pandémica.
Quadro 45 - Custos globais - Despesas de Funcionamento (mil CVE), 2019-2021
Ano Variação Absoluta Variação Relativa

Rubricas Ano 2019 Ano 2020
2021 2019/20 2020/21 2019/20 2020/21
Vigilância e segurança 20 698 21 820 25 641 1 122 3 821 5.4% 17.5%
Eletricidade 17 090 18 344 15 501 1 254 -2 843 7.3% -15.5%
Publicidade e propaganda 4 859 3 020 6 918 -1 839 3 898 -37.8% 129.1%
Rendas e Alugueres 3 808 3 358 3 332 -450 -26 -11.8% -0.8%
Honorários 8 264 6 775 6 676 -1 489 -99 -18.0% -1.5%
Outros fornecimentos e serviços 9 988 9 037 11 474 -951 2 437 -9.5% 27.0%
Trabalhos especializados 78 728 73 324 94 785 -5 404 21 461 -6.9% 29.3%
Limpeza, higiene e conforto 11 930 13 795 12 429 1 865 -1 366 15.6% -9.9%
Deslocações e estadas 6 029 1 447 3 652 -4 582 2 205 -76.0% 152.4%
Serviços bancários 14 021 0 14 021 n.a. n.a.
Outros, inferiores a mil CVE 10 000 63 793 51 596 42 488 -12 197 -9 108 -19.1% -17.7%
Total 225 187 202 516 236 916 -23 462 34 401 -10.1% 17.0%
n.a.: não aplicável
Fonte: DFI, INPS, Março 2022.

VI. SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO DO PAO 2021
1. Resultados globais do processo de seguimento e Avaliação
O relatório em análise pretende apresentar os resultados conseguidos no processo de

Seguimento e Avaliação (S&A) relativos ao exercício de Planeamento e Orçamentação de
2021. O INPS durante o exercício em referência executou 27 projetos, 23 dos quais com
orçamento.
A escala de avaliação tem, para este ano, cinco níveis:
 Muito Bom – os objetivos dos programas ou projetos foram alcançados de acordo

com o plano ou com um ligeiro desvio de até 15%;
 Bom – objetivos cumpridos entre 70% e 85%;
 Satisfatório – avaliação intermédia, entre 50% e 70% de execução;
 Não Satisfaz – avaliação negativa, entre 30% e 50% de execução; e
 Mau – resultados muito abaixo das metas traçadas no início do ano, abaixo dos
30% de execução.
Quadro 46 - Avaliação qualitativa da Eficácia e Execução Financeira no processo de S&A do

INPS - Escala de Cor
Resultados Taxa de Eficácia Global Taxa de Execução Financeira Avaliação

Abaixo de 30% Vermelho Vermelho Má
Entre 30% e 50% Vermelho Claro Vermelho Claro Não Satisfaz
Entre 50% e 70% Amarelo Amarelo Satisfatória
Entre 70% e 85% Verde Claro Verde Claro Bom
Entre 85% e 100% Verde Verde Muito Bom
Entre 101% e 115% Verde Claro Bom
Entre 115% e 125% Amarelo Satisfatória
Entre 125% e 150% Vermelho Claro Não Satisfaz
Acima de 150% Vermelho Má
Os projetos previstos no PAO 2021 foram executados de forma satisfatória ou positiva

a 81,5% (80% em 2020) enquanto a execução financeira inerente fixou-se em 52,2% (60% em
2020), correspondendo a uma eficiência satisfatória ou positiva de 51,9% (60% em 2020).
É de realçar que existem dois projetos relativos à extensão da cobertura que tiveram
execuções financeiras nulas com a não realização das atividades previstas, devido à situação
sanitária difícil que viveu o país ainda em 2021. O projeto da melhoria da eficácia dos
processos jurídicos ficou também fortemente condicionado. A taxa de execução financeira,
sem esses projetos, seria satisfatória ou positiva em 60,0% e taxa de eficiência em 56,0% do
total de projetos.

Figura 30 - Resultados Globais do Processo de Seguimento e Avaliação, 2021
Execução Atividades S&A Taxa de Eficiência Execução Financeira

2021 S&A2021 S&A 2021
0.7% Má
0.9%
2.2% 2.6%
1.1% Não 2.6%
4.8% Satisfaz
1.1% Satisfatóri 2.6%
a
Bom
2.6%
Muito 2.2%
1.7% 2.2%
2.2% Bom
0.4%
Os resultados comparados das execuções físicas e financeiras mostram a necessidade de

rever o processo de orçamentação ou até da execução financeira, principalmente dos projetos
das Direções Suporte e dos Gabinetes de Assessoria.
2. Desempenho na Execução das Atividades
O desempenho na realização das atividades, apesar da volta gradual ao normal,

continuou marcado por um contexto difícil de pandemia. Os projetos relativos à extensão da
cobertura, aos processos jurídicos, à recuperação de divida e de construção/remodelação de
edifícios ficaram condicionados pela situação sanitária ainda vivida em 2021. Foram ao todo
cinco (5) projetos com taxas de eficácia abaixo dos 50%, com destaque ao projeto “Plano
estratégico de comunicação para a extensão da cobertura contributiva 2019-2021” que nem
sequer foi executado.
Por outro lado, treze (13) dos vinte e sete (27) projetos tiveram um desempenho muito
bom, ou seja, com taxas de eficácia acima dos 85%. Os demais projetos, nove (9) em vinte e
sete (27), registaram taxas de eficácia global entre 68,3% e 85,0%.
3. Avaliação da Execução Financeira
Os projetos das áreas de negócio e de suporte do INPS tiveram de uma forma geral boas
taxas de execução financeira, entre 75% e 113%. Destacam-se os projetos de pagamento das
prestações pecuniárias e da assistência na doença, com execuções orçamentais de 101,6% e
103,1%, respetivamente.
Por outro lado, os projetos das áreas de assessoria registaram praticamente todos taxas de
execução financeira abaixo dos 50%, devido em grande parte às limitações ainda vividas
em 2021 por causa da Covid-19.

4. Mapa de Seguimento e Avaliação
Quadro 47 - Seguimento e Avaliação dos Projetos do PAO 2021
Descrição Físico Financeiro Eficiência

Garantia do pagamento atempado das prestações e em conformidade com a legislação (Prestações
75.6% 101.6% 74.4%
Pecuniárias)
Garantia do pagamento atempado das prestações e em conformidade com a legislação
92.5% 103.1% 89.7%
(Assistência Médica, Hospitalar e Medicamentosa)
Eficiência organizacional na gestão da assistência na doença 34.8% 41.2% 84.4%
Melhoria na Gestão do Cadastro e das Contribuições
Aprimoramento do registo de remunerações e de cobrança de contribuições 79.8% 113.4% 70.3%
Consolidação da qualidade de informação e aprimoramento dos mecanismos de gestão de
97.3% S.O. 97.3%
cadastro
Recuperação de contribuições em dívida, prevenção e combate ao incumprimento e evasão
45.7% S.O. 45.7%
contributiva
Promoção da Legalidade Contributiva e Prestacional
Reforçar a fiscalização e alargamento do seu âmbito material, territorial e factual 78.7% 53.7% 146.6%
Melhoria da Eficácia dos Processos Jurídicos 69.9% 18.5% 376.7%
Promoção da extensão da cobertura contributiva 45.0% 0.0% 45.0%
Reforço da produção de conhecimento como suporte essencial para uma gestão sustentável do
82.0% 25.6% 320.0%
sistema de proteção social obrigatório
Melhoria na Qualidade dos Serviços Prestados
Melhoria do atendimento a todos os utentes do INPS (Região Norte) 92.3% 82.7% 92.3%
Adequação das estruturas e mecanismos de atendimento às especificidades dos grupos-alvo da
100.0% S.O. 100.0%
extensão da cobertura contributiva (Região Norte)
Melhoria do atendimento a todos os utentes do INPS (Região Sul) 97.1% 33.6% 288.8%
Adequação das estruturas e mecanismos de atendimento às especificidades dos grupos-alvo da
100.0% S.O. 100.0%
extensão da cobertura contributiva (Região Sul)
Melhoria da governança relativa ao controle interno e à conformidade dos processos 88.8% 196.0% 45.3%
Aprimoramento do controle interno e da conformidade dos processos visando a melhoria do
90.0% 32.3% 278.9%
sistema de gestão
Melhoria da governança relativa ao controle interno e à conformidade dos processos Risco 68.3% 30.6% 222.9%
Melhoria na Comunicação e Imagem Institucional
Planeamento e execução das ações de comunicação e melhoria da imagem do INPS 91.2% 65.0% 140.3%
Plano estratégico de comunicação para a extensão da cobertura contributiva 2019-2021 0.0% 0.0% 0.0%
Melhoria na Gestão de Ativos Imobilizados e Financeiros
Gestão dos ativos financeiros segundo as melhores práticas recomendadas pela OIT e a AISS em
71.8% 89.7% 80.0%
ordem a garantir a sustentabilidade do sistema
Gestão criteriosa dos ativos imobilizados 26.3% 40.7% 64.4%
Consolidação do Sistema de Informação
Garantia da operacionalidade e da segurança dos sistemas de informação e das infraestruturas
89.0% 123.0% 72.3%
tecnológicas
Promoção da inovação e da modernização administrativa 74.2% 1.6% 4603.0%
Melhoria na Gestão de Tesouraria e na Qualidade de Informação Financeira
Garantia da elaboração atempada do orçamento, das contas e do relatório de exercício 86.5% 92.3% 93.8%
Gestão com total segurança dos pagamentos e da carteira de ativos 100.0% 74.6% 134.0%
Melhoria da gestão dos edifícios e locais, dos fornecimentos internos e equipamentos e das
aquisições públicas
Gestão das aquisições de bens e serviços, gestão dos imóveis, do parque automóvel e dos
68.7% 62.6% 109.7%
fornecimentos internos
Acompanhamento e Boa Gestão dos Recursos Humanos
Melhoria do nível de satisfação e de produtividade do pessoal do INPS 88.6% 79.9% 110.8%
S.O.: Sem orçamento, projeto com orçamento nulo.

A Vida Toda
RELATÓRIO DE CONTAS 2021

VII. ANÁLISE ECONÓMICA FINANCEIRA DO EXERCÍCIO
1. Resultados
A 31 de dezembro de 2021, os resultados do exercício atingiram 4 348 milhões de CVE

(2020:4 999 milhões de CVE), representando um decréscimo de cerca de 13% relativamente
ao ano anterior. As contribuições cresceram 4% em relação a 2020, fixando-se em 11 242
milhões de CVE (2020: 14 843 milhões de CVE) e as prestações cresceram 8% (2020: 3%),
traduzindo-se em termos absolutos em mais 439 milhões de CVE relativamente ao ano
anterior.
1.1. Proveitos e Ganhos
Os proveitos e ganhos do exercício de 2021 chegaram aos 13 723,6 milhões de CVE

(2020:13 432,8 milhões de CVE) conforme quadro abaixo:
Proveitos e Ganhos(mil CVE) 2021
2021 2020 Var. (%)

Rubricas
Valor Peso (%) Valor Peso (%) 2021/2020
Contribuições 11 242 027 81,92% 10 843 256 80,72% 3,68%
Outros proveitos operacionais 118 532 0,86% 142 697 1,06% -16,93%
Total dos proveitos operacionais 11 360 559 82,78% 10 985 953 81,78% 3,41%
Proveitos e ganhos financeiros 2 138 845 15,59% 2 190 328 16,31% -2,35%
Proveitos e ganhos extraordinários 224 163 1,63% 256 537 1,91% -12,62%
Total 13 723 567 100,00% 13 432 818 100,00% 2,16%
1.2. Custos e Perdas
Os custos e perdas do exercício de 2021 cifraram-se em 9 375,7 milhões de CVE (2020:8

433 milhões de CVE), uma variação positiva de 11% comparativamente ao período homologo
e decompondo-se da seguinte forma:
Gastos e Perdas (mil CVE) 2021
2021 2020 Variação

Rúbricas
Valor Peso Valor Peso 2021/20
Doença e maternidade 2 977 219 31,75% 2 767 732 32,82% 7,57%
Prestações diferidas (pensões) 2 612 194 27,86% 2 386 273 28,29% 9,47%
Abono de família e prestações
411 066 4,38% 407 584 4,83% 0,85%
complementares
Desemprego 67 212 0,72% 131 642 1,56% -48,94%
Custos com o pessoal 432 281 4,61% 416 837 4,94% 3,71%
Fornecimentos e serviços externos 236 916 2,53% 202 516 2,40% 16,99%
Impostos e Outros custos
4 125 0,04% 2 938 0,03% 40,39%
administrativos
Amortizações de imobilizado corpóreo e
65 656 0,70% 61 675 0,73% 6,45%
incorpóreo
Provisões do exercício 512 776 5,47% 454 590 5,39% 12,80%
Total dos Custos Operacionais 7 319 445 78,07% 6 831 788 81,01% 7,14%
Custos e Perdas Financeiras 163 400 1,74% 160 682 1,91% 1,69%
Custos e perdas extraordinárias 1 892 860 20,19% 1 441 143 17,09% 31,34%
Total 9 375 704 100,00% 8 433 613 100.00% 11,17%

2. Balanço e Estrutura patrimonial
Em 31 de dezembro de 2021, o ativo líquido do INPS atingiu o montante de 101 656

milhões de CVE (2020: 97 576 milhões de CVE), registando uma valorização de 4%
relativamente ao ano anterior. As reservas e os resultados do exercício apresentam um peso
preponderante no Balanço, respetivamente cerca com de 88% e 4 % respetivamente (2020:
87% e 5%) da estrutura patrimonial.
As disponibilidades em 2021 tiveram um peso de 42% na estrutura do ativo do balanço,

(2020: 45%) seguido das imobilizações financeiros com 47% (2020: 42%).
O passivo decresceu 3% (2020: 2%), passando de 8 147 milhões de CVE para 7 871 milhões
de CVE, advindo sobretudo da diminuição com as dividas com terceiros.
Balanço Sintético (milhões de CVE)
2021 2020 Variação

Rúbricas
ACTIVO
ACTIVO FIXO:
Imobilizações Incorpóreas 0 0,00% 0 0,00% 0,00%
Imobilizações Corpóreas 1 172 1,15% 1 136 1,16% 3,15%
Imobilizações Financeiras 48 417 47,63% 40 667 41,68% 19,06%
ACTIVO CIRCULANTE:
Dividas de terceiros de curto prazo 9 075 8,93% 9 440 9,67% -3,87%
Disponibilidades 40 864 40,20% 44 184 45,28% -7,51%
Acréscimos e diferimentos 2 128 2,09% 2 150 2,20% -1,01%
TOTAL DO ACTlVO 101 656 100,00% 97 576 100,00% 4,18%
FONTES
SITUAÇÃO LÍQUIDA:
Reservas 89 430 87,97% 84 431 86,53% 5,92%
Resultado Líquido 4 348 4,28% 4 999 5,12% -13,03%
FONTES (X)=(Q+R+T+U) 93 778 92,25% 89 430 91,65% 4,86%
PASSIVO:
Dívidas a Terceiros - a Curto Prazo: 7 704 7,58% 7 964 8,16% -3,27%
Acréscimos e diferimentos 174 0,17% 182 0,19% -4,50%
TOTAL DO PASSIVO (X)=(Q+R+T+U) 7 878 7,75% 8 147 8,35% -3,29%
TOTAL DAS FONTES (Z)=(P+X) 101 656 100,00% 97 576 100,00% 4,18%
3. Ativos Financeiros
A carteira de ativos financeiros cresceu em 2021 em cerca de 4% (2020: 5%) alcançado o

montante de 89 255 milhões de CVE (2020: 85 761 milhões de CVE) e com a seguinte
estrutura:

Activos Financeiros (mil CVE)
Ano de 2021 Ano de 2020 Variações (%)

Descrição
- Depósitos à ordem 20 045 695 22.46% 25 535 225 29.77% -21.50%
- Depósitos a prazo 20 567 815 23.04% 18 648 372 21.74% 10.29%
- Bilhetes do Tesouro 250 000 0.28% 0 0.00% #DIV/0!
- Empréstimos concedidos 266 667 0.30% 300 000 0.35% -11.11%
- Obrigações de empresas 1 525 547 1.71% 1 659 907 1.94% -8.09%
- Obrigações do Tesouro 29 573 036 33.13% 27 201 555 31.72% 8.72%
- Títulos de Participação (TCMF) 11 366 306 12.73% 6 761 338 7.88% 68.11%
- Acções 5 594 817 6.27% 5 589 682 6.52% 0.09%
- Imóveis de rendimento 65 000 0.07% 65 000 0.08% 0.00%
Total 89 254 883 100.00% 85 761 078 100.00% 4.07%
Em 2021, os TCMF foram os ativos com maiores taxas de crescimento à semelhança do

ano 2019, em que os títulos de consolidação e mobilização financeira (TCMF) favoreceram
um crescimento extraordinário da carteira devido à integração do fundo de pensões do BCA
na carteira de ativos do Instituto. Em 2021, com a aquisição dos títulos pertencentes ao BCV,
a rubrica voltou a crescer exponencialmente em termos absolutos representando mais 68%
comparativamente a 2020. No entanto, os depósitos em carteira constituem os ativos de maior
peso da carteira (46%), seguido dos Títulos do tesouro com 33%. As ações das empresas
representam 6% dos ativos, com um crescimento de 0.09% relativamente ao período
homologo em virtude da conversão dos dividendos do Afreximbank em novas ações. As
Obrigações de empesas decresceram face ao ano anterior, pois que não se verificou novas
aquisições em 2021. Por fim é de se assinalar o decréscimo a nível dos empréstimos
concedidos, e que esta relacionada com o capital de suporte ao protocolo celebrado com a
CAIXA, para gestão de pedidos de créditos habitação dos trabalhadores do INPS, uma vez
que não se verificou o reforço da aplicação, e por outro lado as tranches do capital foram
atingindo a maturidade e sendo reembolsados ao INPS.
3.1. Os Rendimentos Financeiros
Os rendimentos financeiros em 2021 cifraram-se em 2 139 milhões de CVE (2020: 2 190

milhões de CVE), uma variação homologa decrescente de 2% e com a seguinte estrutura:

Rendimentos Financeiros (Mil CVE)
Ano de 2021 Ano de 2020 Variações (%)

Descrição
- Depósitos a prazo 564 026 26,37% 598 878 27,34% -5,82%
- Bilhetes do Tesouro 8 349 0,39% 1 465 0,07% 469,82%
- Depósitos à ordem 132 078 6,18% 174 929 7,99% -24,50%
- Obrigações do Tesouro 1 208 878 56,52% 1 213 426 55,40% -0,37%
- Obrigações de empresas 93 403 4,37% 57 404 2,62% 62,71%
- Acções 119 761 5,60% 130 422 5,95% -8,17%
- Financimaneto CECV 6 973 0,33% 6 753 0,31% 3,27%
-Rendas e Alugueres 4 548 0,21% 4 548 0,21% 0,00%
- Títulos de Participação (TCMF) 0 0,00% 1 996 0,09% -100,00%
-Juros de Emprestimos Internos 830 0,04% 507 0,02% 63,61%
Total 2 138 845 100,00% 2 190 328 100,00% -2,35%
3.1.1. Obrigações do Tesouro (OT)
A rentabilidade média das obrigações do tesouro baixou para 4,1% (2020: 5), fazendo-
se sentir o impacto da queda da taxa de retorno desses ativos na carteira.
3.1.2. Depósitos bancários (DP+DO)
Em 2021, os juros de depósitos a ordem foram de 132 milhões de CVE (2020: 175
milhões de CVE), com uma rentabilidade nominal de 1% e uma variação homologa de cerca
de 25% negativos.
Os juros de depósitos a prazo atingiram os 564 milhões de CVE (2020: 599 milhões de
CVE), com uma rentabilidade nominal media de 2,5 % (2020: 3%), reiterando a tendência de
queda da rentabilidade desses ativos que se vem verificando no mercado financeiro.
3.1.3. As Participações sociais
À semelhança de 2020, a única aquisição de participações socias em 2021 foi a

conversão dos dividendos de 2020 em novas ações na participada AFREXIMBANK.
As participações sociais renderam ao INPS dividendos de cerca de 120 milhões de CVE

(2020:130 milhões de CVE), menos 8% (2020+ 130%) que o ano anterior.

Partes de Capital
Valor (mCVE) Variações (%)

Empresa
2021/2020
2021 2020
CVC 40 646 40 646 0,00%
Ceris 99 876 99 876 0,00%
Garantia 24 380 24 380 0,00%
CECV 1 232 245 1 232 245 0,00%
Promotora 50 000 50 000 0,00%
CV Telecom 2 829 527 2 829 527 0,00%
Enacol 27 640 27 640 0,00%
Novo Banco - --
Hotelmar 40 40 0,00%
Electra 525 157 525 157 0,00%
SOPHIS - --
BCA 556 799 556 799 0,00%
Afreximbank 208 508 203 372 2,53%
Total 5 594 817 5 589 682 0,09%
Dividendos de 2021 (m CVE)
mCVE Variações (%)

Empresas
2021 2020 2019 2021/2020 2020/2019
BCA 46 433 - #DIV/0!
CV Telecom 54 322 105 119 100,00% #DIV/0!
Enacol 0 7 388 1 312 -100,00% 462,99%
CECV 44 690 -100,00%
Garantia 13 159 12 447 10 668 5,72% 16,67%
CVC - #DIV/0!
Afreximbank 5 845 5 468 - -
Total 119 758 130 422 56 670 -8,18% 130,14%
3.1.4. Obrigações de empresas
Não foram efetuadas aquisições de obrigações de empresas em 2021 a semelhança de

2020. O retorno desses ativos fixou-se 93 milhões de CVE (2020:57 milhões de CVE) e a
rentabilidade nominal média foi de 5,9% (2020:3%).
3.2. Financiamento CECV
Os juros dos empréstimos concedidos à CECV, no âmbito do protocolo de concessão

de linha de crédito aos trabalhadores do INPS, atingiram o montante de 7 milhões de CVE
(2020: 7 milhões de CVE).
4. Execução Orçamental
À semelhança dos anos anteriores, foram realizadas reafectações orçamentais entre

rubricas constantes do Orçamento e devidamente autorizadas pela Comissão Executiva do
INPS, enquadrados nos programas de execução orçamental para que se pudesse cumprir as
atividades do PAO 2021, tendo este atingido uma taxa de execução financeira global de 83%
(2020:77%).

No cumprimento dos programas as taxas de execução foram conforme quadro seguinte

(em CVE):

CC_NOME Soma de VALOR_INICIAL Soma de VALOR_ACTUAL Soma de VALOR_LIQUIDADO Soma de SALDO Soma de Tx Exec
Aprimoramento do Controle Interno e da

Conformidade dos Processos Visando a
Melhoria do Sistema de Gestão 700 000 700 000 225 913 474 087 32,27%
Aprimoramento Do Quadro Jurídico Do
Sistema De Segurança Social Contributivo E
Defesa Dos Interesses E Do Património Do
Sistema 9 895 000 9 895 000 1 835 275 8 059 725 18,55%
Eficiência Organizacional Na Gestão Da
Assistência Na Doença 200 000 82 300 82 300 0 100,00%
Garantia Da Elaboração Atempada Do
Orçamento, Das Contas E Do Relatório De
Exercício 4 400 000 4 400 000 4 059 500 340 500 92,26%
Garantia Da Operacionalidade E Da
Segurança Dos Sistemas De Informação E
Das Infraestruturas Tecnológicas 84 586 000 106 295 262 104 060 865 2 234 397 97,90%
Garantia Do Pagamento Atempado Das
Prestações E Em Conformidade Com A
Legislação - Assistência Médica, Hospitalar e
Medicamentosa 2 491 477 000 2 569 643 083 2 569 493 853 149 230 99,99%
Garantia Do Pagamento Atempado Das
Prestações E Em Conformidade Com A
Legislação - Prestações Pecuniárias 4 900 077 000 5 801 910 917 5 557 309 748 244 601 169 95,78%
Gestão Com Total Segurança Dos
Pagamentos E Da Carteira De Ativos 37 695 496 38 489 813 29 255 509 9 234 304 76,01%
Gestão Criteriosa Dos Ativos Imobilizados 233 591 000 233 591 000 103 926 598 129 664 402 44,49%
Gestão Das Aquisições De Bens E Serviços,

Gestão Dos Imóveis, Do Parque Automóvel
E Dos Fornecimentos Internos 160 790 000 159 917 800 102 932 696 56 985 104 64,37%
Gestão Dos Ativos Financeiros Segundo As

Melhores Práticas Recomendas Pela OIT E A
AISS Em Ordem A Garantir A
Sustentabilidade Do Sistema 22 645 000 000 21 665 000 000 16 929 427 445 4 735 572 555 78,14%
Melhoria Da Governança Relativa Ao
Controle Interno E À Conformidade Dos
Processos 200 000 392 206 392 206 0 100,00%
Melhoria Do Atendimento a Todos os
Utentes - Região Norte 630 000 630 000 520 750 109 250 82,66%
Melhoria Do Atendimento a Todos os
Utentes - Região Sul 700 000 700 000 235 411 464 589 33,63%
Melhoria Do Nível De Satisfação E De
Produtividade Do Pessoal Do Inps 10 000 000 10 400 000 8 935 465 1 464 535 85,92%
Planeamento E Execução Das Ações De
Comunicação E Melhoria Da Imagem Do
Inps 12 800 000 12 800 000 8 362 317 4 437 683 65,33%
Plano Estratégico De Comunicação Para A
Extensão Da Cobertura Contributiva 2019 -
2021 2 000 000 2 000 000 86 700 1 913 300 4,34%
Processar Remunerações CE 17 857 709 17 842 709 15 128 955 2 713 754 84,79%
Processar Remunerações Direcção
Administrativa E De Recursos Humanos 44 781 853 39 542 333 27 310 695 12 231 638 69,07%
Assistência Na Doença 57 266 490 57 755 064 49 537 513 8 217 551 85,77%
Contribuições E Cobrança 58 986 205 58 986 205 48 149 919 10 836 286 81,63%
Processar Remunerações Direcção De
Gestão Financeira E De Investimentos 39 988 390 42 232 486 30 961 000 11 271 486 73,31%
Fiscalização e Controle 23 465 847 23 465 847 18 702 057 4 763 790 79,70%
Prestações Definidas 41 855 678 41 884 178 34 290 435 7 593 743 81,87%
Processar Remunerações Direcção Unidades
Previdência Social Norte 47 020 458 47 020 458 35 041 008 11 979 450 74,52%
Processar Remunerações Direcção Unidades
Previdência Social Sul 50 409 434 50 409 434 39 116 308 11 293 126 77,60%
Processar Remunerações Gabinete Auditoria
Interna 9 666 201 9 666 201 8 255 527 1 410 674 85,41%
Processar Remunerações Gabinete De
Gestão De Risco 5 022 499 6 655 452 5 944 110 711 342 89,31%
Processar Remunerações Gabinete Estudos

Atuarias e Relações Internacionais 8 253 347 8 258 347 7 024 681 1 233 666 85,06%
Processar Remunerações Gabinete Jurídico 6 642 490 7 157 409 6 216 627 940 782 86,86%
Processar Remunerações Gabinete
Qualidade E Comunicação 6 318 117 6 318 117 5 202 785 1 115 332 82,35%
Processar Remunerações Gabinete Sistemas
De Informação 33 566 756 33 907 234 29 130 968 4 776 266 85,91%
Promoção Da Extensão Da Cobertura
Contributiva 300 000 300 000 0 300 000 0,00%
Promoção Da Inovação E Da Modernização
Administrativa 44 000 000 21 894 115 708 992 21 185 123 3,24%
Reforço Da Fiscalização E Alargamento Do

Seu Ãmbito Material, Territorial E Factual 1 840 000 1 840 000 988 616 851 384 53,73%
Reforço Da Produção De Conhecimento
Como Suporte Essencial Para Uma Gestão
Sustentável Do Sistema De Proteção Social
Obrigatório 7 750 000 7 750 000 1 984 770 5 765 230 25,61%
Total Geral 31 099 732 970 31 099 732 970 25 784 837 517 5 314 895 453 82,91%

Página 83

A Vida Toda
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS


BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E 2020

(Valores expressos em milhares de escudos – mCVE)
31-12-2021 31-12-2020
Amortização
Designação Nota Ativo Bruto /Provisões Ativo Líquido Ativo Líquido
ATIVO FIXO:
Imobilizações Incorpóreas: 2
Aplicações Informáticas 323 226 323 226 - -
(A) 323 226 323 226 - -
Imobilizações Corpóreas: 3
Terrenos e Recursos Naturais 412 381 - 412 381 404 381
Edifícios e Outras Construções 1 499 580 771 755 727 825 702 636
Equipamentos de Carga e Transporte 66 569 57 032 9 537 10 900
Equipamentos Administrativo e Social 272 375 271 949 425 307
Equipamento e Material Informático 266 122 244 617 21 505 17 610
Outras Imobilizações Corpóreas 12 135 12 032 102 180
2 529 161 1 357 385 1 171 776 1 136 014
Imobilizações Financeiras:
Partes de Capital - Outras Empresas - Diversas 4 5 594 816 74 984 5 519 832 5 589 681
Obrigações - Outras Empresas - Diversas 5 1 394 564 351 427 1 043 137 1 118 927
Obrigações –Tít. Dívida Púb. Outras Entid do SPA 6 27 551 532 - 27 551 532 23 851 539
Outros Títulos Financeiros 7 11 026 500 - 11 026 500 6 433 170
Outras Aplicações Financeiras 8 233 333 - 233 333 266 667
Dívidas de Terceiros - a Médio e longo Prazo

Devedores Diversos 592 471 - 592 471 -
(F) 46 393 217 426 412 45 966 805 37 259 984
TOTAL DO ATIVO FIXO (A+B+C+D+E+F+G+H) (I) 49 245 603 2 107 022 47 138 581 38 395 998
ATIVO CIRCULANTE
Imobilizações Financeiras:
Obrigações - Outras Empresas - Diversas 5 130 983 74 984 55 999 39 583
Obrigações – Tít. Dívida Púb. Outras Entid. do 6 2 021 504 - 2 021 504 3 350 016
Outros Títulos Financeiros 7 339 806 - 339 806 328 168
Outras Aplicações Financeiras 8 33 333 - 33 333 33 333
(J) 2 525 627 74 984 2 450 642 3 751 101
Dívidas de Terceiros - a Curto Prazo
Devedores Diversos 9 819 759 439 192 380 568 112 030
Contribuintes 10 7 366 878 3 969 554 3 397 324 4 271 147
Organismos de segurança social Estrangeiros 11 1 239 923 - 1 239 923 1 207 906
Estado e Outras Autoridades Públicas (OAP) 12 4 034 172 - 4 034 172 3 481 534
Outras Operações com o Pessoal 23 222 - 23 222 23 325
13 483 955 4 408 746 9 075 209 9 095 942
(K) 16 009 581 4 483 731 11 525 851 12 847 043
Disponibilidades:
Titulos Negociáveis 13 250 000 - 250 000 -
Depósitos à Prazo 14 20 567 814 - 20 567 814 18 648 372
Depósitos à Ordem 14 20 045 695 - 20 045 695 25 535 225
(L) 40 863 509 - 40 863 509 44 183 597
Outras Regularizações Activas:
Acréscimos de Proveitos 15 2 128 097 - 2 128 097 2 149 854
(M) 2 128 097 - 2 128 097 2 149 854
TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE (J+K+L+M) (N) 59 001 188 4 483 731 54 517 457 59 180 494
Total de Amortizações 1 680 611
Total de Provisões 6 590 753
TOTAL DO ATIVO (I+N) (O) 108 246 791 6 590 753 101 656 038 97 576 492
SITUAÇÃO LÍQUIDA: 16
Reservas 89 429 940 - 89 429 940 84 430 737
Resultado Líquido 4 347 864 - 4 347 864 4 999 205
TOTAL DAS FONTES DURADOURAS (P) 93 777 804 - 93 777 804 89 429 940
FONTES A CURTO PRAZO:
Dividas a terceiros – curto prazo
Benefícios de previdência e abonos a pagar 17 329 702 - 329 702 256 945
Pessoal - - - 5 297
Sindicatos 50 - 50 158
Organismos de segurança social Estrangeiros 11 6 158 - 6 158 6 787
Credores Diversos 18 7 302 680 - 7 302 680 7 632 649
Estado e Outras Autoridades Públicas 12 57 917 - 57 917 50 855
Fornecedores, C/C 19 7 842 - 7 842 11 788
(T) 7 704 349 - 7 704 349 7 964 478
Outras Regularizações Passivas:
Acréscimos de Custos 20 173 885 - 173 885 182 073
(U) 173 885 - 173 885 182 073
TOTAL DAS FONTES A CURTO PRAZO (V)=(T+U) (V) 7 878 234 - 7 878 234 8 146 552
TOTAL DO PASSIVO (X)=(Q+R+T+U) (X) 7 878 234 - 7 878 234 8 146 552
TOTAL DAS FONTES (Z)=(P+X) (Z) 101 656 038 - 101 656 038 97 576 492
A Direção Financeira A Comissão Executiva

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE JANEIRO DE 2021 E 31 DE DEZEMBRO DE 2021
1 DE JANEIRO DE 2021 E 31 DE DEZEMBRO DE 2021
(Valores expressos em milhares de Escudos – mCVE)
Exercícios
Designação Notas
2021 % 2020 %
PROVEITOS E GANHOS
Contribuições 21 11 242 027 81,9% 10 843 256 80,7%
Convenções internacionais – Compart. 22 115 746 0,8% 142 291 1,1%
(A) 11 357 773 82,8% 10 985 547 81,8%

Proveitos e ganhos financeiros
Juros 23 2 014 536 14,7% 2 055 358 15,3%
Rendimentos Imóveis 4 548 0,0% 4 548 0,0%
Rendimentos de participações de capital 4 119 761 0,9% 130 422 1,0%

Outros Proveitos 2 786 0,0% 406 0,0%
(B) 2 141 631 15,6% 2 190 734 16,3%
Proveitos e ganhos extraordinários 24 224 163 1,6% 256 537 1,9%

(C) 224 163 1,6% 256 537 1,9%
TOTAL DE PROVEITOS E GANHOS (A+B+C) (D) 13 723 567 100,0% 13 432 818 100,0%
CUSTOS E PERDAS
Ações de previdência e abonos 25 6 067 690 64,7% 5 693 232 67,5%
(E) 6 067 690 64,7% 5 693 232 67,5%
Custos administrativos
Custos com o pessoal 26 432 281 4,6% 416 837 4,9%
Fornecimentos e serviços externos 27 236 915 2,5% 202 516 2,4%
Tributos 2 753 0,0% 2 660 0,0%

Outros custos administrativos 1 371 0,0% 278 0,0%
(F) 673 320 7,2% 622 291 7,4%
Amortizações do exercício 28 65 656 0,7% 61 675 0,7%

Provisões do exercício - Diversas 29 512 776 5,5% 454 590 5,4%
(G) 578 432 6,2% 516 265 6,1%
Custos e Perdas Financeiras

Imposto sobre capitais 30 163 400 1,7% 160 682 1,9%
Provisões do exercício - de Aplicações Financeiras - 0,0% - 0,0%
(H) 163 400 1,7% 160 682 1,9%
Custos e perdas extraordinárias 31 1 892 860 20,2% 1 441 143 17,1%
(I) 1 892 860 20,2% 1 441 143 17,1%
TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS (E+F+G+H+I) (J) 9 375 703 100,0% 8 433 613 100,0%
Resultados:
Resultado operacional = (A-E-F-G) = 4 038 330 4 153 759
Resultado financeiro = (B-H) = 1 978 231 2 030 052
Resultado corrente = (A+B-E-F-G-H) = 6 016 561 6 183 811
Resultado Extraordinário = (C-I) = ( 1 668 697) ( 1 184 606)
Resultado Líquido = (D-J) = 4 347 864 4 999 205

Anexo às Contas 2021
MAPA DE ORIGEM E APLICAÇÕES DE FUNDOS

PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE 1 DE JANEIRO DE 2021 E 31 DE DEZEMBRO DE 2021 E
1 DE JANEIRO DE 2020 E 31 DE DEZEMBRO DE 2020
(Valores expressos em milhares de Escudos – mCVE)
Valor
DESCRIÇÃO
Notas 2021 2020
Actividades de funcionamento
Origens
Contribuintes 9 669 795 10 003 706
Outros recebimentos de Actividades de Funcionamento 14 549 949 42 385
(A) 10 219 744 10 046 091
Aplicações
Beneficiários do sistema de Previdência Social 4 064 593 3 867 006
Prestadores de serviço do sistema de Previdência Social 1 888 607 1 756 226
Fornecedores 160 943 174 838
Pessoal 362 223 343 411
Outros pagamentos de Actividades de Funcionamento 2 087 644 2 058 874
(B) 8 564 010 8 200 355
Actividades de investimento
Origens
Reembolsos de empréstimos concedidos (excepto títulos de dívida pública) 167 693 229 563
Reembolsos de títulos de dívida pública 4 781 565 4 334 426
Juros e rendimentos similares 1 958 742 2 033 882
Dividendos 113 916 124 953
Outros recebimentos de actividades de investimento 4 548 4 548
(C) 7 026 464 6 727 372
Aplicações
Desembolsos de empréstimos concedidos (excepto títulos de dívida pública) 8 558 173 105
Aquisição de títulos de dívida pública 12 008 014 5 733 543
Aquisições de Imobilizações Financeiras - Partes de Capital - -
Aquisição de imobilizações corpóreas e incorpóreas 72 314 2 615
Outros Pagamentos de Actividades de Investimento 163 400 160 682
(D) 12 252 285 6 069 946
Actividades de financiamento
Origens - -
(E) - -
Aplicações - -
(F) - -
Recapitulação:
Cash Flow líquido das Actividades de funcionamento (A-B) (G) 1 655 734 1 845 736
Cash Flow líquido das Actividades de investimento (C-D) (H) ( 5 225 821) 657 427
Cash Flow líquido das Actividades de Financiamento (E-F) (I) - -
Variação do Mapa de Origem e Aplicação de Fundos (G+H+I) (J) ( 3 570 087) 2 503 163
Total das Disponibilidades no Início do Exercício (K) 44 183 597 41 680 434
Efeitos das Diferenças Cambiais Sobre Disponibilidades (L) - -
Total das Disponibilidades no Final do Exercício (J+K+L) (M) 14 40 613 509 44 183 597
Reconciliação:
Total das Disponibilidades pela Demonstração do Cash Flow (M) 14 40 613 509 44 183 597
Total das Disponibilidades (Depósitos bancários) pelo Balanço 14 40 613 509 44 183 597

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EM 31

DE DEZEMBRO DE 2021
NOTA 0 Constituição e Atividade
O INPS - Instituto Nacional de Previdência Social (adiante designado por INPS ou Instituto)
foi criado pelo Decreto-Lei (DL) nº 135/91 de 2 de outubro, no âmbito da cisão do extinto
ISPS – Instituto de Seguros e Previdência Social (DL nº 136/91 de 2 de outubro). Na data da
sua constituição foram transferidos para o INPS o património e a atividade do setor de
previdência social.
As atribuições do INPS, nos termos estatutários, consistem na gestão, aperfeiçoamento e

fiscalização do sector da Previdência Social. Adicionalmente, compete ao INPS assegurar a
aplicação de convenções e acordos de segurança social subscritos pelo Estado Cabo-
Verdiano.
O INPS é dotado de personalidade jurídica de direito público, goza de autonomia

administrativa, financeira e patrimonial e no exercício 2021 operou sob a Tutela dos Ministros
responsáveis pela área da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, bem como da área das
Finanças e Fomento Empresarial.
Atualmente o INPS tem representação em todas as ilhas, mais concretamente em 19

concelhos, através de representações locais.
Apresenta-se seguidamente uma breve síntese do sistema de Proteção Social Obrigatório em

Cabo Verde:
O Sistema de Proteção Social Obrigatório nasceu em dezembro de 1982, através da

implementação do DL n.º 114/82, que previa um sistema de segurança social que cobrisse de
forma gradual a generalidade dos trabalhadores do país. Visa gerir a proteção social
obrigatória, abrangendo a proteção na doença e maternidade, prestações familiares,
invalidez, velhice e morte, tendo sido acrescentado a prestação do desemprego em 2017.
Ainda no âmbito das aplicações de convenções e acordos de segurança social, o INPS
assegura a todos os trabalhadores migrantes os direitos às prestações previstas na lei.
À data de 1983 o sistema já contava com 385 Empresas contribuintes inscritas e 10 234
segurados.
Em 2001, através da Lei 131/V, definiu-se as bases do Sistema de Proteção Social, com 3 níveis
de intervenção:
 Rede de Segurança,
 Proteção Social Obrigatória
 Proteção Social Complementar.

O enquadramento dos trabalhadores independentes (Profissionais Liberais) no Sistema de

Proteção Social Obrigatória deu-se em 2003, através da Lei n.º 28/2003, e já em 2004 ocorre a
primeira grande reforma do sistema que se assentava nos seguintes princípios:
 Ajustar o sistema de Previdência Social ao desenvolvimento do País;
 Adequar a legislação à Lei de Bases da Proteção Social;
 Garantir a evolução de outras legislações nacionais (nas áreas do trabalho, da

educação e da saúde, sendo esta última anteriormente vedada à iniciativa
privada) com incidências diretas no sistema;
 Aprofundar a proteção social e uma melhor sistematização legislativa e a

clarificação de conceitos a ele inerentes;
 Garantir o equilíbrio financeiro.

Desde 2004, vêm sendo implementadas reformas profundas no Sistema de Proteção Social
Obrigatório em Cabo Verde, sendo os principais marcos os seguintes:
 Ano 2004 - DL n.º 5/2004 - Reformula e sistematiza o Regime de Proteção Social

dos Trabalhadores por Conta de Outrem – TCO;
 Ano 2006 – Criação do Centro Nacional de Pensões Sociais - CNPS;
 Ano 2006/7 – Integração da Função Pública no INPS – Administração Central;
 Ano 2008 – Integração da Função Pública no INPS – Administração Local;
 Ano 2009 - Revisão da Legislação (DL 5/2004) sobre a Proteção Social dos TCO. -
DL 50/2009; integração dos Trabalhadores Independentes no regime dos
Trabalhadores por conta própria (TCP) - DL n.º 48/2009 e integração dos
Profissionais do Serviço Doméstico no Sistema de Proteção Social - DL 49/2009;
 Ano 2010 – Atualização dos valores de Abono de Família e Prestações

Complementares, Pensão mínima e Subsídios Diários Únicos para evacuados;
 Ano 2011 – Regulamentação dos Procedimentos de Atribuição dos Subsídios de

Doença - Portaria nº 33/2011; regulamentação do Funcionamento da Comissão
de Verificação de Incapacidades (CVI) - Portaria n. º 34/2011 e regulamentação
dos Procedimentos para Evacuações Sanitárias - Portaria nº 35/2011;
 Ano 2013 – Instituição da Pensão Unificada de Invalidez, Velhice e Sobrevivência

– DL n.º 1/2013;
 Ano 2014 – Instituição do Regime Jurídico Especial para as Micro e Pequenas

Empresas – Lei n.º 70/VIII/2014 (alterada em março de 2016);

 Ano 2016 – Atribuição do subsídio de desemprego no âmbito do regime de

proteção social dos TCO – DL 15/2016; redefinição da afetação da taxa global de
contribuições para o financiamento do subsídio de desemprego e alteração do
artigo 13º do DL 40/2017, que aprova os estatutos do INPS - Lei 50/2016;
 Ano 2017 - Alteração do regime jurídico de atribuição do subsídio de

desemprego, clarificando o seu campo de aplicação pessoal e redefinindo a data
de entrada em vigor - DL nº 23/2017 de 29 de maio;
 Ano 2017 - alteração da Base de Incidência Contributiva, indexando-a aos valores

do salário mínimo nacional - DL nº 32/2017, de 25 de julho;
 Ano 2017 alteração da data de entrada em vigor da Portaria de atualização das

taxas para a segurança social, visando o financiamento ao subsídio de
desemprego – Portaria nº 27/2017, de 25 de julho. As taxas contributivas para o
Regime Geral dos TCO passaram a apresentar a seguinte distribuição:
2017
Portaria N.º 16/2016
% Salário % Contribuição
Doença e Maternidade 8,00% 32,65%
Pensões 10,00% 40,82%
Abono de Família e Prestações Complementares 1,50% 6,12%
Subsídio de Desemprego 3,00% 12,24%
Administração 2,00% 8,16%
Total 24,50% 100,00%
 Ano 2018 - Alteração do Decreto-lei nº 51/2005, de 25 de julho, através do Decreto

Lei nº 69/2018, de 20 de dezembro (extensão do prazo de transição do período de
garantia para atribuição da pensão de velhice e alteração da entrada em vigor da
carreira contributiva de 15 anos para o ano 2022;
 Ano 2018 - Publicação da Portaria Conjunta de 31 de dezembro, que estabelece os
coeficientes de revalorização utilizados durante o ano 2019 na determinação da
remuneração de referência que serve de base de cálculo das pensões de velhice e
invalidez;
 Ano 2019 – Revisão de um conjunto de Portarias que regulam o acesso as

prestações, nomeadamente de fisioterapia, estomatologia, óculos e outros
dispositivos de compensação.
 Ano 2019 – Integração dos trabalhadores e pensionistas beneficiários do sistema

privativo de Segurança Social do BCA (até 1996), nos termos do estabelecido no
Decreto-Lei nº35/2019, de 25 de julho.
 Ano 2019 – Assunção da gestão do processo de Reforma Antecipada de um grupo

de trabalhadores, no âmbito da reestruturação dos TACV, tendo para o efeito

recebido do Ministério das Finanças um fundo no montante de 809 milhões de

CVE.
 Ano 2020 –marcado pela pandemia da COVID19 que assolou o mundo e obrigou
a adoção no país de uma série de medidas com vista a mitigação aos efeitos da
pandemia e que tiveram impacto direto na previdência social. A saber;
i. Integração da resolução nº 58/2020 de 30 de março que aprova a
atribuição do subsídio Rendimento Solidário – RSO, atribuído aos
beneficiários dos regimes REMPE e CD, sendo esses últimos
contemplados aquando da publicação da resolução nº 71/2020, de 13 de
maio que procede a primeira alteração ao RSO;
ii. Integração da Lei 83/2020, de 04 de março que estabelece as medidas
excecionais e temporárias de resposta a pandemia provocadas pela
doença do coronavírus, Sars-COV 2;
iii. Integração do decreto-lei nº 37/2020 de 31 de março que estabelece as
medidas excecionais ficais e parafiscais em resposta ao Covid- 19;
iv. Integração do decreto-Lei nº 38/2020, de 31 de março que estabelece as
medidas excecionais de proteção dos créditos das famílias, empresas,
instituições particulares de solidariedade social e demais entidades da
economia social, bem como o regime das garantias do Estado;
v. Integração da Lei nº 97/IX/2020, de 23 de julho: Regime Simplificado de
Suspensão dos Contratos de Trabalho;
vi. integração da Lei nº 103/IX/2020, de 29 de outubro, que procede à
primeira alteração da lei nº 97/IX/2020, de 23 de julho e que aprova o
regime simplificado de suspensão dos contratos de trabalho;
vii. Aprovação da Portaria Conjunta que estabelece os coeficientes de
revalorização utilizados durante o ano de 2020 na determinação da
remuneração de referência para os cálculo das pensões.
 Ano 2021 - embora com alguma flexibilização, foram mantidas algumas das
medidas legais para mitigação dos impactos da Covid- 19, designadamente:
i) a renovação do Regime Simplificado de Suspensão dos Contratos de Trabalho

renovado pela Leis: 113/IX/2021, de 08 de janeiro, Lei nº 126/IX/2021, de 23 de
abril, Lei nº 1/X/2021, de 06 de agosto e pela Lei nº 3/X/2021, de 12 de
novembro;
ii) criação do decreto-Lei nº 15/2021, de 15 de janeiro que aprovou as medidas de
simplificação e modernização administrativa necessárias à interação digital entre
os segurados beneficiários e cidadãos em geral com o INPS e conforme fé-pública
aos documentos emitidos pelo portal da segurança social;
iii) Aprovação da Portaria Conjunta que estabeleceu os coeficientes de revalorização
utilizados durante o ano de 2020 na determinação da remuneração de referência
para os cálculo das pensões.

NOTA 1 - Preparação das demonstrações financeiras e resumo dos princípios

contabilísticas e critérios valorimétricos mais significativos
1.1 Preparação
As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com o Plano Nacional de

Contabilidade Pública (PNCP), aprovado pelo Decreto-Lei nº 10/2006, de 30 de janeiro de
2006. Com o objetivo de facilitar a respetiva leitura, os valores encontram-se expressos em
Milhares de Escudos Cabo-Verdianos (mCVE).
1.2 Princípios contabilísticos e critérios valorimétricos mais significativos
a) Imobilizações incorpóreas e amortizações

As Imobilizações incorpóreas englobam os softwares informáticos. Encontram-se
valorizados ao custo de aquisição, o qual inclui o valor de fatura do fornecedor acrescido de
despesas de compra e instalação, líquido das respetivas amortizações acumuladas e, caso
houver, de provisões (ver Nota 2). As amortizações são calculadas segundo o método das
quotas constantes, em base duodecimal, a partir do mês do início de atividade operacional,
ao longo de três anos.
b) Imobilizações corpóreas e amortizações

As imobilizações corpóreas encontram-se valorizadas pelo seu custo de aquisição, o qual
inclui o valor da fatura do fornecedor acrescido das despesas de compra e instalação.
As amortizações são calculadas segundo o método das quotas constantes, com base nas taxas
previstas na legislação fiscal em vigor, as quais, se considera, representam, na generalidade,
de forma satisfatória a vida económica estimada dos diferentes componentes das
imobilizações corpóreas. As principais taxas utilizadas são as seguintes:
%
Edifícios e outras construções 4
Equipamentos de carga e transporte 12,5
Equipamento administrativo e social 20
1122,
Equipamento e material informático 5 33
Outras imobilizações corpóreas 10
Os terrenos e recursos naturais e o imobilizado em curso não são objeto de amortização.
c) Imobilizações financeiras e provisões
Participações financeiras
Referem-se a participações detidas nas entidades identificadas na Nota 4. Encontram-se
registadas pelo seu custo de aquisição. As perdas potenciais, de natureza permanente,
resultantes do diferencial entre o custo de aquisição e o valor atual da posição tomada pelo

Instituto no capital das suas participadas, avaliado por referência à parte proporcional do
respetivo capital próprio, não são objeto de provisão.
Os proveitos são registados aquando da atribuição dos dividendos.
Obrigações e títulos de dívida pública

Compreendem (i) as obrigações das entidades identificadas na Nota 5, registadas pelo custo
de aquisição, sendo objeto de provisão as que apresentarem riscos de recuperação e não
tiverem associado quaisquer garantias reais e (ii) os títulos de dívida pública (obrigações do
Tesouro, de longo prazo), registadas ao custo de aquisição (ver Nota 6).
d) Provisão para cobranças duvidosas

As provisões para contribuições de cobrança duvidosa foram constituídas tendo por base a
análise do risco efetivo de cobrança dos saldos. Os critérios utilizados são os seguintes:
 Saldos com mais de 3 anos – 100%;
 Saldos com mais de 2 anos – 75%;
 Saldos com mais de 1 ano – 50%;
 Saldos com mais de 6 meses – 25%.
As dívidas do Estado e Autarquias não são consideradas no cálculo da provisão.
e) Especialização de exercícios
O INPS adota, genericamente, o princípio contabilístico da especialização de exercícios.
f) Reconhecimento de proveitos
Os proveitos associados à previdência social são reconhecidos na demonstração dos
resultados com o registo efetivo das folhas de ordenados e salários.
g) Gestão de risco financeiro - Transações em moeda estrangeira

As transações em moeda estrangeira são convertidas e contabilizadas em CVE (escudos
Cabo-Verdianos) às taxas de câmbio oficiais na data em que ocorrem. As diferenças cambiais
apuradas na data de pagamento ou recebimento dos saldos das referidas transações são
reconhecidas em resultados do exercício. Os saldos em moeda estrangeira em 31 de
dezembro são atualizados ao câmbio oficial vigente naquela data, sendo as diferenças
apuradas registadas em resultados.
h) Responsabilidades por férias e subsídios de férias

De acordo com a legislação vigente, os trabalhadores têm direito a um mês de férias anual,
direito esse adquirido durante os onze meses de trabalho efetivo anteriores ao do seu
pagamento.

Adicionalmente, o Instituto garante o pagamento de subsídio de férias o que, à semelhança

das férias, representa um direito adquirido no ano anterior ao do seu pagamento. Assim, as
responsabilidades com férias e subsídio de férias e os respetivos encargos sociais são
registados em custos do exercício a que dizem respeito, independentemente do ano em que
ocorre o seu pagamento. Estas responsabilidades encontram-se apresentadas em balanço na
rubrica Acréscimos de custos (ver Nota 20).
i) Encargos com pensões e complementos de reforma dos trabalhadores do INPS

Os trabalhadores do Instituto encontram-se abrangidos pelo sistema oficial de previdência
social, assegurado pelo próprio INPS, não existindo qualquer outro sistema complementar
de pensões.
j) Imposto sobre lucros

Nos termos da alínea c) do artigo 3º da Lei nº 82/VIII/2015, de 8 de janeiro, que aprova o
Código do Imposto Sobre Rendimentos – Pessoas coletivas, o INPS está isento do pagamento
do referido imposto.
k) Reservas técnicas, Fundos e Provisões

Os artigos 37º e 38º dos Estatutos do Instituto Nacional de Previdência Social, aprovados pelo
Decreto-Lei n.º 40/2014, de 11 de agosto, estabelecem os critérios de constituição de reservas,
fundos e provisões. Contudo, o Instituto tem vindo, ao longo dos anos, a afetar a totalidade
do Resultado líquido apurado em cada exercício à rúbrica de Reservas, revelada na Situação
líquida, as quais se destinam a fazer face às responsabilidades com Previdência Social.
NOTA 2 - Imobilizações incorpóreas
Compreendem as aplicações informáticas adquiridas no âmbito do contrato celebrado com

o NOSI – Núcleo Operacional de Sistemas de Informação, o qual vigorou até 2016.
NOTA 3 - Imobilizações corpóreas
Os movimentos ocorridos durante os exercícios de 2021 e 2020 nestas rubricas decompõem-

se como segue (em mCVE):

Terrenos e Edifícios e Equipamento Equipamento Equipamento Outras

recursos outras de carga e administrativo e material imobilizações TOTAL
naturais construçõe transporte e social informático corpóreas
POSIÇÃO A 1 DE JANEIRO DE 2020
Valor de aquisição 404 381 1 420 351 63 773 271 086 251 998 12 135 2 423 723
Depreciação acumulada - ( 670 061) ( 47 633) ( 270 468) ( 230 021) ( 11 870) ( 1 230 053)
Valor escriturado 404 381 750 289 16 140 618 21 977 265 1 193 670
VARIAÇÃO EM 2020
Valor líquido inicial 404 381 750 289 16 140 618 21 977 265 1 193 670
Aquisições - 2 554 - 643 822 - 4 019
Depreciação do exercício - ( 50 207) ( 5 240) ( 954) ( 5 189) ( 85) ( 61 675)
Valor líquido 404 381 702 636 10 900 307 17 610 180 1 136 014
POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2020

Amortização acumulada - ( 720 268) ( 52 873) ( 271 422) ( 235 210) ( 11 955) ( 1 291 728)
VARIAÇÃO EM 2021
Valor líquido inicial 404 381 702 636 10 900 307 17 610 180 1 136 014
Aquisições 8 000 76 675 2 796 645 13 301 - 101 418
Amortização do exercício - ( 51 487) ( 4 159) ( 527) ( 9 406) ( 78) ( 65 656)
Valor líquido 412 381 727 825 9 537 425 21 505 102 1 171 776
POSIÇÃO A 31 DE DEZEMBRO DE 2021

Amortização acumulada - ( 771 755) ( 57 032) ( 271 949) ( 244 616) ( 12 033) ( 1 357 384)
As aquisições de 2021, compreendem essencialmente, (i) obras realizadas na nova unidade

do INPS na ilha do Sal, no montante de mCVE 38 567, (ii) dação em cumprimento de um
prédio e de um terreno, avaliados em mCVE 20 498 e mCVE 8 000 respetivamente, (iii)
compra de um imóvel na ilha de S. Antão, no montante de mCVE 14 844; (iv)
Equipamentos e materiais informáticos, no montante total de mCVE 13 301.
NOTA 4 - Partes de capital – Outras empresas - Diversas
Esta rubrica é composta pelas participações no capital social das seguintes empresas:
Saldo em Aquisições Saldo em Aquisições Saldo em % de
Entidades 01.01.2020em 2020 31.12.2020 em 2021 31.12.2021 participação
Cabo Verde Telecom 2 829 527 - 2 829 527 - 2 829 527 57,92%
Electra - Empresa de Electricidade e Água 525 156 - 525 156 - 525 156 16,59%
Caixa Económica de Cabo Verde, SARL 1 232 245 - 1 232 245 - 1 232 245 47,70%
Banco Comercial do Atlântico 556 799 - 556 799 - 556 799 12,01%
AFREXIMBANK 199 394 3 978 203 372 5 136 208 508 0,02%
Ceris - Sociedade Caboverdiana de Cerveja e Refrigerantes 99 876 - 99 876 - 99 876 1,13%
A Promotora 50 000 - 50 000 - 50 000 11,11%
Construções de Cabo Verde (CVC) 40 646 - 40 646 - 40 646 6,26%
ENACOL - Empresa Nacional de Combustíveis 27 640 - 27 640 - 27 640 0,67%
Garantia - Comp. de Seguros de Cabo Verde 24 380 - 24 380 - 24 380 12,19%
Hotelmar, SARL 40 - 40 - 40 0,00%
5 585 703 3 978 5 589 681 5 136 5 594 816
Provisão - - - - ( 74 984)
5 585 703 3 978 5 589 681 5 136 5 519 832
O aumento da participação no AFREXIMBANK ocorrido em 2021 resulta da conversão de

parte de dividendos de 2020 em novas ações.

Foram atribuídos ao INPS, em 2021 e 2020 os seguintes dividendos, líquidos de impostos,

relativos ao exercício de 2020 e 2019, respetivamente:
mCVE
Entidades 2021 2020
CV Telecom 54 322 105 119
BCA 46 436 -
Garantia 13 159 12 447
Afreximbank 5 845 5 468
Enacol - 7 388
119 762 130 422
As informações financeiras das participadas à data de 31 de dezembro de 2021 resumem-se

como segue (em Milhares de CVE -mCVE e milhões de USD - mUSD):
Capital Resultado
Empresa Moeda Ativo Passivo Rendimentos
Próprio líquido
BCA mCVE 90 361 531 81 482 154 8 879 376 3 692 217 1 424 163
CECV mCVE 78 085 322 71 324 388 6 760 934 3 042 124 967 854
Electra mCVE 18 710 583 25 075 357 ( 6 364 774) 10 931 336 ( 1 338 081)
CV Telecom mCVE 16 372 066 9 444 800 6 927 266 4 759 351 284 000
Enacol mCVE 6 253 443 2 192 289 4 061 155 12 564 585 472 305
Garantia mCVE 3 956 082 2 340 509 1 615 573 1 161 011 210 738
Ceris mCVE 2 315 807 1 331 708 984 099 1 040 052 ( 11 647)
CVC mCVE 560 106 168 918 391 188 28 583 ( 21 846)
Afreximbank mUSD 21 930 754 17 966 913 3 963 841 703 344 387 295
Hotelmar S/I S/I S/I S/I S/I
Promotora S/I S/I S/I S/I S/I
S/I – Sem informação
Conforme referido acima, o INPS adota o PNCP – Plano Nacional de Contabilidade Pública
na preparação das suas demonstrações financeiras, o qual não prevê a aplicação do Método
de Equivalência Patrimonial na valorização das participações financeiras.

NOTA 5 - Obrigações – Outras empresas - diversas
Resumem-se como segue:
2021 2020
Curto Médio e Curto Médio e
prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total
CVFF 74 984 349 927 424 912 49 990 449 906 499 896
TACV 39 583 277 083 316 667 39 583 336 458 376 042
Electra Serie C - 109 032 109 032 - 109 032 109 032
Electra Serie E - 200 000 200 000 - 200 000 200 000
Electra Serie F 16 416 147 740 164 155 - 164 155 164 155
ASA Serie C - 125 000 125 000 - 125 000 125 000
ASA Serie D - 93 283 93 283 - 93 283 93 283
Ecobank - Séerie B - 50 000 50 000 - 50 000 50 000
BAI - 42 499 42 499 - 42 499 42 499
130 983 1 394 564 1 525 547 89 573 1 570 334 1 659 907
Provisão:
CVFF ( 74 984) ( 351 427) ( 426 412) ( 49 990) ( 451 406) ( 501 396)
Total 55 999 1 043 137 1 099 136 39 583 1 118 927 1 158 511
Cabo Verde Fast Ferry (CVFF)
Em agosto de 2009, a CVFF procedeu a uma Oferta Particular de Subscrição e de admissão à

negociação na Bolsa de Valores de Cabo Verde de 1 500 000 obrigações ordinárias, escriturais,
de valor nominal de CVE 1 000 cada, tendo o INPS subscrito 499 896 obrigações. Face a
sucessivos incumprimentos por parte da CVFF, os obrigacionistas, em Assembleia Geral
Extraordinária realizada em 15 de fevereiro de 2016, deliberaram a reestruturação do
empréstimo obrigacionista nos seguintes termos:
 Cisão das obrigações em 3 grupos;
 Amortização do empréstimo obrigacionista em prestações, com início em 2020 e término
em 2029, quando inicialmente o empréstimo deveria ser integralmente liquidado em
2015;
 Pagamento dos juros em atraso em 120 prestações mensais.
Em consequência, as obrigações do INPS, passaram a ser integradas no primeiro Grupo,
denominado Grupo Institucionais de referência e Entidades Públicas, com as seguintes
condições: Maturidade até 2029 e taxa de juro variável de 4% a partir do 2º cupão, de 2016
até 2029.
A partir de janeiro de 2020 os empréstimos deveriam ser reembolsados ao par em prestações

semestrais.

Em 2019, ocorreram os seguintes factos:

 Em agosto de 2019, foram pagos os juros do 20º cupão, no valor de 9 900 milhões de
CVE, continuando em dívida os juros dos cupões do 14º a 19º;
 No mesmo ano, o Governo decidiu pela nacionalização da empresa através de um
acordo mediante o qual reforçou a sua posição na estrutura acionista da CVFF, que era
de 45,01%, adquirindo participações sociais de quatro investidores privados, passando
a deter cerca de 96% do capital social, sendo o remanescente detido pelos municípios
das ilhas do Fogo e Brava;
 Ainda, no mesmo ano a CVFF assinou com a empresa transinsular Cabo Verde Inter-
ilhas um contrato de afretamento dos navios válido pelo período remanescente da
concessão. Com isso a CVFF transformou-se numa empresa de Leasing, com vista,
essencialmente, à gestão dos recursos provenientes do contrato, para pagamento dos
juros e capital do empréstimo obrigacionista nos termos atuais de 2020 a 2029. A CVFF
assumiu o compromisso do pagamento semestral das prestações do empréstimo
obrigacionista, durante o período de concessão e os rendimentos do mesmo deveriam
ser canalisados para o cumprimento do calendário das obrigações até a sua maturidade.
No entanto, não existe ainda qualquer indicação sobre o pagamento dos juros em atraso
de 2012 a 2019, estando neste momento a empresa aguardando pelas instruções do
Governo.
Em 2021 a CVFF procedeu ao pagamento dos cupões 21º, 22º e 23º correspondente às duas
prestações de 2020 e uma prestação de 2021, sendo o capital no montante total de mCVE 74
894 e juros no montante total de m CVE 28 494. No entanto à data do balanço, o 24º cupão
com maturidade a 2 de agosto de 2021 ficou por liquidar, sendo a parcela do capital
correspondente a mCVE 24 994, dando sinais claros de alguma dificuldade de tesouraria por
parte da empresa para o cumprimento do plano de pagamento. Assim, tendo em conta os
incumprimentos das cláusulas contratuais, derivados da difícil situação financeira e
económica da empresa, o INPS mantem o investimento integralmente provisionado.
TACV
Em 25 maio de 2015, os TACV lançaram uma Oferta Particular de Subscrição de obrigações

no montante de 950 milhões de CVE, em duas séries, tendo o INPS subscrito as obrigações
da Série B, no valor de 475 milhões de CVE.
Os principais termos e condições resumem-se como segue:
 Maturidade de quinze anos a contar da data de subscrição, com amortização em 24
prestações semestrais iguais de capital, no montante de 19,7 milhões de CVE, vencendo-
se a primeira em novembro de 2018;
 Taxa de juro anual fixa de 6,5% ao ano, devidos semestral e postecipadamente;

 As obrigações encontram-se garantidas por aval do Estado e por consignação mensal

das receitas provenientes da atividade operacional dos TACV, correspondentes a 1/6
da prestação seguinte.
Em novembro de 2017, através do Decreto-lei nº 54, foi criada a NewCo – Reclamação e
Resolução de Créditos, Sociedade Unipessoal, S.A., cujo objeto social único é a
implementação do Processo de Reclamação e Resolução dos Créditos de terceiros
transferidos dos TACV. Neste sentido, atualmente a dívida dos TACV vem sendo liquidada
pela NewCo.
No ano 2021, na sequência do acordo celebrado entre os Obrigacionistas dos TACV e o gestor
dos passivos daquela empresa, procedeu-se à alteração da taxa de remuneração do
empréstimo, tendo esta passado para a remuneração fixa de 5%, com efeitos a partir do 12º
cupão. As restantes condições mantiveram-se inalteradas.
Electra – Série C
Estas obrigações, subscritas em junho de 2007, pelo prazo de 20 anos, remuneradas à taxa
variável semestral calculada entre a maior entre as taxas EURIBOR a seis meses ou a TBA
divulgada pelo Banco de Cabo Verde, adicionada de 2 pontos percentuais. O pagamento de
juros deverá ser feito em prestações semestrais e sucessivas, sendo as obrigações liquidadas
integralmente no final da maturidade, no ano de 2027. As obrigações apresentam garantia
do Estado de Cabo Verde.
Electra – Série E
As obrigações foram subscritas em junho de 2017, pelo prazo de 8 anos, vencendo juros à
taxa semestral e postecipada de 5,6%. A amortização do principal deverá ser efetuada ao par,
de uma só vez na data do pagamento do 16º cupão (junho de 2025). As obrigações apresentam
garantia do Estado de Cabo Verde.
Electra – Série F
Com o objetivo de reestruturação da divida a empresa emitiu as obrigações subscritas pelo

INPS em julho de 2020. São obrigações com maturidade a 6 anos, vencendo juros à taxa
variável semestral e postecipada de 3,75%. A amortização do principal inicialmente iria ser
efetuada a partir do 3º cupão até o final da maturidade do empréstimo, no entanto em 2021
foram renegociadas e acordadas novas condições. A saber:
 Extinção da maturidade do empréstimo Obrigacionista de 6 anos para 6 anos e 6 meses;

 Diferimento do pagamento do reembolso do 13º cupão de 27 de julho de 2026 para o final
da maturidade do empréstimo e verificando-se naquele cupão apenas o pagamento dos
juros.
As obrigações apresentam garantia do Estado de Cabo Verde.

ASA – Série C
Em abril de 2016, a ASA lançou uma Oferta Pública de Subscrição de admissão à negociação
na Bolsa de Valores de Cabo Verde de 1 000 000 obrigações ordinárias, escriturais, de valor
nominal de mCVE 1 cada, tendo o INPS subscrito 125 mil obrigações.
Os principais termos e condições do empréstimo resumem-se como segue:
 Maturidade de sete anos;
 Taxa de juro anual fixa de 5%;
 Pagamento de juros em prestações semestrais e sucessivas, com liquidação integral do
empréstimo no final da maturidade.
ASA – Série D
Em agosto de 2017, a ASA lançou uma Oferta Pública de Subscrição de admissão à

negociação na Bolsa de Valores de Cabo Verde de 1 000 000 obrigações ordinárias, escriturais,
de valor nominal de mCVE 1 cada, tendo o INPS adquirido 93 283 obrigações.
 Maturidade de dez anos;
 Pagamento de juros em prestações semestrais e postecipados, com reembolso do capital
a partir do 11º cupão, inclusive, até a amortização total do empréstimo.
Pelas séries obrigacionistas C e D a ASA responde pela dívida nos termos da lei, nas receitas
e no património da empresa, tendo sido obrigada a consignar parte das receitas provenientes
dos serviços aeroportuários correspondente a 1/6 da prestação seguinte, remunerável à taxa
em vigor no mercado, através de um acordo entre o banco liquidatário e a empresa. Ainda a
ASA sujeitou-se a apresentar uma ordem de transferência ao banco liquidatário, para efeitos
de pagamento dos juros, do reembolso principal e de eventuais comissões devidas.
ECOBANK
O banco Ecobank contraiu, em março de 2014, um empréstimo obrigacionista através de uma

Oferta Particular de Subscrição e de admissão à negociação na Bolsa de Valores de Cabo
Verde de 200 000 obrigações ordinárias, escriturais, de valor nominal de mCVE 1 cada, tendo
o INPS subscrito 50 mil obrigações.
 Maturidade de dez anos a contar da data de subscrição;
 Reembolso semestral dos juros, com pagamento do capital na maturidade;
 Como garantia, foi apresentada a performance da Ecobank Cabo Verde e o Know how
da Ecobank transaccional Inc.

BAI CV
Em dezembro de 2019, o Banco BAI Cabo Verde contraiu um empréstimo obrigacionista

através de uma Oferta Particular de Subscrição e de admissão à negociação na Bolsa de
Valores de Cabo Verde de 500 000 obrigações Subordinadas e Convertíveis Série D,
escriturais, de valor nominal de mCVE 1 cada, tendo o INPS subscrito 42 499 obrigações.

 Maturidade de 6 anos a contar da data de subscrição;
 Taxa de juro variável e igual a Taxa Diretora do BCV acrescido de um spread de 2,75%;
 Reembolso semestral dos juros, com pagamento do capital na maturidade;
 Opção de conversão das obrigações em ações, a partir do 8º cupão, pelo valor de mCVE
1 acrescido de um prémio de emissão apurada pela diferença positiva entre o valor
contabilístico e o valor nominal a data da conversão.
O total de juros provenientes de obrigações de empresas em 2021 foi de mCVE 93 403 (2020:
mCVE 57 404). O aumento face ao 2020 está relacionado com as prestações de juros da CVFF
referentes ao exercício de 2020, entretanto apenas recebidos e registados em 2021.
NOTA 6 - Obrigações – Títulos de Dívida Pública – Outras Entidades do SPA
Representam Obrigações do Tesouro (OT), subscritos nas datas e com as maturidades

indicadas no quadro seguinte (valores em mCVE):
2021 2020 Taxa de Maturida

Curto Médio e Curto Médio e Juro de
Ano de aquisição prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total (%) (anos)
OT - 2011 - - - 600 000 - 600 000 ]5,75 ; 6,06[ ]6;10[

OT - 2012 150 000 - 150 000 1 250 000 - 1 250 000 ]5,75 ; 6,06[ ]5;10[
OT - 2013 - - - - - - ]5,75 ; 6,06[ ]4;7[
OT - 2014 410 617 226 805 637 422 223 016 637 422 860 438 ]5,44 ; 5,94[ ]5;9[
OT - 2015 1 297 642 1 699 608 2 997 250 1 277 000 2 997 250 4 274 250 ]4,31 ; 5,63[ ]3;10[
OT - 2016 - 3 662 137 3 662 137 - 3 662 137 3 662 137 ]4,44 ; 5,06[ ]7;12[
OT - 2017 - 3 250 965 3 250 965 - 3 250 965 3 250 965 ]3,81 ; 4,50[ ]3;10[
OT - 2018 6 493 3 542 967 3 549 460 - 3 666 880 3 666 880 ]3,81 ; 4,50[ ]3;10[
OT - 2019 156 752 4 059 923 4 216 675 - 4 216 675 4 216 675 ]3,81 ; 3,93[ ]3;10[
OT - 2020 - 5 420 210 5 420 210 - 5 420 210 5 420 210 ]2,87 ; 3,62[ ]4;9[
OT - 2021 - 5 688 917 5 688 917 - - - ]2,87 ; 3,06[ ]2;10[
2 021 504 27 551 532 29 573 036 3 350 016 23 851 539 27 201 555
Em 2021, foram subscritas novas OT´s, no montante de mCVE 5 688 917 (2020: mCVE 5 420
210), e reembolsadas obrigações no montante de mCVE 3 317 436 mCVE (2020: 3 821 093).
As obrigações venceram juros em 2021 e 2020 nos montantes de mCVE 1 208 878 mCVE e
1 213 426, respetivamente (ver Nota 23).

NOTA 7 - Outros títulos financeiros
mCVE
Entidades 2021 2020
TCMF - Titulos Consolidação Mobiliaria Financeira (INPS) 328 168 328 168
TCMF - Titulos Consolidação Mobiliaria Financeira (BCA) 6 433 170 6 433 170
TCMF - Titulos Consolidação Mobiliaria Financeira (BCV) 4 604 968 -
11 366 306 6 761 338
TCMF - Títulos de Consolidação e Mobilização Financeira – INPS
Os TCMF correspondem a títulos de dívida pública de longo prazo resultantes da conversão

de duas Obrigações do Tesouro, nos montantes de mCVE 128 168 e mCVE 200 000 em março
de 2000 e setembro de 2015, respetivamente, com maturidade de 20 anos. Nos termos da Lei
nº 70/V/98, de 17 de agosto, esses títulos são emitidos pelo Estado de Cabo Verde através
do Tesouro, domiciliados dentro do território de Cabo Verde (BCV), e incorporam o direito
ao recebimento de 90% do resultado líquido anual do Trust Fund, apurado com referência
ao dia 31 de dezembro de cada ano. Neste sentido, o INPS regista em cada exercício o
proveito relativo aos rendimentos a receber dos TCMF.
Tendo atingido a maturidade, e por força do decreto regulamentar nº 8/2018, de 20 de

dezembro, o Estado deveria adquirir os títulos referentes às obrigações de mCVE 128 000 em
janeiro de 2019, o que não aconteceu.
Em 2021, os títulos não geraram qualquer rentabilidade (2020: mCVE 1 996, que representam
uma rentabilidade à taxa média de cerca de 0,1%) (ver Nota 23).
TCMF - Títulos de Consolidação e Mobilização Financeira – BCA
Compreendem aos TCMF, antes pertencentes ao BCA, pelo valor de mCVE 6 433 170,
entretanto adquiridos pelo Estado de Cabo Verde com referência a 1 de janeiro de 2019 e que
deveriam ser reconvertidos em títulos de crédito do Estado de Cabo Verde a favor do INPS,
também com maturidade de 20 anos e uma taxa de rentabilidade de 3%. Entretanto, por se
encontrar ainda pendente o processo de reconversão desses títulos, o INPS apenas regista
uma rentabilidade de 1%.
Em contrapartida da transferência dos títulos, a instituição assumiu a responsabilidade com

os encargos e gestão do sistema privativo de segurança social do BCA, cuja responsabilidade
a 31 de dezembro de 2021, de acordo com o estudo atuarial, foi estimada em mCVE 6 912 937
(2020: mCVE 6 995 477) (ver Nota 18). À semelhança de 2020, a 31 de dezembro de 2021
apurou-se a estimativa do valor das responsabilidades com o fundo de pensões do qual

resultou um diferencial com os registos do INPS em mCVE 280 116 (2020: 461 683) e
procedeu-se ao registo do montante imputado ao Estado de Cabo Verde.
TCMF - Títulos de Consolidação e Mobilização Financeira – BCV
Compreendem os TCMF, antes pertencentes ao BCV, entretanto adquiridos pelo INPS em

2021. A gestão continuou a ser garantida pelo Estado (Ministério das Finanças) através de
um acordo que estabelece as condições de reembolso.
Sendo o INPS o detentor e legítimo proprietário dos TCMF´s (do INPS, BCA E BCV) no
montante de mCVE 11 366 306, e com vista à conversão dos títulos acima referidos em Títulos
de Rendimentos de Mobilização de Capital (TRMC), em abril de 2021 foi assinado um
contrato entre o INPS e o Estado de Cabo Verde, nos seguintes termos:
 Considerando que o Capital Social do Fundo Soberano de Garantia de Investimento

Privado (FSGIP) é de cerca de mCVE 11 026 500 e os TCMF's detidos pelo INPS de
mCVE 11 366 306, o Tesouro aceita liquidar, antecipadamente, com saldo do Trust
Fund o montante de mCVE 339 806 de forma a ajustar o montante dos TCMF's na
posse do INPS ao capital social do FSGIP;
 Com a regularização financeira prevista no número anterior o Estado emitirá os
TRMC, a favor do INPS, no montante total de mCVE 11 026 500;
 Semestralmente, a partir de março de 2021, o Estado procederá à recompra de TRMC
na posse do INPS, no montante fixo de mCVE 275 663 durante um período máximo
de 20 anos, até a recompra total de TRMC trocados com o INPS, acrescido de um
prémio anual, a favor do INPS, equivalente à diferença líquida entre os dividendos
anuais distribuídos ao INPS pelo FSGIP e a remuneração à taxa anual de 3% aplicável
ao montante dos TRMC na posse do INPS na data.
 Anualmente, após fecho das contas do FSGIP, o INPS deverá submeter a Direção
Geral do Tesouro uma nota de débito para efeito de liquidação do prémio após
distribuição de dividendos do FSGIP.
No entanto, continua ainda pendente o processo de reconversão dos TCMF e à data do

balanço as condições do contrato firmado em 2021 ainda não foram concretizadas.

NOTA 8 - Outras aplicações financeiras
2021 2020
Curto Médio e Curto Médio e
prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total
Caixa Económica de Cabo Verde 33 333 233 333 266 667 33 333 266 667 300 000
33 333 233 333 266 667 33 333 266 667 300 000
Caixa Económica de Cabo Verde

Corresponde à utilização pela Caixa Económica de Cabo Verde (CECV) de uma linha de
crédito concedida em duas tranches nos montantes de mCVE 300 000 e mCVE 200 000, no
âmbito do protocolo estabelecido para concessão de crédito habitação aos trabalhadores do
INPS. As duas tranches do empréstimo são reembolsáveis em 15 prestações anuais, após um
ano de deferimento, sendo (i) a primeira com início e término em maio de 2013 e maio de
2027, respetivamente, e (ii) a segunda com início e término em maio de 2018 e maio de 2032,
respetivamente. Vencem juros à taxa anual de 2,5%. Nos termos do referido Protocolo, a
Caixa Económica de Cabo Verde compromete-se a conceder aos colaboradores do Instituto
empréstimos para a aquisição ou reparação de habitação própria, vencendo juros à taxa anual
de 5%, sendo os demais critérios estabelecidos entre a CECV e os trabalhadores. O capital do
empréstimo das duas tranches é amortizado anualmente em parcelas iguais nos montantes
de mCVE 20 000 e mCVE 13 333, respetivamente.
NOTA 9 - Devedores diversos
O saldo decompõe-se como segue:

2021 2020
Médio e longo
Curto prazo prazo Total Curto Prazo
NewCo (i) 253 916 592 471 846 387 -

Novo Banco (ii) 417 239 - 417 239 439 645
BCA (iii) 96 263 - 96 263 96 263
Electra (iv) 20 000 - 20 000 20 000
Fundo Social dos Trabalhadores (v) 12 722 - 12 722 9 652
Afreximbank 2 200 - 2 200 1 490
Retenções Eventuais por Transferir 809 - 809 3 235
Outros 16 611 - 16 611 3 343
819 759 592 471 1 412 231 573 628
Provisão
Novo Banco (ii) ( 417 239) - ( 417 239) ( 439 645)
Electra (iv) ( 20 000) - ( 20 000) ( 10 000)
Outros ( 1 953) - ( 1 953) ( 11 953)
( 439 192) - ( 439 192) ( 461 598)
380 568 592 471 973 039 112 030

(i) NewCo
O saldo resulta do acordo tripartido assinado em janeiro de 2021 entre a NewCo, o INPS e o
Ministério das Finanças de Cabo Verde relativo à assunção por parte de NewCo da dívida
da TACV relativa às contribuições sociais referentes ao período de janeiro de 2007 a
fevereiro de 2019, no montante de mCVE 846 387.
 mCVE 253 916 correspondente a 30% da divida será liquidada em 3 prestações

quadrimestrais, iguais e consecutivas, no montante de CVE 84 639, vencendo a
primeira prestação em 30 de janeiro de 2022 e a última em 30 de dezembro de 2022;
 Remanescente da dívida de mCVE 592 471 será liquidada em 28 prestações

trimestrais, iguais e consecutivas, no montante de mCVE 21 160, vencendo a
primeira prestação em 30 de janeiro de 2023 e a última em 30 de dezembro de 2029.
(ii) Novo Banco
Corresponde aos valores recebido pelo INPS em forma de carteira de créditos do Novo
Banco, correspondestes ao empréstimo subordinado e depósitos bancários que se
encontravam naquela instituição e que foram provisionados, aquando da resolução do Novo
Banco em março de 2017.
Durante o exercício de 2021, foram recuperados mCVE 22 406 (2020: mCVE 42 181),
registados em Proveitos e Ganhos Extraordinários (ver Nota 24), com base no protocolo
tripartido celebrado entre o INPS, Banco de Cabo Verde e Caixa Económica nos seguintes
termos:
 Valor de depósitos no Novo Banco à data da resolução, no montante de mCVE 721
573;
 Valor da carteira de crédito do Novo Banco atribuída ao INPS de mCVE 710 879;
 É conferida a CECV a gestão e cobrança da respetiva carteira de crédito;
 A CECV cobrará (i) um success fee correspondente a uma comissão mensal de 20% do
valor dos juros efetivamente cobrados e (ii) uma comissão de gestão anual de 2% do
valor do capital em dívida apurado em 31 de dezembro de cada ano. A soma das duas
comissões não poderá ultrapassar 50% dos juros efetivamente cobrados.

(iii) BCA
Representa o valor remanescente a receber do BCA, no âmbito do acordo tripartido assinado

com o Estado de Cabo Verde e com o BCA, em que o INPS passou a assumir a
responsabilidade com os encargos e gestão do sistema privativo de segurança social do BCA
(ver Notas 7 e 18).
(iv) Electra
Empréstimo concedido em 2011, pendente de regularização. O saldo encontra-se 100%
provisionado.
(v) Fundo Social dos trabalhadores

O saldo desta rubrica representa os reforços do fundo social dos trabalhadores efetuados ao
longo dos anos. Por sua vez, esse fundo, que funciona de forma autónoma, concede diversos
benefícios aos trabalhadores, nomeadamente empréstimos para despesas de saúde,
assistência médica e medicamentosa, compensação na morte, comemorações e convívios dos
trabalhadores, cantinas, etc. Não se encontram definidos os termos de reembolso pelo fundo.
Em 2021 o fundo social foi reforçado em mCVE 5 744 (2020: mCVE: 12 914) conforme
deliberação do conselho diretivo do INPS e adicionalmente verificou-se uma utilização de
mCVE 2 674
NOTA 10 - Contribuintes
O saldo de Contribuintes corresponde ao valor das contribuições declaradas e não liquidadas

pelas entidades empregadoras. Por regime de contribuintes, decompõem-se como segue:
mCVE
2021 2020
Geral 6 095 995 5 986 755

Funcão pública - regime novo e regime actual 5 222 535 4 461 887
Saldo Contribuintes conforme a listagem da Direção de Contribuições e Cobrança 11 318 530 10 448 642
Diferença entre a listagem da Direção de Contribuições e Cobrança e os saldos contabilísticos (1 947 742) (1 717 196)
Depósitos de Contribuintes ainda não identificados (1 649 001) ( 946 410)
Correções de contribuições
Exercício de 2021 ( 144 857) -
Exercícios anteriores a 2021 ( 210 052) -
Saldo contabilístico ajustado dos Contribuintes 7 366 878 7 785 036
Menos:
Provisão para contribuintes de cobrança duvidosa (3 969 554) (3 513 889)
3 397 324 4 271 147
A comparação efetuada entre o saldo ajustado de mCVE 7 366 878 (2020: mCVE 7 785 036)
evidenciado nos registos contabilísticos e o saldo de mCVE 11 318 530 (2020: mCVE 10 448
642) conforme a listagem da Direção de Contribuição e Cobranças, evidenciou uma diferença
líquida de mCVE 1 947 742 (2020: mCVE 1 717 196), dos quais mCVE 1 649 001 (2020: mCVE

946 410) se referem a pagamentos de contribuintes não identificados registados apenas na

contabilidade e mCVE 1 947 742 (2020: mCVE 1 717 196) se encontra em processo de análise.
A provisão para cobrança duvidosa é calculada através da aplicação de uma percentagem

diferenciada consoante a antiguidade dos saldos de Privados em dívida (ver Nota 1.2 d)).
Foi, no exercício de 2021, reforçada em mCVE 512 776 (2020: mCVE 454 590) (ver Nota 29) e
anulada em mCVE 57 111 (2020: mCVE 81 484) (ver Nota 24), na sequência de cobranças de
saldos provisionados anteriormente, fruto do esforço na recuperação das dívidas.
As dívidas do Estado e Autarquias não foram consideradas no cálculo da provisão dado ser
expectativa da Administração que a sua recuperação ocorre a curto prazo.
NOTA 11 - Organismos de segurança social estrangeiros
mCVE
2021 2020
Saldos devedores
Portugal 737.771 750.940
Holanda 487.293 434.572
Luxemburgo 8.313 18.150
Italia 6.545 4.160
Suécia - 84
Total devedores 1 239 923 1 207 906
Saldo credor
França ( 6 158) ( 6 787)
Total credores ( 6 158) ( 6 787)
Os saldos devedores compreendem os valores das despesas ainda não reembolsadas de

assistência medicamentosa e outras prestações em espécie suportadas pelo INPS, relativas a
emigrantes e seus familiares Cabo-Verdianos, incluindo os residentes em Cabo Verde,
beneficiários da Segurança Social dos respetivos países identificados acima.
As despesas suportadas, em cada exercício, integram a rúbrica de Custos e perdas – Ações

de previdência (ver Nota 25). Os valores a receber, calculados nos termos das convenções
vigentes, no valor de mCVE 113 897 (2020: mCVE 142 291), não foram ainda submetidos
àquelas entidades, tendo, por isso, sido registadas na rubrica de Acréscimos de proveitos (ver
Nota 15), por contrapartida de Proveitos e Ganhos – Convenções internacionais -
comparticipação (ver Nota 22).
A dívida da Segurança Social Portuguesa (SSP) refere-se ao período compreendido entre 2007
e 2020. Os valores entre os anos 2007 a 2013, foram confirmados pelas entidades portuguesas,
sendo que de 2014 a esta parte são informações de contas previsionais, uma vez que carecem
da confirmação pela parte portuguesa. Encontram-se ainda pendentes de confirmação por
parte daquela entidade os inventários de 2010 a 2020, já apresentados pelo INPS.

Com relação às contas convencionais de Holanda, em 2020, na sequência de análises

conjuntas efetuadas com a Direção de Prestações Definidas (DPD), procedeu-se à
regularização das receitas de convenção relativas ao período de 2002 a 2020, no montante
total de mCVE 132 858, que se encontravam subavaliadas (ver Nota 24).
O saldo credor da Segurança Social de França corresponde, à diferença entre os valores

recebidos pelo INPS para fazer face a encargos com os beneficiários daquela entidade e os
montantes efetivamente pagos
O INPS não regista as despesas suportadas pela SSP com os seus beneficiários, não
envolvendo, contudo, valores significativos.
NOTA 12 - Estado e Outras Autoridades Públicas (OAP)
mCVE
2021 2020
Saldos Devedores
REMPE 1 818 381 1 483 040
Pensão Comum 1 101 205 1 011 390
Fundo Pensões do BCA - Encargos do Estado 697 467 481 683
Fundo Pensões do BCA - Juros TCMF 192 995 128 663
Reforma antecipada 125 823 125 823
Pensão Unificada 98 301 250 022
Seg Social CADE - 913
Total saldo devedor 4 034 173 3 481 534
Saldos Credores
IRPS (saldo a regularizar) ( 43 728) ( 43 728)
Retenção IRPS - Pencionistas ( 7 139) ( 4 734)
Retenção IRPS - Trabalhos Dependentes ( 6 466) ( 335)
Retenção IRPS - Independentes ( 440) ( 1 966)
Outros ( 143) ( 92)
Total saldo credor ( 57 917) ( 50 855)
Os saldos a receber do Estado resultam, dos protocolos celebrados com a Direção Geral do
Tesouro, no âmbito dos seguintes programas:
 REMPE – representa a parcela do Tributo Especial Unificado - TEU, arrecadado pela

Direção Nacional de Receitas do Estado (DNRE), a partir do ano de 2015, às empresas
enquadradas no Regime Especial de Micro e Pequenas Empresas (REMPE) e que deverão
ser transferidos ao INPS. Os registos de 2017 a 2020 no montante de mCVE 1 171 111
foram efetuados, com base na informação recolhida junto da DNRE (ver Notas 21 e 24),
sendo que em 2021 o INPS registou uma estimativa no montante de mCVE 378 128, pois
que as duas instituições se encontram numa fase de validação dos contribuintes
registados no regime. Adicionalmente, em 2021 o INPS teve conhecimento de

pagamentos efetuados pela DRNE relativos a anos anteriores no montante de mCVE 42

786, valor esse contabilizado pelo INPS em 2021.
 Pensão Comum – pensões pagas aos beneficiários das caixas sindicais de previdência das
entidades empregadoras transferidas para o sistema de previdência social patrocinado
pelo INPS. O saldo representa a dívida acumulada de 2010 a 2021.
 Fundo de pensões do BCA – Encargos do Estado - representa o valor a receber do Estado
para fazer face ao aumento dos encargos com o fundo de pensões do BCA, apurados
através do estudo atuarial com referência a 31 de dezembro de 2020 e que não se
encontram cobertos pela rentabilidade dos ativos (TCMF) recebidos para fazer face a
essas responsabilidades (ver Nota 18).
 Fundo de pensões do BCA - Juros TCMF- representa os juros de 1% a receber do
Estado de Cabo Verde sobre os TCMF transitados para o INPS em contrapartida da
gestão do fundo de pensão privativo (ver Nota 18), acordados para os anos 2019, 2020 e
2021.
 Pensão Unificada – pensões pagas aos beneficiários da Administração Pública

transferidas para o sistema de previdência social patrocinado pelo INPS, na parcela da
responsabilidade do Tesouro. O saldo representa a dívida acumulada de 2013 a 2016,
sendo que no exercício 2021 foram regularizados todos os saldos de 2019 ao 3º trimestre
de 2021.
 Reforma antecipada – representa a parcela remanescente da dívida da Cabnave
relacionada com o programa de reforma antecipada dos seus trabalhadores, assumida
pelo Tesouro em 2013.
NOTA 13 - Títulos Negociáveis
São registadas nesta rúbrica os bilhetes de tesouro, com maturidade de 3 a 6 meses,

adquiridos durante o exercício. Em 2021 foram investidas mCVE 1 714 129 em títulos
negociáveis, dos quais até 31 de dezembro foram reembolsados mCVE 1 464 129. Foram
remunerados à taxa de juro anual de 1%, ascendendo os juros a mCVE 8 349 (2020: mCVE
1 465 (ver Nota 23).

NOTA 14 - Depósitos Bancários
mCVE
2020 2020
Depositos a Prazo
CECV 6 852 885 6 772 239
Ecobank 3 200 000 3 200 000
BIA 2 742 458 2 242 458
BAI 2 500 000 2 000 000
BICV 2 400 000 1 900 000
BCN 2 372 472 2 032 035
BCA 500 000 501 640
Depósito a prazo 20 567 814 18 648 372
Depositos a ordem
CECV 9 701 424 15 936 052
BCN 3 420 131 3 430 202
BAI 2 424 175 2 472 350
BIA 1 851 227 1 916 532
Ecobank 1 010 560 1 203 989
Tesouro 760 985 -
BCA 441 656 402 543
BICV 420 417 167 754
CGD 15 120 5 803
Depósito a ordem 20 045 695 25 535 225
Depósitos bancários 40 613 509 44 183 597
Os depósitos à ordem e a prazo foram remunerados em 2021 a taxas de juros anuais que
variam entre 0,75% e 5,25% (2020: 0,75% e 6%), tendo o valor dos juros ascendido a mCVE
132 078 e mCVE 564 026 (2020: mCVE 174 929 e mCVE 598 878), respetivamente (ver Nota 23).
Os Outros recebimentos de atividades de funcionamento apresentados no Mapa de Origens

e aplicações de fundos, no montante de mCVE 541 833 (2020: mCVE 42 385), incluem,
recebimentos relativos à recuperação de parte da dívida do Novo Banco, no montante de
mCVE 22 406 (2020: mCVE 42 181), recebimento das notas de débito de pensão unificada de
mCVE 270 112 (2020: 0), transferências de convenções de Portugal e Luxemburgo no
montante de mCVE: 95 987 e ainda recebimento dos montantes de RSO (Subsidio de
rendimento solidários) pagos em 2020 no montante de mCVE: 42 180.
Os outros pagamentos de atividades de funcionamento no Mapa de Origens e aplicações de

fundos, no montante de mCVE 2 087 644 (2020: 2 058 874), relacionam-se, essencialmente,
com os pagamentos efetuados no âmbito das medidas adotadas para mitigação aos efeitos
do Covid-19 em Cabo Verde, no montante de mCVE 1 377 849 (2020: mCVE 1 417 093) (ver
Nota 31) e ainda os pagamentos dos processos especiais de pensões RIA TACV mCVE 117

063 (mCVE 140 934), fundo de pensões do BCA mCVE 385 888 (2020: mCVE 357 522), pensão
unificada mCVE 118 472 (2020: mCVE 100 847) e pensão comum mCVE 89 815 (2020:
mCVE 91 583).
Os estatutos do INPS aprovados pelo DL 40/2014 de agosto de 2014, no seu artigo 38º, define
que para os ramos de prestações deverá ser mantida uma reserva de contingência,
equivalente a pelo menos três meses de despesas operacionais, estimadas em cerca de mCVE
1 004 000. Verifica-se, assim, que o definido no referido artigo se encontra salvaguardado
pelas disponibilidades.
NOTA 15 - Acréscimos de proveitos
mCVE
2021 2020
Contribuições por receber 1 344 539 1 392 867
Juros e dividendos por receber 669 661 614 696
Convenções Internacionais 113 897 142 291
Total 2 128 097 2 149 854
Contribuições por receber

Esta rubrica integra o montante da especialização dos proveitos correspondentes às
contribuições referentes às "folhas de ordenados e salários" relativas aos exercícios anteriores
e ao exercício de 2021 rececionadas em 2022.
Juros por receber

O saldo desta rubrica corresponde ao efeito da especialização dos juros correntes das
aplicações financeiras, com referência a 31 de dezembro, como segue:
mCVE
2021 2020
Obrigações do Tesouro (ver Nota 6) 297 378 292 600
Depósitos a prazo (ver Nota 14) 342 985 294 762
Obrigações de Empresas (ver Nota 5) 25 158 22 668
Empréstimos de Financiamento 4 139 4 666
669 661 614 696
Convenções internacionais
O saldo desta rubrica corresponde ao efeito da especialização das convenções, com referência
a 31 de dezembro (ver Nota 11), como segue:

mCVE
2021 2020
Portugal 54 433 77 041
Holanda 54 857 60 418
Luxemburgo 1 839 2 098
Italia 2 768 2 734
113 897 142 291
NOTA 16 - Situação Líquida
Os movimentos verificados durante o exercício nas contas do Fundo de reservas e de

resultados foram os seguintes (em mCVE):
Saldo Movimentos em 2021 Saldo

inicial (Débito) Crédito final
Fundo de reservas 84 430 735 - 4 999 205 89 429 940

Resultado do exercício
2020 4 999 205 (4 999 205) - -
2021 - - 4 347 864 4 347 864
89 429 940 (4 999 205) 9 347 069 93 777 804
O estudo atuarial realizado em abril de 2022, com referência a dezembro de 2020, quantifica
o valor atual das responsabilidades com as pensões relativas (i) aos direitos dos atuais
segurados no ativo e (ii) aos atuais pensionistas, em mCVE 127 706 920 (estudo de 2018:
mCVE 69 046 845).
O Estado de Cabo Verde assume total responsabilidade com as garantias inerentes ao sistema
de Previdência Social, sendo o Instituto, enquanto entidade pública criada pelo Estado, o
gestor da proteção social obrigatória do país.
NOTA 17 - Benefícios de previdência e abonos a pagar

O saldo desta rubrica representa os encargos com a previdência social devidos aos
beneficiários e os encargos com pensões processados e não pagos à data do balanço, como
segue:
mCVE
2021 2020
Pensões 138 215 80 401

Abonos e prestações complementares 135 608 128 051
Subsídios de doença e de maternidade 53 034 51 855
Outras Prestações a Pagar 2 846 ( 3 363)
329 702 256 945

NOTA 18 - Credores diversos
mCVE
2021 2020
Fundo de pensões BCA - SPSS (Ver nota 7) 6 912 937 6 995 477
Fundo para Pensões Antecipadas - TACV 389 582 541 827
Ministério da Saúde - 94 498
Outras Credores 161 847
7 302 680 7 632 649
Fundo de pensões do sistema privativo do BCA
Nos termos do Decreto-Lei n.º 35/2019 e no âmbito do acordo tripartido assinado entre o
Estado de Cabo Verde, o BCA e o INPS, com efeitos a partir de 1 de janeiro de 2019, foi
transferida para o INPS a responsabilidade de gestão do sistema privativo de segurança
social dos trabalhadores do BCA contratados até 1998, nos seguintes termos e condições:
 Responsabilidade do referido sistema privativo apurado através de um estudo atuarial
com referência a 31 de dezembro de 2018, no montante total de mCVE 6 829 917;
 O Estado adquiriu, na mesma data, os TCMF detidos pelo BCA, no valor de mCVE 6
433 170;
 Em contrapartida o INPS recebeu (a) títulos de crédito do Estado de Cabo Verde (no
mesmo valor do TCMF), com remuneração anual de 3% e (b) um valor em dinheiro
relativo ao diferencial das responsabilidades apuradas com o sistema privativo e o ativo
recebido do Estado (ver Nota 7) pagos pelo BCA;
 O Estado é responsável pelo financiamento dos encargos com pensões e assume a total
cobertura financeira das responsabilidades transferidas para o INPS;
 O BCA assume todas as responsabilidades contingentes não reconhecidas ou valoradas,
cujos factos constitutivos tenham ocorrido antes de 1 de janeiro de 2019;
 O INPS responde pelos encargos com pensões previstos até ao montante do património
de um subsistema do INPS, a ser criado de forma autónoma e com contabilidade
própria, ao qual são afetados os títulos de crédito emitidos pelo Estado bem como as
contribuições obrigatórias efetuadas pelo BCA e pelos respetivos trabalhadores, e
quaisquer outros financiamentos que venham a ser atribuídos para o efeito.
Durante os exercícios de 2021 e 2020, ocorreram os seguintes movimentos:

Movimentos ocorridos em 2019 mCVE

Responsabilidade apurada 6 829 917
Pagamentos prestações ( 150 742)
Juros TCMF (ver Nota 12) 64 332
Saldo final 6 743 506
Movimentos ocorridos em 2020 mCVE
SI 6 743 506
Pagamentos prestações ( 357 522)
Correcção Movimentos 2019 ( 64 332)
Contribuições 2019/2020 63 478
Ajuste Atuarial 610 346
Saldo final 6 995 477
mCVE
2021 2020
Saldo em 1 de janeiro 6 995 477 6 743 506

Movimentos ocorridos no periodo
Pagamentos aos pensionistas do fundo ( 385 888) ( 357 522)
Aumento das responsabilidades com o novo estudo atuarial 280 116 610 346
Contribuições recebidas dos trabalhadores no ativo 23 232 63 478
Outras correções e regularizações - ( 64 332)
Saldo em 31 de dezembro 6 912 937 6 995 477
O INPS realizou um estudo atuarial com referência a 31 de dezembro de 2021, tendo sido
apurado uma responsabilidade com o fundo no montante de mCVE 6 912 937 (2020: mCVE
6 995 477, originando um desvio atuarial de mCVE 280 116 (2020: mCVE 610 346), dos quais
mCVE 64 332 (2020: mCVE 128 664) (ver Nota 12) encontra-se coberto pela rentabilidade dos
TCMF recebido do Estado e o valor remanescente de mCVE 215 784 (2020: mCVE 481 682)
registados por contrapartida de um valor a receber do Estado de Cabo Verde, tendo em conta
que o mesmo assume a total cobertura financeira das responsabilidades transferidas para o
INPS (ver Nota 12).
Fundo para pensões antecipadas dos TACV

No âmbito do programa de reforma antecipada dos trabalhadores dos TACV, foi elaborado
um protocolo em setembro de 2019 entre o Estado de Cabo Verde, INPS e os TACV, que se
rege pelos seguintes termos:
 Os encargos com as pensões de aposentação antecipada especial, no montante de mCVE

683 665, são da responsabilidade do Estado;

 O Estado assumirá o pagamento ao INPS das contribuições previstas para a entidade

patronal que resultará da aplicação da taxa legal, que é de 15% sobre o montante anual
dos vencimentos, totalizando o valor de mCVE 122 244;
 O Estado pagará ao INPS uma compensação anual pela gestão e administração do regime
da pensão de aposentação antecipada especial em montante equivalente ao valor cobrado
anualmente pelos serviços interbancários do Sistema de Pagamento (SISP) no
processamento eletrónico dos pagamentos;
 O montante de compensação será considerado para efeitos de encontro de contas por
eventuais créditos a favor do Estado de Cabo Verde.
Tendo o INPS recebido no exercício de 2019 o montante total (a) dos encargos com as pensões
e (b) das contribuições previstas para a entidade patronal, cujas prestações serão pagas aos
beneficiários até a idade de reforma, procedeu-se à atualização do valor da responsabilidade,
por referência à taxa de juro média (3,85%) dos ativos sem risco incluídos na carteira de
investimentos do INPS com a mesma maturidade, tendo o mesmo sido reduzido em mCVE
111 336, registados em Outros Proveitos. A respetiva atualização é anualmente registada
como perdas financeiras, ascendendo o valor referente ao exercício de 2021 a mCVE 13 913
(2020: mCVE 14 200) (ver Nota 31). Em 2021, foram pagas prestações com pensões de reforma
antecipada no montante de mCVE 117 063 (2020: 140 934).
Ministério de Saúde
Em 2020 o saldo de mCVE 94 498 representava os valores por regularizar com o Ministério
da Saúde, no âmbito da revisão do protocolo de comparticipação aos custos com assistência
médica e medicamentosa. No entanto, e tendo em conta o fim do acordo de comparticipação
com a manutenção dos equipamentos do Hospital Agostinho Neto, o saldo reverteu-se a
favor do INPS, sendo que doravante apenas serão contabilizados os custos com a
comparticipação com o Ministério da Saúde já protocolado.
NOTA 19 - Fornecedores, C/C
O saldo desta rubrica compreende as dívidas por regularizar aos fornecedores à data de 31
de dezembro.

NOTA 20 - Acréscimos de custos
Compreendem, essencialmente, despesas processadas no exercício cujo pagamento ocorrerá

no exercício seguinte, conforme decomposição abaixo:
mCVE
2021 2020
Abonos e Subsídios 117 924 125 022
Férias, Subsídios de férias e Previdência dos trabalhadores 51 329 54 043
Outros 4 631 3 008
173 885 182 073
NOTA 21 - Contribuições (Proveitos)
Esta rubrica regista os valores referentes às contribuições declaradas pelos contribuintes. A

taxa global de contribuição para a Previdência Social fixada, desde 1983, em 23% sobre as
remunerações ilíquidas, foi atualizada para 24,5%, através da Portaria nº 27/2017, de 25 de
julho, sendo (i) 8,5% correspondente às quotizações dos trabalhadores e (ii) 16% referentes às
contribuições da entidade empregadora.
Por regime, as contribuições foram como se segue:
Regimes mCVE
2021 2020
Geral
Trabalhadores por Conta Outrém (TCO) 6 840 468 5 931 814
Serviço Doméstico (SD) 77 220 2 990
Trabalhadores por Conta Própria (TCP) 74 671 5 170
Regime Especial Micro e Pequenas Empresas (REMPE) 667 006 541 394
7 659 365 6 481 369
Função pública (FP)
FP Central 2 518 932 2 656 201
Orgãos de Soberania 185 403 82 767
Serviços Autónomos 409 201 480 995
Regime Agente Adm.Publica Local (RAAPL) 469 127 1 141 924
3 582 663 4 361 887
11 242 027 10 843 256
Os valores apresentados no regime REMPE incluem a quotização dos trabalhadores, no

montante mCVE 288 88 (2020: mCVE 229 645) e o Tributo Especial Unificado (TEU), no
montante de mCVE 378 128 (ver Nota 12) (2020: mCVE 311929).
A taxa de cobrança das contribuições teve a seguinte evolução:

mCVE
2021 2020
Declaradas 11 242 027 10 843 256
Cobradas 10 175 875 9 281 831
Taxa de cobrança 91% 86%
NOTA 22 - Convenções internacionais – Comparticipação e Outros proveitos não

especificados
O saldo corresponde à comparticipação dos organismos de segurança social estrangeiros,

abaixo identificados, nas despesas incorridas pelo INPS com os seus beneficiários (ver Nota
11).
mCVE
2021 2020
Portugal 54 433 77 041
Holanda 54 857 60 418
Luxemburgo 3 688 2 098
Itália 2 768 2 734
115 746 142 291
NOTA 23 - Juros
Esta rubrica compreende os juros obtidos das diversas aplicações financeiras, como segue:
mCVE
2021 2020
Obrigações do Tesouro (ver Nota 6) 1 208 878 1 213 426
Depósitos a prazo (ver Nota 14) 564 026 598 878
Depósitos à ordem (ver Nota 14) 132 078 174 929
Obrigações de empresas (ver Nota 5) 93 403 57 404
Bilhetes do Tesouro (ver Nota 13) 8 349 1 465
Financiamento CECV (ver Nota 8) 6 973 6 753
Juros Financiamento AquisiçãoViatura 830 507
Títulos de Participação (TCMF) (ver Nota 7) - 1 996
2 014 536 2 055 358

NOTA 24 - Proveitos e Ganhos Extraordinários
mCVE
2021 2020
Anulação de provisões para cobrança duvidosa (ver Notas 11 e 29) 57 111 81 484
Reversão Provisões do Novo Banco (Ver Nota 9) 22 406 42 181
Correcções Favoráveis a Ex. Anteriores 144 645 132 872
Total 224 163 256 537
As correções favoráveis compreendem essencialmente, (i) mCVE 94 498 relativos à

regularização do saldo do Ministério da Saúde (ver Nota 18), e (ii) mCVE 42 180 relativos a
RSO pagos pelo INPS em 2020, reembolsados pelo Estado em 2021.
NOTA 25 - Ações de previdência e abonos
Os valores registados nesta rubrica correspondem aos custos suportados pelo INPS com os
serviços de Previdência Social prestados aos beneficiários. A natureza destes custos é como
segue:

2021 2020
mCVE % mCVE %
Doença e maternidade
Assistência medicamentosa 767 248 13% 707 068 12%
Despesas com transporte e estadia 789 692 13% 780 410 13%
Compensações ao Ministério da Saúde 399 996 7% 400 265 7%
Subsídio de Doença 284 049 5% 205 664 3%
Óculos 327 471 5% 253 114 4%
Despesas com tratamento estomatológico 165 796 3% 146 705 2%
Subsídio de Maternidade e Paternidade 127 194 2% 125 619 2%
Despesas com Tratamento de fisioterapia 51 395 1% 40 808 1%
Outras 64 377 1% 91 707 2%
Despesas Convencionais - 0% 16 372 0%
2 977 218 49% 2 767 732 46%
0%
Prestações diferidas
Pensões de Velhice 1 936 624 32% 1 752 103 29%
Pensões de Invalidez 367 662 6% 350 247 6%
Pensões de Sobrevivencia 305 004 5% 280 709 5%
Pensões Complementares 2 905 0% 3 214 0%
2 612 194 43%
0% 2 386 273 39%
0%
Abono de Familia e Prestações Complementares
Abono de Familia 357 735 6% 358 038 6%
Subsidio de Aleitação 30 168 0% 28 172 0%
Subsidio a Deficientes 10 671 0% 10 310 0%
Subsidio de Funeral 12 492 0% 11 064 0%
411 066 7% 407 584 7%
Desemprego
Subsidio de Desemprego 67 212 1% 131 642 2%
67 212 1% 131 642 2%
6 067 690 100% 5 693 231 100%
O saldo da rubrica Assistência medicamentosa integra, igualmente, as despesas com

assistência e outras prestações suportadas pelo INPS com os beneficiários da Segurança
Social de organismos estrangeiros. O proveito correspondente, calculado nos termos da
convenção vigente, encontra-se evidenciado na rubrica de Proveitos e ganhos - Convenções
internacionais - comparticipação (ver Nota 22), por contrapartida da conta-corrente com
aqueles organismos.
As Despesas com transporte e estadia compreendem, essencialmente, as despesas com

evacuações internas e externas dos beneficiários do INPS.
A rúbrica de Compensações ao Ministério da Saúde, compreende os valores transferidos aos

diferentes hospitais públicos (regionais e centrais), para fazer face à assistência médica e

hospitalar prestada aos beneficiários do INPS, no âmbito do protocolo celebrado entre o INPS
e o Ministério da Saúde.
NOTA 26 - Custos com o pessoal
(mCVE)
2021 2020
Ordenados e salários 288 533 291 463
Remunerações Adicionais 68 863 63 736
Encargos sobre remunerações 59 771 59 648
Outros Custos com o pessoal 15 114 1 991
432 281 416 838
Número médio de empregados 226 226
Número de empregados no final do ano 234 237
NOTA 27 - Fornecimentos e serviços externos
Esta rubrica é composta como segue:

mCVE
2021 2020
Trabalhos especializados 94 785 73 324
Vigilancia e segurança 25 641 21 820
Conservações e Reparações 16 231 6 825
Electricidade 15 501 18 344
Serviços Bancários 14 020 20 157
Limpeza, higiene e conforto 12 429 13 795
Outros fornecimentos e serviços 11 474 9 037
Royalties 8 156 5 052
Publicidade e propaganda 6 918 3 020
Honorários 6 676 6 775
Deslocações e estadas 3 652 1 447
Rendas e Alugueres 3 332 3 358
Outros, inferiores a mCVE 10 000 18 100 19 562
236 915 202 516
NOTA 28 - Amortizações do exercício
Compreendem as amortizações das Imobilizações corpóreas, no montante de mCVE 65 656

(2020: 61 675) (ver Nota 3).

NOTA 29 - Provisões do exercício - Diversas
Esta rubrica compreende o valor do reforço das provisões para contribuintes de cobrança
duvidosa no montante de mCVE 512 776 (2020: mCVE 454 590) (ver Nota 10).
NOTA 30 - Imposto sobre capitais
Referem-se ao imposto incidente sobre os rendimentos obtidos com as aplicações financeiras

(obrigações de empresas, outros títulos financeiros e depósitos a prazo).
NOTA 31 - Custos e perdas extraordinárias
mCVE
2021 2020
Medidas para mitigação do Covid-19 em Cabo Verde 1 377 849 1 417 094
Correções contas convencionais - Portugal (ver Nota 11) 16 136 -
Efeito atualização do fundo para pensões antecipadas dos TACV (ver Nota 18) 13 912 14 200
Correções desfavoráveis de exercícios anteriores
Contribuições dos colaboradores do INPS 237 914 -
Contribuições de anos anteriores 210 052 -
Colaboradores do fundo de pensões antecipadas dos TACV 34 784 -
Outras correções 2 213 9 849
1 892 860 1 441 143
Para além do efeito do aumento do subsídio de desemprego (ver Nota 25), os gastos
incorridos com as medidas adotadas para mitigação aos efeitos do Covid-19 em Cabo Verde
relacionam-se, essencialmente, com (a) a suspensão de contratos de trabalho, em que o INPS
garante um rendimento equivalente a 35% da remuneração ilíquida do trabalhador, nos
termos da Lei 83/IX/2020, de 4 de abril, e da Lei 97/IX/2020, de 23 de julho, (b) a atribuição
do rendimento solidário, compreendendo uma prestação mensal de mCVE 10 aos
trabalhadores do regime REMPE e do serviço doméstico, conforme Resolução nº 58/2020, de
30 de março, do Conselho de Ministros, alterada pela Resolução nº 71/2020, de 13 de maio, e
(c) a atribuição do subsídio de isolamento profilático, correspondente a 70% da remuneração
de referência dos trabalhadores colocados em situação de isolamento, conforme o DL nº
37/2020, cujos impactos foram nos montantes de mCVE 1 373 034 (2020: mCVE 1 398 963,
mCVE 20 (2020: mCVE 42 180) e mCVE 65 591 (2020: mCVE 27 449), respetivamente.
As correções desfavoráveis de anos anteriores dizem respeito a regularizações de

contribuições de anos anteriores e/ou substituições de Folhas de ordenados e salários dos
contribuintes.
NOTA 32 - Eventos subsequentes à data do Balanço
À semelhança do exercício anterior, 2021 foi um ano em que se viveu sobre o forte impacto
dos efeitos da pandemia, que se refletiram a nível socioeconómico por todo o mundo e mais

ainda em Cabo Verde. Pese embora em 2022 as prestações atribuídas para a mitigação da
pandemia, concretamente o Lay Off, foram suspensas, a verdade é que ainda se vive sob a
incerteza da crise sanitária mundial uma vez que a pandemia persiste bem como os seus
efeitos. Assim, podemos afirmar que podem não ser previsíveis os impactos da pandemia
para o exercício 2022 para o sistema da previdência social em Cabo Verde.
Desde a data do fecho de contas até esta data não se verificou qualquer outro acontecimento
que possa influenciar significativamente as Demonstrações Financeiras apresentadas ou que
mereça menção nas Notas.

INSTITUTO NACIONAL
DE PREVIDENCIA SOCIAL

Relatorio e Contas INPS 2021

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Instituto Nacional de Previdência Social

RELATÓRIO E CONTAS 2021

MENSAGEM DA COMISSÃO EXECUTIVA............................................................................................. i

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Em 2021, assistiu-se a uma retoma de crescimento económico desigual, variando em função

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 Proteção Social Complementar, assente numa lógica de seguro e de adesão

Em 2014, através do Decreto-Lei nº 40/2014 de 11 de agosto, são aprovados os novos

Instituto Nacional de Previdência Social Página 1

II. ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO

1. Missão, Visão, Princípios e Valores

Garantir, de forma ativa, a proteção dos indivíduos contra os riscos que

Ser uma entidade pública de excelência na promoção de uma segurança social

2. Política de Gestão de Qualidade

1. Prestação de um serviço com qualidade e informação adequada;

4. Proporcionar formação profissional a todos os colaboradores de modo a um maior

5. Envolver todos os colaboradores no Sistema de Gestão, estando atenta às suas necessidades;

6. Avaliar sistematicamente os resultados da implementação do seu Sistema de Gestão,

7. Orientação para o resultado, o INPS trabalha no sentido de responsabilizar seus colaboradores

Instituto Nacional de Previdência Social Página 2

a) Gerir o sistema de proteção social obrigatória;

b) Fiscalizar o cumprimento das normas reguladoras do sistema de proteção

c) Assegurar a aplicação das convenções e acordos sobre segurança social

(Artigo 4.º, d) Estudar e propor ao Governo medidas e iniciativas legislativas visando a

f) Participar na elaboração dos planos sectoriais do sector da proteção social.

É ainda estipulado no Estatuto que o INPS exerce as suas atribuições no quadro

a) Praticar todos os atos necessários ao Velar pelo eficaz cumprimento dos

b) Arrecadar as contribuições e garantir as prestações aos beneficiários do

c) Realizar inspeções regulares e especiais destinadas a verificar o cumprimento

Competências d) Instaurar processos de contra-ordenação e aplicar sanções por infrações ao

e) Garantir que as instituições competentes assegurem as prestações devidas

f) Colaborar com as instituições competentes do Estado na elaboração dos

Instituto Nacional de Previdência Social Página 3

4. Objetivos Estratégicos e Programas de Desenvolvimento do INPS

 Promover a excelência administrativa;

 Assegurar a satisfação dos clientes;

 Promover o cumprimento da legalidade contributiva e prestacional;

 Promover a extensão da cobertura da proteção social;

 Garantir uma gestão eficiente dos recursos e ativos do instituto;

 Promover a motivação dos colaboradores.

O Instituto pretende alcançar os objetivos definidos implementando os seguintes onze

Objetivos Estratégicos Programas

Instituto Nacional de Previdência Social Página 4

III. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE

A atividade económica mundial apresentou sinais de melhoria em 2021, reflexo da

As economias dos principais parceiros nacionais registaram uma recuperação da

Figura 1 - Taxa de Crescimento do PIB (real), 2000-2021E

Fonte: IMF, World Economic Outlook, INCVE

Com o desencadeamento da guerra na Ucrânia, as perspetivas económicas para o ano

Para os anos de 2022 e 2023 projeta-se um crescimento da economia mundial em torno

Instituto Nacional de Previdência Social Página 5