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DIRETORIA DE OBRAS

GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA


SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO – SEDUR
COMPANHIA DE TRANSPORTES DO ESTADO DA BAHIA – CTB

ANEXO II
TERMO DE REFERÊNCIA

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DIRETORIA DE OBRAS

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................5
2 INFORMAÇÕES BÁSICAS ..................................................................................................5
2.1 Objeto do Lote 02............................................................................................................. 5
2.2 Do Escopo dos Serviços .................................................................................................. 6
2.2.1 Obras Civis ..................................................................................................................................... 6
2.2.2 Sistemas de Energia ....................................................................................................................... 7
2.3 Da licitação e Critérios de Julgamento das Propostas ...................................................... 8
2.4 Da justificativa para Contratação Integrada ...................................................................... 9
2.4.1 Soluções técnicas distintas e/ou tecnologias inovadoras ............................................................. 9
2.5 Da justificativa para a licitação por lotes ......................................................................... 10
2.5.1 Aspecto dos procedimentos licitatórios ...................................................................................... 10
2.5.2 Aspecto econômico ..................................................................................................................... 11
2.5.3 ASPECTOS TÉCNICOS: ENGENHARIA E FUNCIONALIDADE .......................................................... 14
2.5.4 ASPECTOS LEGAIS ........................................................................................................................ 16
2.5.5 CONCLUSÃO................................................................................................................................. 17
2.6 Do orçamento e preço de referência .............................................................................. 18
2.7 Proposta ........................................................................................................................ 19
2.8 Prazo de execução do Objeto ........................................................................................ 19
2.9 Garantia de Execução .................................................................................................... 19
2.10 Garantia do objeto ...................................................................................................... 20
2.11 Obrigações da licitante vencedora (obrigações do adjudicatário) ............................... 20
2.12 Medições/Verificações dos serviços/Remuneração .................................................... 21
2.13 Forma de pagamento ................................................................................................. 22
2.14 Fiscalização ................................................................................................................ 22
2.15 Vigência do contrato. .................................................................................................. 22
2.16 Garantias de equipamentos e sistemas ...................................................................... 23
3 CONDIÇÕES TÉCNICAS E REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELABORAÇÃO DOS
PROJETOS BÁSICO E EXECUTIVO ................................................................................. 24
3.1 Objetivos ........................................................................................................................ 24
3.2 Diretrizes ........................................................................................................................ 25
3.3 Metas ............................................................................................................................. 32
3.3.1 Projeto Geométrico Horizontal e Vertical ................................................................................... 32
3.3.2 Projeto de Terraplenagem........................................................................................................... 33
3.3.3 Projeto de Drenagem .................................................................................................................. 33
3.3.4 Projetos de Obras de Arte Especiais ............................................................................................ 34

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3.3.5 Projeto da praça com a pista de Skate ........................................................................................ 34


3.3.6 Projetos de Via Permanente ........................................................................................................ 34
3.3.7 Projeto de Pavimentação ............................................................................................................ 35
3.3.8 Projeto das Paradas (NBR 140211:2005)..................................................................................... 36
3.3.9 Projeto de Infraestrutura............................................................................................................. 37
3.3.10 Projeto de Paisagismo e Urbanização ......................................................................................... 38
3.3.11 Projeto de Iluminação ................................................................................................................. 38
3.3.12 Projeto da Rede Aérea de Tração ................................................................................................ 38
3.3.13 Projeto da Subestação Primária .................................................................................................. 38
3.3.14 Projeto da Subestação Rebaixadora ............................................................................................ 39
3.3.15 Projeto das Subestações Retificadoras........................................................................................ 39
3.3.16 Projeto e Apoio na execução da Desapropriação........................................................................ 39
3.3.17 Projeto Técnico Trabalho Social – PTTS:...................................................................................... 43
4 ROTEIRO E METODOLOGIA PARA EXECUÇÃO DOS PROJETOS ................................. 45
4.1 Prazos de Entrega dos Projetos ..................................................................................... 45
4.2 Disciplinas envolvidas na apresentação dos projetos ..................................................... 46
4.3 Projetos de referência do SMSL ..................................................................................... 47
5 NORMAS GERAIS ............................................................................................................. 47
5.1 Serviços Preliminares..................................................................................................... 47
5.2 Projeto ........................................................................................................................... 48
5.3 Pessoal Técnico ............................................................................................................. 48
5.4 Execução dos Serviços .................................................................................................. 48
5.5 Máquinas e Equipamentos ............................................................................................. 49
5.6 Controle de Qualidade ................................................................................................... 49
5.7 Controle Ambiental ......................................................................................................... 50
5.8 Seguros ......................................................................................................................... 50
5.9 Registros, Licenças e Aprovações ................................................................................. 50
5.10 Canteiro de Obras ...................................................................................................... 51
6 DA INSTRUMENTAÇÃO, MONITORAMENTO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE
RESULTADOS ................................................................................................................... 51
6.1 Justificativa .................................................................................................................... 51
6.2 Escopo das atividades ................................................................................................... 52
6.3 Considerações Finais ..................................................................................................... 53
7 ACOMPANHAMENTO, INSPEÇÕES, TESTES E COMISSIONAMENTO .......................... 53
7.1 Acompanhamento da fabricação e Testes de Fábrica .................................................... 53
7.2 Acompanhamento da Instalação e Montagem dos Sistemas ......................................... 54

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7.3 Testes de Campo ........................................................................................................... 54


7.4 Comissionamento .......................................................................................................... 54
7.5 Responsabilidade........................................................................................................... 55
8 NORMAS TÉCNICAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ............................................. 55
8.1 Órgãos normalizadores .................................................................................................. 55
8.2 Controle de qualidade .................................................................................................... 56
8.3 Instalações elétricas....................................................................................................... 56
8.4 Ensaios gerais, materiais, pinturas, esforços mecânicos e níveis de ruído ..................... 56
8.5 Proteção elétrica, interferência e compatibilidade eletromagnética. ............................... 57
8.6 Segurança...................................................................................................................... 58
8.7 Terminologia................................................................................................................... 58
8.8 Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho – Ministério do Trabalho 58
9 ANEXOS ............................................................................................................................ 58
9.1 Anexo A – Critério de Julgamento das Propostas de Técnica e Preço ........................... 58
9.2 Anexo B – Modelos ........................................................................................................ 58

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1 APRESENTAÇÃO
Este Termo de Referência apresenta condicionantes técnicas, premissas, restrições e
requisitos mínimos, estabelecidos para o projeto e implantação das obras de construção do
VLT de Salvador e Região Metropolitana trecho Paripe / Águas Claras de 9,200 Km,
integrando-se ao SMSL em Águas Claras, duplicação de 7,5 km da BA 528, Estrada do
DERBA, e da Implantação de 7,1 Km da via alimentadora Parque de São Bartolomeu,
incluindo testes e comissionamentos.
As condicionantes e diretrizes básicas para a Construção do VLT de Salvador e Região
Metropolitana trecho Paripe / Águas Claras, assim como das obras de duplicação de 7,5 km
da BA-528 (Estrada do DERBA) e da implantação da via alimentadora Parque São
Bartolomeu foram definidas e aprovadas pelo Governo do Estado, contemplando o
planejamento global e estratégico da Região Metropolitana de Salvador. Desta forma, este
empreendimento está devidamente alinhado e compatibilizado com importantes estudos e
projetos de transporte em andamento para a região, tais como:
• O Tramo III da Linha 1 do SMSL, trecho compreendido entre Estação Águas
Claras e Estação Pirajá, concluído e em fase de entrada em operação;
• O Novo Terminal Rodoviário de Salvador: atualmente em implantação, está sob a
responsabilidade da SEINFRA e envolve não só a sua área operacional, mas,
além disso, deverá promover uma remodelação no sistema viário, englobando
rodovias e vias urbanas, além de agregar vários empreendimentos comerciais no
seu entorno, e outras unidades que se traduzem em pontos geradores de tráfego;
• Corredor Transversal II (Linha Vermelha), contemplando a Duplicação da Av.
Orlando Gomes e implantação da Av. 29 de Março (ambas em operação), o qual
consiste em um sistema viário que interliga a Orla Atlântica de Piatã à BR-324,
em Águas Claras, projetado para receber um sistema de transporte com média
capacidade de passageiros em sua terceira faixa;
• Estação Metroviária Bairro da Paz, da Linha 2 do SMSL, localizada no eixo de
interseção entre as Avenidas Luís Viana Filho, 29 de Março e Orlando Gomes,
onde haverá integração física e operacional entre as opções modais;
• Atendimento aos moradores do Bairro de Paripe, Águas Claras, Cajazeiras e
adjacências, facilitando o acesso da população dessas regiões aos sistemas
municipais e intermunicipais de transportes coletivos, sobretudo o SMSL e os
ônibus convencionais.

2 INFORMAÇÕES BÁSICAS
2.1 Objeto do Lote 02
Elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico, executivo e “as Built”, execução das
obras civis e de urbanização, fornecimento e implantação dos sistemas de energia (sistema
de média tensão, sistema de tração e rede aérea de tração) e trabalho técnico social para
fins de desapropriação, visando a implantação das obras de construção do VLT de Salvador
e Região Metropolitana trecho Paripe / Águas Claras, com 9,200 km de extensão;

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Duplicação de 7,5 km da BA 528 – Estrada do DERBA, Implantação de 7,1 km da Via


Alimentadora Parque São Bartolomeu comissionamentos das estruturas implantadas,
de acordo com as exigências e demais condições e especificações expressas neste Edital e
em seus Anexos.

2.2 Do Escopo dos Serviços

O escopo necessário para o desenvolvimento dos projetos, execução das obras civis e de
urbanização, Trabalho Técnico Social para fins de desapropriação e implantação dos
sistemas de energia do VLT de Salvador e Região Metropolitana trecho Paripe / Águas Claras
compreende as atividades e fornecimentos a seguir descritos, mas não se limitando a esses:
2.2.1 Obras Civis
a) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” da Via Permanente, das vias e
edificações dos Estacionamentos de Material Rodante, das Paradas e de toda a
infraestrutura pertinente à implantação do VLT, incluindo acessos viários, obras de artes
especiais (OAE), de forma a prever compatibilização com os demais sistemas a serem
implantados (energia, sinalização, telecomunicações e material rodante);
b) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” para execução das Obras de
Artes Especiais (OAE) existentes no trecho para a implantação do VLT, sendo elas o
Viaduto de acesso à Rua Almirante Mourão de Sá, a passagem inferior em Moema e no
Hospital do subúrbio e o Viaduto de Travessia pela BR-324, e as contenções localizadas
ao longo do trecho;
c) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” para as obras de urbanização,
incluindo ciclovias, passeios, praça com pista de skate de forma a promover valorização
cultural e paisagística no trecho do VLT;
d) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” para as obras de duplicação
da rodovia BA-528 (Estrada do Derba) e de toda a infraestrutura pertinente, incluindo
retorno viários e vias de acessos;
e) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” para as obras de implantação
da via alimentadora Parque São Bartolomeu, contemplando 7,1 km de via singela
rodoviária, pavimentação flexível e demais acessórios urbanísticos;
f) Desenvolvimento e ampliação dos estudos pertinentes à implantação do VLT, incluindo
Estudos de Drenagem, Sondagem e Topografia, subsidiados pelos estudos já existentes
do Anteprojeto, constante no Anexo I deste Edital;
g) Ampliação dos estudos das interferências existentes ao longo do trecho do VLT, incluindo
os dados fornecidos pelas Concessionárias dos serviços públicos, bem como elaboração
dos respectivos projetos a serem desenvolvidos pela Contratada. As informações
deverão ser subsidiadas pelos estudos já existentes, constantes no Apêndice 6 para este
Lote do Edital;
h) Cadastro de imóveis a serem desapropriados e emissão de laudos, devidamente
certificados pela Contratante, conforme as premissas estabelecidas na NBR 14.653
(partes 1 a 7) que trata sobre Avaliação de Bens, elaboração dos Projetos “As Built” das
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áreas desapropriadas para a implantação do VLT, bem como as atividades


complementares dispostas no item 3.3.16 “Projeto e Apoio na execução da
Desapropriação” deste Termo de Referência;
i) Fornecimento dos materiais, equipamentos de obras, EPI e demais acessórios
pertinentes à execução das Obras Civis do VLT, atendendo às premissas e requisitos de
qualidade, estabelecidos nas Normas Técnicas e Regulamentadoras em vigência,
listadas no Memorial Descritivo, constante no Anexo I do Edital;
j) Emissão de Relatórios, bem como execução de testes e comissionamentos das
estruturas implantadas, com a devida disponibilização da documentação pertinente para
a Contratante;
k) Execução das obras civis para a construção de toda infraestrutura do VLT, com
fornecimento de todos os insumos, materiais, mão-de-obra, ferramentas, equipamentos
da obra e EPI.

2.2.2 Sistemas de Energia


a) Elaboração dos Projetos Básicos, Executivos e “As Built” do sistema de energia de tração
para o VLT, para a Via Permanente e vias dos Estacionamentos, iluminação ao longo da
Via Permanente, das Paradas, das Áreas de Lazer, e das Subestações Primárias,
Rebaixadoras, Auxiliares e Retificadoras;
b) Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos das obras civis das Subestações
Primária, Rebaixadoras, Auxiliares e Retificadoras;
c) Execução das obras civis para a construção das Subestações Rebaixadoras, auxiliares
e retificadoras, e adequação da Subestação Primária, com fornecimento de todos os
materiais, mão-de-obra, ferramentas, equipamentos da obra e EPI;
d) Fornecimento dos materiais, quadros, equipamentos e demais acessórios do sistema de
energia do VLT, descritos no Memorial Descritivo, constante no Anexo I do Edital;
e) Execução dos serviços de montagem de todos os equipamentos e instrumentos do
sistema de energia;
f) Execução de testes e comissionamentos do sistema implantado;
g) Fornecimento de todos os manuais, resultado de inspeção e testes, Data Book.

Além dos itens gerais listados acima, as principais atividades de energia previstas para o
Trecho Paripe / Águas Claras serão descritas a seguir:
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação para adequação a
Subestação SE – Retiro, realizando a ampliação dos cubículos existentes em 34.5 kV
(Barra A e Barra B), para alimentação da Subestação Rebaixadora em Águas Claras;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação para cabos alimentadores
34.5 kV entre as subestações Primárias até as Subestações Rebaixadoras;

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DIRETORIA DE OBRAS

• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação para bandejamento e banco


de dutos para cabos alimentadores 34.5 kV entre as subestações Primárias até as
Subestações Rebaixadoras;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação das subestações
Retificadoras no trecho Paripe até Águas Claras;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação dos transformadores Pedestal
instalados nas paradas no trecho Paripe até Águas Claras;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação dos cabos e banco de dutos
para interligação entre a subestação auxiliar/retificadora para os transformadores
pedestal nas paradas no trecho Paripe até Águas Claras;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação dos cabos e bancos de dutos
dos alimentadores de 13.8 kV no trecho Paripe até Águas Claras, para interligação entre
as subestações Primarias e Subestações auxiliar/retificadora;
• Projeto Básico e Executivo com Fornecimento e Instalação da rede aérea de tração do
trecho Paripe até Águas Claras;
• Instalação dos quadros e circuitos de baixa tensão nas paradas, estacionamentos e
demais edificações relacionadas ao VLT.

2.3 Da licitação e Critérios de Julgamento das Propostas


- Regime de Execução: Contratação Integrada.
- Forma de Execução da Licitação: Presencial
- Documentação ambiental: A empresa contratada para a elaboração dos projetos e
execução das obras, objeto desta contratação, deverá atender aos estudos
ambientais constantes no anteprojeto de engenharia, Anexo X do Edital, e
providenciar à suas custas o atendimento às legislações ambientais pertinentes,
visando a aquisição das licenças necessárias para a execução do objeto.
- Permite a Participação de Consórcios: Sim. Limitado a 03 (três) empresas, conforme
condições previstas no Edital.
- Permite Subcontratação: Sim. Para as atividades que não constituam o escopo
principal do objeto, até o limite de 30% do contrato.
- Critério de Julgamento: Técnica (60%) e Preço (40%), conforme o Anexo A deste
Termo de Referência.
- Modo de Disputa: Fechado
- Fonte de Recurso: xxxxxxxxxx.

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2.4 Da justificativa para Contratação Integrada


O Regime de Contratação integrada está previsto no Inciso XVII, do Art 6, da Lei nº 13.303,
de 30 de junho de 2016 e no inciso VI, do Art. 28, do RILC (Regulamento interno de
licitações e contratos da Companhia de Transportes do Estado da Bahia – CTB).
De acordo com o Art. 28 do RILC:
“VI – Contratação integrada, quando a obra ou o
serviço de engenharia for de natureza
predominantemente intelectual e de inovação
tecnológica do objeto licitado ou puder ser
executado com diferentes metodologias ou
tecnologias de domínio restrito no mercado.”

A adoção ao regime de Contratação Integrada é a mais adequada para a situação, em virtude


da complexidade das intervenções previstas, possibilitando que os interessados no certame
apresentem soluções técnicas inovadoras metodológicas com tecnologias distintas, que
levem a soluções capazes de serem aproveitadas vantajosamente pela CONTRATANTE, no
que refere à competitividade, prazo, preço e qualidade.
O VLT no Brasil, por se só, é algo inovador, sendo realizado com êxito apenas em duas
cidades no território nacional (Santos e Rio de Janeiro). Além disso, o sistema de alimentação
elétrica de 69kv para 13.8kv também é algo inovador para o sistema de VLT, permitindo a
Contratada apresentar outras soluções, dentre várias outras. Uma vez que, se encontra
disponível o anteprojeto de engenharia que servirá como base para a elaboração dos
projetos básico e executivo pela CONTRATADA.
A Contratação Integrada adotada apresenta as seguintes vantagens:
- Fomento à competitividade do mercado, não restringindo sistemas ou metodologias
construtivas inovadoras;
- Redução de tempo no processo licitatório pela contratação única de projetos e obra.
- A contratada será responsável tanto pelo projeto quanto pela obra, eliminando as
questões de continuidade e responsabilidades.

2.4.1 Soluções técnicas distintas e/ou tecnologias inovadoras


Poderá a contratada propor, às suas expensas, alternativas com soluções de fornecimento
e execução de escopo dos serviços, devido às soluções construtivas distintas e/ou
tecnológicas, considerando menor custo e maior vantajosidade, qualidade, segurança,
confiabilidade, compatibilidade operacional e gerencial com os sistemas atuais, bem como
atendimento aos prazos e normas que norteiam o objeto do presente processo de
contratação, desde que sejam previamente aprovadas e validadas pela Contratante. Todas
as adaptações necessárias para a integração entre a nova tecnologia e as obras e os
sistemas já em operação deverão ser de total responsabilidade da Contratada.
Caso o Licitante opte por oferecer alternativas à Solução Base, conforme critérios definidos
no Termo, deverá apresentá-las, explicitamente, em item específico, de sua proposta técnica,
intitulado “Alternativa Construtiva e/ou Tecnológica”, descrevendo, justificando e

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demonstrando as vantagens em relação ao alcance dos objetivos, sobretudo no que diz


respeito à:
I. Itens que melhorem a performance para a futura operação mitigando os custos de
manutenção e operação, tais como fixação de trilhos, elementos de ultrapassagem nos
trechos de travessias, melhorias na fixação de elementos elétricos em relação à atividade
contra furtos, dentro outros, a partir do apontado no anteprojeto;
II. Prazo de implantação: metodologias que melhorem o avanço físico da obra, em
especial da via permanente, banco de dutos, OAE, túnel, dentre outros, a partir do apontado
no anteprojeto;
III. Impacto no trânsito durante a execução, a partir de elementos inovadores na transição
das travessias da via permanente com o viário, bem como elementos urbanísticos que
tragam inovações para o convívio com os demais moldais de transporte nas paradas, e
implantação tecnológica de dispositivos de controle de velocidade, dentre outros, a partir do
apontado no anteprojeto;
IV. Impacto do empreendimento na paisagem urbana, a partir de elementos que suavizem
os impactos da obra junto à comunidade, como por exemplo, elementos que mitiguem ruídos
e vibração em relação às edificações lindeiras, dentre outros, a partir do apontado no
anteprojeto;
V. Inovação tecnológica tanto na execução quanto arquitetônica das OAE, a exemplo de
elementos que possam suavizar a agressividade das OAE integrando-se com o meio urbano
de forma harmônica, a partir do apontado no anteprojeto;
Deverá apresentar se necessário, ajustes no Cronograma Físico-Financeiro e Eventograma,
mantendo coerência em relação aos valores e prazos de execução dos serviços.

2.5 Da justificativa para a licitação por lotes


Em face dos investimentos para as obras serem bastante significativos, bem como em função
da independência e especificidade dos lotes, e visando mais celeridade do procedimento
licitatório, a Administração Pública dividiu o objeto da presente licitação em 03 (três) lotes
distintos, conforme descritos a seguir, levando em consideração os motivos a seguir
expostos.

2.5.1 Aspecto dos procedimentos licitatórios


Em atenção aos princípios da economicidade e vantajosidade, e visando mais celeridade do
procedimento licitatório, optou-se por uma única licitação em três lotes, uma vez que atende
a prioridade da Administração Pública em lançar o Edital e concluir o procedimento licitatório
em tempo mais reduzido.
No procedimento de licitação única, as etapas inerentes ao processo são realizadas uma
única vez, além de ser mais simples e menos oneroso, uma vez que resulta em redução de
despesas de recursos humanos e carga administrativa, necessitando apenas de uma única
Comissão Especial de Licitação.
A alternativa de realizar três licitações distintas exigiria repetições de etapas, maior tempo de
conclusão do processo, maiores custos administrativos, e, portanto, mais onerosa para a

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DIRETORIA DE OBRAS

Administração Pública. Convém ressaltar que, na prática, estão sendo realizadas três
licitações, pois do processo unificado resultará contratos distintos para cada lote e ordens de
serviços distintas. Ademais, está sendo permitida a participação de uma mesma empresa ou
consórcio em mais de um lote, o que afasta a hipótese de restrição de participação dos
licitantes.
Por fim, podemos concluir que a definição do objeto da licitação pública e as suas
especificidades são discricionárias, competindo ao agente administrativo avaliar o que o
interesse público demanda obter mediante a aquisição. No presente caso, a Administração,
lançando-se do poder discricionário, permitiu que para o certame exista uma única licitação
para três lotes, sendo que cada lote possui níveis de serviços distintos para a sua execução.
Com essa decisão o objetivo é otimizar e trazer maior eficiência ao processo licitatório,
reduzindo o trabalho da administração pública, sob o ponto de vista da utilização dos recursos
humanos e da dificuldade de controle, obtendo economia de escala bem como celeridade
processual.
Deste modo, no presente caso, a Administração Pública optou por adotar a realização de o
critério de uma única licitação dividida por lotes, que se reputa por considerar mais ajustado
ajustada às necessidades e à eficiência administrativa.

2.5.2 Aspecto econômico


Na tabela seguinte são apresentados os custos dos investimentos por lotes e o total a serem
realizados pelo Estado da Bahia.

INVESTIMENTOS PARA A OBRA


Lote 1
Lote 2 Lote 3
Calçada – Ilha de São
Paripe – Águas Claras Águas Claras – Piatã
João
(9,20 Km) (10,52 Km)
(16,66 Km)
CIVIL E ELÉTRICA 1.545.388.595,79 1.247.421.113,58 880.383.203,86
TOTAL CIVIL E
ELÉTRICA
R$ 3.673.192.913,23

Tabela 1 – Investimentos para a Obra

Como se pode verificar no quadro acima, os investimentos para as obras dos trechos do VLT
são expressivos e precisam ser compatibilizados tanto por parte do Contratante, o Estado da
Bahia, no que se refere à alocação dos recursos, quanto da capacidade financeira dos
Licitantes de modo a não restringir a participação de Licitantes no processo.

O valor total dos investimentos com as obras civis e sistema de energia somam R$
3.673.192.913,23 (três bilhões, seiscentos e setenta e três milhões, cento e noventa e dois
mil, novecentos e treze reais e vinte e três centavos), valor significativo para a contratação
das obras em único lote devido tanto pela previsão orçamentária do Estado da Bahia, quanto,
da parte dos Licitantes, pela capacidade de captar recursos e endividamento devido ao alto
custo da obra.

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DIRETORIA DE OBRAS

2.5.2.1 Aspectos financeiros

Como se verifica, o valor é significativo a ensejar ônus de alta monta para que seja efetivado
em única empresa ou consórcio, o que acarretará um custo financeiro elevado e um nível de
insegurança para efetivação de crédito, em razão do elevado valor do investimento.

Dito isto, entendemos que não será qualquer empresa ou consórcio que conseguirá acesso
a financiamento, principalmente com as taxas de juros praticadas hoje no mercado financeiro.

Consequência imediata disso serão as garantias exigidas pela instituição financeira para que
tais financiamentos sejam disponibilizados, seja em forma de seguro fiança, garantia real, ou
outra modalidade, todas seguindo proporcionalidade a essa enorme grandeza de valores.
Com isso, a solução para isto é o fracionamento do objeto, mitigando o efeito de menor ônus
para acesso ao crédito.

Por outro lado, considerando tão somente um lote para uma única empresa ou consórcio
suportar esse investimento integral, o fluxo de desembolso será elevado no prazo a ser
exigido no edital, gerando várias frentes financeiras em que o suprimento será algo a elevar
o risco da execução do empreendimento, bem como risco alto em relação aos encargos de
colaboradores e trabalhadores para esse fim, gerando cenários trabalhistas e tributários com
riscos elevados, principalmente na mobilização e desmobilização.

Ademais, a logística a ser contatada também terá um aporte elevado. Assim, para a saúde
do fluxo financeiro em favor do empreendimento e em relação ao risco dos futuros
contratados, nada melhor que a diminuição dos seus compromissos, para melhor cobranças
e atendimento pelo contratante e das futuras contratadas. Fracionando teremos três
Contratadas que dividirão melhor os encargos, mitigando o valor principal.

Destarte, os índices de capacidade financeira poderão ser melhor selecionados, terá melhor
atratividade e melhor competição com a divisão em lotes, do que a realização de um lote só,
diminuindo-se o risco para a contratante e para as contratadas.

Para melhor compreensão do que se pretende esclarecer sobre a melhor alternativa de


contratação do objeto em lote único, Contratação Integral, em contraposição ao
fracionamento do objeto, Contratação por Lotes, faz-se mister abordar a exigência do seguro
garantia de execução, desenvolver os conceitos do comprometimento de fluxo de caixa no
desempenho de um empreendimento, analisando-se as vantagens em função da diminuição
do ônus a ser suportado por uma Licitante quando se reduz o ônus do empreendimento
mediante o fracionamento do objeto, além de outros aspectos que serão tratados na
sequência dos assuntos desta exposição.

2.5.2.2 Seguro Garantia

Em primeiro lugar, consideremos o seguro garantia de execução. Conforme estabelecido na


minuta do contrato, cláusula 4.1, a exigência do seguro garantia de execução poderá ser de
até 10% do valor do objeto a ser contratado. No caso da contratação das obras do VLT em
lote único, ter-se-ia a exigência de contratação de um seguro garantia de execução de cerca
de R$ 367,3 milhões de reais, valor consideravelmente elevado que dificultaria em muito a

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DIRETORIA DE OBRAS

obtenção desse seguro garantia para parcela expressiva das empresas nacionais. Ao passo
que, com o fracionamento do objeto, esse valor cairia para cerca de R$ 154,5 milhões para
o Lote 1, R$ 124,7 milhões para o Lote 2 e R$ 88,0 milhões para o Lote 3.

2.5.2.3 Fluxo de Caixa

Consideremos agora, o Fluxo de Caixa. O Fluxo de Caixa é um conceito basilar na gestão


financeira de um empreendimento. Ele representa o movimento de entrada e saída de
dinheiro ao longo de um período específico, geralmente mensal. Esse movimento de recursos
inclui todas as transações financeiras, como recebimentos de vendas, pagamento de
despesas com aquisições de materiais, aluguel de equipamentos, contratação de mão de
obra direta, contratação de pessoal de administração local, recursos humanos, despesas
administrativas e despesas financeiras.

No caso em análise, trata-se das entradas de recursos quando das medições de serviços e
pagamento das faturas pela contratante versus as saídas de recursos do caixa da empresa
para cumprir com as suas obrigações com fornecedores, colaboradores e com os tributos
gerados com a emissão das notas fiscais dos serviços prestados. É certo que, de um modo
geral, as empresas recorrem à financiamentos no mercado financeiro em busca de recursos
para financiar essas operações durante a execução das obras a elas contratadas. Quanto
maior o valor contratado, maior a necessidade de financiamento dessas operações, ou seja,
maior a necessidade de financiamento de Capital de Giro.

2.5.2.4 Aspectos trabalhistas

As questões que dizem respeito aos aspectos trabalhistas são em verdade os riscos
trabalhistas. Na Contratação Integral do Objeto, devido à maior concentração de mão de obra
pode aumentar a exposição a ações trabalhistas. Isto implica maior necessidade de gestão
eficiente para cumprir normas e regulamentações. Os riscos envolvidos incluem demandas
por horas extras, condições inadequadas de trabalho, entre outros.

Na contratação por Lotes, esses riscos devido à menor concentração em mais de uma
empresa ou Consórcio, deverão ser reduzidos. A gestão deve garantir que cada contrato
esteja em conformidade com as leis trabalhistas, evitando-se com isto a ocorrência de
demandas à Justiça do Trabalho.

2.5.2.5 Aspectos de logística

Na contratação Integral do Objeto, será exigida maior coordenação logística devido à


concentração de atividades em um único projeto. Desafios na entrega de materiais e gestão
da presença da mão de obra simultaneamente. Na contratação por Lotes, haverá menos
complexidade logística, uma vez que as atividades são distribuídas ao longo do tempo,
facilitando a gestão do fluxo de materiais e mão de obra e reduzindo gargalos logísticos. Em
suma, diminui-se o esforço de suprimentos de cada empresa, o que gera maior controle a
evitar desiquilíbrios internos no caso de uma empresa só contratada.

13
DIRETORIA DE OBRAS

Ademais, do ponto de vista do avanço físico dos serviços, como cada trecho será tratado em
lotes diferentes, teremos mão de obra, máquinas e equipamentos, todos independentes entre
si, e consequentemente ações em paralelo sem interferência de umas com as outras.

2.5.2.6 Suprimento e Capacidade operacional

Na contratação integral do objeto, há um maior poder de negociação devido a volumes de


compra mais expressivos, todavia aumenta-se o risco de dependência excessiva de
fornecedores específicos. Na contratação por lotes o risco é menor pois a compra de
materiais é distribuída. A capacidade operacional poderá ser mais facilmente ajustada,
evitando sobrecargas e ociosidade.

2.5.2.7 Custo dos Investimentos por Lote

Considerando os altos investimentos acima, a divisão em lotes se apresenta a mais


adequada tanto para se evitar as dificuldades elencadas quanto por proporcionar melhor fluxo
de caixa das Licitantes, evitando-se ônus excessivos, facilitando a obtenção de seguro
garantia para execução dos contratos, reduzindo nível de endividamento, custos e aportes
de recursos menos onerados.

Além do mais, a divisão por lotes facilita a disponibilidade de custos para logística, equipe,
equipamentos e pessoal de recursos humanos, por facilitar o desdobramento de fluxos de
caixa para não onerar as empresas ou consórcios, como visto na seção anterior.

2.5.3 ASPECTOS TÉCNICOS: ENGENHARIA E FUNCIONALIDADE

Considerando-se as diferentes características geográficas de cada trecho, dos diferentes


conceitos de urbanização das diferentes condições de ocupação urbana, da topografia e da
malha viária de cada um dos segmentos estudados, verifica-se a existência de diferentes
características técnicas entre os projetos e os conceitos de implantação de cada segmento,
em função dos diferentes tipos de obras, concebidas, projetadas, orçadas e planejadas para
serem implantadas.

Tendo em vista as diferentes extensões dos segmentos e principalmente as diferentes


características técnicas das obras a serem implantadas, na elaboração do Anteprojeto foi
adotada a configuração na formação dos Lotes, que promove o melhor equilíbrio entre o
trechos a serem contratados e implantados, aglutinando-se em cada um dos 3 Lotes da
Licitação, serviços com características técnicas semelhantes, mesmo grau de complexidade
e logística de construção, embora sejam 3 obras com características de serviços de
Engenharia significativamente diferentes entre si.

2.5.3.1 Lote 01 – Ilha de São João / Calçada

Trata-se da implantação de uma linha de VLT sobre o antigo leito da Ferrovia do Subúrbio,
entres a paradas da Ilha de São João, em Paripe e a Estação Calçada, em uma distância de
16,66km ao longo da Orla da Baia de Todos os Santos.

A principal característica desta obra é a implantação da Via Permanente do VLT, utilizando a


técnica de “LVT= (Low-Vibration-Track), sobre o antigo leito da ferrovia, com execução de
14
DIRETORIA DE OBRAS

leito, subleito, reaproveitando de parte do material local, execução de serviços de drenagem


e contenções de suporte da Via Permanente, além das redes de infraestrutura para operação.

Em resumo, se trata de uma grande linha de 16,66km em que o serviço principal é a


revitalização da base e sub-base e instalação da laje de concreto e do LVT para fixação do
trilho: um serviço contínuo, singular e prioritário, se distinguindo dos outros trechos de forma
objetiva. Os outros serviços são inerentes ao traçado, tais como drenagem, contenções para
suporte da faixa operacional da linha permanente, adequação do túnel e da ponte de São
João, serviços estes que se tratam de reinvestimentos na infraestrutura já existente. Dito de
outro modo, trata-se da revitalização e adequação do antigo leito da linha férrea para
absorver o VLT.

Ademais, se trata de trecho característico com uma funcionalidade já conhecida,


independente das funções relacionadas às demandas, por se tratar de destino já praticado
na existência do antigo trem. Deste modo, poderá existir um funcionamento por etapas
ligando os sub trechos da parte norte do Subúrbio que tenha conexão direta à Calçada, até
o funcionamento integral desde a Ilha de São João à Calçada.

Em paralelo serão executadas as obras de reforma, reabilitação e ampliação do Parque das


Ruínas e da Estação da Calçada, além da implantação de 17 Paradas.

2.5.3.2 Lote 2 – São Luís de Paripe / Águas Claras

Trata-se da implantação de uma nova linha de VLT em conjunto com a implantação da


duplicação da rodovia estadual BA-528, adotando-se como diretriz do traçado geométrico
final, o atual traçado da rodovia, entres a localidade de São Luís, no bairro de Paripe e a
Estação de Águas Claras do metrô de Salvador, com extensão de 9,20km.

A principal característica desta obra é a implantação da Via Permanente do VLT, utilizando a


técnica de “LVT=(Low-Vibration-Track), em conjunto com a implantação da duplicação da
Rodovia BA-528, obra predominantemente rodoviária com significativo volume de
terraplenagem, pavimentação em CBUQ, obras de remanejamento de redes, sistema de
drenagem e de infraestrutura de serviços, retornos e acessos locais em viadutos, demolições
de edificações em regiões de desapropriação etc., além das redes de infraestrutura
necessárias à operação.

A singularidade deste trecho é a execução de uma infraestrutura nova, com grande volume
de corte /terro, transporte e logística para bota-fora, logística de equipamentos tais como rolo
pé de carneiro, que não existem nos outros trechos. Há uma maior intensidade de escavação
por se tratar da infraestrutura tanto do VLT como da duplicação da Ba-528. Há ainda toda
uma camada de revestimento asfáltico muito superior em qualidade e quantidade do que no
primeiro trecho, tornando fácil a separação dos lotes.

Em paralelo e dentro do mesmo lote de serviços, serão executadas as obras de implantação


e requalificação das vias de acesso com 7,1km de extensão, possibilitando a utilização dos
serviços do VLT, para os moradores do entorno do Parque São Bartolomeu. As obras a serem
executadas têm as mesmas características rodoviárias do trecho entre São Luís e Águas
Claras, exigindo para sua implantação, serviços de mesmas características técnicas.

15
DIRETORIA DE OBRAS

Ainda dentro do perfil de obras rodoviárias, será implantado um viaduto de grande porte, com
vão de 80m sobre a BR-324, 718,90m de extensão total, se tornando o ponto técnico para
separar o final da duplicação da BA-528, conhecida como Estrada do Derba. Há ainda a
implantação de Pátio de Estacionamento de 9 trens de VLT no trevo de acesso ao Hospital
do Subúrbio e da implantação de 7 Paradas e da Parada de transbordo de Águas Claras.

Em relação a funcionalidade, esse ponto também se encontra com a possibilidade de uma


funcionalidade por etapas a partir do trecho, ou sub trechos entregues, em direção à Estação
de Metrô em Águas Claras.

2.5.3.3 Lote 3 – Águas Claras / Piatã

Trata-se da implantação da via permanente de uma nova linha de VLT sobre as duas faixas
centrais, existentes nas Avenidas 29 de Março, entre a parada Águas Claras e parada Bairro
da Paz na Avenida Orlando Gomes, e entre a parada Bairro da Paz e a parada Piatã na Orla
Atlântica, perfazendo uma extensão de 10,52km, incluindo a implantação de um viaduto de
conexão com o Tramo III da Linha 1 do SMSL, com 816,45m de extensão total.

A característica deste trecho é a implantação da Via Permanente do VLT, utilizando a técnica


de “LVT” = (Low-Vibration-Track), utilizando a via pavimentada existente, como sub-base,
após estas faixas passarem pelo processo de “reciclagem profunda”, atingindo 35cm de
profundidade.

O conceito dos projetos e obras neste trecho, será na tentativa de minimizar, ao máximo, as
interferências entre as intervenções necessárias para a implantação do VLT e as redes
existentes de infraestrutura de serviços, hoje implantada e em pleno funcionamento.

Logo, em relação ao lote 3, se verifica uma quebra de continuidade de serviços em relação


aos trechos anteriores. Eis que aqui, tal como no lote 1, se fala em reinvestimentos para
construir a via permanente do VLT, todavia, desta feita, promovendo a reciclagem profunda
do pavimento flexível da via rodoviária existente e em operação, requalificando a base e sub-
base sem a necessidade do trabalho pesado de terraplenagem, cortes elevados ou logísticas
de caminhões basculantes, como no lote 2.

Este trecho terá ainda uma relação contínua com o tráfego existente nas duas faixas de
rolagem em cada lado da via que já estão em operação.

Sobre a funcionalidade do trecho de Piatã até Águas Claras temos a possibilidade de uma
funcionalidade por etapas a partir do trecho, ou sub trechos entregues, a depender da
existência das logísticas de estacionamento e acesso ao pátio de Pirajá, que reforçam a
integração com os outros trechos. Por isso a quebra em lotes, evitando incertezas de
funcionalidades.

2.5.4 ASPECTOS LEGAIS

A divisão do objeto de uma licitação para obras civis, sobretudo nos projetos de grande porte,
pode ser feita desde que sejam observados os devidos procedimentos legais que assegurem

16
DIRETORIA DE OBRAS

a conformidade com a legislação vigente. A seguir serão abordados alguns aspectos legais
a serem observados.

2.5.4.1 Independência entre os lotes

Como demonstrado na seção 2.5.3 deste documento, os lotes são caracterizados de modo
independentes, tanto no aspecto geográfico quanto na execução das obras.

2.5.4.2 Não restrição à competitividade

A divisão em lotes não limita a participação das empresas ou consórcios em participar de


mais de um lote, uma vez que é facultado que havendo interesse em participar, poderá fazê-
lo. Todavia é exigido que a empresa ou consórcio vencedor de mais de um lote, quando da
assinatura do contrato, demonstre capacidade econômica e financeira, e disponha de equipe
técnica distinta para cada lote.

2.5.4.3 Economicidade e vantajosidade

A divisão em lotes deve ser justificada pela busca da economicidade e vantajosidade para a
administração pública, neste caso, se faz necessária uma vez que atende a estes critérios
por não haver perda de economia de escala.

2.5.4.4 Planejamento adequado

O processo de divisão em lotes foi cuidadosamente planejado, considerando a natureza da


obra, a viabilidade técnica e econômica, além de aspectos como prazos e condições de
pagamento.

2.5.5 CONCLUSÃO

Nas seções anteriores foram abordados os aspectos Econômicos, Técnicos e Legais que
embasam a Administração Pública na tomada de decisão da divisão do Objeto da Licitação
da implantação do VLT de Salvador e Região Metropolitana em três lotes como descritos
neste documento.

No aspecto Econômico, ficou demonstrado que o fracionamento se justifica considerando os


altos investimentos demandados para a implantação do VLT, o valor R$ 33.673.192.913,23
(três bilhões, seiscentos e setenta e três milhões, cento e noventa e dois mil, novecentos e
treze reais e vinte e três centavos), é significativo para a contratação das obras em único
lote, devido tanto pela previsão orçamentária do Estado da Bahia e dificuldade de alocação
de recursos nesta monta em um tempo muito concentrado, quanto, da parte das empresas
ou consórcios construtores, pela capacidade de captar recursos para seguro garantia de
execução da obra, bem como por exercer forte pressão sobre o Fluxo de Caixa das empresas
ou consórcios, além dos aspectos trabalhistas envolvidos, justificando sobre o aspecto
econômico, o fracionamento do objeto licitado em lotes. Como demonstrado, o valor é
significativo a ensejar ônus de alta monta para as partes, acarretando um custo financeiro
elevado.

17
DIRETORIA DE OBRAS

No aspecto Técnico restou evidenciado as especificidades de cada Lote, bem como as


características individuais, independência do objeto e sua funcionalidade dos trechos,
mencionado na Seção 2.5.2 deste documento.

Sobe os aspectos legais, restou demonstrado que o fracionamento do Objeto da Licitação da


implantação do VLT por lotes não fere nenhum dos princípios legais aduzidos como
mencionado na Seção 2.5.3 deste documento.

Por fim, o edital de licitação permite a participação da mesma empresa ou consórcios em


mais de um lote de forma que não se está se procedendo de modo restritivo à
competitividade, nem ensejando perda de economia de escala. Todavia, condicionando ao
vencedor, caso tenha vencido o certame para mais de um lote, apresentar capacidade
financeira para assumir a responsabilidade e equipes individualizadas para cada lote.

2.6 Do orçamento e preço de referência


O valor estimado pela administração pública para a implantação para o objeto da presente
licitação foi baseado em valores praticados pelo mercado em serviços e obras similares,
aferido mediante orçamento paramétrico, resultando no valor global de R$ 1.247.421.113,58
(um bilhão, duzentos e quarenta e sete milhões, quatrocentos e vinte e um mil, cento
e treze reais e cinquenta e oito centavos), para a implantação do objeto a ser licitado.
Na elaboração da proposta de preço é necessário que a licitante apresente o valor global, no
mês-base do orçamento – novembro/23, em moeda corrente nacional, incluindo todas as
despesas diretas e indiretas necessárias à plena execução do Objeto da licitação.
Juntamente com a Carta de Apresentação da Proposta de Preço é necessário que o licitante
apresente os Quadros A e B, constantes do ANEXO VIII.
O Quadro A – Orçamento, trata dos Critérios de Aceitabilidade da Proposta de preço aceitos
para cada uma das Etapas previstas para a execução do Objeto, considerando a variação
porcentual admitida por meio do critério de aceitabilidade.
O Quadro B – Cronograma Físico-Financeiro do Projeto.
No Quadro A, deverão ser preenchidas apenas as células da planilha que estiverem sem cor
de preenchimento (brancas) e que estão destravadas. Primeiramente deverá ser inserido o
preço total proposto pela licitante (célula K1). Em seguida poderão ser efetuados ajustes nos
preços considerados para as Etapas de cada uma das Obras/Serviços. Estes ajustes de
preços apenas poderão ser efetuados nos preços considerados para as Etapas (EAP Nível
2), considerando o critério de aceitabilidade da proposta, exposto na coluna J, que estabelece
a margem de tolerância para a variação de preços.
Para preenchimento do Quadro B, só poderão ser ajustados os prazos considerados para
execução das Obras/Serviços e Etapas, mantendo o prazo final de 50 meses para a
execução do Objeto.
Ressalte-se que a remuneração da Contratada será feita de acordo com os percentuais
estipulados pela CTB, conforme apresentado no referido cronograma, além dos critérios de
pagamento.

18
DIRETORIA DE OBRAS

2.7 Proposta
A Proposta de Preço deve ser apresentada com indicação do preço global e o prazo de
validade da proposta não será inferior a 90 (noventa) dias corridos, contados a partir da data
de entrega da Proposta de Preço conforme Edital.

2.8 Prazo de execução do Objeto

Prazo para início dos serviços: Os serviços deverão ser iniciados a partir da data de
recebimento da Ordem de Serviço expedida pela CTB.

Prazo para conclusão dos serviços: O prazo de execução total será de 50 (cinquenta)
meses contados a partir da ordem de serviço inicial para conclusão integral do objeto,
incluindo testes e comissionamentos.

Prazo para as etapas de serviços: A Ordem de Serviço inicial será para a conclusão
integral do objeto, exceto a Via Alimentadora São Bartolomeu que terá Ordem de Serviço
específica (após a conclusão dos estudos e projetos de licenciamento, e a respectiva
autorização do Órgão Ambiental).

As etapas de execução deverão ser concluídas em conformidade com o estabelecido nas


respectivas Ordens de Serviços específicas, respeitados sempre os limites de prazo e de
valor total estabelecidos na Ordem de Autorização de Execução.

2.9 Garantia de Execução


A Contratada deverá prestar garantia para assegurar o fiel cumprimento das obrigações
assumidas, no percentual de 10% (dez por cento) do valor contratado, apresentando ao
Contratante, até 10 (dez) dias úteis após a assinatura do contrato, comprovante de uma das
modalidades de garantia previstas no Art. 70 da Lei Nº 13.303/2016 e no Art. 145 do RILC:

a) Caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, emitidos sob a forma escritural,


mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco
Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo
Ministério da Fazenda;

b) Seguro-garantia;

c) Fiança bancária.

Caso a garantia prestada pela adjudicatária seja nas modalidades seguro-garantia ou fiança
bancária, a mesma deverá prever, expressamente, cobertura para inadimplemento
trabalhista e penalidades pecuniárias;

19
DIRETORIA DE OBRAS

A garantia prestada pela adjudicatária deverá ter validade de 3 (três) meses após o término
da vigência contratual e somente será liberada ou restituída no prazo máximo de 90
(noventa) dias, depois de expirado o prazo de vigência do Contrato ante a comprovação de
que a empresa pagou todas as verbas rescisórias trabalhistas decorrentes da contratação.
Caso esse pagamento não ocorra até o fim do segundo mês após o encerramento da
vigência contratual, a garantia será utilizada para o pagamento dessas verbas trabalhistas
diretamente pela Administração;

Quando a garantia for apresentada em dinheiro, ela será atualizada monetariamente,


conforme os critérios estabelecidos pela instituição bancária em que for realizado o depósito;

Aditado o Contrato, prorrogado o prazo de sua vigência ou alterado o seu valor, ou reduzido
o valor da garantia em razão de aplicação de qualquer penalidade, a adjudicatária fica
obrigada a apresentar garantia complementar ou substituí-la, no mesmo percentual e
modalidades constantes desta Seção.

2.10 Garantia do objeto


A garantia do objeto deverá obedecer ao prazo definido no Art. 618 do Código Civil, Lei
10.406 de 10 de janeiro de 2002.

2.11 Obrigações da licitante vencedora (obrigações do adjudicatário)


Na minuta do Contrato e seus anexos, parte do Edital, decorrem as obrigações, direitos e
responsabilidades das partes relativas aos serviços objeto desta licitação.
Fica determinado que os projetos, especificações e toda a documentação relativa à obra são
complementares entre si, de modo que qualquer detalhe mencionado em um documento e
omitido em outro será considerado especificado e válido.
O Contrato compreenderá a totalidade dos serviços, baseado no preço global proposto pela
licitante, considerado final e incluído todos os encargos, taxas e bonificações.
A Contratada deverá manter um Preposto, aceito pela Fiscalização, no local do serviço, para
representá-lo na execução do Contrato. Também deverá instalar e manter, no canteiro de
obras principal, sem ônus para a Contratante um escritório e os meios necessários à
execução da fiscalização e verificação dos serviços por parte da CTB, com área mínima de
120 m2.
A empresa contratada deverá colocar e manter placas indicativas do empreendimento, de
acordo com os modelos adotados pela CTB e que deverão ser afixadas em local apropriado,
enquanto durar a execução dos serviços.
A empresa contratada deverá providenciar, sem ônus para a CTB e no interesse da
segurança do seu próprio pessoal, o fornecimento de roupas adequadas ao serviço e de
outros dispositivos de segurança a seus empregados, bem como a sinalização diurna e
noturna nos níveis exigidos pelas Normas Técnicas.

20
DIRETORIA DE OBRAS

A produção ou aquisição dos materiais e respectivo transporte são de inteira


responsabilidade da Contratada.
A Contratada deverá manter no Canteiro de Obras, a Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) e Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) referente a elaboração dos projetos
básico, executivo, as built e execução das obras civis e demais sistemas.
Durante a execução do Contrato, poderá ser permitida que a contratada sofra processo de
Fusão, Incorporação ou Cisão, desde que sejam observadas, pela(s) nova(s) empresa(s), os
requisitos de Habilitação previstos no Edital e que sejam mantidas as condições
estabelecidas no contrato original, quando já contratado, sendo que, em qualquer uma das
hipóteses, a CTB deverá ser notificada do processo e deliberará sobre a sua aceitação ou
não, condicionada à análise por parte da Administração quanto à possibilidade de riscos de
insucesso, além da comprovação dos requisitos contidos no Edital.
A Cisão, Incorporação ou Fusão da empresa contratada, a aceitação de qualquer uma destas
operações ficará condicionada a análise por esta administração contratante do procedimento
realizado, tendo presente à possibilidade de riscos de insucesso na execução do objeto
contratado, ficando vedada a sub-rogação contratual.

2.12 Medições/Verificações dos serviços/Remuneração


O preço global constante da proposta vencedora será pago em parcelas por meio de
medições mensais, de acordo com as Obras/Serviços efetivamente executadas e aprovadas.
Para efeito de pagamento, os serviços serão verificados de acordo com o cronograma físico-
financeiro e com as regras estabelecidas nos Critérios de Pagamentos (ANEXO III), após
sua devida conclusão.
As verificações das obras/serviços e suas respectivas etapas serão realizadas, seguindo o
preconizado nas Indicações do Edital de Licitação e seus Anexos, bem como do Memorial
Descritivo, Especificações de Serviço e projetos desenvolvidos pela Contratada, e serão
realizadas pela CTB com o apoio de empresa Supervisora da obra.
A aprovação da medição dos serviços efetivamente executados será feita por meio de
avaliação física, pela CONTRATANTE, dos serviços previstos no cronograma físico-
financeiro do Contrato, aprovado entre as partes.
A aceitabilidade da obra está condicionada:
• À correta execução do projeto de engenharia;
• Ao acompanhamento e atestado dos serviços pela fiscalização e aprovação da
Contratante;
• Aos relatórios de controle da qualidade, contendo os resultados dos ensaios e
determinações devidamente interpretados, caracterizando a qualidade do serviço
executado; e
• Aos requisitos impostos pelas normas vigentes da ABNT e da CTB.
As medições de serviços serão efetuadas mensalmente, sendo apresentadas para
aprovação da CONTRATANTE até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês. Não havendo

21
DIRETORIA DE OBRAS

manifestação da CONTRATANTE em até 10 (dez) dias úteis após o respectivo protocolo, a


medição efetuada será considerada aprovada pela CONTRATANTE.
A Fiscalização, no prazo de 10 (dez) dias úteis após a comunicação formal da Contratada
sobre a conclusão de cada serviço procederá a conferência para a aprovação do relatório de
medição, ou indicação das correções necessárias. A Contratada terá um prazo de 03 (três)
dias úteis para reapresentar o relatório revisado, e modo que a Fiscalização tenha novo prazo
de 10 dias úteis para conferência e aprovação, caso as correções tenham sido realizadas.
Os pagamentos das parcelas serão efetivados em até 40 (quarenta) dias corridos após
aprovação da medição pela Fiscalização.
Nenhuma medição será processada se a ela não estiver anexado um relatório de controle
da qualidade, contendo os resultados dos ensaios devidamente interpretados,
caracterizando a qualidade do serviço executado, quando couber.
Não será motivo de medição em separado: mão-de-obra, materiais, transportes,
equipamentos e encargos.
As medições constarão de Folhas-Resumo, contendo a relação de serviços, conforme
Cronograma Físico-Financeiro.

2.13 Forma de pagamento


A CTB pagará à Contratada, pelos serviços contratados e executados, o preço integrante da
proposta de preço aprovada, ressalvada a incidência de reajustamento. Fica expressamente
estabelecido que os preços por solução globalizada incluam a sinalização provisória, todos
os insumos e transportes, bem como impostos, taxas, custos financeiros, lucros e
bonificações, de acordo com as condições previstas nas Especificações e nas Normas
indicadas no Edital e demais documentos da licitação, constituindo assim sua única
remuneração pelos trabalhos contratados e executados.
O pagamento referente a cada medição será liberado mediante comprovação, pela
Contratada, da Regularidade Fiscal, nos termos do Edital.
Sendo constatada qualquer irregularidade em relação à situação cadastral da Contratada,
esta será formalmente comunicada de sua situação irregular, para que apresente justificativa
e comprovação de regularidade.

2.14 Fiscalização
Os serviços do presente Edital serão fiscalizados pela CTB com apoio de empresa de
Supervisão.

2.15 Vigência do contrato.


O prazo de execução dos serviços, objeto do presente Edital, em conformidade com o item
2.8 do Termo de Referência, será de 50 (cinquenta meses) meses para conclusão integral
do objeto, incluindo testes e comissionamentos.

22
DIRETORIA DE OBRAS

2.16 Garantias de equipamentos e sistemas

Quanto aos equipamentos dos sistemas fornecidos, deverá ser incluído na proposta, um
período de Garantia de 12 (doze) meses, após a conclusão e recebimento do objeto, ou 24
(vinte e quatro) meses da data de instalação do equipamento.
A Garantia seguirá as condições de atendimento estabelecidas no Contrato, como também
as definições abaixo:

A Garantia abrangerá todo e qualquer defeito, incluindo defeitos de vícios ocultos, de projeto,
fabricação, instalação ou montagem, no fornecimento e dos subsistemas, software,
componentes ou equipamentos, quando submetidos a uso e conservação estabelecidos nos
projetos e especificações técnicas.

No caso da ocorrência de quaisquer defeitos ou deficiências em garantia conforme definido


acima, que não interfiram na operação nem comprometam a vida útil dos componentes, o
Contratante terá o direito de continuar operando até que os defeitos ou deficiências sejam
eliminados pela Contratada.

A Garantia compreenderá o reparo ou substituição, pela Contratada, de quaisquer


componentes ou software defeituosos sob as seguintes condições:
- O reparo ou substituição de qualquer equipamento ou módulo defeituoso será
providenciado, no menor tempo possível, de maneira a disponibilizar o sistema para
operação;
- A substituição de peças ou componentes defeituosos, do equipamento ou módulo
substituído, deverá ser feita no menor prazo possível, após o recebimento pela
Contratada do comunicado formal enviado pelo Contratante;
- Reparos das peças, componentes, módulos ou equipamentos defeituosos, durante o
período de garantia, serão executados ou pela Contratada ou por terceiros sob sua
supervisão, no menor prazo possível;
- O reparo ou substituição de software ou subsistema defeituoso será providenciado,
no menor tempo possível, de maneira a disponibilizar o sistema para operação;
- Caso sejam constatados durante o período de garantia, defeitos, falhas ou problemas
de fabricação, resultantes de emprego inadequado de mão-de-obra, equipamentos,
materiais ou componentes, processo de fabricação, procedimentos de montagem ou
transporte dos mesmos, serão feitas, pela Contratada, as necessárias alterações ou
substituições, sem quaisquer ônus para o Contratante.
O Contratante deverá notificar a Contratada, por escrito, sobre os defeitos apresentados
pelos equipamentos que necessitarem de reparo ou substituição.

A Contratada deverá apresentar relatórios sobre as avaliações dos defeitos e os serviços de


reparos executados. Estes relatórios deverão ser entregues ao Contratante, juntamente com
o equipamento reparado ou substituído.

A Contratada deverá estender o período de Garantia nas seguintes situações:

23
DIRETORIA DE OBRAS

- Durante o período de garantia, na ocorrência de falha em qualquer equipamento, que


implique na paralisação de qualquer sistema, o período de garantia do mesmo será
automaticamente prorrogado pelo número de dias de sua paralisação;
- Os defeitos recorrentes, que exijam modificações de projeto de qualquer
equipamento ou sistema, terão a aprovação do resultado dos testes operacionais
cancelada, até que o seu desempenho seja comprovado satisfatoriamente. Neste
caso o período de garantia de 12 (doze) meses será reiniciado após a eliminação
completa da falha recorrente. Antes de implantar a alteração do projeto, a Contratada
deverá apresentá-la para análise e testes em conjunto com o Contratante;
- Quando as alterações envolverem o desmonte e/ou deslocamento de equipamentos,
peças e materiais, os custos de transporte e dos respectivos seguros, entre as
instalações do Contratante e o local onde as alterações serão feitas, e no seu retorno
às instalações do Contratante, serão de responsabilidade da Contratada.

3 CONDIÇÕES TÉCNICAS E REQUISITOS MÍNIMOS PARA ELABORAÇÃO DOS


PROJETOS BÁSICO E EXECUTIVO
Para cumprimento do conceito diferencial entre anteprojeto, projeto básico e executivo, torna-
se necessário consolidar o entendimento de que estas fases são de natureza evolutiva e
devem ser orientadas para um aprimoramento de aproximação no nível de detalhamento que
só pode ser obtido com a incorporação de condicionantes, que induzam o processo
progressivo de aproximação do detalhamento requerido na fase final do Projeto Executivo,
que culmina pela incorporação dos componentes de ligação que irão subsidiar à construção
das obras e por via de consequência a implantação do empreendimento.
A seguir são elencados objetivos, diretrizes e metas a serem observados para o
desenvolvimento dos projetos.

3.1 Objetivos
Objetivo 01: Avaliar o anteprojeto de obras civis e sistemas de energia do VLT Paripe –
Águas Claras e da Duplicação de 7,5 km da BA 528, examinando e ampliando o nível de
detalhamento no desenvolvimento dos projetos para otimizar as condições de funcionalidade
e acessibilidade, bem como todo o detalhamento requerido para a construção do VLT Paripe
– Águas Claras;
Objetivo 02: Avaliar o anteprojeto das paradas do VLT de Paripe até Águas Claras,
examinando e ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento dos projetos para
otimizar as condições de acessibilidade e funcionalidade, estruturando um Plano Funcional
de Acessibilidade e novas propostas, se for o caso, subsidiada por estudos específicos de
demanda, bem como todo o detalhamento requerido para a construção e operação destas
paradas;
Objetivo 03: Avaliar o anteprojeto dos Estacionamentos do VLT Paripe – Águas Claras,
examinando e ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento dos projetos para
otimizar as condições de funcionalidade e acessibilidade, bem como todo o detalhamento
requerido para a construção e operação;

24
DIRETORIA DE OBRAS

Objetivo 04: Avaliar as condições de implantação da via permanente VLT com tecnologia
LVT, estabelecidas no anteprojeto, examinando e ampliando o nível de detalhamento no
desenvolvimento dos projetos para otimizar as condições de funcionalidade bem como todo
o detalhamento requerido para a construção e operação;
Objetivo 05: Avaliar o anteprojeto do sistema de energia, examinando e ampliando o nível
de detalhamento no desenvolvimento dos projetos para otimizar as condições de
funcionalidade, bem como todo o detalhamento requerido para a construção e operação;
Objetivo 06: Avaliar as condições de funcionalidade e suficiência do sistema de drenagem
existente nos trechos, examinando e ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento
dos projetos para otimizar as condições de funcionalidade bem como todo o detalhamento
requerido para a construção e operação, tendo em vista o regime pluviométrico e condições
topográficas locais;
Objetivo 07: Avaliar o anteprojeto da Duplicação de 7,5 km da BA 528, examinando e
ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento dos projetos para otimizar as
condições de funcionalidade e acessibilidade, bem como todo o detalhamento requerido para
a construção e operação;
Objetivo 08: Avaliar as condições de acessibilidade viária (rodoviária, cicloviária e de
pedestres), para as paradas projetadas;
Objetivo 09: Avaliar os impactos sociais e ambientais decorrentes da implantação do objeto
da licitação a ser implantado;
Objetivo 10: Confirmar os imóveis que serão impactados pela implantação das obras em
função do Projeto Geométrico Básico desenvolvido.

3.2 Diretrizes
Diretriz 01: Avaliar o anteprojeto de obras civis e sistemas de energia do VLT Paripe – Águas
Claras, implantação da Via Alimentadora do Parque São Bartolomeu e da Duplicação da BA-
528, examinando e ampliando o nível de detalhamento para melhorar as condições e
funcionalidade da superestrutura ferroviária da via permanente, bem como todo o
detalhamento requerido para a construção do sistema de energia. Para esta avaliação serão
necessárias as seguintes atividades metas:
• Tramitar e aprovar os documentos técnicos e instalações pertinentes, junto aos órgãos,
fornecedores, controladores ou fiscalizadores (Corpo de Bombeiros, Concessionárias de
Energia, Água e Esgoto, Gás, entre outras entidades no fornecimento), bem como a
obtenção de licenças e alvarás necessários para a execução de todas as obras e
serviços contratados, quer na esfera Municipal, estadual ou Federal;
• Utilizar cartografia (s) e topografia (s), adequadas para representação gráfica das vias
existentes e em operação que permitam sua visualização nas escalas indicadas para
georreferenciamento, nos padrões adotados pelo Governo do Estado;
• Formalizar de maneira georreferenciada o traçado vetorial estaqueado de 20 em 20
metros da geometria horizontal e vertical das vias existentes, consideradas para
representação gráfica em planta (escala 1:1.000) e em perfil (escala vertical 1:100);

25
DIRETORIA DE OBRAS

• Levantamento topográfico complementar dos trechos considerados para implantação da


via permanente, paradas, estacionamentos, vias de acessibilidade etc.;
• Avaliar as condições geológicas e geotécnicas do subleito ao longo dos traçados. Esta
avaliação deverá ser calcada em estudos e publicações existentes e consolidada por
estudos geotécnicos singulares, ampliados se necessário para atender ao nível de
detalhamento requeridos na oportunidade do Projeto Básico e Executivo, considerando
as necessidades técnicas de projetos de fundações para suportar plataformas elevadas;
• Avaliar as sondagens executadas ao longo do traçado do anteprojeto desde Paripe até
Águas Claras, ampliar os estudos de investigação, detalhar as intervenções geotécnicas
necessárias para a estabilização do platô de base de implantação do VLT;
• Realização de Serviços preliminares, tais como: estudos geotécnicos, sondagens de
solos SPT e pesquisa com Georadar, levantamentos topográficos, instalação da placa
da obra conforme modelo a ser fornecido pela Contratante, mobilização, obtenção de
licenças e alvará de obra, instalação do canteiro de obras, limpeza de terreno e
remanejamento de interferências, em consonância com as respectivas concessionárias
de energia elétrica, abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial,
distribuição de gás e telecomunicações;
• Elaborar dos projetos para as interferências com as adutoras de água, gás, etc.
submetendo à aprovação das respectivas concessionárias dos serviços públicos;
• Traçar uma poligonal primária de delimitação da área considerada como zona de
influência direta, destacando os vetores indiretos que possam afetar as condições de
operacionalidade do empreendimento objeto;
• Detalhamento estrutural e funcional das Obras de Arte Corrente e Especiais;
• Registrar de maneira georreferenciada, nos traçados apresentados, as obras especiais
envolvidas, destacando as suas condições estruturais e funcionais;
• Registrar de maneira georreferenciada, nos traçados apresentados, os sistemas viários
existentes que terão ligações funcionais com o sistema de VLT projetado, e que se
situem no interior da faixa de influência do traçado, destacando de maneira sumarizada
a sócio economia local (quadro contendo no mínimo indicadores sociais básicos, saúde,
educação, transporte, associado às condições atuais de mobilidade, energia etc.);
• Registrar de maneira georreferenciada, as localizações de todas as subestações que
compõe o sistema de energia, linhas de distribuição, caixas de passagem, bases para
os postes da rede aérea;
• Registrar de maneira georreferenciada, nos traçados apresentados, a delimitação oficial
da faixa de domínio da BA-528 e da BR-324, destacando a jurisdição, a existência ou
não de estruturas de segregação (registradas graficamente) e se existirem a sua
condição estrutural e estado de conservação;
• Elaborar estudo de simulação elétrica e simulação de marcha, considerando os dados
característicos do trem e dados da via permanente, avaliando posição geográfica e
configuração das subestações propostas e possíveis interferências, avaliação de modos
degradados, capacidade de operação, demanda, confiabilidade do sistema;

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DIRETORIA DE OBRAS

• Registrar de maneira gráfica, as características da superestrutura da via permanente, ao


longo do traçado, destacando as variações estruturais;
• Registrar em texto, análise, dimensionamento e detalhamento definitivo da
superestrutura da via permanente, considerando o Material Rodante específico utilizado
no VLT, a ser informado pela Contratante;
• Registrar ao longo dos traçados a existência de sistemas em rede de energização
elétrica, e suas condições ou não de alimentação dos componentes de urbanização da
área de abrangência descrito neste Anteprojeto;
• Preparar a documentação fotográfica adequada para registrar a situação atual do
sistema viário existente e edificações, incluindo subestações, ao longo do traçado,
relacionando por numeração sequencial ao estaqueamento do traçado;
• Preparar diagramas unifilares linearizados, nos quais sejam registrados graficamente,
todas as informações anteriormente requeridas, de modo a possibilitar o confronto, por
visualização, de elementos que possam ser objeto de avaliação, na estrutura de uma
matriz cruzada de ponderação diferencial, para formação das decisões;
• Conclusões sobre a avaliação do anteprojeto, subsidiados por matriz cruzada de níveis
de influência adequadamente ponderados, considerando no mínimo todos os itens
registrados nesta listagem, que requeiram ampliação de detalhamento ou adequação.
Os valores considerados na ponderação de cada item devem ser convenientemente
justificados e correlacionados com os diversos tipos de estruturas ou componentes; e
• Compatibilizar com a Contratada responsável pelo sistema de telecomunicações e
sistema de sinalização, através da Contratante, os projetos para a elaboração do banco
de dutos, caixas de passagem e canaletas de serviço para passagem do cabeamento.

Diretriz 02: Avaliar o anteprojeto das paradas previstas no trecho Paripe / Águas Claras.
Para esta avaliação serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Registrar nos traçados anteriormente requeridos, a localização georreferenciada de cada
parada, destacando o arranjo geral em planta, resultado evidentemente de um estudo
funcional de necessidades;
• Registrar em texto, as condições de funcionalidade da edificação objeto do anteprojeto
relacionado às diversas tipologias de usuários (pessoas com necessidades especiais,
crianças, idosos, etc.), e confrontando com os resultados do estudo de demanda;
• Registrar em forma de texto, comentários sobre o entorno socioeconômico de cada
parada, ressaltando poligonal de delimitação da área de influência de atratividade de
passageiros;
• Localizar e registrar, de maneira georreferenciada, e qualificar a existências ou não, de
sistemas em rede de alimentação de energia elétrica, no entorno das paradas;
• Lançar cada parada, destacada por convenções adequadas, nos diagramas unifilares
solicitados nos itens anteriores para o traçado;

27
DIRETORIA DE OBRAS

• Elaborar um Plano Funcional Viário de Acessibilidade às paradas, considerando sempre


a área de influência considerada;
• Conclusões sobre a avaliação das condições dos sistemas viários de acessibilidade às
paradas projetadas, subsidiados por matriz cruzada de níveis de influência
adequadamente ponderados, considerando no mínimo todos os itens registrados nesta
listagem. Os valores considerados na ponderação de cada item devem ser
convenientemente justificados e correlacionados com os diversos tipos de traçados
considerados, novos ou de aproveitamento;
• Projetar em caráter definitivo, paradas padronizadas, por topologia de uso e amplitude
da demanda, que atendam ao programa de necessidades do Governo do Estado, bem
como determinar a localização das paradas de ônibus adjacentes às paradas e
passarelas.
• Projetar nas Paradas, através das rampas de acesso, o ajuste do desnível entre o topo
das plataformas e o nível aleatório das calçadas de acesso, respeitando as normas de
acessibilidades do Ministério das Cidades, atendendo a extensão mínima de 8m de
rampa indicados no Anteprojeto. Cada uma das Paradas deverá ser objeto de estudo de
acessibilidade individual, a partir do cadastramento topográfico necessário ao projeto de
Implantação – Urbanização e Arquitetura, de cada Parada.

Diretriz 03: Avaliar o anteprojeto dos Estacionamentos do VLT Paripe - Águas Claras. Para
esta avaliação, serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Registrar a localização georreferenciada de cada edificação e via permanente,
destacando o arranjo geral em planta, resultado evidentemente de um estudo funcional
de necessidades;
• Lançar os estacionamentos previstos nos diagramas unifilares solicitados.

Diretriz 04: Avaliar as condições estruturais da via permanente, estabelecidas no


anteprojeto. Para esta avaliação serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Elaborar dimensionamento definitivo da superestrutura da via permanente, aplicando
condições comparativas da geometria e do carregamento, nas situações de tráfego.
Estes dimensionamentos deverão estar apoiados sobre os resultados de sondagens;
• Registrar ao longo dos eixos definitivos projetados a localização georreferenciada de
cada sondagem, destacando o resultado analítico dos resultados e dando interpretação
de análise geotécnica, para implantação de fundações adequadas à sustentação e
estabilidade da superestrutura ferroviária em condição apoiada ou elevada;
• Nas implantações das estruturas de concreto armado, realizar os ensaios de sondagens
complementares, que se façam necessários e na frequência e localização requeridos
para cada uma das estruturas;
• Registrar em texto as condições das estruturas projetadas, subscritas por especialistas
e o uso atual a que será destinado;

28
DIRETORIA DE OBRAS

• Preparar a documentação fotográfica adequada para registrar a situação atual de cada


estrutura indicada, ao longo do traçado, relacionando por numeração sequencial ao
estaqueamento dos pontos levantados;
• Selecionar e avaliar a documentação de legislação para a condição de implantação da
superestrutura;
• Identificar de maneira seletiva os itens da documentação que necessariamente tenham
que ser cumpridos e observados, visando a implantação e operação da via permanente
no interior da Faixa de Domínio da BA-528;
• Apresentar relatório conclusivo, justificado e fundamentado sobre as condições de
implantação da via permanente do VLT, no interior da Faixa de Domínio da BA-528, de
modo a subsidiar a formação das decisões sobre a referida implantação;
• Projetar geometria referencial coincidente com a distribuição de concordância horizontal
e vertical da via permanente projetada, de forma a contemplar os raios de curvatura
horizontais mínimos, rampas máximas, depressões, superelevação, superlargura, se for
o caso, apresentando planilhas de locação georreferenciadas, contendo todos os
parâmetros de norma;
• Avaliar o dimensionamento da superestrutura da via, considerando velocidade diretriz,
veículo(s) de projeto, taxa de dormentação (LVT), tipo e dimensão dos dormentes (LVT),
tensões de suporte do subleito, geometria e elementos dimensionais do lastro e sub
lastro, em particular considerando os trechos elevados.

Diretriz 05: Para o desenvolvimento dos projetos de sistema de energia deverá seguir as
atividades metas:
• Compatibilizar com a Concessionária do SMSL, através da contratante, a adequação da
subestação primária Paripe do SMSL, para alimentação dos sistemas de energia elétrica
em média tensão do VLT;
• Compatibilizar com a Concessionária do SMSL, através da contratante, o
compartilhamento e/ou adequação do bandejamento da via permanente, para
lançamento dos cabos alimentadores dos sistemas de energia elétrica em média tensão
do VLT;
• Compatibilizar com a contratada responsável pelo sistema de telecomunicações e
sistema de sinalização, através da contratante, os projetos para a elaboração do banco
de dutos, caixas de passagem e canaletas de serviço para passagem do cabeamento
de baixa tensão, média tensão, aterramento e tração.
• Detalhar no Projeto Básico e Executivo, referente ao abastecimento de energia, a
alimentação dos sistemas em alta, média e baixa tensão e as atividades decorrentes
desta compatibilização e submeter à aprovação com a Concessionária de energia local
(COELBA);
• Verificar como será o abastecimento de energia elétrica do material rodante, a ser
informada pela Contratante, para fazer suas devidas compatibilizações;

29
DIRETORIA DE OBRAS

• Verificar nas estruturas projetadas, se for o caso, se a implantação de dispositivos de


tração elétrica, em particular os postes e fiação das catenárias, teriam espaços
suficientes e seguros para sua implantação;
• Compatibilizar o projeto arquitetônico com o projeto de rede aérea, e com o projeto de
abastecimento de energia;
• Compatibilizar o projeto arquitetônico com o projeto das salas técnicas e subestações ao
longo da via permanente;
• Levar em consideração no projeto das caixas de passagem do banco de dutos o aspecto
da segurança contra atos de vandalismo, furtos e/ou roubos de cabos.

Diretriz 06: Avaliar as condições de funcionalidade e suficiência do sistema de drenagem


existente nos trechos em que a implantação do sistema impactar nesta matéria. Para esta
avaliação serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Selecionar cartografia (s) adequada para identificação das bacias de contribuição, que
interferem nas travessias da via permanente existente sobre os talvegues;
• Formalizar de maneira georreferenciada o traçado vetorial estaqueado de 20 em 20
metros da geometria horizontal das vias existentes, consideradas para avaliação em
planta (escala 1:1.000), representando neste conteúdo gráfico os limites das áreas de
contribuição, devidamente qualificadas e quantificadas contendo, área das bacias em
ha, comprimento do talvegue considerado principal, cotas ou diferença de cotas do ponto
de montante e jusante extremos, neste talvegue, características físicas da bacia e sua
forma de cobertura vegetal, concluindo por um quadro gráfico sumarizado contendo
coeficiente médio ponderado de escoamento superficial – C, área da bacia em hectares,
tempo de concentração entre o ponto mais remoto de captação ao longo do talvegue e
a boca de montante da travessia considerada, vazão em litros/seg./ha, neste ponto;
• No caso de estruturas projetadas, fazer dimensionamento destas travessias,
considerando os mesmos elementos considerados nos itens anteriores;
• Registrar de maneira georreferenciada, nos eixos definitivos, as obras de drenagem
(bueiros tubulares, celulares ou galerias retangulares de travessias de talvegues)
projetados;

Diretriz 07: Avaliar o anteprojeto da Duplicação de 7,5 km da BA 528, examinando e


ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento dos projetos. Para esta avaliação
serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Avaliar os estudos apresentados no Anteprojeto da CONDER, constantes no Anexo I e
Apêndice 2, examinando e ampliando o nível de detalhamento no desenvolvimento dos
projetos para implantação do VLT;
• Avaliar o detalhamento dos projetos de geometria, terraplenagem, drenagem,
pavimentação, sinalização, obras de arte especiais, obras complementares, paisagismo,
iluminação e Interferências do sistema viário da área em questão, nos quais constam as
informações necessárias à implantação das obras projetadas.

30
DIRETORIA DE OBRAS

Diretriz 08: Avaliar as condições de acessibilidade viária (rodoviária, cicloviária e de


pedestres) para as Paradas do VLT e áreas de lazer projetadas. Para esta avaliação serão
necessárias as seguintes atividades metas:
• Selecionar cartografia (s) adequada para identificação das rodovias, vias secundárias e
acessos existentes nas proximidades das paradas projetadas que possam interferir ou
serem utilizadas como meios de acessibilidade às referidas paradas;
• Formalizar de maneira georreferenciada o traçado vetorial estaqueado de 20 em 20
metros da geometria horizontal das vias existentes, consideradas para avaliação em
planta (escala 1:1.000), representando neste conteúdo gráfico os traçados viários, que
possam ser utilizados como vetores de acessibilidade às paradas, contemplando a
integração de toda esta malha viária no interior da área de influência considerada,
destacando o seu porte, geometria e condições de uso inclusive tipo de revestimento do
pavimento e estado de conservação;
• Com os elementos do item anterior, fazer avaliação da capacidade de integração do
sistema viário existente, com as paradas projetadas, concluindo por sugerir ampliação
ou requalificações localizadas para o atendimento da função, relacionada evidentemente
com as conclusões e informações da demanda;
• Registrar ao longo do traçado as estruturas drenantes, requeridas, para implantação do
sistema viário de acessibilidade;
• Preparar a documentação fotográfica adequada para registrar a situação do sistema
viário de acessibilidade às paradas, relacionando por numeração sequencial ao
estaqueamento dos traçados os pontos de influência, contato ou intercepção que
possam subsidiar ou interferir nas condições de acessibilidade requeridas;
• Preparar diagramas unifilares linearizados, nos quais sejam registrados graficamente,
todas as informações anteriormente requeridas, de modo a possibilitar o confronto, por
visualização, de elementos que possam ser objeto de ponderação, na estrutura de uma
matriz cruzada de ponderação diferencial, para formação das decisões;
• Compatibilizar a superestrutura do VLT e suas obras de artes especiais com o sistema
viário local durante a execução da obra;
• Projetar o sistema viário de acessibilidade às paradas, contemplando o projeto
geométrico em planta e perfil, terraplenagem, drenagem e pavimentação, em nível de
Projeto Básico e Executivo, em cada oportunidade.

Diretriz 09: Atender as condicionantes sociais e ambientais, referente ao trecho de


implantação do VLT. Para esta avaliação serão necessárias as seguintes atividades metas:
• Elaborar estudo ambiental completo em acordo com as exigências e aprovação do Órgão
Ambiental competente, destacando os impactos positivos e negativos, bem como as
medidas mitigadoras decorrentes, para os traçados novos;

31
DIRETORIA DE OBRAS

• Obter do Órgão Ambiental competente a Licença de Implantação e de Operação para o


Empreendimento;
• Avaliar os potenciais impactos à vizinhança gerados pela execução da obra e suas
respectivas medidas de controle;
• Traçar uma poligonal primária de delimitação da área considerada como zona de impacto
e desapropriação, e desenvolver as ações sociais, elaborar os laudos de avaliação,
monitorando e avaliando os processos de desapropriação e a relocação de população
diretamente afetada para execução da obra, conforme previsto no item 3.3.16 deste
Termo de Referência;
• Desenvolver as ações sociais, monitorando e avaliando os processos de desapropriação
e a relocação de população diretamente afetada para execução da obra, conforme
previsto no item 3.3.16 deste Termo de Referência.
• Priorizar a utilização de mão de obra residente na área objeto do projeto.

Diretriz 10: Confirmar os imóveis que serão impactados pela implantação das obras em
função do Projeto Geométrico Básico desenvolvido. Para esta avaliação serão necessárias
as seguintes atividades metas:
• Elaborar Planta Geral do Projeto de forma a gerar o menor impacto de desapropriação
e obra possível, e ajustado quando for o caso;
• Elaborar Planta Geral de Localização com a projeção das vias urbanas de acesso viário,
contendo eixo, estacas, faixa de domínio existente, faixa de domínio projetada, divisas
dos imóveis que serão desapropriados bem como a representação das edificações e
benfeitorias atingidas pelas obras.

Nota: todos estes detalhamentos são resultantes das avaliações exigidas nos itens
anteriores.

3.3 Metas
As principais metas para elaboração dos Projetos Básico e Executivo do VLT, envolvendo a
implantação da infra e superestrutura da Via Permanente entre Paripe até Águas Claras,
envolvem a observação das condições técnicas e requisitos mínimos, para o atendimento às
circunstâncias em superfície e em viaduto, na região de Águas Claras.
Para elaboração dos Projetos Básico e Executivo do VLT, envolvendo a implantação da infra
e superestrutura da Via Permanente entre Paripe e Águas Claras, as condições técnicas e
requisitos mínimos, são:

3.3.1 Projeto Geométrico Horizontal e Vertical


O anteprojeto geométrico da via permanente e dos acessos viários deverão ser detalhados
ao nível de projeto básico e executivo, respeitando todas as premissas adotadas para o
anteprojeto.

32
DIRETORIA DE OBRAS

3.3.2 Projeto de Terraplenagem


O anteprojeto de terraplenagem no trecho de Paripe até Águas Claras, onde for o caso,
deverá ser revisto e reconfigurado para:
• Garantir um tratamento adequado nas fundações dos aterros, onde houver indícios de
existência de solos incompetentes (solos moles, solos expansivos). Ampliar amostragem
de estudos geotécnicos nestes locais, utilizando ensaios especiais;
• Garantir que a inclinação dos taludes de cortes e aterros seja, no mínimo, equivalente
às adotadas na construção da BA-528;
• Garantir a incorporação de terraços em corte e bermas em aterros com, no mínimo, a
mesma configuração geométrica adotada na construção da BA-528;
• Estruturar um diagrama unifilar para distribuição de massas ao longo do trecho,
contemplando graficamente a alocação das massas volumétricas de distribuição dos
materiais provenientes das escavações obrigatórias em cortes para cada aterro ou bota
fora, indicando código do corte de procedência, volume alocado a cada aterro, razão de
diferencial de empolamento e distância de transporte;
• Preparar planta de terraplenagem com indicação diferencial cromática das zonas de
corte (marrom claro) e aterros (verde claro), acabados, até o limite dos offsets ou bordos
geométricos, bem como os locais de bota-fora (hachuras em cinza);
• Preparar, em forma de texto, com base no diagrama unifilar antes referido, a estrutura
sequencial básica de construção em ordem de preferência e prioridade, de modo a
atender ao disposto na distribuição de massas, para que sejam mantidas e garantidas
as distâncias de transporte de referência;
• Incorporar nos procedimentos construtivos, a necessidade de escalonamentos de
integração aterro novo / terreno natural, na razão mínima de 1,00 m x 1,00m;
• Incorporar nos procedimentos construtivos, em razão dos condicionantes locais, a
necessidade e a propriedade de compactar os aterros a no mínimo 100 % do Proctor
Simples; e
• Incorporar nos procedimentos construtivos, em razão dos condicionantes, a necessidade
de proteção vegetal dos taludes utilizando gramíneas com enraizamento apropriado de
grande penetração.

3.3.3 Projeto de Drenagem


O anteprojeto de drenagem da Via Permanente e do trecho de Paripe até Águas Claras,
deverá ser revisto e, se for o caso, reconfigurado para:
• Avaliar, detalhar e apresentar os novos dispositivos de drenagem, visando
complementar a rede já existente, visando garantir a integridade do sistema a ser
implantado na região;
• Detalhar e apresentar os elementos dimensionais, ajustar o posicionamento
georreferenciado, declividades, cotas, geometria das caixas e seu dimensionamento

33
DIRETORIA DE OBRAS

estrutural, além dos diâmetros de cada uma das travessias de greide, apresentadas
no anteprojeto, considerando a revisão do greide solicitada no item geometria vertical;
• Rever o espaçamento mais adequado para as travessias de greide, considerando os
novos elementos geométricos verticais e horizontais.

3.3.4 Projetos de Obras de Arte Especiais


O anteprojeto das obras de arte especiais deverá ser revisto, ou se for caso, reconfigurado,
e detalhados quando da elaboração dos Projetos Básico e Executivo, contemplando, no
mínimo:
• Avaliação da topografia do local e das características geológicas e geotécnicas para
determinar a fundação e os métodos de construção mais adequados.
• Avaliação do impacto ambiental da obra de arte e implementar medidas para
minimizar danos ao meio ambiente.
• Implementação de medidas de segurança para proteger trabalhadores e usuários da
estrutura durante a construção e operação.
• Detalhamento da Geometria das estruturas;
• Elaboração dos Memoriais descritivos e de Cálculo do dimensionamento das
estruturas e das fundações;
• Escolha dos materiais mais adequados para a construção, levando em consideração
durabilidade, resistência, custo e logística para construção do viaduto;
• Relatório do Projeto contendo: concepção, quadro de quantidades, discriminação dos
serviços e distâncias de transporte;
• Plano de Execução, contendo: relação de serviços, cronograma físico; relação de
equipamento mínimo;
• Elaboração das especificações técnicas de materiais e serviços.

3.3.5 Projeto da praça com a pista de Skate


O projeto da praça com a pista de Skate deverá ser revisto, ou se for caso, reconfigurado, e
detalhados quanto da elaboração dos Projetos Básico e Executivo. O projeto trata de um
espaço destinado ao lazer, prática de exercícios físicos e esportes radicais. A praça será
implantada próximo à Passagem Inferior Moema (ref.: parada Moema).

3.3.6 Projetos de Via Permanente


O projeto da Via Permanente deverá ser executado, considerando o sistema de suportação
em LVT (Low Vibration Track), também chamado de VBV (Via de Baixa Vibração). Os
seguintes aspectos das vias em operação, deverão ser levados em consideração:
• Bitola: 1.435 mm;
• Velocidade máxima operacional: 70km/h;

34
DIRETORIA DE OBRAS

• Curvas de transição em vias principais (clotóides): 12m;


• Distância horizontal mínima entre os vértices das tangentes: 33,5m;
• Raio mínimo de curvas verticais (côncava ou convexa): 350m;
• Aclive/declive em situação normal: 4%;
• Superestrutura: LVT (Low Vibration Track).
O sistema LVT (Low Vibration Track) é composto tipicamente por blocos independentes de
concreto ou monoblocos protendidos, com galochas e palmilhas resilientes, fixados na laje
em concreto, podendo ser propostas, outra especificação de sistemas de LVT, que
reconhecidamente apresentem desempenho equivalente, ou superior em operação,
durabilidade e facilidade de execução e manutenção, com a aprovação explicita da CTB.
O projeto de LVT a ser desenvolvido deverá garantir, no mínimo:
• Maior eficiência na proteção contra vibração, de forma a atenuar vibrações em todas as
frequências;
• Fácil acessibilidade a todos os materiais que deverão ser trocados durante as
manutenções;
• Resistência lateral elevada e controle da bitola.
Os projetos da via permanente deverão constar elementos de tratamento acústico, adicional
ao LVT, que atenuem ruídos e vibrações geradas na passagem do material rodante e
auxiliem na atenuação desses efeitos para as edificações lindeiras da faixa operacional.
Para mais informações sobre o desenvolvimento do projeto da via permanente, ver Memorial
Descritivo e o Anteprojeto.

3.3.7 Projeto de Pavimentação


O anteprojeto de pavimentação consiste num conjunto de técnicas aplicadas a uma estrutura
viária, assente sobre uma área terraplenada, com a finalidade de melhorar as condições de
trafegabilidade sobre a mesma. O anteprojeto deve ser revisto e, ser for o caso,
reconfigurado para:
• Estudo estatístico da capacidade de suporte do subleito, para obtenção do CBR de
Projeto a ser utilizado para o dimensionamento definitivo do pavimento;
• Dimensionamento definitivo do pavimento, considerando os valores do Número N
adotado, o CBR de Projeto encontrado nos estudos estatísticos de referência da
amostragem, o fator climático regional com a pluviometria de Salvador e a frota de
veículos classificada, projetada e considerada;
• A espessura do revestimento deverá ser compatível com o valor do Número N utilizado;
• O coeficiente estrutural do revestimento adotado, deverá ser maior ou igual a 2;
• Os materiais a serem utilizados como base devem ser inertes como brita graduada ou
similar e possuir coeficiente estrutural maior ou igual a 1;
• Os materiais utilizados como sub-base devem ser inertes como “bica corrida” ou similar
e possuir coeficiente estrutural maior ou igual a 0,9;

35
DIRETORIA DE OBRAS

• Caso se utilize materiais de alta porosidade na sub-base, deverá obrigatoriamente serem


indicados drenos do corpo do pavimento nos trechos onde a inclinação transversal
condicionar cotas baixas;
• Devem ser levados em consideração à implantação, adequação ou ampliação de
calçadas, calçadões em áreas centrais e passeios públicos de modo a torná-los
adequados aos pedestres e acessíveis às pessoas com mobilidade reduzida, em
conformidade com o Decreto nº. 5.296, de 2 de dezembro de 2004 e a NBR 9050/2020,
que dispõe sobre a acessibilidade e a mobilidade dos espaços urbanos. Os passeios
devem facilitar a circulação dos pedestres buscando a melhoria da mobilidade urbana
com conforto e segurança.
As guias ou meios-fios deverão ser padrão DNIT por necessidade de compatibilização com
os da BA-528.

3.3.8 Projeto das Paradas (NBR 140211:2005)


O anteprojeto das paradas deverá ser revisto e reconfigurado para:
• Elaboração do partido arquitetônico seguindo a concepção estabelecida no Memorial
Descritivo, respeitando o dimensionamento do anteprojeto apresentado e o Programa de
Necessidades, adaptado evidentemente às condições de acessibilidade locais, em cada
edificação;
• Escolher o melhor local para implantação do traçado das Paradas, evitando
interferências com o Sistema Viário local;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos da Infraestrutura de
Instalações Elétricas e de Iluminação, customizados para cada edificação;
• Detalhamento das instalações elétricas, memoriais de cálculos e projeto luminotécnico
das Paradas;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos dos sistemas de proteção
contra descargas atmosféricas e aterramento;
• Elaboração de diagramas trifilares e memoriais de cálculos para alimentação dos
equipamentos elétricos;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos da Infraestrutura de
Instalações Elétricas e de Iluminação, customizados para cada edificação;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos da infraestrutura de Instalações
de Telecomunicações, customizados para cada edificação;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos das Instalações Elétricas e de
Iluminação, customizados para cada edificação;
• Elaboração de Projetos Especiais para sinalização e comunicação para atendimento de
pessoas com necessidades especiais, incluindo dispositivos de informações específicos
para cada tipologia de necessidade e, customizados para cada edificação;

36
DIRETORIA DE OBRAS

• Detalhamento do mobiliário e disposição de elementos decorativos para valorização dos


espaços internos, conforto e bem-estar dos usuários ocupantes, customizados para cada
edificação;
• Elaboração dos Projetos Básicos e Executivos definitivos das Instalações de combate a
incêndios, customizados para cada edificação;
• Detalhamento das estruturas internas destinadas à administração, operação,
manutenção e segurança das instalações, customizados para cada edificação;
• Projeto de Instalações de climatização dos espaços internos (sala técnica ou Área
Técnica) para proteger das intempéries e permitir o perfeito funcionamento dos
equipamentos eletrônicos a serem instalados, fornecidos pelo Contratante;
• Detalhamento da Sala Técnica ou Área Técnica salvaguardada de vandalismo (protegida
e escondida), fechada (porta ou portão reforçados, com tranca antivandalismo), e
teto/piso/paredes impermeabilizada/tratamento contra umidade e fungos).

3.3.9 Projeto de Infraestrutura


Os Projetos Básicos e Executivos Arquitetônicos deverão prever a infraestrutura seca (banco
de dutos, caixas de passagem, bases de poste em concreto, etc.) para o sistema de
abastecimento de energia para o material rodante, salas técnicas, subestações, paradas,
iluminação viária, sistema de telecomunicações e sinalização.
A alimentação das paradas será proveniente dos transformadores instalados nas
subestações retificadoras próximas as paradas. Onde não houver retificadoras, a
alimentação virá dos transformadores pedestais instalados nas salas técnicas. Deverá ser
previsto o encaminhamento da infraestrutura e todo cabeamento necessário até a parada.
Nas salas técnicas, além do transformador pedestal, existirá racks e equipamentos de cada
sistema, assim como o painel de elétrica que alimenta o sistema de iluminação e força das
paradas.
Entre o banco de dutos de chegada da via permanente à parada, deve ser previsto uma caixa
de passagem para realizar a transição dos dutos à área/sala técnica, em ambas as
extremidades da Parada, visto que o banco de dutos é um elemento linear que não se
interrompe na extremidade das paradas, ele continua de forma contínua em todo o
geométrico da via permanente.
A sala técnica deve ser salvaguardada de vandalismo (protegida e escondida), fechada, porta
ou portão reforçados, com tranca antivandalismo, e teto / piso / paredes impermeabilizadas /
tratamento contra umidade e fungos e climatizada (temperatura controlada) para proteger
das intempéries e permitir o perfeito funcionamento dos equipamentos eletrônicos a serem
instalados.
Os Projetos Básicos e Executivos do Teto/cobertura deverão ser capazes de suportar os
equipamentos de telecomunicações tais como câmeras, monitores entre outros, assim como
deve permitir a execução de furos para a descida da infraestrutura necessária.

37
DIRETORIA DE OBRAS

3.3.10 Projeto de Paisagismo e Urbanização


Os Projetos Básicos e Executivos de Urbanização e Paisagismo deverão ser elaborados
considerando, no mínimo, os seguintes requisitos:
• Executar a urbanização, paisagismo e readequação no entorno do traçado do VLT em
áreas lindeiras às vias de acesso e às paradas do VLT, objetivando a melhor integração
do VLT no tecido urbano;
• A passarela de acesso ao Complexo Águas Claras deverá ser aprovada junto aos órgãos
competentes, na forma e na especificação de matérias e respeitar as normas de
acessibilidade universal vigentes.
Para mais informações sobre o desenvolvimento dos projetos, deve ser considerado além
dos requisitos mínimos contidos neste Termo de referência, o memorial descritivo e o
anteprojeto do Trecho VLT Paripe – Águas Claras.

3.3.11 Projeto de Iluminação


Os Projetos Básicos e Executivos de Iluminação deverão ser elaborados, considerando, no
mínimo, os seguintes requisitos:
• Cálculo Luminotécnico, adequado à localidade, conforme norma da ABNT;
• Iluminação de bordo de todo o sistema viário de acessibilidade às paradas projetadas,
admitindo o tráfego ordinário de veículos, sem que seja necessária a utilização dos faróis
dos veículos;
• Projetar e executar o sistema de iluminação viária e sua referida alimentação, com seu
sistema de aterramento, conforme as necessidades operacionais ao longo do percurso
(tecnologia LEDs, incluindo nas áreas públicas), seguindo as Diretrizes de Iluminação
Pública do Município de Salvador e da Concessionária.
Para mais informações sobre o desenvolvimento dos projetos deve ser considerado além
dos requisitos mínimos contidos neste Termo de Referência, o Memorial Descritivo do trecho
Paripe – Águas Claras.

3.3.12 Projeto da Rede Aérea de Tração


Os Projetos Básicos e Executivos da rede aérea de Tração deverão ser elaborados
considerando, no mínimo, os seguintes requisitos:
 Avaliar o anteprojeto do sistema de energia da Rede Aérea de Tração;
 Avaliar o anteprojeto da Via permanente;
 Elaboração de Estudo de simulação elétrica;
 Elaboração de Estudo de Simulação de Marcha.

3.3.13 Projeto da Subestação Primária


Os Projetos Básicos e Executivos da Subestação Primária deverão ser elaborados
considerando, no mínimo, os seguintes requisitos:

38
DIRETORIA DE OBRAS

 Avaliar o anteprojeto da Subestação primária;


 Elaboração de Estudo de simulação elétrica;
 Elaboração de Estudo de Simulação de Marcha.
 Elaboração de Estudo Curto-Circuito / Coordenação e Seletividade

3.3.14 Projeto da Subestação Rebaixadora


Os Projetos Básicos e Executivos da Subestação Rebaixadora deverão ser elaborados
considerando, no mínimo, os seguintes requisitos:
 Avaliar o anteprojeto da Subestação primária;
 Elaboração de Estudo de simulação elétrica;
 Elaboração de Estudo de Simulação de Marcha.
 Elaboração de Estudo Curto-Circuito / Coordenação e Seletividade

3.3.15 Projeto das Subestações Retificadoras


Os Projetos Básicos e Executivos das Subestações Retificadoras deverão ser elaborados
considerando, no mínimo, os seguintes requisitos:
 Avaliar o anteprojeto das Subestações retificadoras;
 Elaboração de Estudo de simulação elétrica;
 Elaboração de Estudo de Simulação de Marcha.
Para mais informações sobre o desenvolvimento dos projetos, deve ser considerado além
dos requisitos mínimos contidos neste Termo de referência, o Memorial Descritivo do trecho
Paripe / Águas Claras.

3.3.16 Projeto e Apoio na execução da Desapropriação


A Contratada deverá desenvolver as seguintes atividades de apoio à desapropriação de áreas
para execução dos serviços:
 Planta Geral do Projeto de obra com Cronograma de Implantação para
compatibilizar com o cronograma de desapropriação. O Projeto deve ser pensado de
forma a gerar o menor impacto de desapropriação e obra possível, e ajustado quando
for o caso.
 Planta Geral de Localização e Gráficos Lineares: a Planta Geral de Localização é o
desenho técnico da projeção das vias urbanas de acesso viário, contendo eixo, estacas,
faixa de domínio existente, faixa de domínio projetada, divisas dos imóveis que serão
desapropriados bem como a representação das edificações e benfeitorias atingidas
pelas obras.
Cada propriedade ou posse deverá receber um número de cadastro. Além da Planta
Geral de Localização, deverão ser apresentados gráficos lineares representando o eixo
das vias de acesso viário, contendo a identificação dos imóveis (testada e divisas) que
serão atingidos (desapropriados/relocados), bem como a amarração de seus limites ao
estaqueamento do eixo.

39
DIRETORIA DE OBRAS

 Realização de Pesquisa de Mercado e Elaboração dos Relatórios Genéricos de


Valores – RGV: para a avaliação das áreas a serem desapropriadas, a empresa deverá
elaborar os Relatório(s) Genérico(s) de Valores – RGV. Nos referidos relatórios, deverão
constar todos os valores unitários das terras nuas para cada segmento homogêneo
identificado ao longo do trecho a ser executado, assim como todos os custos unitários
das benfeitorias que serão atingidas.
Além das informações do mercado imobiliário, deverá ser realizada pesquisa junto à
prefeitura quanto a Lei de Zoneamento, Mapas de Zoneamento e/ou informações sobre
a Planta Genérica de Valores. Deverá ser realizado tratamento estatístico adequado dos
dados coletados durante a pesquisa de campo, para determinação do melhor modelo.
matemático que explique o mercado imobiliário em análise. O RGV deverá descrever
detalhadamente toda a metodologia que será utilizada nas avaliações. A partir do RGV,
serão produzidos os laudos individuais de avaliação, nos quais serão descritas as
características dos bens a desapropriar, e citada, apenas de forma sucinta, a
metodologia adotada. O RGV contemplará todos os subtrechos de projeto, procurando
abranger características de todos os imóveis avaliados.
O RGV poderá ser subdividido em Relatórios Parciais e 1 (um) Relatório Final, conforme
as prioridades a serem estabelecidas pela CTB.
 Cadastros Técnicos Individuais: Deverá ser apresentado um cadastro técnico para
cada matrícula de imóvel ou ocupação irregular na área do VLT Paripe – Águas Claras
no seu entorno e nas vias de acessos, identificadas que impactam no empreendimento.
Cada cadastro técnico individual deverá apresentar:
a) Documentação do(s) proprietário(s) ou posseiro(s); (incluindo documentação de
Pessoa Jurídica obtida em Junta Comercial);
b) Documentação do imóvel (exceto para ocupações irregulares); (regular – Escritura
pública, certidão negativa ônus junto ao cartório de imóveis, certidão vintenária e
demais documentos necessários a comprovação da propriedade) (Irregulares –
documentos de comprovação de posse como IPTU, conta de energia/água,
declarações, etc.);
c) Planta Individual de Localização;
d) Plantas das edificações/benfeitorias atingidas;
e) Memorial descritivo e Planta Georreferenciada da área a ser desapropriada (incluindo
planta e memorial descritivo da área escriturada total, remanescente e necessária a
desapropriação com ART) (exceto para ocupações irregulares);
f) Relatório Fotográfico;
g) Laudo Individual de Avaliação.

Os Cadastros Técnicos Individuais deverão ser elaborados/consolidados por uma equipe


técnica constituída de engenheiros avaliadores, agrônomos, topógrafos inscritos ou
registrados no sistema CONFEA/CREA, advogados com experiência comprovada na
área de desapropriação e regularização fundiária de imóveis, com registro na OAB,

40
DIRETORIA DE OBRAS

assistentes sociais com experiência comprovada na área de remoções involuntárias, com


registro na respectiva entidade de classe, além de equipes complementares.
 Documentação dos proprietários e/ou posseiros e dos imóveis a serem
desapropriados: deverá ser identificada a titularidade dos imóveis, bem como a posse
das áreas a serem desapropriadas ou ocupadas irregularmente. Para tanto, deverá ser
realizada pesquisa junto aos supostos proprietários/posseiros, Cartórios de Registros de
Imóveis, e demais entidades públicas que possam fornecer documentação
comprobatória de titularidade. Serão coletados os documentos necessários à instrução
dos processos de desapropriação. Caso sejam constatadas situações em que famílias
se declarem detentoras da propriedade, porém sem disporem do respectivo registro do
imóvel, a equipe de apoio deverá apresentar todos os documentos possíveis.
Nesta etapa, serão realizados contatos com os expropriados, sempre em conjunto com
a equipe da Contratante, informando sobre a obra, sobre a desapropriação e solicitando
a documentação necessária. É de fundamental importância que as atividades
desenvolvidas nesta etapa sejam cercadas de cuidados especiais, tanto no fornecimento
de informações e orientações, como na discussão dos procedimentos envolvidos,
ocasião em que serão apresentadas à população as justificativas para a realização das
desapropriações, as diretrizes gerais que norteiam as ações, e identificados os anseios
da comunidade afetada.

 Laudos individuais de Avaliação: deverão ser elaborados por profissionais capacitados


na área de Engenharia de Avaliações após vistoria técnica de cada área, edificação e/ou
benfeitoria a ser desapropriada, obedecendo aos modelos constantes do Relatório
Genérico de Valores, devidamente aprovados pela CTB. Casos atípicos que não estejam
contemplados no Relatório Genérico de Valores deverão ser previamente submetidos à
CTB. Toda metodologia avaliatória deve estar contemplada nas referidas normas e constar
da literatura e práticas consagradas da Engenharia de Avaliações. As avaliações devem
buscar alcançar os maiores graus de fundamentação e precisão possíveis, justificando-se
sempre que não for possível. Para a indenização de benfeitorias, deve-se apresentar a
metodologia utilizada, privilegiando a adoção de valores de entidades públicas e idôneas,
sendo obrigatória a apresentação das fontes consultadas, assim como a data de
referência, devendo também ser observada a matriz de avaliação da CTB, bem como
custos e índices. Sempre que possível, devem ser adotados os valores constantes do
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil – SINAPI, ou
equivalente. A quantidade de laudos a ser elaborada pela futura contratada será aquela
suficiente para a implantação do VLT, no segmento objeto da presente licitação.

 Metodologia aplicada para a avaliação: para a execução dos serviços, deverão ser
obedecidas as normativas da Associação Brasileira de Normas Técnicas, com destaque
para:
NBR-14.653-1 – Avaliação de bens – Parte 1: Procedimentos Gerais;
NBR-14.653-2 – Avaliação de bens – Parte 2: Imóveis urbanos;
NBR-14.653-3 – Avaliação de bens – Parte 3: Imóveis rurais;
NBR-14.653-4 – Avaliação de bens – Parte 4: Empreendimentos;

41
DIRETORIA DE OBRAS

NBR-14.653-5 – Avaliação de Máquinas, Equipamentos, Instalações e Bens Individuais;


NBR-14.653-6 – Avaliação de Recursos Naturais e Ambientais;
NBR-14.653-7 – Patrimônios Históricos;
Demais normas vigentes e aplicáveis;

Além desses critérios e de outros procedimentos usuais em casos de desapropriação,


deverão ser tomados cuidados especiais de modo a minimizar os transtornos
temporários/permanentes inerentes ao processo, principalmente os que envolvem as
famílias de baixa renda ou que apresentam algum tipo de vulnerabilidade, com pouca
mobilidade social e quase sem nenhum conhecimento sobre o tema e poder de
negociação. O repasse de informações aos expropriados sobre o andamento do
processo, da relação dos documentos necessários e a coleta dos mesmos, deverá
sempre ser feita por técnico de campo devidamente credenciado, e com o aval dos
técnicos da CTB envolvidos nas desapropriações.
 Procedimentos complementares: além dos serviços e produtos acima citados a
empresa contratada deverá:
a) Prestar apoio nos trabalhos de formalização de negociações e acordos;
b) Apresentar, quando solicitado, Planta localizada detalhada do Projeto de obra, com
informações especificas para atender demanda de negociação;
c) Prestar apoio para a instrução dos processos administrativos de desapropriação em
conformidade com a Decreto Lei nº 3.365/1941 e suas legislações, normas e
decretos correlatos;
d) Prestar apoio para o ajuizamento e acompanhamento de ações judiciais com pedido
de imissão na posse; (incluindo apresentação de plantas, notas técnicas, e/ou
informações necessárias ou solicitadas pelo Juiz);
e) Efetuar análises para fins de recomposição de fatores econômicos e produtivos de
propriedades afetadas (quando necessário, deverá ser elaborado Laudo Individual
de Avaliação de Fundo de Comércio e/ou Lucro Cessante, de acordo com a análise
dos profissionais capacitados na área de Engenharia de Avaliações, de forma a
apresentar a maior precisão possível com o valor de mercado do imóvel;
f) Definir formas de compensação para questões de perdas e danos (a Contratada
deverá ressarcir aqueles prejudicados pela obra, com recuperação ou reposição de
bem danificado, assim como execução de pequenas obras necessárias a mitigar os
danos e transtornos causados pelo projeto, assim como, estudar alternativas para
mitigar os prejuízos de pequenos comerciantes durante a obra principalmente para
aqueles que serão desapropriados);
g) Apoio para instrução dos processos administrativos de desapropriação – após a
aprovação do Relatório Genérico de Valores, da elaboração dos laudos individuais
de avaliação e demais documentos técnicos, bem como do recolhimento da
documentação do imóvel e do proprietário/posseiro, a empresa apoiará a CTB na
instrução dos processos administrativos individuais, bem na elaboração e assinatura

42
DIRETORIA DE OBRAS

do Termo de Concordância e, quando for o caso, no ajuizamento de ações judiciais


com pedido de emissão na posse.
h) Promover esclarecimentos, junto com o Engenheiro, sobre a segurança dos imóveis
que precisarem de Vistoria Cautelar. Considerando que uma obra eventualmente
pode causar danos a estrutura dos imóveis próximos, a Vistoria Cautelar está prevista
no item 5.1 e um engenheiro especialista avaliara a necessidade da mesma,
seguindo as determinações das normas técnicas da ABNT, principalmente NBR
12722 e NBR 15.575. A equipe social deve acompanhar a equipe técnica para
tranquilizar os moradores.
i) Prestar apoio nas mudanças das famílias:
• Checagem do atendimento às condições de pré-mudança de cada família;
• Preparação da agenda de mudança;
• Disponibilização de apoio logístico às mudanças;
• Acompanhamento da mudança das famílias, em articulação com a equipe de
pós-ocupação. No caso de haver famílias que não tenham cumprido pré-requisitos
para mudança, há o cuidado de que a habitabilidade do domicílio no setor de
reassentamento não fique comprometida até que o caso esteja resolvido.
k) Avaliação de Pós Ocupação - Após a mudança do morador deve-se manter o contato
para verificar a situação dele e de sua família, buscando sempre uma melhor situação
a anterior existente. A avaliação deve ser feita através da constatação da situação,
fotos e de pesquisas com os moradores que foram realocados. Ajustes devem ser
feitos quando possível. E espera-se uma satisfação de ao menos 80%. Um relatório
deve ser produzido compilando os dados.

• “As Built” de desapropriação: Á medida que as desapropriações forem efetivadas,


deverá ser elaborado um novo cadastro que conterá as áreas realmente desapropriadas.
Ao final, deverá ser apresentada a Planta Geral Final de Localização com a realidade
das desapropriações/relocações realizadas, destacando:
a) Faixa de domínio (existente e projetada, se for o caso);
b) Limites dos imóveis desapropriados;
c) Nome do(s) desapropriado(s);
d) Número do processo administrativo de desapropriação;
e) Poligonal georreferenciada da nova faixa de domínio.

3.3.17 Projeto Técnico Trabalho Social – PTTS:


O Trabalho Técnico Social tem por objetivo proporcionar a execução de um conjunto de ações
de caráter informativo e educativo junto à população afetada, promovendo o exercício da
formação cidadã e favorecendo a organização da população, segundo a perspectiva de
contribuir para fortalecer a melhoria da qualidade de vida das famílias e a sustentabilidade do
empreendimento. Visa as ações sociais a serem desenvolvidas, monitorando e avaliando os

43
DIRETORIA DE OBRAS

processos de desapropriação e a realocação de população diretamente afetada para a


construção do VLT, destacando-se as seguintes etapas:
a) Etapa informacional - contempla o sistema de informação de todas as ações do
projeto, garantindo a disponibilidade e interatividade de todos os dados para a
população, poder público e movimentos sociais.
b) Etapa operacional de remoção - consiste no planejamento e na execução da
operacionalização da obra, compatibilizando os cronogramas de obra com as ações
remoção das famílias que se encontram na área de intervenção do projeto.
c) Etapa socioeducativa e de mobilização social - Visa a sensibilização e aproximação
da comunidade às equipes técnicas e/ou gestores públicos envolvidos no processo
de intervenção. Prevê um acompanhamento social das famílias a serem afetadas
desde o estabelecimento da comunicação inicial até um ano após a conclusão
definitiva da remoção.
d) Etapa de Geração de Renda - Visa à promoção da geração de renda, principalmente
nas famílias mais socialmente vulneráveis. A inserção no mercado de trabalho
também é um meio de desenvolver a cidadania e melhorar a qualidade de vida.
Devem-se promover cursos de planejamento orçamentário familiar e de formação
técnica e aproveitar a mão de obra local quando possível.
O Trabalho Técnico Social deverá ainda atender as seguintes diretrizes:
a) Compensar adequadamente os atingidos pela perda de bens e propiciar sua
realocação de forma menos traumática, dando suporte de apoio técnico e logístico
nesse processo de mudança;
b) Ouvir e entender as necessidades dos afetados;
c) Mitigar o impacto da obra;
d) Possibilitar a manutenção das condições socioeconômicas dos afetados. Com
destaque para comerciantes informais possuem a atividade econômica no imóvel
desapropriado como única fonte de renda (atividade de subsistência). Devem ser
desenvolvidos estudos para mensurar este tipo de demanda, como ressarcimento
financeiro de perda de renda por um período de seis meses a um ano, ou outro que
efetivamente atenda o item, sendo de responsabilidade da Contratante a referida
indenização, caso seja necessário;
e) Auxiliar na restauração do nível de vida dos impactados;
f) Realizar o acompanhamento dos processos de desapropriação e de pós-
deslocamento;
g) Realizar o monitoramento social pós-deslocamento dos afetados;
h) Elaborar Relatório de Titularidade de toda a faixa a poligonal, contemplando as áreas
ocupadas pelo VLT, para fins de comprovação do domínio das áreas, em
conformidade com as regras do Agente Financeiro.

Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental – (PCSEA): O Programa de


Comunicação social (PCS) possui relação direta com o Programa de Educação Ambiental
(PEA), sendo ambos previstos como medida mitigadora ou compensatória, em cumprimento
às condicionantes das licenças ambientais. O PCS desempenha um papel fundamental, tanto
no âmbito do licenciamento ambiental, como nas fases de implantação e operação de
empreendimentos, visando contribuir para o processo educativo e de sensibilização
44
DIRETORIA DE OBRAS

ambiental das populações afetadas, possibilitando que estas sejam esclarecidas de suas
dúvidas e informadas sobre as principais ações do empreendimento, além de descrever os
potenciais impactos socioambientais gerados pela implantação do empreendimento e toda a
gama de medidas e programas a serem implantados para a devida mitigação e compensação
desses impactos.
O Programa de Comunicação Social e Educação Ambiental visa atuar junto aos diferentes
setores da sociedade local de modo a:
• Conscientizar a população da importância do empreendimento em sua qualidade de vida
e na proteção do meio-ambiente;
• Destacar o importante papel da população para o correto funcionamento dos sistemas
implantados e ensinar procedimentos que o cidadão comum deve adotar;
• Utilização de comunicação visual para divulgar o andamento das obras junto a
comunidade, com uso de folders, cartazes, etc.
• Divulgar informações claras, com dados confiáveis e acessíveis aos públicos externos e
internos sobre o empreendimento em suas diferentes fases, atualizando continuamente
os avanços no cronograma físico da construção desde a etapa inicial de mobilização do
canteiro até a finalização dos trabalhos.
Plano de Gestão Social Ambiental: visa descrever os potenciais impactos à vizinhança
gerados pela implantação do empreendimento e suas respectivas medidas de controle.
Plano de Controle de Resíduos: visa descrever a adequada destinação dos resíduos a
serem gerados da construção e demolição, em conformidade com os princípios, diretrizes e
dispositivos previstos na legislação federal, estadual e municipal, cujos comprovantes devem
ser mantidos na obra, sujeitos à verificação a qualquer tempo durante a execução da mesma,
consistindo em condição para desembolso das parcelas correspondentes da obra.
Nota: Estes componentes estruturados em objetivos diretrizes e metas, considerados como
conteúdo necessário e mínimo de interesse do Estado, devem ser como cumprimento das
solicitações de edital, podendo e devendo ser ampliados, a critério de cada licitante, para a
formulação de sua propositura. A sequência e ordenação da exposição da matéria na
elaboração dos estudos e projetos, deverá ser obrigatoriamente a exposta neste Termo de
Referência, mantendo-se em qualquer situação, a mesma compartimentação estrutural deste
documento.

4 ROTEIRO E METODOLOGIA PARA EXECUÇÃO DOS PROJETOS


4.1 Prazos de Entrega dos Projetos
A Contratada terá o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para entrega do Projeto Básico
após a ordem de serviço, devendo planejar o prazo para desenvolvimento e apresentação
do Projeto Executivo de modo que cada etapa das obras só possa iniciar após a aprovação
do respectivo projeto executivo pela Contratante, respeitando o plano de trabalho, as
prioridades e hierarquia prevista no último cronograma físico-financeiro ajustado entre as
partes.

45
DIRETORIA DE OBRAS

Os projetos poderão ser apresentados separadamente por disciplinas, desde que esta
metodologia proporcione facilidade e agilidade na análise e aceitação pela Contratante. Tais
projetos deverão ser entregues conforme roteiro estabelecido entre as partes. Entretanto,
dependendo da disciplina do projeto a ser analisado, a apresentação poderá ocorrer em
única fase, com aceitação também única.

O prazo para análise e aprovação do projeto básico e dos projetos executivos, por parte da
Contratante, será de até 20 (vinte) dias, após a entrega por parte da Contratada. Em caso
de não aprovação e da necessidade de realizar adequações e correções, caso entenda haver
desconformidade com as diretrizes estabelecidas, a Contratante irá indicar de forma
detalhada e justificada as desconformidades verificadas e a Contratada deverá ajustá-lo e
reapresentá-lo no prazo máximo de 20 (vinte) dias, tendo a Contratante novo prazo de 10
(dez) dias úteis para o processo de aprovação.

Toda a documentação técnica elaborada pela Contratada relativa a obras ou projetos será
de propriedade exclusiva da Contratante, que dela se utilizará conforme melhor lhe convier.
Esta documentação deverá ser entregue em 3 (três) vias impressas assinadas e também em
mídia editável, após a validação.

É vedado à Contratada dar conhecimento, transmitir ou ceder a terceiros, qualquer dado ou


documento preparado ou recebido para a execução dos serviços, salvo com prévia
autorização expressa da Contratante.

4.2 Disciplinas envolvidas na apresentação dos projetos


As disciplinas a seguir descriminadas deverão compor as entregas dos Projetos Básico e
Executivo, não devendo, entretanto, se limitar às mesmas caso outras se façam necessárias.
• Levantamento topográfico e geotécnico;
• Levantamento e projeto/cadastro das interferências;
• Projeto do Canteiro;
• Projeto de Demolições e Desapropriação;
• Projeto de Proteção Ambiental;
• Projeto Geométrico da Via Permanente e da Via de Acesso Rodoviário;
• Projeto de Terraplenagem;
• Projeto de Drenagem;
• Projeto de Pavimentação, Sinalização e Segurança Viária;
• Projeto das Obras de Artes especiais;
• Projeto de Obras de Contenção;
• Projeto de Passagem Inferior;
• Projeto de Iluminação Pública;

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DIRETORIA DE OBRAS

• Projeto de Urbanização e Paisagismo;


• Projetos Arquitetônicos das Paradas, incluindo equipamentos de acessibilidade;
• Projeto Geométrico das Paradas;
• Projeto da Galeria de Dutos;
• Projeto de Instalações elétricas de Baixa Tensão;
• Projeto de SPDA / Aterramento;
• Projeto de Interferências;
• Projeto de Instalações Prediais e combate a incêndio e detecção;
• Projeto das subestações Primárias, Rebaixadoras e Retificadoras/Auxiliares;
• Projeto da Rede Aérea de Tração;
• Projeto da Subestação Primária e respectiva linha de distribuição;
• Projeto das Subestações Retificadoras /Auxiliares;
• Projeto Cabo de Alimentação 13.8 kV;
• Projeto Cabo de Alimentação 34.5 kV;
• As Built.

4.3 Projetos de referência do SMSL


Trata-se de documentos referenciais dos Projetos Executivos e as built do Sistema
Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas – SMSL já implantado e em operação que
abordam detalhamentos que não foram contemplados no desenvolvimento do Anteprojeto,
mas que deverão ser levados em consideração quando do detalhamento do projeto básico
e executivo, é o caso dos projetos das subestações do SMSL que alimentarão o trecho (ver
Apêndice 4).
Adicionalmente, essa interface pode ser vista na Matriz de Responsabilidade (ANEXO IX).

5 NORMAS GERAIS
5.1 Serviços Preliminares
Cabe à Contratada a execução de Laudos de Vistoria Cautelares, Cadastro de levantamento
de interferências, remanejamento de interferências, Laudo Acústico Cautelar, assim como
implantação e manutenção de instrumentações geotécnicas das edificações lindeiras.
A Contratada é responsável pela prestação de serviços técnicos especializados de
engenharia para elaboração do Projeto Básico e Executivo das Obras Civis e sistemas
constantes no objeto.

47
DIRETORIA DE OBRAS

5.2 Projeto
Entendem-se como projeto todas as definições e recomendações contidas nos desenhos e
Especificações Técnicas e nesse Termo de Referência, bem como qualquer documento afim,
elaborado pela Contratada e aprovados pela Contratante dando indicação de como os
serviços devem ser executados.
Os materiais empregados e a técnica de execução deverão obedecer a todas as
recomendações, além das Normas Técnicas da ABNT ou outras entidades, Instruções
Técnicas e Administrativas do Governo do Estado da Bahia e demais normas aplicáveis aos
serviços em questão. Na falta desta, deverão ser previamente aprovados por escrito pela
Fiscalização.

5.3 Pessoal Técnico


A Contratada obriga-se a manter durante toda a execução dos serviços um Engenheiro
legalmente habilitado, com autoridade suficiente para atuar em nome da Contratada, a fim
de garantir a boa qualidade dos serviços e facilitar o trabalho da Contratante.
A Contratada manterá durante todo o prazo dos serviços o pessoal que constitui as suas
equipes de trabalho, nas quantidades suficientes ao pleno atendimento aos cronogramas
das diversas obras.
A Contratante reserva-se o direito de pedir o afastamento imediato de qualquer componente
da equipe da Contratada que, em sua avaliação, seja prejudicial ao bom andamento dos
serviços, da mesma forma que poderá vir a solicitar o reforço da equipe, necessário a
produção, se julgar, subdimensionada a equipe da Contratada.

5.4 Execução dos Serviços


Todos os serviços deverão ser desenvolvidos em conformidade com as normas técnicas da
ABNT e de segurança, vigentes, observando-se a necessidade de minimizar os transtornos
aos usuários e a operação dos sistemas implantados, que continuará ativa, devendo ser
adotadas todas as providências de segurança que se tornem necessárias para que seja
garantida a integridade física e patrimonial dos usuários e funcionários.

A Contratada deverá apresentar um Plano de Execução, contendo relação de serviços,


cronograma físico e relação de equipamento mínimo, identificando as diferentes frentes de
obra.

A mão de obra empregada deverá ser de qualidade, devendo os acabamentos, as tolerâncias


e os ajustes serem fielmente respeitados, devendo, sempre que possível, priorizar a
utilização da mão de obra residente no entorno da área do Projeto.

Os materiais provenientes de demolições, e considerados pela Contratante em bom estado,


serão transportados e acondicionados, pela Contratada, em local determinado pela
Contratante.

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DIRETORIA DE OBRAS

Os objetos de valor histórico que porventura forem encontrados, durante as escavações


necessárias a implantação do Projeto, serão de propriedade da Contratante, cabendo a
Contratada a imediata notificação do ocorrido.

Os materiais provenientes de demolições e escavações, consideradas pela Contratante


como inservíveis e entulhos, deverão ser removidos ao local da obra pela Contratada para
os locais previstos no Projeto Executivo e autorizados previamente pela Contratante.

Não será permitido nenhum processo de demolição ou remoção que possa por em perigo a
segurança dos transeuntes ou operários.

A obra deverá ser mantida limpa e periodicamente realizada a remoção do material inservível.
Quando da entrega da obra, a Contratada deverá providenciar a retirada total dos entulhos,
bem como a limpeza.

5.5 Máquinas e Equipamentos


A Contratada fornecerá os equipamentos, instrumentos, ferramentas e mão de obra
necessária à completa execução dos serviços, em qualidade e quantidade adequadas para
o cumprimento do cronograma, bem como os equipamentos de segurança do trabalho,
sinalização, iluminação das frentes de serviços, de acordo com as Normas
Regulamentadoras - NR e a orientação da supervisora em consonância com as normas do
Governo do Estado da Bahia.
A equipe de trabalho responsável pela utilização de máquinas e equipamentos deverá ser
composta por profissionais qualificados, com um coordenador apto a responder pela
execução da obra e vinculados a Contratada pelo regime CLT.
Toda equipe de trabalho deverá estar equipada com ferramentas compatíveis com a tarefa,
vestimenta adequada, calçados, capacetes e outros utensílios de segurança quando
necessário (EPIs).
Será de responsabilidade da Contratada toda a carga, descarga, transporte vertical ou
horizontal de materiais, mesmo em via pública, com a utilização de ferramentas e
equipamentos necessários e adequados à tarefa, que tenham ligação com a obra ou serviço
hora contratados.

5.6 Controle de Qualidade


A Contratada terá a responsabilidade quanto ao cumprimento das Normas Técnicas
Brasileiras (ABNT), das Instruções Técnicas e Administrativas do GOVERNO DO ESTADO
DA BAHIA, das Especificações, Códigos e Regulamentos Pertinentes ao Objeto desta
Licitação.
Será de responsabilidade da Contratada o controle topográfico que a Contratante julgue
necessário à perfeita segurança e qualidade da obra.

49
DIRETORIA DE OBRAS

Os ensaios tecnológicos, testes e demais provas exigidas por normas técnicas oficiais para
a boa execução dos serviços, controle de qualidade dos insumos e partes da obra, serão
encargos da Contratada.

5.7 Controle Ambiental


Especial cuidado deverá ser tomado com os aspectos referentes à preservação do meio
ambiente, não só no local das obras, mas também nos canteiros, nas jazidas e fonte de
materiais de empréstimo e bota-fora, de acordo com os condicionantes emitidos pelo órgão
ambiental competente.
A obtenção de eventuais Licenças necessárias tais como, de Implantação (LI), e de Operação
(LO), junto aos órgãos competentes, será de responsabilidade da Contratada.

5.8 Seguros
Serão de responsabilidade exclusiva da Contratada a contratação e manutenção de todos
os Seguros, conforme Cláusula específica no Contrato, tais como o Seguro de
Responsabilidade Civil – Obras Civis, para cobertura de danos pessoais e / ou materiais que
possam involuntariamente ser causados a terceiros, concessionários de serviços públicos,
pessoas e / ou imóveis lindeiros à obra, bem como nos casos que possam demandar
sanções indenizatórias, em razão do objeto deste contrato.
A Contratada obriga-se a manter contratado, sem ônus para a Contratante o Seguro Contra
Incêndio para seus bens e àqueles de propriedade da Contratante instalados no Canteiro de
Obras, assim como Seguro de Acidentes Pessoais, inclusive morte e/ou invalidez, para seus
empregados e demais contratados que atuam no Objeto do Contrato, bem como o Seguro
de Responsabilidade Civil de sua frota terrestre e de Riscos Diversos, de Equipamentos
Móveis envolvidos diretamente na execução das obras. Será também de sua inteira
responsabilidade a eventual destruição ou danificação da obra em construção, até a
aceitação definitiva da mesma pela Contratante, bem como as indenizações que possam vir
a ser devidas a terceiros por fatos oriundos dos serviços contratados, ainda que ocorridos
em via pública.

5.9 Registros, Licenças e Aprovações


A Contratada obriga-se a requerer junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
– CREABA e Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU-BA as Anotações de
Responsabilidades Técnicas (ART’s) e Registros de Responsabilidade Técnica (RRT’s) dos
profissionais responsáveis pelos serviços. No caso de consórcio, a Contratada deverá
providenciar o registro do seu termo de constituição na junta comercial e no CREA- BA.
A Contratada será responsável pelo cumprimento de todas as Leis Federais, Estaduais e
Municipais, inclusive todos os Regulamentos, Normas, Instruções e Diretrizes, que lhe forem
aplicadas e necessárias ao seu funcionamento como Empresa, inclusive a obtenção de todas
as licenças, alvarás e autorizações ligadas direta ou indiretamente com a execução dos

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DIRETORIA DE OBRAS

serviços contratados e ao exercício de suas atividades nas jurisdições em que se


desenvolvem.

5.10 Canteiro de Obras


A Contratante permitirá a utilização de terrenos de sua propriedade para instalação do
Canteiro de Obras da Contratada (Calçada e Periperi), ou outra, se houver disponibilidade.
A Contratada verificará a existência de áreas alternativas, devendo indicar a localização das
áreas selecionadas para implantação de Canteiros, sendo a locação do mesmo a expensas
da Contratada.
A seleção de áreas diferentes das apresentadas estará sujeita à prévia aprovação da
Contratante. Em qualquer caso, a utilização da área selecionada estará limitada ao espaço
situado dentro da faixa de domínio da Contratante.
Após o término da obra, a Contratada disporá de um prazo de 90 (noventa) dias para entregar
as áreas de propriedade da Contratante, em condições iguais ou melhores de quando
implantados os canteiros, livre de quaisquer entulhos ou restos de instalação. Ao fim deste
prazo, todo o material de propriedade da Contratada aí existente passará a integrar o
patrimônio da Contratante, sem que, com isso, a Contratada tenha direito a receber qualquer
pagamento ou indenização.
As placas de obras deverão ser confeccionadas em chapas metálicas galvanizadas, com as
informações pintadas com tinta esmalte, de acordo com as cores, proporções, medidas e
demais orientações e padrão do GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, sendo na quantidade
mínima de três placas da Contratante.
Deverão ser confeccionadas placas de advertência, de direcionamento e redirecionamento
de tráfego de pedestres e do sistema viário local, e outras que se fizerem necessárias, nas
especificações determinadas pelos órgãos responsáveis locais ou pelo GOVERNO DO
ESTADO DA BAHIA.
Ficará a cargo da Contratada a vigilância e guarda de todas as áreas da obra, bem como de
todos os acessos provisórios, durante todo o período do contrato.
A localização do canteiro não deverá impactar no balanço de massas da terraplenagem.

6 DA INSTRUMENTAÇÃO, MONITORAMENTO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE


RESULTADOS
6.1 Justificativa
Consideram-se como monitoramento todas as atividades necessárias à verificação da ação
da obra, onde necessite escavações profundas, nas estruturas situadas sob sua área de
influência, que estarão suscetíveis à ação de recalques, passíveis de ocorrer por ações
provenientes das escavações, de rebaixamento de lençol freático ou de desestabilização
indireta do subsolo, devido às vibrações, os quais podem afetar diretamente parte do próprio
empreendimento projetado, bem como serviços públicos, edificações adjacentes, sistema
viário, entre outros.

51
DIRETORIA DE OBRAS

Consiste de uma atividade que contempla os conceitos de “gerenciamento de riscos”, através


de sistemas de controles adequados, objetivando evitar nível de risco elevado nas fases de
construção e de operação do empreendimento, cujos pontos chaves são:
a) Identificar os riscos antecipadamente;
b) Reconhecer os riscos de imediato, assim que seus sinais se manifestarem;
c) Gerenciar os riscos através de monitoramentos adequados de tal forma que estes
contemplem uma metodologia transparente e efetiva, que deverá ser adotada nos
estágios iniciais de projeto e construção, minimizando a ocorrência de riscos e/ou
mitigando suas consequências.
É necessário observar que o objetivo da implantação do monitoramento é fornecer um
conjunto de diretrizes e ações que permitam a adoção de procedimentos técnico-
administrativos, lógicos e devidamente estruturados, que propiciem prever antecipadamente
situações emergenciais e/ou de risco, de tal forma:
a) Obter registros instrumentalizados sistemáticos das movimentações do subsolo durante
todo o transcorrer da implantação e, posteriormente, da operação do empreendimento;
b) Acompanhar e avaliar a evolução e tendências de movimentação do subsolo e
edificações lindeiras;
c) Fornecer elementos para simulações e previsões de recalques e avaliar desempenho do
subsolo;
d) Verificar as premissas e previsões de recalques admitidas no projeto;
e) Controlar e detectar recalques superiores aos níveis limites estabelecidos para alerta e
emergências;
f) Alertar antecipadamente outras construtoras, concessionárias e população quanto a
impactos adversos no seu entorno;
g) Acompanhar a evolução de danos preexistentes em edificações lindeiras e serviços
públicos;
h) Avaliar elementos fornecidos para contratação de seguros.

6.2 Escopo das atividades


O escopo necessário para o desenvolvimento do Plano de Instrumentação, Monitoramento,
Análise, Interpretação de Resultados e Recomendações construtivas é o conjunto das
seguintes atividades:
a) Projeto Executivo de instrumentação geotécnica e estrutural de todas as estruturas
lindeiras e Paradas, na área de influência das Obras Civis do Projeto, objeto da presente
Termo de Referência, bem como especificações de instrumentos e regime de
monitoramento;

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DIRETORIA DE OBRAS

b) Fornecimento, instalação e manutenção de todos os instrumentos e equipamentos de


leitura, incluindo perfurações, injeções e todas as atividades necessárias à plena
execução do serviço;
c) Nivelamento manual de pinos e topografia com parada total 3D, bem como leituras
manuais de inclinômetros, piezômetros e extensômetros;
d) Instalação de sistema de monitoramento, o qual deverá organizar e apresentar os
resultados de forma gráfica configurável pelo usuário de instrumentos automatizados e
os de leituras manuais;
e) Gerenciamento de todo o programa de monitoramento e processamento de dados;
f) Análise e interpretação de resultados;
g) Apresentação de informações a todos os envolvidos na obra, de acordo com aprovação
da FISCALIZAÇÃO;
h) Avisos de situações de emergência, incluindo planos de contingência e níveis de alarme;
i) Recomendações de intervenções construtivas.
A equipe responsável pela execução desse Programa deverá ser constituída de profissionais
de diferentes áreas de especialidade, com a participação obrigatória de Engenheiros Civis,
Geotécnicos e de Segurança do Trabalho, de tal a forma orientar uma equipe multifuncional
habilitada à execução de serviços específicos e típicos de uma obra desta complexidade.

6.3 Considerações Finais


Toda a instrumentação deverá ser utilizada de acordo com as Normas e Padrões pertinentes,
sendo que as definições dos alarmes deverão ocorrer anteriormente ao início do
monitoramento.

As atividades de monitoramento integrado ficarão diretamente ligadas à Fiscalização da


CTB, sendo a operação a cargo da Contratada. O projeto e solução do sistema de
monitoramento deve ser submetido à Contratante para aprovação.

7 ACOMPANHAMENTO, INSPEÇÕES, TESTES E COMISSIONAMENTO

7.1 Acompanhamento da fabricação e Testes de Fábrica


A Contratada deverá franquear o acesso dos Engenheiros e Técnicos do Contratante, ou de
Empresa por ela contratada, às suas dependências e de todos os seus subfornecedores,
com objetivo de acompanhamento do desenvolvimento dos processos de projeto, da
fabricação propriamente dita e da realização dos testes dos equipamentos e sistemas em
fábrica.
A Contratada deverá apresentar periodicamente as programações de serviços de fabricação
e testes em fábrica com a devida antecedência, podendo ser considerado como referência,
o prazo mínimo de 15 (quinze) dias corridos antes de cada evento.

53
DIRETORIA DE OBRAS

Os testes de tipo e de rotina em fábrica deverão ser realizados integramente conforme os


procedimentos definidos durante a fase de projeto e registrados nos modelos de planilhas e
relatórios apresentados para aprovação do Contratante.
Os testes de tipo e de rotina reprovados deverão ser refeitos integralmente, podendo o
Contratante decidir pela realização parcial dos mesmos, para comprovação da correção do
desvio identificado.
Os relatórios de testes deverão ser assinados pelo responsável técnico da Contratada e
encaminhados à Contratante.
A Contratada deverá dar todo suporte técnico à Contratante, para que as suas atividades,
durante o processo de fabricação, possam ser desenvolvidas satisfatoriamente.
Referente ao acompanhamento e fiscalização do Contratante aos testes em fábrica dos
softwares nas instalações da Contratada e seus fornecedores, o Contratante indicará 3 (três)
representantes para as atividades de testes.

7.2 Acompanhamento da Instalação e Montagem dos Sistemas


A Contratada deverá prover o devido suporte técnico à Contratante, durante a execução
destes serviços nas vias, pátios, estações e prédios do Contratante.
A Contratada deverá apresentar periodicamente as programações de serviços com a devida
antecedência, podendo ser considerado como referência, o prazo mínimo de 15 (quinze) dias
corridos antes de cada evento.

7.3 Testes de Campo


Os testes de campo isolados e os integrados, incluindo suas interfaces, deverão ser
realizados conforme os procedimentos aprovados durante a fase de projeto, valendo-se,
para registro, dos modelos de planilhas e relatórios aprovados.
Os relatórios de testes deverão ser assinados pela Contratada e encaminhados à
Contratante. A assinatura pelo inspetor do Contratante servirá apenas para constatação de
que os testes foram realizados, entretanto sua aprovação estará condicionada a assinatura
do responsável técnico designado pelo Contratante.
Os testes reprovados deverão ser refeitos integralmente, podendo o Contratante decidir pela
realização parcial dos mesmos, para comprovação da correção do desvio identificado.
Considerando a necessidade de programação de acesso, as programações destes serviços
deverão ser realizadas com a antecedência necessária, estabelecida pelo Contratante à
época da realização dos mesmos, conforme as normas de segurança e acesso vigentes.

7.4 Comissionamento
O Comissionamento se dará como concluído após a finalização de todos os testes de campo
e confirmação dos parâmetros e índices de desempenho de todos os sistemas, com a
respectiva emissão de relatórios e certificados.

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DIRETORIA DE OBRAS

7.5 Responsabilidade
O acompanhamento, a fiscalização, a aprovação da fabricação e dos testes em fábrica, das
instalações, montagens e testes em campo dos fornecimentos pelo Contratante, não
eximirão a Contratada da responsabilidade integral e legal sobre a segurança e o
desempenho dos mesmos.

8 NORMAS TÉCNICAS E DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA


Na elaboração dos projetos e na execução dos serviços, serão observadas as normas,
códigos e práticas complementares aplicáveis ao serviço em pauta, em especial as
relacionadas a seguir e as mencionadas nos memoriais descritivos anexos ao presente
Termo de Referência, quando aplicáveis.

8.1 Órgãos normalizadores


• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;
• ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações;
• ANSI - American National Standards Institute;
• ASTM – American Society for Testing and Materials;
• BSI – British Standards Institution;
• CENELEC – European Committee for Electrotechnical Standardization;
• CECC - CENELEC Electronic Components Committee - Rules and Administrative
Documents Collection;
• CMU/SEI - Carnegie Mellon University / Software Engineering Institute;
• DIN – Deutches Institut Fuer Normung;
• EIA – Electronic Industries Association;
• IEC – International Electrotechnical Comission;
• IEEE – Institute of Electrical and Eletronics Engineers;
• ISO – International Standards Organization;
• MIL – Military Standards;
• TIA – Telecommunications Industry Association;
• UIC – Union Internationale des Chemins de Fer ;
• UL – Underwriters Laboratories;
• UNISIG - Union Industry of Signalling.

55
DIRETORIA DE OBRAS

8.2 Controle de qualidade


• NBR ISO - 9000 - “Sistema de Gestão da Qualidade - Fundamentos e Vocabulário”;
• NBR ISO - 9001 - “Sistemas de Gestão de Qualidade – Requisitos”;
• NBR ISO-10007 - “Gestão da qualidade - Diretrizes para a gestão de configuração”.

8.3 Instalações elétricas


• NBR 5410 - “Instalações Elétricas de Baixa Tensão”;
• NBR IEC 60439-3 - “Conjuntos de manobra e controle de baixa tensão Parte 3: Requisitos
particulares para montagem de acessórios de baixa tensão destinados a instalação em
locais acessíveis a pessoas não qualificadas durante sua utilização - Quadros de
distribuição”;
• NBR IEC 60947-2 - “Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão - Parte 2:
Disjuntores”;
• IEC 60364 - "Electrical Installations of Buildings – Part 4";
• NEMA 250 - "Enclosures for Electrical Equipment (1000V max)";
• NEMA BA 1 - "Panelboards";
• NEMA RN 1 - "Polyvinyl-Chloride (PVC) Externally Coated Galvanized Rigid Steel Conduit
and Intermediate Metal Conduit";
• NEMA TC 2 - "Electrical Polyvinyl Chloride (PVC) Tubing and Conduit";
• NEMA TC 3 - "PVC Fittings for Use with Rigid PVC Conduit and Tubing";
• NEMA VE 1 - "Metal Cable Tray Systems";
• NBR 13897 - "Duto espiralado corrugado flexível, em polietileno de alta densidade, para
uso metroferroviário”.
• NBR 15465 - “Sistemas de eletrodutos plásticos para instalações elétricas de baixa tensão
- Requisitos de desempenho”;
• IEC 61558-2-12 - "Safety of power transformers, power supply units and similar devices -
Part 212: Particular requirements for constant voltage transformers”;
• ANSI/IEEE - C2 – 2007 - "National Electrical Safety Code" (NESC).

8.4 Ensaios gerais, materiais, pinturas, esforços mecânicos e níveis de ruído


• ASTM B117 - “Standard Practice for Operating Salt Spray (Fog) Apparatus”;
• NBR 6323 - "Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido - Especificação";
• NBR 6655 - "Chapas de aço com características melhoradas de propriedades mecânicas,
conformabilidade e soldabilidade";
• NBR 6658 - "Bobinas e chapas finas de aço-carbono para uso geral - Especificação";
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DIRETORIA DE OBRAS

• NBR 7400 - "Galvanização de produtos de aço ou ferro fundido por imersão a quente -
Verificação da uniformidade do revestimento - Método de ensaio";
• NBR 15928 - “Ensaio não-destrutivo – Análise de vibrações – Terminologia”;
• ISO 1520 - “Paints and varnishes - Cupping test”;
• ISO 2409 - “Paints and Varnishes – Cross-Cut Test”;
• ISO 3668 - “Paints and varnishes -- Visual comparison of the colour of paints”;
• ISO 9227 - “Corrosion tests in artificial atmospheres - Salt spray tests”;
• MIL-RTD 167-1 - “Mechanical Vibrations of ShiBAoard Equipment”;
• MIL-RTD-810 - "Test Method Standard for Environmental Engineering.";
• MIL-RTD-45662 - "Calibration Systems Requirements.";
• RAL - Padrão de Cores;
• UL - 94 - “Plastics Flammability Standard”.

8.5 Proteção elétrica, interferência e compatibilidade eletromagnética.


• EIA/IS-648 - "Measurement of Electromagnetic Interference Characteristics of Equipments
Intended to Operate in Severe Electromagnetic Environments";
• BS EN 50121-1 - “Railway Applications – Electromagnetic Compatibility – Part 1 –
General.”;
• BS EN 50121-2 – "Railway Applications - Electromagnetic Compatibility – Part 2: Emission
of the Whole Railway Systems With the Outside World";
• BS EN 50121-3-1 – "Railway Applications - Electromagnetic Compatibility – Part 3: Rolling
Stock. Train and complete vehicle";
• BS EN 50121-3-2 – "Railway Applications - Electromagnetic Compatibility – Part 3: Rolling
Stock. Apparatus";
• BS EN 50121-4 – "Railway Applications - Electromagnetic Compatibility – Part 4: Emission
and Immunity of the Signaling and Telecommunications Apparatus";
• IEC 61000 - “Electromagnetic Compatibility – Parts 1, 2, 3, 4, 5 e 6”;
• IEC 62305 - “Protection against lightning - All Parts“;
• MIL-HDBK-237 – "Electromagnetic Compatibility Management Guide for Platforms,
Systems and Equipments”;
• MIL-RTD-461 – “Requirements for the Control of Electromagnetic Interference
characteristics of subsystems and equipment”.

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DIRETORIA DE OBRAS

8.6 Segurança
• ANSI/IEEE - C2 – 2007 - "National Electrical Safety Code" (NESC);
• IEC 61508 – “Functional safety of electrical / electronic / programmable electronic safety-
related systems”;
• MIL-RTD-882 – “System Safety Program Requirements”.

8.7 Terminologia
• IEEE 610.12 – "Standard Glossary of Software Engineering Terminology";
• APTA – "Glossary of Reliability, Maintainability and Availability Terminology for Rail Rapid
Transit";
• SI – Sistema Internacional de Unidades de Medidas.

8.8 Normas regulamentadoras de segurança e saúde no trabalho – Ministério do


Trabalho
• NR-1 - Disposições Gerais;
• NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual;
• NR-10 – Instalações e Serviços em Eletricidade;
• NR-12 – Máquinas e Equipamentos;
• NR-16 – Atividades e Operações Perigosas;
• NR-17 – Ergonomia;
• NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos locais de Trabalho;
• NR-26 – Sinalização de Segurança;
• NR-33 – Segurança e Saúde do Trabalho em ambiente confinado;
• NR-35 – Trabalho em altura.

9 ANEXOS
9.1 Anexo A – Critério de Julgamento das Propostas de Técnica e Preço
9.2 Anexo B – Modelos

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