Você está na página 1de 47

DIREITO TRIBUTÁRIO MATERIAL

AULA 21 – 18/04

1. IMPOSTOS

São os principais tributos do ordenamento jurídico. É a espécie tributária basilar que


norteia a imensa maioria de um processo arrecadatório. É a via de sustentação básica
de qualquer ente.

O ente exigir de pessoas que praticam atos que entreguem atos de suas riquezas sem
se vincular a uma contraprestação. Trata-se de uma expropriação unilateral de
imposição extorsiva.

O constituinte chamou para os atos limitáveis que quando acontecessem legitimariam


a possibilidade de extorsão da riqueza.

Cada um dos entes recebe a competência para instituir determinados impostos em


razão de certas hipóteses de incidência tributária.

Diz que vai caber às leis complementares definir como será o tributo. O constituinte
apresenta no imposto não só um tributo, mas sim dando um recado a quem for de
direito à escolha de pessoas, comportamentos e riquezas – não qualquer riqueza,
porque se ela for diminuta não será legítimo exigir dela esse pagamento, porque pode
macular a dignidade dela.

É preciso encontrar nas pessoas e nas situações um qualitativo chamado capacidade


contributiva para que o imposto possa incidir.

- PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

É uma qualidade que é a capacidade de contribuir. Só pode incidir impostos sobre um


sujeito que tenha a capacidade de contribuir. O principio que autoriza a incidência de
certos impostos é esse, porque só podemos obter a riqueza de quem tem como
contribuir.

- PRINCIPIO DO NÃO CONFISCO

A riqueza não pode ser toda tomada e ser redistribuída há um limite para que essa
riqueza seja retirada, devendo ser respeitado esses limites.

É nesse linear que surge o catálogo dos impostos e a cada um dos entes a CFRB legítimos
certos impostos, deu autorizações para que os entes possam realizar a expropriação
de riqueza. Esses impostos estão disciplinados em basicamente três impostos.

Há uma competência em branco para a União aumentar esse rol discricionariamente,


através de impostos residuais a qualquer momento, independente de qualquer
momento.

A União, ainda, em caso de guerra externa, pode criar impostos extraordinários,


transitórios, temporários e acabada a despesa de guerra, acaba a necessidade do
imposto.
- ARTS. IMPOSTANTES DA CFRB

Art. 153, I a VI. §§1 à 5º. São os impostos ordinários da União, do qual somente não foi
instituído o IGF, porque fica condicionado a uma lei específica.

§1º autoriza que o II, IE, IPI e IOF sejam majorados através de outras espécies
normativas.

Art. 154, I e II: são os impostos residuais e os impostos extraordinários de guerra. Em


caso de guerra a união pode criar outro IPTU e não será bis in idem (verificar isso).

Art. 155: competência estadual e distrital. ITCMD, ICMS (o imposto incide sobre as
operações) e IPVA.

Art. 156: competência municipal e distrital. ISS, IPTU, ITBI.

Art. 147: cria a regra especial para o DF e território – competência cumulativa do DF e


dos territórios (art. 18, §2º), a união cobra os impostos estaduais e municipais nos
locais que são territórios – por exemplo, se no território tem municípios a União
somente cumula os impostos estaduais, mas se não houver município cumula os
municipais e estaduais. Art. 33 da CFRB cuida dos territórios. Ele também autoriza que
o DF pode cumular os impostos municipais.

O DF é equiparado a estado membro, só que ele cumula atribuições que são dos
municípios.

OBS: art. 14, ADCT.

Art. 157 a 162 – repartição das receitas tributárias.

Antes do art. 153 há previsões dos impostos através, por exemplo das limitações do
poder de tributar. Art. 150 (princípios), art. 150, VI, imunidade dos impostos. Art. 145,
§1º (princípio da capacidade contributiva).

OBS: primeiro buscar a resposta na CFRB sobre as regras dos impostos. Depois vai para
o CTN ou ICMS e ISS. Para os impostos federais tem a lei que o institui. Depois procurar
nas súmulas.

A CFRB não cria o tributo e nem o CTN, que apenas determinas algumas características.
Quem cria o tributo é o parlamento local.

Mas há uma segunda base, que é o CTN que cuida dos impostos do art. 16 ao 76 – das
normas gerais dos impostos, não estando o ICMS e o ISS que estão em lei
complementares próprias: LC 87 e 116. O IPVA é o único dos impostos que não tem
norma geral e que não está no CTN.

A primeira regra importante é a capacidade contributiva.

A segunda regra tá no art. 146, que trata de politica legislativa: III – compete à lei
complementar estabelecer normas gerais para o direito tributário sobre os seguintes
temas: a) definir o perfil dos tributos, sendo, mais específico com os impostos (fato
gerador, base de cálculo, contribuintes).
CTN é formalmente uma lei ordinária, recepcionada materialmente como lei
complementar.

O art. 16 vai conceituar os impostos. Do art. 17 ao 28 há algumas regras do II e do IE.


Do 29 ao 31 o ITR.

1.1. IMPOSTOS EM ESPÉCIE

1.1.1. IMPOSTOS SOBRE PATRIMÔNIO- ITCMD, ITBI ou ITIV, IPVA, ITR e IPTU

Tal classificação não está prevista na CFRB, porque é mais antiga. Em 88 os impostos
são classificados pelo grupo em que pertencem.

OBS: cinco espécies patrimônio, renda, serviço (ISS e ICMS), circulação (ICMS) e
comércio exterior (II, IE, IPI, IOF – impostos extrafiscais. É possível colocar aqui o ICMS).

ITBI e ITCMD são impostos que incidem sobre a aquisição de bens para o patrimônio.

IPVA, ITR e IPTU incidem sobre a manutenção de bens no patrimônio.

1.1.1.1. ITCMD e ITBI

A base legislativa: ITCMD - CFRB: art. 155, I, §1º e incisos. ITBI – CFRB: art. 156, II, §2º,
I e II. Imunidade de ambos para reforma agrária do art. 184, §5º, CFRB. CTN art. 35 a
42. RSF 09/92.

A competência para o ITCMD (em razão de herança ou legado – legítima ou testamento)


é do estado, ITBI ou ITIV, do município e o DF acumula ambos. Até 88 somente os
estados cobravam impostos sobre a aquisição de bens um se chamava ITIV e outro
ITCM, depois da reforma a relações intervivos ficou com os estados (doação –
independente de ser bem imóvel ou não), passando o ITCM se chamar ITCMD; aos
municípios se permitiu tributar as transmissões onerosas, no qual alguém em vida
adquire algo mediante a perda patrimonial, devendo ser bem imóvel, seja a
propriedade ou direito real sobre imóvel (excetuado penhor, hipoteca e anticrese),
surgindo, assim, o ITBI.

OBS: as transmissões intervivos podem ser feitas pelos estados (doação) e pelos
municípios

Há algumas situações, entretanto, que não são tributadas.

ITCMD e ITBI são classificados como impostos reais, que caem sobre a aquisição de
patrimônio. É um imposto real porque não considera qualidades pessoais no momento
da tributação, diferentemente do IR. Só se valora a coisa, a res. São impostos
meramente fiscais, reais, patrimoniais, que incidem sobre aquisição de bens.

1.1.1.2. IPVA

Trata-se de imposto estadual sobre a propriedade de veículos automotores (art. 155,


III, CFRB). É um imposto real, incide sobre a manutenção do bem, a manutenção da
coisa.
O lançamento é por ofício, pois revela uma riqueza que a administração tem
capacidade de vislumbrar através do órgão, tal qual IPTU.

A respeito das repartições da receita, verificar o art. 158, III, CFRB/1988. Seu objetivo
é equilíbrio federalismo fiscal (utilizara-se do tributo para fortalecer o federalismo,
que pode ser feito através da arrecadação do tributo). O município não vai dividir,
uma vez que se presume que o arrecadado pelo município é inferior em referente ao
estado.

De acordo com o §6º, II do art.155 diz que poderá ter alíquotas diferenciadas em razão
do tipo e utilização. Trata-se de um tipo aberto. Esse artigo foi acrescentado pela EC
42. Ele é um tributo fiscal, mas há uma nuance extrafiscal, que está previsto no
mencionado artigo.

No CTN não há previsão do IPVA. Não há normas gerais, mas há uma limitação, que é a
limitação constitucional. Há entendimento jurisprudencial no sentido de que, como
não há norma geral, não haveria nenhum impedimento na implementação do IPVA, em
razão da competência plena estabelecida no art. 24, §3º, CFRB, é plena, mas dentro
dos limites constitucionais, bem como pelo estabelecido pelo art. 34, §3º, ADCT.

Veiculo automotor é aquele movido a um motor, mas de forma própria, que não
necessita de tração externa. Ocorre que muitos estados queriam tributar barcos e
aeronaves, e a questão chegou nas cortes superiores e entendimento proferido foi no
sentido que a o IPVA surgiu em substituição à Taxa Rodoviária Única – TRU, razão pela
qual o IPVA não incidiria sobre os barcos, navios e aeronaves. É a interpretação
histórica da TRU.

A fazenda, por sua vez, entendia que a interpretação deveria ser gramatical, uma vez
que no texto de lei está descrito “veículo automotor”.

OBS: art. 22, I, CFRB.

Capacidade contributiva e justiça distributiva: se é cobrado um imposto de um contribuinte com


menor capacidade contributiva e não e cobrado que tem maior capacidade não está sendo
observada a justiça distributiva.

O possuidor com animus domini pode ser executado. Tanto proprietário quanto ao possuidor
com animus domini pode ser sujeito passivo de uma execução de IPVA.

O fato gerador é continuo.

Carro novo – é novo durante o ano.

Princípio da anterioridade.

Base de cálculo – é definida pela legislação estadual. O valor venal do veículo (VVV). É regido
pelo principio da regressividade natural, quando mais velho menor valor ele tem.

Art. 97, §1º, CTN.


OBS: houve discussão judicial a respeito da aplicação de alíquotas diferenciadas para carros
nacionais e importados, o entendimento foi considerando o art. 152, CFRB

Imunidade: art. 150, §4º. Imunidade recíproca sendo vislumbrada nos Correios.

Principio da anterioridade: art. 150, III, c, §1º. Art. 150, III b e c (art. 210, CTN)

Princípio da ultratividade da lei no tempo.

OBS: CIDE – art. 149, art. 177, §4º (CIDE combustível – também é destinada ao financiamento
de programas de infraestrutura, II, c do mesmo art. 177), art. 159, III, §4º. A CIDE foi criada com
governo FHC.

OBS: procurar IPVA e a questão da sua aplicação nos carros usados.

Art. 24, §4º.

AULA 25 – 24/04

ITBI E ITCMD

- FATO GERADOR

O ITBI é imposto patrimonial, real e municipal que incide sobre a aquisição de bens
imóveis. Incide sobre as transmissões inter vivos que tenham por objetos bens imóveis,
mas não sobre qualquer transmissão, mas sobre aquelas onerosas.

A conduta nuclear é a transmissão, o adquirente é sacrificado onerosamente.

O ITBI incide quando o direito de obrigação é a propriedade de imóvel ou de direitos


reais sobre imóveis, que não são de garantia (não incide sobre a hipoteca).

O direitos reais de propriedade de imóveis não se confundem com a propriedade, mas


concedem um direito real sobre a coisa: usufruto, gozo, direito de superfície.

Os direito reais de garantia são hipoteca, penhor e anticrese.

Art. 156, II, CFRB.

a) não cabe ITBI na cessão de hipoteca para outro banco, pois a hipoteca é um direito
real de garantia, o que não é fato gerador, muito embora onerosa;

b) não cabe ITBI de registro de sentença declaratória de usucapião, pois o usucapião


é modo originário de aquisição da propriedade, não sendo, portanto, uma aquisição
onerosa, já que foi adquirido em razão da desídia do proprietário, muito embora
haja uma transmissão, ela não é onerosa. Ademais, cumpre registrar que o ITBI não
cabe, também, porque não haveria uma transmissão, não haveria, portanto, uma
alienação (doutrina majoritária), pois falta a vontade do antigo titular de
contemplar o outro com a propriedade;
c) incide o ITBI sobre o registro de carta de arrematação em hasta pública, pois o que
vai gerar a transmissão é o registro. Ademais, não consiste na exceção do não
cabimento. Ao dar o lance o sujeito adquire a carta arrematatória. Para quem
entende que não incide o tributo é porque não houve uma transmissão, uma vez
que não houve um ato de vontade. O STJ entende que para ter a transmissão
independe o ato volitivo - nesse caso a base de cálculo é o preço da arrematação e
não o valor venal e não do quanto declarado, conforme estabelece o art. 38, CTN;

d) não incide ITBI no registro de contrato de promessa de compra e venda de imóvel,


pois não ocorre TRANSMISSÃO de um direito real, mas tão somente a sua
constituição originária. O argumento da procuradoria para a incidência é que o ITBI
somente não incide nos direitos reais de garantia e na transmissão onerosa da
propriedade;

e) discussão a respeito da incidência, ou não, do ITBI quando da reaquisição de um


imóvel pelo alienante em exercício direito de retrovenda. Doutrina majoritária diz
que não há a incidência (a retrovenda é uma cláusula especial num contrato de
compra e venda na qual se estipula que o vendedor poderá resgatar a coisa vendida,
dentro de um prazo determinado, pagando o mesmo preço ou diverso, previamente
convencionado - essa cláusula deve ser sempre expressa e nunca presumida - arts.
505 a 508, CC - após esse período a propriedade deixa de ser resolúvel) - não cabe
pois só houve uma transmissão (alienante para o alienado), portanto, quando há a
retrovenda, não haveria a incidência do tributo, pois é só um contrato de compra
e venda, havendo tão somente a execução de uma cláusula do contrato, sendo
assim não há fato gerador. Ademais, cumpre registrar que não há a incidência em
razão da capacidade contributiva, uma vez que o sujeito que readquire somente
devolve o valor, nano demonstrando nenhuma capacidade contributiva e nem
poder econômico;

f) ITBI na retrocessão (também chamada de reversão ou reaquisição, é a devolução


do domínio expropriado, para que se integre ou regresse ao patrimônio daquele de
quem foi tirado, pelo mesmo preço da desapropriação). Súmula 111, STF.

OBS: tredestinação é diferente da retrocessão.

OBS: não é possível ajuizar ação civil publica em matéria tributária.

OBS: súmula vinculante 29.

AULA 26 – 25/04

IMUNIDADES DO ITBI

CF diz que não incidirá em cinco situações, mas há algumas pessoas que essa imunidade
não vale – inexistência de ralação tributária, não há fato gerador.

“não incide o tributo, não há relação tributária, não há fato gerador, imunidades
tributárias”.

a) quando uma pessoa jurídica adquire um imóvel entregue por um dos sócios que o
entregue para “pagar” pela parte da sua quota – realizar o capital subscrito;
O CTN também tem um dispositivo sobre o tema que é mais completo em uns pontos
que a CFRB.

b) pessoa jurídica adquire imóvel através de fusão;

c) pessoa jurídica adquire imóvel através de cisão (só tem previsão na CFRB);

d) pessoa jurídica adquire imóvel através de incorporação (a incorporada desaparece);

e) extinção de pessoa jurídica (pessoa física ou pessoa jurídica que adquire o imóvel
da PJ é imune).

OBS: art. 135, III, CTN.

Não ocorrerá a imunidade quando o adquirente realizar as seguintes atividades:

a) compra e venda de imóvel;

b) arrendamento (leasing);

c) locação de imóveis;

Mas essas não imunidades será para as cinco hipóteses acima ou apenas para a extinção
da PJ? Para a procuradoria do município, através da interpretação principiológica, a
imunidade cai para todos os casos, pois o sujeito tem capacidade contributiva.

Se cai na prova a quinta hipótese e esses três compram não haverá a imunidade. Mas
a coisa toda é se esses três acabam surgindo com zero, através da fusão ou cisão – se
for na posição de procurador diz que incide, mas se for na posição de advogado diz
que não incide a tributação; e se a questão não dizer nada, fala dos dois entendimento
(não é pacificado).

O que é ter atividade preponderante? É que aquela que sozinha gera mais receita.
Exemplo, uma empresa tem cinco atividades e a atividade de locação gera mais de 50%
gerada nas atividade imobiliárias:

Ex: sociedade ABC exerce cinco atividades quatro gera 15%, cada uma, da receita
operacional bruta, mas a atividade de locação gera 40% da receita. A atividade não
será preponderantemente imobiliárias. Mas se duas dessas atividades forem
imobiliárias e elas JUNTAS geram 55% (15% de arrendamento e 40% de locação) a
atividade será preponderantemente imobiliárias, porque a receita bruta da empresa é
mais de 50%.

Para saber se é preponderante é necessário saber o período de apuração também: a)


PJ velha – mais de cinco anos – se avalia após dois anos de compra se a atividade
preponderante foi imobiliária e se dois anos antes da compra a atividade também era
imobiliária. (avalia as receitas dos últimos dois anos e dos próximos dois anos, podendo
registrar o imóvel sem pagar o ITBI) – após os dois anos a PJ é obrigada a apresentar
seu balancete – a receita gerada nos quatro anos é superior a 50%; b) PJ nova – menos
de dois anos de vida – apura-se comente os três anos seguintes.
Se for percebido que a atividade preponderante é imobiliária a base de cálculo será
aquela do tempo da aquisição, do fato gerador. No caso presente o fato gerador é
condicional.

A decadência, de acordo com o STJ, começa a partir do exercício seguinte em que o


sujeito apresenta dos balancetes após dois anos da compra (art. 173, CTN).

OBS: §4º - devolve a imunidade, quando a PJ, mesmo que tenha atividade
preponderante imobiliária, adquire todos os bens da massa falida. Há uma controvérsia
se essa norma é válida, pois a constituição diz que tira a imunidade se a atividade é
preponderante e não há nenhuma hipótese nela que devolva a imunidade. Isso não é
uma imunidade é uma não incidência legalmente qualificada.

OBS: §único – não incide ITBI quando quem vendeu readquire o imóvel – o próprio sócio
(não tem IBTI nem na ida e nem na volta).

- Imunidade do ITBI e do ITD ou ITCMD

Imunidade em razão da desapropriação para fins de reforma agrária. São os assentados


que recém os imóveis desapropriados.

Há uma atecnia, porque a CF chama de isenção, mas será imunidade.

a) desapropriação de imóveis para fins de reforma agrária

Não incidem impostos federais, estaduais e municipais. As pessoas ao serem assentadas


não são proprietárias da terra, ela tem que tornar a terra produtiva para após 10 anos
se tornar o proprietário, quando houver a aquisição é que não incidirá o ITBI ou ITCMD.
O constituinte diz que são isentas (art. 184, §5º, CFRB).

OBS: há outro artigo da CF que diz que são isentas, mas são imunes – art. 195, §7º.

As imunidades são estudadas em dois blocos: a) imunidades do art. 150, VI – imunidades


dos impostos; b) normas esparsas.

RESUMO:

- Imunidades de ITBI

a) imunidades do art. 156, §2º, I, CFRB/88 c/c arts. 36 e 37, CTN:

São cinco imunidades (regra): 1. PJ adquirindo imóvel mediante realização de capital


de sócio; 2. PJ adquirindo imóvel por fusão; 3. PJ adquirindo imóvel por cisão; 4. PJ
adquirindo imóvel por incorporação; 5. PJ ou PF adquirindo imóvel de PJ em extinção.

OBS: excludentes da imunidade – 1. O adquirente possui atividade


preponderantemente nos ramos de compra e venda, arrendamento e locação de
imóveis.

*Atividade preponderante – 1. Receita operacional bruta a 50% decorrente da atividade


imobiliária; 2. Período de apuração – PJ velha (dois anos anteriores + dois anos
posteriores) PJ nova (tem menos de dois anos – três anos posteriores).
OBS: hipóteses de não incidência legalmente qualificada: a) art. 36, parágrafo único –
desincorporação imobiliária societária em favor do mesmo sócio que realizou o capital;
b) art. 37, §4º, CTN – aquisição de todos os bens da massa falida pelo adquirente,
mesmo que possuía atividade preponderante no ramo imobiliário.

b) imunidade ao art. 184, §5º, CFRB/88;

c) imunidade do art. 150, VI, “a”, “b” e “c”, CFRB/88

ALÍQUOTAS DO ITBI

Há uma regra geral para todos os impostos dizendo que cabe à lei local estabelecer as
suas alíquotas.

O constituinte estabelece um sistema de controle sobre liberdade do legislador local


de fixar suas alíquotas. O controle é feito através de três comandos e se houve uma
desobediência a lei será inconstitucional: a) alíquotas com efeito confiscatório
(princípio do não confisco) – não diz os limites; b) controle dos tetos – em alguns
impostos são fixados ora tetos mínimos, ora tetos máximos; c) controle das
diferenciações de alíquotas – estabelece sobre que os critérios pode sair das alíquotas
uniformes para as alíquotas diferenciadas.

Losango tributário: Vertical – fato gerador e sujeito passivo. Horizontal - base de


cálculo e alíquota. O fato gerador é um acontecimento em que alguém está revelando
riqueza, um acontecimento (ato, fato e situação) o sujeito passivo é quem deverá pagar
o imposto, entregando parte da riqueza revelada, devendo a lei designá-lo (aqui será
ou o contribuinte ou o responsável), é ele quem pratica e revelou a riqueza. A base de
cálculo ou base do cálculo, base para o cálculo, o imposto vai incidir em parte da
riqueza, é o vetor que se apoiará para se calcular o imposto – a base de cálculo será o
valor da riqueza demonstrada. A alíquota é o elemento que vai quantificar a
intensidade da expropriação e é de acordo com a oscilação que será retirado mais ou
menos da riqueza revelada.

É necessário controlar a alíquota para evitar uma carga tributária pesada e evitar o
efeito confiscatório.

Roberta Ribeiro Menezes Mascarenhas!!!!

AULA DA TARDE – CLEBER

TAXAS E CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA

As taxas e contribuições de melhoria surgiram em razão de uma utilização errônea dos


impostos, vez que eles estão sendo utilizados para determinadas funções específicas,
desvirtuando o seu caráter não vinculado.

As taxas e contribuições de melhoria visam a justiça retributiva e não contributiva, e


no caso específico da contribuição de melhoria vislumbra que impossibilite o
enriquecimento sem causa, visto que a obra traz para o contribuinte uma valorização
para o ser bem.
Art. 145, II e III, CFRB – é uma competência comum, visto que todos os entes podem
instituí-los. Art. 80, CTN.

OBS: não há nenhuma vedação no art. 62 para a instituição da MP.

- Principio da legalidade e da anterioridade

Devem se submeter a ambos os princípios.

- Lançamento

O lançamento é de ofício. Não é a ação do contribuinte de revelar de riqueza, mas é


uma ação estatal.

- Imunidades

A vedação do art. 150 é para os impostos e não para os tributos.

As imunidades da taxa estão: art. 5º, XXXIV, XXXV, LXXVI e LXXVII, CFRB.

- Isenção

De acordo com o art. 177, CTN, salvo disposto em lei em contrário, a isenção não será
concedida para as taxas e para as contribuições de melhoria.

TAXA

A ação é da administração pública, estando vinculada a administração estatal – polícia


(uti universi) e de serviço (uti singuli).

Quem pratica o ato gerador é o Estado na taxa de polícia. O art. 79, CTN estabelece,
ainda, o que são os serviços públicos do poder de polícia.

OBS: Súmula 545, STF

- Base de cálculo e alíquota

Súmula vinculante 29 e art. 145, §2º, CFRB.

AULA 27 - 27/04

IMPOSTOS FEDERAIS - II, IE e IOF

A união possui três competências para instituir impostos: uma ordinária (art. 153, I à
VII), competência residual (art. 154, I) e uma extraordinária (art. 154, II).

OBS art. 154, I: é residual porque é uma nova exteriorização de riqueza, uma nova base
de cálculo.

A competência residual deverá ser através de lei complementar, não podendo ser por
lei ordinária (quebra a regra de que os tributos devem ser instituídos por lei ordinária)
- em um caso de extrema relevância e urgência não pode ser instituído por MP, porque
me matéria de lei complementar a MP não pode ser usada (art. 62 §1º, CFRB). Ademais,
deve ser não cumulativo (ligado ao ICMS e IPI que podem incidir até o consumidor -
essa não cumulatividade é a possiblidade de vedar o efeito cascata - o imposto sobre
outro imposto e não ter a mesma base de cálculo dos demais tributos - tem que criar
algo novo (em relação a todos os tributos existentes, incluindo municipais e estaduais
e distritais).

A competência extraordinária são para casos de guerra. A diferença para o residual é


que ele pode ser instituído por lei ordinária, sendo assim poderá ser instituído por MP
(art. 76, CTN, art. 150, §1º, CFRB). É vinculado a existência de uma guerra ou a sua
iminência. Esse imposto não precisa ser novo, podendo ser o imposto de outro ente -
IPTU de Guerra. Esse importo tem que ser cessado e o valor pago deve ser restituído
em um prazo de cinco anos. Caso a união o institua, ele não precisara respeitar o
principio da anterioridade.

OBS: se o art. não fala em lei complementar é porque a lei é ordinária.

IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (art. 153, I, CFRB - arts. 19 à 22, CTN e dec. lei 37/66)

Contornos constitucionais: o imposto de importação é um tributo extrafiscal (tem em


seu fundamento algo além da simples arrecadação - seu fim é regular o mercado
internacional, a entrada de produtos em território nacional - regular o comércio
exterior). É exceção ao principio da legalidade (art. 153, §1º, CFRB - pode ser por
decreto) e anterioridade (alíquota majorada hoje, poderá ser cobrada amanhã - art.
150, §1º, CFRB) - viabiliza a extrafiscalidade.

OBS: art. 21, CTN, não pode alterar a base de cálculo, porque o CTN é de 66 e a CFRB
de 88, que só prevê a alíquota, não podendo alterar a base de calculo do II. Somente
a lei pode alterar a base de cálculo (art. 97, CTN).

Seu fato gerador é a entrada de produtos estrangeiros (art. 19, CTN e art. 1º, dec. lei
37/66). A diferença entre entre ambos é o termo mercadoria e produto - a mercadoria
(deve ser interpretado de forma mais ampla) é um produto (é um bem destinado ao
comércio ou não), mas o produto nem sempre pode ser uma mercadoria.

O imposto só incide nos produtos estrangeiros, não devendo falar em produtos


nacionalizados, como diz o art. 1º, §1º do dec. lei 37/66, já que a CFRB diz que somente
cabe para os produtos estrangeiros (art. 153, I).

A simples entrada é meio suficiente para a cobrança do II? Não, pois é necessário que
o produto ingresse na economia nacional, sendo destinado para o consumo, mercado,
comercialização ou para a indústria. Há situações, toda via, que não há a incidência do
tributo, que é quando não ingressa na economia nacional (a exemplo do trânsito
aduaneiro - aeronaves que passam pela malha aérea ou pousa por causa e problemas
climáticas).

- Regime especial de tributação:

Se traduz nas possibilidades em que a mercadoria entrará em solo nacional, mas não
vai haver a sua incidência.
a) trânsito aduaneiro - é a possibilidade de meios de transporte transitarem em
território nacional, carregados de produtos estrangeiros, com destino a um terceiro
país;

b) admissão temporária - é a entrada de produtos para exposição, por exemplo - são


produtos que entram no país apenas por tempo específico;

c) entreposto aduaneiro - é um instituto que permite a entrada do produto e ele fique


em recinto alfandegado (regulado pela receita federal) por um determinado prazo,
definido em lei, e, depois, devendo ser exportado. Se por acaso o sujeito fizer negócio
com uma PJ no Brasil, vai haver a incidência do imposto e sujeito passivo será quem
comprou a mercadoria.

d) drawback - possibilidade de um agente nacional importar produtos estrangeiros e


esses produtos, que venham a servir de insumo em processo industrial, e vão ser
exportados. Trata-se de um incentivo à exportação.

- Aspecto temporal do fato gerador

O decreto lei, em seu art. 23, considera-se ocorrido o fato a data o registro da
declaração na repartição aduaneira, porém para fins da lei será no momento da
declaração da importação.

O §2º do art. 1º do dec nos remete a informação de que a mercadoria faltante, no


momento da apuração, será tributada em seu total, pois presume-se que ela entrou no
país por outros meios fraudulentos. Já o §3º diz a o regulamento poderá estabelecer
percentuais de tolerância de falta. O §4º, por sua vez, vai informar quais situações não
haverá a incidência do tributo.

- Base de cálculo

Art. 2ª, dec lei 37 e art. 20 do CTN. O decreto lei não prevê a incidência nos produtos
exportados oriundos de arrematação - não é fato gerador. Base de cálculo nas alíquotas
ad valorem será o valor aduaneiro (valor da mercadoria do produto importado somado
ao valor do frete ao valor do seguro - esse valores somados são a base de cálculo do
tributo) - a base do cálculo mais utilizada.

- Sujeito passivo (art. 22, CTN; art. 31 do dec. lei)

Será o importador ou aquele em que a lei equiparar (ver art. 31, dec. lei - vai dizer
quem são aqueles equiparados), que poderá ser pessoa física ou jurídica.

OBS: não incide apenas através de negócio jurídico, qualquer sujeito que traga
produtos estrangeiros irá pagar o imposto.

IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO

Aspectos constitucionais: é um imposto extrafiscal, disposto no art. 153, II, que busca
regular o mercado. Sendo exceção ao principio da anterioridade e da legalidade
(mesmos artigos do II)
OBS: arts. 23 a 28. O art. 28 do CTN, ao contrário do que estabelece, não é vinculado
(art. 167, IV, CFRB).

Mesmas considerações da alíquota e da base de cálculo do II.

- Fato gerador

O art. 23 do CTN deve ser conjugado com o art. 1º do decreto lei 1.578.

- Aspecto temporal

No momento da expedição da guia de exportação (art. 1º, §1º, dec. lei 1.578).

- Base de cálculo

Art. 24, CTN c/c art. 2º dec, lei 1578. É o preço normal do produto (o preço FOB é o
preço sem a inclusão do frete e sem a inclusão do seguro).

- Sujeito passivo

Art. 27, CTN c/c art. 5º dec. lei.

O sujeito passivo é qualquer pessoa que exporte, seja ela pessoa jurídica ou física.

Próxima aula IOF e IPI.

AULA 28 - 28/04

ITBI (CONTINUAÇÃO)

- SUJEITO PASSIVO E SUJEITO ATIVO

Poderá ser sujeito passivo tanto o alienante quanto o adquirente, vai depender da Lei Municipal
(art. 42, CTN c/c art. 146, III, “a”, CFRB).

Será o sujeito ativo o Municipío da situação do imóvel (art. 156, §2º, II, CFRB), a única exceção
é o DF.

- ALÍQUOTAS

Podem ser estabelecidas de formas uniformes ou diferenciadas. O ITBI é um dos poucos


impostos que não de admitem alíquotas diferentes, devendo ser sempre uniforme.

OBS: Há um entendimento clássico no sentindo de só poder usar alíquotas diferenciadas se a


CFRB permitisse, como permite em nove situações. Ocorre que em um julgado o STF entendeu
que o ITD pode ser diferenciado.

OBS: o ITD tem uma função de distribuição de riqueza.

Sumula 656, STF.


- IMUNIDADES

As imunidades do 150, VI são só para os impostos.

Imunidade das igrejas (verificar a condição do §4º, CFRB) - a imunidade é apenas para a
finalidade essencial. Trata-se de uma imunidade condicionada. Importante mencionar, ainda,
que se a coisa estiver vaga também haverá a imunidade, pois não está se dando outro fim.

ITCMD

Traduz dois impostos dentro de um ITCM e o ITD (imposto sobre doação).

O ITD tem como fato gerador a existência de um contrato de doação. Há algo chamado aquisição
gratuita de bens, que rompe os lindes da doação (presente de natal, aniversário ou amigo
secreto, não é caracterizado como doação, pois é algo imposto socialmente, logo não há fato
gerador, não há contrato de doação - gorjeta e couvert artístico).

Doação é um contrato típico, devendo ser provado para que haja a incidência do imposto.

OBS: doação para contemplar casamento futuro (a vontade não é pura) incide o ITD.

OBS: doação condicional suspensiva ou resolutiva (ou doação sob condição) - doação sob
condição suspensiva (quanto a situação não ocorrer não indicará o imposto), já na doação de
condição resolutiva há o pagamento, mas e quando devolver? Não incidirá, uma vez que não há
uma doação, mas tão somente uma devolução. É diferente da retrovenda, em que há uma
doutrina minoritária que entende que há incidência na retrovenda.

OBS: na doação de dinheiro deve saber separar ITD e IR: se for doação de dinheiro há o fato
gerador, mas é necessário verificar se deve ser pago ou não. Para não se cobrar o IR sobre a
renda doada, esta já deve ter sido tributada, evitando o bis in idem.

AULA 29 - 29/04

ITCMD - CONTINUÇÃO

O fato gerador do ITCM é transmissão decorrente da morte, incide no momento da


abertura da sucessão.

Cada herdeiro vai pagar o imposto, pois não haverá uma única transmissão. Cada
transmissão é um fato gerador diferente.

OBS: art. 35, parágrafo único, CTN.

Para os estados com alíquotas diferenciadas deve ser observado se há mais de um


herdeiro ou não para verificar como vai ser feita a tributação.

OBS: renúncia abdicativa (não quer herdar): é uma renúncia antes da distribuição -
haverá, portanto, a alteração da alíquota. Ao renunciar não há um cessão de direitos,
portanto não incide o imposto no ato de renúncia abdicativa.
OBS: se todos decidem renunciar há herdeiro, que será o município (herdeiro vacante)
- não há tributação em razão da imunidade recíproca.

OBS: CDH (cessão de direitos hereditários) - se for onerosa será ITBI (cedendo quotas
e são bens móveis), mas se for gratuita, será ITCMD - Súmula 116, STF.

OBS: Quebra de igualdade da legítima há a incidência do imposto.

- BASE DE CÁLCULO E DEDUÇÕES - ricardo alexandre!!

OBS: arts. 189, CTN (CFRN, art. 146, III, “b” autoriza o CTN a estabelecer normas
gerais) - salvo os de natureza trabalhistas. Art. 7º, CFRB c/c art. 186, CTN.

OBS: concurso de credores entre entes tributantes (art. 187, §unico, CTN, art. 229,
§unico, LEF e sumula STF)

No inventário há quatro tipos de tributações possíveis: a) apurar as dividas anteriores


a abertura da sucessão - art. 131, III, CTN; b) ITCM - base líquida (se houver base
positiva - art. ); c) dividas geradas após a abertura da sucessão e antes da partilha; d)
CDH.

OBS: espólio paga imposto de renda.

- ALÍQUOTAS

Em regra são uniformes, mas podem ser diferenciadas.

- SUJEITO ATIVO DO ITCMD

A transmissão pode envolver coisa móvel ou imóvel. Em relação a bens imóvel o imposto será
no estado onde está o imóvel. No caso da doação e na causa mortis de bem móvel será o local
do domicílio do doador ou ser último domicílio.

ITCMS: se o bem transmitido for imóvel o estado será aquele de onde o imóvel está. Nas coisas
móveis será aquele do domicílio doador ou do último domicilio do de cujus.

Quando o doador tem domicílio estrangeiro, nos casos da coisas móveis, o que os estados fazem,
e isso é inconstitucional, é tributar o herdeiro que mora no Brasil. Mas a CFRB diz que cabe a lei
complementar nacional instituir uma lei para esses casos específicos. Importante mencionar que
o CTN, em seu art. 41, só menciona o caso dos imóveis.

AULA 30 - 30/04

ITCMD - CONTINUÇÃO

- Promessa de compra e venda: promitente vendedor

IPTU E ITR
O IPTU tem sua incidência na área urbana, sendo cobrado pelo município e tendo como sujeito
passivo o proprietário, o detentor do domínio útil ou da posse com animus domini.

O IRR, por sua vez, recai sobre a área rural.

A base de cálculo do IPTU é o valor venal do imóvel, que consiste no valor de mercado. Contudo,
a base de calculo do ITR será o valor da terra nua.

São, portanto, impostos reais/patrimoniais/fiscais.

Há uma exceção no ITR, que é a possibilidade da cobrança do imposto na zona urbana, quando
o proprietário do imóvel desenvolve nele atividade agrária: a) plantio; b) pecuária; c)
extrativismo; d) agroindústria.

OBS: o CTN não prevê a possibilidade da cobrança do ITR na zona urbana, utilizando, tão
somente, o critério topográfico.

AULA 31 - 01/05

IPTU E ITR

1. COMPETÊNCIA. FATO GERADOR. BASE DE CÁLCULO E SUJEITO PASSIVO

Incidem sobre os imóveis - são impostos patrimoniais. IPTU competência do município e do DF


e ITR da união.

Similaridades: incidem sobre um de três tipos de relações de um sujeito com uma coisa imóvel:
a) direito de propriedade plena sobre o imóvel; b) posse com animus domini; c) domínio útil -
era muito comum o regime da enfiteuse antigamente.

Distinção: o IPTU incide sobre a propriedade urbana, já o ITR sobre a propriedade rural.

A base de cálculo do ITR é o valor da terra nua tributável (VTNT), já a base de cálculo do IPTU é
o valor venal do imóvel (valor de mercado - valor do terreno e da construção - é o valor para fins
de uma compra a vista - VVI).

Sujeito passivo do IPTU é o proprietário, possuidor e o detentor do domínio útil.

OBS: promessa de compra e venda - o promitente vendedor continua proprietário e o


comprador o possuidor com animus domini. Há um súmula do STJ que vai determinar que em
exigindo a promessa de compra e venda o sujeito passivo pode ser um ou outro ou os dois
solidariamente, dando ao município definir em sua lei isso - súmula 399, STJ c/c 146, CFRB

A regra é ITR na zona rural e IPTU na zona urbana, ocorre que há exceções: a) realizar atividade
agrária na zona urbana - plantio, agricultura, pecuária, extrativismo e agro indústria (ITR - art.
15 dec. lei 57/66); b) ser proprietário de imóvel na zona rural, mas o local tem determinadas
características da zona urbana (art. 32, §1º, CTN) - é quando há a urbanização da zona rural.
* para qualquer situação, excepcionando IPTU e ITR, para diferenciar a zona urbana e zonal rural
é só olhar a lei de zoneamento. Mas no caso do ITPU e ITR será verificado pelo art. 32, §1º do
CTN.

ITR: arts. 29, 30 e 31, CTN.

IPTU: arts. 32, 33 e 34, CTN.

2. ALÍQUOTAS

A alíquota é o elemento que vai dizer com que intensidade a riqueza será extorquida, que pode
ser ad valorem e alíquota específicas (unidade de medida). A lei pode determinar alíquotas
uniformes ou diferenciadas para o mesmo fato gerador, variando se o imóvel está na área
valorizada ou não, se é imóvel comercial ou não.

As alíquotas diferenciadas só são possíveis de a CFRB autorizar, ela faz isso em dez hipóteses.

ITR pode ter alíquotas progressivas para desestimular a manutenção de propriedades


improdutivas (caráter sancionatório). Art. 153, §4º, I, CFRB.

IPTU com alíquotas progressivas para desestimular o desrespeito da função social da


propriedade. Pode ter alíquotas progressivas em razão do valor venal do imóvel
(progressividade fiscal). Pode ter alíquotas diferenciadas pela área e pelo uso. Arts. 156, §1º, II
e II; 182, §4º, II;

Alíquotas diferenciadas na CFRB: arts. art. 155, §6º, II; 153, §2º, I; 153, §3º, I; 155, §2º, III. ITCMS
é autorização implícita.

Geralmente a maioria dos impostos tem alíquota ad valorem (percentual).

OBS: a base de cálculo é o fato gerador em números.

Art. 121, CTN (conceito de sujeito passivo).

Roberto Pessoa

AULA 32 - 02/05

IPTU E ITR - CONTINUAÇÃO

2. ALÍQUOTAS

Alíquota progressiva do ITR para desestimular a improdutividade do solo.

Alíquotas progressivas do IPTU em razão do desrespeito a função social do imóvel. Alíquotas


progressivas em valor venal do imóvel, localidade e destinação do imóvel.

5.1. ITR PROGRESSIVO SANÇÃO (art. 153, §4º, I)


Desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. Essa progressividade faz com que o
imposto fique mais caro. Importante mencionar que a questão aqui não é o desrespeito a função
social da propriedade - seu fundamento é a sua improdutividade.

Uma propriedade pode ser produtiva e não obedecer a função social.

A função social de um imóvel rural é vislumbrada quando preenchido os seguintes requisitos: a)


exercer a propriedade sem macular o meio ambiente; b) respeito as normas da relação de
trabalho dos empregados rurais; c) produzir na terra de forma racional e adequada para saciar
a necessidade das indústrias e da sociedade; d) exploração que favoreça o bem-estar dos
proprietários e dos trabalhadores. Art. 186, CFRB (norma de eficácia limitada).

A função social é limitadora das liberdades, que exige que, ao se relacionar com a propriedade,
o sujeito tem que se comportar de modo a não gerar danos a direitos fundamentais alheios,
nem mesmo do próprio sujeito.

2.2. PROGRESSIVIDADE IPTU

A função social da propriedade urbana fica a cargo de cada município para definir, que será no
plano diretor das políticas urbanas (PDDU).

É inconstitucional o município sem PDDU aplicar o IPTU progressivo sanção, porque tem que
demonstrar qual é a função social da propriedade, que deve estar disposta do PDDU (é
independente da quantidade de habitantes - o município de até 20 mil não é obrigado a ter
PDDU, mas o STF entendeu que para aplicação dessa sanção é necessário ter o PDDU, mesmo
que o . Para caber o IPTU progressivo, além de ter PDDU deve haver o comportamento colidente
com o PDDU - há uma ordem no catálogo de sanções e o IPTU é a segunda sanção - a primeira
sanção pode ser a edificação compulsória ou o parcelamento do solo. Importante mencionar
que se houver a progressividade, a alíquota somente pode dobrar e seu teto é até 15% (art. 7º,
lei 10.257). Art. 182, §4º, CRFB.

A alíquota do IPTU pode ser progressivo em razão do valor venal do imóvel, que foi autorizada
através da EC 29. Essa EC manteve todas leis que autorizavam a progressividade em razão do
valor do imóvel inconstitucionais e por isso o STF entendeu que, para não ser inconstitucional,
deverá o município editar nova lei (súmula 668, STF). Uso do sistema da progressividade distorce
a proporcionalidade na distribuição - fere a proporcionalidade, bem como a justiça distributiva
e retira a efetividade do princípio da isonomia (o princípio acaba não cumprindo a finalidade
dele - meio idealizado de gerar a justiça).

OBS: súmula 656, STF.

OBS: súmula 589, STF (a EC 29 autorizou a progressividade fiscal, mas não autorizou a
progressividade em função de mais de um imóvel).

3. IMUNIDADES E ISENÇÕES

Importante ressaltar que há algumas imunidades fora do art. 150. No caso do ITR é o art. 153,
§4º, II.
A regra é que em qualquer lugar do Brasil o imóvel de até 30 ha é uma pequena gleba, salvo se
estiver em certas localidades, que estão prevista no art. 2º da lei 9.393. Importante mencionar
que essa imunidade é tão somente para quem tem um imóvel rural, ocorre que o art. 3º, II dá a
isenção para o mesmo proprietário que tenha um conjunto de imóveis que estão
compreendidas entre aquelas áreas do art. 2º.

Há, ainda, um isenção prevista no art. 3º, II da lei do ITR, que é quando há desapropriação para
política de assentamento.

Não há imunidades específicas para o IPTU.

4. COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA E REPARTIÇÃO DE RECEITA TRIBUTÁRIA

Desde 88 há uma regra que diz que 50% do ITR deve ser entregue ao município em que fica o
imóvel rural, mas se o município quiser ele pode intimar a União para que ele fique com 100%
do ITR, para tanto ele terá que assumir a fiscalização e a administração do tributo.

ISS

A resposta das perguntas, se envolverem impostos, vão estar sempre no losango: fato gerador
(imunidade está dentro do fato gerador) - sujeito passivo - base de cálculo - alíquota.

O CTN não traz mais o ISS, porque foi criada um normal geral, que é o dec. 116/03

1. CFRB/88

Art. 156, III e §3º, I,II,III.

Art. 88, ADCT

2. LC 116/03

3. DL 406/68

Art. 9º.

- FATO GERADOR

Incide sobre as prestações de serviços - contratos de prestação de serviços, mas não todos os
contratos.

A conduta que o fisco tributa deve ser um contrato de prestação de serviço, não podendo ser
um dos serviços que são tributados pelo estado através do ICMS (comunicação e transportes),
além disso, mister que esse contrato traduza um serviço que se presta em um dos 40 mercados
de prestação de serviço (lista anexa). É necessário, ainda, que a lei municipal autorize,
respeitando o perfil da lei do ISS - deve existir uma lei municipal.

OBS: caso haja a exportação do serviço, gerando resultado do exterior, não cabe a cobrança do
ISS.

OBS: art. 32 da convenção de Viena.


O ISS incide sobre o preço pago, aquele valor recebido em função do seu serviço prestado.

OBS: súmula vinculante 31.

- LOCAÇÃO DE COISA MÓVEL

A prestação de serviços (fazer e dar) e a locação tem destinos destintos, e tudo que for diferente
de serviço não pode ser tributado, sendo vedado pelo art. 110 interpretação diversa.

OBS:súmula vinculante 31.

OBS: como criar um tributo distinto dos que já existem?

- CONTRATO DE FRANQUIA

O contrato de franquia está no item 17.08.

O conteúdo do contrato de franquia é diferente do conteúdo do contrato de prestação de


serviços.

OBS: 10.04 (agenciador da prestação de serviços paga ISS, mas o franqueador não).

Temos três tipos de franquia: a) venda de bens; b) prestação de serviços; c) locação.

Não cabe o ISS na relação entre franqueador e franqueado, tão somente. Ocorre que a lei
determina pagar. Por isso que parte da doutrina entende ser inconstitucional a lista quando
autoriza a cobrança do ISS sobre a franquia e a CFRB somente determina que a cobrança do ISS
será sobre a prestação de serviços, não podendo comparar a franquia com a prestação de
serviços.

O franqueador e o franqueado vão pagar ISS quando prestar serviço ao consumidor, mas tão
somente nesse caso e não na relação contratual de franquia.

AULA 33 - 04/05

IMPOSTOS FEDERAIS CONTINUAÇÃO

- IOF (art. 153, V, CFRB c/c art. 63 a 67, CTN)

1. Fato gerador: operação de crédito, câmbio, seguro ou relativo a titulo e valores mobiliarios.

O IOF é um imposto extrafiscal, pois sua finalidade é regular o mercado financeiro. É mais uma
maneira de intervir na economia nacional.

É exceção ao princípio da legalidade quanto alteração das alíquotas (art. 153, §1º, CFRB) -
podendo ser alterada por decreto; é exceção ao principio da anterioridade do exercício
financeiro seguinte e nonagesimal.

OBS: art. 67, CTN, não pode a vinculação do produto da arrecadação em razão do art. 167, IV.
OBS: não incide o IOF no saque de conta corrente ou de conta poupança - súmula 664, STF.

OBS: não incide o IFO no levantamento de depósito judicial. Súmula 185, STJ.

Embora só incida nessas quatro operações, a própria CFRB permite em outras situações é o caso
do ouro como ativo financeiro - art. 153, §5º. Quando o ouro for ativo financeiro só incidira o
IOF monofasicamente tendo a alíquota mínima de 1% e seu produto da arrecadação será
dividido entre dois entes políticos - 30% ao estado ou DF onde foi extraído o ouro e 70% para o
município - a união não goza desse tributo. O ouro não será uma mercadoria - será incidido uma
única vez: da extração para a sua negociação

OBS: art. 155, §2º, X, “c”, CFRB - imunidade do ICMS no ouro. Mas quando o ouro vira uma
mercadoria (joia) incide o ICMS.

- IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (art. 154, IV e §3º, CFRB c/c arts. 46 a 51,
CTN)

1. Contornos constitucionais

É um imposto extrafiscal o seu fundamento maior é a regulação do mercado industrial, embora


seja o segundo imposto de maior força arrecadativa. É exceção ao principio da legalidade no
que tange a alteração das as alíquotas (art. 153, §1º, CFRB). Também é exceção ao principio da
anterioridade do exercício financeiro seguinte, devendo respeitar o principio da anterioridade
nonagesiamal (devendo respeitar os 90 dias).

É um imposto indireto, ou seja, permite a repercussão tributária, ou seja, o repasse do ônus


tributário ao consumidor final, sendo vislumbrado em seu preço final.

OBS: Art. 166, CTN. De acordo com a súmula 546 do STF quem é o legitimado é o industrial.

O art. 153, §3º, I, II, III e IV traz algumas características importantes:

I - seletividade conforme a essencialidade do produto - quanto mais indispensável, maior


alíquota e quanto maior a essencialidade, menor a alíquota. A seletividade não é igual a
progressividade (possibilidade de quanto maior a base de cálculo, maior a alíquota). A alíquota
seletiva também tem caráter extrafiscal, conforme é vislumbrado no cigarro e na bebida
alcoólica, de forma desestimular o seu consumo;

II - é um tributo não cumulativo, podendo cumular na operação seguinte o gasto na operação


anterior;

III - não incide quando o produto for destinado ao exterior. Trata-se de um imunidade tributária
- limitação constitucionalmente qualificada - ausência de fato gerador.

OBS: sempre que a não incidência é prevista na CFRB será considerada como uma imunidade;

IV - a lei não vigora ainda.

2. Fato gerador (art. 153, IV, CFRB c/c art. 46, CTN)
O art. 46 traz três possibilidades em que o IPI poderá incidir:

I - o STJ e o STF entendem que importação praticada por PF não acarreta a incidência de IPI - a
PF não consegue creditar em uma outra operação o valor que ela pagou. A exemplo da
importação do carro pela PF, pois fere o princípio da não comutatividade (art. 153, §3º, II, CFRB).
Nesse caso incidiria do ICMS, art. 155,

OBS: súmula 198, STJ.

RE 7236-51.

O STJ entende que a PJ paga IPI na importação. PJ comercializante que compra o produto
importado paga o IPI importação, mas ao vender internamente, para não industrializador, não
paga IPI, pois não utiliza o processo fabril.

PJ importa ferramentas para revenda, paga o IPI importação, e coloca uma embalagem no
produto - o acondicionamento é fato gerador do IPI para a próxima operação e vai poder abater
o IPI da saída com o IPI da importação

Não cumulatividade: Possibilidade de creditar na operação seguinte o que foi pago na operação
anterior.

II - verificar esse inciso. Nos casos em que o sujeito revende e não faz o processo fabril não incide
IPI.

OBS: comerciante como contribuinte de IPI, quando ele comercializa para outro
estabelecimento industrial (o comerciante é equiparado a um industrial - art. 51, II e III). A regra
é que ele não é o contribuinte.

A lei do IPI não prevê como fato gerador a arrematação, portanto devemos considerar como
fato não gerador do IPI. Importante mencionar que isso não é inconstitucional.

3. Creditamento do IPI

O IPI é um imposto não cumulativo: descontar na operação seguinte o quanto foi suportado na
operação anterior indiretamente.

Não há correção monetária em relação a créditos do IPI. para que haja a correção monetária é
preciso ter uma lei.

Em caso de impedimento de utilização dos créditos pela fazenda vai poder ser feita a
atualização. Súmula 411, STJ.

Créditos que não conseguem ser compensados em razão da alíquota zero, isenção ou da
imunidade. Nesse caso pode compensar com outros tributos federais (art. 11, lei 9779/99 - art.
74, lei 9430/96 - tem no código: colocar no art. 74 o art. 11).

OBS: art. 155, §2º, II.

Sumula 591, STF: o comprador não poderá alegar a sua imunidade em favor do vendedor para
que ele não suporte no preço final.
Sumula 495, STJ: não poderá ser creditado o IPI que incidiu em um produto destinado ao bem
de ativo fixo ou permanente. Não principio da não cumulatividade. Industria consumidor final
adquire uma estante e não pode creditar para as operações futuras.

4. Base de cálculo

Art. 47, CTN.

I - a base de cálculo é aquela do art. 20, II (valor do produto em uma livre condição de
concorrência do mercado, que é o valor aduaneiro - produto + frete + seguro);œ

II - será o valor da operação ou valor do produto similar vendido em território nacional quando
não saber o valor da operação.

III - não prospera porque a base de cálculo é o valor da arrematação (depende de lei).

5. Sujeito passivo

Art. 51, CTN.

I - É a pessoa que promove a entrada do produto na importação, mas tão somente se for PJ.

II - É o estabelecimento industrial;

III - o comerciante que promover operação com outra indústria e caso esse produto seja
destinado ao processo processo fabril daquela indústria.

AULA 34 - 05/05

ISS - CONTINUAÇÃO

Sete importantes temas:

a) Fato gerador (arts. 1º e lista anexa - hipótese de incidência - e 2º - não incidência - LC 116).

O fato gerador é o comportamento de realizar um contrato de prestação de serviços, mas não


qualquer tipo, mas aquelas que não se confundam com comunicação e transporte
intermunicipal ou interestadual. Ademais esse serviço deve estar definido na lista anexa da LC e
tem que haver uma lei municipal e não sendo uma hipótese de não incidência tributária.

Art. 1º: a incidência do fato gerador está prevista nesse artigo e na lista anexa. Menciona-se,
ainda, que o tributo incide ainda que a atividade realizada não seja preponderante.

§1º - iss na importação (iss e contratos internacionais - importação e exportação de serviços).

O exportador se sujeita a CSLL - não incide PIS, COFINS, ICMS. Prestador de serviço exportando
pode ser tributado a depender se alguma situações - se o resultado for verificado no exterior
não cabe iss (art. 2º, I, parágrafo único)
ISS NA IMPORTAÇÃO - incide iss na importação contra o prestador do serviço e vai ser pago no
domicílio do tomador de serviço

OBS: A regra é que o sujeito ativo é o município onde está estabelecido o prestador, ocorre que
essa regra é afastada nos incisos e parágrafos em que o iss não é devido no estabelecimento.

OBS: a regra é que o sujeito passivo é quem presta o serviço, mas é possível o tomador pagar o
ISS (art. 6º, §2º)

§2º - contratos mistos: prestador de serviço que tem que fornecer a peça.

§3º - serviço público em regime de delegação.

O tema todo é imunidade. É extensiva as empresas públicas e sociedades mistas prestadoras de


serviço público exclusivo de estado (art. 21, X, CFRB) - correios, casa da moeda e infraereo. Não
incide iss, em função da imunidade recíproca.

Não terá imunidade quando o particular exerce a atividade através do regime da delegação
(atividade administrativa) - concessionária, permissionária, autorizatária e entidade cartorária
(sobre o preço dos emulumentos) - art. 236, CFRB. CABE ISS!!

OBS: é defeso = é proibido.

Art. 2º - não incidência do ISS

I e parágrafo único - exportações

II - relações de trabalhos

III - atividades relacionadas ao mercado financeiro

b) Sujeito ativo (arts. 3º e 4º, LC 116)

c) Sujeito passivo (arts. 5º e 6º, LC 116)

d) Base de cálculo (arts. 7º, LC 116 e 9º, DL 406)

e) Alíquotas (arts. 8º, LC 116 e 156, §3º, I, CFRB c/c 88, ADCT)

f) Imunidades (art. 150, VI, §§2º a 4º, CFRB)

g) Isenções (arts. 156, §3º, III, CFRB c/c 88, ADCT)

AULA 35 - 06/05

ISS - CONTINUAÇÃO

- Contrato Misto (art. 1º, §2º, LC 116)

São cinco casos que há o contrato misto (ISS + ICMS). A forma de calcular é considerando que
sobre o valor da mercadoria incide o ICMS e que sobre o restante incide o ISS.
A regra para o contrato misto é incidir, também, o ISS. ocorre que há duas situações em que só
incide o ICMS. Havendo, ainda, cinco casos em que incidem ambos.

a) só cabe o ICMS: não há previsão na lista anexa

- fornecimento de óculos personalizado em óticas (não é atividade médica ou clínica, mas sim
atividade de mercado);

- serviço de confecção de cartão telefônico para orelhão (não está na lista).

Em ambos os casos não cabe ISS, pois não há o fato gerador, visto que não estão previstos na
lista anexa;

b) contrato misto com dupla incidência

- 14.13;

- 17.11;

- 14.01;

- 7.02 - para haver a dupla incidência deve observar ao seguinte requisito: haver a produção e
fornecimento do material pela prestadora do serviço, sendo que este tem que ser prévio ao
início da obra e feito fora do local da obra;

- 7.05 - para haver a dupla incidência deve observar ao seguinte requisito: haver a produção e
fornecimento do material pela prestadora do serviço, sendo que este tem que ser prévio ao
início da obra e feito fora do local da obra.

REMISSÃO - art. 1º, §2º c/c L.A 7.02; 7.05; 14.01; 14.03 e 17.11 c/c art. 7º, LC 116 / art. 155, §2º,
IX, “b”, CFRB; LC 87, art. 2º / art. 13, IV, “b” / art. 12, VIII, “b”.

REMISSÃO NA LEI DO ICMS - LC 87, art. 2º, IV c/c LC 116, art. 1º (não incide iss) c/c art. 12, VIII,
“a” e art. 13, IV, “a”.

OBS: incide o ICMS e não o ISS:

a) fornecimento de bebidas - súmula 574, STF c/c art. 2º, I, LC 87 e súmula 163, STJ;

b) contrato de licença de uso de software - s paga pelo acesso de uso ao programa. Se for um
software de prateleira caberá o ICMS, pois se trata de mercadoria, não sendo desenvolvido
para uma pessoa em específico, mas sim para a generalidade. Entretanto, se o software foi
desenvolvido para um sujeito, sendo, portanto, personalizado, por encomenda, caberá o iss
(item 1, LA);

c) venda de água potável - se for a venda de agua engarrafada caberá o ICMS, pois é uma
mercadoria. Mas se for o fornecimento de água encanada, trata-se de serviço público
indisponível, incidindo, portanto, iss. Regime de atividade econômica sem imunidade, mas
se for autarquia sem fins lucrativos tem a imunidade.
AULA 36 - 07/05

ISS - CONTINUAÇÃO

O imposto é recolhido, em regra, pelo Município onde estiver localizado o estabelecimento


prestador do serviço. Os incisos do art. 3º estabelece exceções de recolhimento, qual seja, o
imposto será devido no local da prestação do serviço.

A regra é o prestador do serviço. Art. 5º, LC 116/2003. O contribuinte do imposto é o prestador.

Entretanto, a legislação determina algumas situações em que tem o dever de pagar o imposto
é o tomador do serviço na condição de responsável tributário. Nada mais é que um caso clássico
de substituição tributária quando o imposto é retido na fonte.

A substituição tributária significa que outrem assume o polo passivo na cobrança do tributo.

Sociedade ABC presta um serviço (prestador do serviço) para a Sociedade XYZ (tomadora do
serviço). Imaginemos que o serviço custou R$ 30.000,00, onde a alíquota é de 2% (valor do ISS
é R$ 600,00). É o preço do serviço. A fonte pagadora da prestação do serviço é o tomador do
serviço (no caso Sociedade XYZ). A regra é que o ISS deve ser recolhido pelo prestador. No
entanto, em algumas situações, a legislação municipal estabelece que quem tem o dever de
recolher é a fonte pagadora (tomador do serviço). No sistema de substituição tributária no preço
pago pelo serviço, o tomador retém o ISS e paga ao prestador a diferença do preço do serviço
subtraído pelo valor do imposto. No caso, R$ 29.400,00.

Duas hipóteses em que ocorre substituição tributária. A lei municipal em cada município tem a
liberdade de autorizar que figure no polo passivo o tomador. É um direito do legislador
municipal de criar regra de substituição tributária. Somente por lei que pode ser estabelecido o
regime de substituição tributária (conforme artigos 97, 121, II e 128).

Existem alguns serviços que a LC estabelece que o regime de substituição tributária DEVE ser
OBRIGATORIAMENTE observado pelo Município em sua legislação própria.

Nesse caso, a LC estabelece que nos serviços previstos no inciso II, parágrafo 2º, art. 6º haverá
necessariamente o sistema de substituição tributária de recolhimento de ISS direto na fonte,
onde o tomador do serviço deverá reter o imposto sobre serviço na fonte pagadora. É
importante destacar que o tomador precisa ser pessoa jurídica E ainda que seja imune, o
tomador será obrigado a reter.

Quando o serviço prestado estiver ali elencado e o tomador seja pessoa jurídica só cabe quando
o tomador do serviço for pessoa jurídica. Ainda que o adquirente seja imune ou isenta não há
óbice para que ela seja indicada como responsável tributária por substituição. A disciplina é do
art. 6º, §2º, II da LC 116/2003.
A legislação municipal, conforme caput do art. 6º da LC poderá estabelecer o regime de
substituição tributária de recolhimento de ISS determinando a exclusão da responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo de forma supletiva.

Art. 128, CTN. É a regra que autoriza a responsabilidade tributária. Responsabilidade tributária
remete a estudar um rol de situações em que a lei estabelece que alguém pague uma dívida que
outro gerou. A ideia é de proteção do direito creditório do Fisco. O CTN estabelece os
parâmetros da responsabilidade.

AULA 37 - 08/08

ISS - CONTINUAÇÃO

ISENÇÕES

É um dos benefícios fiscal para dispensar o pagamento.

Remissão é o ato pelo qual o fisco através de lei perdoa uma divida inadimplida. É o perdão - é
o perdão de créditos já existentes.

A isenção, antes do fato acontecer, consegue uma dispensa antecipada. É uma renuncia
abdicativa, antes mesmo de se praticar o fato gerador - ocorre o fato gerador, incide o tributo,
vai haver a relação jurídica, mas vai impedir o nascimento do crédito. Tem o efeito impeditivo.

No qua tange as causas de exclusão, que esta junto coma isenção, é a anistia. Que é um perdão
de uma sanção.

Em regra são concedidas através de lei, só que a exceção está no ICMS, que é proibido por lei
(as renuncias de receita é feita por um tratado internacional ou pelo confaz).

Bas lei ordinária para isentar, maioria simples. A lei ordinária deve ser lei específica e se não for
ela será inconstitucional. Um lei genérica traz diversos temas, a lei específica é que deve tratar
somente dos benefícios. A CF diz isso no art. 150, §6º.

OBS: princípio da irrenunciabilidade das receitas públicas.

As isenções do ISS são concedidas por lei ordinárias, desde que por lei específica. As isenções
são autônomas (só o dono da receita pode isentar e não heterônomas (que é vedado - não pode
invadir a autonomia do outro ente).

Ocorre que há quem entende que haveria duas exceções a isenção heterônoma, mas na verdade
não são heterônomas: a) isenção de ICMS através de tratado internacional, mas só é admitida
porque não é heterônoma, porque quem faz o tratado é o Brasil e não a união - é uma isenção
fruto de uma soberania, já que o presidente age como chefe de país - é uma sobreposição da
soberania do estado sobre o estado membro; b) excluir o ISS da exportação de serviços: a lc
complementar somente disse que não incide e não gera relação jurídica - há uma excludente
de incidência, já que o tributo nem chega a incidir.

O ISS e o ICMS tem uma primeira regra especial e outra que será somente para o ISS:

a) a isenção deve ser feita vislumbrando o que determina a lei complementar, deve haver
limites e condições - essa lei ainda não foi feita - evita-se renuncias políticas aqui. Importante
mencionar que a lei complementar não vai dar a isenção, mas tão somente estabelecer os
parâmetros. A lei complementar estava demorando muito de vir e a EC 37 veio controlar as
renuncias de receitas de ISS, sendo a EC trouxe que a isenção seria somente parcial, já que
ninguém pode deixar de pagar 2% do tributo. Dessa forma, todo e qualquer prestador de
serviço que já for tributado com a alíquota mínima (2%), não poderá ter isenção, algumas
exceções. O máximo admitido será de 60% de isenção, que é quando a alíquota será de 5%

OBS: serviço de ourivesaria e lapidação: incide iss se a peça do ouro for levada pelo tomador.
Não incide o iss se o material for fornecido pelo ourives e pelo lapidador

OBS: item 16 - o transporte intramunicipal é iss. Já o transporte intermunicipal é icms. No caso


em que o estabelecimento é em Niterói, mas a prestação do serviço é no Rio de Janeiro

Ex: o sujeito presta serviço em Niterói, Rio de Janeiro e Intermunicipal. O fisco de Niterói cobra
iss, o fisco do Rio cobra iss e o fisco do estado cobra ICMS, mas todos cobrando 3.000.000,00,
que foi o faturamento. Ocorre que o problema aqui é na base de cálculo.

OBS: item 15 - serviços bancários: há a definição de um perfil mercadológico, que não muda o
que é serviço bancário, sendo assim tentando compatível com o gênero, quer dizer que vai ser
tributado, sendo exemplificativo, apenas, o rol de subitens. Súmula 424, STJ c/c item 15.

Importante mencionar que o a lei do ISS dá margem de cobrança ao ISS nos casos de contrato
de financiamento e sobre a margem de ganho o STF entende que cabe o ISS. O supremo entende
que cabe ISS, pois o fato gerador está previsto na lista anexa.

OBS: art 2º, LC 116 c/c sumula 588 STF.

OBS: item 11 - segurança, vigilância, escolta: três desses subitens é quebrada a regra do sujeito
passivo 11.01, 11.02 e 11.04, o iss sai da origem (art. 3º, X, XVI e XVII)

OBS: domicilio da pessoa vigiada - art. 3º, XVI c/c item 11.02

A regra para escolta é diferente da regra do 11.02, pois o o 11.03 o ISS é na sede da origem.

Escolta é algo dinâmico - o 11.03 trata-se de uma segurança em movimento - é escolta de


qualquer coisa.

OBS: item 12 - serviços de diversões lazer e congêneres: salvo o subitem 12.13 o iss fica no
município, pois ela não está nas hipóteses do art. 3º - domicílio do produtor!!

12.07 - é o dono do evento.


Não confundir o 12.13 com 17.10. Planejamento, organização e administração - a empresa que
faz o congresso (art. 3º, XXI, LC 116).

OBS: 17.04 e 17.05 - agenciamento é diferente de fornecimento (cessão de mão de obra


temporária.

AULA 38 - 09/05

ISS - CONTINUÇÃO

- LISTA ANEXA

Item 4: saúde

4.03 - internação e uso de medicamento. Princípio da unidade hospitalar, o iss incide sobre o
valor total da fatura - é cobrado sobre a internação, fornecimento médico e medicação. sumula
274, STJ.

Item 9 - hotelaria

Cobrança em que se inclui alimentação, que pode ser disponibilizada ou no hotel ou nos quartos.
Os estados tentaram aplicar o ICMS na hotelaria, pois a regra do idmc entende que cabe no
fornecimento de alimentos e bebidas. Ocorre que a LC 116 entende que já é um costume o
fornecimento de café da manhã.

9.01 - o valor da diária incluindo o café da manhã é todo tributado pelo ISS. Cumpre mencionar
que quando alimentação for paga, não estando incluso na diária, vai haver a incidência do ICMS.
O restaurante tem duas margens de faturamento - o que ele recebe repassado pelo hotel para
dar o café da manhã do hotel e aquele recebido pelos clientes de fora - o valor recebido pelo
hotel cabe iss, já a seu faturamento com seus clientes será icms.

9.02 - agência de turismo - o agenciador faz o contatado entre o prestador e o sujeito. ISS incide
sobre o valor da comissão da agência.

Item 13 - serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia - capturação


de imagens.

13.05 - o STJ entende aqui que a impressão de fotografias e organização em álbuns fotográficas
incide ISS e não icms - súmula 156, STJ. Registra-se, ainda, que o fornecimento de insumos de
embalagens de mercadorias, que geralmente são terceiros contratados, incidirá o ICMS (art. 2º,
I, LC 87/96).

OBS: serviço de produção de vinhetas e etc - foi vetado no item 13.01, ocorre que tentaram
tributar ele por analogia com outro o 13.03 (cinematografia) - só que cinematografia é diferente
de produção de vinhetas e etc, ocorre que o STJ entendeu que é impossível suprir um veto por
analogia, não cabendo a tributação do ISS.
OBS: súmula 135, STJ - súmula 1995 - incide iss pois é prestação de serviço personalizado.
Atualmente não cabe icms pois não é venda de mercadoria, mas sim prestação de serviço
personalizado

OBS: tanto o software de prateleira, quanto a comercialização de obras cinematográficas em


DVD não incide o ISS, mas sim o ICMS (sumula 662, STF), pois não há uma prestação de serviço,
mas tão somente uma comercialização, desde que não seja uma hipótese do art. 150, V, “e”,
CFRB/88, ainda que música seja internacional. Não incide também o iss porque o executivo
vetou.

Item 3 - locação, cessão de direito e de uso e congênere.

3.01 - vetado - SV 31.

Se tributaria os serviços conexos ao contrato de locação.

3.05 - a atividade é a cessão - ceder. Importante mencionar que a cessão que os contratos de
cessão tem nomenclaturas específicas, cuja obrigação principal é a de dar e não de fazer. Para a
PGM é a prestação de um serviço mediante locação de coisas. Empresa de Nova Iguaçu,
tomadora em Niterói e o evento no Rio - o iss será no Rio, mas quem paga é o tomador do
serviço

OBS: importante mencionar que os serviços são obrigações de fazer.

3.04 - art. 7º, §1º - permissão de passagem - ISS será divido proporcionalmente nos municípios
em que se passa a passagem e etc (base de cálculo deverá ser proporcional).

Item 7 - trata de de uma imensa gama de atividades para estruturar e cuidar de uma cidade.

7.02 - faz a obra de construir. Aqui a aliquota pode ser abaixo de 2% (art. 156, §3º, I, CFRB e 88,
ADCT). Se a PJ for a tomadora é ela quem paga (art. 6, §2º, II). Quando o tomador der os
materiais será tão somente o iss, mas se a empreiteira fornecer, além da prestação de serviços,
fornecer o material, sempre será iss, mas será que cabe icms?

Três possibilidades:

a) “terceiros fornecedores” que vão mandar material para obra, a empreiteira não fabrica o
material e nem vende o material - o icms não vai ser pago pela empreiteira, pois a empreiteira
apenas intermediou a venda (art. 2º, I, lei ICMS) - não é o caso do parêntesis do 7.02, já que o
empreiteiro não fabrica o material, não é o produtor. SOBRE A EMPREITEIRA SOMENTE INCIDE
O ISS JÁ QUE NÃO PRODUZ O MATERIAL.

b) a empreiteira presta o serviço e produz o material (não no tempo da duração da obra e nem
no local da obra) - marcadora preexistente - aqui vai ter a aplicação do parêntesis sendo cobrado
da empreiteira o iss e o icms, já que além de prestar o serviço, ela produz o material;

c) a empreiteira produz o material durante a obra (dentro do local da obra) - não há uma
mercadoria preexistente, não há venda de mercadoria e o concreto feito em betoneira não é
tributado com icms, mas incide iss - entendimento do STJ, sumula 167 (não foi cancelada porque
diz indiretamente que não incide ICMS). Ocorre que esse entendimento do STJ foi corrigido pelo
STF e disse que sobre o material de construção feito no momento da obra não cabe nada, nem
iss em razão do art. 7º, §2º.

OBS: contratação de subempreiteira - trata-se da aplicação do 7.02. A empreiteira paga o ISS da


subempreiteira e abate quando for pagar - retenção do iss - substituição tributária.

7.04 -demolição. Aqui a alíquota pode ser abaixo de 2% (art. 156, §3º, I, CFRB e 88, ADCT). Se a
PJ for a tomadora é ela quem paga (art. 6, §2º, II).

7.05 - conservação, reforma e reparação. Aqui a alíquota pode ser abaixo de 2% (art. 156, §3º,
I, CFRB e 88, ADCT). Se a PJ for a tomadora é ela quem paga (art. 6, §2º, II).

7.19 - é diferente do 7.02, é o sujeito contratado empreiteiro, trata-se do fiscal. Ocorre que em
ambos os casos o ISS é devido no local da obra, independentemente do local do domicilio do
empreiteiro e da empresa de localização. Se a PJ for a tomadora é ela quem paga (art. 6, §2º, II).

ICMS

- REPARTIÇÃO DAS RECEITAS (157 a 162, CFRB)

Trata-se de um imposto de competência dos estados e DF, sendo repartido para todos os entes
da federação. Serve como fonte de sustento para todos os entes, menos para a união. É uma
das principais fontes de receita.

A distribuição do 1/4 da renda é feita com base em dois sistemas de distribuição para os
municípios: a) proporcional; b) discricionário.

O sistema proporcional consiste naquele no qual o município que mais contribui para a
arrecadação do icms será aquele que mais vai receber receita no repasse. O que se elogia é que
faz com o município incentive a atividade econômica, ademais, se elogia o fato de que um
município maior receberá mais receita que os demais, já que necessita de mais dinheiro para se
sustentar. Seu ponto falho, entretanto, consiste no ponto de agravar a desigualdade existente
entre os municípios mais ricos e mais pobres.

O sistema discricionário é feito para suprimir a lacuna do sistema proporcional. O constituinte


confiando no parlamentar e no executivo para decidir como será feita a distribuição. Devemos
observar que é aqui que surge a questão ecológica como meio de incentivo da preservação
ambiental (entregar mais icms aos municípios que preservarem e alcançar mais metas de
preservação ambiental).

Os percentuais definidos para lei que estatui o sistema discricionário é que no mínimo 75% deve
ser no sistema proporcional e até 1/4 dos 25% (no máximo 6,25%) deve ser para o sistema
discricionário. Importante mencionar que não é obrigatório trabalhar com o sistema
discricionário. Art. 158, IV e § único, CFRB.

Não é possível excluir nenhum município para a repartição da receita.

- FATO GERADOR
Incide sobre dois perfis de fatos geradores: a) prestações de serviços - comunicação e transporte
intermunicipal ou interestadual; b) operações - circulação jurídico econômica de mercadorias.

1. Prestações de serviços

Se o serviço for iniciado em uma cidade terminar fora dela cabe ICMS, mas não é em todos os
casos de transporte.

OBS: transporte internacional - na exportação de transporte há a imunidade de ICMS, seja qual


for o transporte (art. 155, §2º, X, “a”, CFRB). Na exportação de serviço não incide icms. A
problemática reside quando o transporte vem do exterior e é concluso aqui (importação de
transporte) - a CF autoriza a incidência do ICMS quando as prestações se iniciam no icms no final
do art. 155, II - ocorre que há vários acordos internacionais em que se determina que não se
cobra icms em transporte internacional aéreo de pessoas (pacificado no julgamento da adin
1600) - trata-se de isenções atreladas ao GATT.

OBS: transporte internacional, se não for de pessoas, incide icms.

O transporte nacional aéreo de pessoas é, no mínimo, intermunicipal, sendo assim é impossível


determinar quem será o destinatário, sendo assim desonerou a incidência do ICMS no
transporte nacional aéreo de passageiros (concorrência desleal com a cia internacionais e não
há como se aplicar o icms para saber quem será o sujeito passivo). Houve uma adin quem que
as cia terrestres levaram o mesmo pleito para o STF, o qual determinou que incide icms para as
empresas que prestam serviço de transporte terrestres (adin 2669).

Transporte que começa e termina dentro de um município ISS (item 16). De um município para
outro dentro do mesmo estado - ICMS Transporte intermunicipal iniciado do RJ e finalizado em
SP, cabe ICMS.

REMISSÃO: art. 2º, II, §1º, II; art. 3º c/c 155, §2º, X, “a”, CFRB; art. 11, II; art. 12, V e VI; art. 13,
III todos da LC 87/1996.

1.1. ICMS em serviços de comunicação

É um serviço prestado para viabilizar a comunicação. A comunicam é uma atividade na qual um


emite um signo e a outra recebe e entende - falada, gesticularizada.

Muitas vezes é necessário o auxílio de um terceiro para que haja a comunicação, a exemplo do
serviço de telefonia, seja ela móvel ou não.

- serviço de habilitação de telefonia móvel: é um serviço que antecede o serviço de


comunicação, sem esse serviço não há a comunicação e possa ser que a comunicação nem
aconteça - o serviço de comunicação somente acontece quando há a fala. Não tem fato
gerador, não configura serviço de comunicação. Sumula 350, STJ.

- provedor de internet (SVA - serviço de valor adicionado): não é um serviço de comunicação.


É um serviço por via do qual alguém permite que o hardware consiga se conectar com a rede.
O serviço de provimento o STJ entendeu que o serviço de prover é um serviço prévio - permite
que aparelho fique conectado com a rede, dependendo da empresa de telefonia para que
haja a comunicação com a internet. Súmula 334, STJ. Nesse caso, cabe ISS? O STJ entendeu
que não está na lista, não cabendo ISS - a PGM entende que cabe, porque estaria no item 1
da lista anexa. Lei geral de telecomunicações 9472/97 - art. 61, §1º.

AULA 39 - 11/05

IMPOSTOS FEDERAIS - CONTINUAÇÃO

IR

Art. 153, III, §2º, CFRB - arts. 43 a 45, CTN (legislação básica).

- Contornos constitucionais

Nos temos do art. 153, §2º, o IR será regido pela generalidade, universalidade e progressividade.

a) generalidade - relação direta com a tributação de toda e qualquer pessoa, sem nenhum tipo
de discriminação, caso a pessoa venha a auferir renda ou provento;

b) universalidade - o universo de todas a renda possíveis do sujeito será tributado, qualquer


renda, independente da natureza - pecunia non olet;

c) progressividade - será progressivo conforme maior a base de cálculo, maior será a alíquota.
Se o sujeito ganha menos, ele pagará menos. Isso não tem relação com seletividade. Ligação
direta com a justiça retributiva. Ademais, tem relação com o princípio da capacidade
contributiva (art. 145, §1º, CFRB).

O IR obrigatoriamente será progressivo e sua modificação será inconstitucional, não podendo


ser proporcional.

Essas características estão ligadas com o principio da igualdade.

O IR no que tange a majoração das alíquotas é exceção ao principio da noventena (art. 150, §1º,
segunda parte).

- Fato gerador - art. 43, CTN

O fato gerador é aquisição da disponibilidade que pode ser econômica (quando já houve a
aquisição, o provento está no poder do sujeito) ou jurídica (o sujeito tem o arcabouço de direito
para gozar da possibilidade da renda, mas ainda não tem a disponibilidade econômica) - cheque,
nota promissória).

I - explica o que é renda: ganho do capital, seja ele líquido ou patrimonial. São os frutos
percebidos do trabalho - qualquer remuneração independente do nome dado a isso - salário,
remuneração. Também é renda união de ambos, sendo visualizado no lucro das pessoas
jurídicas;

II - proventos de qualquer natureza: tudo o que não for renda é provento. Só há incidência de
IR de ficar nítido o acréscimo patrimonial. Ex.: frutos da aposentadoria, montante auferido com
jogos (loteria), valor auferido com atividade ilícitas (fruto de roubo, furto, tráfico - pecunia non
olet - o dinheiro não tem cheiro) (não é fruto do trabalho, nem do capital e nem de ambos - art.
118, I, CTN - há fato gerador e acréscimo patrimonial, atendendo ao principio da universalidade
e generalidade, devendo o sujeito contribuir com o imposto - art. 153, §1º - art. 43, §1º, CTN -
independe da origem do provento).

- Não há acréscimo patrimonial nas seguintes situações: não há fato gerador - não
aplicabilidade dos arts. 153, III, CFRB; art. 43, I e II, CTN

a) desapropriação compulsória - art. 5º, XXIV, CFRB: não é um acréscimo, mas sim uma
indenização, pois se trata de uma compulsoriedade, é uma recomposição patrimonial. Não
há, portanto, fato gerador.

b) indenização de férias não gozadas por necessidade do serviço - Súmula 125, STJ: verba de
cunho indenizatório, recomposição patrimonial

c) licença prêmio não gozada por necessidade - Súmula 136, STJ: verba de cunho
indenizatório, trata-se de recomposição patrimonial;

d) adesão a plano de demissão voluntária - Súmula 215, STJ: verba de cunho indenizatório,
trata-se de recomposição patrimonial;

e) indenização de férias proporcional e terço constitucional - Súmula 386, STJ: trata-se de uma
isenção e tem ligação com o art. 6º, V, lei 7713/88, qua traz um rol de isenções do IR. Não
vai ser sustentado aqui a ausência de fato gerador ou inaplicabilidade - trata-se de uma
dispensa legal do pagamento;

f) indenização por danos morais - Súmula 498, STJ: verba de cunho indenizatório, trata-se de
recomposição patrimonial. Não incide em indenizações por danos materiais (usar a súmula
por analogia);

- Há incidência

a) incide o IR no caso da súmula 463, STJ - hora extra trabalhada: é uma súmula pró fazenda.
Há aplicação dos arts. 153, III, CFRB; art. 43, I e II, CTN;

b) férias gozadas - no terço constitucional das férias gozadas incide o IR, não se trata de
indenização e há um acréscimo patrimonial;

c) lucro cessante incide IR - é o pagamento de rendimento salarial que a vítima deixa de ganhar
devido à ocorrência do dano - há fato gerador.

- Isenções do IR

O art. mãe do IRPF - art. 6º, lei 7713/88.

OBS - inciso XIV: o produto auferido com aposentadoria ou pensão a titulo de reforma ou doença
laboral ou alguma das doenças descritas, incluindo a cegueira, será isento do IR (incide, mas não
constitui o crédito). Para fins de isenção do IR a cegueira pode ser total ou parcial, mas o inciso
não traz isso - art. 175, I, CTN. Não há no art. a surdez, mas se uma pessoa que tenha um grau
muito acentuado de surdez não poderá gozar da isenção, pois a lei isentiva deve ser interpretada
literalmente (art. 11, II, CTN) (não há concessão de isenção por analogia). A parte final do inciso
diz que somente irá gozar com um laudo de medicina especializada (art. 30, lei 9250/95), mas
não é qualquer laudo, deve ser um médico vinculado a um dos entes federativos, devendo ser
um médico oficial, portanto, o sujeito deve passar por perícia médica para que goze da isenção.

Lei 9250/95 arts. 22 e 23

Art. 22 - isenção dos lucros no ganho do capital

I - ações colocadas em balcão;

II - ações nos demais casos.

§ único - se praticar um ganho que extrapole o sujeito deverá pagar o IR.

Art. 23

Art. 157, I e 158, I - CFRB - sumula 447, STJ

OBS: súmula 584.

Fato gerador periódico ou complexivo - é formado por vários fatos, dentro de um lapso
temporal. Isso é anualmente (01/01 a 31/12). Todos os atos praticados é visto em um único fato
gerador.

Para as PJ também é assim. Só que na PJ isso é feito trimestralmente. Porém as PJ que optarem
por base no lucro real podem utilizar duas sistemataticas, ou o fato gerador ser trimestral ou
anual. Art. 1º e 2º lei 9430/96.

- Base de cálculo

Nos termos do art 44, CTN, a base de cálculo poderá ser real, presumida ou arbitrada.

A base de cálculo real para as PF é todo o rendimento bruto - deduções permitidas pela lei. As
deduções permitidas para se chagar ao montante estão nos art. 4º, 8º, 12 da lei 9250/92. A base
de cálculo pode ser presumida, que é a porcentagem incidente no rendimento bruto (art. 10, lei
9250/92), mas há um teto a deduzir, que é o teto do ano base anterior. Essa escolha da base de
cálculo real ou presumida é facultativo ao contribuinte, para que seja recolhido menor
montante (não há limitação na faculdade). Ademais, a base de cálculo também poderá ser
arbitrada (não é uma punição, pois não há outro meio para a base de cálculo), principalmente
nos casos de sonegação, em quem há omissão de rendimentos (art. 148, CTN).

Para as PJ:

Lucro real traduz rendimento bruto anual mais adições, menos exclusões e menos
compensações. Nesses casos para rendimento bruto anual maior que 78 milhões deverá ter a
base de calculo através do lucro real (art. 14, lei 9718/98).
Mas se o rendimento for menor que 78 milhões poderá escolher pela base de cálculo pelo lucro
real (art. 13, lei 9718/98) ou presumido (art. 15, lei. 9249/95 - 8% do rendimento bruto - essa é
a regra, mas há várias outras exceções)

OBS: a instituição financeira, nos termos do art. 14, da lei 9718/98 sempre irá auferir IR pela
base de cálculo lucro real, independente do rendimento.

A base de cálculo arbitrada tem fundamento no arts. 47 e 51 da lei 8981/95 e art. 16 da lei
9249/95. É arbitrada nas situações em que a PJ equivocadamente optou pelo lucro presumido
quando obrigada a auferir pelo lucro real ou nos casos de erro da prestação da declaração do
IR, incluindo a sonegação.

- Alíquota

Lei 11.482/07 para as PF - lei 8981 (art. 21).

PJ - art 3º, §1º, lei 9249/95.

AULA 40 - 12/05

ICMS - CONTINUAÇÃO

Prestação de serviços

1. roaming - lançamento de icms cobrando tributo sobre o valor arrecadado exclusivamente


nas chamadas roaming. Trata-se d conflito de competência, defendendo a cia de que está
sendo tributado pelo estado errado e a operadora errada. A chamada roaming é um
convênio da operadora de telefonia mãe com uma operadora visitada quando o sujeito está
fora da sua área de cobertura. O STF entende que o estado onde está a operadora visitada
que vai tributar a operadora visitada, ainda que a operadora mãe pague para a operadora
visitada - a prestadora do serviço é a operadora visitada e quem tributa é o estado onde ela
está (art. 11, III, “d”, LC 87).

2. transporte intermediário para a exportação - não incide icms nas exportações, de acordo
com o ser. 155, §2º, X, “a”, CFRB (imunidade). Esse dispositivo casa com o art. 3º, II, LC 87
(a lei repete a imunidade). Não incide, de acordo com o STJ, ainda que seja no trecho
interno, pois frusta a efetividade na norma constitucional. De acordo com o STJ o processo
de exportação se inicia com o transporte interno, pois a finalidade do transporte interno é
viabilizar a exportação - princípio da unidade do transporte internacional (estende a
imunidade constitucional).

OBS: o STJ tratou disso como isenção, nem não incidência legalmente não qualificada, mas se
trata de imunidade tributária.

- Operações de circulação de mercadoria

O imposto incide sobre operações. O nosso sistema tributário trabalha com dois tipos de
operações, um tributo pelo IOF e outro pelo ICMS, que são aquelas operações envolvendo a
circulação jurídico econômica de mercadorias. O núcleo do tipo é a celebração de uma operação,
cuja finalidade é a circulação jurídico econômico de mercadorias, havendo uma transferência
do domínio com fins lucrativos.

A hipótese de incidência é complexa. Operação é um ato negociar com finalidade de alienar algo
para outrem, trata-se de uma negociação. Nem toda alienação é uma operação, a exemplo de
uma doação. A regra é que há alguém com a intenção de alienar algo com fins lucrativos, fazendo
isso com habitualidade, constituindo para outrem a propriedade. Portanto, busca-se tributar o
marcador, o empreendedor - se for um ato esporádico não incide o icms.

A circulação jurídica é a transferência de propriedade, ainda que ela não saia do lugar em que
esteja, pois é a transferência do domínio. É econômica porque se aliena uma titularidade através
de uma atividade empresarial. O que vai definir se a mercadoria é mercadoria ou não, ou seja,
se é alienada em um ato mercantil.

Não incide ICMS em:

a) furto ou roubo de carga de mercadoria - não há a circulação econômica da coisa, pois ela foi
extirpada do patrimônio do sujeito, não há o animus alienandi. Trata-se de um fato atípico;

b) locação de coisa móvel - não há circulação jurídica;

c) comodato - empréstimo de coisa infungível - não cabe icms no empréstimo de maquinário,


visto que não tem transferência do domínio, sendo ainda, um contrato gratuito. Quando se
autua o comodato é porque por trás da aparência de comodato há um contrato de compra
e venda - súmula 579, STF.

d) contrato de reserva de potência - os contratos que as concessionárias fazem de reserva de


potência não podem ser tributados pelo ICMS, pois a energia não será vendida, mas tão
somente há um direito de reserva. Demanda de energia contratada. Não se compra a
energia elétrica, mas se utilizar depois, quando houver o fato, ai sim paga ICMS, pois é pago
uma diferença - súmula 391, STJ. Há entretanto, um precedente, no qual o consumidor final,
aquele que reservou, pode entrar com uma ação de repetição de indébito;

e) contrato de alienação de bens salvados de sinistros por cia seguradoras - a primeira


alienação feita do proprietário para a seguradora faz como que a seguradora seja a
proprietária, mas ela ao vender as peças salvas de sinistros não será tributado pelo ICMS
visto que ela apenas está recompondo seu patrimônio, na tentativa de minorar seu dano.
Súmula vinculante 32. Nem na alienação do segurado para a seguradora cabe ICMS, pois
isso é uma característica essencial do contrato de seguro (não há ato mercantil). A LC 87
disse que não há icms apenas nas operações feitas entre o segurado e a seguradora (art. 3º,
IX, LC 46);

f) leasing - trata-se de uma locação especial, pois se dá ao locatário a opção de renovar


locação, não
pagando o valor total do bem, sendo os alugueis pagos convertidos em pagamento, será
pago o remanescente com o valor residual (valor total do bem - valor pago nas prestações
locatícias). Isso é um arrendamento mercantil. Cumpre registrar que, se houver a compra
do bem haverá a incidência do icms, não incidindo na fase de locação, pois não há a a
transferência do domínio (art. 3º, VIII, LC 97).

AULA 41- 13/05

ICMS - CONTINUAÇÃO

O ICMS incide sobre operações, porque o núcleo do tipo são operações, que promovem a
circulação jurídico (propriedade muda de dono - o que circula é o direito de propriedade)
econômica (a atividade desenvolvida deve ser econômica - atividade empresarial, com fins
lucrativos). Ademais, a circulação jurídica deve ser de mercadoria.

a) roubo e furto de carga não é fato típico;

b) locação de coisa e leasing - não tem transferencia do domínio;

c) contratos de energia elétrica (reserva de potência) não é fato típico - não há a circulação
jurídica da energia, não tem transferência do domínio;

d) seguradora - seguradora que aliena o salvado de sinistro, não cabe ICMS pois não é uma
atividade com fins lucrativos, pois está se fazendo apenas de um bem particular para
minorar um dano. SV 32;

e) leasing internacional - contrato misto de locação e promessa de venda, assegurando ao


locatário o destino do contrato após o fim do contrato, podendo ou renovar o contrato,
extinguir ou comprar a coisa (pagando o valor residual garantido). O locador é chamado de
arrendante. É o contrato de arrendamento. Durante a fase da locação não é devido o ICMS,
sendo cabível somente na opção de compra, pois não teve o fato gerador, vez que não teve
a transferência do domínio. O contrato de leasing internacional - a EC 33 fez com que o STF
primeiramente entendesse que caberia ICMS no leasing internacional, pois era uma emenda
que dizia que caberia leasing em qualquer importação e na entrada em território nacional,
seja o importador PF ou PJ habitual ou não - art. 155, §2º, IX. Ocorre que com o caso do
leasing das aeronaves foi criado o leasing admissão definitiva e admissão temporária,
relativizando o conceito de entrada, argumentando que a entrada ficta, como no leasing
internacional, sem a incorporação definitiva, não caberia o ICMS. Importante mencionar,
ainda, que a o STF mudou seu entendimento dizendo que não cabe o ICMS em nenhum caso
de leasing, seja interno ou internacional, cabendo, tão somente, nos casos em que há a
compra da mercadoria, não havendo mais a distinção entre o leasing admissão temporária
e o leasing admissão definitiva (decisão por maioria). A PGE entende que cabe porque é
entrada de bem de procedência estrangeira;

f) não cabe ICMS na mera circulação física dos bens - súmula 166, STJ. Na LC tem uma
pegadinha sobre esse caso, que autoriza a tributação nesses casos (art. 12, I), mas se trata
de uma previsão inconstitucional.

OBS: no MS não cabe liminar para liberar mercadoria exportada!!!!


g) exportação - hoje é incontroverso que para o exterior há a imunidade, mas devemos
vislumbrar a questão da manutenção do creditamento. Essa manutenção é um benefício.

O exportador quando exporta a mercadoria em regra adquiriu ou de um fabricante para


exportar ou ele é o fabricante, o fato é que é possível o exportador exportar algo que for
comprado de alguém, ocorre que a imunidade está na operação de exportação e não quando o
exportador compra algo do fabricante, podendo haver uma incidência de ICMS.

O ICMS pago pelo fabricante vai virar um crédito em favor do exportador, por isso que figura a
regra de proibição de crestamento quando a operação subsequente é não é tributada ou é
alíquota zero. Portanto, esse beneficio da manutenção é dada quando o sujeito não é tributado,
é imune em algum operação - só se dá o creditamento para quem tem débito (a regra é assim,
mas no caso da imunidade tem o crédito para ele usar como quiser) - sendo assim, se quando
quem compra é imune não haverá um creditamento (regra). Esse crédito que ele tem pode ser
usado para pagar dívidas de icms, sendo utilizado em outras operações, visto que o exportador
pode vender internamente.

Ocorre que, além dessa possibilidade, o que o constituinte quis, com essa imunidade, foi
aumentar a economia do país. Sendo assim, o sujeito pode ceder o crédito (art. 25 da LC).

O creditamento é um ato para fazer valer o princípio da não cumulatividade. E a não


comutatividade surgiu para evitar a cumulatividade.

O creditamento faz parte do principio da não cumutatividade - o ICMS será não cumulativo nos
termos do art. 155, §2º, I, CFRB c/c art. 19, LC 87.

OBS: sistema monofásico (o fato gerador é autonomo não se comunica com outros, é o caso do
ITBI, não há uma sequência de fatos geradores) e plurifásico (os fatos geradores acontecem em
sequência, dentro de uma cadeia de fatos geradores idênticos para se conseguir determinado
objetivo - é o que acontece com o ICMS quase sempre e as vezes com o IPI). Sendo assim, para
que não haja a comutatividade o ICMS é tributado sobre o valor total, gerando um debito
quando há a venda e um crédito quando há a compra, e permitindo uma compensação entre o
débito e crédito (o credito é escriturado primeiro com a compra e o débito surgirá através da
venda) - trata-se, pois, do creditamento.

Internacionalmente o tributo recai no valor agregado apenas.

A tributação cumulativa no sistema plurifásico aconteceria da seguinte forma: seria o fisco


tributar na operação seguinte o valor pago na operação anterior e sobre a operação que ainda
não foi tributado - ia tributar o valor da arrecadação novamente e o valor agregado pela primeira
vez e assim sucessivamente.

Importante mencionar que a base de cálculo é o valor da operação - VOP (valor da aquisição -
VAQ- e valor agregado - VAG).

OBS: 1. 1988 - 16/09/1996

art. 155, §2º, X, “a”


- exportação de produtos industriais elaborados: imunidade de ICMS.

- exportação de produtos não industrializados ou de industrialização semi-elaborados:


incidência de ICMS.

Consiste o produto semi elaborado em um produto que tem ao mesmo tempo e


cumulativamente (sumula 433, STJ - o 3 em 1 não tem a LC 65)

2. 16/09/1996 a 19/12/2003

art. 155, §2º, X, “a”, CFRB - imunidade. Na exportação produtos industrializados elaborados.

art. 32, I, LC 87/1996 - não incidência legalmente qualificada. Na exportação - produtos não
industrializados e produtos industrializados semi-elaborados.

3. A partir de 19/12/03 - EC 42/03

Imunidade em qualquer exportação!

h) importação - o icms incide na importação. Ocorre, aqui, a inversão do sujeito passivo, que
será o importador.

- que tipo de importador se sujeita: se o importador é um não contribuinte habitual, até a


emenda de 33 não cabia ICMS. Após a emenda cabe a cobrança. O supremo em 2003 fez uma
súmula dizendo que só cabe o icms se ele for o contribuinte habitual, ocorre que em 2004 ele
emendou a súmula, não obedecendo a orientação interna de modificação. Entretanto, em
2006 o próprio supremo mudou a súmula, mas somente alterou na parte em que foi
emendada, voltando a seu texto originário (súmula 660), mas deve ser aplicada sem
entendimento até antes da EC.

- sujeito ativo: o imposto será devido no estado em que a importadora tem seu domicílio, mas
na CFRB está escrito destinatário, onde está sediado. É irrelevante em que local haverá o
desembaraço.

- em que momento ele incide: a tributação será feita no momento do desembaraço aduaneiro
(súmula 661, STF)

- em que momento ocorre o fato gerador: o fato gerador se consuma no desembaraço (fato
gerador consumado) ou no momento em que a coisa chega na pessoa (fato gerador
presumido)? Se for uma fato gerador presumido, cabe restituição de débito, visto que possa
ser que entre esse interim de envio e perda da coisa poderá haver a restituição de indébito
excepcionando-se, inclusive, o sistema de precatórios. O supremo durante muito tempo
entendia que o fato gerador ocorria na entrada do estabelecimento (sumula 577, STF -
anterior a CF) Art. 12, IX, LC, no momento da entrada.

Imunidade de ICMS - art. 155, §2º, X, alíneas

a) exportação
b)

c) ouro: nas hipóteses em que o ouro não é vendido como mercadoria, pois sendo ativo
financeiro, incide IOF e não ICMS.

d) comunicação e radiodifusão livre e gratuito - tv por assinatura cabe ICMS, mas a tv aberta a
emissão de sons e imagens para recepção não é tributado. Ocorre que a fazenda costuma
tributar sobre a renda gerada pelos patrocinadores, mas a questão é que há imunidade - a
receita gerada no programa de TV fechada incide icms.

AULA 42 - 14/05

ICMS - CONTINUAÇÃO

Imunidade de ICMS - art. 155, §2º, X, alíneas

b) operações para outros estados que envolvam combustível, energia elétrica - imunidade em
operações interestaduais, os bens são destinados para outros estados. Esse bens são
extremamente importantes para o funcionamento do país. Ocorre que há uma pegadinha,
porque só pela leitura deste dispositivo nos leva a crer que realmente não há a imunidade, mas
na saída, na entrada ou em ambas as pontas? Qual será o alcance da imunidade? Na saída
sempre vai ter a imunidade, sendo assim, a fornecedora sempre será imune, ocorre uma lei
complementar poderá reduzir essa imunidade, mas ela ainda não existe. Devemos observar para
qual a finalidade dessa aquisição para sabermos se o sujeito tem ou não a imunidade, que pode
ser a aquisição para consumo (uso próprio) ou comercialização ou industrialização.

Se o sujeito estiver adquirindo para consumo incide o icms e não haverá a imunidade (deve
pagar o icms na entrada), mas se o sujeito estiver adquirindo para industrialização ou
comercialização não incide o icms, havendo, portanto, a imunidade. A intenção do constituinte
é desonerar, garantindo, sempre, a imunidade na saída, devendo sempre observar qual a
finalidade da aquisição daquele bem - se o sujeito compra para revenda, ele vai ser imune na
entrada, mas na hora de revender vai ser repassado o valor do icms na alíquota interna cheia.

Ocorre que a EC 33 traz uma hipótese para afastar essa imunidade, havendo a incidência
monofásica do ICMS na operação de venda de lubrificante e combustíveis, quando destinados a
outro estado (art. 155, §2º, XII, “h”, CFRB). Entretanto, o §4º, I, determinou que o imposto no
estado que ocorrer o consumo.

OBS: 195, §6º, 177, §4º, I, b, 155, §4º, c, (exceções a anterioridade que não estão não estão no
150, §1º).

Prazo noireito tributário exclui o dia a publicação e inclui os seguintes

Incidência imediata - empréstimo compulsório (art. 148, I) ou imposto de guerra externa, II, IE e
IOF. IPI tem noventena.

exceção a anterioridade -
exceção a legalidade: II, IPI, IOF e IE, mas IPI tem noventena.

- Base de cálculo

OBS: legislação ICMS - 155, II e §§ 2º a 5º; 158, IV e § único, CFRB. LC 87/96 e LC 24/75. Art. 146,
III, “a”

A base de cálculo está ligada na forma como a riqueza se externa, é o quantum de riqueza que
o sujeito tem. É necessário saber o quanto a riqueza vale - é o valor da riqueza quantificado no
fato gerador.

A base de cálculo é o valor da operação e nos serviços o valor da prestação, via de regra (art. 13,
LC 87 c/c 146, III, “a”, CFRB).

1. conceito de “valor da operação” e custos que se incluem ou excluem desse conceito:

a) juros (súmulas 237 e 395, STJ) - se for uma operação financeira os juros cobrados na
operação com cartão de crédito não incide (súmula 237, STJ) - isso porque, em bem verdade,
quem paga é o banco, mas se forem juros cobrados sem cartão em uma venda a prazo incide
icms.

b) frete - se o frete é feito pela própria empresa, faz parte da operação, da mesma forma se a
empresa contrata uma empresa terceirizada. Só não incide que o outro sujeito que arcar
com o frete

c) descontos: condicionais ou incondicionais (súmula 457, STJ) - se o desconto não for


concedido sob condição, sem contraprestação, será um desconto incondicional e não vai
incidir na base de cálculo, mas se for um desconto condicionado vai ser incluído na base de
cálculoßß

d) seguro - sempre entram as despesas com seguro.

2. icms por dentro

3. IPI por fora e por dentro

4. pauta fiscal e substituição (súmula 431, STJ).

AULA 43 - 15/05

ICMS - CONTINUAÇÃO

2. icms por dentro

O valor pago de icms vem por dentro da própria base de cálculo do icms. O icms incide sobre a
própria base de cálculo do icms. Art. 13, §1º, I - esse dispositivo foi questionado quanto a sua
constitucionalidade, pois quando o imposto incide sobre o imposto, ele incide sobre a própria
parte do fisco. Ocorre que em 2001, a EC 33 entendeu que é constitucional (art. 155, §2º, XII,
“i”).
3. IPI na base de cálculo do ICMS

O custo do IPI é elemento integrante da base de cálculo do ICMS? É possível cobrar o icms sobre
a alíquota paga do IPI? A depender sim, mas devemos observar os três casos.

A regra é que não integra a base de cálculo do icms. O IPI não integra a base de cálculo quando
a operação é entre contribuinte habituais e quando a operação é fato gerador dos dois impostos
e para a comercialização e industrialização.

a) se a operação é para o contribuinte final, não habitual, o icms incide sobre o valor do IPI,
pois não há a revenda;

b) se a operação é feita entre contribuintes habituais, mas não é para revenda, incide o icms
sobre o IPI;

c) importação

O icms não incide quando for para contribuinte habituais, desde quando for para
industrialização e comercialização.

RESUMO:

- IPI por fora (regra)

a) o icms não incide sobre o valor pago de IPI pelo estabelecimento industrial;

b) o IPI não integra a base de cálculo do icms; iPI excluso da base de cálculo; alíquota do icms
não incide sobre o valor da guia de recolhimento do IPI;

c) nos casos em comento não haverá sonegação se o estabelecimento deixar de recolher o


icms sobre o valor do IPI

d) operações entre contribuinte habituais do icms e sendo a aquisição dos produtos para
industrialização ou comercialização

A regra é que a industria vende para alguém que vai revender.

- IPI por dentro

a) em três casos o IPI vem por dentro da base de cálculo do icms, integrando a a base de
cálculo, sendo incluso nela;

b) em tais cais, a alíquota do icms incide sobre o valor pago de IPI e se o estabelecimento
industrial não paga o icms sobre o valor da guia do IPI haverá a sonegação fiscal;

c) os três casos são: - operações de importação (art. 13, V, LC 87/96); - operações destinadas
a um adquirente não contribuinte habitual de icms; - operações destinadas a contribuinte
habitual de icms que adquire para consumo final e não para a industrialização ou
comercialização

4. pauta fiscal e substituição (súmula 431, STJ)


Em regra, não se pode exigir o uso dela para cobrar o ICMS, mas há exceção. A pauta fiscal é
uma reação ao sujeito que sonega, mas para usar, o fisco tem que comprovar que houve o dolo,
tem que provar que o valor vendido não é o valor declarado (súmula 431, STJ).

Ocorre que há um tipo de situação, exceção, em que é imprescindível usar a pauta, afastando a
súmula.

A regra é se arrecadar o icms, em uma cadeia plurifásica, cada um ser tributado individualmente.
Mas é possível ocorrer a substituição tributária, para que paguem o seus icms e o dos demais,
sendo um regime excepcional - valendo-se da técnica da substituição processual - nesse caso,
será necessário usar a pauta fiscal.

- substituição tributária

Alguém tendo que entregar para fisco o valor de icms que seria devido por outrem, antecipando
o recolhimento do tributo, ocorre que é repassado na nota venda o valor de venda é mais caro
(substituição tributária pra frente ou progressiva). Aqui o fabricante paga icms de operações que
ainda vão acontecer e esses fatos geradores não se consumarem, em razão de perda do bem lá
no inicio, o sujeito tem o direito de restituição do indébito e com preferência (art. 150, §7º c/c
10, LC). Fato gerador presumido. Quando colocamos o fabricante como substituto quem se
prejudica é quem está na posição seguinte ao fabricante, o primeiro substituto, porque ele paga
o seu icms e o icms depois dele. Nesse caso aqui, para haver a substituição pra frente é
necessário se valer da pauta fiscal.

Na substituição pra trás será tributado pelo último da cadeia, também chamado de substituição
regressiva. O fato gerador acontece, mas só será cobrado depois no final da cadeia (diferimento
fiscal). É bom porque quem efetivamente desembolsa o icms é o consumidor e quem está na
cadeia vai passando a mercadoria mais barata.

- Alíquota

É o elemento que estabelece quanto da carga tributária vai ser exigido. É a variação da alíquota
que vai determinar uma prestação mais barata ou mais cara.

Ocorre que o icms é um tributo que influencia na formação dos preços dos tributos. Há dois
regimes de controle das alíquotas do icms, uma interna (se inicia e conclui dentro do próprio
estado, ainda que se inicie e termine em municípios diversas), e outra interestadual (dois
estados na operação).

a) operações internas - cada ente fixa as alíquotas de seus impostos. A CFRB disse que as
alíquotas podem ser seletivas em razão da importância do bem de consumo.

A seletividade é um sistema em que distribuímos as alíquotas para que a pessoas que precisam
daquele bem necessário para a sua sobrevivência adquira ela de forma menos onerosa, permite
uma. Trata-se de uma distribuição da carga tributária para que quando uma pessoa consuma
para sobreviver pague menos tributo.

Ocorre que a a CFRB diz que o icms PODERÁ ser seletivo e por isso que boa parte da doutrina
diz que há uma prerrogativa do legislador estadual em adotar a alíquota seletiva. Ocorre que a
CFRB quis dizer que o legislador estadual tem a opção de não aplicar a seletividade em alguns
casos pontuais. É facultado aos estados aplicar a seletividade do icms, contudo, a doutrina critica
e diz que a quebra da seletividade só poderia ser em casos de extrema relevância.

O senado pode fixar alíquotas máximas e mínimas, devendo a lei estadual respeitar as mesmas.
Dessa forma, na fixação das alíquotas internas quem fará será o legislador estadual, mas deve
se sujeitar aos limites da seletividade, limites criados pelo senado, podendo ser alíquotas
mínimas ou máximas.

O terceiro e último limite das alíquotas internas não pode se inferior àquela interestadual, salvo
de todos os estados e o DF autorizem, que será feito através de um convênio e isso deve ser
dado por unanimidade. Quem fixas a alíquotas interestaduais é o senado e as internas devem
ser sempre maiores, não pode ser menor que a interestadual, para evitar um desinteresse dos
sujeitos em realizar transações com outros estados.

b) alíquotas interestaduais - havia duas situações diferentes para essa operações, antes da EC
87.

- entre contribuintes habituais: o estado fabricante vai ser sempre tributado pala alíquota
interestadual (12% - regra, 7% ou 4% - vem do exterior e concorre com o similar nacional) e
o adquirente será tributado pela diferença da sua alíquota interna e a alíquota interestadual
(DIFAL)

- entre contribuintes não habituais: a tributação ocorrerá exclusivamente na origem e a


operação será tributada como se fosse uma operação interna, aplicando a alíquota do interna
do estado fornecedor (100% na origem). Haverá uma equiparação quando o contribuinte,
ainda que habitual, utilize para consumo próprio.

Isenções

No âmbito do ICMS vigora uma regra totalmente oposta aos demais tributos. É vedado que por
lei se concedam isenções e benefícios fiscais.

A isenção permite uma desoneração, para que o sujeito não precise pagar algo. Ela é mais que
uma dispensa, mas trata-se de uma renuncia ao crédito, trata-se de uma renuncia abdicativa. A
relação nasce, não dispensando as obrigações acessórias, mas não se cria o crédito, visto que o
sujeito está blindado pela isenção. Diferente da imunidade, a isenção é concedida quando o
tributo incide, impedindo o lançamento (desde que seja total). É pois, uma causa de exclusão
do crédito tributário, assim como a anistia.

A isenção quando concedida não gera direito adquirido, podendo ser revogada, mas há uma
situação em que a isenção é irrevogável se for condicionada e a prazo certo (isso não quer dizer
que o sujeito tem direito adquirido) - súmula 544, STF. Uma lei que concede isenções deve ser
interpretada literalmente, salvo se a interpretação levar a uma inconstitucionalidade (art. 111,
CTN).
No caso de uma obrigação com co-devedores solidários e a isenção somente é dada a um,
subsiste a quota parte para os demais co-devedores, podendo o fisco cobrar de qualquer um
deles o que restou da dívida (art. 125, CTN).

Em regra as isenções devem ser autônomas e não heterônimas.

A isenção é concedida por lei ordinária desde que seja lei específica (sendo aprovado por maioria
simples) (art. 150, §6º), mas pode ser feita por lei complementar com eficácia material de lei
ordinária, podendo, inclusive, ser revogada por lei ordinária.

OBS: lei complementar precisa de maioria absoluta.

OBS: art. 155, §3º.

Ocorre que, no ICMS não cabe lei para conceder a isenção, pois são concedidas através de
convênio no confaz ou por tratado internacional (presidente agindo como chefe de estado). Se
qualquer estado pudesse renunciar o icms, poderia gerar duas terríveis sequelas no sistema
jurídico: a) guerra fiscal, podendo entrar em colapso o sistema federativo; b) desequilíbrio na
lealdade de concorrência na atividade econômica.

OBS: lei complementar 24/75, vai estabelecer as regras de como será feita a isenção

RESUMO:

Concessão e revogação de isenções, benefícios e incentivos fiscais:

a) ICMS: 1. mediante tratados internacionais (isenções federativas - concedidas pela RFB e não
pela união; ato de soberania e não federal; ato de “estado” e não de “governo”) ou por
convênios aprovados após deliberação dos estados e DF no confaz (as regras para convênios
do confaz são fixadas por LC - art. 155, §2º, XII, “g”, CFRB c/c LC 24/75)

b) demais tributos: 1. mediante lei específica (art. 150, §6º, CFRB); 2. basta que seja uma lei
ordinária e havendo relevância e urgência pode vir por medida provisória; não precisa ser
por lei complementar, ainda que não haja qualquer vedação que venha por LC, contudo se
for concedida por LC, pode ser revogada por lei ordinária (exemplo isenção da
cofins/faturamento); 3. art. 150, §6º, CFRB c/c art. 175 a 185, CTN).

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Responsável é aquele que não praticou o fato gerador, mas a lei manda ele adimplir.

Você também pode gostar