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Aula 01: Princípio da legalidade tributária

Princípios tributários: arts. 150, 151 e 152 da CF.

“Os princípios e as imunidades tributárias são verdadeiras limitações constitucionais ao


poder de tributar”

Poder de tributar indica uma ação tributaste e quem promove a ação de tributar é o
estado (fisco). E a ação tributante é endereçada aos cidadãos pagadores de tributos.

Art. 150, I: legalidade tributária


Art. 150, II: isonomia tributária
Art. 150, III, a: irretroatividade tributária
Art. 150, III, b e c: anterioridade tributária
Art. 150, VI: principais imunidades tributária
Art. 151: princípios tributários
Art. 152: princípios tributários

Limitações constitucionais ao poder de tributar (art. 146, II CF)

I: conflitos de competência que devem ser dirimidos a partir da lei complementar.


II: limitações constitucionais ao poder de tributar demandam uma lei complementar. E
os princípios e as imunidades são limitações constitucionais ao poder de tributar.
III: normas gerais de determinados assuntos.

Obs: o CTN é uma lei ordinária e não complementar, mas não há problema de se referir
a ele como lei complementar.

● ASPECTOS HISTÓRICOS

Multissecular: surgiu no século 13. E o consentimento popular se faz necessário.

Obs: todos os benefícios fiscais demandam lei, quando não demandam lei específica.
(Art. 150, §6º CF)

Dois verbos: instituir e majorar (lei).

Lei ordinária: lei que não demanda quórum privilegiado de votantes, é a lei do dia a dia
das casas legislativas, lei que aumenta o IPTU, IPVA, lei do IR.
Lei complementar (art. 146 CF - regra). No entanto alguns tributos podem ser criados
por LC, ao todo são 4 e federais com elevado grau de polinização, onde se demanda
quórum privilegiado de votantes ou seja, a maioria absoluta.

1. Não existe no BR, a previsão está lá mas no entanto ninguém paga esse imposto.
Mas o mesmo poderá a ser criado.
2. Própria da união, ou seja, somente a união pode criar um novo imposto.
3. Já existiu no BR, hoje está apenas adormecido na CF. Se apresentou na década
de 80 por meio de péssima experiências. Em 1986 houve o mais importante do
BR que foi sobre o consumo de combustíveis e aquisição de veículos e foi
considerado inconstitucional pelo STF em razão da deslealdade na restituição
desse tributo, o estado arrecadou valores com a promessa de devolver e no
entanto não o fez. A devolução tem que ser feita única e exclusivamente em
dinheiro e com o valor corrigido.
4. Própria da união.

III: fato gerador e sujeito passivo (devedor do tributo) são elementos e/ou componentes
da obrigação tributária.

Obs: antecedente normativo/hipótese de incidência/fato gerador. A lei não deve tratar


do fato, o fato pertence a realidade, a lei deve apenas tratar da hipótese.

IV: alíquota e base de cálculo dimensionam o fato gerador e necessariamente


demandam lei. (Vocês já imaginaram o poder executivo definindo a alíquota?). A regra é
do poder legislativo.

Obs: não é exceção mas sim atenuação e mitigação.

V: a multa demanda lei.

VI:
● Exclusão
● Isenção
● Anistia

● Suspensão (art. 151 CTN)


● Parcelamento

● Extinção do crédito
● Pagamento
● Decadência
● Prescrição
Fato gerador ou hipótese de incidência.

O sujeito passivo tem que ser definido na lei tributária.

RESPOSTA:

Alterar as alíquotas significa mexer nos percentuais.

II e IE: são impostos aduaneiros.


IOF: repercute nos controles dos índices de inflação.
IPI: influência nas produções.

Esses 4 impostos não podem ter as alíquotas alteradas fora do contexto da


extrafiscalidade.

Obs: qualquer tributo fora dessa lista só poderá ter alteração de alíquota por lei (Ex: ISS,
IPVA, IR, taxa).

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES

Obs: mexeu na base de cálculo é o resultado foi a maior onerosidade do tributo só a lei
pode fazer.

Obs: A alteração na base de cálculo que represente atualização pode ser feita por um
ato infralegal pq ela não é majoração. Ou seja, aqui há um espaço para o poder
executivo. No entanto se o poder executivo se basear nessa atualização para majorar,
isso só poderá ser feito através de lei.

Obs: índice aleatório é aumento, atualização é índice oficial que é ofertado pelos
técnicos capacitados da administração municipal, por exemplo.

Obs: a legalidade tributária vai até “majoração de impostos” depois disso é


anterioridade tributária.

LEI TRIBUTÁRIA X LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

A lei tributária é aquela lei que cria e aumenta tributo. É a que trata de alíquota, sujeito
passivo e hipótese de incidência. Já a legislação é o arcabouço tributária, se refere a
atos normativos que se equivalem a lei mas não se confundem com tal e não podem se
confundir com a mesma. Uma obrigação tributária principal que se refere a pagar
tributo demanda lei, já a obrigação acessória poderia esta aliada a uma legislação
tributária. Ou seja legislação tributária é um termo mais abrangente.
● art. 96 CTN

Legislação tributária inclui leis (ordinária, complementar, delegada, EC, MP, e até
mesmo a CF), tratados e as convenções internacionais, decretos (é diferente de lei) e
normas complementares (art. 100 CTN). Os três primeiros elementos são fontes
formais principais do direito tributário e o último elemento é fonte formal secundária.

NORMAS COMPLEMENTARES (Art. 100 CTN)


1. Atos normativos
2. Decisões administrativas expedidos com eficácia normativa
3. Usos e costumes do fisco
4. Convênios celebrados entre E, M, DF e U.

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