Você está na página 1de 16

DIREITO TRIBUTÁRIO

O que é tributo?
CTN Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
No primeiro momento do pagamento, apenas em dinheiro. Não dá para chegar na caixa e
pedir para pagar um DARF com um carro. É o primeiro momento do lançamento.

Hipótese de incidência – Fato Gerador – Obrigação Tributária – Lançamento – Crédito


Tributário – Certidão de dívida ativa – execução fiscal.

ANTES DO LANÇAMNTO É DECADÊNCIA, DEPOIS É PRESCRIÇÃO.

Durante a execução fiscal, pode pagar com outros bens.


O tributo não é uma sanção, mas pode ser uma multa.
Só se paga tributo se houver a prática de um fato gerador.
OBS. A capacidade civil não tem nada a ver com a tributária. Por isso, um menor pode
ter que pagar algum tributo.
Pode pagar em cheque? Pode, se for do banco sacado, não pode ter que compensar.
Banco do Brasil sim.
Posso não pagar? Sim, pode escolher não pagar, vai ser inscrito em dívida ativa, vai para
execução, prescreve após 5 anos. Não há crime nisso.
O termo compulsório é do ponto de vista de que quando se pratica o fato gerador, não se
tem escolha, será gerado o lançamento e o constituído o crédito tributário.
EX. atropelamento dirigindo bêbado: a conduta de atropelar não será tributada. Mas o
dinheiro que ele usar para pagar a indenização será tributado.
CRÉDITO NÃO TRIBUTÁRIO: multas, das mais diversas multas, como pena de multa
ou multa do estatuto do estrangeiro, são créditos não tributários executados pela lei de execução
fiscal.
PENAL – se não paga a multa não converte em prisão porque tem natureza de ato ilícito
cível e é executada. Ao passo que a pena privativa de liberdade substituída por prestação
pecuniária sim converte em prisão, porque sem caráter de sanção penal.
ATO ILÍCITO PRATICADO NÃO GERA TRIBUTO, PODE GERAR MULTA
EXECUTADA PELA LEI DA EXECUÇÃO FISCAL, GERA UM CRÉDITO NÃO
TRIBUTÁRIO.
AUTO DE INFRAÇÃO NÃO É LANÇAMENTO: desse modo, não pode pagar para
extinguir a punibilidade de crime de descaminho. Uma vez consumado, não tem mais como
pagar. Crime formal. Se tem perdimento não tem multa, o auto de infração é para comprovar o
pagamento do DARF, se não comprova da perdimento.
- Se não tem lançamento, não tem crédito tributário.
Lançamento: formalização do crédito tributário.
Por que o traficante tem que pagar imposto? Porque ele teve acréscimo de capital no
seu patrimônio, hipótese de incidência. O que o artigo diz que não pode é que o tributo seja
sanção de ato ilícito, in casu, o que se tributa é o acréscimo de capital decorrente de ato ilícito, o
tributo não é uma sanção de ato ilícito.
- Quem pode criar tributo? Só quem cria tributo é a constituição federal.
As espécies de tributo da CF e do CTN não batem. São 5 espécies de tributos, mas a CF
foi falha porque fala em três, mas depois fala dos outros 2:
1. Imposto;
2. Taxa;
3. Contribuição e melhoria;
4. Empréstimo compulsório;
5. Contribuições.
LEI: documento que passou por processo legislativo e contém norma.
Toda norma decorre de uma lei? Pode decorrer de ato administrativo, como instrução
normativa ou resolução, por exemplo.
Não é só a lei que regulamenta, a melhor palavra seria norma.
Princípios gerais do direito: se comprova matematicamente que existe, não se sabe o que
é mas altera a realidade fática. Está cunhado no Código Civil e é aplicado no tributário.
Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada: tem o autolançamento,
então não está certo. Plenamente vinculada quando praticada pelo auditor, embora quando eu
faça também precisa estar plenamente vinculado a norma.
Se for crime contra a ordem tributária em qualquer momento que pagar o crédito
tributário extingue a punibilidade.
Quando há fraude e dolo não é possível o parcelamento.
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da
respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
Contudo não se identifica pelo fato gerador o empréstimo compulsório e contribuições
sociais, que é pela finalidade. * PROVA
Imposto: eu ajo e eu pago. Artigo 16. No caso do IPTU, por exemplo, a ação é ser
proprietário de terreno na virada do ano. Esfera privada do indivíduo. O estado faz toda a ação, o
estado só tributa.
Taxa: o estado age e eu pago. Toda vez que existe atividade de polícia na fiscalização eu
pago uma taxa. Prestação de serviço público. EX. alvará (de funcionamento por exemplo), taxa
de bombeiro e afins. Paga para o município fiscalizar, a prefeitura é apenas a sede. 77 a 80,
Contribuição de melhoria: o fato gerador ocorre não somente com a obra pública, mas a
obra pública somada a valorização do imóvel. EX. asfaltar a rua. Diminuição do valor venal não
gera dever de contribuição de melhoria, ao contrário, pode pedir para diminuir a base de cálculo,
através de pedido administrativo ou mandado de segurança.
Empréstimo compulsório: competência exclusiva da união, regulamentado por lei
complementar. Paga um valor embutido em coisas como carros e combustível e depois de
determinado tempo pede de volta na receita. Medida excepcional, como em tempos de guerra,
por exemplo. 148 CF.
Contribuições sociais (149, 149 A): descontos em folhas salariais como contribuição
previdenciária por exemplo. Natureza parafiscal.
3 tipos de funções dos tributos:
Função fiscal: recolher dinheiro. Imposto de renda.
Função extrafiscal: regular o mercado. PROVA exceção: imposto de importação e
exportação, IPI. Na pandemia parou de tributar coisas como a seringa a fim de fornecer a
demanda necessária ao mercado. Tem que ser facilmente modificável, sem passar pelo
congresso. São exceção ao princípio da legalidade e da anterioridade? Existe uma lei que diz
essas alíquotas podem ser alteradas em razão da sua natureza, de modo que não contraria a
legalidade, porque está prevista. Tem anterioridade porque vai aplicar ao fato gerador do dia
seguinte, e não o anterior.
Parafiscal: fora do sistema tributário, mas faz parte do CTN. Toda vez que não for um
ente federativo que recolhe tem essa natureza, ex. OAB.
PROVA: NÃO EXISTE PRINCÍPIO DA ANUIDADE. APENAS DA
ANTERIORIDADE. Alguns como o imposto de renda existe a anterioridade do exercício que
não é anual.
Trabalho: qualquer livro 145 em diante da CF, 10 princípios, escrito a mão. Onde está o
fundamento legal e constitucional (ctn). Dizer o que é trazendo exemplos. Princípio da
noventena se aplica no imposto tal e tal por isso e isso.

Não pode alegar inconstitucionalidade (legalidade ou não) em um processo


administrativo, já que no âmbito administrativo não tem jurisdição para dizer o direito.
NÃO EXISTE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE NO DIREITO TRIBUTÁRIO É
ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO FINANCEIRO – CAI NA PROVA.
Nenhum tributo é exceção ao princípio da anterioridade, pois todos tem que ter lei
anterior, o que se limita a anterioridade é o vigor da lei. A questão temporal.
Pq emite nota fiscal se é isento de tributo? Pq é obrigação acessória.

28/08 – Aula na segunda-feira (adiantando aula) – competência


Residência e domicílio – conceituar
Se escolhe o domicílio na declaração de imposto de renda, pode ter vários e na declaração
você escolhe qual usar.
Decisão recente do STF (não pacificada): não incide imposto de renda sobre pensão ou
verbas familiares.
Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e as
convenções internacionais, os decretos e as normas complementares que versem, no todo ou em
parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles pertinentes.
Instrução normativa (da receita por exemplo) faz parte da legislação tributária? Pode.
Quando a norma tributária estabelecer que instrução normativa pode fazer x (complementar o
tributário), pode.
Nesse caso, a norma de natureza tributária pode determinar isso, nem sempre a norma vai
ter natureza tributária, também pode ser de natureza civil.
Diferença entre legislação tributária e lei tributária?
Legislação tributária: tudo que tem matéria tributária, inclusive o que regulamenta,
inclusive código civil no que aplicável
Lei tributária: o que está exclusivamente em lei que diz sobre tributário
Toda norma de natureza administrativa que complementa uma lei de natureza tributária é
uma legislação tributária.
Integra mas não faz parte da legislação tributária: quando se aplica norma de direito civil,
por exemplo, em ocasião tributária.
Não há hierarquia de leis, se a cf diz que é por lei complementar, é apenas por lei
complementar, não pode ser matéria discutida em outra lei.
Vigência: vacacio legis, antes de vigor, ou até mesmo sem vigor mas ainda sem anular.
Vigor: tem aplicabilidade.
Somente lei pode estabelecer tributos.
A constituição cria, a lei tributária regulamenta o tributo criado pela constituição.
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21,
26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o
disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto
nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus
dispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de
dispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que
importe em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II
deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
Aumento de pagamento não necessariamente é aumento na alíquota, pode ser por
valorização do imóvel, veículo, enfim, do bem;
Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções
internacionais e dos decretos:
I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que
a lei atribua eficácia normativa;
III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;
IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios.
Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição
de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de
cálculo do tributo.

SUJEITO ATIVO: quem é competente para legislar infraconstitucionalmente sobre o


tributo.
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa
nos termos do artigo 116.
Art. 107. A legislação tributária será interpretada conforme o disposto neste Capítulo.

Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a


legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada:
I - a analogia;
II - os princípios gerais de direito tributário;
III - os princípios gerais de direito público; do direito privado não pode!
IV - a eqüidade.
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto
em lei.
§ 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de
tributo devido.
Os elementos principais da obrigação tributária devem ser interpretados literalmente.
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se
da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: PROVA NA PROVA VAI
ESTAR ESCRITO LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MAS É APENAS LEI TRIBUTÁRIA
I - à capitulação legal do fato;
II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos
seus efeitos;
III - à autoria, imputabilidade, ou punibilidade;
IV - à natureza da penalidade aplicável, ou à sua graduação.
O FATO GERADOR SEMPRE VAI SER O MÉRITO DE DEFESA DE AÇÃO
TRIBUTÁRIA.
Pode existir crédito tributário sem fato gerador? Se a multa não é paga, vira crédito
tributário, então é executada. É possível, quando se aplica multa em caso de imunidade ou
isenção. Se aplica tributário, mas não tem natureza tributária.

29/08 – Conceitos principais


Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
- Esse artigo diz basicamente que o fato gerador está positivado.
- Não tem como um fato gerador começar e não terminar, por isso não existe fato gerador
pendente (não existe meio gravida).
- O que pode ser pendente é um negócio jurídico que ao final gera um fato gerador.
- PARA A PROVA: ITBI paga na matrícula e não na escritura. É o correto, mas na
pratica o cartório não faz matrícula sem pagar o ITBI.
- Pode ter ITBI em outras ocasiões que não na escritura.
Quando usa um imóvel ou afins para integralizar capital de empresa, a propriedade do
bem passa para a PJ, ainda que seja um único sócio e assine como pessoa jurídica.
Ocorrendo o fato gerador, se não for caso de isenção ou imunidade, tem que pagar o
imposto. O fato gerador materializa a norma.
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação
principal.
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL: TEM QUE ESTAR NA LEI TRIBUTÁRIA
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA: PODE ESTAR NA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA, pode
não obedecer ao princípio da legalidade.
Pode ter um crédito tributário de natureza dupla, principal e acessória.
Art. 113, § 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se
em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Se só tem a acessória ela se torna crédito tributário, mas se ela já vem junto com uma
obrigação principal, ela já vem como principal e não acessória.

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável. – quando vem de lei e não mero fato, como IPTU
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Imposto de renda: um fato gerador que ocorre várias vezes.
Se contrato social cria a empresa, então o distrato a desfaz.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em
contrário (144), os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da
celebração do negócio.
SUSPENSIVA: exemplo do casamento com a japonesa.
RESOLUTÓRIA: ocorre quando acontece.
A lei aplicável não é a que está em vigor no lançamento, mas no momento do fato
gerador.
Se for lançado a menor pode fazer outro lançamento (novo darf da diferença), assim tem
2 lançamentos mas o fato gerador não é o mesmo.
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; - a validade
jurídica do negócio jurídico é irrelevante para que ele seja polo passivo da obrigação tributária,
mas os pressupostos do negócio jurídico são necessários a sua concretização.
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Fato gerador, de forma simplista, pode ser definido como a prática de ato previsto na
hipótese de incidência.
Obrigação principal: pagar
Obrigação acessória: fazer ou deixar de fazer algo.
Lançamento de ofício: auto de infração, não é tributário.
O crédito é tributário quando se identificar o fato gerador, a hipótese de incidência e o
lançamento.
A obrigação acessória nem sempre está na lei, pode estar na legislação.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas (de fazer, não fazer), nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Toda obrigação acessória tem uma obrigação principal? Não, exemplo: dever de emitir
nota fiscal, se não emitir pode gerar um auto de infração.
Lei tributária: decorre diretamente da CF, lei complementar ou ordinária.
Sujeito ativo: apenas quem tem competência para legislar (união, df, estados e
municípios).
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
Este artigo está derrogado em parte pelo 149 da CF.
Sujeito passivo: quem a norma diz que tem que pagar o crédito tributário, nem sempre o
praticante do fato gerador, como em caso de empresas. Ou quem a norma diz que tem que fazer
ou não fazer a obrigação acessória.
O office boy não seria responsável solidário nem subsidiário (benefício de ordem) porque
não está investido na condição de sócio da pj.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.
Contribuinte: pessoa jurídica (praticante do fato gerador), ou pessoa física se ela mesma
praticou o ato.
Desse modo, o sócio não é inicialmente o responsável pelo crédito tributário.
A pessoa jurídica não se confunde com o sócio, mesmo que só tenha 1.
Sujeito passivo é gênero do qual é espécie contribuinte ou responsável.
Contribuinte: vinculado ao fato gerador
Responsável: aquele que a lei diz que tem que pagar.
O estatuto da empresa diz quem é o responsável, é aquele que pratica ato de gestão,
administrador, inclusive, pode a empresa ter administrador não sócio. Esse não sócio não
necessariamente é o responsável pelo inadimplemento da empresa, o responsável será quem
praticou o ato fraudulento, mas ele pode ser. Nem sempre aquele que praticou fraude é o sócio
administrador.
Responsável: QUEM A LEI DETERMINAR QUE PODE.
O fato de uma PJ não pagar o crédito tributário NÃO GERA A RESPONSABILIDADE
DO SÓCIO. Apenas se agir contrário ao estatuto ou a lei. Ou seja, não pagamento + dolo
(responsabilidade solidária) ou culpa (responsabilidade subsidiária).
Toda clausula de direito privado que for colocada a fim de restringir a responsabilidade
tributária é nula.
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Locatário: não pode ser chamado como responsável solidário no processo de cobrança
fiscal, mas depois pode entrar com ação cível para reaver o valor.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou
limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração
direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional. – A PJ NÃO PRECISA ESTAR FORMALIZADA NA
JUNTA COMERCIAL.
O responsável deve ser capaz, o contribuinte não. Se o responsável por incapaz ele fica
isento. Se na data do fato gerador ele é capaz, ele responde mesmo que depois tenha se tornado
incapaz.
E se ele era capaz e deixou de pagar porque tornou-se incapaz? Pode-se alegar excludente
de ilicitude, fato superveniente. Mas se não ocorre dolo ou culpa o responsável não responde
solidariamente.
Quando o crédito tributário está definitivamente constituído? Sumula vinculante 24. De modo
geral, quando não houver impugnação ou não couber mais recurso no processo administrativo. Todavia, o
crédito tributário não precisa necessariamente passar por um PAF, se alguém declara e não paga, na data
após o vencimento já é definitivo. Ou seja, o CT não deriva apenas de PAF.
Para haver crime tem que ter o crédito + dolo, se não tiver dolo é fato atípico.
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade; - se a pessoa não for localizada, não pode ser citado na pessoa de
terceiros, não pode obrigar terceiros a fornecerem novos endereços. Não se presume que a pessoa foi
intimada porque não foi ela quem forneceu o endereço. (regra administrativa)
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede,
ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou
da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Não existe baixa de CPF, é impossível.
Distribuição de lucro não tributa, mas se não declara recebe multa pq é obrigação de fazer
(acessória).
O auditor tem que estar investido na circunscrição onde a pessoa tem domicílio, é
questão de competência do auditor para fiscalizar a pessoa.
A importância do domicílio é a competência para fiscalizar a pessoa (fazer o auto de
infração).
SE FOI ENTREGUE E ESQUECEU NA CAIXA DE CORREIO: É VALIDO.
Para fins tributários, a data do prazo não conta a partir da juntada do AR no processo,
mas sim da intimação efetiva. Isso porque você quem indica o domicílio, então existe uma
presunção legal de que você está lá. Se for empresa e o oficial de justiça certificar que a empresa
não está mais lá, já desconsidera a personalidade jurídica e atinge os bens dos sócios,
principalmente do administrador.
Auto de infração e notificação de lançamento são lançamentos de ofício. Mas nem todo
lançamento de ofício é A.I. ou N.L.
Se mandar para endereço diverso e não recebeu é nulo, se for para endereço diverso e
recebeu é válido, pode ser que o auditor vá lá também.
Se for no endereço fiscal pode ser na pessoa de terceiros, não precisa ser pessoal, o
porteiro pode receber.
É permitido ter domicílio fiscal no Brasil e em outro país ao mesmo tempo.
Crime: falar que mora no py mas mora no brasil.
Embora a pessoa saia definitivamente do brasil e faça a declaração (não paga mais IR)
continua sendo contribuinte porque continua pagando imposto sobre os bens que tem no brasil.
186 dias corridos ou intercalados no ano fora do brasil: deixa de ser contribuinte de IR.
Não precisa ganhar IR do que ganha fora, se tiver um imóvel alugado tem que pagar ir sobre o
valor auferido a título de aluguel.

AULA DO DIA 03.10.2023 – segunda prova


Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.
Responsabilidade por substituição: sabe-se que quem pode ser substituído é o
contribuinte. Quem recolhe é o responsável. Ou seja, quando o imposto é retido na fonte, quem
recolhe é o responsável (estado).
Progressiva (para frente): Contribuinte de fato e de direito não existe, é
contribuinte ou responsável. Para frente: o responsável joga para o contribuinte (contribuinte de
fato). O responsável joga para o contribuinte.
Regressiva (para trás): substitui o contribuinte pelo responsável.
Responsabilidade por transferência: tem uma norma que transfere a responsabilidade de
X para Y.
Por sucessão (129 – 133 CTN):
Por terceiros:
Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso de constituição à data dos atos nela referidos, e aos
constituídos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativos a obrigações tributárias
surgidas até a referida data.
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço. – as vezes no edital consta que tem que pagar o valor do imóvel + a diferença
que restou do crédito tributário. Tem que estar escrito “não crédito”. Assim, o comprador não
será responsável por sucessão intervivos.

- Pode haver sucessão intervivos ou causa mortis; dois tipos de bens, móveis ou imóveis.
Sucessão de vivos: compra e venda que já vem com IPTU vencido, após a transferência
se torna responsável.
130 – Sucessão de bens imóveis,
Tipos de certidões: positiva, negativa, positiva com efeito de negativa.
Por substituição a responsabilidade ocorre junto com o fato gerador.
Leiteiro entregou o leite: para trás, indústria processa o leite e vende aí recolhe da
distribuidora.
Pedir certidão para não ter sucessão entre vivos. Se a certidão for feita errada, depois não
precisa pagar (fica com o antigo proprietário e o cartório fica subsidiariamente responsável).
Na sucessão a responsabilidade ocorre depois de transmitido o bem, ou seja, a
responsabilidade vem DEPOIS do fato gerador. Na verdade, muda o sujeito passivo.

AULA DO DIA 17/10


Qual o objeto da responsabilidade? O crédito tributário.
RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO
Da empresa: objetiva
Pessoal: analisar 137
Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da
legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade,
natureza e extensão dos efeitos do ato.
- Responsabilidade objetiva, tem que comprovar apenas o nexo de causalidade.
Praticada a conduta que gerou infração (transgressão da lei tributária), gera a
responsabilidade objetiva.
A responsabilidade é pessoal (pode gerar para o advogado).
Infração: pode ter crédito tributário ou não.
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao agente:
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; SUBJETIVA, conduta que
transgride lei tributária E penal.
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar;
decorre de infração administrativa (sem crime ou contravenção).
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou
empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra
estas.
Se tem crédito tributário reduzido ou suprimido, tem dano ao erário. Se não tem dano ao
erário a conduta é atípica, mesmo havendo infração administrativa.
Funcionário que obedece a ordem: exclusão de responsabilidade.
Responde na esfera penal? Responde, a excludente não abrange a esfera criminal.
Requisitos imputação penal por crime tributário: crédito tributário definitivamente
constituído (justa causa). Materialidade: crédito tributário definitivamente constituído, sumula
vinculante 24 do STF. No criminal responde apenas pelo crédito tributário (obrigação principal)
não responde pela multa (acessória). DOLO, TEM QUE TER DOLO.
Multa, juros, correção não faz parte do crédito tributário, se for menos de 20 mil reais da
para pedir aplicação da insignificância (excluídos tais valores).
Quando o crime for formal não precisa do crédito.
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração,
acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito
da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa
de apuração – apenas o contribuinte pode fazer a denúncia espontânea ou o gestor da
empresa; tem que ter um requisito negativo (ANTES DA INSTAURAÇÃO DO
PROCEDIMENTO DE INVESTIGAÇÃO – ANTES DA NOTIFICAÇÃO).
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de
qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.
O pagamento também exclui a responsabilidade penal.

Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus
efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não
afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue,
ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não
podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação
ou as respectivas garantias.
Se uma obrigação acessória for convertida em principal não pode ser objeto de infração
penal, porque não é crédito tributário, considerando a definição do 139.
Em uma execução se ataca o crédito tributário

Você também pode gostar