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O que é tributo?
CTN Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
No primeiro momento do pagamento, apenas em dinheiro. Não dá para chegar na caixa e
pedir para pagar um DARF com um carro. É o primeiro momento do lançamento.
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e
existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente
constituída, nos termos de direito aplicável. – quando vem de lei e não mero fato, como IPTU
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou
negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador
do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os
procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Imposto de renda: um fato gerador que ocorre várias vezes.
Se contrato social cria a empresa, então o distrato a desfaz.
Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em
contrário (144), os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;
II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da
celebração do negócio.
SUSPENSIVA: exemplo do casamento com a japonesa.
RESOLUTÓRIA: ocorre quando acontece.
A lei aplicável não é a que está em vigor no lançamento, mas no momento do fato
gerador.
Se for lançado a menor pode fazer outro lançamento (novo darf da diferença), assim tem
2 lançamentos mas o fato gerador não é o mesmo.
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes,
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; - a validade
jurídica do negócio jurídico é irrelevante para que ele seja polo passivo da obrigação tributária,
mas os pressupostos do negócio jurídico são necessários a sua concretização.
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.
Fato gerador, de forma simplista, pode ser definido como a prática de ato previsto na
hipótese de incidência.
Obrigação principal: pagar
Obrigação acessória: fazer ou deixar de fazer algo.
Lançamento de ofício: auto de infração, não é tributário.
O crédito é tributário quando se identificar o fato gerador, a hipótese de incidência e o
lançamento.
A obrigação acessória nem sempre está na lei, pode estar na legislação.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela
decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as
prestações, positivas ou negativas (de fazer, não fazer), nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária.
Toda obrigação acessória tem uma obrigação principal? Não, exemplo: dever de emitir
nota fiscal, se não emitir pode gerar um auto de infração.
Lei tributária: decorre diretamente da CF, lei complementar ou ordinária.
Sujeito ativo: apenas quem tem competência para legislar (união, df, estados e
municípios).
Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da
competência para exigir o seu cumprimento.
Este artigo está derrogado em parte pelo 149 da CF.
Sujeito passivo: quem a norma diz que tem que pagar o crédito tributário, nem sempre o
praticante do fato gerador, como em caso de empresas. Ou quem a norma diz que tem que fazer
ou não fazer a obrigação acessória.
O office boy não seria responsável solidário nem subsidiário (benefício de ordem) porque
não está investido na condição de sócio da pj.
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.
Contribuinte: pessoa jurídica (praticante do fato gerador), ou pessoa física se ela mesma
praticou o ato.
Desse modo, o sócio não é inicialmente o responsável pelo crédito tributário.
A pessoa jurídica não se confunde com o sócio, mesmo que só tenha 1.
Sujeito passivo é gênero do qual é espécie contribuinte ou responsável.
Contribuinte: vinculado ao fato gerador
Responsável: aquele que a lei diz que tem que pagar.
O estatuto da empresa diz quem é o responsável, é aquele que pratica ato de gestão,
administrador, inclusive, pode a empresa ter administrador não sócio. Esse não sócio não
necessariamente é o responsável pelo inadimplemento da empresa, o responsável será quem
praticou o ato fraudulento, mas ele pode ser. Nem sempre aquele que praticou fraude é o sócio
administrador.
Responsável: QUEM A LEI DETERMINAR QUE PODE.
O fato de uma PJ não pagar o crédito tributário NÃO GERA A RESPONSABILIDADE
DO SÓCIO. Apenas se agir contrário ao estatuto ou a lei. Ou seja, não pagamento + dolo
(responsabilidade solidária) ou culpa (responsabilidade subsidiária).
Toda clausula de direito privado que for colocada a fim de restringir a responsabilidade
tributária é nula.
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à
responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para
modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Locatário: não pode ser chamado como responsável solidário no processo de cobrança
fiscal, mas depois pode entrar com ação cível para reaver o valor.
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou
limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração
direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma
unidade econômica ou profissional. – A PJ NÃO PRECISA ESTAR FORMALIZADA NA
JUNTA COMERCIAL.
O responsável deve ser capaz, o contribuinte não. Se o responsável por incapaz ele fica
isento. Se na data do fato gerador ele é capaz, ele responde mesmo que depois tenha se tornado
incapaz.
E se ele era capaz e deixou de pagar porque tornou-se incapaz? Pode-se alegar excludente
de ilicitude, fato superveniente. Mas se não ocorre dolo ou culpa o responsável não responde
solidariamente.
Quando o crédito tributário está definitivamente constituído? Sumula vinculante 24. De modo
geral, quando não houver impugnação ou não couber mais recurso no processo administrativo. Todavia, o
crédito tributário não precisa necessariamente passar por um PAF, se alguém declara e não paga, na data
após o vencimento já é definitivo. Ou seja, o CT não deriva apenas de PAF.
Para haver crime tem que ter o crédito + dolo, se não tiver dolo é fato atípico.
Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma
da legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade; - se a pessoa não for localizada, não pode ser citado na pessoa de
terceiros, não pode obrigar terceiros a fornecerem novos endereços. Não se presume que a pessoa foi
intimada porque não foi ela quem forneceu o endereço. (regra administrativa)
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua sede,
ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território da
entidade tributante.
§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo,
considerar-se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou
da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.
§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou
dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.
Não existe baixa de CPF, é impossível.
Distribuição de lucro não tributa, mas se não declara recebe multa pq é obrigação de fazer
(acessória).
O auditor tem que estar investido na circunscrição onde a pessoa tem domicílio, é
questão de competência do auditor para fiscalizar a pessoa.
A importância do domicílio é a competência para fiscalizar a pessoa (fazer o auto de
infração).
SE FOI ENTREGUE E ESQUECEU NA CAIXA DE CORREIO: É VALIDO.
Para fins tributários, a data do prazo não conta a partir da juntada do AR no processo,
mas sim da intimação efetiva. Isso porque você quem indica o domicílio, então existe uma
presunção legal de que você está lá. Se for empresa e o oficial de justiça certificar que a empresa
não está mais lá, já desconsidera a personalidade jurídica e atinge os bens dos sócios,
principalmente do administrador.
Auto de infração e notificação de lançamento são lançamentos de ofício. Mas nem todo
lançamento de ofício é A.I. ou N.L.
Se mandar para endereço diverso e não recebeu é nulo, se for para endereço diverso e
recebeu é válido, pode ser que o auditor vá lá também.
Se for no endereço fiscal pode ser na pessoa de terceiros, não precisa ser pessoal, o
porteiro pode receber.
É permitido ter domicílio fiscal no Brasil e em outro país ao mesmo tempo.
Crime: falar que mora no py mas mora no brasil.
Embora a pessoa saia definitivamente do brasil e faça a declaração (não paga mais IR)
continua sendo contribuinte porque continua pagando imposto sobre os bens que tem no brasil.
186 dias corridos ou intercalados no ano fora do brasil: deixa de ser contribuinte de IR.
Não precisa ganhar IR do que ganha fora, se tiver um imóvel alugado tem que pagar ir sobre o
valor auferido a título de aluguel.
- Pode haver sucessão intervivos ou causa mortis; dois tipos de bens, móveis ou imóveis.
Sucessão de vivos: compra e venda que já vem com IPTU vencido, após a transferência
se torna responsável.
130 – Sucessão de bens imóveis,
Tipos de certidões: positiva, negativa, positiva com efeito de negativa.
Por substituição a responsabilidade ocorre junto com o fato gerador.
Leiteiro entregou o leite: para trás, indústria processa o leite e vende aí recolhe da
distribuidora.
Pedir certidão para não ter sucessão entre vivos. Se a certidão for feita errada, depois não
precisa pagar (fica com o antigo proprietário e o cartório fica subsidiariamente responsável).
Na sucessão a responsabilidade ocorre depois de transmitido o bem, ou seja, a
responsabilidade vem DEPOIS do fato gerador. Na verdade, muda o sujeito passivo.
Art. 139. O crédito tributário decorre da obrigação principal e tem a mesma natureza
desta.
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus
efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não
afetam a obrigação tributária que lhe deu origem.
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue,
ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não
podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação
ou as respectivas garantias.
Se uma obrigação acessória for convertida em principal não pode ser objeto de infração
penal, porque não é crédito tributário, considerando a definição do 139.
Em uma execução se ataca o crédito tributário