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REVISÃO PARA PROVA DIREITO TRIBUTÁRIO

1) DIFERENCIE AS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS.


CONCEITUE TRIBUTOS E AS ESPÉCIES.
R: Conforme o artigo 3º. Do CTN, TRIBUTO é (1) toda prestação pecuniária (2) compulsória, (3) em moeda ou cujo
valor nela se possa exprimir, (4) que não constitua sanção de ato ilícito, (5) instituída em lei e (6) cobrada mediante
atividade administrativa plenamente vinculada.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS – De acordo com a corrente doutrinária majoritária, existem 5 espécies de tributos no atual
sistema tributário nacional, teoria pentapartida. Os quais são:
1. Imposto - é todo o montante de dinheiro que os cidadãos de um país devem pagar ao Estado para garantir a
funcionalidade de serviços públicos e coletivos;
2. Taxas – É determina pelo tributo com FG;
3. Contribuições de melhoria – Tem como FG a realização de uma obra que implique valorização no imóvel do
contribuinte. Distingue-se do imposto pela atividade estatal especifica.
4. Empréstimos compulsórios – É o tributo que tem como finalidade atender a um investimento de caráter
urgente, com instituição por meio de lei complementar.
5. Contribuições – São as que tem destinação especifica do produto arrecadado e finalidade determinada.

2) EXPLIQUE, EM DETALHES, COMO SE DÁ A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RELIGIOSA


R: A imunidade tributária aos templos de qualquer culto, disposta pelo artigo 150, inciso VI/CF, garante que qualquer
entidade de cunho religioso seja imune a todo tipo de imposto governamentais no Brasil. Essa imunidade se aplica não
somente aos impostos do templo onde ocorrem cerimonias religiosas, mas abrange também rendas e serviços
relacionados à sua entidade mantededora.
Entre os impostos mais comuns isentos as entidades religiosas estão o IPTU, IR, CONFINS, ICMS e ITCMD (Imposto sobre
Transmissão Causa Mortis e Doação). Para que isso aconteça a entidade religiosa precisa ser cadastrada.

3) TRIBUTO, DECRETO E PORTÁRIA – DISSERTE


R: O Tributo - é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Existem vários tipos de tributo, e os dois tipos mais conhecidos são as taxas e os impostos. Portanto, todo imposto é
um tributo. No entanto, nem todo tributo é um imposto.
O tributo é uma prestação cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Em outras palavras, o
poder público não pode se abster da cobrança de tributos devidos. Da mesma forma que você é obrigado a pagar, ele
é obrigado a recolher.
O Decreto - é o decreto não tem natureza jurídica de lei, mas é expedido por uma autoridade competente por via
judicial. Ele pode ser categorizado como um ato administrativo, porém sua emissão depende do Chefe do Poder
Executivo da União, estado ou município, sem a necessidade de passar pela aprovação do Poder Legislativo .
A Portaria - é um documento de ato administrativo de qualquer autoridade pública, que contém instruções acerca da
aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações,
demissões, punições, ou qualquer outra determinação da sua competência.

4) COMO É “ A LINHA DO TEMPO DO DIREITO TRIBUTÁRIO” Lançada


H.I. F.G. O.T. C.T. D.A.
(Hipótese de Incidência) (Fato Gerador) (Obrigação Tributária) (Crédito Tributário) (Dívida Ativa)
Lei Se a compra ou conduta A possibilidade que o Boleto Se não pagar vai para
I.R. Acontecer estado tem de cobrar Dívida Ativa
Auferir Renda = Pagar I.R. Então ...

5) DIFERENCIE COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA DE CAPACIDADE TRIBUTÁRIA ATIVA


R: Competência Tributária - é o poder de legislar, de criar o tributo. A competência tributária é indelegável.
Capacidade tributária - é o poder de cobrar, fiscalizar e arrecadar o tributo. O que é delegável são as funções de
arrecadar, fiscalizar e executar. Então a capacidade tributária ativa pode ser delegada.

6) HÁ “ ASSUNTOS” TRIBUTÁRIOS RESERVADOS A LEI COMPLEMENTAR


R: Sim, Cabe a lei complementar definir tributos e suas espécies. Dentre os impostos que a CF exige lei
Complementar, podem ser citados os seguintes:
1 – Empréstimos compulsórios;
2 – Impostos Residuais de competência da União;
3 – Contribuição da Seguridade Social residuais;
4 – Imposto sobre Grandes Fortunas.

7) IRRETROATIVIDADE NO DIREITO TRIBUTÁRIO


R: Pelo princípio da irretroatividade tributária a lei deve abranger fatos geradores posteriores à sua edição, ou seja,
não pode retroceder para abarcar situações pretéritas. Portanto, será aplicada a lei vigente no momento do fato
gerador.

8) IMUNIDADE X ISENÇÃO:
R: Imunidade – CF Isenção – Lei
A imunidade é determinada pela Constituição Federal sobre tributação de certas pessoas ou certos fatos, enquanto a
isenção é o exercício da competência do ente da federação.
A imunidade é uma modalidade trazida no artigo 150 e 153 da Constituição Federal Brasileira, em um resumo simples,
imunidade é quando uma pessoa, ser ou entidade fica proibido de pagar um determinado imposto e ou tributo, ou seja,
o Estado não pode sob hipótese alguma cobrar deste o imposto, mesmo com a propositura de nova lei autorizando.
A isenção, diferente da imunidade não está na constituição, mas sim em leis. Sendo assim a isenção não é abrangida
em todo território nacional, ela diz respeito apenas a Estados e Municípios e pode ser retirada a qualquer momento
pela criação de uma nova lei, ou até mesmo pela revogação de lei que a concedeu.

9) IMPOSTOS: UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS


R: Impostos Federais – Em geral seu destino é a manutenção do Governo Federal.
São responsáveis por cerca de 60% das arrecadações do país.
São eles: IOF, II, IPI, IRPF, IRPJ, Cofins, PIS / Pasep, CSLL, INSS.

Impostos Estaduais: Já os impostos estaduais são destinados a manutenção da administração do Governo Estadual,
bem como a financiamento de serviços públicos do estado e investimentos em infraestrutura a nível estadual (escolas
e faculdades estaduais, rodovias estaduais, etc).
São responsáveis por cerca de 28% das arrecadações do país.
Sendo eles: ICMS, IPVA, ITCMD.

Impostos Municipais: Os impostos municipais são de ordem do município e destinados a manutenção da


administração pública local, serviços, investimentos e manutenções locais. São destinados para escolas municipais,
unidades de pronto atendimento, etc.
São responsáveis por cerca de 5,5% das arrecadações do país.
São eles: IPTU, ISS, ITBI.

Os impostos federais, estaduais e municipais são destinados a manter as suas respectivas máquinas públicas
funcionando.

10) PRINCÍPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO


R: Os mais importantes são:
1 – Princípio da legalidade tributária - Decorrente do princípio da legalidade que afirma que ninguém será obrigado
a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, a legalidade tributária impõe que somente uma lei em
sentido estrito poderá criar ou aumentar tributo.

2 – Princípio da isonomia - O princípio da isonomia, uma das bases do regime democrático, também está presente
na ordem tributária. Ele impede tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente,
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida, independentemente da
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

3 – Princípio da irretroatividade - Em geral, o princípio da irretroatividade veda que as leis possam atingir fatos já
realizados para que os cidadãos possam planejar seu futuro com a certeza da solidez de seu passado. Fruto dessa
vedação, nenhuma norma que houver instituído ou aumentado determinado tributo pode retroagir a fatos geradores
anteriores ao início de sua vigência.

4 – Princípio da anterioridade - Nenhuma espécie tributária pode ser cobrada no mesmo exercício financeiro em
que foi criada ou aumentada. Um tributo criado ou que sofreu uma majoração em um exercício financeiro, que
começa no dia 1º de janeiro e termina no dia 31 de dezembro, apenas poderá começar a ser cobrado no outro
exercício financeiro, ou seja, no ano seguinte à sua instituição ou majoração. O princípio da anterioridade tem a
finalidade de garantir certo lapso temporal para que os cidadãos possam adequar suas condutas de forma a sofrerem
uma menor incidência da obrigação tributária instituída ou majorada.

5 – Princípio da noventena - A noventena configura-se na vedação à União, aos estados-membros, ao Distrito


Federal e aos municípios de cobrar tributos antes de decorridos noventa dias da data da publicação da lei que os
instituiu ou aumentou. Ela é válida desde que seja observado o princípio da anterioridade tributária, que
expressamente impede a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os
instituiu ou aumentou.

6 – Princípio da capacidade contributiva - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal individualizando
os cidadãos com o estabelecimento do valor devido de acordo com a sua capacidade econômica. Este princípio não se
refere às condições econômicas subjetivas do contribuinte de forma individualizada, mas às suas manifestações
objetivas de riquezas, como o seu patrimônio, por exemplo. Se um contribuinte, mesmo sem dispor de dinheiro,
possui um imóvel de elevado valor, apresenta capacidade contributiva e, portanto, deve arcar com o cumprimento
das respectivas obrigações tributárias.

7 – Princípio da liberdade de tráfego -Os entes estatais têm impedimento para estabelecer limitações ao tráfego de
pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela
utilização de vias conservadas pelo Poder Público. O que o princípio da liberdade de tráfego busca é impedir que a
carga tributária possa limitar o tráfego interestadual ou intermunicipal, de bens ou pessoas. Este impedimento
encontra igualmente respaldo na garantia constitucional de liberdade de locomoção.

11) EXCEÇÕES À INVALIDADE E ANTERIORIDADE NONAGESIMAL ( ENTENDER COMO SE DÁ)*


R: O princípio da Anterioridade Nonagesimal determina que o fisco só pode exigir um tributo instituído ou majorado
decorridos 90 dias de da data em que foi publicada a lei que os instituiu ou aumentou. Ele está disposto no item “c”, do
inciso III, do art. 150, da CF.
Os impostos de Importação (I.I.) e de Exportação (I.E.), diante do caráter regulatório que exercem na economia de um
país, constituem exceção ao princípio da anterioridade, por serem revestidos de caráter extrafiscal. Existem em todos
os países e tem a função de regular o comercio internacional, por isso, acham-se livres do princípio da anterioridade
tributária, para dar a União, flexibilidade no exercício ordinário do poder.

12) DIREITO TRIBUTÁRIO X PACTO FEDERATIVO


R: A reforma tributária não fere o pacto federativo. No Brasil, o princípio federativo foi previsto já no artigo 1º ao
mencionar que a República Federativa brasileira é formada pela união indissolúvel dos entes, e alçado ao status de
cláusula pétrea. Não há dúvidas, portanto, que um dos pilares do federalismo brasileiro é a autonomia dos entes, que,
entre outras características, abrange também — mas não somente — a autonomia financeira.
São desprovidas de qualquer fundamento jurídico, não levam em consideração o papel da lei complementar no sistema
tributário brasileiro, nem todas as atuais regras tributárias que já limitam de forma ampla a competência tributária dos
entes no regime dos tributos atuais.

13) HIPOTESE DE IMUNIDADE*


R: A hipótese de Imunidade, é uma não incidência tributária constitucionalmente qualificada. Ou seja, a imunidade
tributária ocorre quando a CF impede a incidência de tributação, exigindo que o estado se abstenha de cobrar
tributos (não sofrer tributação).
Assim, as entidades ou pessoas contempladas com a imunidade têm o direito de realizarem determinada ação que
normalmente configuraria como Fato Gerador de um tributo, mas sem sofrerem a respectiva tributação.
No entanto, a imunidade dó atinge a obrigação principal, permanecendo assim as obrigações acessórias.

14) REMISSÃO X ANISTIA


R: Anistia - é causa de exclusão das consequências jurídicas da ilicitude nos ordenamentos contemporâneos. O
instituto relaciona-se, histórica e etimologicamente, ao esquecimento e, colateralmente, à ideia de um perdão
qualificado pelo direito. A anistia perdoa a infração praticada e dissolve o liame de natureza sancionatória.

Remissão - significa o perdão total ou parcial do crédito tributário (tem por presunção um lançamento já efetivado). O
ato de remitir, de perdoar a dívida Remissão - Perdoa a dívida tributária e dissolve o liame obrigacional-tributário.
No Direito Tributário brasileiro a anistia exclui os valores oriundos do cometimento de determinados ilícitos por parte
do contribuinte. Trata-se, assim, de norma exonerativa, que pode ter abrangência genérica ou particular, projetando-
se apenas para o passado e limitando-se às consequências do ilícito (juros e multa), sem, todavia, atingir o crédito
tributário principal, decorrente da realização do fato gerador.

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