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RESUMO 06

CONTEÚDO DO RESUMO

RESUMO DESCRIÇÃO

01 Conceito de Tributo. Natureza Jurídica do Tributo.

02 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar. Princípios. Imunidades.

03 Competência Tributária.

04 Repartição das Receitas Tributárias.

05 Legislação Tributária.

06 Obrigação Tributária.

07 Responsabilidade Tributária.

08 Crédito Tributário. Lançamento. Modalidades de Lançamento.

09 Suspensão do Crédito Tributário.

10 Extinção do Crédito Tributário.

11 Exclusão do Crédito Tributário.

12 Garantias e Privilégios do Crédito Tributário.

13 Administração Tributária. Fiscalização.

14 Dívida Ativa. Certidão Negativa.

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RESUMO 06

SUMÁRIO

Obrigação Tributária ........................................................................................................................... 03

Fato Gerador ...................................................................................................................................... 05

Elisão Fiscal x Elusão Fiscal ............................................................................................................. 08

Condição Suspensiva x Condição Resolutória.................................................................................. 08

Princípio do PECUNIA NON OLET ....................................................................................................... 09

Sujeito Ativo x Sujeito Passivo ........................................................................................................ 10

Da Solidariedade ................................................................................................................................ 11

Da Capacidade Tributária ................................................................................................................... 13

Do Domicílio Tributário ...................................................................................................................... 14

Conceitos Importantes ....................................................................................................................... 16

Jurisprudência .................................................................................................................................... 17

Considerações Finais ........................................................................................................................ 18

Caderno de Questões do TEC ............................................................................................................. 19

CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Pessoal, hoje iniciaremos o estudo do título “II” do livro segundo do Código Tributário Nacional (CTN).
Essa parte do CTN trata do assunto “OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA”, que se subdivide em 5 capítulos,
começando no art. 113 e terminando no art. 138.

➢ Capítulo I – Disposições Gerais (art. 113)


➢ Capítulo II – Fato Gerador (art. 114 ao art. 118)
➢ Capítulo III – Sujeito Ativo (art. 119 ao art. 120)
➢ Capítulo IV – Sujeito Passivo (art. 121 ao art. 127)
➢ Capítulo V – Responsabilidade Tributária (art. 128 ao 138)

Neste material abordaremos os 4 primeiros capítulos, deixando o último para o próximo PDF.

Sugestão de estudo:

➢ Estude com calma este PDF. Leia-o devagar, mas não se preocupe em memorizar os detalhes,
pois eles serão memorizados com a repetição do estudo desse conteúdo.

Bons estudos!

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA - CONTEXTUALIZAÇÃO

Obrigação tributária é toda obrigação que surge quando se consuma um fato previsto na legislação
tributária. É considerado como um vínculo que une o credor e o devedor para o pagamento de alguma
dívida.

CREDOR OBRIGAÇÃO DEVEDOR


SUJEITO ATIVO TRIBUTÁRIA SUJEITO PASSIVO

O SUJEITO ATIVO É: O SUJEITO PASSIVO É:


➢ O ente instituidor do tributo ➢ O particular (pessoa física ou
(União, Estados, DF ou jurídica), que fica sujeito ao
Municípios); ou cumprimento das obrigações
tributárias.
➢ A pessoa jurídica de direito
público titular da capacidade
tributária ativa. Ex.: Autarquia

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL


DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

COMENTÁRIO
A obrigação principal é representada pelo dever de entregar dinheiro ao Fisco, pagando tributos
ou multas.

A obrigação acessória é representada pelas obrigações de fazer algo (prestações positivas) ou


deixar de fazer algo (abstenção do devedor), ou seja, são prestações acessórias, com o objetivo
de auxiliar a arrecadação e fiscalização tributária.

Exemplo: o particular pode ser obrigado a fazer algo (ex.: escriturar livros fiscais) como também
ser obrigado a deixar de fazer algo (ex.: não impedir o acesso da fiscalização à sua empresa).

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RESUMO 06

Entregar dinheiro ao Fisco,


PRINCIPAL pagando tributos ou multas

OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA Fazer algo
(ex.: escriturar livros fiscais)

Não fazer algo


ACESSÓRIA (ex.: não receber mercadorias sem documento fiscal)

Tolerar que se faça algo


(ex.: não impedir o acesso da fiscalização a sua empresa)

OBSERVAÇÕES

A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o
01 pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito
dela decorrente.

A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações,


02 positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.

A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação


principal relativamente à penalidade pecuniária (multa).

03
Exemplo: A não observância da obrigação acessória (entrega de declaração do IR para a
Receita Federal) tem o condão de convertê-la em principal relativamente à penalidade
pecuniária (multa).

A obrigação tributária de conteúdo patrimonial é chamada de obrigação principal, ao


04 passo que a acessória se caracteriza pela prestação de conteúdo não patrimonial (não
envolve dinheiro), consubstanciada em obrigações de fazer e não fazer.

A obrigação tributária principal tem por objeto uma prestação pecuniária. Por outro lado,
05 a obrigação acessória tem por objeto assessorar a autoridade administrativa a fiscalizar os
pagamentos dos tributos devidos.

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FATO GERADOR

Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável,
impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

FATO GERADOR DA
É a situação definida em Lei
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL

FATO GERADOR DA É a situação definida na


OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA Legislação Tributária

CONCEITOS PERTINENTES

O QUE É HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA?


➢ É a previsão legal e abstrata de uma situação que, concretizada no mundo
01 fático, enseja a tributação.
➢ Exemplo: O Imposto sobre Importação (CTN, art. 19) tem como hipótese de
incidência a entrada de produtos estrangeiros no território nacional.

O QUE É FATO GERADOR?


➢ É o acontecimento previsto na lei que se verifica no mundo real. O fato
gerador é uma evolução da hipótese de incidência, pois ocorre no mundo dos
fatos.
02
➢ Exemplo: O Imposto sobre Importação (CTN, art. 19) tem como hipótese de
incidência a entrada de produtos estrangeiros no território nacional. Nesse
caso, se o produto estrangeiro não entrar no território nacional, então não
teremos fato gerador.

FATO GERADOR CONTINUADO


➢ São aqueles que levam um período para se completarem, geralmente um ano.
03 ➢ Exemplos de impostos com FG Continuado: IPVA, IPTU, ITR.

OBS.: O IR possui fator gerador complexo (não é continuado).

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HIPÓTESE DE OBRIGAÇÃO
FATO GERADOR
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA

É a previsão legal Acontecimento previsto


Surge com a ocorrência
e abstrata de uma na lei que se verifica no
do Fato Gerador.
situação. mundo real.

OBSERVAÇÕES

O fato gerador da obrigação principal decorre de LEI (art. 114), porém o fato gerador da
obrigação acessória decorre da legislação tributária (mais amplo). Aqui vale lembrar o
art. 96 do CTN que dispõe que a expressão "legislação tributária" compreende:
➢ As leis;
01
➢ Os tratados e as convenções internacionais;
➢ Os decretos; e
➢ As normas complementares que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e
relações jurídicas a eles pertinentes.

A obrigação tributária acessória pode existir sem que exista obrigação tributária
principal.
02
Exemplo: Em virtude de isenção ou imunidade, o contribuinte não precisará pagar o
tributo, mas continuará obrigado a fazer sua escrituração fiscal.

Em relação aos IMPOSTOS, a definição dos respectivos Fatos Geradores, Bases de


Cálculo e contribuintes (alíquotas não) ocorre por meio de Lei Complementar. (CF, art.
143, III)
03
Em relação às TAXAS e CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA, a definição dos respectivos
Fatos Geradores, Bases de Cálculo, contribuintes e alíquotas ocorre por meio de Lei
Ordinária. (CTN, art. 97)

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RESUMO 06

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus
efeitos:

I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias


materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;

II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente


constituída, nos termos de direito aplicável.

O QUE É UMA SITUAÇÃO DE FATO?


➢ É uma situação não categorizada como instituto jurídico, ou seja, é a situação definida
em lei como o fato gerador do tributo e que não tenha sido definida em outro ramo do
direito como capaz de gerar efeitos jurídicos, isto é, se somente produz efeitos
econômicos, temos a situação de fato.

O QUE É UMA SITUAÇÃO JURÍDICA?


➢ Refere-se à situação já definida juridicamente. É uma situação definida em lei como o
fato gerador do tributo, mas que já foi previsto em outro ramo do direito (Civil ou
Empresarial, por exemplo), havendo consequências jurídicas predeterminadas.

Tratando-se de Desde o momento em que o se verifiquem


CTN: Art. 116
situação de FATO as circunstâncias materiais
CONSIDERA-SE
OCORRIDO O FATO
GERADOR
Tratando-se de Desde o momento em que esteja
Salvo disposição de situação JURÍDICA definitivamente constituída
lei em contrário

Art. 116 (...) Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza
dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem
estabelecidos em lei ordinária.

Exemplo: Um auditor verificou que determinados municípios estavam deixando de auferir receita
de ITBI em operações nas quais imóveis eram incorporados ao patrimônio de pessoas jurídicas,
mas para uso próprio de particulares, o que ocorria com a finalidade de dissimular a ocorrência
do fato gerador do tributo. Nesse caso, estamos diante de uma ELUSÃO FISCAL e, de acordo com
o CTN, a autoridade administrativa poderá desconsiderar o referido negócio jurídico e realizar a
cobrança tributária.

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CONCEITOS PERTINENTES

O QUE É ELISÃO FISCAL?


01 ➢ É uma conduta lícita, sendo denominada planejamento tributário, que visa reduzir
ou eliminar o valor do tributo devido.

O QUE É ELUSÃO FISCAL?


➢ É uma conduta ilícita. Aqui, o contribuinte simula o negócio jurídico, dissimulando o
02
fato gerador do tributo. O que se quer ocultar é a essência do negócio, alterando a
sua forma. Os autores costumam denominá-la “abuso de forma jurídica”.

O QUE É EVASÃO FISCAL?


03 ➢ É uma conduta ilícita, praticada com o intento de ludibriar a fiscalização, ocultando
parcial ou totalmente a ocorrência do fato gerador.

Art. 117. Para os efeitos do inciso II do artigo anterior e salvo disposição de lei em contrário, os atos ou
negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados:
I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento;

II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do


negócio.

EXEMPLO DE CONDIÇÃO SUSPENSIVA:


➢ Se Pablo for aprovado no concurso, receberá de seu pai uma doação de um carro. O fato
gerador do imposto incidente sobre a doação (ITCMD) ocorrerá apenas com o
implemento da condição (ser aprovado no concurso), e não na data da celebração do
negócio condicional.

EXEMPLO DE CONDIÇÃO RESOLUTÓRIA:


➢ Pablo recebe a doação de um carro do seu pai, com a condição de que não se separe de
sua esposa. O fato gerador do imposto sobre a doação não depende da separação, mas
sim da doação, ou seja, resolve com a celebração do negócio jurídico.

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RESUMO 06

OS ATOS OU NEGÓCIOS JURÍDICOS CONDICIONAIS


REPUTAM-SE PERFEITOS E ACABADOS

Sendo SUSPENSIVA a condição Sendo RESOLUTÓRIA a condição

Desde o momento de seu Desde o momento da prática do ato


implemento ou da celebração do negócio

PRINCÍPIO DO PECUNIA NON OLET

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou
terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;

II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

COMENTÁRIO

Esse art. 118 ampara o princípio do PECUNIA NON OLET (dinheiro não cheira). Logo, para o Fisco
pouco importa se o negócio jurídico celebrado é válido sob a ótica do direito. Se a pessoa auferiu
rendimentos, torna-se sujeito passivo da relação jurídico-tributária, devendo arcar com o
imposto de renda, independentemente se a atividade realizada por ela é lícita ou ilícita.

Exemplo: O fato gerador do ICMS na telefonia é a disponibilização da linha em favor do usuário.


Ou seja, mesmo havendo furto de sinal, por meio de clonagem de linha telefônica, o fato gerador
do ICMS ocorre, pois a situação descrita em lei como fato gerador do imposto ocorreu, devendo
ser interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados.

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SUJEITO ATIVO

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para
exigir o seu cumprimento.

Apenas pessoas jurídicas de


SUJEITO ATIVO direito público.

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará
até que entre em vigor a sua própria.

SUJEITO PASSIVO

Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.

É a pessoa obrigada ao pagamento


SUJEITO PASSIVO de tributo ou multa.

Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:


I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador;

II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de


disposição expressa de lei.

Possui relação pessoal e direta


CONTRIBUINTE
com a situação
SUJEITO PASSIVO
DA OBRIGAÇÃO
PRINCIPAL
Sua obrigação decorre de
RESPONSÁVEL
disposição expressa de lei

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RESUMO 06

Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu
objeto.

Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal
do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.

COMENTÁRIO
Nos termos do art. 123, as convenções particulares (ex.: contrato), relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, salvo disposições de lei
em contrário.

Exemplo: Arthur emprestou gratuitamente a seu irmão Thommy o automóvel de sua


propriedade, devidamente registrado em seu nome, firmando com ele contrato em que Thommy
se responsabilizava pelo pagamento do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores). Passados três anos do empréstimo e estando o automóvel ainda na posse de
Thommy, este não pagou nenhuma vez o IPVA. O Fisco Estadual então iniciou a cobrança dos
valores atrasados contra Arthur. Diante desse cenário e à luz do CTN, o contrato é válido entre as
partes, porém não produzirá efeito contra a Fazenda Pública, no que se refere à responsabilidade
tributária, ou seja, Arthur responde sozinho perante o Fisco pela dívida.

ATENÇÃO: Ainda que as convenções particulares não sejam oponíveis à fazenda pública, se uma
Lei Estadual admitir a indicação do sujeito passivo do IPVA (Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores) pelas partes no contrato, então será válida, neste Estado, qualquer
convenção particular que indique os sujeitos passivos do IPVA. Isso já caiu em provas e é o que
podemos depreender do trecho “Salvo disposições de lei em contrário”.

DA SOLIDARIEDADE

Art. 124. São solidariamente obrigadas:


I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;

II - as pessoas expressamente designadas por lei.

Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem.

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SÃO SOLIDARIAMENTE OBRIGADAS

As pessoas que tenham As pessoas expressamente


interesse comum designadas por lei

Art. 125. Salvo disposição de lei em contrário, são os seguintes os efeitos da solidariedade:
I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos demais;

II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada


pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo
saldo;

III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos obrigados, favorece ou prejudica


aos demais.

O pagamento efetuado por um dos obrigados


aproveita aos demais

A isenção ou remissão (perdão) de crédito exonera


EFEITOS DA todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente
SOLIDARIEDADE a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade
quanto aos demais pelo saldo
Salvo disposição de
lei em contrário

A interrupção da prescrição, em favor ou contra um


dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais

Exemplo: André e Bruno são, por lei, contribuintes obrigados solidariamente a pagar
determinado tributo. Foi publicada lei que isenta os ex-combatentes do pagamento de tal
tributo, sendo este o caso pessoal somente de André. Tendo em vista essa situação, sendo
um caso de isenção pessoal, a lei não exonera Bruno, que permanece obrigado a pagar o
saldo remanescente, descontada a parcela isenta em favor de André.

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CAPACIDADE TRIBUTÁRIA

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:


I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do


exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus
bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade
econômica ou profissional.

Exemplo 01: Luiza, com 07 anos, passou a receber valores a título de propaganda no seu canal
de Youtube, com receita superior à isenção do IR (Imposto sobre a Renda das Pessoas Físicas).
Nesse caso, a capacidade tributária de Luiza INDEPENDE da sua capacidade civil (o menor de
idade é civilmente incapaz), ou seja, possui total capacidade tributária passiva. Portanto, por
auferir renda, ela pode ser considerada contribuinte.

ATENÇÃO: Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal


pelo contribuinte, os pais serão responsáveis pelos tributos devidos por seus filhos menores.
(CTN, art. 134)

Exemplo 02: Um profissional médico vem a ser sancionado com a suspensão do exercício
profissional por 30 dias pelo Conselho Regional de Medicina do Estado. Apesar da penalidade, ele
continua a prestar serviços médicos durante o período. Como a prestação de serviços médicos é
fato gerador do ISS (Imposto sobre Serviços de qualquer natureza), a municipalidade, ao
descobrir tal fato, autua o profissional para cobrar o ISS não pago, mais multa e juros. Nesse caso,
a autuação está correta, pois, nos termos do CTN, art. 126, inciso II, a capacidade tributária
passiva independe de achar-se a pessoa natural autorizada ao exercício de atividades
profissionais.

@RADEGONDESS 13
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DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO

Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável, de domicílio tributário, na forma da
legislação aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou, sendo esta incerta ou
desconhecida, o centro habitual de sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas individuais, o lugar da sua


sede, ou, em relação aos atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de suas repartições no território
da entidade tributante.

DOMICÍLIO Em regra, o contribuinte escolhe (elege).


TRIBUTÁRIO

A sua residência habitual, ou, sendo


Pessoas Naturais esta incerta ou desconhecida, o
centro habitual de sua atividade

Na falta de eleição, pelo


O lugar da sua sede, ou, em relação
contribuinte, considera-se Pessoas Jurídicas de
aos atos ou fatos que derem origem à
como DOMICÍLIO Direito Privado
obrigação, o de cada estabelecimento
TRIBUTÁRIO:

Pessoas Jurídicas de Qualquer de suas repartições no


Direito Público território da entidade tributante

Exemplo: Whindersson Nunes, aposentado, passa metade do ano residindo na área urbana do
Município de Teresina (Estado do Piauí), onde se localiza a agência bancária em que recebe sua
aposentadoria. Na outra metade do ano, reside em sua propriedade rural no Município de
Guapimirim (Estado do RJ), onde possui uma pequena pousada que explora comercialmente.
Whindersson indicou ao Fisco que seu domicílio tributário como pessoa física é o Município de
Guapimirim (Estado do RJ). Nesse caso, o domicílio tributário de Whindersson pode ser qualquer
um dos dois municípios, Teresina ou Guapimirim, uma vez que pode ser livremente escolhido por
ele.

@RADEGONDESS 14
RESUMO 06

Art. 127 (...)


§ 1º Quando não couber a aplicação das regras fixadas em qualquer dos incisos deste artigo, considerar-
se-á como domicílio tributário do contribuinte ou responsável o lugar da situação dos bens ou da
ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Exemplo: Considere que Romualdo é um andarilho civilmente capaz que não elegeu nenhum
lugar como seu domicílio tributário, não tem domicílio civil, nem residência fixa, e não
desempenha habitualmente atividades em endereço certo. Nesse caso, o domicílio tributário de
Romualdo será o lugar da situação de seus bens ou da ocorrência do fato gerador.

§ 2º A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a


arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.

COMENTÁRIO
O § 2º dispõe que quando impossibilite ou dificulte a fiscalização do tributo, a autoridade
administrativa pode recusar o domicílio eleito, considerando como domicílio tributário o lugar da
situação dos bens ou da ocorrência dos atos ou fatos que deram origem à obrigação.

Exemplo 01: Determinada empresa, constituída como pessoa jurídica de direito privado, elegeu
por domicílio tributário, entre os seus estabelecimentos fabris, um situado em área distante de
seu centro administrativo de distribuição logística, que é o lugar de situação dos bens a serem
vendidos, o que dificulta a arrecadação e a fiscalização de tributos. Nessa situação hipotética, a
autoridade administrativa pode rejeitar o domicílio eleito e considerar como domicílio tributário
da empresa o centro de distribuição (que é o lugar de situação dos bens).

Exemplo 02: A sociedade empresária ABC alterou sua sede para uma cidade extremamente
distante a qual só é possível chegar de barco e gastando mais de um dia de viagem, mas deixou
filiais na Capital do Estado. A sociedade empresária impugnou autuações recebidas nas filiais em
que ocorreram os fatos que deram origem à obrigação, por não ser o seu domicilio tributário.
Nesse caso, não assiste razão à sociedade empresária, pois a autoridade administrativa pode
recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do
tributo.

@RADEGONDESS 15
RESUMO 06

CONCEITOS IMPORTANTES
Nesse tópico do resumo vamos colocar aqueles conceitos que já apareceram em provas, ou seja, que
possuem grandes chances de aparecerem novamente. Logo, faz-se necessário uma leitura pragmática,
como se fosse “lei seca”. Essa leitura deve ser repetida o máximo de vezes até o dia da prova.

TOME NOTA!

A relação jurídica tributária, que tem caráter obrigacional, independe da manifestação


01 volitiva (independe da vontade) do contribuinte em repartir coletivamente o ônus
estatal.

Para fins de cobrança, as penalidades pecuniárias impostas ao contribuinte em virtude


do descumprimento de obrigações acessórias são equiparadas à obrigação tributária
02 principal, visto que ambas constituem obrigação de dar. Em outras palavras, a multa
aplicada equipara-se ao crédito decorrente da obrigação principal, em virtude da sua
natureza jurídica de obrigação de dar.

A confecção e o envio da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS - uma espécie de


03
declaração social) constitui exemplo de obrigação tributária acessória.

A obrigação tributária é principal ou acessória. No caso da acessória há vínculo jurídico


04
sem conteúdo patrimonial.

Com relação aos efeitos da solidariedade, a interrupção da prescrição, em favor ou


contra um dos obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
05
PEGADINHA → Trocar “prescrição” por “decadência”.

@RADEGONDESS 16
RESUMO 06

JURISPRUDÊNCIA

Atualmente muitas questões vêm da jurisprudência do STF/STJ e não propriamente do texto


constitucional ou das leis. Dessa forma, elaboramos um compilado com todas as jurisprudências que
costumam aparecer em provas de forma recorrente. Portanto, atenção a elas!

JURISPRUDÊNCIA RELEVANTE

STF. SÚMULA 70
01 ➢ É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança
de tributo.

STF. SÚMULA 323


02 ➢ É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento
de tributos.

STF. SÚMULA 547


➢ Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito:
03 ✓ Adquira estampilhas (selo para comprovação do pagamento de tributo);
✓ Despache mercadorias nas alfândegas; e
✓ Exerça suas atividades profissionais.

STF (RE 374.981/RS)


➢ A exigência do Estado de condicionar a autorização para impressão de notas fiscais
(obrigação acessória) ao pagamento dos tributos e/ou prestação de fiança,
04 confronta com as Súmulas 70, 323 e 547 do STF, que proclamam não ser admissível
coagir o devedor ao pagamento do tributo devido, modo indireto, atingindo seu
livre exercício de atividade lícita, quando previstos mecanismos próprios para a
cobrança do crédito da Fazenda.

STJ. SÚMULA 430


05 ➢ O inadimplemento da obrigação tributária pela sociedade não gera, por si só, a
responsabilidade solidária do sócio-gerente.

STJ. SÚMULA 435


➢ Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que deixar de funcionar no seu
06
domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos competentes, legitimando o
redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente.

@RADEGONDESS 17
RESUMO 06

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Galera, terminamos nosso resumo! Agora precisamos estudar as questões.

AVISO 01: Vale lembrar que optamos por excluir dos nossos resumos qualquer conceito que não possui
histórico de cobrança relevante, caso contrário nosso material ficaria imenso e contraproducente.

AVISO 02: Caso você se depare com alguma questão em que sua base teórica não esteja aqui neste
resumo, vale a pena “favoritá-la” a fim de que ela possa fazer parte do seu material de revisão, ok!?

AVISO 03: Estude com calma (qualidade) as questões e não se esqueça de “favoritar” também as que
você errar ou ficar com dúvidas, pois, quando for efetuar sua revisão, o reestudo do comentário do
professor e dos alunos, no fórum dessas questões “favoritas”, deverá ser seu foco.

AVISO 04: Para não perder tempo, quando estiver no fórum dos alunos, procure pelos dois comentários
com maior número de curtidas, leia-os com calma (procure entender) e depois avance para a próxima
questão. Somente procure por algum outro comentário caso ainda não tenha entendido a questão.

Forte abraço e até a próxima!

@RADEGONDESS 18
RESUMO 06

CADERNOS DE QUESTÕES

Não deixe de complementar seus estudos por meio das questões.

TEORIA QUESTÕES

LACUNA DE
CONHECIMENTO

AVISOS:

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estudados neste PDF.

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CADERNOS DE QUESTÕES DO ASSUNTO ESTUDADO


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https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1tuRb VUNESP

https://www.tecconcursos.com.br/s/Q1tufn FUNDATEC

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