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Bem-vindos à disciplina

Direito Tributário

Prof. Marcelo Mariano Pereira


Direito Tributário - Temas
Assunto 1 - Histórico, Conceito e Objetivo
Assunto 2 Diplomas Legais
Assunto 3 Fontes do Direito Tributário
Assuntos

Assunto 4 Sistema Tributário na ótica Constitucional

Assunto 5 Sistema Tributário – Princípios – Parte 1

Assunto 6 Sistema Tributário – Princípios – Parte 2

Assunto 7 Obrigação Tributária – Parte 1

Assunto 8 Obrigação Tributária – Parte 2


Ordem dos Estudos

Lançamento Tributário

Suspensão do Crédito Tributário

Causas Extintivas do Crédito


Direito Tributário
Tributário

Execução Fiscal

Garantias e privilégios do Crédito


Tributário
Suspensão do Crédito Tributário

Depois que ocorre o fato imponível, o ato do lançamento e da notificação do


lançamento, o tributo fica em termos de ser validamente pago e recolhido.

Nesse momento, pode haver adiamento da exigibilidade do tributo. Esse adiamento é


aplicado quando se verificar a ocorrência de uma causa suspensiva do crédito
tributário.

Causa suspensiva do crédito tributário é o ato ou fato a que a lei atribui o efeito de
adiar a data do recolhimento do tributo.
Suspensão do Crédito Tributário

A Moratória

O depósito integral do montante


tributário
As causas suspensivas do crédito
tributário estão elencadas no Art.
151 do CTN. São elas: A interposição de Recurso
administrativo com efeitos
suspensivos

A concessão de liminar
Moratória
Moratória é a dilação legal do prazo para o pagamento do tributo.

A lei estabelece o prazo, que poderá ser alterado posteriormente por uma
lei moratória.
A moratória só pode ser concedida através de lei e somente pela pessoa
política competente.
Moratória O Art. 152, I, CTN, dispõe que a União pode conceder moratória a todos.
É um artigo inconstitucional, porque fere federativo.

É uma medida político-fiscal, surgindo sempre que ocorrer uma


catástrofe natural ou algo parecido.

Isso sensibiliza o legislador, pois sabe que o contribuinte atingido por


estas catástrofes não está nas suas reais condições para contribuir.
Moratória

Para a doutrina tradicional esse pedido


O pedido de de parcelamento de tributos é
Para Roque Carraza
parcelamento do moratória, pois o tributo não
não é.
tributo é moratória? desaparece, apenas se desdobra em
diversas prestações.
DEPÓSITO INTEGRAL DO MONTANTE TRIBUTÁRIO

O contribuinte não poderá ser executado quando já fez o depósito integral do montante
tributário.
A devolução deve ser total, inclusive com juros e correção monetária. Esse depósito,
embora conveniente, é facultativo.

O Art. 38 da Lei 6.830/80 - Lei de Execução Fiscal, é inconstitucional, pois estabelece que
a Ação Anulatória do Débito Fiscal só poder ser intentada depois de depósito prévio.

Este artigo fere o princípio da igualdade e o princípio da universalidade da jurisdição. Este


artigo discrimina, poder ou não, o contribuinte depositar o prévio montante tributário.

Todos tem livre acesso ao Poder Judiciário.

O depósito prévio ressuscita o princípio solve et repete, pague e repita.


Interposição de Recurso Administrativo com efeito
suspensivo

O contribuinte pode litigar com a Fazenda Pública na esfera administrativa.

Pode, portanto, optar pelo contencioso administrativo tributário.

Existem prazos e leis específicas de cada pessoa política.

Enquanto tramitar o recurso administrativo, o contribuinte não poderá ser molestado,


desde que este recurso tenha o efeito suspensivo.

Ninguém é obrigado a entrar com recurso administrativo antes de entrar com recurso
judicial.
Interposição de Recurso Administrativo com efeito
suspensivo
Não há necessidade de prévio exaurimento da via administrativa, assim como não é
necessário prévia tramitação pelas vias administrativas.

Não há trânsito em julgado administrativo, ou seja, mesmo que decidido na esfera


administrativa, pode o contribuinte rever a causa no Poder Judiciário.

Ainda que a Fazenda Pública perca na esfera administrativa (ganho de causa ao


contribuinte), pode ela recorrer ao Poder Judiciário, pedindo um exame definitivo sobre
a matéria.

Na França, existe o contencioso administrativo tributário com trânsito em julgado.


Concessão de Liminar

A liminar pode ser cassada a qualquer tempo, mas


enquanto mantida, fica suspensa a exigibilidade do
tributo.

Concessão de Não é porque estão suspensas a exigibilidade do


tributo, que também ficarão suspensas as obrigações
liminar acessórias (Art. 151, Parágrafo Único).

Por exemplo, não pode o contribuinte parar de emitir


as notas fiscais, que são obrigatórias.
Causas Extintivas
do Crédito Tributário
São as causas de extinção da obrigação tributária. Esta é formado por um sujeito ativo,
um sujeito passivo e pelo crédito tributário. Desaparecendo qualquer destes elementos,
extingue-se o crédito tributário.

Algumas causas de extinção atingem o sujeito passivo, extinguindo o crédito tributário.

O tributo nasce para desaparecer, ou por pagamento ou por qualquer outra causa de
extinção da obrigação tributária.
São causas extintivas
do Crédito Tributário
Pagamento

Remissão

São Causas Extintivas do crédito Compensação


tributário Art. 156, do CTN. Rol
exemplificativo: Transação

Decadência

Prescrição
Outras causas extintivas do crédito
tributário

Confusão

Desaparecimento, sem
Outras causas sucessor, do sujeito ativo
do Tributo

Desaparecimento, sem
sucessor, do sujeito passivo
do Tributo
Pagamento

Tempo - a lei (lançamento); é apontado em termos


genéricos na lei e em termos específicos no
lançamento. Não paga uma prestação, poderá ser
exigível todas as parcelas vincendas do tributo
(regra do CC).

É o cumprimento do objeto da Lugar - é a região onde o contribuinte se encontra


prestação tributária. Pode ser domiciliado ou sediado.
considerado quando ao:

Modo - o tributo é pago em moeda ou em algo cujo


valor possa se exprimir (equivalente). Pode ser
através de cheque, títulos da dívida pública já
resgatáveis e selo (papel selado ou estampilha).
Pagamento

O contribuinte tem o direito de pagar o que deve, nem mais e nem menos.

Tudo aquilo que for pago a maior constitui o indébito tributário.

Constatado o indébito tributário, a Fazenda Pública deve se apressar para


devolvê-lo, com juros e correção monetária.
Pagamento
A pessoa física ou jurídica que recolheu tributo a maior, pode se valer da Ação de
Repetição de Indébito.

Vale a aplicação de um brocardo antigo - “Nemo locupletari nom potest cum alieno inuria”
(ninguém pode se locupletar às custas de terceiro).

A restituição do indébito tributário deve ser com juros e correção monetária.

A Ação de Repetição do Indébito Tributário prescreve em 5 anos, contados do recolhimento


a maior ou da decisão judicial ou administrativa que anulou a exigência fiscal (Art. 168,
CTN).

A Ação de Repetição do Indébito Tributário prescreve em 2 anos contados da decisão


administrativa que denegou o pedido de restituição.

O prazo prescricional para repetir o indébito tributário está nos Arts. 168 e 169 do CTN.
Remissão
É o perdão legal do débito tributário. É feito através de uma lei remissiva. A União não
pode conceder remissão a débitos tributários estaduais ou municipais (Art. 150, § 6º,
CF).

A palavra remissão é confundida com a palavra anistia. Anistia é o perdão das sanções
fiscais. Somente a lei pode conceder remissão, nunca poderá ser concedida através de
decretos, portarias, decretos-legislativos.

Vige o princípio da indisponibilidade, onde a Fazenda não pode dispor do tributo de


modo discricionário, mas somente por meio de lei específica.

A remissão é uma medida política fiscal. Aparece quando desaparece a capacidade


contributiva do contribuinte.
Compensação

É o encontro de contas do fisco e do contribuinte quando forem credor e


devedor um do outro.

Com esse instituto, procura-se agilizar a extinção das obrigações.

Existem no Direito Civil, duas espécies de compensação: legal e convencional.


Mas no Direito Tributário, só existe a compensação legal.
Compensação

que as partes sejam as mesmas (mesma


Fazenda Pública e mesmo
contribuinte);

Para a compensação legal se efetivar, é


os créditos de ambas as partes devem
necessário o preenchimento de três
ser líquidos e certos;
requisitos:

deve haver lei autorizando o fenômeno.


Transação
É um acordo celebrado com base em lei, entre o fisco e o contribuinte que faz
desaparecer a primitiva obrigação tributária, determinando o surgimento em seu lugar,
de nova ou novas obrigações tributárias.

Em matéria tributária, por força de uma transação aparece uma novação, mas com ela
não se confundindo.

A administração deve efetuá-la somente com base em lei, não podendo dispor do
tributo ao seu prazer, pois não administra coisa própria, mas sim coisa alheia.

É um fenômeno muito raro de ocorrer na prática.

Para ele também rege o Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público.


Confusão
Ocorre quando o fisco se torna ao mesmo tempo, credor e devedor de um mesmo
tributo.

É um fenômeno aparentemente raro de acontecer.

Toda obrigação prescinde de sujeito ativo e sujeito passivo diferentes.

Ex.: no caso de uma herança jacente que se torna vacante com o decurso de certo prazo,
eventuais tributos que o espólio devia, desaparece quando a herança vai para o
Município.
Desaparecimento, sem sucessor, do sujeito ativo e do sujeito
passivo

Se por qualquer motivo, deixa de existir sujeito ativo ou passivo,


a obrigação tributária desaparece.

Decadência e Prescrição
Vamos Juntos!!!

Bons Estudos!!!

Forte Abraço!!!
Prof. Me.
Marcelo Mariano Pereira
✔ Advogado
✔ Sócio na D’Mariano Soluções Empresariais
responsável setor jurídico.
✔ Especialista em Direito Penal pela Escola
Superior do Ministério Público do Estado
de São Paulo.
✔ Especialista em Direito Público pela Escola
Superior do Ministério Público do Estado
de São Paulo.
✔ Especialista em Direito Civil e Processo Civil
pela Escola Superior da Advocacia.
✔ Mestre em Adolescente em Conflito com a
Lei (Direitos Humanos) pela Universidade
Bandeirante de São Paulo.

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