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CRÉDITO TRIBUTÁRIO -

REVISÃO OAB
ÍNDICE
1. ROTEIRO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO................................................................................3

2. TIPOS DE LANÇAMENTO...................................................................................................4
Lançamento de ofício ........................................................................................................................................................4
Lançamento por declaração............................................................................................................................................4
Lançamento por homologação......................................................................................................................................4

3. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.........................................................................5


Moratória .................................................................................................................................................................................. 5
Depósito.................................................................................................................................................................................... 5
Reclamações administrativa e recursos .................................................................................................................... 5

4. SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARTE II......................................................6


Concessão de liminar em mandado de segurança e tutela antecipada......................................................6
Parcelamento ........................................................................................................................................................................6

5. EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO............................................................................ 7


Hipóteses de exclusão.........................................................................................................................................................7

6. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO.............................................................................8


Hipóteses..................................................................................................................................................................................8

7. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARTE II..........................................................9


Conversão do depósito em renda................................................................................................................................. 9

8. EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO - PARTE III.......................................................10


Compensação...................................................................................................................................................................... 10
Transação .............................................................................................................................................................................. 10
Decadência............................................................................................................................................................................ 10
Prescrição............................................................................................................................................................................... 10
1. Roteiro do Crédito Tributário
Tudo começa com o fato gerador. Ele é a junção de uma hipótese de incidência legalmente
prevista com a concretização da hipótese na realidade. Ex: possuir um veículo automotivo
(hipótese legalmente prevista), comprar um veículo (concretização da hipótese na realidade),
geração do IPVA (conclusão). Ou seja, o fato gerador do IPVA é possuir um veículo automotivo.

Ocorrendo o fato gerador, surge a obrigação tributária, a qual é composta por uma obrigação
principal (pagar a quantia) e uma obrigação acessória (fazer algo), como, por exemplo, emitir
nota fiscal, apresentar declaração do imposto de renda, estar em dia com obrigações com o
fisco, escriturar livros fiscais, etc. O descumprimento da obrigação acessória a transforma
em obrigação principal (pagar uma quantia).

Em seguida, surge é o lançamento. Ele é a atividade administrativa prevista legalmente


(plenamente vinculada) feita pelo fisco, com base na legislação que autoriza e regula o
tributo em questão. É a informação produzida pelo órgão fiscal de que o indivíduo deve um
determinado tributo. O lançamento tem natureza declaratória e constitutiva, com um
prazo decadencial de 5 anos.

Após essas etapas, é constituído o crédito tributário, uma certidão pública declarando que
o contribuinte deve determinado tributo, qual a quantia devida, e a legislação que regula o
tributo. A partir daí, pode ocorrer o pagamento do crédito tributário pelo contribuinte,
extinguindo-o; ou a discordância por parte do contribuinte e sua consequente inscrição
na dívida ativa, sujeitando-o à execução fiscal, ou seja, processo judicial para a cobrança
do tributo (prazo prescricional de 5 anos).

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2. Tipos de Lançamento
O crédito tributário surge com o fato gerador e é formalizado com o lançamento.

Lançamento de ofício
O contribuinte não participa, porque o fisco já possui todas as informações sobre ele. Ex: IPTU,
IPVA, taxas

Art. 147, CTN. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um
ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de
fato, indispensáveis à sua efetivação.

Lançamento por declaração


O contribuinte declara e o fisco lança. Ex: ITBI

Art. 148, CTN. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome em consideração, o valor ou o preço de
bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele
valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados,
ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de
contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial.

Lançamento por homologação


O contribuinte apura, declara e paga, com posterior homologação do fisco (mas pode não
acontecer). Ex: ISS, ICMS, tributos federais em geral

Art. 150, CTN. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao
sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se
pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado,
expressamente a homologa.

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3. Suspensão do Crédito Tributário
Com a suspensão, o crédito continua existindo mas não pode ser exigido pelo fisco nesse
período, e, portanto, o contribuinte não pode ser alvo de ação constritiva.

Art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial;

Moratória
Postergação do pagamento. Só pode ser declarada pelo ente competente pela arrecadação,
mediante decreto ou lei.

Depósito
O contribuinte deposita o valor integral, por via judicial ou administrativa, para impedir a ações
constritivas.

Reclamações administrativa e recursos


Questionamento pelo contribuinte sobre uma sentença judicial desfavorável, se o recurso
tiver efeito suspensivo (como uma apelação). Vale para processos judiciais e administrativos.

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4. Suspensão do Crédito Tributário - Parte II
Concessão de liminar em mandado de segurança e tutela
antecipada
Ambas estão no âmbito do processo judicial e suspendem o crédito tributário. É preciso haver
os dois requisitos previstos pelo processo civil: demonstração de probabilidade do direito
e de perigo de dano.

Parcelamento
O contribuinte reconhece que deve o tributo, e mediante lei específica, o ente competente
permite o parcelamento do pagamento do débito tributário. O inadimplemento retira a
suspensão.

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5. Exclusão do Crédito Tributário
A exclusão impede o lançamento do crédito tributário, e com isso, sua constituição.

Hipóteses de exclusão

Art. 175, CTN. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias
dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequente.

As hipóteses de exclusão tributária não dispensam o cumprimento das obrigações acessórias.

ISENÇÃO
Sempre tem efeitos ex tunc (prospectivos). Somente pode ser concedida pelo ente competente
mediante lei.

ANISTIA
Sempre tem efeitos ex nunc (retrospectivos). O crédito é perdoado mediante lei pelo ente
competente. Pode ter caráter geral ou particular (sendo preenchidos alguns requisitos).

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6. Extinção do Crédito Tributário
A extinção do crédito tributário só ocorre após a constituição do crédito (exceto no caso de
decadência).

Hipóteses

Art. 156, CTN. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§
1º e 4º;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais
possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.

PAGAMENTO
Sempre tem que ser em moeda, vale postal ou cheque (após compensado).

Pagamento antecipado

Nos lançamentos por homologação (por isso antecipado), quando o fisco homologa.

Consignação em pagamento

Pagamento realizado em ação judicial (ação de consignação em pagamento, regulada no


CPC).

Dação em pagamento

Pagamento por meio de um bem ou direito, em vez de moeda. Só extingue o crédito tributário
se houver autorização legal expressa e em se tratando de bem imóvel.

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7. Extinção do Crédito Tributário - Parte II
Conversão do depósito em renda
No caso do contribuinte ser derrotado em ação judicial, ele pega o valor já depositado e
converte em renda em favor do fisco.

DECISÃO ADMINISTRATIVA IRREFORMÁVEL E DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM


JULGADO
Hipóteses em que não cabe mais recursos (no caso de vitória do contribuinte).

REMISSÃO
É o perdão da dívida tributária pelo ente competente. Abrange tributos e penalidades (ex:
multas). Pode ser parcial ou total e depende de autorização legal da autoridade administrativa,
devendo ser bem fundamentada.

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8. Extinção do Crédito Tributário - Parte III
Compensação
Quando o contribuinte é credor e devedor de um mesmo tributo ao mesmo tempo. Depende
de autorização legal.

Transação
Acordo entre o contribuinte e o fisco, no qual cada parte cede um pouco. Ela dá fim ao
processo judicial ou administrativo. Os critérios da transação são determinados por lei, não
pelas partes.

Decadência
Antes da constituição do crédito tributário, quando não há lançamento. Prazo: 5 anos.

Prescrição
Após a constituição do crédito tributário, quando não há ajuizamento de Execução Fiscal.
Prazo: 5 anos.

Ambos os prazos são contados a partir da data do fato gerador nos tributos lançados por
homologação, salvo se provado fraude ou dolo.

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