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FACULDADE DE DIREITO
DIREITO TRIBUTÁRIO – Prof. Marco Viana
Aluna: Samara Araújo Silva Calixto
Texto: Processo Tributário – administrativo e judicial
Autores: Rubens Approbato Machado e Marcia Regina Melaré
FICHAMENTO
1. INTRODUÇÃO
Inicialmente cumpre destacar as definições que o direito material informa sobre obrigação
tributária, lançamento e credito tributário. A lei tributária nacional informa que o fato
gerador, desde que pré-definido em lei, dá origem à obrigação tributária. A exigência
desta obrigação somente pode ser exigida, quando, por meio do lançamento, nasce o
crédito tributário. Para tanto o lançamento torna a obrigação certa e determinada, para
que, constituído o crédito, ela possa ser exigida ou cobrada.
Uma das definições trazidas no texto que bem ilustra essas transformações da obrigação
tributária até constituir o credito tributário é de acordo com os ensinamentos de Alfredo
Augusto Becker, o qual informa que “o lançamento acrescenta a exigibilidade ao
conteúdo jurídico da preexistente relação jurídica tributária que nascera com o conteúdo
mínimo: direito correlativo e dever.”
Mais adiante, assinala o autor, conforme doutrina Ruy Barbosa Nogueira, que enquanto
a obrigação tributária é um direito material, o credito é um direito formal, e que, em
consequência disso, no caso em concreto, a invalidação do crédito não macula a existência
da obrigação, posto que, excluídas as hipóteses de extinção da obrigação, possa haver um
novo lançamento e a constituição de um novo crédito.
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Texto legal do ano de 1973
Cumpre delinear que, nesta ação, é possível haver a concessão de liminar, e, em havendo
ou não, a autoridade coatora deverá se manifestar no prazo de 10 dias. A saber, o
Ministério Público também deve se manifestar.
5.2.3. Ação de repetição do indébito
É possível quando o fisco cobrar do sujeito um crédito que ao tempo da ocorrência do
fato gerador a obrigação não estava definida em lei, portanto, a cobrança do tributo foi
indevida. Desse modo, o sujeito pode, através da referida ação, pedir a restituição com os
acréscimos devidos. Cumpre ao CTN regular quais a hipóteses cabíveis, no art. 165.
5.2.4. Ação anulatória de débito fiscal
É uma ação que garante ao sujeito passivo a possibilidade de requerer a anulação de um
credito formalizado ou a execução fiscal que não foi embargada. É possível também
quando, em sede de ação de repetição do indébito, ao sujeito passivo for denegado a
restituição. Neste caso existe um prazo prescricional de 2 anos.
Essa ação tem como finalidade desconstituir um crédito que foi formalizado pela Fazenda,
possibilitando na ação a discussão de provas.
5.2.5 Ação declaratória
É uma ação prevista no CPC, a qual possibilita que o magistrado declare ao sujeito
passivo um direito de qualquer natureza.
No que diz respeito ao direito tributário, a referida ação permite que o magistrado
esclareça se há relação jurídica tributária, afastando todas as dúvidas que forem
levantadas pelo sujeito passivo.
É importante ressaltar que a ação declaratória tem força de coisa julgada, não criando
óbice ao fisco de executar uma dívida que esteja inscrita.
5.2.6 Ação de consignação em pagamento
Embora seja uma ação que esteja regulado pelo CPC, o CTN traz em seus arts. 156, VIII
e 164 a possibilidade de consignação em pagamento como uma modalidade de extinção
de crédito tributário nas hipóteses legais.
Quando ocorrer qualquer uma dessas hipóteses, o sujeito passivo está autorizado a
ingressar com essa ação e requerer que no dia, hora, lugar e modo determinado seja
recebido e determinado extinto o crédito tributário. Ao credor fica assegurado as formas
de contestação, alegando as resistências pré-definidas em lei.
5.2.7 Ação rescisória
Regulada pelo CPC, a ação rescisória tem como objetivo rescindir uma sentença (em
sentido amplo, podendo ser decisão de segundo grau também) que não caiba mais recurso.
Na seara tributária, ocorrendo as hipóteses do art. 485, I a IX do CPC, a decisão
irrecorrível também se sujeitará aos efeitos da ação rescisória.
5.2.8 Medidas cautelares
As medidas cautelares também são reguladas pelo CPC, e em seus artigos contém
inúmeras hipóteses que são passiveis de medidas cautelares. Entretanto, em se tratando
de matéria tributária, o campo de incidência de medidas cautelares é mais amplo, devido
às ilegalidades cometidas pelo Fisco que não podem, ou não tem tanta garantia de se obter
o direito através de uma medida de segurança.