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24/03/2019 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.

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 Auditoria Recortada da Norma (Tonyvan de Carvalho )


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Planejamento de Auditoria

Planejamento da Auditoria de Demonstrações Contábeis e Trabalhos Iniciais 


 
1. Conceitos iniciais:
 
Segundo o glossário de termos do controle externo do TCU, auditoria é processo sistemático, documentado e
independente de se avaliar objetivamente uma situação ou condição para determinar a extensão na qual os
critérios aplicáveis são atendidos, obter evidências quanto a esse atendimento e relatar os resultados dessa
avaliação a um destinatário predeterminado. 
 
O processo de auditoria se desenvolve em três fases. Cada uma dessas fases é integrada por atividades e se
inicia com o planejamento, continua com a fase de execução e termina com a fase de relatório. Ressalta-se,
todavia, que o planejamento não é uma fase estanque, deve ser atualizado em todas as fases do processo,
inclusive durante a execução do trabalho de coleta de evidências que confirmem as afirmações. Além dessas
etapas, considera-se que alguns aspectos são transversais e perpassam por todas as fases do processo de
auditoria, tais como: controle de qualidade, documentação e comunicação. Estes aspectos contribuem para
garantir a eficácia e a credibilidade da auditoria.
 

                               Fonte: Programa de aprimoramento profissional em Auditoria do TCU – Auditoria


governamental (2011)             
 
O planejamento é fase do processo de auditoria em que se desenvolve e se documenta o plano de um
trabalho específico, estabelecendo o escopo, o prazo e a alocação de recursos, bem como desenvolvendo os
procedimentos necessários para consecução do objetivo da auditoria, tais como: obtenção da visão geral do
objeto de auditoria; identificação e avaliação de objetivos, riscos e controles; elaboração do programa ou
projeto de auditoria;
 elaboração preliminar de papéis
(6886411?exercicio=1) ✏ detrabalho.
  (6886417)  (6886429)
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Já a execução do programa ou projeto de auditoria é  fase da auditoria na qual a equipe utiliza as fontes de
informação e aplica os procedimentos previstos na fase de planejamento em busca de evidências para
fundamentar as conclusões. O auditor realiza testes, coleta evidências, desenvolve os achados ou constatações
e documenta o trabalho realizado, observando as normas, o método ou os padrões de auditoria.
 
Por fim, o relatório que consiste no instrumento formal e técnico por intermédio do qual a equipe comunica
aos leitores o objetivo e as questões de auditoria, o escopo e as limitações de escopo, a metodologia utilizada,
os achados de auditoria, as conclusões e as propostas de encaminhamento.
 
Ressalte-se que há quatro fases ou etapas em um Processo de Auditoria do Setor Público, segundo as Normas
de Auditoria Governamental do United States Government Accountability O ice – GAO, quais sejam:

1. Planejamento da Auditoria, que significa determinar o escopo da auditoria, o cronograma, os


objetivos, os critérios, a metodologia a ser usada e os recursos necessários para assegurar que a
auditoria englobe as funções mais importantes da organização, assim como, os processos e os
resultados;
 
2. Execução, que envolve a coleta, o exame e análise das evidências adequadas em qualidade e
quantidade, de acordo com os objetivos, critérios e metodologia da auditoria, desenvolvidos na fase de
planejamento. Essa fase se processa mediante a aplicação de procedimentos de auditoria, com a
finalidade de:
 
• testar e avaliar os Controles Internos;
 
• identificar os efeitos das variações em relação aos critérios e às principais causas;
 
• desenvolver Conclusões e Recomendações.
 
3. Relatório, que compreende a comunicação dos resultados das auditorias à administração superior
da entidade em questão, ao ministro respectivo, ao parlamento ou conselho de diretores, dependendo
da natureza da auditoria;
 
4. O Acompanhamento ou monitoramento (follow-up) que inclui:
 
a) uma revisão sistemática das ações desenvolvidas pela administração, a partir das recomendações
ou observações de auditoria efetuadas pelo Escritório do Auditor Geral ou uma recomendação feita por
uma comissão parlamentar;
 
b) uma avaliação da eficácia das ações corretivas tomadas face aos problemas que originaram as
Recomendações ou as Observações da Auditoria;
 
c) um relatório sobre os resultados das revisões de acompanhamento apresentado à Câmara dos
Comuns e/ou à administração, conforme o caso.

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Fonte: Princípios Fundamentais de Auditoria Operacional– Normas da Intosai: ISSAI 300


 
 

     
Fonte: Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público – Normas da Intosai: ISSAI 100
            
Fiquem atentos na questão a seguir. Ela não faz distinção entre auditoria privada ou governamental.
Portanto, memorize as etapas de cada uma delas!

 
Questão: Considere:
 
I. A elaboração de relatórios e emissão de relatórios e certificados.
 
II Elaboração dos papéis de trabalho e aplicação de testes.
 
III. Avaliação dos riscos de auditoria do Sistema de Controle Interno; Planejamento e elaboração dos
programas de trabalho.
 
IV. Monitoramento ou follow-up.
 

  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)


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Os itens acima constituem etapas do trabalho, recomendadas pelas normas de execução dos trabalhos de
auditoria para se obter evidências robustas, e devem obedecer a sequência lógica seguinte:
 
a) III, II, I e IV.
 
b) IV, III, II e I.
 
c) III, IV, I e II.
 
d) II, IV, III e I.
 
e) I, III, IV e II.

Comentários:
 
Segundo as Normas de Auditoria Governamental (NAG) 4000 – Normas relativas aos trabalhos de Auditoria
Governamental -, “a auditoria governamental é uma atividade de controle e avaliação que deve ser executada
de forma independente e autônoma nos entes que compõem a Administração Pública brasileira, ou junto
àqueles que de alguma forma sejam responsáveis por arrecadação, guarda ou aplicação de recursos públicos.
Seu objetivo é distinto ao de todos os demais órgãos e entidades da Administração Pública, na medida em que
se dedica ao controle externo da legalidade, legitimidade, impessoalidade, moralidade e publicidade dos atos
por eles praticados, bem como à avaliação dos seus sistemas de controles internos e da gestão dos recursos
públicos e dos resultados das políticas governamentais, quanto aos critérios de economicidade, eficiência,
eficácia, efetividade, equidade e preservação ambiental”.
 
O trabalho de auditoria governamental é realizado em quatro etapas principais – planejamento,
execução, relatório e monitoramento. Em cada uma dessas etapas, o profissional de auditoria
governamental, assim como aqueles que exercem funções de gerência e direção nos TCs, têm
responsabilidades e atribuições específicas a cumprir. O objetivo desta norma é estabelecer os critérios gerais
que o profissional de auditoria governamental deve seguir na busca de informações probatórias, visando a
alcançar o objetivo específico de cada auditoria governamental.
 
 
 

  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)


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Analisando cada item da questão:


 
I. A elaboração de relatórios e emissão de relatórios e certificados. (Relatório – terceira etapa)
 
II Elaboração dos papéis de trabalho e aplicação de testes. (Execução – segunda etapa)
 
III. Avaliação dos riscos de auditoria do Sistema de Controle Interno; Planejamento e elaboração dos
programas de trabalho. (Planejamento – primeira etapa)
 
IV. Monitoramento ou follow-up. (Monitoramento – quarta etapa)
 
Ressalta-se que como a última etapa era o monitoramento, a alternativa correta só poderia ser a letra A.

Apesar de a questão ter sido cobrada em um concurso de Auditor Fiscal da Fazenda Estadual, fora
explorado o conhecimento das etapas de auditoria governamental, que é mais comum em concursos
da área de controle e gestão (Tribunais de Contas e Controladorias, por exemplo).

 
2. Principais pontos da NBC TA 300(R1):
 
Esta norma trata da responsabilidade do auditor no planejamento da auditoria das demonstrações contábeis.
 
O objetivo do auditor é planejar a auditoria de forma a realizá-la de maneira eficaz. Um planejamento
adequado é benéfico para a auditoria das demonstrações contábeis de várias maneiras, inclusive para:

• auxiliar o auditor a dedicar atenção apropriada às áreas importantes da auditoria;


 
• auxiliar o auditor a identificar e resolver tempestivamente problemas potenciais;
 
• auxiliar o auditor a organizar adequadamente o trabalho de auditoria para que seja realizado de
forma eficaz e eficiente;
 
• auxiliar na seleção dos membros da equipe de trabalho com níveis apropriados de capacidade e
competência para responderem aos riscos esperados e na alocação apropriada de tarefas;

  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)


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• facilitar a direção e a supervisão dos membros da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho;
 
• auxiliar, se for o caso, na coordenação do trabalho realizado por outros auditores e especialistas.

O planejamento de auditoria está delimitado em duas dimensões – uma ampla e outra restrita, conforme
delineado abaixo.

 2. O planejamento da auditoria envolve a definição de estratégia global para o trabalho e o


desenvolvimento de plano de auditoria. [...]

 
7. O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a
direção da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria. [grifo nosso] 

Segue mapa mental para memorização:

 
Um dos itens mais cobrados pelas bancas desse assunto é quanto à flexibilidade de alteração da estratégia
global e do plano de auditoria, ou seja, eles não são imutáveis. Reiteradamente encontramos itens ou
alternativas de questões de concursos afirmando que o planejamento não pode ser alterado. Na realidade,
sempre que necessário, o auditor dever atualizar e alterar o planejamento. Veja:

 10. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria
sempre que necessário no curso da auditoria (ver item A13). [grifo nosso]

  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)


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Cabe ressaltar que, para otimizar os trabalhos, o auditor deve planejar a natureza, a época e a extensão do
direcionamento e supervisão da equipe de trabalho e a revisão do seu trabalho.

 12.O auditor deve documentar (NBC TA 230 – Documentação de Auditoria, itens 8 a 11 e A6):

(a) a estratégia global de auditoria;


 
(b) o plano de auditoria; e
 
(c) eventuais alterações significativas ocorridas na estratégia global de auditoria ou no plano de
auditoria durante o trabalho de auditoria, e as razões dessas alterações (ver itens A16 a A19). [grifo
nosso]

Basicamente, as bancas costumam cobrar o que o auditor deve documentar quando estiver na fase de
planejamento, segundo a NBC 300 (R1). Segue o mapa mental dessa informação.

 
Agora, iremos explorar a Sessão “Aplicação e outros materiais explicativos”. São detalhamentos das
informações contidas na introdução da norma. Essas aplicações serão identificadas pela letra “A”.
 
Chamamos a sua atenção para o item abaixo. Planejamento é dinâmico, continuo e iterativo que se inicia logo
após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a conclusão do trabalho de
auditoria atual. Veja:

 A2. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo,
que muitas vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior,
continuando até a conclusão do trabalho de auditoria atual. Entretanto, o planejamento inclui a
consideração da época de certas atividades e procedimentos de auditoria que devem ser concluídos
antes da realização de procedimentos adicionais de auditoria. Por exemplo, o planejamento inclui a
necessidade de considerar, antes da identificação e avaliação pelo auditor dos riscos de distorções
relevantes, aspectos como:

(a) os procedimentos analíticos a serem aplicados como procedimentos de avaliação de risco;


 
(b) obtenção de entendimento global da estrutura jurídica e o ambiente regulatório aplicável à
entidade e como a entidade cumpre com os requerimentos dessa estrutura;
 
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(c) a determinação da materialidade;


 
(d) o envolvimento de especialistas;
 
(e) a aplicação de outros procedimentos de avaliação de risco. [grifo nosso]

Esquematizando as informações mais recorrentes em provas de concursos sobre o tema:

 
Fiquem atentos quando aparecer a lâmpada acima! Ela será nossa forma de sinalizar a “questão da moda”
(tem sido bastante explorada e não podemos dar moleza!), porque tem quatro ou cinco itens, conforme a
norma e o examinador troca ou retira um dos itens e pergunta qual delas não faz parte desse rol. Esse tipo de
questão tem grande probabilidade de aparecer em sua prova! Ok?
 
Para finalizar este capítulo e evitarmos qualquer surpresa na sua prova sobre planejamento, trouxemos
detalhes da estratégia global e do plano de auditoria. Veja:

 A8. O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo


da conclusão dos procedimentos de avaliação de risco, temas como:
 
(a) os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe
com experiência adequada para áreas de alto risco ou o envolvimento de especialista em temas
complexos;
 
(b) os recursos a alocar a áreas de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe
alocados para observar as contagens de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do
trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o orçamento de horas de
auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco;
 
(c) quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria
ou em determinada data-base de corte; e
 
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(d) como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando
estão previstas as reuniões preparatórias e de atualização, como devem ocorrer as revisões do sócio
e do gerente do trabalho (por exemplo, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de
controle de qualidade do trabalho.
 
A10. [...] A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são
necessariamente processos isolados ou sequenciais, estando intimamente relacionados, uma vez
que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro.
 
A12. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a
natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da
equipe de trabalho. O planejamento desses procedimentos de auditoria ocorre no decurso da
auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é desenvolvido.
 
A13. A determinação da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de avaliação de risco, e
dos procedimentos de auditoria adicionais, à medida que eles se relacionam com as divulgações, é
importante, considerando tanto a ampla gama de informações quanto o nível de detalhes que
possam estar incluídos nessas divulgações. Além disso, certas divulgações podem conter
informações obtidas fora do razão geral e dos razões auxiliares, que também podem afetar os riscos
avaliados e a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria para tratar desses
riscos. (Incluído pela NBC TA 300 (R1))
 
A14. A consideração das divulgações no início da auditoria ajuda o auditor a dar a devida atenção e
planejar o tempo adequado para tratar as divulgações da mesma forma que as classes de transações, de
eventos e de saldos contábeis. Considerações preliminares também podem ajudar o auditor a determinar
os efeitos sobre a auditoria de:
 
• divulgações significativas novas ou revisadas necessárias em decorrência de mudanças no
ambiente, nas condições financeiras ou nas atividades da entidade (por exemplo, mudança na
identificação de segmentos e de comunicação de informações sobre segmentos decorrentes de
combinação de negócios significativa);
 
• divulgações significativas novas ou revisadas decorrentes de mudanças na estrutura de relatório
financeiro aplicável;
 
• necessidade de envolvimento de especialista para ajudar nos procedimentos de auditoria
relacionados com divulgações específicas (por exemplo, divulgações relacionadas com obrigações
com previdência e outros benefícios de aposentadoria); e
 
• assuntos relacionados com divulgações que o auditor pode querer discutir com os responsáveis
pela governança (ver item A12 da NBC TA 260). (Incluído pela NBC TA 300 (R1))
 
[...]
 
A16. A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a
revisão do  (6886411?exercicio=1)
seu trabalho ✏ 
podem variar dependendo  
de diversos (6886417)
fatores,  (6886429)
incluindo:
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(a) o porte e a complexidade da entidade;
 
(b) a área da auditoria;
 
(c) os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no risco de distorções relevantes para
uma dada área de auditoria costuma exigir um correspondente aumento na extensão e no direcionamento
e supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma revisão mais detalhada do seu
trabalho);
 
(d) a capacidade e a competência dos membros individuais da equipe que realiza o trabalho de
auditoria.
 
A17. A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e extensão planejadas dos
procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da
afirmação, em resposta aos riscos  avaliados. Também serve para registrar o apropriado
planejamento dos procedimentos de auditoria que podem ser revisados e aprovados antes da sua
aplicação. O auditor pode utilizar programas de auditoria padrão ou listas de verificação de
conclusão da auditoria, adaptados de forma a refletirem as circunstâncias particulares do trabalho.
 
[...]
 
A20. A finalidade e o objetivo do planejamento da auditoria não mudam caso a auditoria seja inicial
ou em trabalho recorrente. Entretanto, no caso de auditoria inicial, o auditor pode ter a necessidade de
estender as atividades de planejamento por falta da experiência anterior que é normalmente utilizada
durante o planejamento dos trabalhos. Para a auditoria inicial, o auditor pode considerar os seguintes
temas adicionais na definição da estratégia global e do plano de auditoria:
 
• exceto se for proibido por lei ou norma, manter contato com o auditor antecessor, por exemplo,
para conduzir a revisão de seus papéis de trabalho;
 
• quaisquer assuntos importantes (inclusive a aplicação de princípios contábeis ou de auditoria e
normas de elaboração de relatórios) discutidos com a administração e relacionados à escolha do
auditor, a comunicação desses temas aos responsáveis pela governança e como eles afetam a
estratégia global de auditoria e o plano de auditoria;
 
• os procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria suficiente e
apropriada relativa aos saldos iniciais (ver NBC TA 510 – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais);
 
• outros procedimentos exigidos pelo sistema de controle de qualidade da firma para trabalhos de
auditoria inicial (por exemplo, esse sistema pode exigir o envolvimento de outro sócio ou
profissional experiente para a revisão da estratégia global de  auditoria antes de iniciar
procedimentos de auditoria significativos ou de revisão dos relatórios antes da sua emissão).[grifo
nosso]

  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)


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3. Principais pontos da NBC TA 510(R1):
 
Esta norma trata da responsabilidade do auditor independente em relação aos saldos iniciais em um trabalho
de auditoria inicial (primeira auditoria). Além dos valores das demonstrações contábeis, saldos iniciais incluem
assuntos que precisam ser divulgados e que existiam no início do período, tais como contingências e
compromissos.
 
O trabalho de auditoria inicial é um trabalho em que as demonstrações contábeis do período anterior não
foram auditadas, ou as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor
independente antecessor.
 
Ressaltamos que essa norma tem baixíssima incidência em prova, mas como nosso curso é completo, iremos
nos restringir a poucos dispositivos. Nesse contexto, os mais importantes são os relativos aos efeitos dos
saldos iniciais nas conclusões e emissão do relatório de auditoria. Veja:

 4. Para fins desta Norma, os termos a seguir possuem os seguintes significados a eles atribuídos:

 
(a) Trabalho de auditoria inicial é um trabalho em que:
 
(i) as demonstrações contábeis do período anterior não foram auditadas; ou
 
(ii) as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente
antecessor.
 
(b) Saldos iniciais são os saldos contábeis existentes no início do período. Os saldos iniciais baseiam-
se nos saldos finais do período anterior e refletem os efeitos de transações e eventos de períodos
anteriores e políticas contábeis aplicadas no período anterior. Os saldos iniciais incluem, também,
assuntos existentes no início do período, que precisam ser divulgados, tais como contingências e
compromissos.
 
(c) Auditor independente antecessor é o auditor anterior (pessoa física ou jurídica diferente), que
auditou as demonstrações contábeis de uma entidade no período anterior e foi substituído pelo
auditor atual.
 
[...]
 
Conclusões e relatórios de auditoria
Saldos iniciais
10. Se o auditor não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos
saldos iniciais, ele deve expressar a opinião com ressalva ou abstenção de opinião sobre as
demonstrações contábeis, conforme apropriado, de acordo com a NBC TA 705 (ver item A8).
 

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11. Se o auditor concluir que os saldos iniciais contêm distorção que afeta de forma relevante as
demonstrações contábeis do período corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente
registrado ou adequadamente apresentado ou divulgado, o auditor deve expressar a opinião com
ressalva ou opinião adversa, conforme apropriado, de acordo com a NBC TA 705.
 
Uniformidade de política contábil
12. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa, conforme apropriado, de acordo com a
NBC TA 705, se ele concluir que:
 
(a) as políticas contábeis do período corrente não estão aplicadas de maneira uniforme em relação aos
saldos iniciais de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; ou
 
(b) uma mudança nas políticas contábeis não está devidamente registrada, adequadamente apresentada
ou divulgada, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
 
Relatório do auditor independente antecessor com modificação
13. Se a opinião do auditor independente antecessor, com relação às demonstrações contábeis do período
anterior, incluiu modificação no seu relatório, que continua relevante e significativa para as
demonstrações contábeis do período corrente, o relatório do auditor atual sobre as demonstrações
contábeis do período corrente deve, também, incluir modificação, de acordo com a NBC TA 705 e a NBC TA
710 (ver item A9).
 
Aplicação e outros materiais explicativos
 
A3. A natureza e a extensão dos procedimentos de auditoria necessários para obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente com relação aos saldos iniciais dependem de assuntos como:
políticas contábeis seguida pela entidade;
natureza dos saldos contábeis, classes de transações e divulgações, assim como os riscos de
distorção relevante nas demonstrações contábeis do período corrente;
significância dos saldos iniciais em relação às demonstrações contábeis do período corrente;
se as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas e, em caso afirmativo, se a
opinião do auditor independente antecessor foi modificada.
A4. Se as demonstrações contábeis do período anterior foram auditadas por auditor independente
antecessor, o auditor pode conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos
saldos iniciais revisando os papéis de trabalho do auditor independente antecessor. Se essa revisão
fornece evidência de auditoria apropriada e suficiente ou não, é influenciada pela competência
profissional e independência do auditor independente antecessor.
 
A6. Para ativos e passivos correntes, alguma evidência de auditoria sobre saldos iniciais pode ser obtida
como parte dos procedimentos de auditoria do período corrente. Por exemplo, recebimentos (contas a
receber) ou pagamentos (contas a pagar) durante o período corrente referente aos saldos de abertura,
fornecem alguma evidência de auditoria de suas existências, direitos e obrigações, integridade e
valorização no início do período. No caso de estoques, entretanto, os procedimentos de auditoria do
período corrente para o saldo de estoque final fornecem pouca evidência de auditoria com relação ao
estoque disponível no início do período. Portanto, podem ser necessários procedimentos adicionais de
  (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)
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auditoria, e um ou mais dos procedimentos abaixo podem fornecer evidência de auditoria apropriada e
suficiente:
acompanhamento do inventário físico mais recente e sua conciliação com as quantidades do
estoque inicial;
execução de procedimentos de auditoria na valorização dos itens do estoque inicial;
execução de procedimentos de auditoria sobre o lucro bruto e procedimentos de corte.
A7.  Para ativos e passivos não correntes, como imobilizado, investimentos e dívida de longo prazo,
alguma evidência de auditoria sobre saldos iniciais pode ser obtida examinando os registros contábeis e
outras informações que suportam os saldos iniciais. Em certos casos, o auditor pode conseguir obter
alguma evidência de auditoria com relação aos saldos iniciais mediante confirmação de terceiros, por
exemplo, para dívida de longo prazo e investimento. Em outros casos, o auditor pode precisar executar
procedimentos adicionais de auditoria.[grifo nosso]

Segue o mapa mental com as principais informações:


 
 

A8. [...] A impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com
relação aos saldos iniciais pode resultar em uma das seguintes modificações no relatório do auditor
independente:
 
(a) opinião com ressalva ou abstenção de opinião, conforme apropriado nas circunstâncias; ou
 
(b) a menos que proibido por legislação ou regulamentação, opinião com ressalva ou abstenção de
opinião, conforme apropriado, com relação aos resultados das operações e fluxos de caixa, quando
relevante, e não modificada com relação à posição patrimonial e financeira.

 
4. Leva para prova
    (6886411?exercicio=1) ✏    (6886417)  (6886429)
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1. O auditor deve estabelecer uma estratégia global de auditoria que defina o alcance, a época e a direção
da auditoria, para orientar o desenvolvimento do plano de auditoria.
 
2. O auditor deve atualizar e alterar a estratégia global de auditoria e o plano de auditoria sempre que
necessário no curso da auditoria.
 
3. O auditor deve realizar as seguintes atividades antes de começar os trabalhos de auditoria
inicial: aplicar procedimentos  relativos à aceitação do cliente e do trabalho de auditoria específico e
entrar em contato com o auditor antecessor, caso haja mudança de auditores.
 
4. Planejamento não é uma fase isolada da auditoria, mas um processo contínuo e iterativo, que muitas
vezes começa logo após (ou em conexão com) a conclusão da auditoria anterior, continuando até a
conclusão do trabalho de auditoria atual. 
 
5. O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria visto que inclui a natureza, a
época e a extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de
trabalho.
 
6. A documentação da estratégia global de auditoria é o registro das decisões-chave consideradas
necessárias para planejar adequadamente a auditoria e comunicar temas importantes à equipe de
trabalho. 
 
7. A documentação do plano de auditoria é o registro da natureza, época e extensão planejadas dos
procedimentos de avaliação de risco e dos procedimentos adicionais de auditoria no nível da afirmação,
em resposta aos riscos avaliados. 
 
8. Se o auditor não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos saldos
iniciais, ele deve expressar a opinião com ressalva ou abstenção de opinião sobre as demonstrações
contábeis.
 
9. Se o auditor concluir que os saldos iniciais contêm distorção que afeta de forma relevante as
demonstrações contábeis do período corrente e, se o efeito da distorção não é devidamente registrado ou
adequadamente apresentado ou divulgado, o auditor deve expressar a opinião com ressalva ou opinião
adversa, conforme apropriado, de acordo com a NBC TA 705.
 
10. O auditor deve expressar uma opinião com ressalva ou adversa, conforme apropriado, de acordo com
a NBC TA 705, se ele concluir que:as políticas contábeis do período corrente não estão aplicadas de
maneira uniforme em relação aos saldos iniciais de acordo com a estrutura de relatório financeiro
aplicável; ou uma mudança nas políticas contábeis não está devidamente registrada, adequadamente
apresentada ou divulgada, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável.
 
11. A impossibilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente com relação aos
saldos iniciais pode resultar em uma das seguintes modificações no relatório do auditor
independente: opinião com ressalva ou abstenção de opinião, conforme apropriado nas circunstâncias;
ou a menos que proibido por legislação ou regulamentação, opinião com ressalva ou abstenção de
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opinião, conforme apropriado, com relação aos resultados das operações e fluxos de caixa, quando
relevante, e não modificada com relação à posição patrimonial e financeira.
 
5. Bibliografia
 
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Governamental. Brasília, DF. 2011. Disponível em: <http://portal.tcu.gov.br/biblioteca-digital/curso-de-
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_______. Tribunal de Contas da União. Portaria 280/2010. Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União,
Brasília, DF, 08 de dezembro de 2010. Disponível em:
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outubro de 2009. Disponível em:
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_______. Tribunal de Contas da União. Glossário de termos do controle externo. Brasília, 2012. Disponível em:
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_______. Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil
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_______. Conselho Federal de Contabilidade. NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil
Histórica. NBC TA 510(R1) – Trabalhos Iniciais – Saldos Iniciais. Disponível em: <
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?
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ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. 8ª edição. São Paulo: Atlas, 2012.
 
ATTIE, William. Auditoria: conceitos e aplicações. 5ª edição. São Paulo: Atlas, 2010.
 
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Auditoria contábil: teoria e prática. 10ª edição. São Paulo: Atlas, 2016.
 
 
 

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