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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Extinção do Crédito Tributário�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Noções Gerais Acerca da Extinção do Crédito Tributário�������������������������������������������������������������������������������������������2
Pagamento��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3
Compensação���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������4

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Extinção do Crédito Tributário


Noções Gerais Acerca da Extinção do Crédito Tributário
O crédito tributário decorre da obrigação tributária e deve ser regularmente constituído, seja por
ato do Fisco (lançamento) ou por confissão do sujeito passivo (tais confissões são normalmente vei-
culadas em declarações relativas a tributos sujeitos ao lançamento por homologação). Destaque-se
que a constituição do crédito tributário é impedida pela concessão legal de isenção e anistia (modali-
dades de exclusão do crédito tributário).
O crédito tributário regularmente constituído veicula a existência de uma dívida do sujeito
passivo perante o Estado. A extinção desta dívida normalmente ocorre com o pagamento efetuado
pelo devedor (esta é a modalidade natural de extinção do crédito tributário). Contudo, é preciso des-
tacar-se que o art. 156 do CTN prevê outras diversas formas de extinção do crédito tributário:
“Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I – o pagamento;
II – a compensação;
III – a transação;
IV – remissão;
V – a prescrição e a decadência;
VI – a conversão de depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e
seus §§ 1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que
não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei.”
Antes de passarmos à análise de cada uma das modalidades de extinção do crédito tributário
arroladas no art. 156 do CTN, deve-se destacar que há uma grande celeuma se lei ordinária poderia
estabelecer novas hipóteses de extinção do crédito tributário.
Muitos estudiosos do direito tributário defendem que lei ordinária não poderia criar novas mo-
dalidades extintivas do crédito tributário, pois tal matéria deveria ser encarada como uma norma
geral de direito tributário (logo, somente regulável por lei complementar). Contudo, o STF, no jul-
gamento da Medida Cautelar na Ação Direita de Inconstitucionalidade nº. 2.405, já decidiu que os
Estados podem permitir a extinção de créditos tributários mediante a dação em pagamento de bens
móveis, desde que inexista qualquer ofensa à necessidade de processo licitatório para a aquisição de
bens pelo Estado (ou seja, a dação em pagamento em bens móveis deve ser uma medida excepcional
e de pequena relevância dentre as aquisições de bens móveis realizadas pelo respectivo Ente Público).
Assim, para as provas, temos que saber que:
→→ Pela literalidade da Constituição Federal, apenas lei complementar federal poderia estabelecer as
hipóteses de extinção do crédito tributário;
→→ Caso a banca examinadora solicite o entendimento do Supremo Tribunal Federal, devemos
lembrar que o STF já entendeu que lei ordinária pode estabelecer novas hipóteses de extinção do
crédito tributário.

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Pagamento
O pagamento é a normal modalidade de extinção dos créditos tributários, sendo certo que o pa-
gamento pode ser realizado em pecúnia (dinheiro), cheque ou vale-postal (é um título emitido pelos
Correios que indica a existência de recursos financeiros disponíveis). Ademais, em alguns casos, a
legislação tributária pode estabelecer que o sujeito passivo deva efetuar o pagamento antecipado do
tributo, recebendo em troca um documento do Fisco que comprova tal pagamento (normalmente,
este documento é um selo, que deve ser aposto no produto que teve seu imposto pago antecipada-
mente; tal selo é chamado de estampilha). Nestes casos, o pagamento será realizado por uma das
normais modalidades (pecúnia, cheque ou vale-postal), mas há a particularidade do dever do sujeito
passivo apor a estampilha no produto.
O pagamento de um crédito tributário não significa que qualquer outro tributo esteja pago; ademais,
no caso de tributos parcelados, o pagamento de uma parcela não significa que quaisquer outras tenham
sido pagas (assim, se o sujeito passivo paga a 5ª parcela de um parcelamento, isto não significa que as
parcelas anteriores – 1ª a 4ª – tenham sido pagas), conforme estabelece o art. 158 do CTN:
“Art. 158. O pagamento de um crédito não importa em presunção de pagamento:
I – quando parcial, das prestações em que se decomponha;
II – quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a outros tributos.”
Já vimos na apostila que o prazo de vencimento do tributo não precisa necessariamente estar
previsto em lei (ou seja, tal matéria não se sujeita ao princípio da legalidade). Contudo, caso previsto
em lei, o prazo de vencimento somente poderá ser alterado por lei.
Quando o prazo de vencimento do tributo não está previsto em lei e nem em normas infralegais,
o CTN estabelece que o tributo deve ser recolhido no prazo de 30 dias contados da data de notifica-
ção do lançamento ao sujeito passivo (art. 160).
Interessante notar que o sujeito passivo tem o direito de escolher o tributo que quer pagar, desde
que efetue tal pagamento no prazo de vencimento do tributo! Isto significa que, quando realizamos
o pagamento de um tributo em atraso, não seremos nós quem definiremos o tributo que está sendo
pago, pois o CTN estabelece a denominada “imputação ao pagamento” em seu art. 163:
“Art. 163. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo para com
a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou provenientes de
penalidade pecuniária ou juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o paga-
mento determinará a respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I – em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos decorrentes de respon-
sabilidade tributária;
II – primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e por fim aos impostos;
III – na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV – na ordem decrescente dos montantes.”
Assim, quando há dois ou mais débitos vencidos do mesmo sujeito passivo perante a mesma
Pessoa Política, o sujeito passivo perde o direito de escolher quais destes débitos irá pagar, pois são as
regras do art. 163 do CTN que definirão qual tributo está sendo pago.
Analisando as regras mencionadas no parágrafo anterior, podemos sistematizar as regras de im-
putação nos seguintes termos:
1) Primeiro: débitos devidos na qualidade de contribuinte;
2) Dentre estes, primeiro as contribuições de melhoria, depois as taxas e, por fim, os impostos;
3) Dentre os tipos de tributos devidos pelo contribuinte, primeiro o tributo que o Fisco perderá mais
rápido o direito de cobrar e assim por diante (na ordem crescente dos prazos de prescrição);
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4) Havendo identidade dos prazos de prescrição, na ordem decrescente dos montantes;
5) Após a extinção dos débitos devidos pelo sujeito passivo como contribuinte, passa-se aos débitos
devidos por responsabilidade tributária, na mesma ordem indicada nos itens 2 a 4 supra.
Vejamos um exemplo prático para melhor compreendermos as regras da imputação.
Imagine que um determinado sujeito passivo encontra-se em débito perante a União em relação
aos seguintes tributos:
Qualidade Tributo Prescrição Valor
Contribuinte CSLL 30/03/10 20.000
Contribuinte Contribuição de Melhoria 05/05/10 5.000
Responsável IOF 11/11/10 6.000
Contribuinte IR 30/03/10 10.000
Responsável Taxa 06/10/10 7.000
Contribuinte Contribuição de Melhoria 30/05/10 10.000
Responsável Taxa 10/10/10 12.000
Responsável IPI 11/11/10 9.000
Responsável Contribuição de Melhoria 30/04/11 9.000
Contribuinte Taxa Federal 05/10/10 15.000

Aplicando as regras do art. 163 do CTN, chegamos a seguinte ordem de imputação de eventuais
pagamentos em atraso realizados pelo sujeito passivo:
Ordem Qualidade Tributo Prescrição Valor
1º Contribuinte Contribuição de Melhoria 05/05/10 5.000
2º Contribuinte Contribuição de Melhoria 30/05/10 10.000
3º Contribuinte Taxa Federal 05/10/10 15.000
4º Contribuinte CSLL 30/03/10 20.000
5º Contribuinte IR 30/03/10 10.000
6º Responsável Contribuição de Melhoria 30/04/11 9.000
7º Responsável Taxa Federal 06/10/10 7.000
8º Responsável Taxa Federal 10/10/10 12.000
9º Responsável IPI 11/11/10 9.000
10º Responsável IOF 11/11/10 6.000

Compensação
A compensação é um instituto originado no direito civil, que determina a extinção de dívidas
entre mesmos credores e devedores. Assim, caso Paulo deva R$ 100,00 para Joana e Joana deva R$
60,00 para Paulo, a dívida comum é automaticamente extinta por compensação (veja que ambos
devem ao menos R$ 60,00 para o outro), restando o saldo remanescente para ser cobrado (ou seja,
Joana poderá cobrar R$ 40,00 de Paulo).
No direito tributário, quando o sujeito passivo efetuou o recolhimento a maior de qualquer
tributo, é induvidoso o direito à restituição (art. 165 do CTN). Em decorrência do Fisco muitas
vezes não ser muito ágil na análise destes pedidos de restituição, o instituto da compensação acaba
atraindo muito interesse, pois, segundo o raciocínio visto no parágrafo precedente, o sujeito passivo
poderia aproveitar-se do seu direito creditório para extinguir uma dívida tributária. Nestes casos,
não seria necessário aguardar a morosa análise do pedido de restituição pelo Fisco. Destarte, a com-
pensação é uma opção ao pedido de restituição do indébito.
Vejamos o quanto disposto no CTN em relação à extinção do crédito tributário por intermédio
de compensação:

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“Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em cada caso
atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos tributários com créditos
líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda pública.
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo,
a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro
de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial
pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.”.
Seguindo a disciplina do CTN, o sujeito passivo de um tributo somente poderá extingui-lo
mediante o chamado “encontro de contas” (compensação) caso exista uma lei específica permitin-
do a compensação. Veja: o CTN não garante ao sujeito passivo o direito de compensar eventuais
créditos contra o Fisco para extinguir suas dívidas tributárias, mas apenas permite que lei venha a
estabelecer e definir os limites para o exercício de tal direito!
Deste modo, caso o sujeito passivo deseje extinguir uma dívida tributária mediante compensa-
ção, este sujeito passivo deverá verificar se existe lei (específica do Ente político que detém compe-
tência para legislar sobre o respectivo tributo) prevendo tal possibilidade.
PRESTE ATENÇÃO: se o sujeito passivo tem uma dívida de IPTU perante a Prefeitura de São Paulo,
este sujeito passivo somente poderá extinguir a dívida mediante compensação com um crédito
detido contra o Fisco Paulistano caso haja uma lei municipal de São Paulo prevendo expressamente
tal possibilidade! Caso o débito fosse do ICMS devido para o Estado de Goiás, este sujeito passivo
deveria verificar se a legislação goiana permite a extinção de débitos tributários de ICMS por inter-
médio de compensação.
A lei federal, estadual ou municipal, que institui a possibilidade de extinção de débitos tributários
mediante compensação, pode estabelecer condições e garantias, evitando que o Fisco seja prejudicado
por eventuais compensações descabidas. Por óbvio, a compensação somente pode ser efetuada com
créditos e débitos relativos ao mesmo Fisco (assim, caso uma empresa tenha pago imposto de renda a
maior, é totalmente descabido o uso de tal crédito para quitar qualquer tributo estadual ou municipal).
O sujeito passivo somente pode realizar a compensação se possuir créditos líquidos e certos
contra o Fisco! Mas, quando se diz que um crédito é líquido e certo?
Um crédito é certo quando não existe dúvida acerca de sua existência; um crédito é líquido
quando o seu valor é conhecido.
Assim, apenas créditos titulados pelo sujeito passivo contra o Fisco induvidosos e com valor de-
terminado é que podem ser potencialmente utilizados em compensação tributária.
Neste ponto, surge uma questão interessante: quando o direito creditório do sujeito passivo se
funda em uma decisão judicial, quando seria possível a compensação, vez que o CTN estabelece que
apenas créditos induvidosos podem ser empregados em compensação?
Durante muitos anos, muitos juízes entenderam que decisões judiciais provisórias (medidas li-
minares, tutelas antecipadas, sentenças objeto de recurso de apelação etc.) poderiam deferir a com-
pensação para o sujeito passivo. Veja: vários juízes entendiam que decisões judiciais provisórias já
permitiriam atestar a certeza do direito creditório do sujeito passivo para fins de compensação. Tal
entendimento era muito prejudicial ao Fisco, pois muitas vezes estas decisões judiciais não definitivas
acabavam sendo alteradas e a compensação já havia sido realizada (tais situações demonstram cabal-
mente que não haveria certeza nos direitos creditórios fundados em decisões judiciais não definitivas).
Para acabar com a celeuma, a Lei Complementar nº. 104/2001 incluiu o art. 170-A no CTN,
deixando claro que os créditos do sujeito passivo reconhecidos em decisão judicial apenas podem ser
utilizados em compensação quando tal decisão transitar em julgado. Nesta situação, é evidente que
há certeza do direito creditório titulado pelo sujeito passivo.
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O crédito titulado pelo sujeito passivo sempre deve ser líquido e certo, mas não precisa necessa-
riamente encontrar-se vencido (ou seja, pode ser que o direito de crédito contra o Fisco ainda não
possa ser exigido – é o chamado “crédito vincendo”). Contudo, quando o crédito for vincendo, o
CTN estabelece que se deve apurar o valor atual deste crédito futuro mediante a aplicação de uma
taxa de desconto, que não poderá ser estabelecida em patamar superior a 1% ao mês.
A legislação que regula a compensação é aquela vigente na data do encontro de contas, ou seja, a
legislação vigente no momento em que o sujeito passivo realiza a compensação. Para melhor com-
preensão da relevância deste entendimento, vamos exemplificar as consequências.
Imagine que uma empresa recolha indevidamente R$ 100 mil de imposto de renda. Na data deste
recolhimento, a legislação federal indicava ser possível a compensação deste valor recolhido indevi-
damente com qualquer imposto federal. No momento em que a empresa vai realizar a compensação
do crédito de imposto de renda com um débito de IPI (compensação plenamente possível segundo a
lei vigente na data do recolhimento indevido), verifica-se que houve uma mudança na lei que rege a
compensação dos tributos federais, sendo que agora os recolhimentos indevidos somente podem ser
compensados com débitos do mesmo imposto. Veja: a lei vigente na data do recolhimento indevido
permitia a compensação que o sujeito passivo quer realizar; a lei vigente na data da realização da
compensação já não a permite mais. Neste caso, como a lei que regula a compensação é a vigente na
data da realização da compensação, deve-se concluir que não é possível realizar o encontro de contas
intentado pelo sujeito passivo.
A situação descrita no parágrafo anterior pode parecer injusta, pois na data do recolhimen-
to indevido do tributo era possível compensar o indébito com qualquer imposto federal devido.
Contudo, preste atenção: não há direito adquirido à compensação (logo, a alteração da legislação
após o recolhimento indevido do tributo afeta as condições do direito à compensação).
Exercícios
01. De acordo com a redação do Código Tributário Nacional (artigo 156), analise as afirmativas a seguir:
I. Novação: extingue a obrigação tributária mediante a criação de uma outra que substituirá
a primeira.
II. Confusão: desde que, na mesma pessoa, se confundam as qualidades de credor e devedor.
III. Anistia: dispensa o pagamento das multas provenientes da desobediência à legislação tributária.
Não podem ser mencionada(s), expressamente, como modalidade(s) de extinção do crédito tributário:
a) as afirmativas I, II e III.
b) somente as afirmativas II e III.
c) somente as afirmativas I e III.
d) somente as afirmativas I e II.
e) somente a afirmativa II.
02. Um contribuinte pretende compensar parcialmente tributo municipal com valores reconhecidos
como repetição de indébito tributário municipal em sentença declaratória transitada em julgado.
Nos termos do CTN e à luz da doutrina, essa compensação
a) é regida pelas normas previstas no Código Civil.
b) poderá ocorrer mesmo que o valor devido ao particular for vincendo.
c) poderá ocorrer com créditos judiciais ainda não liquidados.
d) é hipótese de exclusão do crédito tributário.
e) amortizará primeiro os juros e depois o débito principal da obrigação tributária.

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03. Antônio, sócio gerente de um estabelecimento atacadista localizado em Blumenau/SC, em
razão de limitação de recursos financeiros, deixou de realizar o pagamento de alguns tributos
estaduais cujo prazo de vencimento ocorreu entre janeiro e dezembro de 2017. Mas, no decorrer
do primeiro semestre de 2018, ocorreu uma melhora na liquidez da empresa, e ele promoveu o
recolhimento de um valor substancial, porém insuficiente, para liquidar os débitos para com
a Fazenda Pública do Estado. Diante dos fatos descritos, e considerando o disposto no Código
Tributário Nacional (CTN), a autoridade administrativa competente deve
a) imputar, dentre os débitos por obrigação própria, primeiro, às contribuições de melhoria,
depois às taxas e por fim aos impostos.
b) notificar a empresa, na pessoa de Antônio, para completar o pagamento do valor faltante ou
solicitar a restituição do valor recolhido, sob pena de perda do valor para a Fazenda Pública.
c) imputar o valor recebido, aos débitos vencidos e vincendos, pagando primeiro o ICMS, e suas
multas e juros, depois o IPVA, com os acréscimos devidos, e finalmente as taxas e multas.
d) intimar o sujeito passivo, na pessoa de seu representante legal, para realizar o pagamento do
saldo remanescente, sob pena de imputar o valor recebido ao pagamento dos impostos pres-
critos e decaídos, e depois, sucessivamente, os impostos ativos, as multas, as taxas e o juros.
e) imputar, primeiro, os impostos, na ordem crescente de montante, e depois as taxas, multas e juros.
04. Assinale a opção que apresenta uma hipótese de extinção do crédito tributário do ISS de João
Pessoa – PB.
a) depósito recursal
b) imunidade tributária
c) compensação
d) decisão judicial sem trânsito em julgado
e) dação em pagamento de bens móveis
05. No que diz respeito às causas de extinção do crédito tributário, assinale a alternativa correta.
a) A imposição de penalidade dispensa o pagamento integral do crédito tributário.
b) É permitida a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação
judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial.
c) A previsão no Código Tributário Nacional não é suficiente, por si só, para possibilitar a
dação em pagamento em bens imóveis.
d) Enquanto a decadência tributária extingue o crédito tributário, a prescrição tributária
extingue a pretensão do credor de cobrar o crédito tributário.
Gabarito
01 - A
02 - B
03 - A
04 - C
05 - D

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