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Exclusão do ICMS e do ISS da Receita Bruta das empresas –

Matéria de Repercussão Geral do STF.


Oportunidades para as empresas contribuintes de PIS e Cofins, CPRB (contribuição previdenciária) e a tributação do
CSLL e do IRPJ onde a base de cálculo é o FATURAMENTO. Estas empresas poderão buscar através de ação judicial, a
restituição de valores pagos a maior nos últimos 05 anos e também o direito de diminuir para o futuro a base de cálculo
destes tributos com exclusão do ICMS e do ISS. Alguns juízes e desembargadores, têm entendido (decisões liminares)
que a inclusão do ICMS e do ISS no faturamento das empresas é flagrantemente Inconstitucional. Referida tese tributária
é pautada, por analogia, numa recente (15/03/2017) decisão em matéria de repercussão geral do Supremo Tribunal
Federal (STF), a qual considerou inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins.
1) Caso a empresa seja contribuinte de ISS ou ICMS, optante pelo Lucro Real ou Presumido, entendemos que é possível
buscar seu direito de excluir o ISS e o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins (decisões recentes do TRF4 e STF). E
ainda, pleitear a restituição dos valores pagos a maior nos últimos 05 (cinco) anos atualizados pela SELIC.
2) Outra tese que segue a mesma lógica e já possui decisões favoráveis é a exclusão do ISS ou ICMS da base de cálculo
do IRPJ e CSLL, exclusividade para empresas do Lucro Presumido, pois as mesmas usam como base de cálculo o
faturamento, incluindo também a restituição dos últimos 05 anos atualizados pela SELIC.
3) Na mesma seara, exclusão do ICMS da base de cálculo da CPRB (Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta)
para aquelas empresas sujeitas a esta sistemática de contribuição previdenciária. Inclusive com entendimento favorável
da própria PGR – Procuradoria Geral República publicado no STF – RE 1.034.004-SC de 11/04/2017. Pleiteando a
restituição dos valores pagos a maior nos últimos 05 (cinco) anos atualizados pela SELIC.
PRESTADORES DE SERVIÇOS - RESTITUIÇÃO DE INSS RETIDO EM
NOTA FISCAL

• As empresas prestadoras de serviços de todo o Brasil sujeitas à retenção de INSS com alíquota de 3,5% ou
11% sobre a emissão de suas notas fiscais, recibos ou faturas e que não tenham compensado esse crédito
em folha de pagamento, ou que não possam efetuar esta compensação, poderão requerer a sua restituição
em dinheiro corrigido monetariamente, por meio de processo administrativo junto a Receita Federal.
• Apesar da lei 9711/98, que trata do assunto, informar que o prazo para receber a restituição é de até 10
anos, muitos empresários têm aliviado problemas de caixa em até 360 dias, devido a lei (art. 24 da lei nº
11457/2007) que assegura que os processos administrativos devam ser resolvidos nesse prazo.
• A restituição é depositada em conta corrente indicada pela solicitante no ato do processo, corrigidos pela
taxa Selic acumulada ao longo dos anos. Isto significa que se a empresa solicitar a restituição dos últimos
05 anos, que é o prazo legal para reivindicar o direito, ela receberá o dinheiro corrigido acumuladamente.
• O procedimento realizado por nossa empresa consiste na realização de uma revisão contábil do período a
ser restituído através da análise de todos os documentos exigidos que comprovem a existência do crédito –
desde a NF, recibos ou faturas, passando pelas folhas de pagamento e GFIPs até os livros
contábeis. Culminando com a interposição do processo administrativo para a restituição do crédito à
empresa.
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - PRODUTOS MONOFÁSICOS

Dentre as hipóteses que geram o direito ao crédito, existe a do PIS e COFINS monofásico, que obriga indústrias e
importadores a recolher, no ato da venda, o imposto de toda a cadeia comercial até o consumidor final. Isso quer dizer
que a indústria e o importador pagam o PIS e COFINS de suas próprias operações, mais o PIS e COFINS dos
distribuidores e do comércio varejista.
Por isso, atacadistas e varejistas são isentos do recolhimento de PIS e COFINS destes produtos.
No caso das padarias, elas normalmente remetem à contabilidade seu faturamento integral, ou seja, sem deduzir o que
fora pago na fonte, as hipóteses de isenção e alíquota 0, resultando no recolhimento à maior.
Falando em números, dando um exemplo prático de uma padaria optante pelo Simples Nacional:
Muitos produtos vendidos em PADARIAS, são enquadrados como “monofásico”. Estas vendas representam por ano R$
700 mil. O faturamento desta padaria a enquadra no anexo I do SIMPLES, terceira faixa de receita acumulada. Essa
empresa paga 9,5% de impostos, deste percentual, 1,21% é COFINS e 0,26% é PIS. Mas recolhem em uma só guia a
DAS, a soma do PIS e COFINS é 1,47% do total do faturamento. Isso significa que pode ter em torno de 15% de
economia na carga tributária anual (deve restituir 1,47% dos 9,5% recolhidos). R$ 700 mil x 1,47% = R$ 10.290,00 por
ano. Se esta padaria tiver 5 anos de existência será uma restituição de R$ 51.450,00 além dos juros e correção
monetária.
Como saber quais produtos comercializados em padarias que são taxados pelo PIS e COFINS monofásico? Os produtos
mais comuns são as bebidas consideradas “frias”, como refrigerantes, água mineral, energéticos, isotônicos e cervejas.
Para recuperar os benefícios que a padaria tem direito, é necessário separar os documentos fiscais de compra e venda
destes produtos dos últimos 5 anos, junto à contabilidade ou órgãos fiscais, podendo, se creditar em sua escrita fiscal ou
buscar a sua restituição administrativa ou judicial.
SEGMENTOS
RECUPERAÇÃO DE CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS - PRODUTOS MONOFÁSICOS

Oficinas Mecânicas e Autopeças (leves e pesados);


Lojas de Baterias e Autoelétricas;
Bares, Restaurantes, Distribuidores de Bebidas e Conveniências;
Farmácias e Drogarias;
Mercados e Minimercados;
Lojas de Cosméticos, entre outros.
TESE DE RECUPERAÇÃO TRIBUTÁRIA
CONTRIBUIÇÃO AO SENAR

Só deve pagar SENAR quem emprega, e é esse o sentido do


sistema “S” sobre a folha. Segurado especial não emprega e
logo não é contribuinte, sendo assim, cobrar desse segurado
viola a Constituição Federal – art. 240.

O tema 810 do STF traz a discussão sobre a


constitucionalidade da própria contribuição, ou seja, o produtor
rural pessoa física diz que o SENAR é inconstitucional, pois a
ADCT em seu art. 62, diz que a lei criará o SENAR nos moldes
do SENAI E SENAC, ou seja sistema “S” e deve ser recolhido
sobre a folga de salário e não sobre a receita bruta.
CASE - RE 816.830 - TEMA 801
No caso dos autos, o produtor rural pessoa física requer que seja declarada
á inconstitucionalidade da referida cobrança, além da restituição dos valores
pagos indevidamente, com os juros e correção pertinentes.

As alegações do contribuinte vão no sentido de que a norma instituidora do


SENAR, no ADCT, não estaria sendo respeitada pela legislação que o
regulamentou.

Isso porque, o artigo 62 do ADCT traz em sua redação a previsão de criação


do SENAR, estabelecendo: “a lei criará o Serviço Nacional de
Aprendizagem Rural (Senar) nos moldes da legislação relativa ao
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e ao Serviço
Nacional de Aprendizagem do Comércio (Senac), sem prejuízo das
atribuições dos órgãos públicos que atuam na área”.
SENAR - Retenção após Lei 13.606/18
• A discussão envolve os produtores rurais pessoas físicas que são contribuintes do SENAR e que estão
contribuindo sobre a sua receita bruta, quando, como dito, a cobrança deveria ser sobre a folha de
salários.
• E, como se sabe, o fundamento constitucional do Sistema S é o artigo 240, do qual dispõe: "Ficam
ressalvadas do disposto no artigo 195 as atuais contribuições compulsórias dos empregadores sobre a
folha de salários, destinadas às entidades privadas de serviço social e de formação profissional vinculadas
ao sistema sindical".
• Referido artigo, que trata do Sistema S e, consequentemente, do Senar, é muito claro: referidas
contribuições devem incidir sobre a folha de salário, ponto. Se é sobre a folha de salário, é sobre ela, folha
de salário, que a contribuição ao Senar deve incidir, e não sobre a receita bruta da comercialização! É
evidente que sobre a folha o valor a ser recolhido, na maioria das vezes, é muito menor.
• E mais, mesmo que não houvesse previsão nesse sentido, fundamento algum existiria para cobrá-la sobre
a comercialização. Isso porque a base de cálculo de qualquer contribuição deve ser vinculada a sua
finalidade, tendo em vista que o valor cobrado deve ser inteiramente utilizado na finalidade perseguida.
Tema 801 - Constitucionalidade da incidência da contribuição destinada
STF reconheceu a existência ao SENAR sobre a receita bruta proveniente da
de repercussão geral e, comercialização da produção rural, nos termos do art. 2º da
portanto, seu resultado
Lei 8.540/1992, com as alterações posteriores do art. 6º da
deverá ser aplicado a todos
os casos semelhantes. Lei 9.528/1997 e do art. 3º da Lei 10.256/2001.
TESE DE RECUPERAÇÃO
TRIBUTÁRIA

É INDEVIDA A COBRANÇA E A OBRIGAÇÃO DE


RECOLHIMENTO DA CONTRIBUIÇÃO PARA O SALÁRIO-
EDUCAÇÃO PELOS PRODUTORES RURAIS PESSOAS FÍSICAS,
SENDO POSSÍVEL, MEDIANTE AÇÃO JUDICIAL, A
DECLARAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DO CRÉDITO, PARA
SUSPENDER IMEDIATAMENTE O RECOLHIMENTO, SEM
PREJUÍZO DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO, DEVOLUÇÃO DOS
VALORES RECOLHIDOS DE FORMA INDEVIDA NOS ÚLTIMOS
CINCO ANOS.

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