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Tema importantíssimo para as defesas tributárias!
Sempre que estivermos tratando de processo tributário, as
particularidades do caso concreto devem ser consideradas, assim como
os objetivos que se pretende alcançar com a medida.
Quando o cliente o comunica que recebeu um lançamento ou um auto
de infração tributário, o primeiro item a observar é o prazo para defesa
administrativa, contado da data em que o contribuinte foi notificado.
Estando dentre do prazo, a defesa administrativa, na maior parte das
vezes, mostra-se mais vantajosa que o ingresso de medida judicial, pois
enquanto tramita o processo administrativo tributário, o crédito fica com
sua exigibilidade suspensa: não pode ser protestado, não pode ser
cobrado, o contribuinte mantém sua situação de regularidade fiscal,
estando apto a obter documento com efeitos de Certidão Negativa de
Débitos (CND).
Além disso, a defesa administrativa mostra-se mais vantajosa por não
serem exigidas custas para sua realização, nem haver risco de incorrer
em verbas de sucumbência. Sobre esse ponto, vale lembrar a súmula
vinculante nº 21 do STF:
“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”
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Sobrevindo a decisão final do processo administrativo tributário, seus
efeitos são os seguintes:
Se a decisão for favorável, total ou parcialmente ao contribuinte,
anulando uma parcela ou a íntegra do crédito tributário, tal decisão
se torna imutável, extinguindo o crédito tributário.
Se a decisão for contrária, mantendo parte ou a íntegra do crédito
tributário, o contribuinte pode socorrer-se do Judiciário,
ingressando com medida judicial objetivando anular o referido
débito.
Diante desse contexto, as defesas administrativas se mostram, em geral,
vantajosas, sendo a primeira medida a ser adotada em face de um
lançamento ou autuação fiscal. Isso porque, como visto, se o
contribuinte não obtiver êxito na esfera administrativa, assiste-lhe o
direito de ingressar com ação judicial para questionar referido débito.
Mas atenção! O caminho inverso não é possível: se o contribuinte fizer
uso, desde logo, de ação judicial, essa conduta implica renúncia às
instâncias administrativas, no que diz respeito à matéria objeto de análise
judicial.
Feitos esses esclarecimentos, passemos aos itens que precisam ser
analisados para fins de defesa em face de lançamento tributário ou auto
de infração.
Elaborei um roteiro (um checklist) para facilitar essa tarefa.
Ao se deparar com um lançamento tributário ou auto de infração,
examine os seguintes aspectos:
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sofrendo a cobrança tributária é, efetivamente, CONTRIBUINTE ou
RESPONSÁVEL tributário?
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outros atos normativos. Por isso, recomenda-se dar enfoque prioritário
aos argumentos de ordem legal e fática, especialmente com a juntada de
provas, de DOCUMENTOS FISCAIS hábeis para demonstrar os equívocos
constantes da exigência tributária.
No entanto, a defesa tributária exige que esses itens sejam, todos eles,
examinados e considerados em face do caso concreto. São conceitos que
não existem por si só, isolados uns dos outros! Por isso, precisamos criar
o hábito de PENSAR O DIREITO TRIBUTÁRIO como um todo,
compreendendo sua dinâmica e fazendo a necessária conexão entre seus
elementos.
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Para tanto, é preciso identificar a medida judicial cabível e mais
apropriada aos objetivos pretendidos. Eis algumas perguntas que devem
ser feitar para a identificação dessa medida:
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Convém esclarecer que, mesmo nas hipóteses em que o STJ ou o STF
tenham se manifestado sobre a ilegalidade ou inconstitucionalidade de
determinada exigência, a propositura de ação judicial faz-se
recomendável e até mesmo necessária para a concretização do direito,
especialmente para garantir segurança ao contribuinte em faze da
oscilação do entendimento jurisprudencial em nosso País.
Ainda, quanto aos documentos que devem instruir tal pedido, não há
necessidade de serem juntados todos os comprovantes de recolhimento
indevido, bastando a comprovação da situação de credor.
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valores, é suficiente, para esse efeito, a comprovação cabal de que o
impetrante ocupa a posição de credor tributário, visto que os
comprovantes de recolhimento indevido serão exigidos
posteriormente, na esfera administrativa, quando o procedimento de
compensação for submetido à verificação pelo Fisco; e
(b) tratando-se de Mandado de Segurança com vistas a obter juízo
específico sobre as parcelas a serem compensadas, com efetiva
alegação da liquidez e certeza dos créditos, ou, ainda, na hipótese em
que os efeitos da sentença supõem a efetiva homologação da
compensação a ser realizada, o crédito do Contribuinte depende de
quantificação, de modo que a inexistência de comprovação suficiente
dos valores indevidamente recolhidos representa a ausência de prova
pré-constituída indispensável à propositura da ação mandamental”.
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não permite, na maior parte das vezes, identificar os exatos limites da
controvérsia.
prescrição;
se os sujeitos constantes da CDA são os mesmos da atuação fiscal,
em, em caso afirmativo, se foram preenchidos os requisitos para
sua responsabilização;
os juros e multas aplicados.
Em regra, utilizam-se:
Exceção de pré-executividade
Embargos do devedor
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“A exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente
às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória.”
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