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contribuintes sujeitos ao regime cumulativo do PIS e
COFINS – Lei nº 9.718/98.
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relativamente a valor que não passa a integrar o patrimônio do alienante
quer de mercadoria, quer de serviço, como é o relativo ao ICMS. Se
alguém fatura ICMS, esse alguém é o Estado e não o vendedor da
mercadoria.
(...)
Conforme previsto no preceito constitucional em comento, a base de
cálculo é única e diz respeito ao que faturado, ao valor da mercadoria ou
do serviço, não englobando, por isso mesmo, parcela diversa. Olvidar os
parâmetros próprios ao instituto, que é o faturamento, implica
manipulação geradora de insegurança e, mais do que isso, a duplicidade de
ônus fiscal a um só título, a cobrança da contribuição sem ingresso efetivo
de qualquer valor, a cobrança considerado, isso sim, um desembolso.”
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Esse é o motivo pelo qual consideramos que, para fins de determinar a
base de cálculo do PIS e da COFINS, deve ser excluído o valor total de
ICMS destacado na nota fiscal.
Trata-se de tese que tem como fundamento a decisão do STF nos autos
do RE 574.706. Considerando que os valores destacados na nota fiscal, a
título de ICMS, não configuram receita do contribuinte, depreende-se
que os valores destacados a título de ISS também não se qualificam como
faturamento ou receita do contribuinte, visto que tais valores são
repassados aos Municípios.
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(TRF3, EI 00044778420084036105, SEGUNDA SEÇÃO,
DESEMBARGADORA FEDERAL MÔNICA NOBRE, e-DJF3 Judicial 1
DATA: 16/03/2018).
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a violação ao art. 195, I, da Constituição Federal, sendo mister reconhecer à
autora o direito de não se submeter ao recolhimento do PIS e da COFINS
com a inclusão do ISS em sua base de cálculo, tal como posto no voto
vencedor.
4. Juízo de retratação exercido para dar provimento ao agravo legal
interposto pela autora e, consequentemente, negar provimento aos
embargos infringentes.
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Também esse tema decorre da decisão proferida A tese em destaque
discute sobre a possibilidade das Contribuições ao PIS e à COFINS serem
excluídas de suas próprias bases de cálculo, uma vez que não constituem
faturamento ou receita do contribuinte.
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para a sistemática da não cumulatividade), bem como especificou as receitas
compreendidas na definição de receita bruta (artigo 2º, o qual alterou o
artigo 12 do Decreto-Lei n. 1.598/77 – para a sistemática da
cumulatividade). No entanto, apesar de a mencionada lei incluir o § 5º ao
artigo 12 deste decreto-lei, entendo que o julgamento pelo Supremo
Tribunal Federal do RE n. 574.706 encerrou tal discussão ao considerar
expressamente neste julgado as alterações concernentes ao tema trazidas
pela Lei 12.973/2014. Portanto, em respeito ao ordenamento jurídico
brasileiro, se a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS
foi declarada inconstitucional de forma legítima e pelo órgão competente
para tanto, descabido o pleito da apelante no que toca a essa análise,
conforme se comprova ao se analisar o inteiro teor do acórdão citado.
– Receita líquida. Receita bruta diminuída dos valores relativos a devoluções
e vendas canceladas, descontos concedidos incondicionalmente, tributos
sobre ela incidentes e valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que
trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro
de 1976, das operações vinculadas à receita bruta. Em outras palavras,
apenas no cálculo da receita líquida é que foi expressamente mencionada a
hipótese de desconto de tributos sobre ela incidentes. Porém, o fato de a
técnica legislativa ter-se valido da exclusão de tributos somente ao se referir
à receita líquida (artigo 12, § 1º, do Decreto-Lei n. 1598/77) não significa
automaticamente que esses devam ser incluídos na receita bruta (artigo 12,
caput, do Decreto-Lei n. 1598/77), uma vez que, se assim fosse, estar-se-ia
diante de um raciocínio interpretativo tão somente dedutivo, porém em
relação a algo que somente por lei poderia ser estabelecido, qual seja, a
especificação da base de cálculo de um tributo, nos termos do princípio da
legalidade (artigo 150, inciso I, da CF/88) e do artigo 44 do CTN. Por fim,
cumpre ressaltar que os valores de ICMS, nos moldes do que consta no
artigo 13, §1º, da LC n. 87/96, permitem destaque na respectiva nota fiscal,
no que se conclui jamais poderem integrar o preço da mercadoria ou da
prestação do serviço para fins de cálculo da receita bruta do contribuinte.
– Entendimento do Supremo no julgamento do RE n. 582461. Quanto à
questão, saliente-se que não afasta o presente entendimento o fato de o
Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do RE n. 582.461, ter
concluído no sentido de ser constitucional a inclusão do valor do ICMS na
sua própria base de cálculo, uma vez que, ao contrário do que acontece com
as contribuições ao PIS e a COFINS, há autorização expressa no texto da
Carta Magna de 1988 a esse respeito.
– Prazo prescricional na repetição de indébito de tributos sujeitos à
homologação. A questão relativa à contagem de prazo prescricional dos
tributos sujeitos a lançamento por homologação foi analisada pelo Superior
Tribunal de Justiça, à vista do Recurso Especial nº 1.269.570/MG, julgado
recentemente, em 23.05.2012, e seguiu o entendimento que foi definido no
Recurso Extraordinário nº 566.621/RS pelo Pleno do Supremo Tribunal
Federal, no sentido de que a repetição ou compensação de indébitos pode
ser realizada em até dez anos contados do fato gerador somente para as ações
ajuizadas até 09.06.2005. Por outro lado, foi considerada: “válida a aplicação
do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações ajuizadas após o decurso da
vacatio legis de 120 dias, ou seja, a partir de 9 de junho de 2005”. O artigo
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3º da Lei Complementar nº 118/2005 deve ser aplicado às ações ajuizadas a
partir de 09/06/2005. No caso dos autos, verifica-se que o mandamus foi
impetrado em 10.09.2018 (Id. 67395155). Aplicável, portanto, o prazo
prescricional quinquenal.
– Necessidade de comprovação do recolhimento em sede de mandado de
segurança para fins de compensação. No que tange à pessoa jurídica, a
questão da comprovação para fins de compensação tributária no âmbito do
mandado de segurança foi objeto de nova análise pela 1ª Seção do Superior
Tribunal de Justiça (no julgamento do Resp 1.365.095/SP e do Resp
1.715.256/SP, apreciados sob a sistemática dos recursos repetitivos), que
concluiu que basta a demonstração da qualidade de contribuinte em relação
ao tributo alegadamente pago de forma indevida. Dessa forma, os valores
efetivamente a serem compensados somente serão apurados na seara
administrativa, momento em que devem ser apresentados todos os
documentos pertinentes ao recolhimento a maior. Em outras palavras, para
o deferimento do pleito compensatório requerido judicialmente não se faz
imprescindível a juntada das guias de pagamento, necessárias apenas no
momento em que se for efetivar a compensação perante o fisco. Assim,
considerado o período quinquenal a ser compensado, deverá ser deferida a
compensação nesta sede pleiteada, porquanto comprovado o direito líquido
e certo necessário para a concessão da ordem no presente remédio
constitucional.
– Compensação de valores indevidamente recolhidos. Conforme
entendimento do Superior Tribunal de Justiça exarado no Recurso Especial
n.º 1.137.738/SP, representativo da controvérsia, submetido ao regime de
julgamento previsto pelo artigo 543-C do Código de Processo Civil, no
tocante à compensação deve ser aplicada a lei vigente à época da propositura
da demanda. In casu, deve ser aplicada a Lei nº 10.637/2002, com as
limitações previstas na Lei nº 11.457/2007, ambas vigentes à época da
propositura da demanda. Nesse ponto, cumpre registrar que a Lei n.
13.670/18 incluiu o artigo 26-A à Lei n. 11.457/07, a permitir que o sujeito
passivo que apure crédito tributário possa utilizá-lo na compensação de
débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados
pela Secretaria da Receita Federal, à exceção das contribuições das
contribuições previdenciárias pelo contribuinte que não utilizar o eSocial
(quanto a essa questão, já foi inclusive editada uma instrução normativa pela
Receita Federal, qual seja, a IN 1.810/18). Seguem as disposições normativas
mencionadas. Quanto ao artigo 170-A do Código Tributário Nacional, a
matéria foi decidida pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento
dos Recursos Especiais n.º 1.164.452/MG e n.º
1.167.039/DF representativos da controvérsia, que foram submetidos ao
regime de julgamento previsto pelo artigo 543-C do Código de Processo Civil
e regulamentado pela Resolução n.º 8/STJ de 07.08.2008, no qual fixou a
orientação no sentido de que essa norma deve ser aplicada tão somente às
demandas propostas após sua entrada em vigor, que se deu com a Lei
Complementar n.º 104/2001, mesmo na hipótese de o tributo apresentar
vício de constitucionalidade reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal.
A ação foi proposta em 2018, após a entrada em vigor da LC nº 104/2001,
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razão pela qual incide o disposto no artigo 170-A do Código Tributário
Nacional.
– Correção monetária do indébito. Quanto à correção monetária, saliento
que se trata de mecanismo de recomposição da desvalorização da moeda
que visa a preservar o poder aquisitivo original. Dessa forma, ela é devida
nas ações de repetição de indébito tributário e deve ser efetuada com base
no Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça
Federal, aprovado pela Resolução nº 267/2013 do Conselho da Justiça
Federal. Nesse sentido é o entendimento do Superior Tribunal de
Justiça. No que se refere aos juros de mora, o Superior Tribunal de Justiça
firmou entendimento no Recurso Especial n.º 1.111.175/SP, representativo
da controvérsia, submetido ao regime de julgamento previsto pelo artigo
543-C do Código de Processo Civil, no sentido de que nas hipóteses em que
a decisão ainda não transitou em julgado, como é o caso dos autos, incide
apenas a taxa SELIC, que embute em seu cálculo juros e correção monetária
(REsp 1.111.175/SP, Primeira Seção, rel. Min. Denise Arruda, j.
10.06.2009, DJe 01.07.2009).
– A matéria referente aos artigos 1o e 7o da LC n. 07/70, artigo 2o da Lei n.
9.715/98, artigos 1o e 2o da LC n. 70/91, artigos 2o e 3o da Lei n. 9.718/98,
artigos 1o das Leis n. 10.637/02 e n. 10.833/03, artigo 208 do
RIR/2018, artigos 109, 111 e 176 do CTN, artigos 3o, inciso I, 150, inciso I,
e § 6o, 194 e 195 da CF/88 e artigo 187 da Lei n. 6.404/76, citados pela
fazenda em seu recurso, não tem o condão de alterar o presente
entendimento pelas razões explicitadas anteriormente.
– Negado provimento à remessa oficial, bem como igualmente ao apelo da
União. (TRF 3ª Região, 4ª Turma, ApReeNec – APELAÇÃO / REEXAME
NECESSÁRIO – 5022842-67.2018.4.03.6100, Rel. Desembargador
Federal ANDRE NABARRETE NETO, julgado em 19/12/2019).
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Serviços de construção civil, quando a 32%
prestadora não empregar materiais de sua
propriedade nem se responsabilizar pela
execução da obra (ADN Cosit 6/97).
Serviços em geral, para os quais não haja
previsão de percentual específico
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Exemplos de produtos sujeitos ao regime monofásico:
produtos farmacêuticos;
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Nos moldes do art. 195, I, “a”, da Constituição, a União pode instituir
contribuições previdenciárias sobre a folha de salários e remuneração
paga ao trabalhador em decorrência dos serviços por ele prestados.
(v) auxílio-educação;
(vi) auxílio-creche;
(vii) salário-maternidade.
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O valor pago a título de vale-transporte não possui caráter
remuneratório, mas sim indenizatório. Não integra, portanto, a base de
cálculo das contribuições incidentes sobre a folha de salários.
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saber: (i) faturamento; (ii) receita bruta; (iii) valor da operação; e, (iv)
valor aduaneiro.
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Tema em repercussão geral no STF - Abrangência: contribuição ao
SEBRAE, APEX e ABDI (RE 603624 RG) e para o Incra (RE 630898 RG) -
Voto da Min. Rosa Weber favorável. Pedido de vista pelo Min. Dias
Toffoli.
A Lei 6.950/1981, por sua vez, estabeleceu em seu art. 4º que o limite
máximo do salário de contribuição é fixado em valor correspondente a
20 (vinte) vezes o maior salário-mínimo vigente no País. Estabeleceu
ainda no seu parágrafo único que “o limite a que se refere o presente
artigo aplica-se às contribuições parafiscais arrecadadas por conta de
terceiros.”
Lei nº 6.950/1981:
Sobreveio o Decreto 2.318/1986, que, em seu art. 3º, alterou esse limite
da base contributiva apenas para a Previdência Social, restando mantido
em relação às contribuições parafiscais.
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Decreto-lei nº 2.318/1986: “Art. 3º Para efeito do cálculo da
contribuição da empresa para a previdência social, o salário de
contribuição não está sujeito ao limite de vinte vezes o salário mínimo,
imposto pelo art. 4º da Lei nº 6.950, de 4 de novembro de 1981.
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aplicável para a estipulação dos honorários advocatícios será definida pela data
da sentença ou do acórdão que fixou a condenação, devendo ser observada a
norma adjetiva vigente no momento de sua publicação. 5. Agravo Interno da
FAZENDA NACIONAL a que se nega provimento. (AgInt no REsp
1570980/SP, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
PRIMEIRA TURMA, julgado em 17/02/2020, DJe 03/03/2020)
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Como vimos, as teses para recuperação de tributos são portas de entrada
para atuação na atuação na área tributária, por representarem formas
ágeis e fundamentadas em manifestações dos Tribunais Superiores, que
propiciam apresentar aos clientes verdadeiras oportunidades de redução
de carga tributária e recuperação de créditos dessa natureza.
Para implementá-las, porém, É ESSENCIAL conhecer as alternativas,
requisitos, trâmite e consequências do processo tributário!
Do mesmo modo, uma boa defesa tributária depende da identificação do
caminho apropriado e das alternativas cabíveis, tanto no âmbito
administrativo, como no judicial e em sede de execução fiscal.
É por isso que, ao aprender o direito tributário, não devemos estudar os
conceitos e as teses de um modo apartado dos meios de sua
implementação. Direito material e processo tributário andam de mãos
dadas!
Esse é o cerne do método PENSAR TRIBUTÁRIO!
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Tema importantíssimo para as defesas tributárias!
Sempre que estivermos tratando de processo tributário, as
particularidades do caso concreto devem ser consideradas, assim como
os objetivos que se pretende alcançar com a medida.
Quando o cliente o comunica que recebeu um lançamento ou um auto
de infração tributário, o primeiro item a observar é o prazo para defesa
administrativa, contado da data em que o contribuinte foi notificado.
Estando dentre do prazo, a defesa administrativa, na maior parte das
vezes, mostra-se mais vantajosa que o ingresso de medida judicial, pois
enquanto tramita o processo administrativo tributário, o crédito fica com
sua exigibilidade suspensa: não pode ser protestado, não pode ser
cobrado, o contribuinte mantém sua situação de regularidade fiscal,
estando apto a obter documento com efeitos de Certidão Negativa de
Débitos (CND).
Além disso, a defesa administrativa mostra-se mais vantajosa por não
serem exigidas custas para sua realização, nem haver risco de incorrer
em verbas de sucumbência. Sobre esse ponto, vale lembrar a súmula
vinculante nº 21 do STF:
“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.”
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Sobrevindo a decisão final do processo administrativo tributário, seus
efeitos são os seguintes:
Se a decisão for favorável, total ou parcialmente ao contribuinte,
anulando uma parcela ou a íntegra do crédito tributário, tal decisão
se torna imutável, extinguindo o crédito tributário.
Se a decisão for contrária, mantendo parte ou a íntegra do crédito
tributário, o contribuinte pode socorrer-se do Judiciário,
ingressando com medida judicial objetivando anular o referido
débito.
Diante desse contexto, as defesas administrativas se mostram, em geral,
vantajosas, sendo a primeira medida a ser adotada em face de um
lançamento ou autuação fiscal. Isso porque, como visto, se o
contribuinte não obtiver êxito na esfera administrativa, assiste-lhe o
direito de ingressar com ação judicial para questionar referido débito.
Mas atenção! O caminho inverso não é possível: se o contribuinte fizer
uso, desde logo, de ação judicial, essa conduta implica renúncia às
instâncias administrativas, no que diz respeito à matéria objeto de análise
judicial.
Feitos esses esclarecimentos, passemos aos itens que precisam ser
analisados para fins de defesa em face de lançamento tributário ou auto
de infração.
Elaborei um roteiro (um checklist) para facilitar essa tarefa.
Ao se deparar com um lançamento tributário ou auto de infração,
examine os seguintes aspectos:
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sofrendo a cobrança tributária é, efetivamente, CONTRIBUINTE ou
RESPONSÁVEL tributário?
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outros atos normativos. Por isso, recomenda-se dar enfoque prioritário
aos argumentos de ordem legal e fática, especialmente com a juntada de
provas, de DOCUMENTOS FISCAIS hábeis para demonstrar os equívocos
constantes da exigência tributária.
No entanto, a defesa tributária exige que esses itens sejam, todos eles,
examinados e considerados em face do caso concreto. São conceitos que
não existem por si só, isolados uns dos outros! Por isso, precisamos criar
o hábito de PENSAR O DIREITO TRIBUTÁRIO como um todo,
compreendendo sua dinâmica e fazendo a necessária conexão entre seus
elementos.
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Para tanto, é preciso identificar a medida judicial cabível e mais
apropriada aos objetivos pretendidos. Eis algumas perguntas que devem
ser feitar para a identificação dessa medida:
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Convém esclarecer que, mesmo nas hipóteses em que o STJ ou o STF
tenham se manifestado sobre a ilegalidade ou inconstitucionalidade de
determinada exigência, a propositura de ação judicial faz-se
recomendável e até mesmo necessária para a concretização do direito,
especialmente para garantir segurança ao contribuinte em faze da
oscilação do entendimento jurisprudencial em nosso País.
Ainda, quanto aos documentos que devem instruir tal pedido, não há
necessidade de serem juntados todos os comprovantes de recolhimento
indevido, bastando a comprovação da situação de credor.
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Nesse sentido, decidiu o STJ, Recursos Especiais 1.365.095/SP e
1.715.256/SP, fixando as seguintes teses, consolidadas no Tema
Repetitivo 118:
“(a) tratando-se de Mandado de Segurança impetrado com vistas a
declarar o direito à compensação tributária, em virtude do
reconhecimento da ilegalidade ou inconstitucionalidade da anterior
exigência da exação, independentemente da apuração dos respectivos
valores, é suficiente, para esse efeito, a comprovação cabal de que o
impetrante ocupa a posição de credor tributário, visto que os
comprovantes de recolhimento indevido serão exigidos
posteriormente, na esfera administrativa, quando o procedimento de
compensação for submetido à verificação pelo Fisco; e
(b) tratando-se de Mandado de Segurança com vistas a obter juízo
específico sobre as parcelas a serem compensadas, com efetiva
alegação da liquidez e certeza dos créditos, ou, ainda, na hipótese em
que os efeitos da sentença supõem a efetiva homologação da
compensação a ser realizada, o crédito do Contribuinte depende de
quantificação, de modo que a inexistência de comprovação suficiente
dos valores indevidamente recolhidos representa a ausência de prova
pré-constituída indispensável à propositura da ação mandamental”.
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"Em ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial
com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não
previsto no art. 6º da Lei n. 6.830/1980".
prescrição;
se os sujeitos constantes da CDA são os mesmos da atuação fiscal,
em, em caso afirmativo, se foram preenchidos os requisitos para
sua responsabilização;
os juros e multas aplicados.
Em regra, utilizam-se:
Exceção de pré-executividade
Embargos do devedor
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Tratando-se, porém, de matéria de ordem pública (como decadência e
prescrição), ou que não demande dilação probatória, tem lugar a
chamada “exceção de pré-executividade”. Não se trata de processo ou
ação autônoma, mas simples petição nos autos da Execução Fiscal.
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Assim como em toda atividade profissional, o advogado precisa traçar
um processo de difusão do seu trabalho e ampliação de sua carteira de
clientes.
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Independentemente do fato da reunião resultar em contratação,
mantenha o relacionamento com o cliente, informando-o sobre decisões
e legislações que possam ser aplicados a ele.
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Diferencia-se da “evasão fiscal”, de caráter ilícito e que decorre de
operações simuladas em que, ocorrido o fato tributário, pretende-se
ocultá-lo, mascarando o negócio praticado.
Dentre os fundamentos do planejamento tributário no ordenamento
brasileiro, convém destacar:
a rígida repartição das competências tributárias, estando os entes
federativos proibidos de instituir e cobrar tributos não previstos no
seu rol competencial; e
os princípios constitucionais da estrita legalidade e da tipicidade
tributária, nos termos do quais para que se exija um tributo é
imprescindível a prévia determinação legal e a ocorrência do fato
que preencha todos os requisitos constantes da lei.
Em vista disso, caso o particular opte por praticar um fato não previsto
em lei, este fica fora do âmbito de tributação. E, se havendo duas
estipulações legais distintas, a opção do contribuinte de praticar o fato
previsto na lei com consequência tributária menos onerosa, impede que
se exija tributo diverso.
Não bastassem tais conclusões, decorrentes da previsão constitucional,
o Código Tributário Nacional traz diverso preceitos em sentido
semelhante. Confira-se:
Art. 108, § 1º, do CTN: veda o uso de analogia para exigência de
tributo não previsto em lei.
Art. 110 do CTN: veda a alteração de institutos, conceitos e formas
de direito privados utilizados pela CF na repartição de
competências.
Art. 118 do CTN: a determinação legal do fato gerador é
interpretada abstraindo-se dos efeitos dos fatos efetivamente
ocorridos.
Art. 142 do CTN: prevê a atividade vinculada da autoridade
administrativa, que deve efetuar o lançamento se e quando
ocorrido o fato previsto em lei.
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A atenção a esses pontos, bem como a seleção de provas que lhe deem
suporte, apresenta-se como fator importante para conferir maior
segurança aos planejamentos tributários.
Feitos esses esclarecimentos, vejamos algumas decisões do CARF a
respeito do assunto, envolvendo “incorporação às avessas” (ocorre
quando uma empresa deficitária, com prejuízos acumulados, incorpora
uma empresa lucrativa.
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consequentes efeitos tributários de operação em que se criou uma
empresa imobiliária com a finalidade de venda de imóveis de
determinada pessoa jurídica, implicando diminuição da carga tributária.
O Relator Desembargador federal Rômulo Pizzolatti afirmou que não
existe uma autorização legal para o Fisco desconsiderar atos ou negócios
jurídicos, sem que exista a comprovação de que foi ilícito (dolosos,
fraudulentos ou simulados). Segundo a decisão:
Importante decisão também está prestes a ser tomada pelo STF, no que
diz respeito a recebimento de pagamentos, por meio de empresas, a
artistas, médicos, publicitários e outros profissionais liberais. O assunto
é objeto da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 66, e, embora o
julgamento tenha sido suspenso, a votação majoritária (7 votos) é
favorável à constitucionalidade de dispositivo legal que autoriza tal
providência.
Está em discussão se o artigo 129 da Lei nº 11.196, de 2005, é
constitucional. No processo, a Advocacia-Geral da União (AGU) alega que
só se afastaria a incidência do dispositivo “diante da constatação de que
a pessoa jurídica foi constituída como forma de dissimular verdadeira
relação de emprego e tentar omitir a ocorrência de fato gerador de
obrigação tributária”.
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Na prática, o artigo 129 autoriza a abertura de empresas por pessoa física
para a prestação de serviços intelectuais, culturais, artísticos ou
científicos. O dispositivo só ressalva que, se constatado desvio de
finalidade da atividade empresarial ou confusão patrimonial entre os
bens do profissional e da empresa, é permitida a desconsideração da
pessoa jurídica. Nesse caso, os bens pessoais dos sócios podem ser
penhorados para a quitação de débitos.
Sete ministros do Supremo já declararam a constitucionalidade do artigo
129 e dois julgaram o pedido improcedente. O julgamento foi
interrompido por pedido de vista do presidente da Corte, Dias Toffoli. O
ministro Luís Roberto Barroso declarou suspeição e não votará.
A respeito do tema, vale transcrever trecho do voto da Relatora Min.
Cármem Lúcia, para quem:
“A regra jurídica válida do modelo de estabelecimento de vínculo jurídico
estabelecido entre prestador e tomador de serviços deve pautar-se pela
mínima interferência na liberdade econômica constitucionalmente
assegurada e revestir-se de grau de certeza para assegurar o equilíbrio nas
relações econômicas e empresariais”.
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"a norma não proíbe o contribuinte de buscar, pelas vias legítimas e
comportamentos coerentes com a ordem jurídica, economia fiscal,
realizando suas atividades de forma menos onerosa, e, assim, deixando de
pagar tributos quando não configurado fato gerador cuja ocorrência tenha
sido licitamente evitada".
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