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DIREITO CONSTITUCIONAL

Por que primeiro estudamos o poder constituinte, depois a constituição e só depois a norma?

O poder constituinte antecede a constituição, as normas integram a constituição, por isso deve-se
primeiro estudar sobre o poder constituinte indicador das características que a constituição terá,
depois a constituição fruto do poder constituinte, em seguida as normas e por fim a interpretação
adequada para interpretar a constituição.

1. PODER CONSTITUINTE
O poder constituinte pode ser dividido em poder constituinte originário e poder constituinte
derivado. O poder constituinte derivado, por sua vez, pode ser dividido em poder constituinte
reformador e poder constituinte decorrente, estas subdivisões podem ser subdivididas em emeda e
revisão, no que diz respeito ao poder reformador e institucionalizador e reforma estadual no que diz
respeito ao poder decorrente.

Espaço para fazer o esquema

• Recepção constitucional:
• Filtragem constitucional ou constitucionalização do Direito:
• Bloco de constitucionalidade:

1.1. Poder constituinte originário, características:

a. Inicial
b. Incondicionado
c. Ilimitado

a. Inicial:

Porque

b. Incondicionado:

O poder constituinte originário pode se manifestar de qualquer forma, as formas mais comuns são
outorga e promulgação.

• Constituições no Brasil outorgadas:


• Constituições no Brasil promulgadas:

• MANIFESTAÇÃO DO PODER CONSTITUINTE POR INTERNET – Na Islândia em 2008 houve uma


grave crise econômica e como consequência a população pediu que fosse feita nova
constituição. Em 2009 o conselho de constituição da Islândia criou páginas em redes sociais
pedindo sugestões para nova constituição.

• NOVO CONSTITUCIONALISMO LATINO-AMERICANO – autor: Rubem Darman.

Venezuela- 1999

Equador- 2005

Bolívia- 2009

O novo constitucionalismo latino americano foi a denominação dada por Rubem Darman para
designar o método de elaboração dessas constituições. Estas constituições nasceram por
outorga (imposição) e posteriormente foram submetidas a plebiscito ou referendo.

Este método também é chamado de bonapartista ou cesarista.

c. Ilimitado:

O que é ilimitado é o direito positivo, ou seja, não há limitação jurídica. É possível haver
limitação extrajudicial, metajurídica, a exemplo da moral, da ética, dos costumes.

1.2. PODER CONSTITUINTE DERIVADO – Características:

a. Derivado b. Condicionado c. Limitado

a. Derivado

Poder constituinte derivado é aquele que derivada da constituição federal, a exemplo das
constituições estaduais que derivam da CF.

O produto do poder constituinte derivado busca fundamentação de validade na CF, qual é este
fundamento?

Primeiro: O produto do poder constituinte derivado a nível federal é a emenda e a revisão.

Segundo: Fundamento da EC é o art. 60, CF e o fundamento da revisão é o art. 3° ADCT.

A E.C. recai sobre assuntos específicos e seu procedimento, previsto no art. 60°, par.2°, é dificultoso.

A revisão é global e seu processo é mais fácil.

• É possível fazer outra revisão a constituição?

Sobre este tema há duas correntes.

Da corrente minoritária são adeptos Michel Temer e Manoel Pereira Filho, para eles é possível sim
fazer outra revisão a constituição. PQ?

Corrente majoritária são adeptos Eduardo Ribeiro Moreira e Fábio Comparato, para eles não é
possível haver outra revisão a constituição.
• Mutação Constitucional:

Sobre a mutação constitucional há dois conceitos, o brasileiro e o estrangeiro.

O conceito brasileiro pertence a Ana Cândida Cunha Ferraz e ela diz que “mutação são processos
informais de mudança da constituição.

Conceito estrangeiro pertence a Carlos _______, ele diz que “mutação é a mudança no contexto sem
mudança de texto”.

Exemplos de mutação constitucional no STF:

HC 82.959 - art. 5°

MS 26.602 - art. 55°

ADPF 132 – art. 226, par.3°

ADI 3.406/2018 - art. 52, X --> Importante para concurso da PC

As limitações do poder constituinte derivado podem ser: temporais, circunstanciais e materiais,


estás subdividem-se em explícitas e implícitas.

C.1. limitação temporal:

A limitação temporal impede a reforma por período determinado de tempo. Na constituição federal
de 88 não há limitação temporal do poder derivado. A unica constituição brasileira que trouxe
limitação temporal foi a constituição do império.

Obs: o art. 60, par. 5° não trata de limitação temporal.

C.2. limitação circunstancial:

Limita a atuação do poder constituinte derivado enquanto perdurar determinadas circunstâncias.

O art. 60, par.1° diz que durante as circunstâncias citadas no artigo: estado de sítio, estado de
defesa e intervenção federal não poderá haver emenda à constituição. E.C, como sabemos, é o
exercício do poder constituinte derivado.

Obs: nada impede que durante estes períodos haja aprovação de tratados de Dir. Humanos, pois os
tratados de direitos humanos equivalem a EC, eles não são EC.

Atenção!!

Limitação temporal é diferente de limitação circunstancial.

Na limitação temporal o tempo é certo e determinado. Na limitação circunstancial o tempo é


indeterminado.

C.3. limitação material:

Na limitação material verificamos que alguns direitos não podem ser modificados. A limitação
material pode ser explicita ou implícita.

Limitação explicita: cláusulas pétreas

Limitação implícita:
- Quais diretos a CF protege (noção de extensão)? E em qual medida (noção de profundidade)?

Atenção!!!

O art. 60, par.4°, inciso IV "direitos individuais"

Neste artigo a CF só protege direitos individuais ou qualquer direito fundamental?

O art. 60, par. 4°, IV fala que não é possível abolir direitos individuais.

Sabemos que a CF trata os direitos fundamentais como algo maior. Os direitos fundamentais
compreendem os direitos coletivos, sociais, políticos e outros. Tendo em vista isso não seria possível
abolir só direitos individuais ou qualquer direito fundamental?

Ou se cair em prova assim...

Seria possível abolir o salário mínimo?

(Salário mínimo é direito fundamental, mas não é direito individual).

Depende da interpretação que for dada a este artigo.

Interpretação extensiva:

Manoel Gonçalves Ferreira Silva

Diz que quando o artigo 60, par.4°, IV fala em direitos individuais devemos ler direitos fundamentais.

Interpretação restritiva:

Silvio Motta

Entende que a interpretação desse artigo não se estende aos direitos fundamentais.

O STF adota a interpretação extensiva.

E quando o mesmo artigo diz "tendente a abolir"... O que isso significa?

1° conclusão: não posso abolir, mas posso acrescentar.

Ex: ao artigo 6° da CF foi acrescentado por EC.

EC 2000 - moradia.

EC 2010 - alimentação

EC- 2015 transporte.

Tramita a PEC direito de buscar felicidade.

1° dúvida: modificação pequena, é possível? Modificar o modo de exercer o direito sem desfigurar o
direito é possível?

Ex: sabemos que não é possível abolir o salário mínimo (levando em conta o posicionamento do STF
que adota a interpretação extensiva), mas seria possível a criação de um salário mínimo para cada
estado?

Depende...

Posição minoritária: Geraldo Atalide / SP


Diz que não seria possível, pois cláusulas pétreas são imodificáveis.

Posição majoritária: Nagib Slaibi Filho /RJ

Para Nagib Slaibi é possível modificar cláusulas pétreas para criar direitos ou fazer modificações de
pequena mota, desde que não desnature o direito.

Cláusulas pétreas são flexibilizadas até o limite máximo do núcleo essencial.

Obs: cláusula pétreas protege qualquer direito fundamental no seu núcleo, não na sua integralidade.

2. CONSTITUIÇÃO
A definição de constituição não é unívoca, ou seja, não há apenas uma definição para o tema. A
definição de constituição pode ter três sentidos, sentido sociológico, sentido político e sentido
jurídico.

a. Sentido sociológico
b. Sentido politico
c. Sentido jurídico: formal e material

C. Sentido jurídico: O sentido jurídico de constituição é espécie da qual subdividisse o sentido formal
e material. Constituição formal é toda norma que está prevista na constituição. O art. 242, CF é um
exemplo de norma apenas formal, pois está prevista na CF, mas não tem matéria de constituição.

Norma material é toda e qualquer norma que tem matéria de constituição independentemente de
estar prevista na constituição. Ex: art. 16, cc que trata do direito ao nome, citação no CPC e outros.

• Bloco de constitucionalidade:
Autor: Luis Favorev

O bloco de constitucionalidade seria a constituição material aplicada ao controle de


constitucionalidade.

• Ampliação da parametricidade constitucional:

Alargamento do controle para além da constituição formal.

Fundamento art. 5, 2° e 3° da CF é o que mais se aproxima do fundamento de bloco de


constitucionalidade.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem


aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos
aprovados na forma deste parágrafo: DLG nº 186, de 2008 , DEC 6.949, de
2009 , DLG 261, de 2015 , DEC 9.522, de 2018 )

SENTIDO SOCIOLÓGICO - FERDINAND LASSALE. Só seria legítima se representasse o efetivo poder


social, refletindo as forças sociais que constituem o poder. Seria a somatória dos fatores reais do poder
dento de uma sociedade.
SENTIDO POLÍTICO - CARL SCHMITH. Só se refere à decisão política fundamental. Unidade Política.
Vontade política de existir.

SENTIDO JURÍDICO - HANS KELSEN. Mundo do deve-ser. Fruto da vontade racional do homem e não
das leis naturais.

Bizu>
SS OCIOLOGICO = LA SS ALE

POLÍ TT ICO = SCHMI TT

JURIDI K O = K ELSEN

_____
Sentido Cultural: Peter HäberleParte superior do formulário: Culturalista é a CF que faz menção à
educação e saúde.

Constituição dirigente: Joaquim José Gomes Canotilho: dirigente é a CF Traça diretrizes para a
utilização do poder e progresso social, econômico e político a serem seguidas pelos órgãos estatais. É
formada por normas programáticas que, via de regra, quando não cumpridas ensejam a
inconstitucionalidade por omissão.

2.1. Constituição para os PROCEDIMENTALISTAS E PARA OS SUBSTANCIAIS

• Constituição para os substancialistas e procedimentalistas:

As teorias procedimentais sustentam o papel autocontido da constituição, que deve se limitar a definir
as regras do jogo político, assegurando com isso a sua natureza democrática. Isso não quer dizer que não
possa haver inclusão de determinados direitos, mas apenas que são pressupostos para o funcionamento
da democracia.

Inversamente ao sustentado pelo procedimentalismo, o substancialismo propõe a adoção de decisões


substantivas pelas constituições, sobretudo no que concerne aos direitos fundamentais. Importante
destacar que a previsão de direitos fundamentais na constituição vale também para aqueles que não
estão diretamente ligados ao funcionamento da democracia.

Nesse sentido, o neoconstitucionalismo e a teoria da constituição dirigente se situam no campo


substancialista, por conceberem papéis ambiciosos para a constituição.

As disputas entre substancialistas e procedimentalistas se manifestam também no debate sobre o papel


da jurisdição constitucional. Os substancialistas advogam um papel mais ativo para a jurisdição
constitucional, mesmo em casos que não envolvam os pressupostos para a democracia. Como
decorrência dessa postura podemos citar o ativismo judicial brasileiro.

Já os procedimentalistas defendem um papel mais modesto para a jurisdição constitucional,


sustentando que ela deve adotar uma postura de autocontenção. Numa questão altamente polêmica
como o aborto, um procedimentalista tenderia a defender a não intervenção jurisdicional na matéria,
enquanto um substancialista se inclinaria pela atuação do judiciário na resolução desse complexo conflito
moral.

2.2. Classificação quanto ao critério ontológico


• Classificação da CF quanto à realidade (critério ontológico de Karl Lowenstei)

-Normativas/Efetivas/Reais - CF/88

são aquelas que conseguem estar em plena consonância com a realidade social. O processo de poder
efetivamente se adapta e se submete às suas normas. "à CF e a sociedade tem que passar por uma
simbiose"

-Nominativas

apesar de válida do ponto de vista jurídico, não conseguem conformar o processo político às suas
normas, carecendo de força normativa. Suas normas não tem realidade existencial. Geralmente sao CF`s
prospectivas

-Semântica é aquela elaborada para beneficiar os detentores de poder. Seria um mero simulacro de
Constituição, pois figuram como instrumento para estabilizar e eternizar a intervenção dos dominadores
do poder.

OBS: Porém, não é a posição majoritária quanto a classificação ontológica de Karl Loewenstein.

Para UADI BULOS, o Brasil NUNCA possuiu uma constituição normativa. As Constituições de 1891, 1934 e
1946 foram NOMINAIS, como é também a Constituição de 1988; e as Constituições de 1937, 1967/69
foram meramente semânticas.

Fonte: Direito Constitucional, JusPodivm

Para Bernardo Gonçalves Fernandes e a doutrina majoritária a CF/88 é classificada como NOMINALISTA,
e não como NORMATIVA, tendo em vista que seu texto não possui plena efetividade social, ou seja, "só
vale de NOME".

2.4. O que é constituição? Qual seria seu objeto?

O objeto da constituição é a divisão do poder político (ou melhor, a divisão do exercício do poder
político) e direitos, garantias e remédios constitucionais.

A. Divisão do exercício do poder político, pode se dar:


1. Divisão territorial (plano vertical): U, E, M e DF
2. Divisão funcional (plano horizontal): Divisão dos poderes, legislativo, executivo e judiciário.

OBS: A constituição pode ser dividida em duas partes. Parte orgânica que diz respeito a
organização do estado e parte dogmática que diz respeito aos direitos.

OBS: No Brasil, do século XXI, há um claro deslocamento de preocupação da parte orgânica para
parte dogmática. Tanto na ciência jurídica (teoria), como no direito positivo (pratica). Antes as
constituições _______________ tratavam primeiro do Estado para depois tratar de direitos,
hoje a CF primeiro trata dos direitos e só no art. 18 começa a falar do estado.

2.2. Elementos da constituição (José Afonso da Silva) - video 2.1.

a. Orgânico: é tudo que a constituição tem sobre divisão do poder político. (titulo III e IV).
b. Limitativo: está contido na parte dogmática, está concentrado no título II da CF
c. Sócio ideológico: é tudo o que a constituição tem de intervenção na ordem econômica e
social, títulos VII e VIII.
d. Estabilização constitucional: é tudo o que a CF tem para soluções de conflitos com a
constituição. Ex: controle de constitucionalidade e intervenção federal.
e. Formal de aplicabilidade: tudo o que a CF tem sobre forma de aplicação da CF: ADCT e
preambulo.

*** Preâmbulo

José Afonso da Silva aponta o preâmbulo como elemento formal de aplicabilidade da CF, porque
segundo o autor “o preambulo é peça de direito ou produto do direito constitucional”. A esta teoria
dá-se o nome de Teoria jurídica do preâmbulo a qual Tupinamba de Castro se afilia.

Doutrina contraria aponta que o preâmbulo não pertence a CF, porque o preambulo seria fruto de
uma ciência política, a esta teoria dá-se o nome de Teoria política do preâmbulo a qual Alexandre de
Moraes e Pinto Ferreira se afiliam.

Essa discussão chegou ao STF, ADIN 2.076/ AC – e o STF se posicionou no sentido de que o
preâmbulo não pertence a constituição, mas pode ter função ligada ao direito, a exemplo da
hermenêutica.

Guilherme Peña não concorda com o STF, porque há normas que só o preâmbulo possui, a exemplo
de que o Estado brasileiro é laico, mas não é ateu, porque a CF em seu artigo fala que o Estado não
pode ter relação com igreja, mas o preâmbulo fala em deus.

Conclusão para o STF apenas o ADCT é elemento formal de aplicabilidade da constituição.

2.3. Classificação/ tipologia da CF:

a. Origem: outorgada e promulgada


b. Forma: escrita e não escrita.

b.1. Escrita: único documento solene.

b.2. Não escrita: reunião de vários documentos.

Quando falamos que uma constituição é ou não escrita não nos referimos a redação, mas sim ao
fazimento de um ou vários documentos de uma só vez ou ao longo da história.

Quais constituições não são escritas: Reino único, Nova Zelândia, Israel e Arábia saudita.

c. Histórico: liberal e social

Liberal: ausência de intervenção do estado na ordem econômica e social.

Social: intervenção do estado na ordem econômica e social.

d. Modo de elaboração: dogmática e histórica.

OBS: toda e qualquer constituição escrita tem que ser dogmática, pois ela está sistematizada em um
documento que revela a ideia política que vigorava no momento em que foi feita. Toda constituição
não escrita tem que ser histórica, porque ela foi escrita ao longo da história por vários documentos.

e. Estabilidade: flexível, rígida e semirrígida.


f. Extensão: sintética e analítica.

OBS: A rigidez das constituições se extrai do constitucionalismo moderno


A atual Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 de outubro de 1988, é
classificada como escrita, codificada, democrática, dogmática, eclética, rígida, formal, analítica,
dirigente, normativa, principiológica, promulgada, social e expansiva.
As mais cobradas são:

Promulgada -> Origem

Escrita -> Forma

Dogmática -> Elaboração

Rígida -> Estabilidade

Analítica -> Extensão

FORMAL -> Conteúdo

PEDRA FORMAL

Extrai o que está abaixo de uma questão. Incluir em seu devido lugar.

• Interpretação

Interpretação conforme a Constituição:

- Incidência: aplica-se às normas polissêmicas ou plurissignificativas: uma norma possui dois ou mais
significados

- Busca-se a interpretação que torne a lei compatível com a CF.

- Não se aplica a normas de sentido unívoco (que possuem somente um significado).

Poderia gerar dúvida com a Mutação Constitucional. Veja

Mutação Constitucional X Interpretação Conforme:

Mutação Constitucional: incide sobre normas Constitucionais.

Interpretação conforme: Incide sobre normas infraconstitucionais, plurissignificativas (com duas ou


mais interpretações possíveis.

Interpretação teleológica ou sociológica: é elemento de interpretação ligado ao método


hermenêutico clássico, que busca conhecer a finalidade da norma.

Mutação X Reforma:
Reforma constitucional: alteração formal do texto constitucional. Feita pelo Legislativo, por meio de
emendas e pela revisão constitucional.

Mutações constitucionais: alteração informal da constituição (interpretação). Feita pelo Judiciário. No


Brasil: STF.

A transformação não está no texto em si, mas na interpretação daquela regra enunciada. O texto
permanece inalterado.

OBS: a mutação e a nova interpretação não poderão afrontar os princípios estruturantes da


Constituição, sob pena de caracterizar mutação inconstitucional.

Princípio da harmonização e da Proporcionalidade – Letra E

Princípio da harmonização ou concordância prática: Havendo conflito ou concorrência entre direitos,


resolvem-se pela coexistência/harmonização entre eles, evitando-se o sacrifício total de um princípio
em relação ao outro (Ex: ponderação entre direitos fundamentais).

Princípio da proporcionalidade ou razoabilidade: quando da interpretação da CF, deve haver


adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito.

Fonte: Pedro Lenza – Direito Constitucional Esquematizado, Saraiva, 19ª Ed. 2015.

a) O princípio da unidade da Constituição: Esse princípio determina que o texto da Constituição deve
ser interpretado deforma a evitar contradições entre suas normas ou entre os princípios
constitucionais. Assim, não há contradição verdadeira entre as normasconstitucionais: o conflito entre
estas é apenas aparente. Ou, em outras palavras, não há antinomias reais no texto da Constituição; as
antinomias são apenas aparentes.

b)Princípio da máxima efetividade (da eficiência ou da interpretação efetiva)Esse princípio estabelece


que o intérprete deve atribuir à norma constitucionalo sentido que lhe dê maior efetividade social.
Visa, portanto, a maximizara norma, a fim de extrair dela todas as suas potencialidades. Sua utilização
se dá principalmente na aplicação dos direitos fundamentais, embora possa ser usado na
interpretação de todas as normas constitucionais.

c) Princípio da concordância prática ou da harmonização: Esse princípio impõe a harmonização dos


bens jurídicos em caso de conflito entre eles, de modo a evitar o sacrifício total de uns em relação aos
outros.É geralmente usado na solução de problemas referentes à colisão de direitos fundamentais.
Assim, apesar de a Constituição, por exemplo, garantir a livremanifestação do pensamento (art. 5º, IV,
CF/88), este direito não é absoluto. Ele encontra limites na proteção à vida privada (art. 5º, X, CF/88),
outro direito protegido constitucionalmente.

d) Princípio do efeito integrador ou eficácia integradora: Esse princípio busca que, na interpretação
da Constituição, seja dada preferência às determinações que favoreçam a integração política e social e
oreforço da unidade política. É, muitas vezes, associado ao princípio da unidadeda constituição,
justamente por ter como objetivo reforçar a unidade política.

e) Princípio da força normativa da Constituição: Esse princípio determina que toda norma jurídica
precisa de um mínimo de eficácia, sob pena de não ser aplicada. Estabelece, portanto, que,
nainterpretação constitucional, deve-se dar preferência às soluções quepossibilitem a atualização

3. NORMAS CONSTITUCIONAIS
a. Vigência: existência.

A partir de quando a norma passa a ter existência

b. Validade: compatibilidade de uma norma com outra que lhe é superior.


c. Eficácia: aptidão da norma para produzir efeitos jurídicos. Tem relação com a vacacio.
d. Aplicabilidade: qualidade da norma que pode ser aplicada a casos concretos. Aplicabilidade
é a subsunção da norma ao caso concreto. Ex: norma de direito penal não tem aplicabilidade
aos casos civis. Assim, é possível ter norma com eficácia, mas sem aplicabilidade.
e. Efetividade: o conceito de efetividade tem raiz em Kelsen. Kelsen falava em eficácia jurídica
(aptidão da norma para produzir efeitos jurídicos) e eficácia social qualidade da norma que é
cumprida pela sociedade. O juiz Roberto barroso deu a estes conceitos o nome de
efetividade.

José Afonso da silva é o autor responsável pela aplicabilidade.

Juiz Roberto Barroso é o autor responsável pela efetividade.

- Vamos trabalhar os conceitos de eficácia e aplicabilidade (video 2.3)

Autores: brasil - José Afonso da silva, italiano- vezio crisafulli

A eficácia pode ser plena, contida ou limitada. (cai mt)

Eficácia plena: norma constitucional cuja aplicabilidade não depende da produção de norma legal
para ter eficácia. exemplos art. 1, par único e artigo 2. tem aplicabilidade direta, integral e imediata.

Eficácia contida, artigo 5, inciso XIII e 93, inciso IX. A norma de eficácia contida não depende de
norma para ter eficácia, mas ela admite contenção de eficácia da norma constitucional por força de
norma legal. Ou seja, a norma de eficácia contida não precisa de lei para ter eficácia, mas por sofrer
contenção. É uma faculdade não uma obrigatoriedade. Tem aplicabilidade direta e imediata, mas
não é integral.

Eficácia limitada: norma constitucional que depende da produção de norma legal para ter eficácia.
princípio institutivo ou organizatório se o conteúdo é de instituição ou organização do órgão público,
a exemplo do artigo 134, par 1 e princípio programático se o conteúdo é de programa de atuação do
governo. Tem aplicabilidade integral, mas não tem aplicabilidade direta e não tem aplicabilidade
imediata.

Normas de princípio programático são normas nas quais o constituinte se limita a traçar princípios e
diretrizes de atuação do Poder Público. (OBJETIVOS ) EXEMPLO: Arts 3°; 7°, XX !
Dicas que peguei no QC

-> Eficácia Plena: aplicabilidade direta, imediata e integral.

-> Eficácia Contida: aplicabilidade direta, imediata, mas o legislador pode restringir a sua
eficácia.

-> Eficácia limitada: indireta, mediata, diferida (postergada, pois somente a partir de uma
norma posterior poderão produzir eficácia).

As normas de eficácia limitada, subdividem-se ainda em: instituidoras (organizativas) e


programáticas.

Instituidoras ---> são normas por meio das quais o constituinte originário traça as linhas
mestras de uma determinada instituição, delimitando sua estrutura e atribuições, as
quais, contudo, só serão detalhadas por meio de lei.

Programáticas ----> programas, diretrizes que devem ser buscadas pelo poder público. As
normas programáticas não têm como destinatários os indivíduos, mas sim os órgãos
estatais, no sentido de que eles devem concretizar os programas nelas traçados.

Resumindo:

Quando a lei (superveniente)...

Restringir o direito ---> eficácia contida;

Ampliar ----> eficácia limitada.

Outro resuminho:

Estabelecido em lei -> CONTIDA

Nos termos/ Na forma da lei -> LIMITADA

Outra dica: MACETE:

VERBO NO PRESENTE: NORMA DE EFICÁCIA CONTIDA;

VERBO NO FUTURO: NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA.


4. INTERPRETAÇÃO CONSITTUCIONAL
Primeiro devemos levar em consideração que interpretação constitucional é diferente de
hermenêutica.

Interpretação é uma atividade intelectual de revelação no sentido de alcance e conteúdo das


normas jurídicas veiculadas pela constituição.

Hermenêutica são as técnicas utilizadas para que a técnica de interpretação seja utilizada.

Interpretação da constituição é a interpretação do próprio direito.

4.1. Características da interpretação constitucional: Superioridade hierárquica, caráter político,


conteúdo especifico e natureza da linguagem.

a. Superioridade hierárquica

b. Caráter político: significa dizer que a constituição tem duplo papel, ora serve como fator de
legitimação, ora como fator de limitação da atuação do estado frente a sociedade civil.

c. Conteúdo especifico: divisão do poder político, direitos, garantias e remédios


constitucionais.

d. Natureza da linguagem: linguagem muito aberta e pouco densa.

Comentário tirado do QC

Métodos hermenêuticos.

Quando cai métodos hermenêuticos de interpretação é um Deus nos acuda! Uma das
matérias mais difíceis de constitucional!

Mas vamos lá. Foquemos nos 3 parecidos: tópico-problemático, hermenêutico-


concretizador e tópico estruturante.

Inicialmente, é necessário se ter em mente que os métodos tópico-problemático,


hermenêutico concretizador e normativo-estruturante foram concebidos com o objetivo
de superar as deficiências do método jurídico clássico (baseado nos critérios: gramatical,
lógico, teleológico, histórico e sistemático). Partem da noção de que a interpretação
constitucional deve buscar resolver problemas concretos, às vezes se distinguindo entre
si quanto à importância do problema e da Constituição para a resolução do caso.

No método tópico-problemático a interpretação constitucional parte de um problema


concreto, e a partir dele busca se fazer e desenvolver a norma.

Por sua vez, no método hermenêutico-concretizador o intérprete deve começar o


caminho interpretativo pela Constituição, para depois ir para o problema.

O tópico-estruturante é o mais maconhado. Sugiro ir por eliminação e marcar quando


virem o bagulho mais louco possível. Mas se quiserem tentar entender um pouco:

A norma é composta pelo seu texto (conteúdo normativo) e o trecho da realidade social
sobre a qual incide (o domínio normativo). O texto da norma deve ser tomado apenas
como ponto inicial do programa normativo, sendo este entendido como “conjunto de
domínios linguísticos resultantes da abertura semântica proporcionada pelo texto do
preceito jurídico”, sendo imprescindível que se passe pela análise do domínio normativo,
vale dizer, o “conjunto de domínios reais fáticos, abrangidos em função do programa
normativo, ou seja, a porção da realidade social tomada como estrutura fundamental e
que o próprio programa normativo autoriza a recortar”. A norma jurídica, portanto,
resulta da união desses dois aspectos. Algo extremamente relevante para a compreensão
desse método é que, segundo Müller, o texto de uma norma deve ser visto apenas como
a “ponta do iceberg”.

Fonte: http://cursocliquejuris.com.br/blog/metodos-de-interpretacao-constitucional-
topico-problematico-x-hermeneutico-concretizador-x-normativo-estruturante/

Comentário tirado do QC

Método Hermenêutico-concretizador (Konrad Hesse): é aquele em que o intérprete se


vale de suas pré-compreensões valorativas para obter o sentido da norma e então
aplicá-la à resolução de determinado problema. O conteúdo da norma somente é
alcançado a partir de sua interpretação concretizadora, dotada do caráter criativo que
emana do exegeta. O método de Konrad Hesse possibilita que a Constituição tenha força
ativa para compreender e alterar a realidade. Mas neste mister, o texto constitucional
apresenta-se como limite intransponível para o intérprete, pois se o exegeta passar por
cima do texto, ele estará modificando ou rompendo a Constituição, não a interpretando.

Comentário retirado do QC

Método hermenêutico concretizador

O método Hermenêutico-Concretizador, que tem como principal idealizador Konrad


Hesse, parte da ideia de que os aspectos subjetivos do intérprete dão-lhe uma inevitável
“pré-compreensão” acerca da norma a ser interpretada.

O método hermenêutico concretizador faz o caminho inverso ao método tópico-


problemático. Isto é, o caminho feito pelo método hermenêutico concretizador é a partir
da norma constitucional para o problema a ser resolvido, e depois do problema a ser
resolvido para a norma constitucional.

O método hermenêutico concretizador diz que o intérprete que, ao fazer a primeira leitura
do texto constitucional, extrai um conteúdo, chamado de pré-compreensão da norma.
Quando o intérprete se defronta com o problema, ele deverá voltar à norma que ele havia
pré-compreendido. Ou seja, o intérprete faz a primeira leitura (pré-compreensão) e
compara com a realidade existente.

A partir do confronto da primeira leitura e da realidade existente, ele irá reformular a sua
própria compreensão, de forma que irá reler o texto da forma que a realidade se
apresentou. Nesta releitura do texto, haverá repetições sucessivas do texto para a
realidade até que se encontre uma solução harmoniosa do problema.

No âmbito constitucional, marcado pela abertura e imprecisão de muitas de suas normas,


a busca do sentido delas envolve mais concretização do que interpretação, assumindo,
portanto, as pré-compreensões um papel decisivo. Nesse quadro, os defensores da
interpretação concretista, dentre os quais Konrad Hesse, pugnam que toda leitura inicial
de um texto deve ser reformulada, mediante uma comparação com a realidade,
justamente para serem suprimidas interpretações equivocadas. Por isso, o método
concretizador funda-se em uma constante mediação entre o problema e a norma, no qual
a concretização é lapidada por meio de uma análise mais profunda, em que a norma
prevalece sobre o problema.

Perceba que existe um movimento de ir e vir, entre a norma e a realidade, é denominado


de círculo hermenêutico.

A grande ideia que se pode concluir do método hermenêutico concretizador é que ele dá
prevalência ao texto constitucional, o qual sempre irá começar esse movimento, a partir
da pré-compreensão da norma.

Em suma, o método hermenêutico-concretizador possui 3 elementos básicos:

• Pressupostos subjetivos: o intérprete possui uma pré-compreensão da Constituição,


exercendo um papel criador na atividade de descobrir o sentido do texto constitucional.

• Pressupostos objetivos: dizem respeito ao contexto no qual o texto vai ser aplicado,
atuando o intérprete como um mediador entre o texto e a situação na qual ele se aplica
(contexto).

• Relação entre texto e contexto: com a mediação criadora feita pelo intérprete,
transformando a interpretação em movimento de ir e vir (círculo hermenêutico), na busca
da concretização, da construção da norma, que é o resultado da interpretação.

4.2. Princípios da interpretação constitucional (Não entendi bem o assunto).

a. Supremacia da constituição

b. Unidade da constituição

c. Correção funcional: o interprete da constituição deve estar atento aos limites fixados pela
constituição sob pena de praticar uma interpretação constitucional.

d. Interpretação conforme a constituição: ora serve como princípio de interpretação, ora serve
como técnica de decisão a ser vista em controle de constitucionalidade. No que se refere a
interpretação significa que o poder judiciário só está autorizado a declarar uma norma
inconstitucional se tiver certeza sobre sua inconstitucionalidade, havendo alguma dúvida a
norma deve ser declarada constitucional o fundamento para isso está no deficti democrático
do poder judiciário, porque o poder judiciário não tem a legitimidade do voto que o
legislativo e o executivo tem e foram estes que fizeram a lei, então as atitudes deles só se
declaram invalidas quando ausentes qualquer dúvida sobre essa invalidade.

Agora, interpretação a constituição pode ser também técnica de decisão (autores alemães falam
em técnica de decisão, autores espanhóis falam em decisão de calibragem).

Costuma-se fazer uma confusão entre interpretação conforme a constituição e declaração


parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto. Muitos autores alemães tratam as duas
como sinônimos, mas no Brasil a lei 9.868/99 em seu artigo 28, parágrafo único utiliza a
conjunção E entre interpretação e declaração, o legislador não optou pela conjunção OU.

Art. 28, lei 9.868/99


Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de inconstitucionalidade, inclusive a
interpretação conforme a Constituição e a declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução
de texto, têm eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do Poder Judiciário e à
Administração Pública federal, estadual e municipal.

Isso em tese obrigaria o interprete brasileiro a fazer distinção entre uma coisa e outra, mas na pratica
não há distinção. Essa distinção trazida pela lei é meramente artificial. A distinção entre
interpretação conforme a constituição e declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de
texto está no momento de atuação.

interpretação conforme a Constituição declaração parcial de inconstitucionalidade sem


redução de texto
Plurissignificativa, deve ter dois ou mais Plurissignificativa, deve ter dois ou mais
sentidos. sentidos.

Trabalha com a possibilidade de interpretação. Trabalha com a hipótese de aplicação.


Intenção do tribunal de resguardar a norma Intenção do tribunal de resguardar a norma
Primeiro o tribunal atua no sentido de afastar Primeiro o tribunal atua no sentido de afastar
todo e qualquer sentido contrário a todo e qualquer sentido contrário a
constituição e depois se omite no sentido de constituição e depois se omite no sentido de
deixar de declarar a norma inconstitucional. deixar de declarar a norma inconstitucional.

e. Presunção de constitucionalidade

f. Eficácia integradora. A ideia é de que a constituição tem que a interpretação tem que ser
usada como harmonia entre os poderes.

g. Máxima efetividade – o interprete ao desempenhar suas hermenêutica deve dar a norma


maior efetividade possível. Deve evitar qualquer interpretação que restrinja sua efetividade.

h. Proporcionalidade. Proporcionalidade é diferente de razoabilidade. Primeiro a


proporcionalidade tem origem no direito romano germânico (civil law), razoabilidade tem
origem no direito americano (comow law). A razoabilidade é dúplice, porque se decompõe
em dois vetores, razoabilidade interna ou material e razoabilidade externa e formal.
Proporcionalidade é tríade, porque é composta por três vetores: adequação, necessidade,
proporcionalidade em sentido estrito.

5. FEDERAÇÃO
Federação: é forma de estado que possui dois grandes pilares, na federação todas as entidades
politicas são autonomas e em quanto reunião delas. Muitos autores diz que há unidade da soberania
e pluralidade de autonomia. A federação nasce a partir de uma constituição federal.

Federação centrípeta - agregação - EUA > os estados eram independentes e formaram a união.

Federação centrífuga - segregação - brasil > havia só uma unidade e posteriormente houve uma
divisão política.

5.1. caracteristicas de constituição ( autor Michel Temer)


a. União de entidades politicas autonomas, simbolizada pelo vínculo indissoluvel entre entes
federativos revestidos de auto-organização, autogoverno e autoadministração.
b. Bicameralismo, de maneira a possibilitar a possibilitar a participação da vontade parcial na
formação da vontade geral,
c. Repartição constitucional de competencias.

5.2. caracteristicas de conservação da federação

a. Existencia de orgao competente para controle de constitucionalidade de leis e atos


normativos.
b. Limitações ao poder constituinte,
c. Intervenção federal.

Intervenção Federal

A constituição preve a intervenção federal nos artigos 34 e 36. O artigo 34 trás as causas, parte
material ou pressupostos e o artigo 36 preve o rito ou parte formal.

Intervenção federal é o afastamento temporario e excepcional da autonomia politica de uma


entidade federativa.

Afastamento temporario e excepcional - intervenção federal dura o espaço de tempo necessário


para restabelecer a ordem, é excepcional, porque só é admissivel nas hipoteses previstas no artigo
34 da constituição.

Afastamento da autonomia politica – a intervenção da autonomia pode ser total ou parcial –


exemplo intervenção federal parcial no rio de janeiro.

Art. 34

Inciso I -

Inciso II – ver artigo 84, XIX.

Obs: artigo 290 do CPC não caracteriza intervenção federal, mas tão somente, cumprimento do
dever legal.

Inciso III – ex: terrorismo, tsunami.

Inciso IV – ver artigo 2 da CF

Inciso V – a. LC 101 de 2000, art. 29, inciso I

Inciso VI – O STF entende que não pagar precatórios com base na falta de recursos exclui a
possibilidade de intervenção federal. Não precisa nem provar, basta alegar. De sorte que se o estado
tem multiplas obrigações a cumprir deve-se assegurar ao Estado juízo discricionário de conveniencia
e oportunidade sobre o cumprimento de suas obrigações.

Inciso VII - Princípios constitucionais sensiveis são princípios cuja ameaça de lesão pode acarretar
intervenção federal.
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
B) direitos da pessoa humana – o STF já se possicionou no sentido de que a violação de direitos humanos
por si só não é motivo para intervenção federal, o que pode ser motivo para intervenção federal é a
demonstração dada, através do fato, de não ter o estado condições de dar resposta ao fato.

O artigo 36 da CF.

A intervenção pode ser espontanea ou provocada. O artigo 36 regula a provocação, assim tudo
aquilo que estiver no artigo 34, mas não estiver no artigo 36 é intervenção espontanea.

• Ação direta de constitucionalidade interventiva

Caracteristicas: legitimação exclusiva, hipotese única

Legitimação exclusiva: as açoes de controle de constitucionalidade costumam ter legitimação ativa


difusa e concorrente, a ADI, por exemplo, possui 9 legitimados, artigo 103. A ação direta de
constitucionalidade interventiva apenas o Procurador Geral da República tem legitimidade.
Hipotese única, porque só cabe em caso de ato estadual ou distrital que ameace ou lese principio
constitucional sensível.
Finalidade duplice, tem fim juridico: invalidação de um ato, fim politico requisitar a intervenção
federal ao estado ou ao DF, por parte do P.R.

6. PODER JUDICIARIO
Em relação a estrutura este poder possui caracteristica única que lhe dá identidade que é o seu
CARÁTER NACIONAL, ou seja, esse poder é uno e indivissivel, esse caráter nacional não existe em
relaçao ao poder executivo, nem em relação ao poder legislativo. Os poderes legislativo e executivo
podem ser qualificados como federal, estadual e municipal, já o poder judiciario não pode ser
qualificado dessa forma. Só há poder judiciario nacional, as justiças sim, podem ser federais ou
estaduais.

6.1. Estrutura das justiças que compõem o poder judiciario:

a. Natureza do órgão: justiça federal ou estadual


b. Natureza da função: comum e especializada

Justiça federal comum, artigos 106 a 110 – Tribunais regionais federais.

Justiça estadual comum, artigo 125, caput e par. 1, - Juízo de Direito e TJs

Justiça do trabalho, artigos 111 a 116 – TST, TRTs e juizos do trabalho.

Justiça eleitoral, artigos 118 a 121 – TSE, TREs, juízos eleitorais, juntas eleitorais.

Justiça militar federal, artigos 122 a 124, STM e conselhos de justiça militar.
Justiça militar estadual, artigo 125, par 3 ao 5, Tribunal de justiça militar, tribunal de justiça,
conselhos de justiça militar, juizo militar.( na segunda instancia o estado tem a opçao de criar um
TJM se no estado tiver mais de 120 mil militares, se tem menos a segunda instancia militar fica
sendo o TJ).

OBS: na justiça militar federal o julgamento sempre é feito por um órgão colegiado e sobre material
criminal.

No ramo estadual nem sempre o julgamento é feito por órgão colegiado.

Crime militar, autor militar, vitima civil, não sendo crime doloso contra vida, nesse caso juizo militar
togado, sem participação de nenhum auditor militar pertencente a policia ou bombeiros.

Ação civil, discussão de aplicaçao disciplinar, podendo ser que haja aplicação ou não de sansao
administrativa, deve ser julgada por juizo militar.

OBS: Juiz é agente. Juizo é órgão.

• Judicialização é diferente de ativismo

Judicialização é levar ao poder judiciario uma questao que a principio não lhe era propria.

Ativismo é um comportamento, é uma conduta atribuida ao poder judiciario de não se conter.

• Tribunais de superposição: Tribunais de superposição é uma expressão alemã que indica os


tribunais que não se vincula a nenhuem justiça, mas que se sobrepara a justiça, porque cabe
recurso a eles – STF (artigo 101 a 103) e STJ ( artigo 104 a 105).

Costuma-se falar que o STF e competente para material constitucional e o STJ para material federal
legal, isso era correto até 2004, quando havia pureza do sistema, isto significa dizer que o STF só
julgava materia de constituiçao e o STJ materia legal federal.

depois da EC 45 2004 criou, extinguiu e modificou órgãos. A partir de 2004 a STF julga
predominantemente materia constitucional e o STJ julga materia predominantemente legal federal.

Tema constitucional, mas o STJ julga. Artigo 109, par. 5, IDC – indice de deslocamento da norma -

Tema legal federal, mas o STF julga, art. 36, III, parte final, ação de execução de lei federal e 102, III,
D.

• CNJ - orgão judiciario não jurisdicional. Artigo 92, I, a e 103, b, par.4, CF.

OBS> resoluções do CNJ podem ser submetidas a controle de constitucionalidade.

Linhas da jurisprudencia do tribunal federal sobre atuação do CNJ:

Há muitos acórdãos falando sobre a atuação do CNJ, o professor Guilherme Pena resume esses
acórdãos em tres pontos.

a. O CNJ não pode ter nenhuma intromissão sobre atividade jurisdicional, pois sua atuação é
de controle administrativa, financeira ou disciplinar.
b. Em relação ao controle disciplinar o STF tinha o entendimento de que o controle dado ao
CNJ era subsidiário. O STF mudou seu entendimento e hoje diz que o CNJ tem controle
primário, paralelo ao tribunal de origem. Pode ser desempenhado pelo CNJ mesmo que não
haja inercia do tribunal de origem.
c. Deve haver respeito por parte do conselho das características peculiares da atividade
jurisdicional, dos costumes locais das sedes, dos tribunais e dos fóruns,

6.2. Sumula vinculante

Conceito de André Ramos Tavares – Sumula vinculante é o ponto de confluência, o ponto de


convergência entre o controle abstrato e o controle concreto.

Conceito de – sumula vinculante é o estudo tendencioso a dar efetivação a três valores


constitucionais: estabilidade das relações jurídicas, previsibilidade das decisões judiciais e igualdade
das partes do processo.

6.2.1. Pressupostos:

a. Controvérsia atual;
b. Multiplicação de processo sobre questão identifica;
c. Reiteradas decisões sobre matéria constitucional;
d. Grave insegurança jurídica.

6.2.2. Requisitos:

a. iniciativa:
Juiz ex oficio
Legitimados para propor ADI
Tribunais em geral
Municipio que figure como parte no processo.

A constituição federal admite a possibilidade do supremo tribunal federal editar sumula de oficio ou
provocada. A sumula vinculante poderá ser provocada, no minimo, por quem possua legitimidade
para propor ADI

OBS: pela primeira vez a defensoria pública aparece como legitimada para participar de algo ligado
ao controle de constitucionalidade abstrato.

b. Aprovação
c. Publicações:

6.3. Garantias do poder judiciário

a. Vitaliciedade: Tem vitaliciedade a magistratura 95, I, TCU artigo 73, 3 e MP 128, 5°, I, a.

Vitaliciedade é a garantia dada ao TCU, MP e magistratura adquirida, em regra, após dois anos de
desempenho efetivo do cargo, salvo nomeação direta, pois quando há nomeação direta a
vitaliciedade é imediata.

Atenção: Os cargos públicos podem ser vitalícios, efetivos ou em comissão. Após adquirir a
vitaliciedade o sujeito só perde o cargo após decisão judicial transitada em julgada. O cargo efetivo
pode ser perdido em quatro hipóteses: decisão judicial transitada e julgada, PAD, avaliação periódica
sob desempenho negativo, excesso de gasto (ou irresponsabilidade fiscal).

b. Inamovibilidade: garante ao magistrado que, em regra, não possa existir remoção


compulsória.
Requisitos para remoção compulsória: decisão colegiada, maioria dos votos absolutos e garantia
de contraditório e ampla defesa.

c. Irredutibilidade de subsídios:

Subsídios é forma de contribuição pecuniária.

Retribuição pecuniária pode ser subsidio ou remuneração, se for remuneração pode ser vencimento
ou vantagens pecuniárias, se for vantagem pecuniária pode ser adicional ou gratificações, adicional
se subdivide em tempo de serviço e função e gratificações se subdividem em serviço e pessoal.

Retribuição é contraprestação, pecuniária em dinheiro, pela prestação de serviço público.

Subsidio, artigo 39, 4° + artigo 37, 11°, CF, é modalidade de retribuição pecuniária, dada em uma só
parcela, vedado qualquer outra espécie de qualquer outra espécie remuneratório, salvo indenização,
a indenização pode ultrapassar o teto.

Remuneração é modalidade de prestação pecuniária que pode ser decomposta em vencimentos e


vantagens pecuniárias.

Vencimento é parcela da remuneração fixada em lei e devida após o desempenho da função pública.

Vantagens pecuniárias são parcelas acrescidas ao vencimento e devidas pela ocorrência de fatos
enumerados em lei, esses fatos podem ser adicional ou por gratificações. O adicional pode ser por
tempo de serviço ou função, se for gratificações será de serviço ou pessoal.

No poder judiciário aqueles que desempenham atividade meio receberão remuneração, aqueles que
desempenho atividade fim, como magistrados e desembargadores, por exemplo recebem subsidio.
Subsidio é espécie de retribuição pecuniária devida a agentes políticos e numa visão ampliativa.

Para o professor Guilherme Peña a irredutibilidade de subsídios impõe ao estado duas obrigações,
uma de não fazer e uma de fazer. Não fazer, não diminuir o subsidio e uma de fazer, alterar
periodicamente o subsidio de modo a recompor eventuais percas inflacionárias.

7. DIREITOS FUNDAMENTAIS
7.1. definição

7.2. nomenclatura

7.3. características

7.4. tipologia

7.5. proteção

7.1. Definição: direitos subjetivos instituídos no direito objetivo com aplicação nas relações das
pessoas com o Estado e na sociedade, positivados no texto constitucional ou não.

Obs 1. Natureza jurídica: Segundo a jurisprudência do tribunal federal alemão os direitos


fundamentais possuem natureza jurídica dúplice ( foi do caso Luth, 1958 que se extraiu esse
conceito), porque de um lado formam categoria especial de direito subjetivo, pois ligados a condição
de pessoa, de outro são partes integrantes do direito objetivo, porque são princípios
Obs 2: Titularidade: é titular dos direitos fundamentais a pessoa. Em prova de concurso público, se
houver espaço, discutir que há uma discussão para que no futuro se extenta alguns direitos
fundamentais aos animais.

Via de regra a pessoa é física, mas pode vir a ser pessoa jurídica. Isso será possível quando o direito
fundamental for extensivo a personalidade jurídica, a exemplo do direito à propriedade.

Pessoa física -> artigo 5°, brasileiro e estrangeiro que aqui resida. O STF deu interpretação extensiva
a este artigo de modo a alcançar os estrangeiros estejam em trânsito pelo território brasileiro.

Obs 3. Campo de aplicação: Nas relações da pessoa com o Estado e com a sociedade.

a. Drittwirkung: caso luth 1958 - é a teoria alemã sobre a teoria horizontal dos direitos
fundamentais.
b. State action: caso Logan Valey Plaza 1968
c. Eficácia nas relações privadas, aplicação entre particulares ou horizontalidade (CC artigo
1337, parágrafo único e código de processo penal 647).
• Sergio Conterás - aplicação diagonal ou transversal - é uma forma de aplicação horizontal da
qual não participa o Estado, a relação é de pessoa para pessoa, no entanto um dos polos é
vulnerável, exemplo relação de trabalho ou relação de consumo.

Obs 4. Positivação: Pode estar na constituição federal ou não. A exemplo do direito ao nome que é
direito fundamental previsto no código civil.

7.2. NOMENCLATURA

Direitos fundamentais X direitos da personalidade:

os direitos da personalidade formam termo próprio de direito privado, ao passo que os direitos
fundamentais formam o campo do direito público. Direitos fundamentais são mais amplos que os
direitos da personalidade.

Direitos fundamentais X direitos humanos:

Aquele se refere aos direitos internos, estes se situam na esfera internacional.

Noberto Bobbio disse que “os direitos fundamentais são os direitos humanos que cada estado tenha
internalizado.

Obs 1. LIBERTES PUBLIQUES - Fraça - A França usa a expressão liberdade pública. Essa é uma
expressão que pode ser usada com respeito a história da França, mas tecnicamente não está
correta, porque nem sempre a liberdade é pública, nem sempre a liberdade é horizontal, pode ser
aplicada também contra particulares, numa aplicação horizontal dos direitos.

Obs 2. CIVIL RIGHTS – EUA – Civil rights também não é uma expressão perfeita, porque os direitos
fundamentais não são só civis.

7.3. Características dos direitos fundamentais:

a. Inalienabilidade
Obs: o direito fundamental não se confunde com o objeto do direito, o direito em si é inalienável,
mas o objeto que materializa esse direito pode ser alienável. A exemplo do direito à propriedade, o
direito a propriedade é inalienável, mas o bem pode ser alienável.

b. Irrenunciabilidade
c. Imprescritibilidade
d. Historicidade

A historicidade modifica o direito.

Se eles são históricos quais são as gerações ou gestações dos direitos fundamentais no Brasil?

Primeiro, todo livro brasileiro cita que foi o autor Noberto Nobbio que falou das gerações dos
direitos fundamentais, mas na verdade Bobbio apenas mundializou essa ideia. Segundo o professor
Guilherme Peña quem primeiro falou das gerações do direito foi o tcheco Karel Vasak ( França-
1978)

Gerações dos direitos fundamentais:

Gerações dos direitos fundamentais – ideia de Karel Vasak, Noberto Bobbio divulgou essa ideia.

Obs. Autores autores chamam de gestações dos direitos fundamentais, como Hugo de Brito
Machado. Mas há autores que chamam de Perspectiva, Ondas ou Dimensões.

1° Liberdade – direitos de igualdade

2° Igualdade - direitos sociais

3° Fraternidade - direitos difusos

Ao longo da história foram surgindo outras gerações/ gestações/ ondas/ dimensões/ perspectivas
dos direitos fundamentais, as gerações citadas a seguir não há um consenso entre os autores.


manipulação de patrimônio genético, Eliana Calmon e José de Oliveira Júnior.
Tudo ligado a globalização econômica, Paulo Bonavides e Janusz Symonide.
tributação justa, Alberto Nogueira.
direito a ser diferente, Ricardo Lorenzetti (argentino)


Cibernetica/ redes sociais, José de Oliveira Junior.
Direito a paz, direito de enfrentamento ao terrorismo, Janusz Symonide.


Direito de acesso a água potável, Zulmar Fachin.

Obs. Zulmar Fachin não se posiciona exatamente qual seria sua posicao sobre a quarta e quinta
geração.

e. Relatividade

NOTA> colisão ou conflito entre direitos fundamentais

José Joaquim Gomes Canotilho, diz que quando há conflito entre os direitos fundamentais a solução
deve ser buscada em três passos.
1° identificar os direitos em conflitos

2° identificar reserva legal (solução prevista em lei), ex: artigo 5°, XII, CF.

3° Ponderação, caso não exista reserva legal.

7.4. Tipologia/ classificação

A. Direitos fundamentais
Direitos individuais- art. 5°
Direitos coletivos – art. 5
Direitos sociais– art. 7
Direito a nacionalidade – art. 12
Direitos políticos - art. 14

Obs. Partidos políticos, art. 17°.

Direitos individuais

Vida, artigo 5°, III, V, X

Liberdade, artigo 5°, II, IV, VI a XI, XIIi a XV.

Igualdade, artigo 5°, I.

Propriedade, artigo 5°, XXI, XVII, a XXXI.

Segurança, artigo 5°, XI, XII, XXXVI a LXVII.

Direitos Coletivos

Reunião, art. 5°, inciso, XVI.

Associação, art. 5°, inciso, XVII a XXI.

Consumidor, art. 5°, inciso, XXXII.

Comunicação, art. 220 a 224.

Meio ambiente, artigo 225.

I. Direitos sociais
1. Moradia, artigo 6°.
2. Alimentação, artigo 6°
3. Transporte, artigo 6°.
4. Seguridade
4.1. Saúde, artigos 196 a 200
4.2. Previdência social, artigo 201 a 202, CF.
4.3. Assistência social, artigo 203 a 204, CF.
5. Particulares artigo 226 a 230, CF.
6. Econômicos
6.1. Trabalho, artigo 6°
6.2. Trabalhadores, artigo 7° a 11.
7. Culturais
7.1. Cultura, artigo 215, CF.
7.2. Desporto, artigo 217.
7.3. Educação, artigo 205 a 214 CF.

Direito a nacionalidade

Originária, primária, natural ou de origem.

Derivada, secundária, voluntária ou de eleição.

Direitos políticos

Participação ativa

Participação passiva

Direito ao cargo

Direito no cargo

7.5. Proteção aos direitos fundamentais

a. Proteção normativa: decorre de norma, clausula petrea, artigo 60, 4°, CF.
b. Proteção institucional: decorre de instituições, ex: poder judiciário, MP, Advocacia Pública, e
Defensoria pública e Tribunal de contas.
c. Proteção processual: Decorre do processo > Remédios constitucionais.
• Ações afirmativas (proteção institucional)

Conceito: Ações afirmativas é política ou programa, público ou privado de concessão de benefício a


grupo social que foi ou é vítima de alguma discriminação.

Meio: sistema de cotas, sistema de pontuação.

Como validar uma ação afirmativa?

O STF ainda não nos dá critérios científicos para identificar como validar uma ação afirmativa. Temos
que buscar resposta na jurisprudência americana.

Caso Bank 1976

Caso bollinguer 2003

Strict scrutiny test > a ação afirmativa para ser válida tem que passar pelo processo mais rigoroso
possível. Três condições:

1. Imperativo interesse do governo


2. Programa desenhado sob medida para o fim visado
3. Demonstração de que o meio escolhido era o único disponível para obtenção do fim usado.

A corte americana diz que se houver falha de algum critério há inconstitucionalidade na ação
afirmativa.

Dessas condições é possível extrair duas características das Ações afirmativas:

1. Integrada: Não se pode esgotar a proteção social nas ações afirmativas. Deve ser integrada
com outras políticas públicas
2. Temporária: tem que ter prazo.

• Qual a distinção entre Direitos, garantias e remédios constitucionais

O Direito, as Garantias e os Remédios constitucionais tem um ponto de convergência (ponto em


comum) que é a proteção.

Mas diverge quanto....

Aulas do professor: RODRIGO PERIN

8. Poder Legislativo
8.1. Tripartição de poderes

Origem: Aristóteles.

Evolução: Montesquieu – 1748.

Aristóteles visualizou três poderes distintos, mas esses poderes seriam exercidos por uma única
pessoa, o soberano. Posteriormente, Montesquieu, em contraposição ao absolutismo, reafirmou
essa divisão de poderes, mas visualizou que esses poderes deveriam ser exercidos por órgãos
diferentes.

• O correto seria separação de poderes ou separação de órgãos?

Tecnicamente o correto seria separação de órgãos (os órgãos representam os poderes), ou ainda,
separação do exercício do poder, porque o poder é uno e indivisível. A CF utiliza a expressão
“separação de poderes”.

• Sistema de freios e contrapesos:

É um mecanismo que visa garantir o equilíbrio e a harmonia entre os poderes por meio do
estabelecimento de controles recíprocos.

Inicialmente vamos estudar o poder legislativo na esfera federal...

8.2. Previsão legal do poder legislativo:

Artigo 44 até 75 da CF.

8.3. Funções do poder legislativo.

a. Função típica: legislar e fiscalizar (fiscalização contábil, financeira, orçamentaria e


patrimonial da união, das entidades da adm direta e indireta, artigo 70, CF).
b. Função atípica:
Julgar > O Presidente da República nos crimes de responsabilidade, artigo
Administrar >
8.4. Quem exerce o poder legislativo?

CN = Câmara dos deputados + Senado Federal.

Cada uma dessas casas legislativas possui atribuições especificas.

• Bicameralismo federativo:

Bicameralismo federativo, esse nome foi dado em virtude do fato de que uma das casas legislativas,
o senado federal, é composta por representantes dos Estados membros e do Distrito Federal, de
forma paritária, assegurando-se o equilíbrio entre tais entes.

Câmara dos deputados Senado Federal


Representantes do povo. Representantes dos Estados e DF
Sistema de eleição: sistema proporcional Sistema de eleição: majoritário simples.
Quanto ao sistema de eleição proporcional vige
o princípio da valorização da força dos partidos
políticos.
Número de deputados federais: 503, fixado por Número de senadores: fixado na CF > 81
LC 78/93. senadores, 3 por Estados e DF.

8.5. órgãos que integram as casas legislativas:

a. Mesas diretoras: São órgãos administrativos de direção das casas legislativas.


A mesa do CN será presidida pelo presidente do senado federal e os demais cargos serão
exercidos alternadamente pelos ocupantes equivalentes na câmera dos deputados e no
senado federal.
b. Comissões: são órgãos colegiados compostos por número registro de membros.
As comissões podem ser permanentes ou temporárias. Aquelas é de caráter técnico
legislativo, já a comissão temporária é criada para apreciar determinado assunto. Essas
comissões visam facilitar o trabalho dos senados das casas.
Deverá ser assegurado, na medida do possível, a representação proporcional dos partidos
ou blocos parlamentares.
c. Plenário: órgão de deliberação máxima de cada casa legislativa.

8.6. Comissão Parlamentar de Inquérito:

8.6.1. Função: Tem a finalidade de investigar fato determinado de interesse público (obs: interesse
público é diferente do público).

8.6.2. Criação: Requisitos > 1. Requerimento de 1/3 dos membros da casa legislativa respectiva; 2.
indicação de fato determinado a ser objeto de investigação; 3. fixação de um prazo certo para a
conclusão dos trabalhos (temporariedade).

8.6.3. Poderes de investigação: Tem poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, mas
possui limites, quais?

A atuação da CPI se submete a fiscalização do poder judiciário? Sim!

8.6.4. Atos que a CPI pode realizar sem necessidade de autorização do poder judicial:

a. Convocar particulares e autoridades públicas para depor.


b. Determinar diligências, pericias e exames que entenderem necessárias, bem como requisitar
informações e buscar todos os meios de prova legalmente admitidos
c. Determinar a busca e apreensão de documentos, desde que a medida não implique violação
do domicilio das pessoas.
d. Determinar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telefônico ( aqui não se fala em escuta
telefônica, a quebra do sigilo telefônico diz respeito a analisar as chamadas que foram feitas,
de onde, essas coisas) do investigado, desde que, pertinentes e imprescindíveis a
investigação, devidamente motivadas, limitadas no tempo e tomadas pela maioria absoluta
dos seus membros (princípio da colegialidade).

8.6.5. Atos que a CPI não pode realizar:

a. Determinar qualquer espécie de prisão, salvo prisão em flagrante, (pois qualquer do povo
pode e a alteridade de prender em flagrante, artigo CPP).
b. Determinar medidas cautelares de ordem penal ou civil.
c. Determinar a busca e apreensão domiciliar de documentos.
d. Determinar a quebra de sigilo judicial.
e. Não poderá autorizar interceptação das comunicações telefônicas.

>> art. 58, parágrafo 3°, da CF.

8.7. Atribuições do CN

Artigo 48 e 49 da CF > rol exemplificativo.


As matérias previstas no artigo 48 devem ser disciplinadas em lei, pois a CF diz que precisa de sansão
do presidente, se precisa de sansão é lei.
As matérias disciplinas no artigo 49 devem ser disciplinadas via resolução.

8.8. Atribuições da câmara dos deputados e senado federal.

Câmara dos deputados Senado Federal


Artigo 51 Artigo 52
Competencia privativa Competencia privativa
Resolução. Resolução.

• Estatuto dos congressistas: artigo 53 ao 56 da CF.

É o conjunto de prerrogativas e vedações aos parlamentares para que o poder legislativo e seus
membros individualmente tenham condições de atuar com independência e liberdade no
desempenho de suas funções constitucionais. Elas são de ordem pública e não admitem renúncia.

Regras que consubstanciam o estatuto dos congressistas.

a. Imunidades
b. Incompatibilidades
c. Prerrogativas de fórum, de serviço militar, de vencimento e de isenção do dever de
testemunhar.

Imunidades
As imunidades são prerrogativas outorgadas constitucionalmente aos parlamentares para que eles
possam exercer sua função constitucional com independência e liberdade de manifestação por meio
de palavras, discussão, debates e votos.

Há duas espécies de imunidades, a imunidade material e formal.

Imunidade material: determina que os parlamentares federais são invioláveis civis e penalmente,
por quaisquer de sua opinião, palavras e votos. A imunidade material exclui a própria natureza
delituosa do fato.

Características da imunidade material: absoluta, permanente e de ordem pública.

> Questão: Um parlamentar deu um discurso que muitos entenderam ser discurso de ódio, caso abra
mão de sua imunidade parlamentar, o parlamentar pode ser investigado pelo fato?

Não. Para abrir mão de sua imunidade o parlamentar tem que renunciar ao cargo.

Segundo o supremo tribunal federal, se a manifestação acontecer dentro da casa legislativa existe
uma presunção absoluta de desempenho da atividade parlamentar.

Alcance da imunidade: protege o congressista de se der no exercício do mandato.

>> Ver informativo 831 do STF – ano 2016, caso Bolsonaro e maria do rosário. - Neste caso foi
afastada a imunidade material.

Imunidade formal: artigo 53, CF. Imunidade formal protege o parlamentar contra prisão cautelar e
crimes praticados após a diplomação torna possível a sustação do andamento do processo penal
instaurado pelo supremo tribunal federal.

No que tange a condução coercitiva o supremo tem um precendente no sentido de que não é
possível a condução coercitiva do parlamentar que se negar a ir ao interrogatório.

Alcance: a imunidade formal, em regra, alcança qualquer crime, independente do momento em que
foi perpetrado.

Exceção > é possível prisão cautelar no caso de flagrante delito por crime inafiançável.

Sustação do processo: vale somente para os crimes praticados após a diplomação.

Incompatibilidades

Artigo 54

São medidas que visam a preventivamente resguardar a moralidade administrativa, afastar conflitos
de interesses, garantir a independência e a impessoalidade do parlamentar no exercício de suas
funções

Foro especial em razão da função - prerrogativas de foro.

Os parlamentares federais desde a diplomação serão submetidos a julgamento perante o supremo


tribunal federal, esta prerrogativa abrange qualquer infração penal.

Requisitos: é imprescindível que a infração penal seja praticada após a diplomação e que exista
conexão com o exercício de seu mandado.
Cessação do exercício da função pública: Se houver finalizado a instrução penal prorrogasse a
competência do supremo tribunal federal.

Questão: O parlamentar que se licencia do poder legislativo para exercer cargo no poder executivo
preserva suas prerrogativas parlamentares?

As imunidades tem relação ao cargo e não a pessoa, assim, se o sujeito sai do cargo ele perde as
imunidades. Já as prerrogativas de foro sub existe.

Outras regras do estatuto do congressista

Desobrigação de testemunhar por informações recebidas em razão do mandado.

Incorporação das forças armadas: artigo 53, 7°, CF > precisa de autorização da respectiva casa.

8.9. Perda do mandado e renúncia do mandado

Hipóteses de perda do mandado estão previstas no artigo 55 da CF.

Hipóteses de renúncia do mandado estão previstas no artigo

Questão: é possível haver a perda automática do cargo?

1° turma do STF > perda superior a 120 > perda automática.

2° turma do STF > independente do quantitativa de pena imposta não se deve falar em perda
automática do cargo.

Renúncia antes do início do processo de perda do mandado > a renúncia será valida não sendo
iniciado o processo de perda do mandado.

Renúncia realizada depois do início do processo de perda do mandado > terá seus efeitos suspensos
até deliberação final da casa a respeito ou não do mandado.

Qual a consequência disso? A instauração do processo pode resultar na inelegibilidade do


parlamentar.

8.9. quem exerce o poder legislativo


Federal Estadual Distrital Municipal
CN Assembleia legislativa Câmara legislativa Câmara municipal

8.9.1. Imunidades no que tange aos deputados estaduais, distritais e municipais

Art. 27, 1°, CF > os parlamentares estaduais e distritais tem as mesmas prerrogativas atribuídas aos
parlamentares estaduais e do distrito federal.

Vereadores > aplicam-se apenas as imunidades materiais.

As imunidades materiais para os vereadores só protegem a manifestação do vereador na


circunscrição do município em que exercer a vereança > RE 600063, STF/2015.

9. TRIBUNAL DE CONTAS
Tribunal de contas são órgãos vinculados ao poder legislativo que o auxilia no exercício da
administração pública, sobretudo o controle legislativo.

Obs. Não há hierarquia entre o poder legislativo e o tribunal de contas.

9.1. Funções:

a. Fiscalização
b. Controle de natureza administrativa

6.2. Competências do Tribunal de Contas

6.3. Tribunais de contas dos Estados e Distrito Federal

Art. 75, CF.

Obs. O Tribunal de contas dos municípios só foram reconhecidos aqueles já vigentes na data da
promulgação da constituição, pois está veda aos municípios a criação de tribunais, conselhos ou
órgãos de contas municipais.

> artigo 31, 4° da CF.

10. Processo legislativo

É o conjunto de atos realizados pelos órgãos competentes na produção das leis e outras especies
normativas indicadas diretamente pela constituição federal.

10.1. Especies normativas

Artigo 59, da CF.

10.2. Classificação

10.2.1. quanto ao rito

a. Ordinário: destina-se a elaboração das leis ordinárias e complementares. Abrangendo as


seguintes fases: fase introdutória, constitutiva e complementar.
b. Sumário: segue as mesmas fases do processo legislativo ordinário, mas possui prazos a
serem observador.
c. Especial: se refere aos demais atos normativos previstos na constituição federal, possuindo
peculiaridades próprias a depender da espécie normativa em tramite.

10.3. Emenda Constitucional

Observam o processo legislativo especial.

10.3.1. Fases da Emenda Constitucional:

a. Fase introdutória

Legitimados a dar início a emenda constitucional > artigo 60, CF


1/3 Mesa da câmera
1/3 mesa do senado
Presidente da Republica
Mais da metade das assembleias legislativas das unidades da federação manifestando-se cada uma
delas pela maioria relativa de seus membros
b. Aprovação

Exige-se previa discussão em cada uma das casas do CN, em dois turnos, sendo considerada
aprovada se obtiver em ambos 3/5 dos votos dos respectivos membros (aprovação qualificada).

c. Promulgação

A promulgação dá-se pelas mesas da camera dos deputados e senado federal, não havendo
qualquer manifestação do chefe do poder executivo.

10.4. Casos onde não pode haver emenda:

a. Intervenção federal
b. Estado de defesa
c. Estado de sitio

Obs. Estas são limitações circunstanciais.

Questão:Tratado de marrakeche, violou a limitação circunstancial?

No ano ____ o Rio de Janeiro sofreu intervenção federal

11. Lei ordinária e complementar


a. Iniciativa:

a.1. iniciativa geral/ concorrente ou comum: artigo: 61, CF trás os legitimados.

a.2. iniciativa privativa/ reservada ou exclusiva: artigo 61, 1°, CF + artigo 93 da CF.

a.3. inciativa popular: artigo 61, parágrafo 2°.

b. Fase constitutiva:

Compreende a atuação do poder executivo e legislativo.

b.1. Discussão ou debate:

Obs. A câmera dos deputados é conhecido como a porta de entrada dos projetos de lei, porque em
regra o projeto de lei tem entrada na câmera dos deputados. Não se inicia na câmera o projeto de lei
de autoria de senador.

b.2. deliberação e votação:


quórum de instalação: maioria absoluta.
quórum de aprovação: Maioria simples > lei ordinária e maioria absoluta > lei complementar.

b.3. Sanção ou veto do presidente da república, artigo 66, da Cf.

I. Veto politico
II. Veto jurídico

O veto pode ainda ser:

I. Total
II. Parcial

A sanção pode ser:


I. Expressa
II. Tácita.
c. Fase complementar

c.1. Promulgação: é o ato pelo qual o chefe do executivo aprova e atesta a existência de nova lei no
ordenamento jurídico.

c.2. Publicação: é o ato formal de inserção da lei promulgada no ordenamento jurídico, através da
imprensa oficial, dando-se obrigatoriedade ao seu cumprimento.

Questão: existe diferenciação entre lei ordinária e lei complementar?

A doutrina afirma que existe uma diferença de ordem formal e outra de ordem material. A diferença
formal refere-se ao quórum de aprovação, quanto ao aspecto material a LC é exigida de forma
expressa.

Questão: existe hierarquia entre LO e LC?

Apesar de parte da doutrina entender que há hierarquia o supremo tribunal federal já se manifestou
no sentido de que não há hierarquia entre as leis.

10.5. Lei delegada:

É a lei elaborada pelo Presidente da República, mediante solicitação ao C.N. e uma vez autorizada a
delegação da matéria o C.N. expedirá resolução especificando seu conteúdo e os termos do seu
exercício.

Traduzindo: o P.R. pede ao C.N. para elaborar determinada lei. Não há transferência de titularidade,
transfere-se apenas transferência da competência.

10.5.1. Matérias que não admitem delegação:

a. Atos de competência exclusiva do CN


b. Atos de competência privativa da câmera e senado.
c. Matérias reservadas a lei complementar.
d. Legislação sobre organização do poder judiciário e do MP, carreira e garantias de seus
membros.
e. Matérias relacionadas a nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitorais,
planos plurianuais, diretrizes orçamentarias e orçamentos.

12. Resoluções

Ato normativo primário, elaborado pela câmara dos deputados, senado ou CN para veicular
determinadas matérias de suas competências, definidas em regra, nos regimentos internos.

12.1. Legitimidade: Qualquer membro do C.N.

13. Medidas Provisórias:

É ato normativo com força de lei atribuído ao chefe do executivo federal para disciplinar algumas
matérias, no caso de relevância e urgência.

13.1. Legitimidade:
a. Âmbito federal: chefe do executivo federal.

13.2. Pressupostos:

a. Relevância
b. Urgência

Questão: Quem verifica se os pressupostos da medida provisória foram obedecidos?

Poder legislativo, segundo o supremo.

13.3. Prazo de uma medida provisória:

60 + 60 dias.
Logo o prazo máximo de vigência é de 120 dias.

13.4. Não apreciação em 45 dias: artigo 62, CF.

Se a medida provisória não for apreciada em até 45 de sua publicação entrará em regime de
urgência.

13.5. Apreciação do Congresso Nacional:

a. Aprovação sem alteração: Promulgada pelo Presidente da mesa do C.N.


b. Aprovação com alteração do texto:
Pela CF o texto original da medida provisória é mantido integralmente em vigor até que ela
seja convertida em lei, quando a medida provisória entrar em vigor é que as emendas
apareceram.
• Contrabando legislativo: Em algumas ocasiões as emendas feitas a medida provisória eram
desconexas com a medida provisória, o supremo decidiu que essas emendas desconexas
caracterizavam contrabando legislativo e as inserções desconexas com a medida provisória
eram inconstitucionais.
c. Não apreciação: renuncia tácita: perde eficácia.
d. Rejeição expressa: Perde eficácia

Questão: qual a consequência da não apreciação ou da rejeição expressa? Deverá ser emitido
decreto legislativo para que seja restabelecido as relações jurídicas.
Se o CN não expedir o decreto, as relações jurídicas serão regulamentadas pela medida provisória
como se ela estivesse em vigor.

>> Ver o informativo 870 do STF.

Questão: MP pode versar sobre qualquer matéria?

Não! Artigo 62, 1°, CF.

14. Poder executivo:

• Sistema de governo X forma de governo:

Proxima vez que estudar esse assunto:

Fazer a tabela abaixo, fazer mapa mental das competencias do pres, do CN,

PODER EXECUTIVO
1. Noções introdutórias:

Forma de governo: República X Monarquia.

O Brasil adota a República desde 1891.

Sistema de governo: Presidencialismo X Parlamentarismo chefia de Estado X Chefia de Governo

OBS: Durante o Império e durante 1961-1963 o sistema de governo brasileiro foi Parlamentarismo.

OBS: Há apenas UM chefe de Estado > O Presidente.

Há varios chefes de governo > Presidente, Governadores e Prefeitos.

Regime de governo: Democrático X autoritário X Totalitário.

A. Art. 80, CF

Sucessão Impedimento

Definitivo Temporário

Só o vice sucede Vice, Pres da câmara, pres do senado, pres do STF.

OBS: Para ocupar qualquer presidência da câmara, senado ou STF a idade mínima é de 35 anos, isso não tá
escrito na Constituição, mas eventualmente o algum deles poderá ocupar a presidência temporariamente, logo
nada mais certo, que ter os requisitos básicos para estar no cargo.

OBS: Se o cara tiver uma denúncia contra ele, ele continua na presidência da casa a qual pertence, mas está fora
da linha sucessória, ou seja, ele não poderá substituir o presidente temporariamente. Ex: Renan Calheiros,
presidente do Senado, recebeu uma denúncia contra ele durante a lava jato. Durante a lava jato também houve
duas denúncias de crime atribuído ao Temer, mas a câmara não deu autorização para abrir processo, se a câmara
tivesse autorizado e o senado recebido Temer seria afastado.

Ministro Marco Aurélio recebeu uma denúncia contra o presidente do senado, Renan Calheiros, afastou o pres
do Senado, pois tinha uma denúncia contra ele havia sido recebida e ainda quis afastar o Renan da Presidência
do Senado, mas ai os senadores se recusaram a cumprir a decisão do ministro marco Aurélio ai o Supremo se
reuniu para elaborar uma solução intermediaria e concluiu que Renan permaneceria na presidência do senado,
mas que ele não poderia suceder o presidente da república em caso de impedimento.

B. Vacância dos cargos

Regra: Eleições diretas, em 90 dias contado da última vaga aberta.

Exceção: Em 30 dias, eleições indiretas feitas pelo CN, se a vacância ocorrer nos últimos dois períodos
presidenciais.

Quem for eleito entra para completar o período que o anterior não concluiu.

OBS: Lei 13.165/2015 > traz um dispositivo que diz que só haverá eleições indiretas se faltar 6 meses para
conclusão do mandato. Só que essa lei não pode ser aplicada nem para o Presidente, nem para os senadores, pois
para estes a CF/88 trás regra especifica, como a que vimos acima nas obs.

Então sobra os governadores e prefeitos para esta lei. Só que... se a vacância tiver motivação eleitoral há uma
consequência e se tiver outra motivação há outra consequência. Motivação eleitoral: Eleição direta, salvo se
faltar 6 meses para o fim do mandato > lei 13.165/2015. Outros motivos: Autonomia, tem que ver a constituição
do Estado.

-Eleições: Se o pres não assume em 10 dias > cargo vago. Se o pres ou vice se ausentar do pais por mais que 15
sem autorização do CN > Cargo vago.

Esta regrinha, por simetria, se aplica aos governadores e deputados.

2. ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


Art. 84, da CF/88. - rol exemplificativo. Incisos que mais caem: IV, VI, VIII, XII, XX, XXV, Par. único

Fazer tabela comparativa

Competência Exclus. da União Competência do CN Competência do Pres. Da Rep.

Art. 21 Art. 49 Art. 84

2.1. Possibilidades de delegação:

1. Dispor, mediante decreto (autônomo), sobre: -Organização e funcionamento, -Extinção de cargo público
quando vago.

2. Conceder indulto e comutar penas -(IM)possibilidade de o judiciário revisar termos de decreto presidencial de
indulto

Presidente: Indulto Comutação Graça

Legislativo: Anistia

3. Prover e (improver) e extinguir cargos federais, na forma da lei.

Art. 84, IV Art. 84, VI

Nasceu c a constituição de 88 Foi inserido por meio de emenda

Decreto REGULAMENTAR Decreto AUTONOMO

Vale para as duas situações do inciso

15. Estado de Defesa


Estado de defesa, artigo 136.

Pressupostos:
existência de grave e iminente instabilidade institucional que ameace a ordem pública ou a paz
social.
ou
manifestação de calamidades de grandes proporções na natureza que atinjam a ordem pública ou a
paz social.

Objetivo: Reestabelecer a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente
instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções da natureza.

Rito:
a. decreto do P.R.
b. em 24 horas o P.R. envia a justificativa para o C.N. que poderá aprovar ou rejeitar a medida.
(efetua controle político).

Há obrigatoriedade de previa audiência do conselho da república e do conselho de defesa nacional.

A manifestação desses conselhos tem natureza: meramente opinativa.

Prazo: duração da medida é de até 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias.

Abrangência: em locais restritos e determinados

Medidas coercitivas: artigo 136, 1°, CF.


OBs. O poder judiciário pode efetuar controle de legalidade sobre a medida.

16. Estado de sitio

Pressupostos para sua decretação:


a. Comoção grave de repercussão nacional > prazo 30 dias prorrogáveis por prazos iguais sucessivos.

b.Ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa. >
prazo 30 dias prorrogáveis por prazos iguais sucessivos.

c.Declaração de Estado de guerra ou resposta agressão armada estrangeira. > prazo: enquanto
perdurar a guerra ou agressão armada.

Questão: O estado de sitio depende do Estado de defesa?

Depende da situação...

Requisitos para sua instauração:

a. Audiência prévia do conselho da república e do conselho de defesa nacional,


b. Autorização do CN pelo voto da maioria absoluta de seus membros em face de solicitação
fundamentada do PR.
c. Expedição de decreto pelo PR.

Abrangência: onde for necessário para execução da medida.

16.1. Medidas coercitivas

Art. 139, CF. - rol taxativo.

17. FORÇAS ARMADAS Art. 142 e seguintes.


14.1. Integram as forças armadas:

Marinha

Exercito

Aeronáutica

São instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade
suprema do Presidente da República e destinam-se a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais e por
iniciativa de qualquer destes (poderes constitucionais), da lei e da ordem.

Obs. Quem tutela a lei e a ordem, como regra, são os órgãos de segurança pública. As instituições das forças armadas só
tutelam a lei e a ordem por pedido de algum poder.

14.2. Habeas corpus e forças armadas – artigo, 142, 2°.

A CF diz que não pode ser impetrado habeas corpus no caso de punição disciplinar. O STF entende que essa vedação deve
ser interpretada com certo abrandamento, porque essa proibição deve ocorrer em relação ao mérito das punições
disciplinares.

14.3. Da obrigatoriedade do serviço militar:

Artigo 143 + 5°, inciso VIII, CF.

14.4. Remuneração

Art. 7, inciso IV, CF + Sumula vinculante 6.


Para o supremo os conscritos, os que prestam serviço militar obrigatório, não se enquadram no
conceito de trabalhadores.

18. ÓRGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 144, da CF.

A segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, sendo exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

15.1. órgãos de segurança pública

a. PF
b. PRF
c. PFF
d. PC
e. PM
f. Corpo de bombeiro militar

>> a partir de 2017 surgiu a dúvida sobre ser só estes órgãos os integrantes da segurança pública.
Ainda não há tese firmada do STF.

Questão: guarda municipal e os órgãos de segurança viária integra órgão de segurança pública?

O supremo entende que não, mas há doutrinadores que discordam.

Guarda municipal: artigo 144, parágrafo 8°e 10°, CF, para estes órgãos a CF prevê função especifica.

• Polícia ostensiva X polícia judiciaria.

Polícia ostensiva ou preventiva: tem por objetivo prevenir os delitos de forma a preserva a ordem
pública.

Polícia judiciaria: desempenha atividades de investigação, de apuração das infrações penais e de


indicação de sua autoria

>> Polícia ostensiva:

Polícia Rodoviária Federal: é órgão permanente organizado e mantido pela união e estruturado em
carreira destinando-se na forma da lei ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente organizado e mantido pela união federal, estruturado
em carreiras destinando-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

Polícias militares: Policia ostensiva que tem por finalidade a preservação da ordem pública.

>> Polícia Judiciaria

Polícia Federal: Polícia Ferroviária Federal: órgão permanente organizado e mantido pela união
federal, estruturado em carreiras destinando-se, na forma da lei.

São atribuições da polícia federal: Art. 144, 1° e incisos.


§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira, destina-se a:"(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de
suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual
ou internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;

II - Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da
ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
19, de 1998).

A lei 10.446/02 é a lei infraconstitucional que fala das atribuições da polícia federal.

Obs. O inciso II não menciona se a PF tem competência para investigar o tráfico nacional,
internacional ou interestadual, então entendesse que a PF tem competência plena.

Questão: Qual polícia exerce o papel de polícia judiciaria da união? Pode haver mais de uma?

Polícias Civis:

São dirigidos por delegado de polícia de carreiras, incumbindo as funções de polícia judiciaria e
apuração de infrações penais, exceto as militares.

Atribuições da polícia civil: O que não for de atribuição da polícia federal e da justiça militar é da
polícia civil, é a chamada atribuição residual.

Obs. Direito de Greve. Em 2017 o supremo estabeleceu o entendimento, em sede de repercussão


geral, que a polícia não pode exercer o direito de greve, porque...

Questão: Existe foro por prerrogativa de função para polícia civil?

Algumas constituições estaduais previam que a polícia civil tinha foro por prerrogativa de função. O
supremo, no entanto, entendeu que, estas previsões na constituição estadual são inconstitucionais,
porque, segundo o supremo, há incompatibilidade entre o foro privilegiado e a efetividade de outras
regras constitucionais.

17. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

O controle de constitucionalidade é possível em constituições do tipo rígidas.

• Bloco de constitucionalidade.

17.1. Princípios:

a. Princípio da supremacia formal da constituição:

Significa dizer que as normas elaboradas pelo poder constituinte originário são colocadas acima de
todas as outras manifestações de direito.

b. Presunção de constitucionalidade:

Significa dizer que as leis e demais atos normativos são considerados constitucionais até que
venham a ser formalmente declarados inconstitucionais por um órgão competente para tanto.

Conceito: Controle de constitucionalidade é a verificação de compatibilidade vertical de aferição das


normas infralegais com as normas constitucionais.

Questão: Qual o parâmetro para verificar se uma norma é ou não constitucional?


O parâmetro é a constituição federal vigente e atos normativos editados após a constituição federal.

Questão: Uma pessoa entra com uma ação de inconstitucionalidade contra uma lei de 1980 em fase
da atual constituição, é possível?

Tecnicamente não, porque o controle de constitucionalidade deve ser exercido em fase da


constituição vigente à época da lei. A análise sobre toda e qualquer lei anterior a constituição de 88
é uma análise de compatibilidade, tecnicamente a lei não deveria ter sido recepcionada.

17.2. Espécies/ classificação:

a. Inconstitucionalidade por ação: afronta a CF resultar de uma conduta comissiva praticada


por algum órgão estatal.
b. Inconstitucionalidade por omissão: a omissão resulta do legislador em face de preceito
constitucional que determine que seja elaborada uma norma regulamentando suas
disposições
c. Nomodinamica: inconstitucionalidade formal, ocorre quando há um desrespeito a CF no
tocante ao processo legislativo.
d. Nomoestática: inconstitucionalidade material, ocorre quando o conteúdo da lei é contraria a
CF.
e. Quanto a abrangência: pode ser total ou parcial.
f. Inconstitucionalidade direta: Ocorre quando a desconformidade nasce entre leis e atos
normativos primarios e a constituição federal.
g. Inconstitucionalidade indireta ou reflexiva: ocorre nas situações em que o vício verificado
não decorre de violação direta.
h. Inconstitucionalidade derivada ou consequente: ocorre quando a declaração da
inconstitucionalidade da norma regulamentada leva ao automático e inevitável
reconhecimento da invalidade das normas regulamentadoras que haviam sido expedidas em
função dela.
i. Inconstitucionalidade originária: é aquela que macula o ato no momento de sua produção
em razão do desrespeito aos princípios e regras da constituição federal vigente.
j. Inconstitucionalidade chapada, enlouquecida, desvairada (denominação dada pelo STF): são
casos de inconstitucionalidade flagrante, evidente.

17.3. Sistema de controle de constitucionalidade:

Eles se relacionam com os órgãos que detêm competência para declarar a inconstitucionalidade.

a. Sistema jurisdicional ou judicial: o controle é realizado pelo poder judiciário.


b. Sistema político: o controle é realizado por órgão que não integra o poder judiciário.
c. Sistema misto: significa dizer que o controle é realizado em parte pelo poder judiciário e em
parte pelo órgão que não integra o poder judiciário.

O brasil adota em regra o sistema jurisdicional de controle de constitucionalidade.

17.4. Modelos de controle

a. Controle difuso (ou aberto): a competência para fiscalizar a validade das leis é outorgada a
todos os órgãos do poder judiciário.
Este controle surgiu nos EUA.
b. Controle concentrado (ou reservado): a competência para realizar o controle é outorgada
somente a um órgão de natureza jurisdicional.
Este sistema teve origem na Áustria.

O brasil adota ambos os modelos.

17.5. Vias de ação

As vias de ação são formas de impugnação.

a. Via incidental: ocorre diante de uma controvérsia concreta submetida a apreciação do poder
judiciário, em que uma das partes requer o reconhecimento ou declaração da
inconstitucionalidade de uma lei com o fim de afastar sua aplicação ao caso concreto de seu
interesse. Neste caso o objeto principal da demanda não é a declaração de
inconstitucionalidade, mas sua análise é indispensável para análise de mérito.
b. Via direta ou via principal: o objeto da ação é a própria questão de inconstitucionalidade ou
constitucionalidade do ato normativo.

Questão: Se há uma presunção de constitucionalidade da norma qual a função da Ação Direta de


Constitucionalidade?

Há uma presunção relativa de constitucionalidade, assim a ADO serve para tornar presunção
absoluta.

17.6. Momento do controle

a. Preventivo ou a priori
b. Repressivo, sucessivo ou a posteriori

• O que se entender por declaração parcial sem redução de texto e interpretação conforma a
constituição?

Ambos os institutos são técnicas de decisão utilizadas pelo poder judiciário. A declaração parcial de
nulidade sem redução de texto afasta-se a aplicação de um dispositivo legal a um grupo de pessoas
ou situações. Isso significa dizer que em relação as demais pessoas e situações a lei se aplica sem
restrições.

A interpretação conforme a constituição o STF ordena que seja conferida determinada interpretação
a dispositivo ou dispositivos de uma lei ou proíbe a adoção de uma interpretação específica.

17.7. Quem exerce o controle de constitucionalidade?

Em regra, poder judiciário.

Legislativo, nas comissões de constituição e justiça. Exceção.

Executivo: quando veta projeto de lei sob argumento de inconstitucionalidade. Exceção.

Questão: Tribunal de contas faz controle de constitucionalidade?

17.8. Espécies

a. ADI
b. ADO
c. ADC
d. ADPF
e. ADI interventiva

Obs. A doutrina não é pacifica quanto a ADI interventiva ser espécie de ação de controle de
constitucionalidade.

17.9. Controle difuso:

Legitimados: caberá as partes do processo, a terceiros admitidos, ao representante do MP, ao juiz ou


tribunal, inclusive de oficio.

Espécies de ações judiciais: toda e qualquer ação judicial.

Competência: de qualquer órgão do poder judiciário.

Obs. Artigo 97, CF + sumula vinculante 10.

Parâmetro de controle: CF ou CF pretérita (constituição revogada) no caso de controle difuso de lei


anterior a CF/88, pois o controle deve recair sobre a constituição do momento da lei.

Questão: toda ação em sede de controle difuso deve chegar ao supremo?

Em sede de controle difuso a discussão poderá ou não chegar ao supremo, afinal o supremo tribunal
federal é o guardião da constituição.

Questão: Como uma discussão em sede de controle difuso chega ao supremo?

Por meio de Recurso Extraordinário. O recurso extraordinário é meio de impugnação inidôneo para
interessada em âmbito de controle difuso levar a conhecimento do supremo controvérsia
constitucional concreta suscitada nos juízos inferiores.

Ver artigo 102, CF.

Efeitos da decisão:
efeitos interpartes
ex tunc
não possui efeitos vinculantes.

! Em dezembro de 2017, em sede de controle difuso o supremo auferiu numa decisão efeitos erga
omnes, ex tunc e vinculates (efeitos de controle concentrado). Qual é esse informativo????

Atenção. Achar essa decisão acima dada pelo STF, importante.

Obs. Se o STF começar a dar os efeitos pertinentes ao controle concentrado ao controle difuso o
artigo 52, X, da CF, perde a razão de ser.

17.10. Controle Abstrato/ concentrado/ direto/ por via de ação/ por via principal ou controle em
tese:

Previsão constitucional: 102 e seguintes.

Previsão legal: 9.868/99.


Conceito: é uma ação típica de controle abstrato tendo por escopo a defesa da ordem jurídica
mediante a apreciação da constitucionalidade em tese na esfera federal de lei ou ato normativo
federal ou estadual em face de regras e princípios constantes explicita ou implicitamente na CF.

Legitimados ativos: artigo 103, CF.

> legitimados ativos genéricos ou universais: são aqueles que podem impugnar em ADI qualquer
materia sem a necessidade de demonstrar interesse especifico. Incisos I, II, III, VI e VIII, os demais
incisos são legitimados especiais.

>> legitimados ativos especiais ou temáticos: são aqueles que somente poderão impugnar em ADI
matérias em relação as quais seja comprovado o seu interesse de agir, ou seja, a relação de
pertinência entre o ato impugnado e as funções exercidas pelo órgão ou entidade.

Objeto: lei ou ato normativo federal ou estadual, desde que, promulgados após a CF/88.

Questão: Lei ou ato normativo municipal pode sofrer ADI?

Lei ou ato normativo em hipótese alguma. Lei ou ato normativo distrital só se tiver natureza
estadual. Artigo 102, I, “a”, CF.

Parâmetro: CF/88 e demais normas constitucionais.

Questão: o supremo está vinculado a causa de pedir de uma ADI?

Primeiro temos que estabelecer que pedido numa ADI é a declaração de inconstitucionalidade de
uma norma. A causa de pedir são os motivos pelos quais o proponente acredita que a norma deve
ser declarada inconstitucional.

O supremo está vinculado ao pedido, mas ele não está vinculado a causa de pedir. Assim, o supremo
pode achar uma determinada lei ou ato normativo é inconstitucional por motivos diversos dos
explanados pelo proponente.

Prazo: não há prazo, porque esta é uma ação imprescritível.

Questão: uma vez proposta a ação, há possibilidade de desistência?

Não, porque vige o princípio da indisponibilidade da ação.

! Intervenção de terceiros X amicus curie na ADI:

A lei expressamente veda a intervenção de terceiros, artigo 7°, caput, lei 9.868/99.

Permite a participação de amicus curie no mesmo dispositivo, artigo 7, 2°, da mesma lei.

Amicus curie são órgãos ou entidades que não possuem legitimação para propositura da ação, mas
poderão pedir ao relator da ação em curso para manifestarem-se sobre a questão constitucional
discutida.

Possibilidade ou não de medida cautelar em ADI: é permitdo. Para sua conceção tem que ter quoro
de instalação (no mínimo oito ministro, salvo durante recesso) e o quorum de votação (tem que ter
maioria absoluta – leva em consideração o número total de integrantes da casa, ou seja, se tem onze
ministros a maioria absoluta é seis).

• Claúsula de reserva de plenário:


Efeitos:
Ex nunc
erga omnes
força vinculante


Efeito repristinatório X repristinação.

Obs. O efeito vinculante não alcança nem o supremo, nem o poder legislativo.

Natureza dúplice (ou ambivalente):

Significa dizer que as decisões de mérito proferidas em ADI produz eficácia jurídica num ou noutro
sentido, ou seja, tanto pode ser procedente como improcedente.

• Modulação dos efeitos da decisão: Lei 9.868/99 artigo 27

Momento da produção dos efeitos em sede de ADI: Data de publicação do diário de justiça
eletrônico da ata da sessão de julgamento.

• Transcendência dos motivos determinantes:

Significa que além das partes dispositivas os fundamentos ou motivos determinantes da decisão
também produziram efeitos vinculantes. Não há consenso sobre essa teoria na jurisprudencia.

17.8. ADI POR OMISSÃO:

Legitimados: artigo 103, da CF.

Legitimados passivos: os órgãos ou autoridades omissas.

Obs. ADI genérica não tem legitimado passivo, na ADI por omissão tem.

Objeto: a omissão constitucional que ocorre quando uma norma constitucional deixa de ser
efetivamente aplicada pela falta de atuação normativa dos órgãos dos poderes constituídos.

Cautelar: admite-se no caso de excepcional urgência e relevância da matéria.

Quórum de instalação pelo menos oito ministros, quórum de aprovação no mínimo seis ministros
(maioria absoluta).

Efeitos: A consequência favorável de uma ADI por omissão tem natureza mandamental, porque o
supremo manda editar a lei para que a norma constitucional possa ser exercida.

Omissão de órgão da administração: A providência tem que ser adotada em trinta dias ou outro
prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo tribunal.

Omissão de órgão que não seja da administração: não há prazo e não tem consequência a órgãos
que permanecer inerte.

Questão: qual a diferença entre mandado de injunção e ADI por omissão?

17.9. Ação Declaratória de Constitucionalidade

Legitimados ativos: artigo 103, da CF.

Objeto: lei ou ato normativo federal.


Atenção! Na ADI é lei ou ato normativo federal OU estadual. Na ADC apenas lei ou ato normativo
FEDERAL.

Pressupostos para sua interposição: relevante controvérsia judicial.

Obs. Não cabe ADC quando houver controvérsia doutrinária.

Medida cautelar: votação da maioria dos membros.

Obs. Se for deferida a medida cautelar o supremo mandará suspender o julgamento de todas as
ações ligadas ao dispositivo em questão.

17.10. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental

Fundamentos: Artigo 102, par.1° + lei 9.882/99

Princípio da subsidiariedade: se não existir nenhum outro meio para sanar a lesividade cabe ADPF.

Questão: como o supremo analisa se há ou não subsidiariedade?


Caso a caso.

Legitimados ativos: artigo 103, CF.

Objeto: evitar ou reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do poder público.

Quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo
federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores a CF/88.

Questão: Defina a expressão preceito fundamental.

Inicialmente cabe estabelecer que esta expressão é um conceito aberto, ou seja, não há uma só
definição, sendo que compete ao próprio STF identificar as normas que devem ser consideradas
preceitos fundamentais decorrentes da CF para o fim de conhecimento das ADPF’s que perante a
corte sejam ajuizadas.

Cautelar: é possível medida cautelar em ADPF por maioria absoluta dos votos.

Quórum de instalação: a decisão somente será tomada se presentes na sessão pelo menos 2/3 dos
ministros do supremo.

Quórum de votação: como não há nada especifico sobre o quórum de votação aplica-se o artigo 97 +
sumula vinculante 10.

Efeitos da ADPF:
eficácia erga omnes.
Efeito vinculante.
efeitos imediatos, independentemente da publicação do acórdão.

• Modulação dos efeitos em ADPF.

17.11. ADI interventiva

Previsão: artigo 34 a 36 da CF

Espécies:
Espontânea:
Provocada:
Competência: Exclusiva do chefe do executivo federal.

Obs. No ano de 2018 ocorreu duas intervenções uma no rio de janeiro e uma em Roraima. Estudar
sobre.

Lembrando que não há um consenso entre os doutrinadores sobre essa ADI. Quais doutrinadores
falam dessa ADI?

http://www.stf.jus.br/portal/constituicao/artigobd.asp?item=%20684#:~:text=Trata-
se%20de%20aplica%C3%A7%C3%A3o%20aos%20Estados-
membros%20do%20par%C3%A2metro%20de,indicados%20para%20ocupar%20determinados%20ca
rgos%20definidos%20por%20lei.

No site acima tem um tópico chamado: da constituição e o supremo, onde é possivel ver os artigos e
recentes decisões do supremo. Acho q devo estudar constituição por aqui.

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