TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

Profa. M.ª Renata Reis

 Renata Reis
Doutoranda em Direito
Ma. Cultura e Sociedade
Esp. Direito Público
Advogada
E-mail:
renata.c.reis@kroton.com.br

@renatacpreis
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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
Art. 60, § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Prof. Mª Renata Reis 28/03/2023
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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
a. Sobre o federalismo, temos a lógica na qual os entes políticos componentes
da federação são dotados de autonomia e a mesma não pode ser usurpada via
emenda constitucional. Como desdobramento desse limite material explícito,
temos também a impossibilidade de dissolução do vínculo federativo nos
termos do art. 1° da CF/88.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
b. Sobre o voto temos que considerar que a cláusula pétrea não diz respeito ao
voto obrigatório para os maiores de 18 e menores de 70 anos.
c. Não é pacífica a defesa do rol de limites, uma vez que tanto a modalidade
originária, quanto a derivada do poder constituinte são representadas por
pessoas escolhidas democraticamente.
Há quem defensa a dupla revisão – corrente minoritária.
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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
d. Importante considerar a posição de Gilmar Mendes sobre o tema, que
entende que a estrutura das cláusulas pétreas é mais principiológica do que
redacional. Poderá sofrer alteração para aperfeiçoar, sofisticar, mas não para
suprimir.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
e. Quanto ao conteúdo das cláusulas pétreas, ainda há polêmica em se definir
se, além dos direitos individuais (expressamente determinados no art. 60, § 40),
também haveria igual proteção aos outros direitos fundamentais.
O STF vem entendendo que as limitações materiais do art. 60 § 4° IV não são
apenas aos direitos individuais previstos no art. 5°, mas alcançam outros
direitos fundamentais individuais alocados na Constituição.
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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
e. E no que tange os direitos sociais?
- Uma corrente advoga que, uma vez não havendo inclusão expressa pelo Constituinte
Originário, dever-se-ia assumir o entendimento que optou pela ausência de proteção especial.
- Corrente contrária, por sua vez, compreende que não pode haver a exclusão dos direitos
sociais do rol de cláusulas pétreas, isso porque, assumimos uma compreensão do princípio da
dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
f. O constituinte de reforma poderia incluir novos direitos no rol protetivo?
Sim, há possibilidade de que emendas constitucionais venham para ampliar ou
mesmo sofisticar o rol de direitos consagrados no art. 60 § 4° da CF/88.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais explícitos:
Seriam esses novos direitos também cláusulas pétreas?
Para Gilmar Mendes as cláusulas pétreas "fundamentam uma superioridade do
poder constituinte originário sobre o de reforma" e, assim, só o poder
Constituinte Originário teria o condão de limitar o derivado, e não o contrário.
*Há divergência.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma via emendas:

Limites materiais implícitos:
a. A impossibilidade de revogação dos limites materiais explícitos, art. 60, parágrafo 4º, da
CF/88;
b. A impossibilidade de modificação dos titulares do Poder Constituinte Derivado e do
processo (procedimento) de reforma da Constituição;
c. Impossibilidade de revogação (supressão) dos princípios fundamentais da República
Federativa do Brasil presentes nos art. I º ao 4° da CF/88.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma – Difuso

A Constituição pode sofrer alterações informais, ou seja, uma evolução nas

dimensões sintática, semântica e pragmática do texto", sem alteração no seu
texto. Tal fenômeno ficou conhecido pelo nome de "mutação Constitucional“,
que também podem ser intituladas de Poder Constituinte difuso.

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Poder Constituinte Derivado de Reforma – Difuso

Mudanças informais que podem ocorrer:
Interpretação, opera sob as bases da abertura textual e da polissemia da Constituição –
Realizada normalmente pelo poder judiciário.
Atividade legislativa, capaz de solucionar lacunas do texto constitucional ou a ausência de
eficácia plena de algumas normas constitucionais.
Mutação consuetudinária, foi assumida como prática usual de lacunas ou omissões no texto
constitucional, marcando uma forma de tradição constitucional.

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

O Poder Constituinte Decorrente representa a possibilidade que os Estados-

membros, como consequência da autonomia político-administrativa garantida
constitucionalmente, têm de se auto-organizarem por meio de suas respectivas
Constituições estaduais.

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Características:
Secundariedade: a força do poder decorrente advém da Constituição;
Subordinação: encontra-se submetido aos rigores da carta maior;
Condicionamento: para alterar as Constituições estaduais, sujeita-se aos parâmetros fixados
na Constituição;
Continuidade: Complementa e atualiza a obra do Constituinte Federal, sem desvirtuar suas
linhas mestras.
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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Espécies:
Poder Constituinte Decorrente Institucionalizador – também chamado de
poder decorrente inicial ou instituidor, cumpre-lhe elaborar a constituição do
Estado-membro.

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Poder Constituinte Decorrente Institucionalizador:

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
ADCT- Art. 11. Cada Assembléia Legislativa, com poderes constituintes,
elaborará a Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da
promulgação da Constituição Federal, obedecidos os princípios desta.

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Poder Constituinte Decorrente Institucionalizador:

Limites:
Temporal- prazo de um ano fixado para sua edição;
Formal- Cabe às assembleias legislativas, sem a necessidade de sanção ou veto
do Governador.
Quórum – apesar de não ter previsão adotaram o de maioria absoluta, o
mesmo utilizado na Assembleia Nacional Constituinte de 87/88.

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Poder Constituinte Decorrente Institucionalizador:

Pode existir várias Constituições Estaduais, ou seja, a manifestação demais de

uma vez do Poder Constituinte Decorrente Institucionalizador?

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Espécies:
Poder Constituinte Decorrente Reformador – responsável pelas revisões (reformas amplas) e
emendas (mudanças específicas) poderá ser:
Poder constituinte decorrente reformador normal: previsto na própria Constituição do Estado,
exercitando-se nos moldes nela previstos e devendo obediência aos condicionamentos da
Constituição Federal.
Poder constituinte decorrente reformador anômalo: também chamado de extraordinário, serve
para ajustar a carta estadual quando a constituição federal é reformada.
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Poder Constituinte Derivado Decorrente Reformador:

A CF não cuidou expressamente dessa reforma, mas o entendimento
jurisprudencial é no sentido que as normas estaduais devem se espelhar nas
normas federais de reforma.
Ex: STF já vedou a revisão constitucional em sede estadual;
Ex: STF já considerou que o Estado- membro não poder criar procedimento
mais difícil que o federal.

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Limites autônomos: vedações do poder constituinte decorrente fixadas na Constituição
Federal, quais sejam:
Princípios constitucionais sensíveis: estão previstos no an. 34, VII, da Constituição de 1988
(forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa
humana; autonomia municipal; prestação de contas da administração pública direta e
indireta; e aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais -
compreendida a proveniente de transferências - na manutenção e no desenvolvimento do
ensino e nas ações e serviços públicos de saúde).

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Princípios constitucionais extensíveis: integram a estrutura da federação
brasileira e são normas centrais comuns à União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, de observância obrigatória.
Ex: Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-
se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e
no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior
ao do término do mandato presidencial vigente.
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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Princípios constitucionais estabelecidos ou organizatórios: matérias ligadas a
organização política, social e econômica dos Estados- membros. Podem ser
divididas em normas de competência e normas de preordenação.
Normas de Competência: Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito
Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro,
penitenciário, econômico e urbanístico

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Normas de preordenação: Art. 27. O número de Deputados à Assembléia
Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos
quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

As normas de preordenação são também normas de reprodução obrigatória
pelos Estados- membros, normas que não devem ser somente respeitadas, mas
alocadas nas respectivas Constituições.
Diferente das normas de imitação – tem a faculdade de alocar ou não.
Ex: de normas de imitação: Art. 5º, LXXI (mandado de injunção); art. 5º
LXXII (habeas- data) etc.

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Poder Constituinte Derivado Decorrente:

Limites heterônomos: vedações ao poder decorrente reformador, estabelecidas
pelas Constituições dos Estados- membros.
Obs: A possibilidade de reforma das Constituições Estaduais deve respeitar os
parâmetros estabelecidos pelo Poder Constituinte Originário para a reforma da
Constituição da República Federativa do Brasil.
Ex: Não há possibilidade de revisão constitucional.

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Ex: Constituição do Estado do Maranhão:

Art. 41. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Assembleia Legislativa;
II - do Governador do Estado;
III - de mais da metade das Câmaras Municipais do Estado, com a manifestação de cada uma delas por maioria relativa
de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de
sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos
dos votos dos membros da Assembleia Legislativa.

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Existe Poder Constituinte Derivado Decorrente dos Municípios?

A corrente majoritária entende que não há nos municípios poder constituinte
decorrente, sendo somente afeto aos Estados-membros. Nesse sentido, os
fundamentos seriam:
a) interpretação literal de que a CR/88 não dispôs literalmente sobre uma
Constituição para os municípios;
b) fundamento de que as Leis orgânicas são subordinadas às Constituições
Estaduais e à Constituição da República.
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Há divergência no que diz respeito à Lei Orgânica do Distrito Federal:

a) Para autores como Uadi Lâmmego Bulos, o DF também não é dotado de
poder constituinte decorrente;
b) Para autores como Dirley da Cunha Júnior, entre outros, existe no Distrito
Federal um poder constituinte decorrente, sendo a LODF uma verdadeira
Constituição no âmbito do DF. – STF já possui precedente nesse sentido.

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Estrutura da Constituição:
a) Preâmbulo
b) Parte Dogmática
c) Disposições transitórias

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Estrutura da Constituição:
a) Preâmbulo: carta de intenções, princípios norteadores da nova Constituição,
rompe com o passado e surge o novo texto constituinte.
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um
Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem
interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a
seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL”.

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Estrutura da Constituição:
Preâmbulo – faz parte ou não do texto constitucional?
1ª Corrente – por interpretação sistemática, o preâmbulo deve ser
compreendido como parte do texto constitucional.
2ª Corrente – por uma interpretação gramatical, literal, o preâmbulo não está
contido na Constituição, sendo apenas uma proclamação de princípios.

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Estrutura da Constituição:
Preâmbulo – é dotado de força normativa?
1ª Corrente – se o preâmbulo faz parte da Constituição, logo ele tem força
normativa – vincula as pessoas e pode ser usado como paradigma do controle
de constitucionalidade;
2ª Corrente – o preâmbulo não faz parte da Constituição e por isso não tem
força normativa, pode ser usado como elemento de interpretação e integração
constitucional.
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Estrutura da Constituição:
Preâmbulo – é dotado de força normativa?
Seguindo o professor Jorge Miranda, temos:
a) Relevância jurídica direta e imediata;
b) Relevância jurídica indireta e
c) Irrelevância jurídica.

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Estrutura da Constituição:
Preâmbulo – é dotado de força normativa?
Posicionamento do STF – ADI 2.076- AC – o preâmbulo não tem força
normativa.

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Estrutura da Constituição:
Parte dogmática: texto dotado de uma articulação a partir da reunião de direitos
que podem ir desde o estabelecimento de princípios e direitos, bem como a
organização dos estados e dos poderes.

Artigo 1º ao 250º

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Estrutura da Constituição:
Parte transitória – ADCT – intermediação entre a velha ordem constitucional e
a nova ordem, realizando a integração entre elas.
Regulam questões de cunho temporal à luz da dinâmica constitucional.

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Elementos da Constituição:

Uadi Lammêgo Bulos denomina de elementos mínimo- irredutíveis,

consistindo em itens imprescindíveis a configuração dos textos constitucionais.
São elementos, pois, fundamentais para a organização do estado e à garantia das
liberdades públicas.

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Elementos da Constituição:
a. Elementos orgânicos:
Organizam o estado brasileiro e estruturam o poder, fixam o sistema de competências dos
órgãos, instituições e autoridades públicas. Ex: artigo 18 a 43.
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
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Elementos da Constituição:
b. Elementos limitativos:
Freiam o poder estatal perante os cidadãos, evitando arbítrio, abuso de autoridade e o
desrespeito aos direitos e garantias fundamentais. Ex: artigo 5º:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
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Elementos da Constituição:
c. Elementos sócio ideológicos
Assinalam os fins sociais e econômicos do Estado, refletindo os anseios por uma sociedade
mais justa, com distribuição equânime de renda, suprimindo privilégios injustificados. Ex: art.
170:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social,
observados os seguintes princípios.

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Elementos da Constituição:
d. Elementos de estabilização constitucional:
Buscam manter a normalidade institucional e a paz coletiva, eliminando conflitos
constitucionais. Funcionam também como mecanismos de defesa do Estado e da própria
constituição. Exemplo: artigo 34:
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;

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Elementos da Constituição:
e. Elementos formais de aplicabilidade:
Estabelecem o procedimento formal para a promulgação, vigência e aplicação das normas
supremas do Estado, bem como o grau de eficácia dos preceitos definidores de direitos e
garantias fundamentais.
Ex: Preâmbulo da Constituição, Art. 5º, § 1º: As normas definidoras dos direitos e garantias
fundamentais têm aplicação imediata.

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(98) 98773-0215

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