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Alternativa “a": está incorreta. O surgimento de uma nova Constituição Federal impõe
a necessidade de os Estados membros recriarem as respectivas Constituições, a fim de
se adaptarem à nova realidade. O Poder Constituinte Decorrente é o poder conferido
pela Constituição aos Estados para este fim. Os territórios federais, contudo, não
possuem constituições, por serem meras repartições administrativas pertencentes à
União. Portanto, não há que se falar, aqui, em atuação do Poder Constituinte
Decorrente.
Alternativa “c": está incorreta. Conforme o STF, a tese de que há hierarquia entre
normas constitucionais originárias dando azo à declaração de inconstitucionalidade de
umas em face de outras e incompossível com o sistema de Constituição rígida. - Na
atual Carta Magna "compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda
da Constituição" (artigo 102, "caput"), o que implica dizer que essa jurisdição lhe é
atribuída para impedir que se desrespeite a Constituição como um todo, e não para,
com relação a ela, exercer o papel de fiscal do Poder Constituinte originário, a fim de
verificar se este teria, ou não, violado os princípios de direito suprapositivo que ele
próprio havia incluído no texto da mesma Constituição (vide ADI 815, Relator(a): Min.
MOREIRA ALVES, Tribunal Pleno, julgado em 28/03/1996, DJ 10-05-1996 PP-15131
EMENT VOL01827-02 PP-00312).
Alternativa “d": está incorreta. A teoria da dupla revisão (também chamada de “teoria
da dupla reforma" ou da “reforma em dois tempos") é uma teoria adotada somente de
forma minoritária. Relaciona-se ao poder de reforma da Constituição, sendo aceita,
por exemplo, por Jorge Miranda e, no Brasil, por Manoel Gonçalves Ferreira Filho. Essa
teoria possibilita que sejam modificados os limites constitucionais de reforma
constitucional, através de uma “dupla revisão". Majoritariamente, contudo, essa teoria
não é aceita.
Agora, podemos comparar com as regras trazidas no enunciado e veremos que, neste
país: a) a reforma constitucional pode ser feita por lei de revisão, desde que passados
cinco anos da última alteração (esta é a regra geral); b) a revisão extraordinária pode
ser feita pelo Poder Legislativo a qualquer tempo, com a condição de que a mudança
seja aprovada por maioria qualificada (esta é a exceção); c) impossibilidade de
alteração da constituição durante a vigência de estado de sítio ou estado de defesa; d)
limites materiais para o poder de reforma.
Alternativa “a": está incorreta. A assertiva aponta, na verdade, alguns dos fundamentos
da CF/88 (art. 1º) e não os princípios que regem as relações internacionais da
República Federativa do Brasil (Art. 4º). Nesse sentido:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos: I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa
humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Alternativa “b": está incorreta. Afirmou o STF (ADI 2.076, D] de 8-8-2003, rei. Min. Carlos
Veloso). que o Preâmbulo "não constitui norma central da Constituição, de reprodução
obrigatória na Constituição do Estado-membro. O que acontece é que o Preâmbulo
contém, de regra, proclamação ou exortação no sentido dos princípios inscritos na
Carta. (...) Esses princípios, sim, inscritos na Constituição, constituem normas de
reprodução obrigatória".
Fonte: MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de Direito
Constitucional. 10ª ed. São Paulo: Saraiva. 2015.
Por ser um poder limitado, com suas peculiaridades, está, obviamente, sujeito a
controle pelo STF.
Segundo NOVELINO (2014, p. 162) com base na obra de Frederick Schauer, Humberto
Ávila observa que, mediante um juízo de ponderação de razões, seria possível superar
o conteúdo preliminar de sentido de uma regra por razões contrárias. Isso ocorreria
nas hipóteses de relação entre a regra e suas exceções, as quais podem estar
previstas no próprio ordenamento jurídico ou fora dele.
Fontes:
ADCT, art. 11. Cada Assembleia Legislativa, com poderes constituintes, elaborará a
Constituição do Estado, no prazo de um ano, contado da promulgação da Constituição
Federal, obedecidos os princípios desta.
O Poder Constituinte Decorrente Reformador (de Revisão Estadual ou de 2.° grau) tem
a função de promover as alterações no texto da Constituição estadual.
Fontes:
http://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2235579/em-que-consiste-o-metodo-de-
interpretacao-conforme-a-constituicao-caroline-silva-lima
http://jus.com.br/artigos/133/interpretacao-conforme-a-constituicao
Fontes:
http://oprocesso.com/2012/05/07/metodos-de-interpretacao-constitucional/
http://jus.com.br/artigos/33/a-topica-como-metodo-de-interpretacao-constitucional-
aplicavel-a-direitos-e-garantias-fundamentais
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Paulo Branco: “A emenda [45/2004] não impede que se opte pela aprovação de tratado
sobre direitos humanos pelo procedimento comum, meio que facilita o seu ingresso no
ordenamento brasileiro. As normas do tratado valerão, nessa hipótese, com status
infraconstitucional. Os tratados aprovados antes da Emenda continuam a valer como
normas infraconstitucionais, já que persiste operante a fórmula da aprovação do tratado
com dispensa das formalidades ligadas à produção de emendas à Constituição da
República. Nada impede, obviamente, que esses tratados anteriores à EC 45 venham a
assumir, por novo processo legislativo adequado, status de Emenda Constitucional. Vale
o registro de precedentes do Supremo Tribunal Federal, posteriores à EC 45/2004,
atribuindo status normativo supralegal, mas infraconstitucional, aos tratados de direitos
humanos.” (MENDES e BRANCO, 2013, p. 131). Antes da Emenda Constitucional n°
45/2004, os tratados internacionais obedeciam a regra geral de serem reconhecidos
como leis ordinárias.