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1-) PREÂMBULO
É o início da CF. Mas também seus princípios estão positivados no corpo da CF.
Não tem força normativa. - Não cria direitos nem deveres
Não é do plano jurídico (Direito), mas sim político - Apenas reflete uma posição
ideológica e política do constituinte.
Todos seus princípios devem ser respeitados.
“Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte
para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça
como valores supremos de [...] uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada
na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República
Federativa do Brasil.”
Natureza Jurídica:
Não é componente obrigatório de uma Constituição.
Não Brasil não tem relevância jurídica. O STF já decidiu que seu conteúdo não é de
reprodução obrigatória nas Constituições Estaduais.
Representa apenas um norte interpretativo das normas constitucionais, sem qualquer
força normativa. É uma declaração de política, que consagra a ordem constitucional do Estado
Democrático de Direito.
Criticas: A citação referente a sob a proteção de Deus. Porém existe separação total
entre Estado e Igreja, sendo o Brasil um Estado laico, leigo, ou não confessional.
Entretanto, por não possuir força normativa.
O STF firmou entendimento de que a invocação de Deus no preâmbulo, além de não ser
de reprodução obrigatória, não prejudica a laicidade da República Federativa do Brasil, nem a
separação entre Estado e Igreja, decretada desde o advento do regime republicano. A liberdade
de crença e consciência, inclusive, é garantia constitucional prevista no art. 5.º, inc. VI.
A maior parte da Constituição. Trata-se dos 250 artigos distribuídos em 9 títulos. Essa
parte carrega todas as normas essenciais da CF, como os direitos e deveres fundamentais,
estrutura do Estado Federal, competências de cada ente e sua organização, princípios
constitucionais. – Parte essencial que trata sobre a democracia e Direitos fundamentais.
CLASSIFICAÇÃO:
a-) PROPRIAMENTE DITAS: são as disposições típicas que regulam, de forma
transitória, determinadas relações, estabelecendo condições resolutas ou a termo.
Exemplo:
Art. 23. Até que se edite a regulamentação do art. 21, XVI, CF, os atuais ocupantes do
cargo de censor federal continuarão exercendo funções com este compatíveis, no Departamento
de Polícia Federal, observadas as disposições constitucionais. Parágrafo único. A lei referida
disporá sobre o aproveitamento dos censores federais, nos termos deste artigo.
c-) EFEITOS DIFERIDOS: suspendem os efeitos das normas constitucionais por prazo
determinado ou até a ocorrência de algum evento específico.
Exemplo:
art. 77 (art. que determina a data das eleições no 1.º domingo de outubro; e o 2.º turno,
se houver, no último domingo de outubro)
Ex. 1: art. 53 do ADCT estabelece direitos aos ex-combatentes da 2.ª Guerra Mundial.
Ex. 2: art. 68 do ADCT reconhece aos remanescentes das comunidades quilombolas a
propriedade definitiva das terras que estejam ocupando. Este direito, previsto como
fundamental, é considerado cláusula pétrea localizado no ADCT.
População indígena: possui o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos
lagos nelas existentes (art. 231, CF).
ADCT que garantiu o direito de propriedade (fundamental) aos quilombolas.
Assim sendo, determinados direitos abrigados do ADCT podem ser considerados
cláusulas pétreas desde que estejam relacionados no art. 60, § 4.º, inc. IV, CF/88.
- As regras não podem ser abolidas por Emenda Constitucional.
PODER CONSTITUINTE
(https://www.youtube.com/watch?v=l9GA1bXQPBQ)
Povo deve ser entendido como os brasileiros natos e naturalizados, definidos nos termos
do art. 12, CF/88.
PARTICIPAÇÃO INDIRETA: = Assembleia Constituinte (originário) ou Congresso
Nacional (derivado).
PARTICIPAÇÃO DIRETA = Iniciativa popular, Plebiscito, Referendo, Ação Popular.
É importante que haja participação política de toda a sociedade (maiorias e minorias) –
respeitando a pluralidade de forças culturais, políticas, sociais.
Segundo Karl Marx sobre PC:
Obs.: O poder constituído é uma manifestação do poder constituinte.
Criação de uma nova ordem, sem limitação jurídica (porém, há autores que estipula uma
limitação mediante aos tratados internacionais e dignidade humana. Amém de território e
cultura).
A ruptura com a ordem jurídica. Seja por meio de nova Constituição, Decreto ou Ato
Institucional.
O poder constituinte é denominado originário quando rompe completamente com a
ordem jurídica anterior, instaurando outra completamente nova.
Também é chamado de:
- Inaugural/ Inicial/ Genuíno/ Poder constituinte de primeiro grau.
A nova ordem jurídica estabelecida pelo poder constituinte originário independe do
meio pelo qual se manifestou: podendo ser por meio de um movimento revolucionário ou de
uma assembleia nacional constituinte.
Surge, juridicamente, um novo Estado, a cada nova Constituição.
2-) AUTÔNOMO: Tem autonomia para estabelecer uma nova ordem jurídica (será
determinada autonomamente por quem está no exercício do poder constituinte originário).
A assembleia determina as novas regras como bem entender.
6-) PERMANENTE: Não se esgota após a nova Constituição. Este poder, titularizado
pelo povo, é expressão da liberdade humana de rever suas decisões e mudá-las a qualquer
momento.
Embora não se manifeste a todo o tempo, o que causaria insegurança jurídica, o poder
constituinte originário permanece latente até a superveniência de “momento constituinte”, que
justifique a RUPTURA da ordem jurídica vigente.
Nesse sentido, está apto a se manifestar a qualquer momento, quando, por exemplo,
convoca-se uma nova assembleia nacional constituinte.
(https://www.youtube.com/watch?v=KQx-nIGoa3U)
Quando ocorre um hiato o poder constituinte se manifesta, ocorre uma ruptura com a
ordem anterior. Ao inaugurar uma nova ordem, há a possibilidade das leis complementares,
ordinárias etc (as normas infraconstitucionais da constituição anterior) ainda vigorarem na nova
constituição não violam qualquer lei da atual.
Contudo, quando uma constituição enquanto norma fundamental for criada, todas as leis
que forem incompatíveis com a nova ordem jurídica serão automaticamente revogadas. Trata-se
do fenômeno da não recepção.
REPRISTINAÇÃO
Ex.: uma lei produzida durante a CF/46 não é recepcionada pela CF/67, por ser
incompatível. Promulgada a CF/88, a lei produzida na vigência da CF/46, passa a ser
compatível. No entanto, não voltaria a produzir efeito.
DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO