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- Regra: PJ x PJ / PF x PF / PJ x PF
- Exceção: Estado Soberano X PJ / ES x PF
Introdução:
O agrupamento de seres humanos ocasionou a criação de comunidades com
laços espontâneos e subjetivo, que mais tarde, descobrem outras comunidades
espalhadas pela terra. Logo, surge a necessidade de coexistência entre elas.
Nesta forma, a civilização passa a ter constantes metas de luta contra a
dificuldades dessa coexistência. Infelizmente, entre povos com características
diferentes (cultura, religião, etc.), não se vislumbra um vínculo espontâneo e subjetivo
de identidade capaz de unir os sujeitos que as compõem.
Por isso, desde o momento em que o homem passou viver em sociedade,
tornou-se necessário a criação de determinadas normas de conduta, a fim de reger a
vida em grupo. Harmonizando e regulamentando os interesses mútuos.
Ultrapassando fronteiras territoriais da sociedade representada pela figura do
Estado. O Direito transcende os limites territoriais da soberania estatal rumo a criação
de um sistema de normas jurídicas capaz de coordenar vários interesses estatais
simultâneas. De forma a poderem, os Estados, em seu conjunto, alcançar suas
finalidades e interesses recíprocos.
(Livro: Curso de Direito internacional público – Valéria)
Ao longo do último século, principalmente, notou-se uma progressiva expansão
do âmbito de alcance do Direito Internacional. O seu objeto se expandiu, portanto,
para incluir questões e temáticas não originalmente afetas à sua abrangência. Deixou
de tratar apenas de questões de guerra e paz e comércio, passando a adentrar arenas
como meio ambiente, direitos humanos, saúde, meios de comunicação e transporte,
questões monetárias e financeiras, terrorismo, crime organizado, entre tantas outras.
- O âmbito de matéria e alcance se tornou mais complexos
4-) Coexistência: Nenhum país é superior que o outro. Não há uma hierarquia
entre as soberanias. A relação deve ser horizontal, no mesmo plano.
- Art.4°CF
5-) Cooperação: Ato de mútua ajuda entre duas ou mais Estados-Nação para
a finalidade de um objetivo comum.
- Art.4°CF
Obs.
- Teoria Voluntarista (Teoria da Obrigatoriedade do Direito Internacional):
Teoria que prevalece no Direito brasileiro, de modo que, um pacto, tratado ou
convenção internacional tenha validade no Brasil é preciso que passe por processos
de internalização.
É baseado no princípio da autonomia da vontade, é de escolha do Estado
aceitar ou não um tratado, pacto e convenção internacional.
Porém, ao aceitar, deve obrigatoriamente cumpri, como se lei fosse (obrigação
jurídica).
Pacta sunt servanda é um termo em latim que significa “os pactos devem ser
cumpridos”. Representa o princípio da força obrigatória dos contratos, que diz: se as
partes estiverem de acordo e desejarem se submeter a regras estabelecidas por elas
próprias, o contrato obriga seu cumprimento como se fosse lei.
Na teoria objetivista, prega a obrigatoriedade de aceitação das normas ou
tratados internacionais. Prevê a existência de princípios e normas superiores aos do
ordenamento jurídico, os quais teriam prevalência sobre as vontades e os interesses
dos Estados. (Direito Natural)
Uma fonte de Direito Internacional não poderá, jamais, criar regras de Direito
Interno, da mesma forma que uma regra de Direito Interno não poderá criar Direito
Internacional. As fontes do Direito Internacional não poderão jamais substituir as
do Direito Interno, que devem agir por elas próprias.
1-) Leis
c-) medidas provisórias: Normas com força de lei editadas pelo presidente da
república com duração de 90 dias e se prorrogadas, mais 90 dias. Podendo ser
adotadas mediante relevância e urgência.
Fontes Auxiliares:
1.2-) Doutrinas
Vale principalmente as internacionais ao invés das estrangeiras.
1.3-) Jurisprudência
São as cortes brasileiras e internacionais
Fontes Primárias:
5-) Analogias
- Nova fonte do DI
São soluções eficientes para enfrentar o problema da falta de norma.
São decisões similares em casos concretos internacionais.
Fontes Mediatas:
- Jurisprudência
- Doutrina
São aplicações indiretas e subsidiarias
- Dependem de norma regulamentadora para produzir seus efeitos
Fontes Imediatas:
Não demandando a demonstração da sua juridicidade na Sociedade
Internacional, uma vez que já é reconhecido por esta enquanto tal.
- Tratados/ Pactos
- Costumes
São aplicações diretas e principais.
- No caso do Direito Internacional Público, a aplicação se dará por meio de
diálogos, utilizando-se das questões diplomáticas.
- No caso do Direito Internacional Privado, serão aplicados os elementos de
conexão (Art.7° LINDB)
JUS COGENS
Outras Fontes:
Soft Law – Direito mais flexível. Não vinculante
- Pode compactuar, mas pode descumprir.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
Objetivos:
- Manter a segurança e paz mundial;
- Promover os Direitos Humanos;
- Auxiliar no desenvolvimento econômico e no pregresso social;
- Proteger o meio ambiente;
- Promover ajuda humanitária em casos de fome, desastre naturais e conflitos
armados.
Órgãos da ONU
- Não confundir com agencias
- Assembleia por todos os países (193)
1-) Conselho de Segurança.
- Natureza jurídica deliberativa e decisória em matéria de paz e segurança
- Formado por 15 membros, sendo 5 permanentes (França, EUA, Reino Unido,
China, Rússia) e 10 são eleitos com mandatos de 2 anos.
2-) TPI
- Surgiu pós Segunda Guerra mundial.
Obs. A extradição de um brasileiro nato é vedada pela CF, salvo quando perde
sua nacionalidade.
Reino Unido formado por três países (Inglaterra/ país de Gales/ Escócia)
5-) OTAN
- Organização do tratado do atlântico norte
- Também chamado de Aliança Atlântica
- Natureza Jurídica de Segurança Internacional
- Sede em Bruxelas
- Visa promover a segurança territorial, nuclear dos países banhados pelo
atlântico
- Auxilia no combate à pirataria, conflitos territoriais como guerra do golfo de
1990 e guerra da Bósnia
- Colaborou na intervenção em Kosovo, na guerra do Iraque e intervenção
recente na Líbia.
- 30 países membros (todos acima do tropico de câncer)
- Além de sede em Bruxelas, tem unidades militares em diversos territórios.
6-) MERCOSUL
- Mercado comum do Sul ou COMESUL
Art. 4º - Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a
integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando
à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
- Criado a partir do Tratado de Assunção de 26/03/1991
- O Tratado estabelece uma integração das comunidades latino americana
- É uma evolução da declaração do Iguaçu de 1985
- Países membros: Brasil, Argentina, Uruguai. (Venezuela está suspensa),
- Sede em Montevideo
- Tribunal Arbitral permanente do Mercosul.
- 5 Países associados (Chile/ Peru/ Colômbia/ Equador/ Peru)
Estado Soberano
O Estado Soberano é formado pelo conjunto dos seguintes elementos:
- Território: Porção geográfica de terra
- Povo: As pessoas que residem no lugar, na qual possui vinculo jurídico e
afetivo com a terra.
- Governo: Organização Estatal
Ao contrário da organização estatal é a anarquia (desordem, ausência estatal)
Logo, é um ente jurídico, dotado de personalidade jurídica internacional
formado por indivíduos organizados em determinado território sob autoridade de um
governo independente.
O Estado é quem representa o país perante outros Estados, participando das
relações internacionais e conduzindo a política externa.
Obs. A única organização internacional que possui jus ad bellum é a ONU, por
meio do Conselho de Segurança. O jus tractum das organizações internacionais é
altamente limitado às finalidades para as quais a entidade foi criada. Ainda, as
organizações internacionais não estabelecem relações diplomáticas (e, por isso, não
detêm jus legationem) — o máximo que realizam são os chamados acordos de sede.
Além disso, as organizações não governamentais são criadas por instrumentos de
direito público interno e não de direito internacional (como os tratados internacionais,
por exemplo).
Características:
- Todo Estado tem que ter um documento (que emenda do povo) que
declare a independência do Estado, que comprove que é um Estado é Soberano.
Tem como natureza jurídica meramente declaratória (conceito na qual deixa
um efeito jurídico vago).
Deve ser Expresso, Tácito, unilateral (Estado que reconhece), bilateral (tratado
entre o Estado que reconhece e o Estado reconhecido)
- Noção de continuidade
Noção de responsabilidade
O Estado deve continuar independentemente de quem estiver no poder. Traz
segurança jurídica para as relações internacionais, visto que deve ter condições de se
responsabilizar e cumprir os tratados, acordos e convenções.
Para que um Estado deixe de existir, é necessária alguma mudança drástica
em algum de seus elementos: governo, território e povo
A sucessão é uma matéria fruto de costume preexistente e, por isso, não há
um nome específico para suas formas. No entanto, podem ser identificadas as
seguintes formas:
- Fusão (Ocorre quando dois Estados se juntam para formar um terceiro –
deixa de ser uma coisa para ser outra).
- Incorporação (sinônimo de acoplamento - Estado incorpora outro, se torna um
Estado maior ainda – soma).
- Secessão, divisão ou cisão (um Estado deixa de existir e, em seu lugar,
surgem vários outros. Por exemplo, o fim da URSS).
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal.
- Desmembramento (Estado grande se desmembrou em Estados menores)
os Estados sucessores serão membros de todos os tratados que o Estado
anterior fazia parte.
RESPONSABILIDADE INTERNACIONAL
As regras de responsabilidade internacional são mais sofisticadas do que as
regras de responsabilidade civil. Trata-se de matéria inteiramente costumeira. Até
existem alguns sistemas codificados de responsabilidade, mas apenas para áreas
temáticas específicas, por meio de tratados.
Civil:
Nexo de Causalidade
Agente Vítima
Dano
Administrativa
Nexo de Causalidade
Dano Cidadão
Entes Federados
Internacional:
Nexo de Causalidade
Dano
Estado Soberano Estado Soberano
Ato ilícito
Entende-se ato ilícito como uma violação de uma norma de Direito
Internacional
Outra observação importante é que existe uma distinção entre crime e delito
internacional, ainda que tal distinção tenha perdido sentido na atualidade:
Imputabilidade
Trata-se da relação entre a conduta delituosa e a pessoa que é responsável
por ela. Não vai ser necessariamente quem fez aquela conduta.
Imputabilidade direta
Uma ação de qualquer agente público, no exercício da sua profissão, acarreta
a responsabilidade internacional do Estado. Trata-se do caso em que o próprio Estado
comete o ato ilícito — e não um terceiro —, sendo um caso de imputabilidade direta.
O Legislativo comete ato ilícito internacional toda vez que produz lei contrária a
uma norma internacional. No mesmo sentido, o Judiciário comete ato ilícito
internacional quando pratica a denegação de justiça, ou seja, dificulta a produção de
provas, demora desarrazoadamente no julgamento.
imputabilidade indireta
Ocorre quando um indivíduo comete um ato internacionalmente ilícito e um
terceiro Estado é responsabilizado pela conduta. A responsabilidade por
imputabilidade indireta não pode ser presumida, deve estar expressa em norma
internacional. Pode ocorrer nos casos de tutela, comodato, protetorados, regime de
associação entre Estados.
Excludentes de ilicitude
a) Consentimento
A parte consentiu, mesmo que viciado (coação, chantagem)
b) Legítima defesa
Um Estado não pode agredir o outro a menos que seja por legitima defesa. No
Direito Internacional, para haver legítima defesa de terceiro, chamada de legítima
defesa coletiva, não se pode presumir nenhum ato, deve haver um liame entre os
Estados, que será um tratado, como é o caso da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN). Só podem ser aplicados quando existir um dano anteriormente
verificado
c) Contramedidas
Não há, no Direito Internacional, um órgão central que aplique as sanções. Os
Estados, quando lesados, oportunizam ao Estado violador restituir, indenizar ou
satisfazer aquele dano.
Obedece ao princípio da proporcionalidade.
3-) Força supralegal – Tratados referentes aos Direitos Humanos que não
passaram pelo procedimento de emenda constitucional, ou seja, pelo quórum de Lei
Ordinária.
- Abaixo da Constituição, mas acima de lei (Status de Norma Supralegal).
- Pacto de Jose da Costa Rica
De forma geral:
O procedimento para incorporação de tratados internacionais pelo Brasil pode
ser esquematizado em quatro fases: fase da assinatura; fase da aprovação
congressual ou do decreto legislativo; fase da ratificação; fase do decreto presidencial
ou do decreto de promulgação.
O Presidente encaminhará o texto para referendo do Congresso Nacional.
Nessa fase de aprovação congressual, ambas as Casas Parlamentares votarão pela
aprovação ou não do texto encaminhado pelo Presidente, primeiro a Câmara dos
Deputados (casa iniciadora) e, depois, o Senado Federal.
Caso aprovado o texto, com ou sem ressalvas, será expedido um decreto
legislativo, que autorizará o Chefe de Estado a ratificar o tratado. Na fase da
ratificação, o Presidente da República poderá ratificar o tratado, também com ou sem
reservas, comprometendo-se a sujeitar definitivamente o Estado aos seus termos.
Na última fase do procedimento de incorporação, o Presidente expedirá o
decreto de promulgação, que será referendado pelo Ministro das Relações Exteriores
tornando válido o tratado no ordenamento interno.
Obs.
- Competências Concorrentes (Art.24): Pode ser feita de forma simultânea, com
caráter de superveniência (Lei federal prevalece sobre a estadual por exemplo)
- Competências Comum (Art.23): Todos podem legislar sobre o tema no âmbito
de sua competência
- Competências Privativa (Art.22): São delegáveis
- Competências Exclusiva (Art.21): Somente a pessoa pode fazer.
- Competências Suplementar: Caso falte uma legislação o ente pode
complementar ou caso já exista a lei feita por um ente superior, essa pode ser
complementada/suplementada.
O Presidente da Republica pode ser representado, visto que não é
onipotente, podendo ser a competência delegada. Sendo provavelmente
ministério específico do assunto do tratado
Para a internalização do tratado internacional, não basta o Plenipotenciário
aprovar o acordo, é preciso ser ratificado por meio de outras etapas:
Obs.
- Representação Paritária (Senado): tem número igual de representantes para
cada categoria
- Representação Proporcional (Deputado): obedece ao fenômeno da densidade
demográfica.