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Direito Internacional Público

Direito Internacional Público (Universidade Cândido Mendes)

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Baixado por Victoria Azevedo (vickanne215@gmail.com)
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Direito Internacional Público

Conceito

O Direito Internacional Público estuda as relações entre Estados


ou entre Estados e atores internacionais. Já o Direito Internacional
Privado estuda as relações entre particulares, conflitos sem presença
do Estado.
Também não podemos confundir Direito Internacional Público
com Relações Internacionais. Esta área de conhecimento estuda as
reações políticas, econômicas, culturais e outras, entre diversos
atores internacionais, sua dinâmica e regimes internacionais,
diferentemente do Direito Internacional.

* O Direito Internacional Público também pode ser chamado de


“direito das gentes”.

Sujeitos e atores do Direito Internacional

Sujeito de direito é aquele capaz de adquirir direitos e


obrigações. Assim, os sujeitos do Direito Internacional são os
Estados e as Organizações Internacionais.
Já os atores internacionais são aqueles que participam de
alguma forma das relações jurídicas e políticas internacionais. Aqui
então não temos somente os Estados e as Organizações
Internacionais, mas temos também as organizações
não-governamentais, as empresas, os indivídios e outros.
Vale ressaltar que os demais atores internacionais não podem
exercer suas competências e capacidades internacionais de forma
indeterminada, mas apenas para a garantia dos direitos concedidos
pelo Estado.

Características do Direito Internacional

a) Inexistência de subordinação dos sujeitos de Direito a um


Estado;
b) Inexistência de uma norma constitucional acima das
demais normas;
c) Inexistência de atos jurídicos unilaterais obrigatórios,
oponíveis a toda sociedade internacional

O Direito Internacional evolui em geral pela concordância dos


Estados. Estes aceitam submeter-sem as regras gerais com o
objetivo de atingir seus interesses comuns em relação aos demais
membros da sociedade internacional.

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Não existe um poder soberano acima dos Estados. Não


existe um Estado acima dos demais. As Organizações
Internacionais estão no mesmo nível dos Estados.
Não existe também uma normal fundamental
internacional equivalente à Constituição existente em cada
Estado. No Direito Internacional há milhares de Tratados.
Estes, possuem diferentes graus de normatividade, conforme
atribuições dadas pelos Estados.
Não posso ainda, criar um ato e querer que todos os
outros Estados obedeçam; nenhum Estado sozinho pode
querer que todos os outros o siga.

Princípios Gerais do Direito Internacional

a) Igualdade soberana;
b) Autonomia, não ingerência nos assuntos internos de outros
Estados;
c) Interdição ao recurso à força e solução pacífica de controvérsias;
d) Respeito aos direitos humanos;
e) Cooperação Internacional

A igualdade soberana é um princípio que diz que todos os


Estados são iguais perante ao direito. Não há um Estado mais
soberano que o outro.
A autonomia diz que cada Estado pode governar de acordo
com seus próprios interesses. Está ligado a não ingerência nos
assuntos internos de outros Estados; que determina a não
interferência nos demais Estados.
Já a interdição ao recurso de força e solução pacífica de
controvérsia é um princípio que diz que os sujeitos de direito
internacional devem sempre tentar resolver suas diferenças da forma
mais pacífica possível.
O respeito aos direitos humanos é um princípio que versa
que todos os Estados devem buscar respeitar estes direitos para
assim, preservarem a dignidade da pessoa humana. É um valor
comum a todos os sistemas de direito.
Por fim, a cooperação internacional significa que os Estadis
devem agir em conjunto, colaborando para a busca de objetivos
comuns.

Fundamentos do Direito Internacional Público

Fundamentos = obrigatoriedade

Falar de fundamento é falar de obrigatoriedade. Há várias


teorias que tentam explicar a obrigatoriedade. Ressalta-se que há

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duas doutrinas que são consideradas as principais: a doutrina


voluntarista e a objetivista.

* Doutrina Voluntarista - vontade, tratados


*Doutrina Objetivista - existência de 01 norma, plano superior ao
Estado

A doutrina voluntarista versa que o Direito Internacional se


fundamenta na livre, clara e desempedida manifestação da vontade
dos Estados, através de Tratados. O Estado se submete ao Direito
Internacional porque quer.

Já a doutrina objetivista se fundamenta na existência de


uma norma base hipotética e em princípios internacionais que se
colocam em um plano superior aos Estados.

Navegadores do Direito Internacional

São três os navegadores do Direito Internacional:

1) Os Estados vivem para satisfazer as suas necessidades internas.


Assim, qualquer acordo internacional que viesse contrariar seus
interesses internos, poderia ser desrespeitado.

2) Os tratados são teriam obrigatoriedade quando não interferissem


nas relações de força existentes entre os Estados.

3) A ordem jurídica internacional não tem coercibiidade se amparado


ao direito interno, o que faz com que os Estados anteponham seus
interesses próprios aos interesses gerais.

Relação do Direito Interno com o Direito Internacional

Teoria Monista
Radical- norma internacional sempre tendo prevalecência sobre a norma
interna
Moderada- norma internacional e norma interna estão em pé de igualdade

Teoria Dualista
Radical - norma internacional deve ser transformada em lei interna
Moderada - norma internacional não precisa ser transformada em lei
interna, precisa só da aprovação do legislativo

A teoria monista foi criada por Hans Kelsen e sustenta a ideia


de que há uma única norma jurídica, formad apelo direito interno e o

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direito internacional. Esta teoria se divide em radical e moderada. A


radical diz que a norma internacional sempre terá prevalecência em
relação a norma interna. Já a moderada diz que as duas estão em
pé de igualdade.
Outrossim, na teoria dualista se fala sobre ordens autônomas
e independentes, dividindo-se em dualista radical e moderada. A
radical diz que uma norma internacional deveria ser transformada
em lei interna para poder ter sua aplicabilidade no âmbito interno de
cada Estado. Já para a dualista moderada, a norma internacional
não precisa ser transofmrada em lei interna, precisando apenas da
aprovação do legislativo antes da confirmação.

Fontes do Direito Internacional

De acordo com o art. 38 do Estatuto da Corte de Direito


Internacional de Justiça:

“A Corte, cuja função é decidir de acordo com o direito


internacional as controvérsias que lhe forem
submetidas, aplicará:

a. as convenções internacionais, quer gerais, quer


especiais, que estabeleçam regras expressamente
reconhecidas pelos Estados litigantes;

b. o costume internacional, como prova de uma


prática geral aceita como sendo o direito;

c. os princípios gerais de direito, reconhecidos pelas


nações civilizadas;

d. sob ressalva da disposição do Artigo 59, as


decisões judiciárias e a doutrina dos juristas mais
qualificados das diferentes nações, como meio auxiliar
para a determinação das regras de direito.” 1 (grifo
meu)

Assim, depreende-se do artigo que, o direito internacional


público possui 04 fontes:

1) Tratados Internacionais;
2) Costumes Internacionais;
3) Princípios Gerais do Direito;
4) Doutrina e Jurisprudências;

Teoria do Tratado Internacional

1 ESTATUTO DA CORTE INTERNACIONAL DE JUSTIÇA. São Francisco, 26 jun 1945. Disponível em:
<https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/comite-brasileiro-de-direito
s-humanos-e-politica-externa/EstCortIntJust.html>. Acesso em: 10 maio 2019.

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O Tratado é um acordo internacional feito entre os Estados ou


entre os Estados e as Organizações Internacionais que estabelecem
normas jurídicas de natureza obrigatória. ( Os Estados aceitam por
terem interesses em comum).

Características

a) Consensualismo - basta o consentimento de 02 sujeitos;


b) Ausência de hierarquia - todos os tratados possuem pé de
igualdade, mesmo valor;
c) Ausência de formalismo - não há um procedimento específico,
um formalismo rígido;

* Obs.: É comum a utilização de diferentes termos que não o termo


Tratado para designar um acordo internacional, tais como:

- Declaração
- Ata
- Carta ou Pacto
- Concordata
- Protocolo

Declaração: trata-se de um tratado que cria princípios gerais,


mas que não cria compromissos para os sujeitos do Direito
Internacional.

Ata: tratado que cria regras do direito, não produzindo efeitos


jurídicos obrigatórios, mas sim morais.

Carta: é um tratado que tem como objetivo a criação de


Organizações Internacionais, estabelecendo a sua organização,
composição e objetivos.

Concordata: possui cunho religioso entre os Estados ou entre os


Estados e a Santa Fé.

Protocolo: possui cunho social.

Outros dois instrumentos que são encontrados usualmente nas


negociações internacionais, mas não representam tratados
propriamente ditos são: Gentlemen’s Agreemant e o Mades
Vivendi.

O Gentlemen’s Agreemant são acordos feitos entre chefes de


Estado ou entre pessoas que ocupam cargos importantes no governo
do Estado sobre determinado assunto.

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Já o Mades Vivendi são acordos temporários que são feitos


anteriormente ao tratado, com o objetivo de regular uma situação
específica enquanto o Tratado está sendo negociado, para assim,
evitar conflitos.

Classificação dos Tratados Internacionais

Quanto ao número de partes: bilateral ou multilateral


Quanto ao conteúdo: comercial ou normativo
Quanto a possibilidade de ingresso de novos Estados: fechados ou
abertos

1) Quanto ao número de partes:

Bilateral: possui 02 signatários;

Multilateral: mais de 02 signatários;

2) Quanto ao conteúdo:

Comercial: busca facilitar a prática comercial entre 02 ou mais


Estados;

Normativo: não possui finalidade econômica ( Tratado de Kyoto, por


exemplo);

3) Quanto a possibilidade de ingresso de novos Estados:

Fechados ( ou sem cláusula de adesão): são aqueles que não


permitem a entrada de novos signatários, pois visam proteger alguns
interesses;

Abertos ( ou com cláusula de adesão): permitem o ingresso de


novos signatários a qualquer momento.

Fases de elaboração de um Tratado

1ª fase - Negociação
2ª fase- Construção do texto ( preâmbulo, dispositivos e anexos)
3ª fase - Assinatura
4ª fase - Ratificação
5ª fase - Registro

1ª - Negociação: a iniciata para a construção de um tratado pode


partir de qualquer sujeito de Direito Internacional.

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2ª - Construção do texto: divide-se em preâmbulo, dispositivo e


anexo. O preâmbulo não cria nenhuma espécie de compromisso
para as partes, apresentando e qualificando. Qualifica: as partes do
tratato, a identidade, os motivos que justificam a criação do tratado e
fixa os princípios que devem nortear a interpretação deste. Os
dispositivos são cláusulas, compromissos e regras. Os anexos são
algo a mais, não sendo obrigatórios ( tradução do texto para outro
idioma, por exemplo).

3ª - Assinatura: é o ato feito pela autoridade competente que


representa os Estados nas negociações, concordando com o seu
conteúdo. No caso do Brasil, quem possui competência é o Presidente
da República ( competência privativa - art. 84 VIII CRFB).

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da


República:

VIII - celebrar tratados, convenções e atos


internacionais, sujeitos a referendo do Congresso
Nacional;” 2

Ressalta-se que, segundo a tradição do direito costumeiro, pela


aplicação do Princípio da Razoabilidade, a Constituição deve ser
interpretada no sentir de ser possível a delegação pelo Presidente a
outros membros ( como o Ministro das Relações Exteriores e
Diplomatas, por exemplo).

4ª - Ratificação: é a aprovação/confirmação do ato formal do


Estado. Significa seu consentimento em se submeter ao tratado. No
Brasil, a competência é do Congresso Nacional ( art. 49, I, CRFB).

“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso


Nacional:

I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou


atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;”3

Esse ato é irretroável, ou seja, o Congresso não pode voltar


atrás na aceitação, mesmo que o tratado ainda não esteja em vigor.

5ª - Registro: tem como objetivo dar publicidade, informar. Depois


de concluído, o tratato é encaminhado pelos signatários à Secretaria
geral da ONU que dará publicidade ao registro em seus arquivos, e,

2BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 out. 1988. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 10 maio 2019.
3Ibidem

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informará aos demais membros da sociedade internacional da sua


existência.

Reserva

A reserva é uma declaração unilateral feita por um Estado ao


assinar ou aderir um tratado internacional com o objetivo de excluir
ou modificar o efeito jurídico de certas disposições previstas no
Tratado.

Valor normativo do tratado internacional

No Brasil, os tribunais consideram um sistema dualista


moderado ( vide quadro anterior Relação do Direito Interno com o
Direito Internacional).

Assim, direito internacional e direito interno são ordens


distintasa. Há 02 ordens jurídicas e existe um duplo procedimento
para que o tratado seja totalmente válido ( ou seja, não precisa
converter o tratado em lei).

Para que um tratado internacional produza efeitos, é necessário


que o Congresso Nacional o ratifique e que o Presidente
promulgue um Decreto Executivo que possui como finalidade a
Publicação Oficial do texto do tratado e a Executoriedade do
ato internacional, para que assim, possa vincular e obrigar a sua
aplicação no direito interno.

Como será a identificação da prevalecência do


Tratado sobre outra norma de direito interno?

Através da natureza do Tratado!!!

- Tratados em geral REVOGAM normas de Direito Interno


ANTERIORES que lhe sejam INCOMPATÍVEIS;

- Tratados de Direitos Humanos ratificados de acordo com o


procedimento do art. 5º§ 3º CRFB, PREVALECEM sobre as
normas internas, pois possuem *status de norma
constitucional, só podendo ser modificado por uma Emenda
Constitucional OU por novo tratado internacional aprovado
com o mesmo procedimento.

* status de norma constitucional = condição hierárquica


supralegal

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“ art. 5º § 3º Os tratados e convenções internacionais


sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.” 4

Conclusão:

- Tratados de Direitos Humanos ratificados de acordo com o


procedimento do art. 5º§ 3º CRFB: Equiparados a Emenda
Constitucional;

- Tratados de Direitos Humanos sem serem ratificado pelo


procedimento do art. 5º§ 3º CRFB: Lei Infraconstitucional;

- Outras matérias: Lei Infraconstitucional;

Condição de validade do Tratado

- agente capaz;
- objeto lícito e possível;
- consentimento mútuo;

- agente capaz: quem assina o tratado internacional precisa ter


poderes para constituir obrigações em nome do Estado signatário. De
acordo com a Convenção de Genebra, são competentes: Chefes de
Estado e de Governo; Ministro das Relações Exteriores e
Chefes de Missões Diplomáticas;

- objeto lícito e possível: para saber se é lícito e possível é


necessário analisar a legilação interna do Estado. ( Ex: O Brasil não
poderia assinar um tratado permitindo a entrada/saída de
entorpecentes no país, porque seria ilícito).

- consentimento mútuo: as partes devem possuir vontade livre,


desempedida, sem vício de consentimento.

Efeitos do Tratado

Possui efeitos no espaço e no tempo. No espaço significa que


aplica-se o Princípio da Territorialidade, produzindo efeitos dentro de
todo território nacional. Já no tempo, significa que os tratados não
geram efeitos retroativos, sendo exigido a partir de sua entrada em
vigor.

4BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 10 maio 2019.

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Formas de extinção

a) Execução integral
b) Consentimento mútuo
c) Termo Final
d) Denúncia Unilateral
e) Renúncia do Beneficiário
f) Impossibilidade de execução
g) Conflito armado

a) Execução integral - é quando tudo que foi pedido no tratato já


foi cumprido;

b) Consentimento mútuo - é um distrato; quando as partes não


possuem mais interesse no tratato;

c) Termo final - chega-se a data final do tratato ( é uma data já


determinada para por fim ao tratado);

d) Denúncia unilateral- o estado signatário que deseja sair do


tratado deve notificar os demais membros do Tratado sobre a
denúncia. A partir da notificação, os demais membros terão o prazo
de 90 dias para se manifestarem, a partir do qual o vínculo jurídico
estará rompido. No Brasil, a denúncia pode ser feita pelo Poder
Executivo, através do Presidente da República ou pelo Poder
Legislativo através do Congresso Nacional. Este assunto traz
polêmica na doutrina, pois a Constituição em seu art. 49, I, conferiu
competência exclusiva ao Congresso Federal para resolver
definitivamente os assuntos sobre Tratados, acordos ou atos
internacionais.

e) Renúncia do beneficiário - quando o estado é o beneficiário do


tratado e ele renuncia.

f) Impossibilidade de execução - sempre que ocorrer uma


impossibilidade de executar o tratado, este será suspenso
temporariamente.

g) Conflitos armados - quando há conflito armado entre os estados


signatários, é possível que haja a extinção do tratado.

Princípios que regem o Brasil nas relações internacionais (Art.


4º CRFB)

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“ Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas


suas relações internacionais pelos seguintes princípios:

I - independência nacional;

II - prevalência dos direitos humanos;

III - autodeterminação dos povos;

IV - não-intervenção;

V - igualdade entre os Estados;

VI - defesa da paz;

VII - solução pacífica dos conflitos;

VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;

IX - cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade;

X - concessão de asilo político.

Parágrafo único. A República Federativa do Brasil


buscará a integração econômica, política, social e
cultural dos povos da América Latina, visando à
formação de uma comunidade latino-americana de
nações.5

I - Independência nacional: está relacionado com a liberdade do


Estado brasileiro acatar ou não regras que não tenham sido
voluntariamente firmadas por ele (pelo Brasil).

II- Prevalência dos direitos humanos: busca conferir proteção


real e efetiva àqueles que estejam sendo perseguidos arbitrariamente
em razão do gênero, orientação sexual, de ordem cultural, ideológica
e que buscam proteção no Brasil.

III- Autodeterminação dos povos: é o direito do estado escolher


seu próprio governo, sua condição política, seu desenvolvimento
econômico e social, podendo decidir como irá dispor de suas
riquezass.

IV- Não intervenção: está relacionado com o Princípio da


autodeterminação e busca proteer os assuntos internos de cada
Estado. Assiim, o Brasil repele qualquer tentativ de ameaça a sua
organização interna, que possa prejudicar o seu desenvolvimento
econômico, social e cultural.

5BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 5 out. 1988. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 10 maio 2019.

Baixado por Victoria Azevedo (vickanne215@gmail.com)


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V- Igualdade entre Estados: autoexplicativo.

VI e VII- Defesa da paz e solução pacífica dos conflitos:


autoexplicativo.

VIII- repúdio ao terrorismo e ao racismo: o terrorismo é um


meio de agressão que o agente produz uma ação extremanete
violenta com o intuito de criar uma situação de medo profundo para
que assim possa atingir um fim determinado ou a dominação política.

IX - cooperação entre os povos para o progresso da


humanidade: autoexplicativo.

X - concessão de asilo político: é a proteção concedida pelo


Estado brasileiro ao indivídio que sofre perseguição em seu país de
origem por opinião política, religiosa ou racial.
O asilo político divide-se em diplomático e territorial. No
diplomático, o indivíduo não precisa sair do seu país para vir
pleitear asilo: é só procurar a embaixada brasileira e pedir. Nisso, ele
ficará protegido dentro do consulado ou embarcação brasileira. Já no
asilo territorial, o estrangeiro tem que vir para o Brasil. Este asilo
tem o prazo de 02 anos e pode ser prorrogado.

O asilo político ainda diverge do direito de refúgio. O asilo


político é uma perseguição individual, enquanto o direito de refúgio
é a perseguição de um grupo, devido a nacionalidade ou condição
religiosa, por exemplo. ( para eles, há o CONARE - Comitê nacional
para refugiados).

Baixado por Victoria Azevedo (vickanne215@gmail.com)

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