O documento discute as principais características do direito internacional contemporâneo em 3 frases:
1) Hierarquização das normas, jus cogens, valor da paz e da dignidade humana, e relativização da soberania dos estados.
2) Modelo da ONU enfatiza multilateralização e proibição do uso da força.
3) Teorias sobre a relação entre direito interno e internacional, com fontes do direito internacional incluindo tratados, costumes, e resoluções de organizações internacionais.
O documento discute as principais características do direito internacional contemporâneo em 3 frases:
1) Hierarquização das normas, jus cogens, valor da paz e da dignidade humana, e relativização da soberania dos estados.
2) Modelo da ONU enfatiza multilateralização e proibição do uso da força.
3) Teorias sobre a relação entre direito interno e internacional, com fontes do direito internacional incluindo tratados, costumes, e resoluções de organizações internacionais.
O documento discute as principais características do direito internacional contemporâneo em 3 frases:
1) Hierarquização das normas, jus cogens, valor da paz e da dignidade humana, e relativização da soberania dos estados.
2) Modelo da ONU enfatiza multilateralização e proibição do uso da força.
3) Teorias sobre a relação entre direito interno e internacional, com fontes do direito internacional incluindo tratados, costumes, e resoluções de organizações internacionais.
• Principais características: hierarquização das normas, jus cogens,
valor da paz e da dignidade da pessoa humana, relativização das soberanias dos Estados.
O direito internacional contemporâneo é caracterizado por uma série de
elementos importantes que influenciam as relações entre os Estados e outros atores internacionais. Algumas das principais características desse ramo do direito incluem:
Hierarquização das normas: no Direito Internacional, as normas são
hierarquizadas em diferentes níveis, sendo que algumas têm um status hierárquico superior a outras. Por exemplo, as normas de jus cogens têm um status hierárquico superior a outras normas internacionais, e não podem ser violadas ou afastadas por convenção entre os Estados.
Jus cogens: como já mencionado, o jus cogens se refere a normas
consideradas tão fundamentais que não podem ser violadas ou afastadas por convenção entre os Estados. Essas normas têm um status hierárquico superior a outras normas internacionais e são obrigatórias para todos os Estados.
Valor da paz e da dignidade da pessoa humana: o Direito Internacional
tem como um dos seus principais objetivos a promoção da paz e da segurança internacionais. Para isso, busca-se a resolução pacífica de conflitos e a prevenção de novos conflitos. Além disso, o Direito Internacional tem como valor fundamental a proteção da dignidade da pessoa humana, que se manifesta na proteção dos direitos humanos e na proibição de práticas que atentem contra a dignidade humana.
Relativização das soberanias dos Estados: embora a soberania dos
Estados seja um princípio fundamental do Direito Internacional, ela não é absoluta. Em algumas situações, os Estados podem ser obrigados a abrir mão de parte da sua soberania em prol de objetivos comuns, como a promoção da paz e da segurança internacionais, ou para cumprir obrigações decorrentes de tratados internacionais. Além disso, o Direito Internacional prevê mecanismos de cooperação entre os Estados, que envolvem a negociação e a adoção de normas comuns, com o objetivo de atingir objetivos coletivos. • Modelo das Nações Unidas: multilateralização, proibição do uso da força pelo art.2 (4) da Carta das Nações Unidas.
O modelo das Nações Unidas é um exemplo de como o Direito Internacional
é aplicado na prática. A ONU é uma organização internacional criada com o objetivo de promover a cooperação entre os Estados-membros e de resolver pacificamente os conflitos internacionais.
Uma das principais características do modelo das Nações Unidas é a
multilateralização, ou seja, a participação de diversos Estados em um processo de tomada de decisão. Na ONU, os Estados-membros têm a oportunidade de expressar suas opiniões e defender seus interesses em diferentes órgãos e comitês, como a Assembleia Geral e o Conselho de Segurança.
Além disso, a Carta das Nações Unidas, que é o documento fundador da
organização, estabelece a proibição do uso da força pelos Estados como meio de solucionar conflitos internacionais. O artigo 2, parágrafo 4, da Carta das Nações Unidas determina que “todos os membros deverão evitar em suas relações internacionais a ameaça ou o uso da força contra a integridade territorial ou a independência política de qualquer Estado”.
Essa norma representa um dos pilares do Direito Internacional
contemporâneo e busca evitar que os Estados resolvam suas disputas através do uso da força, o que poderia gerar instabilidade e insegurança no sistema internacional. No modelo das Nações Unidas, a proibição do uso da força é um dos princípios fundamentais que orientam a atuação dos Estados- membros e que são objeto de discussão e negociação em diferentes fóruns e comitês da organização.
2) Relação entre o Direito interno e internacional:
• Teoria monista (monismo com primado no direito interno
(nacionalista) de Hegel/ monismo com primado no direito internacional (internacionalista) de Kelsen). A relação entre o direito interno e o direito internacional é um tema complexo que divide opiniões na teoria do direito. Existem basicamente duas correntes de pensamento: a teoria monista e a teoria dualista.
A teoria monista do direito é uma teoria que defende a unidade do ordenamento
jurídico, não havendo separação entre o direito interno e o direito internacional. Existem duas vertentes principais dessa teoria: o monismo com primado no direito interno, defendido por Hegel, e o monismo com primado no direito internacional, defendido por Kelsen.
O monismo com primado no direito interno, também conhecido como monismo
nacionalista, sustenta que o direito internacional é parte integrante do ordenamento jurídico interno de um Estado. Nessa teoria, o direito internacional é visto como uma fonte do direito interno, subordinado à Constituição do Estado. Hegel argumentava que, se o direito internacional não fosse integrado ao direito interno, isso levaria a conflitos de competência entre as cortes internas e internacionais, bem como entre o Estado e a comunidade internacional.
Já o monismo com primado no direito internacional, também conhecido como
monismo internacionalista, sustenta que o direito internacional é o sistema jurídico primário e que o direito interno é uma mera manifestação desse sistema. Nessa teoria, o direito internacional é visto como uma ordem jurídica autônoma, com normas que se aplicam diretamente aos indivíduos e aos Estados. Kelsen argumentava que o direito internacional deveria ter primazia sobre o direito interno, uma vez que é o único sistema que pode regular as relações entre os Estados soberanos
• Teoria dualista (dualismo radical x dualismo moderado)/
Brasil considerado dualista moderado pelo STF (por que?)
A teoria dualista é outra corrente de pensamento no Direito Internacional, que
difere do monismo na forma como lida com a relação entre o Direito Internacional e o Direito Interno dos Estados. De acordo com o dualismo, o Direito Internacional e o Direito Interno são sistemas jurídicos distintos e independentes, não havendo hierarquia entre eles. Existem duas vertentes principais da teoria dualista: o dualismo radical e o dualismo moderado.
O dualismo radical sustenta que o Direito Internacional e o Direito Interno são
completamente separados e distintos, sem qualquer relação entre eles. Nessa corrente, as normas internacionais não podem ser aplicadas diretamente no Direito Interno dos Estados, sendo necessária a edição de uma norma interna para que elas tenham validade.
Já o dualismo moderado, também conhecido como "dualismo mitigado", admite
que as normas internacionais possam ser aplicadas diretamente no Direito Interno dos Estados, desde que sejam incorporadas de forma expressa em sua legislação. Isso significa que as normas internacionais têm força normativa no Direito Interno, mas apenas após terem sido incorporadas pela legislação interna do Estado.
O Brasil é considerado um país dualista moderado pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), porque adota a posição de que as normas internacionais podem ser aplicadas diretamente no Direito Interno do país após terem sido incorporadas pelo processo legislativo interno. Isso significa que as normas internacionais não precisam ser convertidas em leis internas para terem validade, mas apenas incorporadas de forma expressa por meio de uma lei ou outro instrumento normativo.
O STF entende que, no Brasil, a incorporação de normas internacionais em seu
ordenamento jurídico deve ser realizada por meio de um processo legislativo específico, que varia de acordo com a natureza da norma. Em geral, as normas internacionais são incorporadas por meio de tratados internacionais, que são aprovados pelo Congresso Nacional e promulgados pelo Presidente da República. Dessa forma, as normas internacionais têm força normativa no Direito Interno do país após terem sido incorporadas por esse processo legislativo específico.
3) Fontes do Direito Internacional:
• Artigo 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça
• Tratados: conceito, reservas, hierarquia dos tratados de direitos humanos. • Costumes: objetor persistente, elementos do costume tradicional, costume selvagem ou instantâneo, diferença de uso e costume, etc.. • Princípios gerais de direito e princípios do direito internacional. • Atos unilaterais • Resoluções das OIs
As fontes do direito internacional são os elementos que servem de base para a
criação, interpretação e aplicação das normas internacionais. As principais fontes do direito internacional são:
Tratados: acordos formais entre dois ou mais Estados, que estabelecem
obrigações mútuas. Os tratados podem ser bilaterais ou multilaterais e podem ser sobre diversos temas, como comércio, direitos humanos, meio ambiente, entre outros. As reservas aos tratados são declarações feitas pelos Estados no momento da ratificação ou adesão a um tratado, que permitem que o Estado limite a aplicação de certas disposições do tratado em seu território. A hierarquia dos tratados é geralmente estabelecida pela Constituição ou legislação de cada Estado, mas em geral, tratados de direitos humanos são considerados como tendo uma posição hierárquica superior a outras leis e normas internas.
Costumes: práticas geralmente aceitas pelos Estados como sendo
obrigatórias (opinio juris) e reiteradas ao longo do tempo (elemento material). Os costumes podem ser tradicionais (práticas que sempre existiram) ou instantâneos (práticas que surgem rapidamente em resposta a uma nova situação). A objetor persistente é um Estado que se opõe a um costume internacionalmente aceito, que mantém sua objeção por um longo período de tempo e que é acompanhado por outros Estados.
Princípios gerais de direito e princípios do direito internacional: princípios
que se aplicam ao Direito Internacional, como a boa-fé, a equidade, a justiça e a igualdade entre os Estados. Os princípios do direito internacional são normas que surgem a partir da prática geral dos Estados e que são reconhecidos como vinculantes.
Atos unilaterais: declarações ou ações realizadas por um Estado sem o
consentimento de outro Estado, como por exemplo, uma declaração de guerra, uma anexação territorial ou uma concessão de asilo político. Esses atos podem ter efeitos legais e políticos, mas sua validade depende da aceitação de outros Estados.
Resoluções das Organizações Internacionais (OIs): decisões adotadas
pelas organizações internacionais, como a ONU, a OEA, a União Europeia, entre outras. Essas resoluções podem ser vinculantes ou não-vinculantes, e podem estabelecer normas ou recomendações para os Estados membros ou outras partes interessadas. As resoluções das OIs geralmente refletem o consenso dos Estados membros e são importantes fontes do Direito Internacional.
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