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Aluno: João Paulo da Costa Coelho

Profº. Dr. Adriano Fernandes

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Um dos primeiros passos para estudarmos o Direito Internacional Privado (DIPri) é


compreender sua distinção em relação ao Direito Internacional Público (DIP).
O DIP é o direito que regula as relações entre os Estados (países). É o que se verifica
tipicamente nas relações diplomáticas, como aqueles decorrentes de tratados internacionais
celebrados entre Estados, com Organizações Internacionais, Pactos Regionais etc.
Embora pessoas também sejam sujeitos de direitos no DIP, sua forma mais evidente é
quando temos Estados e Organizações Internacionais como sujeitos de direito internacional.
Por sua vez, o DIPri é o direito que afeta as pessoas (físicas ou jurídicas) em situações
que, tipicamente de direito privado, transbordam o espaço da jurisdição nacional porque contêm
algum elemento de internacionalidade, seja seu sujeito (parte estrangeira), seu objeto, ou local
de ocorrência/efeitos.
Além disso, vale compreender que, via de regra, são os Estados que têm a legitimidade
de utilizar a força para obrigar o cumprimento da lei.
Assim, ainda que se trate da aplicação do Direito Internacional, serão os Estados a
aplicarem domesticamente as leis e a obrigarem as pessoas à sua observância. Nesse sentido, o
DIPri é fundamentalmente o ramo do direito que versa sobre qual o direito nacional (de qual
Estado) aplicável, conforme a relação jurídica privada em questão.
O Domínio do Direito Internacional Privado. O Direito Internacional Privado (DIPri) é
uma área jurídica que trata das relações privadas entre indivíduos ou empresas que possuem
conexões com diferentes sistemas jurídicos nacionais. Seu principal objetivo é estabelecer
regras e princípios para resolver conflitos de leis e jurisdições em transações internacionais.
O DIP lida com uma ampla gama de questões, como contratos internacionais, disputas
comerciais, responsabilidade civil transfronteiriça, direito de família internacional, sucessões,
entre outras. Uma das principais preocupações é determinar qual lei deve ser aplicada a um caso
específico, quando mais de um sistema jurídico pode estar envolvido.
Os tribunais nacionais e as convenções internacionais desempenham funções
fundamentais na solução de questões de DIP. Além disso, há uma crescente importância de
acordos e tratados internacionais que buscam harmonizar regras e promover a cooperação entre
os Estados, facilitando a resolução de conflitos.
A globalização e a intensificação das relações internacionais levaram a um aumento
significativo nas questões de DIP, motivadas que os sistemas jurídicos nacionais e
internacionais preparados para enfrentar desafios cada vez mais complexos.
O DIPri cuja função é determinar em que termos jurídicos podem ser resolvidos o
problema antinômico entre ordenamentos diversos, para o que busca a conexão mais próxima
com a questão sub judice – é disciplina agregadora das legislações dos distintos Estados, vez
que permite aos juízes de todo o mundo conhecer e aplicar normas estrangeiras vigorantes em
contextos dos mais variados, quer sob a ótica política, social, cultural ou econômica. Sem o
DIPri, as legislações internas seriam incompletas para reger as situações jurídicas
interconectadas no espaço, bem assim aos operadores do direito não seria dada a oportunidade
casual de conhecer a normativa de diversos países do mundo.
Essa característica do DIPri autoriza a falar na existência de uma verdadeira interação
legislativa em nível global, hoje cada vez mais crescente, cuja consequência marcante é fazer
conhecer aos rincões mais distantes do planeta e cultura jurídica de um povo em dado momento
histórico. Como consequência, quanto mais circulam ao redor do mundo essas legislações,
também se propagam a compreensão da diversidade, o respeito pelo desconhecido e a tolerância
para com o estranho, possibilitando maior aproximação entre todos os povos.
A afirmação dos Direitos Humanos na sociedade internacional é fruto de um contínuo
desenvolvimento histórico dessa “ideia”, cujo objeto principal é defender o indivíduo como um
ser portador de direitos. Resultado de um processo que se inicia com a marcante presença dos
jusnaturalismos, passando pela positivação jurídica através da Declaração Universal dos
Direitos Humanos, até as mais atuais teorias que tratam do assunto, o conceito desse termo tem
mantido, no decorrer do tempo, um núcleo mínimo de entendimento. Fundamentado na
convicção de que há certos “bens e valores que devem ser respeitados em qualquer
circunstância, ainda que não reconhecidos no ordenamento jurídico estatal ou em documentos
normativos internacionais”, os Direitos Humanos são conceituados das mais diversas formas.
Apesar de observarmos diferenças de superfície entre diversas conceituações, podemos
identificar como núcleo central a promoção da dignidade humana do indivíduo e a proteção
dessa mesma dignidade. Segundo Kinsch, a expressão Direitos Humanos traz consigo dois
aspectos: um filosófico e outro jurídico. O aspecto filosófico está ligado ao seu ângulo moral,
influenciado pelo jusnaturalismo, que teve sua formulação jurídica.

O direito uniforme tem por objetivo estabelecer princípios e regras de direito


internacional privado comuns a todos os países (por exemplo, as Convenções de Haia sobre
Direito Internacional Privado).
O Direito Internacional pode ser instrumental, enquanto conjunto de regras utilizadas
para identificar qual direito (de qual país) é aplicável. Mas, pode também ser material, quando
se tratar de regras decorrentes de tratados internacionais no âmbito do direito privado.
Por isso, os profissionais que lidam com o DIPr precisam não apenas dominar o direito
brasileiro e o direito internacional, enquanto regra de escolha de regras, mas também manter
uma rede de profissionais qualificados em outros países, para atender a demanda de seus
clientes quando submetida a outra jurisdição que não a brasileira.

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