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UNIERSIDADE ABERTA ISCED

Departamento de Ciências Socias Humano


Curso de Licenciatura de Direito

Sujeitos do Direito Internacional Público

Nome: JOANINA ROMÃO RAFAEL


Código 91231321

CR-Março Pemba

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UNIERSIDADE ABERTA ISCED
Departamento de Ciências Socias Humano
Curso de Licenciatura de Direito

Sujeitos do Direito Internacional Público

Nome: JOANINA ROMÃO RAFAEL


Código 91231321

Trabalho de campo a ser


submetido na coordenação do
urso de Licenciatura em Direito

CR-Março Pemba

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ÍNDICE
Direito Internacional Público .................................................................................................................. 5
Fundamentos de Direito Internacional Público ...................................................................................... 6
Doutrina voluntarista (subjetivista) ...................................................................................................... 7
Doutrina Objetivista ............................................................................................................................... 7
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO .................................................................... 8
Podemos afirmar que o Direito Internacional Público é marcado por determinadas características e
princípios predominantes, quais sejam: ............................................................................................... 8
Cooperação – inexistência de subordinação .......................................................................................... 8
Horizontalidade ...................................................................................................................................... 8
Voluntariedade ....................................................................................................................................... 8
Conclusão………………..…………………………………………………………………………………………………………….………9

Bibliografia ………………………….……………………………………………………………………………………………………….10

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Introdução

O presente trabalho de caracter avaliativo tem como tema Sujeitos de Direito Internacional Público,
dizer que direito Internacional Públio é o conjunto de normas que regula as relações exteriores entre
os atores que compõem a atual sociedade internacional.

Em 14 de julho de 2015, os Estados Unidos e o Irã anunciaram um histórico acordo internacional em

Viena, na Áustria. Após uma longa série de negociações, o Irã aceitou limitar sua atividade nuclear em

troca da suspensão de sanções econômicas internacionais.

As tratativas envolveram seis potências mundiais – Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia

e Alemanha que desde 2006 buscavam conjuntamente que o Irã reduzisse significativamente sua

atividade nuclear por temerem que o país pudesse construir uma arma atômica.

O acordo foi amplamente comemorado pelo então presidente Barak Obama, que afirmou que o pacto

tornaria o mundo mais seguro. Na época, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, também

comemorou o início de um novo capítulo nas relações de seu país com o mundo.

Contudo, em 2018, Donald Trump renegou tal acordo, restabelecendo sanções ao país. Como

consequência, o Irã passou a violar restrições e retomou parte de sua atividade nuclear, ocasionando

uma série de episódios polêmicos envolvendo os dois Estados.

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DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
Direito Internacional Público, fascinante em sua abrangência, é o conjunto de normas que regulam as
relações entre Estados soberanos e organizações internacionais. Responsável por moldar a ordem
global, abrange temas como tratados, diplomacia e resolução de conflitos.

O seu objetivo é promover a cooperação, a paz e a justiça entre os atores da comunidade


internacional, respeitando os princípios da soberania, da igualdade e do direito dos povos. O Direito
Internacional Público é composto por normas jurídicas, fontes de direito, instituições e tribunais que
atuam no âmbito global.

Os sujeitos de direito internacional público são, em regra, os Estados, as organizações internacionais


e os indivíduos. Eles podem ser classificados em quatro grupos, a partir da capacidade jurídica no
plano internacional e da forma de aquisição da personalidade:
 Estados
 Coletividades Intraestatais
 Coletividades não-estatais (Santa Sé e Cruz Vermelha)
DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
A denominação “Direito Internacional” surgiu em 1780, através de um britânico chamado Jeremy
Bentham em sua obra “An Introduction to the Priciples of Moral and Legislation”.
Posteriormente, o termo “público” foi incluído, manifestando o interesse primário da matéria e
distinguindo-o do Direito Internacional Privado, cujo objeto é definir qual a ordem jurídica, nacional
ou estrangeira, aplicável aos conflitos de leis no espaço em relações privadas com conexão
internacional.
O sistema da Sociedade das Nações e o sistema das Nações Unidas também são considerados sujeitos
de direito internacional público. O direito internacional privado, por outro lado, trata das relações
jurídicas no âmbito privado.
O Estado sujeito de Direito Internacional é aquele que reúne três elementos indispensáveis para a
sua formação: população (composta de nacionais e estrangeiros), território (ele não precisa ser
completamente definido, sendo que a ONU tem admitido Estados com questões de fronteira, por
exemplo, Israel) e governo (deve ser efetivo e estável).

Sujeitos de Direito Internacional Público.

Sujeitos de Direito Internacional são todos os entes ou entidades às quais as normas de direito
internacional atribuem, directa ou indirectamente, direitos ou obrigações, e que têm a possibilidade
de actuar direta ou indiretamente no plano internacional. Assim, no plano internacional, a
personalidade jurídica trata da aptidão para a titularidade de direitos e obrigações atribuídas pelas
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normas internacionais. A esse conceito, associa-se a noção de capacidade, que expressa a
possibilidade efetiva de se exercer os direitos e cumprir as obrigações atribuídas conforme a
personalidade. Para a doutrina internacionalista, a noção de personalidade compreende a faculdade
de atuar diretamente na sociedade internacional, com poderes de criar normas internacionais, de ter
interesses tutelados e obrigações definidas por estas normas, com a possibilidade, ainda, de ajuizar
ações perante tribunais internacionais. Diante disto, até recentemente, a doutrina considerava que
apenas os Estados eram dotados de personalidade jurídica internacional, por terem capacidade plena
de elaborar as normas internacionais, sendo também seus destinatários imediatos. Contudo, a
evolução recente do direito internacional considera a participação de outros atores em suas relações.
Mais especialmente, a legislação internacional de direitos humanos define pessoas físicas como
sujeitos de Direito Internacional Público, conferindo-lhes direitos e deveres e permitindo que ajuízem
ações perante Tribunais internacionais ou mesmo que se façam representar como pessoa perante
esses tribunais. Não é necessário, portanto, que se detenha capacidade plena no plano internacional
(capacidade para participar do processo de formação das normas jurídicas de direito internacional)
para que se considere a personalidade jurídica dos sujeitos de Direito Internacional Público. Assim, a
situação de sujeito de Direito Internacional Público confere direitos e deveres sob o direito
internacional, capacidade para ajuizar ação perante tribunal internacional, tutela de interesses pelo
Direito Internacional Público e possibilidade de firmar tratados com outros Estados e organizações
internacionais. Esses quatro fatores, contudo, não são cumulativos: basta que se apresente alguma
destas características para que se configure sujeito de Direito Internacional Público, admitindo-se
diferentes graus (mais amplos ou mais restritos) de capacidade entre esses sujeitos. Para serem
considerados como tal, os sujeitos de Direito Internacional Público devem guardar relação direta com
a norma internacional que lhes atribui direitos ou deveres, sem a necessidade de qualquer
intermediação com os Estados para que estas normas se projetem em sua esfera jurídica.

FUNDAMENTOS DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO


Quando se fala em fundamentos de Direito Internacional Publico, questiona-se em que se apoia a
validade do ordenamento jurídico internacional.

A preocupação está em explicar o porquê de sua obrigatoriedade a partir da avaliação do valor


intrínseco das normas, isto é, o que faz com que elas sejam vinculantes para a sociedade
internacional.

O assunto é pauta de diversos debates históricos, concentrados especialmente em torno de duas


teorias: a voluntarista e a objetivista.

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DOUTRINA VOLUNTARISTA (SUBJETIVISTA)
Tem como seu elemento central que o fundamento está na vontade dos sujeitos de Direito
Internacional. Assim, a ordem jurídica internacional seria obrigatória, pois, uma vez que os Estados
manifestaram livremente sua vontade, teriam a ela de se submeter.

É chamada também de corrente positivista. A partir dessa doutrina foram desenvolvidas diversas
teorias:

TEORIA DA AUTOLIMITAÇÃO DO ESTADO, DESENVOLVIDA POR GEOR JELLINEK (1851/1911)


Aduz que o Estado, por ser soberano, pode se autodeterminar politicamente e se auto obrigar
juridicamente. Portanto, sua submissão à comunidade internacional é ato particular de vontade que
limita intencionalmente sua soberania.

TEORIA DA VONTADE COMUM OU COLETIVA, POR HEINRICH TRIEPEL (1868/1946)


Prevê que o DIP se fundamenta na vontade coletiva e unânime dos Estados, que se manifesta por
meio de tratados-lei ou costumes.

TEORIA DO CONSENTIMENTO DAS NAÇÕES, FORMULADA POR HALL E OPPENHEIM


Para eles, um Estado respeita o DIP porque é a vontade da maioria dos Estados. Um consentimento
mútuo, portanto, seria revelado na vontade majoritária dos Estados.

TEORIA DA DELEGAÇÃO DO DIREITO INTERNO, POR MAX WENZEL (1879/1946)


Entende que a obrigatoriedade estaria na constituição de cada Estado, em sua própria legislação ou
direito interno. Ela nega a existência do DIP.

DOUTRINA OBJETIVISTA
Entende que existem princípios e normas superiores à vontade dos Estados, ou seja, que possuem
grau de importância tão elevado a ponto de que seu cumprimento, por si só, depende do regular
funcionamento da sociedade internacional.
A partir de tal doutrina também foram desenvolvidas algumas importantes teorias:
Teoria do direito natural (jusnaturalismo)
Teve diversos atores ao longo da história, como Santo Agostinho, Samuel Puffendorf, etc.

TEORIA DA NORMA-BASE (1881/1973)


Desenvolvida por Kelsen, que entendia que a ordem jurídica é uma superposição de normas, em que
a validade de uma inferior deriva da que lhe é superior. A norma hipotética é a pedra angular de todo
o ordenamento.
O DIP se fundamentaria nessa norma também, pois para tal teoria não existe distinção entre a norma
jurídica interna e externa.

Teorias sociológicas do Direito


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Tendo como representantes Leon Duguit e Georges Scelle. Para eles, o Direito não seria produto da
vontade humana, mas uma necessidade advinda de fatores sociais, e teria como fundamento a
solidariedade ou interdependência entre os homens.

TEORIA DO “PACTA SUNT SERVANDA


Formulada por Dionísio Anzilotti, para quem o DIP encontra-se alicerçado no princípio que estabelece
a obrigação de as partes respeitarem e cumprirem o que foi contratado.
A Convenção de Viena, de 1969, por exemplo, consagrou a regra do pacta sunt servanda, mas ao
mesmo tempo reconheceu a existência de normas imperativas de direito internacional geral da qual
nenhuma derrogação é possível, a não ser por normas de igual natureza.

São as chamadas normas jus cogens, que não podem ser violadas por nenhum tratado internacional,
sob pena de nulidade.

CARACTERÍSTICAS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

PODEMOS AFIRMAR QUE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO É MARCADO POR DETERMINADAS


CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS PREDOMINANTES, QUAIS SEJAM:

COOPERAÇÃO – INEXISTÊNCIA DE SUBORDINAÇÃO


Significa dizer que deve haver uma cooperação entre os Estados para cuidar dos problemas
internacionais, de modo que, ou os Estados se coordenam ou determinados objetivos nunca serão
alcançados.
A cooperação internacional não é um meio apenas para combater problemas, mas também
instrumento adicional pelo qual os Estados podem promover seu desenvolvimento econômico e
social.

HORIZONTALIDADE
O Direito Internacional Público possui como um de seus pilares a igualdade formal entre os estados,
independentemente de qualquer aspecto fático ou econômico.
Significa dizer que todos os Estados são iguais, ao menos na teoria, não existindo verticalidade entre
eles, embora a realidade de cada Estado seja diferente.

VOLUNTARIEDADE
A jurisdição internacional seria exercida apenas com o consentimento dos Estados. Assim, não
existiriam atos jurídicos unilaterais, impondo-se consentimento para a participação de um Estado nas
normas internacionais. Os próprios Estados que serão as partes que elaborarão as normas.
Da mesma forma, são os próprios Estados que concedem ou não jurisdição ao julgamento por
determinado órgão internacional, como os Tribunais Internacionais, por exemplo.

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Alguns autores também atribuem à sociedade internacional outras características fundamentais, tais
como a Descentralização do Ordenamento Jurídico Internacional, uma vez que não há espécie de
órgão de poder central no âmbito do DIP e, a Proibição do uso da força, que só pode ser utilizada
como último recurso, ou seja, quando todos os outros métodos de resolução de conflitos se esgotam.
Para além disso, como resultado da revolução do DIP já citada, atualmente fala-se em Humanização
do Direito Internacional como característica, pois nem sempre o ser humano foi figura central de
proteção dos compromissos internacionais, fato ocorrido especialmente após a II Guerra Mundial,
com a criação das Nações Unidas, dos sistemas regionais de Direitos Humanos e da Declaração
Universal de Direitos Humanos.

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Conclusão
Chegado ao fim do presente trabalho percebeu melhor de que Direito Internacional” surgiu em 1780,
através de um britânico chamado Jeremy Bentham em sua obra “An Introduction to the Priciples of
Moral and Legislation”.

Posteriormente, o termo “público” foi incluído, manifestando o interesse primário da matéria e


distinguindo-o do Direito Internacional Privado, cujo objeto é definir qual a ordem jurídica, nacional
ou estrangeira, aplicável aos conflitos de leis no espaço em relações privadas com conexão
internacional.

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Bibliografia
Accioly, Hildebrando (2009). Tratado de Direito Internacional Público 3ª ed. São Paulo: Quartier Latin
Acquaviva, Marcus Cláudio. Dicionário Enciclopédico de Direito 5ª ed. [S.l.]: Brasiliense
Bentham, Jeremy. An Introduction to the Principles of Morals and Legislation. Oxford: Oxford
University Press.
Brownlie, Ian (2003). Principles of Public International Law 6ª ed. Oxford: [s.n.]
Mello, Celso D. de Albuquerque (1986). Direito Internacional Público. 2 8ª ed. [S.l.]: Biblioteca Jurídica
Freitas Bastos.
Clarence, Morris (2002). «Hugo Grócio». Os Grandes Filósofos do Direito. [S.l.]: Martins Fontes.

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