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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIREITO
CURSO LICENCIATURA DE DIREITO

TEMA: OS SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO.

Rafael Serafim Pode: 91231037

Pemba, Março 2024


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE DIREITO

CURSO LICENCIATURA DE DIREITO

TEMA: OS SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO.

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do curso de licenciatura em
direito da UNISCED.
Tutor:

Rafael Serafim Pode: 91231037

Pemba, Março 2024


ÍNDICE
INTRODUÇÃO..........................................................................................................................1

1.1.OBJECTIVOS.......................................................................................................................1

2.REVISÃO DE LITERATURA................................................................................................2

2.1.Direito internacional.............................................................................................................2

2.2.SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO.................................................2

2.2.1.Noção e Identificação dos Sujeitos de Direito Internacional Público................................2

2.2.2.O ESTADO........................................................................................................................2

2.2.3.A População.......................................................................................................................3

2.2.4.Território............................................................................................................................3

2.2.5.O poder político ou a soberania.........................................................................................3

3.O INDIVÍDUO COMO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO...............4

3.1.Personalidade Internacional Das Organizações Internacionais............................................5

3.2.Homem individualmente considerado – pessoa física..........................................................5

CONCLUSÃO............................................................................................................................6

Referência bibliográfica..............................................................................................................7
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como tema os Sujeitos do Direito Internacional Público este que é o
ramo da ciência jurídica que visa regular as relações internacionais com o fim precípuo de
viabilizar a convivência entre os integrantes da sociedade internacional.

A questão que gostaria de trazer à reflexão nesse modesto estudo é se o homem,


individualmente considerado, como pessoa física, poderia ser também sujeito de Direito
Internacional Público, ao lado de Estados e Organizações Internacionais, como vai se explicar
mais adiante.

Desta feita, como este tema caracteriza-se por ser bastante extenso e necessita de uma análise
específica encontra-se dividido em títulos e subtítulos como forma de facilitar uma melhor
compreensão.

1.1. OBJECTIVOS
1.1.1. Objectivos Gerais
 Compreender Sujeitos do Direito internacional público.

Objectivos e Específicos

 Definir o conceito de sujeito do direito internacional público;


 Identificar os Sujeitos do direito internacional pública;
 Descrever os Sujeitos do direito internacional público.
1.2. Metodologias do trabalho

Em relação a metodologia usada para a realização teste trabalho, foi exclusivamente a


consulta de obrar literárias que consta no trabalho, cujo os autores estão evidentemente
citados no trabalho e na referência bibliografia.

Quanto a organização o presente trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução onde faz
apresentação do tema de uma forma simples, desenvolvimento onde aborda-se o tema e os
respectivos subtemas de uma forma mais profunda, e por fim a respectiva conclusão seguida
das referências bibliográficas

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2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Direito internacional

Segundo Americano, (1945) nos traz esse brilhante conceito deste enigma abordando o
seguinte: “O objecto do Direito Internacional Público é o estabelecimento de segurança entre
as Nações, sobre princípios de justiça para que dentro delas cada homem possa ter paz,
trabalho, liberdade de pensamento e de crença”.

Segundo Accioly (2000) tem a sua ideia sobre nas seguintes palavras: “Direito internacional,
ou Direito das Gentes, é o conjunto de princípios ou regras destinado a reger os direitos e
deveres internacionais, tanto dos Estados ou outros organismos análogos quanto dos
indivíduos”.

Nessas duas definições de Direito Internacional Público, que embora os autores estejam
falando sobre as relações jurídicas entre os Estados, Países que cooperam, negociam,
guerreiam, entre si na sociedade internacional, em momento algum descuidam do olhar para o
homem, enquanto ser humano destinatário de tudo o que é realizado pelos Estados.

Pode-se concluir, sem qualquer dúvida, que o homem, enquanto pessoa é o final destinatário
de tudo quanto é contratado, negociado, pelos Países, que visam, sempre o bem-estar e o
melhor para os seus cidadãos.

2.2. SUJEITOS DO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

2.2.1. Noção e Identificação dos Sujeitos de Direito Internacional Público


O domínio de sujeitos de direito Internacional Publico é a premissa fundamental para que
possamos conhecer quem são estas entidades e saber qual é o papel que elas desempenham na
arena internacional.

Assim, no entendimento de Pereira e Quadros (1999) no seu manual de Direito Internacional


Público acrescentam o seguinte:

“ É sujeito Internacional quem for susceptível de ser titular de direitos e suporte de


obrigações resultantes directa e indirectamente de uma norma de Direito
internacional”.

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2.2.2. O ESTADO
Como mencionamos antes o Estado é um dos sujeitos do Direito Internacional Publico
dotado, por tanto, de personalidade e capacidade jurídica a nível Internacional.

Para Silva, R. L. (2008) No diz respeito ao conceito do Estado-nação podemos desenvolver


que, existe um governo soberano, regendo a vida do povo em um determinado espaço
geográfico, no qual suas normas jurídicas, e somente as suas, são impostas e acatadas.

Para Guimarães, (2009) entende Estado, como a soma de três (3) importantes elementos povo,
território e governo soberano.

a) População
b) Território
c) Poder político
2.2.3. A População

Povo “são os indivíduos que vivem no Estado de forma permanente. Temos aqui a simples
soma aritmética dos indivíduos que vivem em nosso território, podendo ser eles de diferentes
etnias, religiões, culturas, costumes, etc. Não se exige dessa massa de pessoas, que haja algum
vínculo cultural, histórico ou de qualquer outro tipo a uni-los. Consideraremos apenas o seu
conjunto.” (Guimarães, 2009).

Desta feita, a nacionalidade não é requisito para que possa considerar indivíduo como fazendo
parte da população de um país.

2.2.4. Território

Território “é o espaço delimitado (por fronteiras) no qual o Estado exerce de maneira


constante a sua soberania. Dentro do conceito de território, temos de incluir não somente o
espaço geográfico terrestre, mas também o mar e rios (quando houver), e o ar – espaço aéreo
sobre os demais. Nesses três ambientes – terra, mar e ar, o Estado exerce a sua jurisdição, ou
seja, sua lei é aplicada a todos que dentro desse espaço geográfico se encontrem.”
(Guimarães, 2009).

A importância do território como elemento constitutivo do Estado é muito grande. Por um


lado, marca o domínio dentro do qual o Estado exerce a sua soberania. Em segundo lugar, e
referindo-se agora a sua extensão, é um factor de defesa militar e de económica, sobretudo
quando a extensão se alia a fertilidade do solo ou da riqueza do subsolo.
3
2.2.5. O poder político ou a soberania.

Alguns autores defendem que o Estado Soberano é aquele que não se encontra numa situação
de dependência jurídica ou geral em relação a outro Estado e exerce o poder político no seu
território.

Governo “é a organização política estável, que mantém a ordem interna e representa o


Estado nas relações com os demais membros da comunidade internacional. Essa
organização político-administrativa geralmente exerce o poder advindo do povo,
mediante uma estrutura representativa da sociedade, ou seja, os governantes são
eleitos pelo povo para exercerem as funções de organização da sociedade.”
(Guimarães, 2009).

Na verdade, o poder político é um elemento importante do Estado, e sem ele não se pode
considerar soberano. Este poder político pode ser definido como a faculdade exercida por um
povo de, pôr autoridade própria, não recebida de outro poder, instituir órgãos que exerçam o
senhorio de um território e nele criem e imponham normas jurídicas, dispondo dos
necessários meios de coacção.

3. O INDIVÍDUO COMO SUJEITO DE DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Durante muito tempo, a doutrina não conferia ao indivíduo o carácter de sujeito de Direito
Internacional. Partia-se da premissa de que a sociedade internacional era meramente
interestação, que apenas os Estados podiam criar normas, as quais só se referiam directamente
a estes. A pessoa natural, por sua vez, era mero objecto das normas internacionais e da acção
estatal no cenário externo e, quando pudesse actuar no cenário internacional, o faria
estritamente dentro do marco estabelecido pelos Estados (Silva, 2008).

O argumento base do Direito Internacional Publico é um conjunto de normas que apenas rege
relações entre Estados soberanos. O indivíduo era visto como objecto das relações entre
Estados soberanos.

Os primeiros sinais de consideração do indivíduo como sujeito da relação de Direito


Internacional Publico surgem como resultado dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, sendo
que muitas pessoas sofreram com os efeitos das mesmas entre os Estados. Com efeito,
levantou-se a questão de saber se estes indivíduos podiam intentar acções contra os Estados
intervenientes na guerra para obter uma indemnização (Americano, 1945)

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Portanto, para que o indivíduo seja considerado sujeito de Direito Internacional público é
necessário que haja um Tratado que disponha no sentido de abrir ao indivíduo personalidade a
nível Internacional.

3.1. Personalidade Internacional Das Organizações Internacionais


Sendo sujeito de Direito Internacional a Organização Internacional, tal como outros sujeitos,
tem personalidade jurídica Internacional. A personalidade de uma Organização internacional
consta do seu acto de constituição, onde se encontram vertidos os direitos e obrigações
próprias da Organização, susceptíveis de produzir manifestações de vontade que lhe sejam
juridicamente imputáveis, e não aos Estados membros (Silva, 2008).

3.2. Homem individualmente considerado – pessoa física

O Homem, individualmente considerado, como Sujeito no Direito Internacional Público.


Em que pese todas as actividades que acontecem na sociedade internacional visarem,
de uma forma ou de outra, o Homem como destinatário final de seus objectivos,
sempre com as melhores intenções – de propiciar um ambiente de paz e segurança
para nós vivermos, com liberdades diversas, com oferta de trabalho, sustento,
sobrevivência, lazer, educação, etc., ainda assim, verificaremos se esse mesmo
Homem, que é o objecto de todas essas preocupações e acções, poderia ser, também,
SUJEITO (Varella, 2009).

Que ele neste caso o homem é sujeito no Direito Internacional Privado não existe qualquer
dúvida, pois ele efectivamente participa as relações jurídicas internacionais como
protagonista, seja no direito comercial, como no direito civil.
A fim de se considerar uma pessoa (física ou jurídica, de direito privado ou público) como
sujeito, ela deve satisfazer os requisitos de possuir plenos poderes para exercer direitos ou
contrair obrigações.

Essa plena capacidade, de direitos e deveres, é que confere à pessoa, sua plenitude e
capacidade jurídica.

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CONCLUSÃO
Quando se fala de sujeito de direito internacional existem sujeitos que atuam no Direito
Internacional Público – Estados e Organizações Internacionais, e outros sujeitos, que atuam
no Direito Internacional Privado – empresas e pessoas físicas.
Não resta muita dúvida sobre a actuação de nenhuma dessas pessoas, de direito público, de
direito privado, em seus respectivos campos “tradicionais” de actuação, cada qual
desempenhando o papel que lhe diz respeito.
Os Sujeitos de Direito Internacional, em regra, são 03: a) Estados soberanos (dotados de
povo, território, poder soberano e finalidade); Estados sui generis: A Igreja tem dupla
personalidade; Santa Sé (capacidade espiritual da organização), e o Estado do Vaticano (sede
política), que tem todos os elementos de um Estado. Se os Tratados prevêem privilégios aos
Católicos, são chamados de Concordata. Moçambique pode celebrar concordatas com o
Vaticano. b) Organizações Internacionais, que são intra-estatais ou intergovernamentais.
Devem ser criadas por Estados e por meio de Tratados. Obs.: Greenpeace, FIFA, FIA
UNICEF e Cruz Vermelha são ONG’s, fundadas por particulares e por meio de actos
constitutivos ou contrato. c) Indivíduos: questões da nacionalidade e condição jurídica do
estrangeiro.

6
Referência bibliográfica
Accioly, H. (2000). Manual de Direito Internacional Público. SP, Saraiva.
Americano, J. (1945.) O novo fundamento do Direito Internacional. SP, edit. Diez.
Guimarães, A. (2009). Direito Internacional. RJ, Edit. Elsevier.

Silva, R. L. (2008). Direito internacional pública. Belo Horizonte: Del Rey.

Varella, M. D. (2009). Direito internacional público. São Paulo: Saraiva.

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