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Universidade Católica De Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Curso:

Licenciatura em Curso de Geografia,

O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico

Beira aos 29 de Maio de 2023


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Universidade Católica De Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico

Cansina Pedro Culeti Trabalho de Carácter Avaliativo da cadeira de


Técnica de Expressão de Língua portuguesa a
ser Apresentado no Instituto de Educação a
distancia : Curso de Licenciatura em Geografia
1º ano Leccionado pelo:

Docente:

Beira aos 29 de Maio de 2023

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Índice
INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico......5
1.1. Texto e Discurso.....................................................................................................5
2. Teorias Pragmáticas da Argumentação...........................................................................5
3. Conceito de Funcionalização e Contextualização de Argumentos.........................6
3.1. Texto Argumentativo..........................................................................................7
4. Marcadores argumentativos....................................................................................7
CONCLUSÃO...............................................................................................................9
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................10

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INTRODUÇÃO

Perante o desenrolar deste trabalho, tivemos como base fundamental o tema que
focaliza acerca do: O contributo do texto argumentativo na melhoria do
desempenho linguístico. Como se espera, uma parcela do nosso conhecimento é
apreendida por meio da linguagem escrita, com livros, jornais, revistas, internet, entre
outros cabendo à escola o papel de ensiná-la.

Para tanto, a escola em busca de cumprir um dos seus papeis que é o de transmitir
conhecimentos acerca da linguagem escrita. Especialmente no que concerne o estudo do
texto, a escola segue as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino
Médio pelo Ministério da Educação segundo o qual a escola deve propor Analisar os
recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextos, mediante a
natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de
produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e
propagação de ideias e escolhas). É neste contexto que o presente trabalho tem como
objectivo geral:

Analisar O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho


linguístico.

Para materializar o objectivo geral, foram traçados os seguintes objectivos específicos:

 Descrever O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho


linguístico;
 Falar sobre o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho
linguístico.

A metodologia usada para a realização deste trabalho foi a da consulta bibliográfica, que
consistiu na leitura e análise das informações de diversas obras que se debruçam sobre o
tema acima mencionado e também em consultas na internet. Os autores das referidas
obras estão devidamente citados dentro do trabalho e também na bibliografia final.
Quanto a estrutura do trabalho está organizado da seguinte forma: Introdução,
Conceitos, Desenvolvimento, Conclusão e Referencias Bibliografia.

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1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho
linguístico.

1.1.Texto e Discurso
A linguagem verbal é manifestada pela fala e pela escrita, visando a estabelecer
nacomunicação uma interação. Assim, podemos dizer que o ato de ler e escrever amplia
o olhardo ser humano que apreende conhecimentos ao interagir, proporcionando ao
sujeito, assumiruma postura critica no mundo.
Como se sabe, uma parcela do nosso conhecimento é apreendida por meio da
linguagem escrita, com livros, jornais, revistas, internet, entre outros cabendo àescola o
papel de ensiná-la.
Para tanto, a escola em busca de cumprir um dos seus papeis que é o de
transmitirconhecimentos acerca da linguagem escrita. Especialmente no que concerne o
estudo do texto,a escola segue as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais
Ensino Médio peloMinistério da Educação (PCNEM), segundo o qual a escola deve
propor 
 
Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionandotextos/contextos,
mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordocom as condições de
produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores participantes da criação e
propagação de ideias e escolhas). (1998, p. 19)
Acreditamos, no entanto, que a abordagem feita pela escola acerca do estudo do texto
emrelação à linguagem argumentativa ocupa um lugar muito aquém do desejado nas
práticas desala de aula; quando muito esta abordagem é feita nas últimas series do
ensino fundamental edo ensino médio.
Haja vista os baixos resultados de desempenho dos alunos com textosargumentativos
nas propostas de leitura e escrita das avaliações do ENEM (Exame Nacionaldo Ensino
Médio) e dos vestibulares.Assim, acreditamos que o estudo das estratégias
argumentativas favorece-nos a ampliar, noaluno, a competência linguístico-discursiva,
adquirindo maior domínio dos conhecimentosacerca da linguagem escrita e, tornando-se
um sujeito crítico e ativo no mundo.
 
2. Teorias Pragmáticas da Argumentação

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A argumentação está no centro da concepção da antiga retórica. Depois de ter conhecido
umcerto decréscimo, relacionado ao declínio da retórica e à ascensão de certas formas
científicas,os estudos da argumentação foram retomados na segunda metade do séc. XX
na França, a partirdos trabalhos de Toulmin (1958) e Parelman & OlbrechtsTyteca
(1969).

Intervieram também Benveniste (1966), Vignaux (1981) e Grice (1990) na definição do


conceito a argumentação como a apresentação de um ponto de vista. Para Benveniste
(1966),a argumentação é toda a sucessão de enunciados que constrói um ponto de vista
para modificaras representações do interlocutor. Esta definição foi partilhada por
Vignaux (1981), naquilo que ele diz argumentar equivale a enunciar algumas
proposições em detrimento de outros.

Grice(1990) define a argumentação como uma actividade que visa intervir sobre a
opinião, a atitude e mesmo sobre o comportamento de qualquer indivíduo. Para efeitos
da presente investigação, as questões centrais da argumentação são como tornar
reconciliados os pontos de vista opostos, através do uso da linguagem persuasiva; como
a audiência pode ser trazida na retórica livre e conscientemente; e como aproximar
racionalmente e de forma ideal os intervenientes de uma audiência, sobretudo em
contexto de oposição (Grice,1990), sendo como ponto de interesse e a motivação para o
nosso trabalho.

3. Conceito de Funcionalização e Contextualização de Argumentos

A abordagem da argumentação tende a procurar acompanhar um interesse nos


argumentos reais que surgem por detrás das controvérsias. Esta caracterização da
abordagem faz-se, através da funcionalização e contextualização dos argumentos.
Toulmin (1958) teorizou, sem olhar mesmo para as consequências do contexto, que o
argumento pode ser visto como algo que expressa uma reivindicação e resposta a certas
questões típicas. Mas, toda a instrução deve ser a de adequação dos argumentos aos
contextos.

Para efeitos da presente investigação, ‘funcionalizar e contextualizar argumentos’ na


produção escrita implica por parte dos seus produtores ter procedimentos correctos na
utilização dos operadores argumentativos (Flower, 1994).

3.1. Texto Argumentativo

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Todo e qualquer texto argumentativo, como já dito, visa ao convencimento de seu
ouvinte/leitor. Por isso, ele sempre se baseia em uma tese, ou seja, o ponto de vista
central que se pretende veicular e a respeito do qual se pretende convencer esse
interlocutor. Nos gêneros argumentativos escritos, sobretudo, convém que essa tese seja 
apresentada, demaneira clara, logo de início e que, depois, através duma argumentação
objetiva e de diversidade lexical seja sustentada/defendida, com vistas ao mencionado
convencimento.

A estrutura geral de um texto argumentativo consiste de introdução, desenvolvimento e


conclusão, nesta ordem. Cada uma dessas partes, por sua vez tem função distinta dentro
da composição do texto:

 Introdução

É a parte do texto argumentativo em que apresentamos o assunto de que trataremos e a


tese a ser desenvolvida a respeito desse assunto. 

 Desenvolvimento

É a argumentação propriamente dita, correspondendo aos desdobramentos da tese


apresentada. Esse é o coração do texto, por isso, comumente se desdobra em mais de um
parágrafo. De modo geral, cada argumentação em defesa da tese geral do texto
corresponde a um parágrafo. 

 Conclusão

A parte final do texto em que retomamos a tese central, agora já respaldada pelos


argumentos desenvolvidos ao longo do texto.

4. Marcadores argumentativos

Com respeito à propaganda e sua relação com língua, vale ressaltar o postulado de
Koch (2002), sobre a linguagem em geral, mas que se faz pertinente especialmente
quando tratamos de linguagem publicitária. Segundo Koch, (2002, p.15), “a linguagem
é uma forma de ação, ação sobre o mundo, dotada de intencionalidade, veiculadora de
ideologias, caracterizando-se, portanto, pela argumentatividade”.

Refletindo sobre a afirmação de Koch (2001), pensamos que é por meio da linguagem
que o sujeito realiza intencionalmente algo para si e para o mundo em que vive,

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propagando pela argumentação, de forma explicita ou implícita, suas ideologias
inscritas na própria utilização da língua. Ainda, afirma a autora: A argumentatividade
permeia todo o uso da linguagem humana, fazendo-se presente em qualquer tipo de
texto e não apenas naqueles tradicionalmente classificados como argumentativos. Não
há texto neutro, objetivo, imparcial: os índices de subjetividade se introjetam no
discurso, permitindo que se capte a sua orientação argumentativa.

Assim, refletimos sobre a argumentação na perspectiva da linguagem que se apoia no


sujeito que age e constrói seus discursos. Esses discursos são marcados por um modo de
dizer e pela relação que se estabelece entre os interlocutores e também entre leitor e
texto.

Desse modo, nos valemos da linguagem não só para transmitir informações ou ideias,
mas também para convencer, firmar exemplos, almejar efeitos, provocar mudanças,
modificar comportamentos, reforçar valores, despertar desejos e sensações, construir
imagens, isto é, a linguagem verbal não é apenas um fazer saber, mas também um fazer
crer, convencer, persuadir.

A linguagem é, portanto, um instrumento de ação sobre o outro. Nesse sentido,


podemos dizer que a linguagem é, além de argumentativa, subjetiva, no sentido de que
ela põe em jogo subjetividades que desejam fazer valer seus pontos de vista. Vale
relembrar a afirmação de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005, p. 4) para quem “[...] a
teoria da argumentação é o estudo das técnicas discursivas que permitem provocar ou
aumentar a adesão das mentes”.

Assim, o discurso publicitário tem o objetivo fundamental de incitar de forma


persuasiva seus leitores/enunciadores, mesmo quando ele informa. E a persuasão é
possível ser observada, pelas escolhas das marcas linguísticas deixadas no discurso.
Essas escolhas conscientes ou não, estruturam, organizam e orientam a argumentação e
a progressão de ideias apresentadas pelos argumentos. Os argumentos representam as
estratégias discursivas, cujas intenções conduzem a uma conclusão compartilhada das
mesmas ideias.

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CONCLUSÃO

O presente trabalho que tinha como tema: O contributo do texto argumentativo na


melhoria do desempenho linguístico. No entanto, a argumentação na perspectiva da
linguagem que se apoia no sujeito que age e constrói seus discursos. Esses discursos são
marcados por um modo de dizer e pela relação que se estabelece entre os interlocutores
e também entre leitor e texto.

A linguagem é, portanto, um instrumento de ação sobre o outro. Nesse sentido,


podemos dizer que a linguagem é, além de argumentativa, subjetiva, no sentido de que
ela põe em jogo subjetividades que desejam fazer valer seus pontos de vista. Vale
relembrar a afirmação de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005, p. 4) para quem “[...] a
teoria da argumentação é o estudo das técnicas discursivas que permitem provocar ou
aumentara adesão das mentes”. Assim, o discurso publicitário tem o objetivo
fundamental de incitar de forma persuasiva seus leitores/enunciadores, mesmo quando
ele informa.

Desse modo, nos valemos da linguagem não só para transmitir informações ou ideias,
mas também para convencer, firmar exemplos, almejar efeitos, provocar mudanças,
modificar comportamentos, reforçar valores, despertar desejos e sensações, construir
imagens, isto é, a linguagem verbal não é apenas um fazer saber, mas também um fazer
crer, convencer, persuadir.

Desse modo, e a persuasão é possível ser observada, pelas escolhas das marcas


linguísticas deixadas no discurso. Essas escolhas conscientes ou não, estruturam,
organizam e orientam a argumentação e a progressão de ideias apresentadas
pelos argumentos. Os argumentos representam as estratégias discursivas, cujas
intenções conduzem a uma conclusão compartilhada das mesmas ideias.

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BIBLIOGRAFIA

BRANDÃO, H. H. N.. Introdução à análise do discurso. 2. ed. Campinas, SP: Editora


daUnicamp, 1996.

CABRAL, A. L. T. Modalização e interação na linguagem: A subjetividade em


processos civis.42-52f. 2000. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas:
Língua Portuguesa) PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo, São Paulo,
2000.

CARVALHO, N. Publicidade: a linguagem da sedução. São Paulo: Ática, 2009.

GUIMARÃES, E. Texto e Argumentação: um estudo de conjunções do português. 4.


ed.Campinas: Pontes, 1981.

KOCH, I. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 2001.

______. As marcas dearticulação na progressão textual. In: ______. As tramas do texto.


Rio de Janeiro: NovaFronteira, 2008.

______. Argumentação e linguagem.7. ed. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2004.


______. Novas tendências em análise do discurso. Campinas: Pontes / Unicamp,
1997.

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