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Trabalho de Campo
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
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Índice
Introdução....................................................................................................................................3
1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico ...........................4
1.1. Coondições básicas do texto argumentativo ...........................................................................5
1.2. Contribuição do texto argumentativo .....................................................................................6
1.3. A escrita de textos argumentativos: reflexões a partir do que se ensina na escola ...................6
Conclusão ....................................................................................................................................8
Referências bibliográficas ............................................................................................................9
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Introdução
O presente trabalho é da cadeira de Técnica de Expressão Oral e Escrita, com o seguinte tema: O
contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico. No entanto, os textos
argumentativos são aqueles que apresentam recursos, justificativas e alegações com o objectivo
principal de persuadir o leitor sobre determinado ponto de vista. Nesse sentido, as produções
escritas de textos argumentativo, é frequente os locutores incluírem argumentos alheios e
antagónicos para, posteriormente, poderem refutá-los. São os interlocutores para quem se escreve
e os objectivos comunicativos pretendidos que condicionam a composição e o estilo adoptado no
texto.
Objectivos do trabalho:
Conhecer o contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico;
Identificar as coondições básicas do texto argumentativo;
Explicar as reflexões a partir do que se ensina na escola sobre os textos argumentativos.
A metodologia usada para elaboração do trabalho foi à consulta de obras bibliográficas, uso do
mundo virtual (a internet) segundo as regras usadas nesta instituição de ensino (UnISCED) a
Norma APA 6ª Edição, o uso do método descritivo e prático.
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1. O contributo do texto argumentativo na melhoria do desempenho linguístico
Segundo Houaiss (2001) argumentação é a arte, ato ou efeito de argumentar; troca de palavras em
controvérsia, disputa ou discussão. É um conjunto de ideias, de acontecimentos que constituem
os argumentos que vão levar ao convencimento ou mesmo conclusão de (algo ou alguém).
Nesta ordem de ideia, a argumentação visa persuadir o leitor acerca de uma posição. Quanto mais
polémico for o assunto em questão, mais dará margem à abordagem argumentativa. Pode ocorrer
desde o início quando se defende uma tese ou também apresentar os aspectos favoráveis e
desfavoráveis posicionando-se apenas na conclusão.
Por sua vez, Gregolin (1993, cit. em Matusse) afirma que “a argumentação não é entendida como
um acessório que auxilia na transmissão de informações, mas como ‘ato linguístico fundamental’,
inerente a todo e qualquer texto” (p.28).
Breton (2003) compartilhando com a ideia do papel fundamental que a argumentação pode
exercer na vida dos indivíduos, situa a argumentação como uma prática que é inerente à
comunicação humana, assegurando que na medida em que o homem se identifica com uma
palavra, com um ponto de vista próprio sobre o mundo no qual está inserido, pratica
argumentação.
Leal e Morais (2006) ao justificarem a escolha de um tema de pesquisa cujo foco era a
abordagem de aspectos relacionados à produção de textos de opinião na escola, apontam a
argumentação como “uma atividade socialmente relevante que permeia a vida dos indivíduos em
todas as esferas da sociedade” (p. 8), na medida que a defesa de pontos de vista constituiria um
aspecto fundamental para a inserção social e a autonomia dos sujeitos.
É assim que temos os estudos de Val (2006), autores que lidam diretamente com elementos da
argumentação e da textualidade em textos dissertativos produzidos por sujeitos em contextos de
vestibular. A pesquisa do primeiro estudioso pretendeu demonstrar que os problemas de redação
escolar constituem, sobretudo, os efeitos da cristalização de uma atitude que retira a escrita da
linguagem e esta, do mundo e da ação intersubjetiva. Também, foi observado que as redações dos
vestibulandos apresentavam deficiências que se situavam na estrutura lógico-semântico-cognitiva
subjacente aos textos.
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Temos ainda estudos empíricos de Leal e Morais (2006) que tratam de aspectos da argumentação
escrita em textos de crianças. Esses autores, após a observação de situações de produção em turmas
dos anos iniciais do ensino fundamental e da análise dos textos desses alunos, constataram que o que
acontece na sala de aula no momento de produção interfere na escrita dos produtores.
Breton (2003) o estudo da argumentação como parte da antiga retórica, foi feito durante muito tempo
por filósofos por um lado, e por especialistas literários da linguagem por outro lado” (p.14).
De acordo com esse estudioso, os filósofos situavam a argumentação de forma ambígua, já que se
perguntavam se nela havia procedimentos que pudessem nos permitir chegar à verdade de algo ou
provar a falsidade. Para Breton, considerando-se que, no âmbito da comunicação, cada mensagem é
vista como uma opinião que pode ser argumentada, a questão levantada pelos filósofos deixava de ser
relevante, já que não se busca com a argumentação uma verdade ou um erro.
No que se refere ao papel dos literários ante os estudos da argumentação, Breton (2003) indica que,
para eles, na maioria das vezes, argumentar equivalia a “uma apresentação estética na qual se fazia
mais uso da sedução do belo que do raciocínio rigoroso” (p.15).
Nessa perspectiva, a retórica se desenvolveu como matéria de ensino, cujo objetivo era iniciar os
jovens na arte suprema do discurso. Decorre daí a associação da retórica à arte do bem falar, já que a
preocupação maior consistia em formar oradores que, por meio de um discurso eloquente,
conseguissem a adesão de um auditório.
Leal e Morais (2006) chamam a atenção para o fato de que, embora existam várias orientações
didáticas sobre as formas de construção de textos argumentativos, sobre a estrutura desses textos
a ser ensinada na escola, quando passamos a considerar as situações de interação mediadas pelo
texto, tendemos a perceber que os modelos de textos argumentativos não correspondem a gêneros
textuais reais.
Ainda os mesmos autores, Leal e Morais (2006) afactizam que “fala-se em ‘textos
argumentativos’ como se existissem, nas práticas sociais, modelos únicos que satisfizessem às
diferentes condições com as quais se deparam os indivíduos na sociedade” (p.19).
No entanto, entende-se, é que as interações sociais não se estabelecem por modelos estanques ou
rígidos de texto, mas consideraremos que em situações de produção de textos argumentativos
escritos, as estratégias mínimas discursivas (tese, apresentação de argumentos, conclusão) serão
mobilizadas, ainda que nem todas possam estar presentes num mesmo texto dessa ordem.
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‘cultura básica’ que todos podem adquirir, de certa maneira, por ‘impregnação’, ao passo que a
argumentação é apenas raramente o objeto de um programa de ensino” (p.23).
Portanto, admiti-se, tal como Breton, que a argumentação constitui-se também na cultura básica e
podemos verificar isso, de forma muito clara, quando lidamos com crianças que vivenciam desde
cedo situações argumentativas orais.
O texto argumentativo se configura num gênero que permite ao seu produtor demonstrar o
domínio de certas habilidades linguísticas e intelectuais, no sentido de persuadir o seu
interlocutor a adotar uma posição, mudar um comportamento ou aceitar um princípio.
Essa ação pressupõe algumas condições básicas para o exercício da argumentação Leal e Morais
(2006), tais como:
a) Existência de um tema passível de debate ou situações sociais controversas;
b) Existência de uma tese a ser defendida;
c) A necessidade de argumentos que justifiquem ou refutem a tese em questão.
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Conclusão
Depois de ter feito o trabalho, conclui-se que argumentar é um processo que apresenta dois
aspectos: o primeiro ligado à razão, supõe ordenar ideias, justificá-las e relacioná-las; o segundo,
referente à paixão, busca capturar o ouvinte, seduzi-lo e persuadi-lo. No entanto, referente ao
desenvolvimento linguístico na elaboração do texto expositivo argumentativo a repetição lexical
tem papel importante na coesão. Muitas vezes, especialmente em textos de caráter expositivo-
argumentativo, a palavra que mais se repete em um texto é a que designa seu tema. É comum
introduzir-se uma informação com uma palavra marcada com artigo indefinido e sinalizar sua
retomada repetindo a palavra e determinando-a por artigo definido. Contudo, um texto se faz
também com palavras que se acomodam na linearidade sequencial do tempo ou do papel e que
demandam padrões específicos de organização, de maneira a poderem recobrar estatuto de
funcionalidade.
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Referências bibliográficas
Breton, P. (2003). A argumentação na comunicação. 2ª ed. São Paulo: EDUSC.
Houaiss, António (2001). Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objectiva.