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2. Objectivo Geral
O presente trabalho tem como objectivo Geral Identificar, as regras morfológicas na
escrita de falantes do Português como L2 e tem Específicos desenvolver e analisar as
metodologias do ensino da L2.
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3. Ensino -Aprendizagem do Português como L2
3.1.Conceitos de L2 vs LE
É questão actual a definição e diferenciação dos conceitos de LE/L2, embora se saiba
que ambos respeitam a LNM. A dinâmica sociocultural, os factores económicos, as
relações diplomáticas, comerciais e até militares impuseram, desde longa data, o
relacionamento entre falantes de línguas diferentes. Esta situação conduziu ao ensino,
aprendizagem e uso de LNM. Entretanto, os linguistas viram a necessidade de deixar
clara a diferença entre os idiomas que, não sendo autóctones, têm um estatuto
sociopolítico reconhecido num determinado país e aqueles a que falta tal estatuto.
Assim, surgiram os conceitos de L2 e LE.
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5. Algumas abordagens metodológicas do ensino de LP como L2
O ensino das LE/L2 tem sido objecto de várias abordagens com vista a torná-lo cada
vez mais eficiente. É por esta razão que, no seu percurso histórico, tal processo tem
conhecido várias metodologias, sendo que os mesmos conteúdos de LE/L2 podem
aparecer tratados de formas diferentes. É que a escolha de um método/metodologia é
condicionada por vários factores. Por isso, de acordo com Quist (2007: 78), antes de se
escolher um método ou abordagem de ensino, é preciso pensar no conhecimento e
habilidades dos alunos, nas suas capacidades e tipo de experiências e sobretudo na
melhor forma de rentabilizar a actividade de cada agente.
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c. Metodologia Áudio -Oral (MAO)
A MAO surge durante o decorrer do século passado e foi desenvolvida nos EUA com o
objectivo de permitir uma aprendizagem rápida da língua. Neste método, a base de
estudo é a língua falada, o que implica a análise estrutural (de tipo bloom fieldiano) da
frase de acordo com as suas relações sintagmáticas e pragmáticas. A língua é
considerada como um comportamento verbal, e a sua aprendizagem depende de
interacções sociais de tipo estímulo - resposta, sendo o principal objectivo o de
desenvolver a fala através da imitação e da repetição de palavras e frases modelo.
Novamente, o professor continua sendo visto como detentor do conhecimento, dirigindo
e controlando o comportamento linguístico dos alunos.
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f. Método de Elaboração Conjunta (MEC)
O MEC enquadra-se na MC/Pedagogia de Autonomia, pecando por não prever a
negociação entre o professor e o aluno, embora ambos se envolvam no processo. É o
método mais usado na área de ensino de Português. É de maior interacção e as
actividades de ensino e aprendizagem distribuem-se quase equitativamente pelo
professor e alunos. As suas vantagens advêm do melhoramento dos conhecimentos a
partir de várias contribuições, quer do professor, quer dos alunos, sendo que isto pode
proporcionar oportunidades claras para desenvolver o vocabulário.
6. Vocabulário vs Léxico
O vocabulário é importante para a comunicação e para o processo de ensino da L2.
Conhecê-lo é a condição sem a qual não se processam nem o ensino -aprendizagem,
nem a comunicação verbal em L2. Contudo, pouca importância se lhe dá no que
concerne ao seu ensino nas escolas. Esta situação é de longa data e, segundo Calçada
(1998: 54), o “facto de os linguistas não terem privilegiado a semântica concorreu para
que a aprendizagem do vocabulário fosse considerada um simples problema de
conteúdo”. Em paralelo a esta situação, coloca-se o facto de o conceito de vocabulário
ser confundido com o do léxico52, uma vez que entre ambos, existe uma relação
semântica de hiperónimo/hipónimo.
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7. Considerações finais
Em relação ao ensino da gramática, considera-se que, de forma implícita e explícita
quando necessário, se deva caminhar no sentido de os alunos utilizarem a língua com
correcção e variedade, dominando um número de estruturas cada vez maior. Ao ensino
da gramática tradicional, onde predominavam as definições, as classificações e as
análises, na nossa opinião, deve-se sobrepor um ensino direccionado para os usos da
língua, para as situações de comunicação.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA FILHO, J. C. P.; LOMBELLO, L. C. Identidades e caminhos no ensino de
português para estrangeiros. Campinas: Pontes Editora, 1992.
ALMEIDA FILHO, J. C. P.; LOMBELLO, L. C. O ensino de português para
estrangeiros – Pressupostos para o planejamento de cursos de elaboração de materiais.
Campinas: Pontes Editora, 1989.
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