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Chimoio, Abril,
2023
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Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos
2.0
dados
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Indice
CAPITULO I ......................................................................................................................................... 5
1.Introdução ........................................................................................................................................... 5
1.1.Objectivos ........................................................................................................................................ 6
2.1.1.Específicos .................................................................................................................................... 6
1.2.Metodologias.................................................................................................................................... 6
2.1.2. O verbo......................................................................................................................................... 7
3. Conclusão ..................................................................................................................................... 13
CAPITULO I
1. Introdução
A língua Chope faz parte das línguas do grupo bantu, expandidas por quase toda parte sul do equador
de África e, hoje se estima em mais de 600 línguas distribuídos por mais de duzentos milhões de
falantes pertencentes a este grupo. Os falantes originais bantu, devem ter sido relativamente
poucos, mas, ao se moverem e difundirem, de um habitante original no oeste até muitos milhares
de quilómetros a leste às margens do lago vitória, adquiriram conhecimento da agricultura e
pecuária, provavelmente no norte, e mais tarde se expandiram em massa rumo ao sul e sudoeste da
África. A palavra Bantu significa pessoas ou povos. Inicialmente, foi usada para se referir às línguas
da África Sub-Sahariana que exibem um sistema comum de concordância por prefixo.
Actualmente, o termo Bantu é usado para se referir a um grupo de cerca de 600 línguas
faladas por perto de 220 milhões de pessoas numa vasta região da África contemporânea, que se
estende a sul da linha que vai desde os montes Camarões, junto à costa atlântica, até à foz do rio
Tana, no Quénia, abrangendo os seguintes países: África do Sul, Angola, Botswana, Burundi,
Camarões, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Moçambique,
Namíbia, Quénia, República Democrática do Congo, Ruanda, Swazilândia, Tanzânia, Uganda,
Zâmbia e Zimbabwe (Zona, s/ano).
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
Compreender a reduplicação verbal nas línguas moçambicanas no caso da língua Chope.
2.1.1. Específicos
Conceituar a reduplicação verbal;
Identificar as línguas Chope e seus falantes;
Descrever a reduplicação verbal na língua Chope.;
Mencionar os tipos de reduplicação verbal.
1.2. Metodologias
Para a realização do trabalho recorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema
em destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.
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2.1.2. O verbo
Para Ngunga (2004) verbos são palavras que servem para relatar factos, acções, descrever
estados, seres, situações, etc. Este autor, acrescenta que em muitas línguas o verbo conjugado trás
consigo as marcas do sujeito sobre o qual se faz a afirmação, o tempo em que o fenómeno tem lugar, o
número dos sujeitos sobre os quais se faz a afirmação, etc.
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Várias são as definições apresentadas por outros estudiosos, mas, para o âmbito desta
abordagem, os pontos de vista que se apresenta na medida em que, retomando o pensamento
apresentado por Ngunga (2004) encontra-se a representação da acção nos seguintes exemplos:
Exemplo 1:
Línguas locais Verbo Significado em português
Xichangana Kutlula Saltar
Kuja Comer
Gitonga Gugimiya Andar
Gulala Dormir
Chope Kuganga Cortar
aquecer
Kufutumeta
A flexibilidade estrutural deste visa adequá-lo a diferentes morfemas que nele se adjuntam ou acoplam
particularmente na forma radical ou de base verbal com finalidades referenciais diversificados,
tal é o caso da marca do sujeito (MS) que refere ao elemento sobre o qual se faz a afirmação, o
momento ou tempo em a acção, facto têm lugar; marca de objecto (MO) etc. (Norombi, 2005, p. 9).
Asindakide
Sindakide
Ndakide
MS
-Ndakide
Esta representação é funcional em quase todos os verbos das línguas bantu. Contudo, entre a forma de
representação apresentada por Ngunga (2004) e a usada por Chimbutane (2000), para muitos a
segunda forma, para além de transparecer que todos os constituintes do complexo verbal
ocorrem ao mesmo nível, peca por ser demasiado geral e superficial sugerindo que na periferia à
direita do radical apenas ocorre a vogal final sem outros afixos (sufixos).
Exemplo 2:
dima-dima: cultivar repetidas vezes
sela-sela: beber repetidas vezes
kwela-kwela: subir repetidas vezes
No exemplo a estamos perante verbos no infinitivo pois, todos eles, de forma invariável
terminam por vogal –a. Segundo Norombi (2005, p. 23), refere que quando ocorre a
reduplicação dos verbos no infinitivo é uma reduplicação do tipo total normal., na medida em
que há uma repetição completa do reduplicado pelo reduplicante (na posição de prefixo). No
exemplo b), mostra-se que o elemento reduplicado é o tema verbal, por envolver o radical e a vogal
que está como sufixo flexional. No processo corrente de comunicação, os verbos sempre ocorrem
flexionados ou conjugados com referência ao tempo em que o facto, acção ou estado a que aludem
aconteceu. 2.3. Tipos de reduplicação na língua Chope Segundo Nombora (2005, p. 16), refere que,
de acordo com a extensão do reduplicante, o fenómeno linguístico designado reduplicação,
pode ser classificado em parcial e total ou completa.
Tsetseta – peneirar
Dudumela – tremer
Peperuka – aventurar
A parte sublinhada destaca a parte parcialmente reduplicada. Do ponto vista semântico, as formas
parcialmente reduplicadas indicam micro-repetições da acção ou evento a nível interno do tema
verbal. Isto é, a acção ou o evento externamente parece ser único, internamente constitui um
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Estes exemplos corroboram com a definição de Ngunga, pois, há uma cópia plena do
reduplicante quer a nível segmental bem como suprassegmental, na medida em que os verbos
reduplicados. A ocorrência de verbos que apesar de fazerem parte do léxico da língua, tem
um comportamento fora do comum em relação a outros verbos, pois, embora morfologicamente
semelhantes as demais, repelem a reduplicação total e, temos a percepção de que o mesmo poderá com
a reduplicação parcial. (Norombi, 2005, p. 27).
Exemplos
tsula-tsula
kula-kula
tshura-tshura
bhiha-bhiha
hefemula-hefemula.
Estes verbos repelem a reduplicação total por motivos diferentes. O exemplo acima que na sua
existência autónoma o verbo é –tsula, que significa ir na forma não reduplicada, não aceita a
reduplicação porque a acção de ir realiza-se uma vez por cada momento e só depois de regressar se
pode ir outra vez, nunca de forma repetitiva. O que pode acontecer é ter muitas pessoas a
realizarem a acção de ir (kutsula) e, sendo assim, recorrer-se-ia à extensão aplicativa –el escrevendo-se
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tsulela. (Norombi, 2005, p. 28). O verbo (b) não aceita a reduplicação porque exprime uma acção cuja
realização não depende da pessoa (kukula) que significa crescer, é uma acção intrínseca, contínua e
não, repetitiva. O mesmo se pode afirmar a (e)) –hefemula (respirar) não é nenhuma acção interactiva.
A sua ocorrência esta fora das capacidade de controle humano, realiza-se continuamente.
Os exemplos (c) e (d) exprimem factos também não passíveis de repetições (kutsura),
significando ser bonito/a e (kubhiha) ser feio/a. Estes verbos funcionam como qualificadores ou
adjectivos nesta língua.
Como refere Ngunga (2004) apud Nombora (2005, p. 29), refere que em algumas línguas, a
reduplicação total normal permite a afixação de material morfológico, quer derivacional quer flexional,
tanto a reduplicante como ao reduplicado. Na língua Chope, os dados revelam-nos que que a
reduplicação total normal somente permite a inserção de afixos na posição sufixal do radical
reduplicado.
Exemplo:
3. Conclusão
Após o término do trabalho, considera-se que os falantes originais bantu, devem ter sido
relativamente poucos, mas, ao se moverem e difundirem, de um habitante original no oeste até muitos
milhares de quilómetros a leste às margens do lago vitória, adquiriram conhecimento da agricultura e
pecuária, provavelmente no norte, e mais tarde se expandiram em massa rumo ao sul e sudoeste da
África. A descoberta de semelhança entre essas línguas veio a evidenciar a existência de uma relação
de parentesco entre elas e que elas tinham uma origem comum constituindo a família Indo Europeia.
A língua chope não é caso isolado, o valor semântico desta depende da realidade de cada uma, pode
exprimir o tamanho, o plural, o modo perfectivo, frequência, repetição e também é usada como
atenuativo.
A reduplicação é um recurso que a própria língua encontra para exprimir frequência e
repetição de acções, ela realiza-se sob duas formas: a total e parcial. A reduplicação total ou completa
é aquela em que a parte que se repete é idêntica à base. Quase que sempre, o verbo
reduplicado expressa o sentido de repetição, interactividade, frequência de acções, factos e
estados. Dado importante é que, em quase todas as línguas moçambicanas, os verbos
reduplicados totalmente têm formas não reduplicadas correspondentes na língua e que são parte do
vocabulário de cada uma dessas línguas.
O verbo nas línguas moçambicanas pode derivar outros verbos a partir de um processo
denominado reduplicação. Há três tipos de reduplicação: (i) reduplicação total ou completa, (ii)
reduplicação fossilizada e (iii) reduplicação de verbos dissilábicos. Os verbos reduplicados
trazem a interpretação de repetição, interactividade ou frequência dos eventos ou acções.
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4. Referências bibliograficas
Cunha, C.; Cintra, L. (2002). Nova Gramática do Português Contemporâneo. 17ª Edição.
Portugal. Livraria Editora Figueirinhos.
Ngunga, A. (2004). Introdução à Linguística Bantu. Maputo: Imprensa Universitária. Universidade
Eduardo Mondlane.
Noromba, A. F. (2005). Reduplicação verbal na língua Chope. Maputo, Moçambique:
Universidade Eduardo Mondlane. Zona, W. (s/a). Linguística bantu. Universidade Católica de
Moçambique – Centro de ensino à distância. Sofala, Moçambique.