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Universidade Católica de Moçambique


Instituto de Educação à Distância

Etapas da revelação & caracteristicas da etapa da revelação

Lázaro Arone Madinga – 708221400

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa


Turma: F
Disciplina: Fundamento de Teologia Católica
Ano de Frequência: 2oAno
Primeiro trabalho
Tutor: dr. Carlitos Mugawanha

Gorongosa, Agosto,

2023
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FolhadeFeedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota
Subtotal
máxima dotuto
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectosorgani  Introdução 0.5
Estrutura
zacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização(Ind
icaçãoclaradoproble 1.0
ma)
 Descrição
Introdução 1.0
dosobjectivos
 Metodologiaadequad
aaoobjectodo 2.0
trabalho
 Articulação
edomíniododiscursoa
cadémico(expressão
Conteúdo 2.0
escritacuidada,coerên
cia/
coesãotextual)
Análise
 Revisãobibliográfica
e
nacional e
discussão
internacionaisrelevant 2.
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estudo
 Exploração
2.0
dosdados
 Contributosteóricosp
Conclusão 2.0
ráticos
 Paginação, tipo
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Aspectos
Formatação letra,paragrafo,espaç 1.0
gerais
amento entre
linhas
NormasAPA6ªed
 Rigor e coerência
Referências ição em
dascitações/referênci 4.0
Bibliográficas citações e
asbibliográficas
bibliografia
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Folhapararecomendaçõesdemelhoria:Aserpreenchidapelotutor
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Índice
CAPITULO I ......................................................................................................................................... 5

1.Introdução ........................................................................................................................................... 5

1.1.Objectivos ........................................................................................................................................ 6

1.1.1.Geral ……………………………………………………………………………………………..6

1.1.2.Específicos .................................................................................................................................... 6

1.2.Metodologias.................................................................................................................................... 6

CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 7

2.Etapas da revelação & caracteristicas da etapa da revelação .............................................................. 7

2.1.Revelação (Conceito) ....................................................................................................................... 7

2.2.Conteúdos da revelação ................................................................................................................... 7

2.3.Tipos de revelações .......................................................................................................................... 7

2.3.1.Revelação pública e revelações privadas .................................... Error! Bookmark not defined.

2.4.Etapas da revelação .......................................................................................................................... 8

2.4.1.Deus se revela na Criação ............................................................................................................ 8

2.4.1.1.Conceito de Criação ................................................................................................................... 8

2.4.1.2.Para designar a acção criadora de Deus, se emprega o verbo hebraico ..................................... 9

2.4.2.Deus é o Criador ........................................................................................................................... 9

2.4.3.Cristo princípio, centro e fim da criação ....................................................................................... 9

2.4.4.Dificuldades e objecções............................................................................................................. 10

CAPITULO III ..................................................................................................................................... 11

3.Conclusão.......................................................................................................................................... 11

4.Referências bibliográficas ................................................................................................................. 12


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CAPITULO I
1. Introdução
Neste presente trabalho da cadeira de Fundamento de Teologia Católica, tem como tema “Etapas da
revelação & caracteristicas da etapa da revelação”. Sabe-se que o homem é capaz de Deus, pois
recebeu Dele uma racionalidade. Embora tenha sofrido com o pecado original, esta racionalidade não foi
totalmente deturpada, pois, de alguma maneira, o homem ainda é capaz de ouvir Deus. A revelação é o
ato de revelar ou desvendar ou tornar algo claro, ou óbvio e compreensível por meio de uma
comunicação ativa ou passiva com a Divindade. A Revelação pode originar-se diretamente de uma
divindade ou por um intercessor ou agente, como um anjo ou santidade; alguém que tenha
experimentado tal contato é denominado profeta. Várias religiões possuem textos religiosos que as
mesmas acreditam ter sido revelados por deuses ou de modo sobrenatural. Por exemplo, os judeus
ortodoxos, cristãos e muçulmanos acreditam que a Torá foi recebida de Javé no monte
[1][2]
Sinai bíblico. A maior parte dos cristãos acredita que tanto o Antigo Testamento quanto o Novo
Testamento foram inspirados por Deus. Os muçulmanos acreditam que o Alcorão foi revelado por
Deus a Maomé palavra por palavra através do anjo Gabriel (Jibril).
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Conhecer as etapas da revelação e suas características.
1.1.2. Específicos
 Compreender o conceito da revelação;
 Mencionar as etapas da revelação;
 Caracterizar as etapas da revelação.
1.2.Metodologias
 Para a realizaçãodo trabalhorecorreu-se a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão atravésde consulta de obras, revisões bibliográficas
e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema em destaque nas
quais vem mencionadas no fim do trabalho.
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CAPITULO II – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2. Etapas da revelação & caracteristicas da etapa da revelação
2.1.Revelação (Conceito)
Entende-se por revelação o acto de tirar o véu que cobre uma realidade, o acto de tornar acessível uma
verdade até então velada ou oculta. Este conceito é usado para indicar a realidade ampla que constitui
o dado de fé que nos é oferecido no Evento Jesus Cristo. (Bento, 2011).

2.2.Conteúdos da revelação
A Constituição Dogmática sobre a Revelação divina no seu número dois condensa o conteúdo da
Revelação na Economia da Salvação nos seguintes termos: ―Aprouve a Deus, na sua bondade e
sabedoria, revelar-se a si mesmo e tornar conhecido o mistério da sua vontade, por meio do qual os
homens, através de Cristo, Verbo Incarnado, têm acesso ao Pai no Espírito Santo e n’Ele se tornam
participantes da natureza divina‖ (Concílio Vaticano II, Dei Verbum, 2).
Está claro que é livre iniciativa de Deus o acto de se revelar. O movente da tal liberdade é a sua
bondade e sabedoria. Era natural que Deus que é suma bondade não permanecesse fechado em si
mesmo eternamente. E a sabedoria sempre move para o bem. A intenção do acto é salvífica, porque é
para que os homens tenham acesso ao Pai pelo Espírito. Deus faz-se conhecer para o homem entrar no
mundo de Deus. (Concílio Vaticano II, Dei Verbum, 2).
A revelação divina concretiza-se por meio de palavras e acções intimamente ligadas entre si ao longo
da história da salvação. Mas a revelação plena acontece na pessoa de Cristo que é o mediador e o
agente do projecto de revelação do Pai. Ele é o mediador porque é o enviado, é o agente porque Ele
mesmo é Deus em acção. (Concílio Vaticano II, Dei Verbum, 2).

2.3.Tipos de revelações
 Revelação pública
Designa a acção reveladora de Deus que se destina à humanidade inteira e está expressa por escrito nas
duas partes da Bíblia: o Antigo Testamento e o Novo Testamento. Segundo a doutrina católica, esta
acção de Deus chama-se "revelação", porque nela Deus Se foi dando a conhecer progressivamente aos
homens, até ao ponto de Ele mesmo Se tornar homem, para atrair e reunir em Si próprio o mundo
inteiro por meio do Filho encarnado, Jesus Cristo. (Francisco, 2013).
Ao dar-nos, como nos deu, o seu Filho, que é a sua Palavra — e não tem outra —, Deus disse-nos tudo
ao mesmo tempo e de uma só vez nesta Palavra única (...) porque o que antes disse parcialmente
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pelos profetas, revelou-o totalmente, dando-nos o Todo que é o seu Filho. E por isso, quem agora
quisesse consultar a Deus ou pedir-Lhe alguma visão ou revelação, não só cometeria um disparate,
mas faria agravo a Deus, por não pôr os olhos totalmente em Cristo e buscar fora d'Ele outra realidade
ou novidade.

 Revelação privada
O conceito de "revelação privada" aplica-se a todas as visões e revelações verificadas depois da
conclusão do mistério de Cristo e do Novo Testamento. Nesta categoria, portanto, se deve colocar a
mensagem de Fátima. O Catecismo da Igreja Católica afirma que "no decurso dos séculos tem havido
revelações ditas 'privadas', algumas das quais foram reconhecidas pela autoridade da Igreja. (...) O seu
papel não é (...) 'completar' a Revelação definitiva de Cristo, mas ajudar a vivê-la mais plenamente
numa determinada época da história" (n. 67).

2.4.Etapas da revelação
Chamamos etapas da Revelação os diferentes momentos nos quais as verdades sobre Deus foram
reveladas à humanidade.

2.4.1. Deus se revela na Criação


Um dos aspectos nos quais Deus se revelou ao homem é como o Deus criador. Este aspecto da
revelação é comum às três grandes religiões: o judaísmo, o cristianismo e o Islão.

2.4.1.1.Conceito de Criação
O termo «criação» é um conceito propriamente teológico de fé judaico-cristão e trata do conjunto de
todos os seres com o sinónimo de criaturas. A criação é «o fundamento de todos os divinos desígnios
salvíficos, e manifesta o amor omnipotente e sapiente de Deus; é o primeiro passo para a aliança do
único Deus com o seu povo; é o início da história da salvação que culmina em Cristo; é a primeira
resposta às interrogações fundamentais do homem acerca da própria origem e do próprio fim» (cfr.
CIC 279-289 315).

O termo criar, assim designa uma actividade própria e exclusiva de Deus, uma actividade diferente de
fabricação humana. Não se trata, portanto, de um mero fazer teórico e instrumental que exige provas
científicas, mas sim um agir que envolve a intencionalidade do agente (Deus) pela própria iniciativa
como seu projecto por Ele iniciado e que envolve o homem através do seu convite a ser co-criador.
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2.4.1.2.Para designar a acção criadora de Deus, se emprega o verbo hebraico


barã (criar), da tradição sacerdotal, para designar a criação de Deus. Ele significa a criação – não
condicionada e livre de requisitos – como marco histórico da natureza e do espírito. O que não existia
passa a existir nesse momento (Ex 34,10; Nm 16,30; Sl 51,12, etc.). Esta actividade divina carece de
analogias (Conte, 1994, p. 237).
Distingue –se assim o ―criar‖ (barã) e ―fazer‖ (asâh). O verbo barã designa a totalidade da criação e é
empregado exclusivamente quando se fala de Deus, na sua acção criadora, ou seja, na criação:
«No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1,1). Diferentemente, o verbo asâh, inicia no
versículo 2 e é concluído com o dia de descanso, indica a realização consequente de uma obra, a
função determinada de uma obra. Somente o fazer, na medida em que é uma configuração e
produção, é modelo do trabalho manual. Mas a actividade criadora divina e a actividade humana
não têm nada em comum.

2.4.2. Deus é o Criador


A omnipotência de Deus tem como última consequência a sua actividade criadora, ou mais
exactamente, a criação do nada. O evento da criação é apresentado como criação mediante a palavra:
Ele cria pela sua palavra (Bauer, 1988, p. 233).
A ideia da criação do nada, ou seja, do nada tudo proveio, vem da expressão Creatioexnihil, expressão
que se encontra na boca da mãe dos filhos Macabeus (cf. 2Mac 7,28).
Deus cria livremente, sem necessidade alguma, sem coação alguma. No entanto, a expressão creatio ex
nihil indica um limite. O nihil é limite ―do nada‖, i. é.do puro nada (La Peña, 1986, pp.134-139). A
preposição ―de‖ não aponta para algo preexistente, mas exclui toda matéria.

2.4.3. Cristo princípio, centro e fim da criação


A história iniciada com a criação tem o seu ponto culminante naquele constituído por Deus pela
ressurreição, Cristo, Palavra que ultimamente Deus falou (Hb1,1) e inclui em si a palavra sobre a
natureza da criação. Cristo é identificado como salvador e posteriormente inserido na dimensão
cósmico-criadora e, a Criação que já havia recebido a função histórico-salvífica passa a uma
Conotação cristológica: Cristo é, «ao mesmo tempo, como princípio, o centro e o fim da criação»
(Cl1,15-20). Com a Sua presença, a Criação assume novas dimensões da nova criação. (Rubio, 2003).
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2.4.4. Dificuldades e objecções


A doutrina da criação suscitou sempre grandes dificuldades e objecções no decurso do tempo no
âmbito do seu desenvolvimento. Foi negada a criação como obra de Deus. Para além do ateísmo
científico que a partir da teoria da explosão primordial diz o mundo ter um longínquo começo em que
todas as radiações e toda a matéria estavam numa bola primordial de fogo, e do materialismo
dialéctico, encontramos outros escolhos (o dualismo, o panteísmo e o problema do mal) contra os
quais sempre embate a reflexão da Igreja, no que toca à doutrina da criação. (Vieira, 2012).

Santo Irineu afirmou que a criação é uma iniciativa do Pai: ―A vontade de Deus Pai é o substrato de
todas as coisas‖ (Irineu, p.44). O Deus criador é o Pai de Jesus Cristo e toda a Trindade opera na
criação. Para ele, há somente um Deus em quem tudo tem origem. A economia salvífica una de Deus
se estende da criação até a sua consumação final, e a chave para ela é o Filho eterno, o Verbo que se
fez carne e por sua encarnação, resume em si toda a humanidade e até o universo.

O Filho, Logos de Deus é o ápice de toda a revelação, corporalmente humano em Jesus Cristo nele se
experimenta a salvação de Deus a vida em liberdade, amor e Imortalidade. Hoje, a teologia no seu
dever, apresenta-nos a criação no quadro dos escritos neotestamentários, que também são a base dos
ensinamentos do concílio Vaticano II.

Substancialmente, a criação se nos apresenta com significação da história da salvação cujo centro é
mistério da Incarnação. Segundo as Escrituras, Cristo é a perfeita «imagem de Deus invisível, o
primogénito de toda a criatura» (Cl 1, 15.18). Ele foi predestinado por Deus antes da criação mundo,
para recapitular consigo todas as coisas, as do céu e da terra (Cf. Ef 1,3.10). Isto quer dizer que no
plano de Deus, a criação e a salvação estão entrelaçadas de modo que se identificam. Assim, a
protologia tem na escatologia a sua concretização. Estes são os elementos teológicos na definição da
criação que nos levam a entender a criação como um mistério da fé em torno da qual ocorrem
discussões sobre a sua relação com a conservação, pois, «depois da criação, Deus não abandona as
coisas e as pessoas ao seu destino, sem se preocupar mais com elas» (Frosini, 2011, p.121).
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CAPITULO III
3. Conclusão
Para concluir, Deus manifesta-se desde o princípio aos nossos primeiros pais, Adão e Eva, e convida-
os a uma comunhão íntima com Ele. Após a sua queda, não interrompe a revelação e promete a
salvação para toda a sua descendência. Após o dilúvio, estabelece com Noé uma aliança entre Ele e
todos os seres vivos. Deus, criando e conservando todas as coisas pelo Verbo, oferece aos homens um
testemunho perene de Si mesmo nas coisas criadas, e, além disso, decidindo abrir o caminho da
salvação sobrenatural, manifestou-se a Si mesmo, desde o princípio, aos nossos primeiros pais».
Convidou-os a uma comunhão íntima consigo, revestindo-os de uma graça e justiça resplandecentes.
Esta Revelação não foi interrompida pelo pecado dos nossos primeiros pais. Com efeito, Deus, «depois
da sua queda, com a promessa de redenção, deu-lhes a esperança da salvação, e cuidou continuamente
do género humano, para dar a vida eterna a todos aqueles que, perseverando na prática das boas obras,
procuram a salvação
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4. Referências bibliográficas

1. Bento XVI (2011). Exortação apostólica pós-sinodal Africae Munus. Vaticano: Libreria Editrice
Vaticana.

2. Concílio Vaticano II (2002). Constituições, Decretos e Declarações. Coimbra: Gráfica de


Coimbra.

3. Francisco (2013). Exortação apostólica Evangelii Gaudium. Maputo: Ed Paulinas.

4. João Paulo II (1984). Exortação Reconciliatio et Paenitencia. Acedido a 23 de Agosto de 2023 de


http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/apost_exhortations/documents/hf_jpii_exh_02121
984_reconciliatio-et-paenitentia_po.html.

5. Libânio, J. & Meirad, A. (1998). Introdução à teologia. São Paulo: Edições Loyola.

6. Rubio, G. (2003). Superação do dualismo entre Criação e Salvação. In: I. Müller, Perspectivas
para uma Nova Teologia da Criação. São Paulo: Ed. Vozes.

7. Vidal. M. (2003). Nova moral fundamental. O Lar teológico da ética. Lisboa: Ed Paulinas.

8. Vieira, D. (2012). Doutrina Social da Igreja: Introdução à Ética social. Lisboa: Ed. Paulus.

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