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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Relatório de actividades experimentais:

A influência de factores externos (água e temperatura) na germinação das sementes

Estudante: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Código: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia

Disciplina: Experiências de Laboratório

Ano de Frequência: 1º Ano

Tutor: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Nampula, Setembro de 2022


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
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objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
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Conteúdo (expressão escrita
cuidada,
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discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
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2.0
dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
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Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfica 4.0
citações e citações/referência
s
bibliografia s bibliográficas

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Índice

1. Introdução...............................................................................................................................4

CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................5

1.1. O conceito de germinação...................................................................................................5

1.2. Factores que influenciam na germinação de sementes........................................................5

CAPITULO II: ACTIVIDADE EXPERIMENTAL 1: INFLUÊNCIA DA ÁGUA NA


GERMINAÇÃO DE SEMENTES.............................................................................................6

2.1. Objectivo geral da 1ª experiencia........................................................................................6

2.2. Materiais usados...................................................................................................................6

2.3. Procedimentos experimentais..............................................................................................6

2.4. Resultados observados da 1ª experiência.............................................................................7

2.5. Análise e discussão dos resultados observados da 1ª experiência.......................................8

CAPITULO III: ACTIVIDADE EXPERIMENTAL 2: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA


NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES.......................................................................................9

3.1. Objectivo geral da 2ª experiência........................................................................................9

3.2. Materiais usados...................................................................................................................9

3.3. Procedimentos experimentais..............................................................................................9

3.4. Resultados observados da 2ª experiência.............................................................................9

3.5. Análise e discussão dos resultados observados da 2ª experiência.....................................11

4.0. Considerações finais..........................................................................................................12

4.0. Referências bibliográficas..................................................................................................13

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1. Introdução

O presente trabalho constitui um relatório de duas actividades experimentais realizadas


caseiramente com o intuito de conciliar a teoria e a pratica. Alias, as actividades práticas
constituem uma das recomendações que mais dão sucesso ao processo de ensino e
aprendizagem de Biologia.

O objecto de investigação das duas actividades é o processo de germinação das sementes.


Porem, a primeira actividade pretendia demonstrar experimentalmente a influência da água na
germinação de sementes. E, a segunda visava demonstrar a influência da temperatura na
germinação de sementes.

Importa referir que em ambas experiencias, os resultados observados estão em concordância


com as bases teóricas estabelecidas pelos cientistas que estudaram previamente sobre esta
matéria. A título de exemplo, comprovamos nestes experimentos o grande papel que a água
desempenha no processo de germinação das sementes, tendo visto que sem agua não ocorre a
germinação de sementes.

Para facilitar a compreensão do nosso relatório, optamos em estruturar em capítulos,


obedecendo a seguinte ordem:

Capítulo I: Fundamentação Teórica → faz – se uma abordagem teórica evidenciando


os conceitos de germinação e os factores da germinação de sementes;
Capitulo II: Actividade experimental 1→Influência da água na germinação de
sementes: traz a descrição e discussão dos resultados observados da experiencia 1;
Capitulo III: Actividade experimental 2→Influência da temperatura na germinação de
sementes: traz a descrição e discussão dos resultados observados da experiencia 2.

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CAPÍTULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1. O conceito de germinação

Antes de iniciarmos com a descrição das actividades experimentais propostas para este
trabalho queremos, inicialmente, rever alguns conceitos mais importantes envolvidos neste
trabalho, começando pela própria germinação.

Segundo César, Sezar e Caldini. (2016, p. 283), “a germinação de sementes pode ser definida
como a emergência e o desenvolvimento das estruturas essenciais do embrião, manifestando
sua capacidade para dar origem a uma planta normal, sob condições ambientais favoráveis”.

A germinação é um fenómeno biológico que pode ser considerado botanicamente como a


retomada do crescimento do eixo embrionário, com o consequente rompimento do tegumento
pela radícula. (Labouriau, 1983, citado por Kerbauy, 2004, p. 163).

Contudo, a germinação, assim, pode ser considerada como o reinício de crescimento do eixo
embrionário, paralisado nas fases finais da maturação.

1.2. Factores que influenciam na germinação de sementes

“As sementes normalmente germinam, quando encontram condições favoráveis, as quais


podem ser intrínsecas ou internas (dependente da própria semente, tais como maturidade do
embrião e boa constituição da semente), bem como extrínsecas ou externas (dependente do
meio ambiente, tais como arejamento, humidade – água, temperatura e luz). Caso contrário,
elas podem permanecer vivas, em nível metabólico extremamente baixo, estado denominado
quiescência” (Lopes, 2004).

Em síntese, tendo-se uma semente viável em repouso, por quiescência ou dormência, quando
são satisfeitas todas as condições externas (do ambiente) e internas (intrínseca do órgão),
ocorrerá o crescimento do eixo embrionário, o qual conduzirá à germinação. Por isso, do
ponto de vista fisiológico, germinar é simplesmente sair do repouso e intensificar a actividade
metabólica.

Neste trabalho vamos analisar a influência de dois factores externos (a agua e a temperatura)
no processo de germinação de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris L.).

v
CAPITULO II: ACTIVIDADE EXPERIMENTAL 1: INFLUÊNCIA DA ÁGUA NA
GERMINAÇÃO DE SEMENTES

2.1. Objectivo geral da 1ª experiencia

Verificar a influência da água na germinação de sementes

2.2. Materiais usados

Água;
Algodão;
Placa de Petri (ou 2 pires) para o caso usamos 2 frascos de água (cortados);
10 sementes de feijão (bem conservadas).

2.3. Procedimentos experimentais

A experiência consistiu em introduzir 5 sementes de feijão no interior de cada um dos dois


frascos contendo algodão. E, de seguida procedeu – se a rega de apenas as sementes contidas
em um dos frascos (figura 01).

Figura 01: Material e procedimentos experimentais

Frasco com algodão não humedecido Frasco com algodão humedecido

Fonte: Autor

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2.4. Resultados observados da 1ª experiência

Após 2 dias, verificou – se a ocorrência da germinação das sementes contidas em apenas no


frasco cujo algodão tinha sido previamente humedecido com a rega (figura 02).

Figura 02: Início da germinação

Fonte: Autor
Efectuando uma rega regular observou – se que a cada dia o processo de germinação conhecia
uma fase nova com um desenvolvimento cada vez mais notável e apreciável (figuras 03 e 04).

Figura 03 e 04: Fase de crescimento e desenvolvimento do feijoeiro

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2.5. Análise e discussão dos resultados observados da 1ª experiência

Os resultados desta 1ª experiência provam claramente que sem água (humidade) não ocorre a
germinação da semente.

Nesta senda, Marcos Filho (2005, p. 74) defende que “a água é um dos factores mais
importantes que afecta a germinação, pois reactiva o metabolismo e está envolvida directa e
indirectamente em todas as demais etapas da germinação”.

Na verdade, o primeiro evento que catalisa o processo germinativo é a absorção de água,


desse processo resulta a reidratação dos tecidos com a consequente intensificação da
respiração e de todas as outras actividades metabólicas, que culminam com o fornecimento de
energia e nutrientes necessários para a retomada de crescimento, por parte do eixo
embrionário. A água amolece o tegumento e favorecendo a penetração do oxigénio, ocorre
então o rompimento do tegumento, facilitando a emergência do eixo hipocótiloradicular do
interior da semente.

Lopes (2004, p. 182) afirma que “ao absorver água os cotilédones da semente aumentam de
volume o que provoca o rompimento do tegumento, facilitando a emergência do eixo
hipocótilo radicular e demais estruturas internas da semente” .

No entanto, Kerbauy (2004, p.166) alerta que “o excesso de água, em geral, provoca
decréscimo na germinação, visto que impede a penetração do oxigénio e reduz todo o
processo metabólico resultante”.

Com isso, para conter esse problema na nossa experiencia, efectuava – se a rega de uma
maneira regular, controlada e não excessiva.

viii
CAPITULO III: ACTIVIDADE EXPERIMENTAL 2: INFLUÊNCIA DA
TEMPERATURA NA GERMINAÇÃO DE SEMENTES

3.1. Objectivo geral da 2ª experiência

Verificar a influência da temperatura na germinação de sementes

3.2. Materiais usados

Água;
Algodão;
Placa de Petri (ou 2 pires) para o caso usamos 2 frascos de água (cortados);
4 sementes de feijão (bem conservadas).

3.3. Procedimentos experimentais

A experiência consistiu em introduzir 2 sementes de feijão no interior de cada um dos dois


frascos contendo algodão. E, de seguida procedeu – se a rega das sementes contidas em
ambos dos frascos. Finalmente, os frascos foram mantidos em locais com temperaras
diferentes, sendo o primeiro foi colocado no interior da geleira e o 2º frasco foi mantido no
escuro, em uma gaveta da estante (figura 05 e 06).

Figura 05: Frasco mantido na estante Figura 06: Frasco mantido na geleira

Fonte: Autor
3.4. Resultados observados da 2ª experiência

Após 2 dias, verificou – se a ocorrência da germinação das sementes cujo frasco foi mantido
fora da geleira, isto é, colocado na gaveta da estante. (figura 07).
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Importa referir que neste período, as sementes cujo frasco foi mantido na geleira observaram
um amolecimento do seu tegumento devido a absorção da água proveniente do algodão
humedecido mas sem nenhum sinal da saída do embrião.

Figura 07: Início da germinação das sementes da estante e zero germinação na geleira

Fonte: Autor
Efectuando uma rega regular observou – se que a cada dia, verificou – se que o processo de
germinação das sementes contidas no frasco mantido na geleira continuava ainda inibido
devido as temperaturas baixas da geleira. Encontra partida, a germinação das sementes cujo
frasco foi colocado fora da geleira continuava a observar um grande avança no que tange ao
seu desenvolvimento (figura 07).

Figura 08 e 09: Fase de crescimento e desenvolvimento do feijoeiro na estante.

Fonte: Autor
x
3.5. Análise e discussão dos resultados observados da 2ª experiência

Os resultados desta 2ª experiência provam claramente que a temperatura influência


directamente no processo de germinação da semente.

“Sabe-se que o processo de germinação envolve uma série de actividades metabólicas,


durante as quais ocorre uma sequência programada de reacções químicas; cada uma dessas
reacções apresenta exigências próprias quanto à temperatura, principalmente porque
dependem da actividade de sistemas enzimáticos específicos” (Marcos Filho, 2005, 75).

Da visão proposta pelo autor no parágrafo anterior, facilmente podemos justificar o sucedido
com as sementes que foram mantidos na geleira. Na verdade, como em qualquer reacção
química, existe uma temperatura óptima na qual o processo se realiza mais rápida e
eficientemente, e as temperaturas máxima e mínima, ultrapassadas as quais, a germinação é
zero (conforme ocorreu com as sementes da geleira).

Esta faixa de temperatura é variável entre as diferentes espécies, incluindo a temperatura


considerada óptima, representam as temperaturas cardeais para a germinação. Para César,
Sezar, e Caldini, (2016, p.285), geralmente a temperatura óptima situa-se, para a maioria das
espécies cultivadas, entre 20 e 30 °C .

Em fim, a temperatura influencia a germinação de forma expressiva, nos seguintes aspectos:


velocidade de germinação, velocidade de absorção de água e as reacções bioquímicas, que
determinam todo o processo.

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4.0. Considerações finais

O presente trabalho desejava demonstrar experimentalmente a influência da água e temperara


no processo de germinação de sementes. E, para tal usou – se a semente de feijão que
contribuiu para que pudéssemos observar a importância da água e da temperatura na
germinação da semente, oferecendo a oportunidade de entrarmos em contacto com a natureza,
conseguindo igualmente observar o desenvolvimento da semente até o aparecimento das
primeiras “mudas”.

Para a 1ª experiencia de demonstração da influência da água na germinação de sementes,


consistiu em introduzir 5 sementes de feijão no interior de cada um dos dois frascos contendo
algodão. E, de seguida procedeu – se a rega de apenas as sementes contidas em um dos
frascos. Observando diariamente durante uma semana. Como resultados deste experimento
foram: ocorre germinação apenas nas sementes humedecidas. Para estudar a influência da
temperatura na germinação de sementes consistiu em introduzir 2 sementes de feijão no
interior de cada um dos dois frascos contendo algodão. E, de seguida procedeu – se a rega das
sementes contidas em ambos dos frascos. Finalmente, os frascos foram mantidos em locais
com temperaras diferentes, sendo o primeiro foi colocado no interior da geleira e o 2º frasco
foi mantido no escuro, em uma gaveta da estante. Como resultados, os feijões mantidos fora
da geladeira germinarão em dois dias. A germinação dos feijões mantidos na geladeira,
simplesmente não ocorreu.

Diante desses factos concluímos o seguinte: as sementes normalmente germinam, quando


encontram condições favoráveis, as quais podem ser intrínsecas ou internas (dependente da
própria semente, tais como maturidade do embrião e boa constituição da semente), bem como
extrínsecas ou externas (dependente do meio ambiente, tais como arejamento, humidade –
água, temperatura e luz). Caso contrário, elas podem permanecer vivas, em nível metabólico
extremamente baixo, estado denominado quiescência.

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4.0. Referências bibliográficas

César, da Silva Júnior; Sezar, Sasson e Caldini, Júnior. (2016). Biologia, volume 2. (12ª ed.).
São Paulo: Saraiva.

Kerbauy, Gilberto Barbante. (2004). Fisiologia Vegetal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Lopes, Sonia. (2004). Bio: volume único. (1ª ed.). São Paulo: Saraiva.

Marcos Filho, Júlio. (2005). Fisiologia de sementes de plantas cultivadas. Piracicaba:


FEALQ.

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