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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema do Trabalho
O Princípio da Construção de Conhecimento como o Factor Indispensável de
uma Investigação Científica

Angelina Da Glória Handressan


708234120

Licenciatura em Ensino de Biologia


Biologia Celular e Molecular
1º Ano

Tete, Junho de 2023

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Folha de Feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do
Subtotal
máxima tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico
2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1 Introdução............................................................................................................................ 5

1.1 Objectivos..................................................................................................................... 5

1.1.1 Objectivo Geral ..................................................................................................... 5

1.1.2 Objectivos Específicos ........................................................................................... 5

1.2 Metodologia .................................................................................................................. 5

2 O princípio da construção de conhecimento como o factor indispensável de uma investigação


científica. .................................................................................................................................... 6

2.1 Conceitos básicos.......................................................................................................... 6

2.1.1 Conhecimento ........................................................................................................ 6

2.1.2 Construção do Conhecimento ................................................................................ 6

2.1.3 Sentidos do termo construção de conhecimento ..................................................... 6

2.1.4 Tipos de conhecimento .......................................................................................... 7

2.1.5 A formulação da escolha do tema ........................................................................... 8

2.1.6 A introdução e problematização ............................................................................. 8

2.1.7 Método qualitativo ................................................................................................. 9

2.1.8 Método quantitativo ............................................................................................... 9

2.1.9 Citação ................................................................................................................ 10

2.1.10 Citação direta ....................................................................................................... 11

2.1.11 Citação indireta .................................................................................................... 11

2.1.12 Citação de citação ................................................................................................ 12

2.1.13 Princípios de investigação e sua importância ........................................................ 12

3 Conclusão ......................................................................................................................... 15

4 Referências bibliográficas ................................................................................................. 16

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1 Introdução
Este estudo insere-se na cadeira de Metodologia de Investigação Científica e aborda sobre o
princípio da construção de conhecimento como o factor indispensável de uma investigação
científica.
A pesquisa científica desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a
formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados. Só se inicia uma pesquisa
se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é
buscar ou procurar resposta para alguma coisa.
O homem é, por natureza, um animal curioso”. Desde que nasce interage com a natureza e os
objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das referências sociais e culturais do meio em
que vive.
1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral
 O princípio da construção de conhecimento como o factor indispensável de uma
investigação científica.
1.1.2 Objectivos Específicos
 Ecplicar a formulação da escolha do tema;
 Discutir o método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação na visão de 4
autores;
 esclarecer sobre citação direta, citação indireta e citação de citação, na visão de quatro
autores;
 Mencionar os princípios da ética e sua importância numa investigação científica, na visão
de 3 autores.
1.2 Metodologia
Para a realização do presente trabalho, adoptou-se como práticas metodológicas a pesquisa
bibliográfica. E por sua vez a pesquisa bibliográfica conforme sustenta GIL (2008), “é
desenvolvida com base em Material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
Científicos” (p.44). Assim sendo, desenvolveu-se leitura, fichamentos, resumo de diversos
materiais que culminou com o presente trabalho.

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2 O princípio da construção de conhecimento como o factor indispensável de uma
investigação científica.

2.1 Conceitos básicos

De acordo com a Gramática universal da língua portuguesa (2007), “construção é acto ou efeito,
modo ou arte de construir” (p. 194).
Considera-se como construção o acto de construir algo, e, como acto ou acção a terceira fase do
processo da vontade.
2.1.1 Conhecimento
Conforme sustenta Werneck (2008), O conceito de conhecimento se dá quando o sujeito busca
informações de modo empírico sem entender a origem.
Japiassu (1977) afirma que atualmente é considerado saber, conhecimentos repassados de modo
metódico e organizado, capazes de serem transmitidos, repassados por meio de um processo
pedagógico.
Ele pode ser um ser supersticioso sem nenhuma consciência do conteúdo e até mesmo aquele que
estava adoentado e ingere um medicamento sem conhecer as substâncias que contém no remédio.
2.1.2 Construção do Conhecimento
De acordo com Hurssel (1980), “a chamada construção do conhecimento não é livre e aleatória
levando a incomunicabilidade”.
Ela deve corresponder a um pensamento, a uma concordância, a um consenso universal. Não se
pode imaginar que possa cada um, "construir" o seu conhecimento de modo individual e sem
vínculo com a comunidade científica e com o saber universal.
A construção do conhecimento acontece através do tempo, o indivíduo recebe a informação e
constrói o saber, salientando que há o aprendizado, mas os indivíduos aprendem de formas
diferentes.
2.1.3 Sentidos do termo construção de conhecimento
O termo construção aplicado à educação pode ser entendido, em dois sentidos:
 Constituição do saber feita pelo estudioso, pelo cientista, pelo filósofo resultante da reflexão
e da pesquisa sistemática que leva a novos conhecimentos;
 Construção do conhecimento referente apenas ao modo pelo qual cada um apreende a
informação e aprende algum conteúdo.
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Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o procedimento racional e sistemático que
tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos.
Silveira e Gerhadt (2009, p. 98), “Pesquisa é acção metódica ou investigação através da qual se
busca uma resposta a um problema de natureza científica”.
A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do
problema até a apresentação e discussão dos resultados. Só se inicia uma pesquisa se existir uma
pergunta, uma dúvida para a qual se quer buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou
procurar resposta para alguma coisa.
De acordo com Fonseca (2002, p. 10), “o homem é, por natureza, um animal curioso”. Desde que
nasce interage com a natureza e os objetos à sua volta, interpretando o universo a partir das
referências sociais e culturais do meio em que vive.
Apropria-se do conhecimento através das sensações, que os seres e os fenômenos lhe transmitem.
A partir dessas sensações elabora representações. Contudo essas representações, não constituem o
objecto real. O objecto real existe independentemente de o homem o conhecer ou não. O
conhecimento humano é na sua essência um esforço para resolver contradições, entre as
representações do objecto e a realidade do mesmo.
2.1.4 Tipos de conhecimento
Segundo Silveira e Gerhadt (2009, p. 96), “o conhecimento, dependendo da forma pela qual se
chega a essa representação, pode ser classificado de popular (senso comum), teológico, mítico,
filosófico e científico”.

 Conhecimento científico: conhecimento racional, sistemático, exato e verificável da


realidade. Sua consistência está nos procedimentos de verificação adotados segundo os
princípios da metodologia científica;
 Conhecimento empírico: conhecimento baseado na experiência e na observação,
metódicas ou não;
 Conhecimento filosófico: conhecimento especulativo sobre fenômenos, fruto do raciocínio
e da reflexão humana. Busca dar sentido aos fenômenos gerais do universo, ultrapassando
os limites formais da ciência;

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 Conhecimento teológico: conhecimento baseado na revelação, ou seja, na palavra de Deus
comunicada aos homens. Por sua natureza, não pode ser confirmado ou negado, pois
depende da fé ou crença religiosa de cada indivíduo.

2.1.5 A formulação da escolha do tema


De acordo com Marin e Giovani (2007, p. 97), “o tema de pesquisa é o título do trabalho, expressão
escrita de concluintes de curso universitários para formar professores e os primeiros parágrafos
constituem a abordagem do tema, apresentando argumentos que nos levam a refletir profundamente
sobre o tema em foco”.
Segundo Vieira (2010, p. 51), “a escolha de um tema de pesquisa consiste em enunciar o assunto
sobre o qual será erguido o trabalho”.
Gil (2000, p.27), sustenta que “formular um problema científico não constitui tarefa fácil, para
alguns, isso implica mesmo o exercício de certa capacidade que não é muito comum nos seres
humanos”.
Com base nas definições supracitadas, percebe-se que a escolha de um tema possibilita a realização
de uma pesquisa bibliográfica requer bastante energia e habilidade do pesquisador. É muito comum
a situação de estudantes que se sentem completamente desorientados ao serem solicitados a
escolher o tema de sua monografia de conclusão de curso ou dissertação de mestrado.
Gil (2000, p. 60), refere que “a pesquisa bibliográfica, como qualquer outra modalidade de
pesquisa, inicia-se com a escolha de um tema. É uma tarefa considerada fácil, porque qualquer
ciência apresenta grande número de temas potenciais para pesquisa”
2.1.6 A introdução e problematização
Silveira e Gerhadt (2009, p.98), Introdução “é a primeira parte de um relatório de pesquisa, onde o
pesquisador apresenta, em linhas gerais, o que o leitor encontrará no corpo do texto. Apesar do
nome Introdução, é a última parte a ser redigida pelo autor”.
Problema: Questão inicial, marco referencial inicial que lança o pesquisador a seu trabalho de
pesquisa.
Problematização: Formulação do problema, que consiste em dizer, de maneira clara, explícita,
compreensível e operacional, qual é a dificuldade que se pretende resolver, limitando sua
abrangência e apresentando suas características.

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2.1.7 Método qualitativo
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, sim, com o
aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma organização, etc.
Os pesquisadores que utilizam os métodos qualitativos buscam explicar o porquê das coisas,
exprimindo o que convém ser feito, mas não quantificam os valores e as trocas simbólicas nem se
submetem à prova de fatos, pois os dados analisados são não-métricos (suscitados e de interação)
e se valem de diferentes abordagens.
A pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da dinâmica das relações sociais. Para
Minayo (2001), a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações,
crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos
processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variáveis.
Aplicada inicialmente em estudos de Antropologia e Sociologia, como contraponto à pesquisa
quantitativa dominante, tem alargado seu campo de atuação a áreas como a Psicologia e a
Educação. A pesquisa qualitativa é criticada por seu empirismo, pela subjetividade e pelo
envolvimento emocional do pesquisador (MINAYO, 2001, p. 14).
As características da pesquisa qualitativa são: objetivação do fenômeno; hierarquização das ações
de descrever, compreender, explicar, precisão das relações entre o global e o local em determinado
fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter
interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados
empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende
um modelo único de pesquisa para todas as ciências.
Na abordagem qualitativa, um informante não pode ser considerado somente representante da
cultura estudada, porque os fenômenos observados junto aos sujeitos tomam uma coloração
diferente, segundo a história pessoal de cada um. O informante é, ao contrário, uma testemunha e
um produto, cujos pensamentos, raciocínios lógicos e práticas remetem às lógicas sociais e a
determinados sistemas simbólicos.
2.1.8 Método quantitativo
Em relação à pesquisa quantitativa, não podemos fazer uma pesquisa quantitativa falar mais do que
ela pode dizer. Podemos propor uma descrição das principais representações que certos atores

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fazem em relação a determinado problema, nem mais, nem menos, e das práticas que elaboram.
Mas não podemos quantificar o que é colocado em evidência.
Esclarece Fonseca (2002, p. 20), “diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa
quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas
representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de
toda a população alvo da pesquisa”.
A pesquisa quantitativa se centra na objetividade.
Influenciada pelo positivismo, considera que a realidade só pode ser compreendida com base na
análise de dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e neutros. A
pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno,
as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite
recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.
A pesquisa quantitativa, que tem suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a enfatizar o
raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana. Por
outro lado, a pesquisa qualitativa tende a salientar os aspectos dinâmicos, holísticos e individuais
da experiência humana, para apreender a totalidade no contexto daqueles que estão vivenciando o
fenômeno (POLIT, BECKER E HUNGLER, 2004, p. 201).
Assim, como visto até aqui, tanto a pesquisa quantitativa quanto a pesquisa qualitativa apresentam
diferenças com pontos fracos e fortes. Contudo, os elementos fortes de um complementam as
fraquezas do outro, fundamentais ao maior desenvolvimento da Ciência.
2.1.9 Citação
Para Oliveira (2011, p.99), “Citação é a transcrição ou a menção de obras ou partes de obras ou
outros documentos.
Segundo COPesq (2009, p. 44), “Define-se como citação a referência, no texto, sobre a origem
da informação extraída de outra fonte, que foi consultada para a realização da pesquisa”.

Esta providência, além de propiciar autenticidade à informação, complementa o trabalho que está
sendo elaborado e permite avaliar o grau de profundidade sobre a pesquisa realizada. Todos os
documentos citados devem fazer parte de uma seção em separado, que se dá o nome de Referências,
que deve ser colocada ao final do trabalho, antes dos apêndices e anexos.

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Quando fazemos a transcrição textual literal (ipsis literis) de palavras ou trechos de uma obra
consultada, mantendo todas as suas características originais, que incluem: grafia, pontuação,
idioma etc. devemos utilizar na transcrição aspas duplas e indicar o número da página da obra
original. E a citação direta no texto, com até três linhas, deve ser incluída normalmente no texto.
2.1.10 Citação direta
De acordo com Comitê de Apoio à Pesquisa (COPesq) (2009), “define-se como citação a
referência, no texto, sobre a origem da informação extraída de outra fonte, que foi consultada para
a realização da pesquisa” (p. 47).

Quando a citação incluir até três autores, mas seus nomes aparecem na sentença, ou seja, sem
parênteses, a separação entre eles é feita da seguinte forma:

Segundo Moura, Ferreira e Paine (1998, p. 57) A metodologia do projeto...

Esta providência, além de propiciar autenticidade à informação, complementa o trabalho que está
sendo elaborado e permite avaliar o grau de profundidade sobre a pesquisa realizada.

Quando fazemos a transcrição textual literal (ipsis literis) de palavras ou trechos de uma obra
consultada, mantendo todas as suas características originais, que incluem: grafia, pontuação,
idioma etc. devemos utilizar na transcrição aspas duplas e indicar o número da página da obra
original.

A citação direta no texto, com até três linhas, deve ser incluída normalmente no texto.

Ex: segundo Almeida (2003), “os fungos são organismos heterotróficos unicelulares ou
pluricelulares, estes últimos caracterizados pela formação de estruturas filamentosas, as hinfas que
constituem unicelio” (p. 38).

2.1.11 Citação indireta


Segundo o Comitê de Apoio à Pesquisa (2009, p. 47), “quando o autor, ao redigir seu texto, faz
uma paráfrase, ou seja, uma síntese/interpretação livre das idéias expostas por outros autores, deve
tomar cuidado de reproduzir fielmente o texto original”.

As citações indiretas ou parafraseadas dispensam o uso de aspas duplas e o número de páginas.

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Ex: Exemplo: Segundo Limeira (2003), o e-mail é, atualmente um dos meios mais importantes de
comunicação empresarial e de marketing. Enviar e responder e-mail com certa frequência, na visão
do autor, pode ser decisivo para obter informações e feedback dos clientes, criar relacionamento
sólido e desenvolver negócios.

2.1.12 Citação de citação


Para MARCONI & LAKATOS (2003, p.67), “é uma citação direta ou indireta de um documento
que só deve ser utilizada na total impossibilidade de acesso ao documento original (documentos
muito antigos, obra de difícil acesso, dados insuficientes para a localização etc.)”.

Segundo Oliveira (2011, p.98), “paráfrase é a reprodução do conteúdo de um texto ou de uma


passagem de um texto por meio de palavras diferentes das empregadas pelo autor”.
Nesse caso, é necessário indicar o sobrenome do autor do texto original e o ano da publicação de
sua obra, seguido do termo apud (que significa citado por, conforme, segundo) e do sobrenome do
autor e ano de publicação em cuja obra a citação foi feita. Em Referências indica-se apenas a obra
consultada. Em nota de rodapé, insere-se a referência completa da obra citada.

Exemplo: Marinho (1980, apud MARCONI e LAKATOS, 1982) apresenta a formulação…

2.1.13 Princípios de investigação e sua importância


Segundo Goldim (2001, o aspecto ético fundamental neste item é a garantia de que não haverá
discriminação na seleção dos indivíduos nem exposição destes a riscos desnecessários.
Quando forem pesquisados grupos de pessoas em estados ou condições especiais, eles devem
merecer cuidados diferenciados, como nos casos de gestantes, crianças e adolescentes, doentes
mentais, prisioneiros, estudantes, militares, empregados de instituições de saúde, membros de
comunidades menos desenvolvidas, e outros.
Os aspectos éticos relativos ao projeto devem ser esclarecidos no item Método. Os essenciais são:
a adequada avaliação da relação risco-benefício, a obtenção do consentimento informado e a
garantia da preservação da privacidade. A avaliação da relação risco-benefício deve ser feita por
meio de dados internacionais e locais. Quando houver a utilização de grupos comparativos, deve
ser avaliada a existência de equipolência entre as diferentes intervenções.
A forma de obtenção do Consentimento Informado deve ser descrita, e o modelo do Termo de
Consentimento que será utilizado deve ser anexado ao projeto. Os autores também devem assegurar

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a preservação dos dados, a confidencialidade e o anonimato dos indivíduos pesquisados. Quando
o projeto utilizar dados secundários, como, por exemplo, dados de prontuários de pacientes ou de
bases de dados, os pesquisadores devem comprometer-se formalmente com a garantia da
privacidade dessas informações.
Os princípios éticos da pesquisa são um conjunto de diretrizes que devem ser seguidas pelos
pesquisadores para garantir a integridade e a confiabilidade dos resultados obtidos.

André Vesálio (1514-1564), citado por Miguel Kottow teria sido o primeiro a quebrar o tabu
teológico e moral de estudar a anatomia humana por meio de cadáver, mesmo sendo considerado
um sacrilégio, a menos que se tratasse de um homem e, possivelmente, de um criminoso. A
pesquisa em cadáveres só foi autorizada oficialmente por Clemente VII em 1537.

A ciência moderna iniciou com Galileu (1564-1642), teve a entusiasmada aprovação de Francis
Bacon (1561-1626) e era considerada uma ciência objectiva, benéfica para a sociedade, e
eticamente neutra.

Max Weber (1864-1920) defendeu a ideia de que a ciência recebe da sociedade o encargo de
solucionar determina dos problemas, sendo seus resultados aplicados segundo prioridades também
sociais, sendo a ciência então regulada por estes dois momentos sociais, eminentemente éticos, por
lidar com valores.

A comissão, que trabalhou de 1974 a 1978, publicou o Relatório Belmont, considerado um marco
para a prática da pesquisa, dando origem à primeira teoria no campo da bioética, a teoria dos
princípios, proposta por Tom Beauchamp e James Childress.

O Relatório Belmont apontou os seguintes princípios como referência fundamental: Respeito pelas
pessoas, Beneficência e Justiça.

Principio de autonomia- é um dos princípios éticos fundamentais na pesquisa, que se refere ao


respeito à liberdade e à capacidade de escolha dos participantes da pesquisa. Baseando-se neste
principio, os participantes devem ser informados sobre os objetivos, procedimentos e possíveis
riscos da pesquisa, e devem ter a liberdade de decidir se desejam ou não participar, sem qualquer
tipo de coerção ou pressão.

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De acordo com Ferreira (2000, p.31) “auto= quer dizer por si mesmo e estima=sentimento de valor
atribuído a alguém ou valor dado a alguma coisa, apreço, consideração”.

b)Princípio de beneficência- na pesquisa, os pesquisadores devem tomar medidas para proteger a


saúde, o bem-estar e os direitos dos participantes da pesquisa. Isso inclui a obtenção de
consentimento informado dos participantes, a garantia de que os riscos da pesquisa sejam
minimizados e gerenciados adequadamente, e a garantia de que os benefícios da pesquisa sejam
maximizados.

Para Frankena (1963), o princípio de beneficência “nos manda promover o primeiro e evitar o
segundo. Quando se manifestam exigências conflituantes, o mais que ele pode fazer é aconselhar-
nos a conseguir a maior porção possível de bem em relação ao mal”.

Outrossim, os pesquisadores devem garantir que a pesquisa seja conduzida de acordo com os mais
altos padrões éticos e científicos, e que os resultados da pesquisa sejam divulgados de forma clara
e precisa para que possam ser utilizados para melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas.

c)O princípio da justiça- referente à obrigação de garantir que os benefícios e os ônus da pesquisa
sejam distribuídos de forma equitativa entre os participantes da pesquisa e a sociedade em geral.

Ferreira (2000, p.14), sustenta que “a justiça exige a distribuição justa e igualitária dos benefícios
e riscos na participação em um estudo de pesquisa, o recrutamento e a selecção dos participantes
precisam ser feitos de maneira justa e igualitária.

Este princípio implica que os pesquisadores garantam que os participantes da pesquisa sejam
selecionados de forma justa e que não sejam explorados ou prejudicados de forma desproporcional
em relação aos benefícios que a pesquisa pode trazer. Além disso, os pesquisadores devem garantir
que os resultados da pesquisa sejam divulgados de forma justa e acessível a todos os interessados.

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3 Conclusão
Feito o trabalho chegamos conclui-se que atualmente é considerado saber, conhecimentos
repassados de modo metódico e organizado, capazes de serem transmitidos, repassados por meio
de um processo pedagógico. E que ele pode ser um ser supersticioso sem nenhuma consciência do
conteúdo e até mesmo aquele que estava adoentado e ingere um medicamento sem conhecer as
substâncias que contém no remédio. Por isso a chamada construção do conhecimento não é livre e
aleatória levando a incomunicabilidade.
Ela deve corresponder a um pensamento, a uma concordância, a um consenso universal. Não se
pode imaginar que possa cada um, construir o seu conhecimento de modo individual e sem vínculo
com a comunidade científica e com o saber universal. O conhecimento, dependendo da forma pela
qual se chega a essa representação, pode ser classificado de popular (senso comum), teológico,
mítico, filosófico e científico.
Conclui-se ainda que a pesquisa é acção metódica ou investigação através da qual se busca uma
resposta a um problema de natureza científica. A pesquisa desenvolve-se por um processo
constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos
resultados. Só se inicia uma pesquisa se existir uma pergunta, uma dúvida para a qual se quer
buscar a resposta. Pesquisar, portanto, é buscar ou procurar resposta para alguma coisa.

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4 Referências bibliográficas
1. Comitê de Apoio à Pesquisa (COPesq) (2009).
2. FERREIRA, Sueli Mara S.P., KROEFF, Márcia S. (1998). Referências bibliográficas de
documentos eletrônicos. São Paulo.
3. FREITAS, H e JANISSEK, R. (2000). Análise léxica e Análise de Conteúdo. Porto
Alegre: Sphinx do Brasil.
4. GIL, A. C. (2007). Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas.
5. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. (2001). Fundamentos metodologia científica. 4.ed.
São Paulo: Atlas.
6. MARCONI, M. A; LAKATOS, E. V. 2004. Metodologia científica. São Paulo: Editora
Atlas.
7. MINAYO, M. C. S. (1997). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 7 ed.
Petrópolis: Vozes.
8. MORIN, E. (2001). O método II: a vida da vida. Tradução de Marina Lobo. Porto Alegre:
Editora Sulina.
9. Oliveira, M. F. (2011). Metodologia científica: im manual para realização de pesquisas em
administração. Catalão: UFG.

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