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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Animais invertebrados: Estudo dos metozoários simples

Sónia António Changule - 708225171

Curso: Ensino de Biologia


Disciplina: Zoologia geral

Ano de Frequência: 1º Ano

Maputo, Novembro de 2022


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Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
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relevantes na área
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 Exploração dos
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dados
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Conclusão 2.0
teóricos práticos
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Aspectos
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gerais
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Referências 6ª edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas
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Índice
Introdução ...............................................................................................................................1

Objectivos ...............................................................................................................................1

Geral .......................................................................................................................................1

Específicos ..............................................................................................................................1

Metodologia ............................................................................................................................1

Animais invertebrados: Estudo dos metozoários simples .........................................................2

Reprodução .............................................................................................................................2

Poríferos ..................................................................................................................................4

Cnidários .................................................................................................................................5

Platelmintos.............................................................................................................................5

Asquelmintos ..........................................................................................................................6

Moluscos .................................................................................................................................7

Anelídeos ................................................................................................................................7

Artrópodes ..............................................................................................................................8

Equinodermos .........................................................................................................................9

Cordados .................................................................................................................................9

Os Corais .............................................................................................................................. 10

Importância dos corais ........................................................................................................... 11

Conclusão.............................................................................................................................. 13

Bibliografia ........................................................................................................................... 14
Introdução

A designação invertebrada diz respeito à ausência de uma coluna vertebral, bem como vértebras
ou caixas cranianas. São animais invertebrados todos os insetos, aracnídeos, crustáceos,
moluscos, bem como diversos outros animais tão diversos como centopeias, estrela-do-mar,
minhocas, sanguessugas, corais, esponjas ou medusas. Os invertebrados foram os primeiros
animais a surgir na história da vida na Terra e foi a partir destes que evoluíram os animais
vertebrados.

Objectivos

Geral

 Analisar os procedimentos da realização das Actividades Experimentais.

Específicos

 Abordar o historial da evolução dos invertebrados

 Fazer uma pesquisa detalhada sobre as seguintes especies: corais, esponjas e


anemonas

 Indicar a relação os corais, esponjas com o ecossistema.

 Explicar a importância dos corais

Metodologia

O presente trabalho será feito com base na pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é um
procedimento exclusivamente teórico, compreendida como a junção, ou reunião, do que se tem
falado sobre determinado tema.Como ensina Fonseca (2002, p. 32) a pesquisa bibliográfica é
feita a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios
escritos e electrónicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites.

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Animais invertebrados: Estudo dos metozoários simples

Os metazoários (animais) são organismos eucarióticos multicelulares, móveis e heterotróficos,


representantes do Reino Animal (ou Metazoa, Reino Animalia). O eixo locomotor é antero-
posterior, e são organismos normalmente grandes, diferentemente dos protozoários e bactérias,
que são microscópicos.

A estrutura corporal destes organismos é um aglomerado de células especializadas e muito


funcionais, de acordo com a sua respectiva função, mais uma vez contrariando os protozoários
que tem apenas uma célula para realizar todas as funções. Estas células nos metazoários estão
arranjadas propositalmente em conjunto, de maneira a formar dois tipos básicos de tecidos: o
epitelial e o conjuntivo. Veremos um a um a seguir.

Tecido epitelial: neste tipo de tecido temos um arranjo de células unidas formando uma camada
que recobre o corpo do organismo. O epitélio (ou epiderme) tem na sua superfície externa uma
matriz extracelular (MEC) secretada, conhecida como cutícula.

Tecido conjuntivo: neste tipo de tecido as células se apresentam extensas e separadas. A matriz
extracelular é formada quase que na sua totalidade por gel de proteoglicanas, mas pode ser mais
ou menos volumosa. A proteína mais comumente encontrada é o colágeno, talvez por ser a mais
importante.

As matrizes extracelulares interna e externa podem ser modificadas e adaptadas para compor um
esqueleto, ou seja, uma estrutura que sustenta o corpo e que seja capaz de contratura muscular.

Reprodução

Os animais utilizam para reprodução tanto a forma sexuada quanto a assexuada (clonal), sendo
que esta última pode ser por brotamento, fissão, fragmentação ou partenogênese. No instante em
que o corpo do organismo se rompe de maneira não-regular durante a reprodução, originando
muitos pedaços menores, podemos dizer que este organismo sofreu fragmentação; mas se há a
mesma fragmentação (longitudinal ou transversalmente) do corpo, só que de maneira mais
organizada que na anterior, então dizemos que a reprodução foi clonal por fissão; quando é
possível perceber que existe um indivíduo-filho se diferenciando a partir do indivíduo-pai, então
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tem-se a reprodução clonal por brotamento; e por último quando indivíduo se desenvolve a partir
de um ovo não fertilizado ou ainda de uma célula totipotente, pode-se dizer que então a
reprodução foi por partenogênese. No caso das reproduções por fissão e fragmentação, um
detalhe há-de ser considerado: o fruto dessas reproduções é apenas uma parte do animal, porém
esta parte regenera o todo, compondo um organismo completo.

Mas se os metazoários utilizarem a reprodução sexuada acontece a sequência seguinte: há a

união dos gametas masculino e feminino e logo em seguida à formação do zigoto ocorrem as
mitoses que produzirão um embrião multicelular. As primeiras divisões são denominadas
clivagens e os produtos são os blastômeros, e quando esta divisão se concretiza completamente
dá-se o nome de clivagem holoblástica. Se formam 3 tipos de ovo: microlécitos, mesolécitos e
macrolécitos. Os microlécitos são ovos com pouco vitelo distribuído de maneira uniforme no
citoplasma, os blastômeros resultantes são iguais em tamanho. Os mesolécitos são maiores que
os microlécitos, sofrem clivagem holoblástica desigual e os blastômeros podem ser micrômeros
ou macrômeros, dependendo do pólo (vegetal ou animal) que ocupam dentro do ovo. Os
macrolécitos são os maiores entre os três e possuem muito mais vitelo, sofrem clivagem
meroblástica, que é incompleta.

Características dos metazoários

 Diversidade: existem diversas espécies de animais, diferentes umas das outras, seja no
formato do corpo, reprodução ou modo de vida;
 Classificação: Os animais variam em complexidade e são classificados com base na
anatomia, morfologia, história evolutiva e desenvolvimento embrionário;
 A maioria dos animais tem mobilidade, ou seja, se movem por pelo menos alguns
estágios de suas vidas; e a maioria dos animais se reproduz sexualmente.
 Os animais possuem tecidos verdadeiros, ou seja, os tecidos formados por um
conjunto de células que exercem a mesma função. Esses tecidos formam, por
exemplo, os órgãos e sistemas dos animais. São eles: a ectoderme, a endoderme e a
esoderme. Apenas os poríferos não possuem tecido verdadeiro;

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 Possuem celoma, uma cavidade importante no processo do desenvolvimento
embrionário, no qual ajuda a formar partes importantes do corpo, como a boca e o
ânus. É importante lembrar que os poríferos não apresentam celoma e os platelmintos
possuem pseudocelomas (celomas falsos, que não cumprem a sua função);
 São multicelulares: são constituídos por mais de uma célula. Alguns membros de outros
reinos são constituídos apenas por uma célula, como as bactérias ou amebas;
 São heterotróficos: precisam obter sua própria alimentação. As plantas são autotróficas
porque produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese. Como não conseguem
produzir sua própria comida, os membros do reino animal devem ingerir outros
organismos;
 São eucariontes: este é o tipo de célula que os animais possuem. As células eucariontes
são mais complexas do que as células procariontes, porque possuem um núcleo
individual, que guarda todo o material genético do animal (o DNA);
 Não possuem parede celular: plantas, fungos e células procariontes possuem uma parede
celular, uma camada externa rígida que dá estrutura às células;
 Se reproduzem de maneira sexuada. Porém, alguns poucos animais se reproduzem de
forma assexuada.

Poríferos

São os animais multicelulares, chamados de esponjas do mar, considerados o filo mais simples e
mais antigo do reino animal. Seu habitat são os oceanos e seu corpo é formado por poros (por
isso o nome poríferos), uma espécie de buraco que ajuda na ingestão de alimentos e na
respiração. Com a ajuda destes poros, as esponjas também funcionam como filtradoras da água
em que vivem.

Características dos poríferos

 São invertebrados;
 Possuem uma camada externa rígida;
 Não possuem tecido verdadeiro: a esoderme, endoderme e a ectoderme;
 Não possuem celoma (cavidade importante para o desenvolvimento embrionário).
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Importância para o reino animal: são considerados como filtradores da água. Através da sua
existência, também é possível determinar a qualidade da água onde estão inseridos. Por isso
podem ser classificados como bioindicadores. Também servem como alimento para algumas
tartarugas e abrigo para alguns tipos de peixes.

Cnidários

São os animais que vivem tanto em água salgada quanto em água doce, como águas vivas e os
corais. São conhecidos por possuir uma espécie de “ferrão”, onde liberam uma toxina que serve
tanto para capturar presas para a alimentação, como mecanismo de defesa contra predadores.

Um diferencial deste filo é a sua forma, que pode ser livre, como a água viva, ou fixa, como os
corais.

Características dos cnidários:

 Possuem uma toxina que é utilizada para capturar presas e como mecanismo de defesa
contra predadores;
 As duas formas básicas do corpo dos cnidários são a medusa (forma livre), como a água
viva, e o pólipo (forma fixa), como os corais;
 São invertebrados;
 São o primeiro filo que possui dois tipos de tecidos verdadeiros produzidos durante a sua
formação: a ectoderme e a endoderme.

Importância para o reino animal: nos corais, por exemplo, vive a maior parte da diversidade
da vida marinha. Eles servem de abrigo para algumas espécies de peixes e também se associam a
um tipo de alga para se alimentar delas. Essas mesmas algas também servem de alimento para
algumas espécies de peixes.

Platelmintos

São os vermes invertebrados e de corpo mole, conhecidos principalmente por terem o corpo
achato. Na verdade, o formato do corpo de um platelminto é achatado para ajudar no seu
processo respiratório e digestivo, já que este filo não possui estes dois sistemas completos.

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Os platelmintos são conhecidos por causarem doenças graves aos seres humanos e outros
animais. A esquistossomose, por exemplo, é uma das principais doenças causadas por estes
vermes.

Características dos platelmintos:

 São invertebrados;
 São os tipos de vermes achatados;
 É o primeiro filo que possui todos os três tecidos verdadeiros (a ectoderme, a endoderme
e a esoderme), constituídos durante sua formação; É o primeiro animal da escala
evolutiva que possui cabeça.

Importância para o reino animal: algumas espécies podem servir como bioindicadores,
indicando a degradação do solo.

Asquelmintos

São outra classe de vermes, que podem ser encontrados em diversos habitats, tanto terrestres,
quanto marinhos. São conhecidos por sua forma cilíndrica e comprida.

Em ambientes terrestres são encontrados principalmente como parasitas de plantas e animais.

Características dos asquelmintos:

 Têm o sistema digestório completo, ou seja, possuem boca e ânus;


 São invertebrados;
 São os vermes de forma cilíndrica e compridos;
 Podem ter uma vida livre, mas são parasitas em sua maioria;
 Possuem os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação (a ectoderme, a
endoderme e a esoderme).

Importância para o reino animal: algumas espécies ajudam na distribuição de nutrientes no


solo e recolha de excretas.

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Moluscos

São animais de corpo mole, sendo alguns constituídos de uma carapuça, uma espécie de casca
que protege o corpo, como as ostras.

Os moluscos formam um grupo muito diverso e constituem uma parte importante do


ecossistema.

Esses animais podem ser vistos em habitats de água doce ou salgada. Se alimentam de pequenas
algas, partículas de substâncias que estão presentes na água, ou até mesmo outros pequenos
animais marinhos.

Características dos moluscos:

 Possuem respiração cutânea, e uma pele muito sensível à desidratação, por isso fogem do
sol;
 Têm os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação (a ectoderme, a esoderme
e a endoderme);
 São invertebrados;
 É o segundo maior filo do reino animal.

Importância para o reino animal: as ostras são ótimos bioindicadores neste grupo, já que a sua
vida pode indicar a qualidade da água no qual está inserida. Além disso, muitos deles servem de
alimento para outros animais.

Anelídeos

São os vermes conhecidos por ter o corpo segmentado com uma espécie de anel (o que originou
o seu nome), como a minhoca.

Têm um grande diferencial dos outros filos, porque podem viver em três tipos de habitat: áreas
terrestres úmidas, água doce e água salgada.

Os anelídeos também são conhecidos por variar muito de tamanho, podendo medir de milímetros
até 3 metros de comprimento.

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Características dos anelídeos:

 É o primeiro grupo em ordem evolutiva que possui separação no corpo através de anéis, o
que dá origem ao seu nome;
 Possuem cerdas que permitem sua locomoção com mais facilidade no ambiente;
 Conseguem viver em água doce, salgada, no solo úmido ou até mesmo parasitando em
outros organismos;
 Possuem os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação (a esoderme, a
ectoderme e a endoderme).

Importância para o reino animal: os anelídeos são de importantes especialmente para o


plantio, pois se alimentam de restos de vegetais e animais mortos, reciclando a matéria orgânica.

Artrópodes

Este é o maior filo do reino animal, com milhares de espécies. São os animais conhecidos
principalmente por terem patas articuladas, que ajuda na locomoção rápida e na sua adaptação ao
meio ambiente.

Alguns dos animais mais conhecidos deste filo são as aranhas, os caranguejos, os camarões, as
centopeias, as formigas, as abelhas, entre outros.

Uma grande característica deste filo é a presença de exoesqueleto, uma forma de casca que
protege o corpo e órgãos destes animais.

Características dos artrópodes:

 É o maior filo do reino animal;


 Possuem os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação (a ectoderme, a
esoderme e a endoderme);
 Apresentam patas articuladas, que permitem uma melhor movimentação do animal e sua
adaptação no ambiente;

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 São formados por um exoesqueleto de quitina, um tipo de casca que fornece uma
proteção maior a esses animais e da apoio a musculatura; Possuem o sistema
digestório completo.

Importância para o reino animal: servem de alimento para outros animais e são importantes no
cilo de vida de alguns tipos de vegetais.

Equinodermos

Os equinodermos são animais marinhos, ou seja, vivem somente em água salgada. São
conhecidos principalmente pela presença de espinhos em seu corpo, como a estrela-do-mar.

São animais que se alimentam de algas ou até mesmo de outros pequenos animais do ambiente
marinho.

Características dos equinodermos:

 Presença de espinhos no corpo.


 Possuem os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação (a esoderme, a
endoderme e a ectoderme);
 São exclusivamente marinhos;
 Se alimentam de algas ou outros pequenos animais;
 Possuem sistema ambulacral, um conjunto de bolsas que água em seu interior que
permitem a sua locomoção pela água;
 São formados por endosqueleto de calcário (provido da endoderme), o que permite sua
forma com espinhos.

Importância para o reino animal: conseguem produzir oxigênio para a água onde vivem e
também se alimentam de algumas algas, controlando seu crescimento.

Cordados

Provavelmente é um dos filos mais conhecidos do reino animal. Dentro do filo dos cordados, há
animais muito conhecidos, como as aves, os anfíbios, mamíferos, entre outros. Nós, seres
humanos, estamos incluídos neste filo.

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O que diferencia este filo dos outros, é a presença de cartilagem, que ajuda na estrutura do
sistema nervoso central, além dos sistemas circulatórios e digestório serem completos.

Características dos cordados:

 Podem ser vertebrados ou invertebrados;


 São considerados os últimos dentro da escala evolutiva do reino animal;
 São adaptados para sobreviver em diversos tipos de ambiente;
 Possuem os três tecidos verdadeiros, constituídos em sua formação;
 Os seres humanos estão incluídos neste filo;

Importância para o reino animal: estão no topo da cadeia alimentar, o que ajuda a equilibrar o
ecossistema.

Os Corais

Os corais possuem uma importante função ecológica, além da sua atividade filtradora. Também
servem de abrigo e alimento para diversos elementos da biota aquática.

Os corais, organismos antozoários (Classe Anthozoa do Filo Cnidaria), são animais coloniais
exclusivamente marinhos, típicos de regiões tropicais, cuja morfologia representada pelos
pólipos (forma séssil) possui esqueleto externo constituído por carbonato de cálcio.

Esses seres com ampla variação de coloração (esverdeado, azulado e avermelhado) também
manifestam diferentes tamanhos, com poucos centímetros de comprimento ou atingindo grandes
extensões, o maior recife de coral já identificado está localizado na costa litorânea da Austrália.

Corais de água fria são geralmente referidos como "os corais de águas profundas", porque a
maioria das conclusões e observações desses organismos vêm de ambientes de águas profundas
(Cairns, 2007). No entanto, o termo ‘corais de profundidade 'pode ser enganoso, como alguns
corais de água fria têm sido observadas em águas com menos de 200 metros de profundidade,
incluindo o construtor de recifes Lophelia, que pode ser encontrado em fiordes noruegueses tão
superficiais quanto 39 metros. Isso indica que as condições hidrográficas e da geomorfologia do

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fundo do mar, combinadas com os parâmetros ambientais, tais como temperatura, salinidade e
fornecimento de nutrientes, são fatores mais importantes que determinam e limitam a
distribuição e crescimento de corais de água fria do que a profundidade sozinha (Freiwald et al.,
2004).

Cairns, 2007 definiu as espécies de coral de profundidade como sendo aquelas que ocorrem em
águas com > 50 m, embora este limite para os corais de águas profundas seja um tanto arbitrário,
com pouquíssimos corais zooxantelados ocorrerendo abaixo desta profundidade. Para águas
brasileiras, a profundidade de início para corais.

Importância dos corais

Os recifes de corais são importantes ecossistemas que abrigam uma grande quantidade de formas
de vida marinha, fornecendo-as abrigo e protecção. Estima-se que aproximadamente 65% dos
peixes marinhos vivam nesse importante habitat, sendo fundamental, portanto, a sua
preservação.

Apesar de parecerem uma grande quantidade de rochas, os recifes de corais são, na realidade,
formações produzidas, principalmente, por um animal marinho denominado genericamente de
coral. Esse animal é adaptado a viver em colónias e produz um esqueleto formado de carbonato
de cálcio em sua volta durante toda a sua vida. Quando esses animais morrem, novos surgem e
dão origem a mais esqueletos. Além dos corais, outros organismos podem fazer parte da
formação dos recifes por intermédio da produção de esqueleto calcário, como é o caso de
algumas algas.

Os corais são animais do filo dos cnidários e vivem em regiões tropicais e subtropicais do
planeta. São considerados importantes bioindicadores da qualidade da água, uma vez que só
sobrevivem em água limpa e clara, respondendo rapidamente às perturbações do ambiente.

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Esses animais vivem em simbiose com algumas algas fotossintetizantes conhecidas por
zooxantelas. Essas algas vivem no interior do coral e fornecem-lhe compostos orgânicos,
enquanto o coral fornece proteção a elas. Além disso, as zooxantelas produzem substâncias que
deixam os corais com cores características.

Os corais, além de conseguirem compostos orgânicos por meio das zooxantelas, retiram alimento
do mar. Graças aos seus tentáculos, esses cnidários conseguem capturar alguns seres presentes
no plâncton marinho.

Podemos classificar os recifes de corais em três tipos principais: franjas, barreiras e atóis. Os
recifes em franja são aqueles que se formam perto da costa, separando-se dela por lagoas rasas.
Os recifes em barreira formam-se de forma paralela à costa, porém as lagoas apresentam águas
profundas. Os atóis, por sua vez, apresentam-se como anéis no meio do oceano e surgem
normalmente em consequência do afundamento de ilhas."

Os recifes de corais, como dito anteriormente, abrigam uma infinidade de seres vivos, sendo
considerados uns dos sistemas marinhos com maior diversidade. Essa diversidade também é
importante para o homem que explora economicamente os recifes, principalmente no que diz
respeito à pesca e ao turismo. Além disso, os corais actuam protegendo a costa da acção do mar
e são importantes fontes de matéria-prima para a criação de medicamentos e cosméticos.

Infelizmente, apesar de toda a sua importância económica e ambiental, os recifes de corais estão
sofrendo danos irreparáveis em decorrência da acção humana. Pesquisas indicam que
aproximadamente 30% dos recifes encontram-se profundamente danificados. A poluição, a
pesca predatória e o aumento da temperatura média dos oceanos, por exemplo, são alguns dos
problemas mais comuns enfrentados por esse ecossistema.

O aumento da temperatura, acentuado cada vez mais pelo aquecimento global, provoca o
processo conhecido como branqueamento, que se caracteriza pela perda das zooxantelas e,
consequentemente, da cor do coral. Esse processo deixa o animal mais fraco e mais susceptível a
doenças.

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Conclusão

Metazoários são os animais pluricelulares, ou seja, aqueles cujo organismo é constituído por
várias células. No reino animal, só os Protozoários são unicelulares, uma vez que as Bactérias,
Vírus e demais microrganismos pertencem a outra classificação. No nível mais baixo da
evolução dos metazoários estão as esponjas, derivadas talvez de primitivos Protozoários
flagelados, que são animais unicelulares dotados de flagelos (finos filamentos de função
locomotora). Os metazoários mais simples apresentam simetria radial — por esta razão, são
classificados como radiados (em contraposição com os bilatérios, que têm simetria bilateral).
Estes animais são diploblásticos, isto é, possuem apenas dois folhetos embrionários. A camada
exterior (ectoderme) corresponde à superfície da blástula e a camada interior (endoderme) é
formada por células que migram para o interior. Ela então se invagina para formar uma cavidade
digestiva com uma única abertura, (o arquêntero). Esta forma é chamada gástrula (ou plânula
quando ela é livre-natante). Os cnidários e os ctenóforos (águas vivas, anêmonas, corais, etc) são
os principais filos diploblásticos.

Os corais são importantes ecossistemas que abrigam uma grande quantidade de formas de vida
marinha, fornecendo-as abrigo e protecção.

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Bibliografia

Brusca, R. C. & Brusca, G. J. (2002). Invertebrates. Sinauer Associates, 2ª Edição.


Kardong, K. (2006). Vertebrates – Comparative Anatomy, Function, Evolution. 4th Edition.
McGraw-Hill.
Ruppert, E. E., (2005). Fox, Richard S., Barnes, Robert D. Zoologia dos invertebrados: uma
abordagem funcional-evolutiva. São Paulo.

Roca. Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC. Apostila.

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