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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Saúde Sexual e Reprodutiva

Discente: Armando António Machava Simango e Código: 708212773

Curso: Ensino de História

Disciplina: Habilidades de Vida, Saúde Sexual, Reprodutiva, Género e HIV- SIDA

Ano de frequência: 2º ano

Maputo, Outubro de 2022

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Introdução objectivos
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adequada ao
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objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência
Referências
6ª edição em das
Bibliográfic 4.0
citações e citações/referênci
as
bibliografia as bibliográficas

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Índice
1. Introdução .......................................................................................................................... 5
1.1 Objectivos: ....................................................................................................................... 5
1.1.1 Objectivo Geral ............................................................................................................. 5
1.1.2 Objectivos específicos ................................................................................................... 5
1.1.3 Metodologia .................................................................................................................. 5
2. Saúde Sexual e Reprodutiva ............................................................................................... 6
2.1 Conceitos de: Sexo e género, sexualidade, Igualdade de género ........................................ 6
2.1.1 Sexo .............................................................................................................................. 6
2.1.2 Género .......................................................................................................................... 6
2.1.3 Sexualidade .................................................................................................................. 7
2.1.4 Igualdade de género ...................................................................................................... 7
2.2 Desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e psicológicas ................................... 8
2.2.1 A puberdade e a adolescência ........................................................................................ 8
2.2.2 O adulto – O “parceiro da vida” e o matrimónio ............................................................ 9
2.2.3 A terceira idade – Relações maduras ............................................................................. 9
2.3 Os método do planeamento familiar ................................................................................. 9
2.3.1 Os métodos modernos do planeamento familiar. ......................................................... 10
2.4 Vantagens do planeamento familiar ............................................................................... 10
2.5 Desvantagens de planeamento familiar...........................................................................................11

3. Influencias dos valores socio-culturais na saúde sexual e reprodutiva ............................... 12


4. Conclusão ........................................................................................................................ 14
5. Referencias Bibliográficas................................................................................................ 15

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1. Introdução

O Presente trabalho debruça sobre Saúde Sexual e Reprodutiva, o mesmo apresenta


discussões em termo dos conceitos de sexo e género, sexualidade, Igualdade de género,
identificação do processo de desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e
psicológicas, identificação dos métodos do planeamento familiar (PF), descrição das
vantagens e desvantagens do (PF) e por ultimo debruça em relação aos valores socioculturais
que influenciam a saúde sexual e reprodutiva.

É sabido que a sexualidade é uma realidade complexa. O nosso corpo é sexuado e somos
biologicamente sexuados. A sexualidade está enraizada no biológico e os nossos
comportamentos sexuais dependem dessa dimensão. Por outro lado, a própria actividade
sexual produz alterações fisiológicas. No entanto, não somos só biologicamente sexuados,
toda a nossa organização social e cultural são também sexuados. Esta tríade irá influenciar,
como um todo, a sexualidade, nas suas mais variadas vertentes. No entanto, esse tema ira
sanar todas as dúvidas e trazer mais conhecimentos.

1.1 Objectivos:

1.1.1 Objectivo Geral

 Compreender a importância da Saúde Sexual e Reprodutiva.

1.1.2 Objectivos específicos

 Conceituar . Sexo e género, sexualidade, Igualdade de género;


 Identificar dos processo de desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e
psicológicas;
 Identificar os método do planeamento familiar (PF);
 Descrever as vantagens e desvantagens do PF;
 Explicar como os valores socioculturais influenciam a saúde sexual e reprodutiva;

1.1.3 Metodologia
 O trabalho foi baseado na consulta de obras, artigos e internet como ilustram as
referências bibliográficas.

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2. Saúde Sexual e Reprodutiva

Segundo UNFPA (2010), afirma que a boa saúde sexual e reprodutiva é um estado de
completo bem-estar social, físico e mental em todos os aspectos relativos ao sistema
reprodutivo. Isso significa que as pessoas são capazes de ter uma vida sexual satisfatória e
segura, a capacidade de se reproduzir, bem como a liberdade para decidir quando e quantas
vezes para fazê-lo.

2.1 Conceitos de: Sexo e género, sexualidade, Igualdade de género

Uma das formas que vai facilitar adquirir conhecimentos em relação ao tema em estudo é
partir pelos conceitos, assim sendo:

2.1.1 Sexo

Segundo Manual de Habilidades de vida (2020), afirma que o sexo refere-se às características
biológicas que definem os seres humanos como femininos ou masculinos.

Aprofunda ainda que, entre as características biológicas são diferenciados factores


cromossómicos (XX ou XY), factores gonadais (ovários ou testículos) ou hormonais e
características genitais externos. Embora esses conjuntos de características biológicas não
sejam mutuamente exclusivos, como existem indivíduos que possuem os dois, eles tendem a
diferenciar os humanos como machos e fêmeas.

Maia (2008), afirma que quando falamos de sexo, nos referimos às práticas sexuais ou à
relação sexual, isto é, um comportamento que envolve as questões genitais. Também falamos
de sexo para categorizar pessoas em machos e fêmeas, mas isso seria mais um dos
componentes da sexualidade.

2.1.2 Género

Segundo Louro (1997), afirma que o género se constitui com ou sobre corpos sexuados, ou
seja, não é negada a biologia, mas enfatizada, deliberadamente, a construção social e histórica
produzida sobre as características biológicas.

Como diz Connell (1995), "no género, a prática social se dirige aos corpos (p. 189)''. O
conceito pretende se referir ao modo como as características sexuais são compreendidas e
representadas ou, então, como são trazidas para a prática social e tornadas parte do processo
histórico.
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Por outra, o género tem por base representações (crenças, ideias, valores) em torno do sexo
biológico. Ou seja, é o modo como as sociedades entendem as pessoas do sexo masculino e as
pessoas do sexo feminino. É, assim, a consequência do sexo numa organização social

2.1.3 Sexualidade

Segundo Maia (2010), afirma que a sexualidade é o nome que damos para o aspecto da vida
humana que inclui as sensações corpóreas e subjectivas que envolvem, também, as questões
emocionais.

Segundo Manual de Habilidades de vida (2020), afirma que a sexualidade é experimentada e


expressa em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos,
práticas, papéis e relacionamentos. Embora a sexualidade possa incluir todas essas dimensões,
nem todas são sempre experimentadas ou expressas.

 É influenciada pela interacção de factores biológicos, psicológicos, sociais,


económicos, políticos, culturais, legais, históricos, religiosos e espirituais. (fonte?)
 É fundamental, para o desenvolvimento do potencial humano de cada pessoa. A
integridade e dignidade, ao nível da sexualidade, requer o respeito e protecção dos
direitos sexuais de todas as pessoas, o direito de controlo sobre o próprio corpo, e a
liberdade de decisão a ser sexualmente activo, negociar o sexo, praticar o sexo seguro,
e prevenir a gravidez não desejada.

Weeks (1993), afirma inúmeras vezes que a sexualidade tem tanto a ver com as palavras, as
imagens, o ritual e a fantasia como com o corpo. Compartilhando da posição de muitos outros
estudiosos e estudiosas, ele fala da impossibilidade de se compreender a sexualidade
observando apenas seus componentes naturais.

2.1.4 Igualdade de género

Segundo Wikipedia, igualdade de genero é um conceito que define a busca da igualdade entre
os membros dos dois géneros humanos, homens e mulheres, derivado de uma crença numa
injustiça, existente em diversas formas, de desigualdade entre os sexos.

Em suma, é a equivalência social entre os vários géneros. Enquanto o conceito pode se referir
às diferenças sociais entre homens e mulheres, estende-se a todo o espectro da identidade de
género.

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Segundo o Fundo para as Populações das Nações Unidas (2008), define a igualdade entre os
sexos como nivelar os campos de jogo de garotas e rapazes, assegurando de que todas as
crianças tenham oportunidades iguais de desenvolver seus talentos.

2.2 Desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e psicológicas

Maia (2008), diz que a sexualidade se manifesta ao longo de toda a nossa vida, desde que
nascemos, na infância, na adolescência, na juventude, na vida adulta, na maturidade e no
envelhecimento.

Na passagem da infância para a adolescência, o corpo feminino e masculino passa por


mudanças, tanto a nível morfológico, como a nível do desenvolvimento do sistema
reprodutor, até atingir a capacidade de se reproduzir. Estas mudanças são acompanhadas por
transformações psicológicas, que se reflectem no comportamento e no modo de pensar.

2.2.1 A puberdade e a adolescência

O início da actividade sexual, os namoros e a procura do parceiro para a vida. Há uma


transformação morfológica, psicológica e social. Caracteriza-se pela busca de uma identidade
e autonomia, pela atracção emocional e física, e pela aproximação a um/a amigo/a íntimo/a. A
transformação é acompanhada de comportamentos por vezes agressivos e de oposição aos
valores familiares e sociais. É um momento importante, para a integração dos jovens no
mundo dos adultos.

Assim sendo, são citadas mudanças físicas do corpo na puberdade:

Meninas

 Seios desenvolvem e aumentam de tamanho;


 Aumento de gordura na pele (espinhas) e suor;
 Crescimento geral e alargamento do quadril;
 Crescimento de pelos debaixo do braço e na região genital;
 Menarca: primeira menstruação

Meninos

 Mudança voz;
 Aumento de gordura na pele (espinhas) e suor;
 Crescimento geral (cartilagens, extremidades, pénis);
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 Tórax se desenvolve;
 Crescimento de pelos debaixo do braço, na região genital e no rosto (barba);
 Testículos se desenvolvem e produzem espermatozóides: polução nocturna e primeiras
ejaculações.
2.2.2 O adulto – O “parceiro da vida” e o matrimónio

Segundo Manual de Habilidades de vida (2020), as características físicas do adulto não


sofrem mudanças tão bruscas como as mudanças durante a adolescência. Nesta fase, homens e
mulheres têm a plena capacidade reprodutiva. A maioria realiza o seu desejo de se casar e ter
uma família e filhos. O matrimónio é um compromisso, para o qual as pessoas têm que se
preparar bem. Viver como marido e mulher deve ser duradoiro e diferente de ter amante e
namorada(o). Infelizmente, as mudanças sociais do nosso tempo, a mobilidade, as
expectativas divergentes entre os parceiros, a infidelidade e os conflitos de vária ordem são
causas de altos níveis de divórcio, nas nossas sociedades.

2.2.3 A terceira idade – Relações maduras

As transformações biológicas, psicológicas e sociais também se fazem sentir, na transição


para a terceira idade. Nas mulheres, destaca-se a menopausa. A principal característica da
menopausa é a cessação das menstruações e do funcionamento dos ovários, e assim, a
chegada ao termo da capacidade reprodutiva da mulher. Geralmente, ocorre entre os 45 e os
55 anos. A capacidade reprodutiva do homem continua até idade avançada. Mulheres e
homens podem continuar a manter relações sexuais satisfatórias até idades avançadas.

2.3 Os método do planeamento familiar

Segundo Pereira (2007), o planeamento familiar é uma tentativa de controlar o número de


filhos que o casal vai ter, e o tempo entre cada nascimento.

Carvalho (2000), afirma que segundo a pesquisa realizada na América Latina e Caribe, em
80% dos casos de toda a responsabilidade e riscos das práticas contraceptivas são assumidos
pelas mulheres, ilustrados pela predominância de métodos contraceptivos de uso feminino,
que prescindem da participação masculina, como a pílula anticoncepcional e a esterilização
feminina.

Os métodos de planeamento familiar se dividem em dois grupos nomeadamente métodos


naturais (tradicionais) e métodos artificiais (modernos). Os métodos naturais do planeamento

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familiar são: Abstinência: o método mais seguro de PF, e sem nenhum efeito colateral.
Facilmente pode ser quebrado.

a) Coito interrompido: Interrupção da cópula. tem um risco maior de gravidez porque a


ejaculação pode iniciar antes do pénis ser retirado do orifício vaginal.

b) Aleitamento: Também conhecido por amamentação. Esse método precisa ser exclusivo,
isto é, a mãe deve somente alimentar o bebé com o leite do peito, pelo menos 8 vezes ao dia
ou sempre que o bebe quiser.

c) Uso do calendário: precisa de um registo confiável. É muito arriscado para mulheres com
ciclo menstrual irregular.

c) Método de temperatura basal: Determina os dias férteis da mulher para poder abster-se
das relações sexuais desprotegidas. Esse método depende do ciclo da mulher e tem um risco
maior de engravidar.

2.3.1 Os métodos modernos do planeamento familiar.

De entre os vários existentes, destacam-se os seguintes:

 A pílulas,
 A injectável (depo-provera),
 O preservativo (masculino e feminino),
 DIU (dispositivo intra-uterino),
 O Implante,
 A laqueação e
 A vasectomia.
 O Diafragma e os espermicidas

Em geral os métodos modernos de planeamento familiar são mais eficazes quando


comparados com os métodos naturais, mas têm algumas desvantagens e implicam no seu uso
questões éticas

2.4 Vantagens do planeamento familiar

Segundo o Programa Nacional de Saúde Reprodutiva (2008), existem várias vantagens do


Planeamento Familiar, entre as quais destacam-se:

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 Evitar uma gravidez indesejada;
 Promover a vivência da sexualidade de forma saudável e segura;
 Regular a fecundidade segundo o desejo do casal;
 Preparar para a maternidade e a paternidade responsáveis;
 Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
 Reduzir a incidência das ITS e as suas consequências;
 Melhorar a saúde e o bem-estar dos indivíduos e da família.
 A mulher tem a vantagem de ter mais tempo para descansar, de recuperar energia após
o parto, também pode ter mais tempo de cuidar de si, das crianças e de toda família. O
bebé pode receber leite do peito por mais tempo e também receber mais carinho dos
pais. Quanto ao casal, eles podem organizar melhor a sua família e assegurar-lhe
melhores condições económicas e de saúde.

Para os adolescentes, o planeamento familiar evita o aparecimento de uma gravidez precoce


ou indesejada que terminam em complicações como:

 Complicações para a saúde da rapariga;


 Complicações para a saúde do bebé como por exemplo o nascimento com baixo peso;
 Consequências negativas para a vida do rapaz ou rapariga como por exemplo: deixar
de estudar, não ter condições financeiras e psicológicas para sustentar uma família,
conflitos nas famílias, entre outros aspectos.
 Para Langer (2002), nesta faixa etária as consequências da gravidez podem ser mais
difíceis que em outros momentos da vida porque atacam as questões biológicas,
psicológicas e sociais.
 As adolescentes correm o maior risco de ganhar pouco peso durante a gravidez, sofrer
hipertensão induzida pela gravidez, anemia, infecção de transmissão sexual e
desproporção cefalopélvica;
 As adolescentes correm maior risco de sofrer a violência e abuso sexual;
 Os filhos de mães com menos de 15 anos correm duas vezes maior risco de ter um
abaixo peso ao nascer e três vezes maior de morrer nos primeiros 28 dias de vida, que
os filhos de mães de maior de idade;
 A incidência de morte súbita é maior entre os filhos de adolescente e mais adiante
estes filhos também sofrem com maior frequência enfermidades e acidentes;

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 Os filhos de mães adolescentes correm maior risco de morrer durante seus primeiros
cincos anos de vida.
 Importância da participação do homem no planeamento familiar
 Ter uma família e uma relação feliz é um desejo de ambos os parceiros. O
planeamento familiar contribui para uma vida feliz e saudável e por isso não é só um
assunto de mulheres é um assunto do casal. Existe hoje métodos de PF direccionados
aos homens, e se os mesmos aderissem poderiam ajudar bastante o corpo da mulher a
descansar do uso dos métodos do PF.
2.5 Desvantagens do Planeamento familiar

a) Desvantagens do método natural


 Sua eficácia é considerada baixa
 exigem orientação do casal e dependem da sua capacidade de aprendizagem e
cooperação
 Não protecção contra doenças sexualmente transmissíveis inclusive o VIH
 Dificuldade para evitar o período fértil
 inconveniência para mulheres que não têm ciclos regulares
 Não ter relações sexual quase duas semanas todos os mês

b) Desvantagem do método da pílula

 As pílulas anticoncepcionais podem causar problemas em algumas pessoas.


 Não é recomendável a mulher que tem mas de 30 anos com peso excessivo ou sofre de
doença como diabete.
c) Desvantagem do método do método DIU
 A utente pode sentir ligeiras dores nos primeiros dias depois da inserção do
DIU.
 Pode provocar período intensos ou longos, que nomeadamente diminuem
durante o primeiro e segundo ano de uso.
 Não protege contra as ITS e o VIH

3. Influencias dos valores socio-culturais na saúde sexual e reprodutiva

Segundo Alves & Oliveira (2018), afirmam que os factores sociais e culturais são
grandemente associados com vários processos de vida do ser humano. Estão presentes em
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contextos políticos, gestores e inclusive na perspectiva de saúde e doença. A disparidade de
factores levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias para permitir uma maior equidade
na assistência à saúde.

As características socioculturais encontraram um campo fértil no que tange a aplicações e


adequações necessárias para o campo da saúde colectiva. São formas de conhecimento que
auxiliam na interpretação e questionamentos inseridos na antropologia política e voltada a
área da saúde.

Os sujeitos sociais estão em constantes alterações e interacções que devem ser consideradas
para um entendimento de como ocorrem as complexas relações. Não se pode de deixar de
associar e considerar esses aspectos na determinação de aspectos singulares relacionados.

Por outra, podemos olhar nessas prespectivas:

Segundo Sodre (2017), considera os problemas de origem cultural estão mais prevalentes na
população feminina. É um fato verificado principalmente quando se trata de sexualidade e
outros aspectos íntimos em que o desconforto para abordar tais assuntos, fazendo com que a
expressão de sentimentos se torne limitada, o que acaba prejudicando a abordagem integral da
pessoal.

A religião é um outro factor de bastante relevância nesse contexto. A religião e vínculos


familiares em que prevalecem aspectos sociais e culturais característicos, auxiliam no
processo de enfrentamento de determinadas doenças e situações mais críticas. Diante de
culturas e religiões mais restritas a aceitação de mudanças, essa adaptação não ocorre de uma
maneira linear, prejudicando o modo como o indivíduo se insere no campo de enfrentamento.

Aspectos preventivos que se tornam prejudicados também ocorre em doenças sexualmente


transmissíveis como pelo HIV. Não somente a esse aspecto fica restrito, a procura pelo
diagnóstico e tratamento se tornam prejudicados pelas mesmas concepções culturais e de
julgamento prévio que envolta boa parte da sexualidade humana.

Segundo Garnelo (2010), afirma que algumas disparidades raciais e éticas, assim como
factores socioeconómicas influenciam no equilíbrio contextual de variáveis que se relacionam
com o processo de saúde e doença também em crianças e adolescentes. Diferenças, por
exemplo, de estados nutricionais podem variar de acordo com variáveis económicas sendo
considerado um factor primordial na saúde.

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4. Conclusão

Feito o estudo, cheguei a concluir que para manter a saúde sexual e reprodutiva, as pessoas
precisam ter acesso à informação precisa e aos métodos contraceptivos seguros, eficazes,
acessíveis, aceitáveis e à sua escolha. Devem ser informadas e capacitadas para se proteger de
infecções sexualmente transmissíveis. E quando elas decidem ter filhos, as mulheres devem
ter acesso aos serviços que podem ajudá-las a ter uma gravidez e parto seguro e um bebé
saudável. E isso só é possível através das organizações para o exemplo de Moçambique.

Em relação ao igualdade de género ficou claro que não existe coincidência entre a identidade
natural (sexo) e a de género (construção social), sendo que o mesmo acontece relativamente
às noções de raça, classe, idade e etnicidade. O conceito contrário à igualdade de género não é
diferença de género, mas sim o de desigualdade de género, uma vez que este pressupõe
estatutos, direitos e dignidade hierarquizados entre homens e mulheres.

Referente as influencias socios-culturais na saúde sexual e reprodutiva, diversos factores e


aspectos estão envolvidos no processo de saúde e doença. São pontos que impactam de
diferentes maneiras na apresentação prática da saúde na sociedade e que merecem serem
estudadas para um maior delineamento organizacional da saúde em um contexto prático.

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5. Referencias Bibliográficas

Alves, S. A. A & Oliveira, M. L. B (2018). Aspectos socioculturais da saúde e da doença e


suas repercussões pragmáticas. São Paulo http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.147236

Carvalho, L. E. C. (2000). Esterilização cirúrgica voluntária na Região Metropolitana de


Campinas, São Paulo

Garnelo L (2011). Aspectos socioculturais de vacinação em área indígena. Hist Cienc Saude-
Manguinhos

Louro, G. L. (1997). Género, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista -


Petrópolis, Rio de Janeiro

Maia, A. C. B. (2008). Saúde sexual e reprodutiva. Departamento de Psicologia da Faculdade


de Ciências da Unesp – Bauru.

Maia, A. C. B. (2010), Conceito amplo de Sexualidade no processo de Educação Sexual.


Revista Psicopedagogia online - Educação & Saúde. Disponível em:
<http://goo.gl/LLzdgx>. Acesso em: 27 abr. 2014.

Manual de estudante (2020), Habilidades de Vida. Universidade Católica de Moçambique

Programa Nacional de Saúde Reprodutiva (2008)

Sodré F, (2017), Da noção de determinação social à de determinantes sociais da saúde.


Saúde Debate. São Paulo

Pereira, Q. L. C. (2007), Processo de (re) construção de um grupo de planeamento familiar:


uma proposta de educação popular em saúde

<http://www.scielo.br/scielo.php?script

UNICEF. (2008), Consultado em 1 de junho de 2008

UNFPA, (2010). How Universal is Access to Reproductive Health? New York.

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