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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Género e sua relação com HIV.

Nome e Código do Estudante: Amélia Orlando Uqueio, 708213871

Curso: Licenciatura em Ensino de Língua Portuguesa

Disciplina: Habilidade de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV-SIDA

Turma: K

Ano de Frequência: 2ºAno

Tutor:

Maputo, Outubro de 2022


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problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
CAPÍTULO I ................................................................................................................................................4
1. Introdução .............................................................................................................................................4
1.1. Objectivos do estudo ........................................................................................................................5
1.1.1. Objectivo Geral ............................................................................................................................5
1.1.2. Objectivos específicos ...................................................................................................................5
1.2. Perguntas de pesquisa ......................................................................................................................5
1.3. Metodologia ......................................................................................................................................5
1.4. Estrutura do trabalho .....................................................................................................................6
CAPÍTULOII................................................................................................................................................7
2. Referencial teórico................................................................................................................................7
2.1. Género............................................................................................................................................7
2.2. Sexo ................................................................................................................................................7
2.3. Diferença: género - sexo ................................................................................................................8
2.4. O género na sociedade moçambicana ...........................................................................................8
2.5. HIV ..................................................................................................................................................8
2.6. Dados epidemiológicos actualizados sobre HIV em Moçambique ................................................9
2.7. Factores de risco do HIV ...............................................................................................................10
2.8. Influência do género na prevalência/incidência do HIV em Moçambique ..................................11
2.9. Medidas de mitigação desde conflitos.........................................................................................12
CAPÍTULO III ...........................................................................................................................................13
3. Conclusão ............................................................................................................................................13
4. Bibliografia .........................................................................................................................................14

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CAPÍTULO I
1. Introdução
No presente artigo são discutidas questões relativas ao sexo, gênero, tendo por foco a maternidade
relacionada à questão do HIV/AIDS. Assim, esta discussão pretende analisar como a associação
entre o gênero e HIV/AIDS é construída, considerando-se que aspectos biológicos somente são
insuficientes para a análise concreta do tema. Primeiramente neste estudo, faz-se uma análise da
categoria gênero aliada ao HIV, seguido de sexo aliado ao HIV, e pela diferença entre o sexo e o
género. Em relação aos factores de risco do HIV, destacam-se as características comportamentais
de risco para a AIDS entre os adolescentes, como a atividade sexual precoce, o não uso ou uso
descontínuo de preservativo nas relações, entre outras.

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1.1. Objectivos do estudo
1.1.1. Objectivo Geral
1) Relacionar género com HIV.
1.1.2. Objectivos específicos
1) Definir género, sexo e HIV;
2) Ilustrar as diferenças entre género e sexo;
3) Apontar os factores de risco do HIV;
4) Entender a influência do género na prevalência/incidência do HIV;
5) Indicar as medidas de mitigação de HIV.

1.2. Perguntas de pesquisa


 O que entende por género, sexo e HIV?
 Quais são as diferenças entre género e sexo?
 Quae factores de risco o HIV apresenta?
 Como influencia o género na prevalência/incidência do HIV?
 Como se ilustram as medidas de mitigação?

1.3. Metodologia
Um processo investigativo exige, por natureza, uma abordagem sistemática de descrição ou
interpretação, sendo necessário o reconhecimento dos métodos e técnicas que a permitam
desenvolver. Pensar em processo investigativo envolve, portanto, o reconhecimento de requisitos
mínimos que são necessários à estruturação dos dados colhidos, da sua organização e
interpretação (Denzin&Lincoln,2006). Portanto, quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa a
que o presente trabalho se apoia, deu-se por meio de uma pesquisa bibliográfica, pois, de acordo
com Gil (2008), esta é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente por livros e artigos. O estudo, quanto à abordagem, caracteriza-se por ser do tipo
qualitativa, pois, conforme Minayo (1995): A pesquisa qualitativa responde a questões muito
particulares. Ela se preocupa, nas ciências sociais, com um nível de realidade que não pode ser
quantificado, ou seja, ela trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes o que corresponde a um espaço mais profundo das relações dos processos e dos
fenómenos que não podem ser reduzidos à operacionalizações de variáveis (pp. 21-22).

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1.4. Estrutura do trabalho

Para este propósito, a presente pesquisa está estruturada em três secções, de tal forma que, logo na
secção inicial apresentamos uma breve introdução composta pelos objetivos do estudo, seguida das
perguntas de pesquisa e, os procedimentos técnicos metodológicos que deram origem ao presente
trabalho, terminando com a estrutura da pesquisa. Na segunda secção, apresentamos a revisão da
literatura inerente ao tema proposto, fundamentada por autores que nela se referenciam e, por fim,
temos a última secção que está voltada para algumas considerações finais.

Depois da apresentação da primeira secção, a introdutória, passamos a seguir à secção dois,


referente aos aspetos teóricos sobre género e sua relação com HIV. Contudo, concluo este capítulo
com a consciência da impossibilidade de alcançar a solução total e definitiva para o estudo da
género e sua relação com HIV. No entanto, acredito que a minha prestação será profícua, não só
porque ficará registada uma espécie de síntese de autores que debruçam sobre o tema em alusão,
mas também porque procuramos desenvolver um precioso recurso para minha prática docente e
eficiente, salvo melhor opinião, enquanto caminho para os demais atores nesse processo,
construindo uma sugestão científica capaz de acompanhar o desenvolvimento diante de uma
proposta pessoal e integradora.

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CAPÍTULOII
2. Referencial teórico
2.1. Género

A palavra gênero expandiu a possibilidade dos papéis sociais e a aplicabilidade na relação entre a
expressão de gênero feminino e gênero masculino, reforçando a subjetividade de cada ser humano
na maneira de expressar sua sexualidade. Joan Scott foi uma influente teórica sobre a aplicabilidade
do termo gênero. Ela afirmou que existem vários aspectos ligados aos indivíduos e que são
constituídos por diferenças percebidas pelas relações sociais entre os sexos, sendo uma maneira
inicial de identificar-se. A autora conceituou que o gênero é constituído por quatro elementos que
se correlacionam. São eles: os símbolos (nossas expressões sociais e caracterização); os conceitos
normativos (que definem como devemos interpretar esses símbolos impostos por influências e
doutrinas, sejam elas religiosas, educativas, científicas, políticas ou jurídicas); a representação
binária dos gêneros (que reconhece o sexo como influente na sexualidade humana, mas não como
o único determinante no gênero escolhido pelo indivíduo); e a identidade subjetiva (que está
diretamente ligada às discussões sobre os termos gênero e sexo, evidenciando as diferenças
aplicadas).

2.2. Sexo
O sexo é biologicamente dividido em dois grupos: feminino e masculino (Bem, Martyna & Watson,
1976). Mesmo que os sexos pareçam não problematicamente binários em sua morfologia e sua
constituição (ao que será questionado), não há razão para supor que os gêneros também devam
permanecer em número de dois. (Butler, 2003, p. 24).

Segundo Robert Stoller, Para determinar o sexo, é preciso verificar as seguintes condições físicas:
cromossomos, genitália externa e interna, gônadas, estado hormonal e características secundárias
do sexo... O sexo de alguém é, então, determinado por uma soma algébrica de todas essas
qualidades, e, como é óbvio, a maioria das pessoas recai em uma das duas curvas de Gauss, das
quais uma é chamada “masculina”, outra “feminina”.

Se falarmos de sexo, pensaremos imediatamente num atributo biológico. Quando nasce uma
menina, sabemos que, quando ela crescer, será capaz de ter filhos/as e amamentá-los/as. Entretanto,
segundo a socióloga Teresa Citellli, o facto de a mulher ser, desde cedo, estimulada a brincar com

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bonecas e ajudar nos serviços domésticos, por exemplo, não tem nada a ver com o sexo, mas sim
com os costumes, as ideias, as atitudes, as crenças e as regras criadas pela sociedade, em que ela
vive. A partir da diferença biológica é que cada grupo social constrói, em seu tempo, os papéis,
comportamentos, direitos e responsabilidades de mulheres e homens.

2.3. Diferença: género - sexo


O termo “género” é um conceito que nos remete á relação entre Mulher e Homem. Existe portanto
uma clara diferenciação entre “sexo” e género.

O “sexo” inclui tudo que é biologicamente definido ao ser humano desde o nascimento (pénis,
vagina, testículos, útero etc.). “Género” podemos entender como conjunto de características
determinadas pela sociedade.

O sexo é biologicamente dividido em dois grupos: feminino e masculino, enquanto a identidade de


gênero é psicologicamente agrupada como masculina, feminina, androgénica e indiferenciada
(Bem, Martyna & Watson, 1976). Por outras, sexo (macho/fêmea) não determina gênero
(masculino/feminina), nem orientação sexual (homo/hétero/bi).

2.4. O género na sociedade moçambicana


A identidade de gênero está relacionada à parte do autoconceito dos indivíduos afetada por
descrição cultural sobre as propriedades favoráveis de mulheres e homens (Schruijer, 2006).

O processo de socialização começa desde o nascimento e prolonga-se ao longo da vida, havendo


recurso a mais estereótipos de género na infância. Vários estudos demonstram que, mesmo nas
sociedades modernas, os pais continuam a tratar os filhos de forma diferente conforme o seu sexo
biológico. Por exemplo, quando ainda antes do nascimento os progenitores começam a decorar o
quarto da criança em tons de rosa ou azul, ou a comprar roupa e brinquedos que julgam adequados,
conforme o sexo da criança, estão a assumir o papel de primeiros agentes de socialização de género
para o indivíduo que vai nascer. Há duas teorias dominantes sobre a formação da identidade de
género.

2.5. HIV
O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH/HIV) é um vírus que ataca e destrói o sistema
imunitário do organismo humano. Ou seja, destrói os mecanismos de defesa que protegem das
doenças.
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Inicialmente, essa doença foi observada principalmente em homens homossexuais. Isto levou ao
equívoco de que o SIDA era uma doença apenas de homens gays. E seguiu-se uma nova onda de
preconceito e discriminação contra gays e lésbicas. Mas o HIV não é transmitido apenas por sexo
gay. O HIV pode ser transmitido por qualquer tipo de comportamento sexual (homosexual ou
heterossexual), se não forem tomadas as precauções, tais como o uso de preservativos.

A teoria mais provável é que o HIV é um descendente do vírus de imunodeficiência simiana (SIV),
que é encontrado em macacos. O HIV é um vírus de rápida mutação; poderia muito bem ter-se
transformado, a partir do SIV.

Uma pessoa infetada pelo HIV revela-se progressivamente débil e frágil, podendo contrair ou
desenvolver infeções muito variadas e/ou mesmo certos tipos de cancro. Este vírus pode
permanecer “adormecido” no organismo durante muito tempo, sem manifestar sinais e sintomas.
Durante este período, a pessoa portadora do VIH é designada de seropositiva e pode infetar outras
pessoas se tiver comportamentos de risco.

2.6. Dados epidemiológicos sobre HIV


Durante a guerra civil, Moçambique teve taxas baixas de infecção de HIV/SIDA comparado com
outros países da região. Contudo, com o regresso dos refugiados dos países vizinhos e o
reassentamento das populações deslocadas internamente nos inícios da década de 1990 e a
reabertura dos corredores de transporte que ligam cidades costeiras de Moçambique com Harare,
Joanesburgo, Malawi e Zâmbia a pandemia alastrou-se muito rapidamente. Enquanto nos meados
dos anos de 1990 a prevalência era de 8%, já em 2005 a prevalência entre adultos de idade
compreendida entre 15-49 anos era estimada em 16.2.9%, com uma taxa de infecção diária de 500
para adultos e 90 para crianças.

Moçambique ocupa presentemente a décima posição em termos de infecção ao nível mundial. Na


região Central (Sofala, Tete, Manica e Zambézia) – uma região com linhas cruzadas por várias
auto-estradas internacionais – a situação é particularmente alarmante, uma vez que possui a maior
taxa de prevalência no país (16,7%). Travar o alastramento da doença é um dos Objectivos do
Desenvolvimento do Milénio; em 2002 foi criado o Conselho Nacional de Combate ao SIDA para
liderar e coordenar a resposta nacional à pandemia.

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As taxas de prevalência mostram que as mulheres – especialmente as jovens – são as mais
afectadas. No grupo etário de 15-24 as mulheres são três vezes mais susceptíveis de contrair a
doença, o que significa que as raparigas iniciam a vida sexual mais cedo e talvez usem as relações
sexuais como uma estratégia de sobrevivência, particularmente envolvendo-se com parceiros mais
velhos que são economicamente mais estáveis. Em geral estima-se que 28% das mulheres tenham
tido relações sexuais antes dos 15 anos de idade, comparado com 26.4% dos homens. Estes dados
são consistentes com casamentos prematuros das mulheres: 22% das mulheres casam-se antes dos
15 anos e 38% das mulheres com idades entre 15-19 anos estão presentemente casadas ou a viver
em união de facto.

Em Moçambique as mulheres ainda são vistas como subordinadas e espera-se que sejam meros
objectos de prazer para os namorados e esposos, o que torna difícil para elas recusarem a prática
de sexo não protegido e reforça a percepção generalizada de que os homens têm poder de tomar
decisões sobre o comportamento sexual das suas esposas e das mulheres em geral. De alguma
forma esta situação é justifi cada pelo facto de o uso do preservativo na primeira relação sexual ser
praticamente o mesmo para homens e mulheres (homens: 7.8%, mulheres: 8%) mas o uso do
preservativo durante a última relação sexual de risco é maior entre os homens (33%) que entre as
mulheres (29%).

2.7. Factores de risco do HIV


A Declaração de Compromisso reconhece que a Aids, além de ameaçar a vida das pessoas, é um
problema de desenvolvimento. Pobreza, analfabetismo e discriminações são os principais fatores
de propagação do HIV. Portanto, há responsabilidade da comunidade internacional em ajudar a
minimizar o sofrimento de milhares de pessoas pobres atingidas pelo HIV / Aids.

Um regime alimentar pobre, más condições de habitação e de higiene, tornam as pessoas portadoras
do HIV ainda mais vulneráveis às doenças relacionadas com a SIDA. Do ponto de vista social e
cultural, a desigualdade nas relações pessoais e as relações de trabalho dão lugar a relações sexuais
não desejadas que trazem riscos. As atitudes e os comportamentos podem ser reconhecidos como
tantos outros factores que aumentam o risco.

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2.8. Influência do género na prevalência/incidência do HIV
Os papéis e as relações baseadas no género têm uma influência importante na trajectória e no
impacto da epidemia do HIV/SIDA em cada região do mundo. O conhecimento da influência que
têm esses papéis e essas relações na capacidade das pessoas e das comunidades de se protegem
rem do HIV e para fazerem face ao impacto do SIDA com eficácia é crucial para alargar a resposta
à epidemia.

A ONUSIDA utiliza uma definição ampla de género (Veja o quadro). Enquanto o sexo é biológico,
o género é definido socialmente. A nossa compreensão do que significa ser uma rapariga ou um
rapaz, uma mulher ou um homem, desenvolve-se durante o decurso da vida; nós não nascemos
sabendo o que se espera do nosso sexo- nós aprendemos isso nas nossas famílias e comunidades.
Assim, esses significados variarão pela cultura, pela comunidade, pela família, e pelo
relacionamento, com cada geração e no decurso do tempo.

As investigações mostram que ser uma rapariga ou um rapaz e uma mulher ou um homem
influencia o modo como uma pessoa experimenta e responde à epidemia do HIV/SIDA. Através
de uma abordagem assente no género para compreender o HIV/SIDA, avaliam-se os modos como
o género influencia:

 O risco e a vulnerabilidade individual ao HIV;


 A experiência de viver com o HIV/ SIDA;
 O impacto da doença e morte relacionada com o HIV de uma pessoa numa família ou
comunidade;
 As respostas à epidemia a nível individual, comunitário e nacional Uma resposta eficaz à
epidemia deve basear-se no conhecimento dessas influências.

Enquanto sexo é uma característica biológica, género é definido socialmente. Em algumas


sociedades, o género é o que significa ser masculino ou feminino numa certa sociedade em
contraposição com o conjunto de cromossomas que alguém tem quando nasce. O género marca as
oportunidades que se oferecem a uma pessoa na vida, os papéis que pode desempenhar e os tipos
de relações que pode ter - normas sociais que influenciam fortemente o alastramento do HIV.

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2.9. Medidas de mitigação desde conflitos
A mitigação dos efeitos do HIV e SIDA consiste na promoção e implementação de medidas
orientadas para a redução das consequências socioeconómicas e ambientais do HIV e SIDA a nível
dos indivíduos, agregados familiares, comunidades e instituições.
Listam-se abaixo, algumas medidas de mitigação.
 Dimensão económica do HIV/SIDA ao nível das famílias;
 Situação nutricional dos doentes e suas famílias;
 Esquemas de apoio alimentar e nutricional aos infectados e afectados pelo HIV;
 Agregados familiares chefiados por crianças e/ou idosos;
 Apoio a Crianças Órfãs e Vulneráveis (COVs);
 Tradições comunitárias de apoio a famílias e indivíduos;
 Visitas domiciliárias para apoio moral, social e psicológico;
 Actuação das Organizações da Sociedade Civil na área da Mitigação das Consequências.

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CAPÍTULO III

3. Conclusão
Concluiu-se com o conceito de género, que não deve ser utilizado como sinónimo de “mulher”. O
conceito é usado para distinguir e descrever as relações estabelecidas entre homens e mulheres. As
relações de género estabelecem-se dentro de um sistema hierárquico, que dá lugar a relações de
poder. Em muitas sociedades, a diferença de poder torna possível a hegemonia do homem. Se
partirmos da premissa de que o feminino e o masculino são determinados pela cultura e pela
sociedade, podemos mudar as diferenças, que se transformaram em iniquidades. Concluiu-se
também que as diferenças de género não são determinadas biologicamente, mas geradas
culturalmente. Convencionou-se então, em Sociologia, utilizar o termo sexo para designar as
diferenças anatómicas e biológicas que distinguem o corpo masculino e feminino e o termo género
para designar as diferenças psicológicas, sociais e culturais entre os indivíduos do sexo masculino
e os do sexo feminino.

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4. Bibliografia

BEM, S. L., MARTYNA, W., & WATSON, C. (1976). Sex typing and androgyny: Further
explorations of the expressive domain. Journal of Personality and social Psychology, 34(5), 1016-
1023.

INE, MISAU, Measure DHS. (2013).Moçambique. Inquérito Demográfico e de Saúde (IDS).


MISAU: Maputo.

MISAU, Instituto Nacional de Saúde, CNCS. (2010). INSIDA 2009: Inquérito Nacional de
Prevalência, Riscos Comportamentais e Informações sobre o HIV e SIDA em Moçambique,
Relatório final, Maputo.

MITCHELL, Juliet. Woman’s Estate. New York: Vintage Books, 1973.

SCOTT, J. W. Gender and the politics of history. Nova York: Columbia University Press; 1999.

SCHRUIJER, S. G. (2006). Do women want to break the glass ceiling? A study of their career
orientations and gender identity in the Netherlands. Management Revue, 17(2), 143-154.

STOLLER R. Sex and gender: the development of masculinity and femininity. Nova York:
Science House; 1968.

UCM, manual de Habilidades de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV&SIDA, Pp –


59 – 63.

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