Você está na página 1de 24

1

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

ESTUDOS PRÁTICOS I – VOLEIBOL, FUTEBOL E FUTSAL

Cláudio Sérgio Nhancale

Curso: Licenciatura em Ensino de Educação


Física e Desporto

Disciplina: Estudos práticos i no desporto

Ano de Frequência: 02

Docente: José Bandeira

Maputo, Setembro, 2022

Folha de Feedback
2

Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo


tutor_________________________________________________________________________________
3

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
________________________________________________

Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................6
4

1.1.Objectivos..................................................................................................................................7
1.1.1.Objectivo geral........................................................................................................................7
1.1.2. Objectivos específicos...........................................................................................................7
1.2.Metodologia...............................................................................................................................7
2.0.Historial de voleibol..................................................................................................................8
2.1.Primeiros anos do desporto........................................................................................................8
2.2.Estrutura e equipamentos...........................................................................................................8
2.3.Dimensões..................................................................................................................................8
2.4.Regras de voleibol.....................................................................................................................9
2.5.Os passos metodológicos para o ensino/treino de voleibol.....................................................10
3.0.Origem de futebol....................................................................................................................11
3.1.Regras de futebol.....................................................................................................................12
4.0.Futsal........................................................................................................................................13
4.1.Os passos metodológicos para o ensino/treino de futsal.........................................................13
4.2.Equipamentos dos jogadores...................................................................................................14
4.3.Regras......................................................................................................................................14
4.3.1.Substituições.........................................................................................................................14
4.3.2.Tempo real............................................................................................................................15
4.3.3.Faltas acumuladas.................................................................................................................15
4.3.4.Cartões..................................................................................................................................15
4.3.5.Suspensões............................................................................................................................15
4.4.Métodos utilizados no treinamento técnico e táctico do futebol e futsal.................................16
4.4.1.Método Analítico..................................................................................................................16
4.4.2.Método Global......................................................................................................................17
4.4.3.Método Integrado..................................................................................................................17
4.4.4.Método Analítico x Global x Integrado................................................................................18
4.5.Reflexão do desenvolvimento da modalidade desde os tempos passados até hoje.................19
4.6.Plano de aula de voleibol.........................................................................................................20
4.7.Plano de aula de futebol/ futsal................................................................................................21
5.0.Conclusão................................................................................................................................23
6.0.Referências bibliográficas.......................................................................................................24
5

1.Introdução
O desporto, neste primórdio de século, é um dos fenómenos sociais mais presentes na vida do ser
humano; nem mesmo os mais optimistas desportistas imaginavam tamanha ascensão do desporto
no mundo. E actualmente o desporto é caracterizado por especialização precoce. Com isso, o
6

desporto tornou-se objecto de estudo nas mais variadas áreas do conhecimento, com objectivo de
estudar as suas possibilidades em várias pesquisas.

O presente trabalho tem como objectivo compreender principais conceitos relacionados aos
Estudos Práticos I e o seu objecto de estudo. Para a sua materialização efectuou-se uma exaustiva
revisão bibliográfica, tendo se consultado livros, artigos de jornais e revistas, textos e
comunicados de congressos, seminários, conferências e workshops, trabalhos de conclusão de
licenciatura, dissertações de mestrado, teses de doutoramento e diversa legislação sobre a
matéria.

Em termos de estrutura encontra-se subdividido em III partes, sendo que a parte I, integra a
introdução onde são definidos os objetivos geral e específicos,a metodologia de investigação, na
parte II é o desenvolvimento onde é apresentada a revisão bibliográfica que suporta a
investigação. Na parte III, são apresentadas as conclusões da pesquisa. A referencia bibliografica
encerra o presente trabalho de pesquisa

1.1.Objectivos
7

1.1.1.Objectivo geral
A presente pesquisa, apresenta o seguinte objectivo geral:

 Compreender principais conceitos relacionados a metodologias de ensino de voleibol,


futebol e futsal

1.1.2. Objectivos específicos


O presente trabalho, tem como objectivos específicos:

 Descrever o historial de voleibol, futebol e futsal


 Descrever Os passos metodológicos para o ensino/treino de voleibol, futebol e futsal
 Descrever as regras de arbitragem de voleibol, futebol e futsal

1.2.Metodologia

Lakatos e Marconi (2003:192) definem metodologia como o estudo da organização, dos


caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.

Para a concretização da presente pesquisa aplicou-se a pesquisa bibliográfica feita a partir do


levantamento de referências teóricas já analisadas e publicadas por meios escritos e electrónicos,
como livros, artigos científicos e páginas de web sites que versam sobre Estudos Práticos I .
8

2.0.Historial de voleibol
O voleibol foi criado nos Estados Unidos, no dia 9 de Fevereiro de 1895, pelo director de
educação física da ACM (Associação Cristã de Moços de Massachusetts) William George
Morgan. Ao inventar o voleibol e suas regras, Morgan tinha como objectivo principal a criação
de um Desporto sem contacto físico entre os jogadores. Desta forma, ele pretendia oferecer às
pessoas (principalmente aos mais velhos) um desporto em que as lesões físicas, provocadas por
choques entre pessoas, seriam raras.

2.1.Primeiros anos do desporto

Nos primeiros anos, o voleibol ainda não contava com uma bola específica, sendo praticado com
uma câmara da bola de basquetebol. A rede era improvisada, a mesma usada nas partidas de
ténis. Neste período, o desporto era conhecido por Mintonette. Com o passar do tempo, foi
ganhando o nome popular de volleyball, que acabou se tornando oficial.

2.2.Estrutura e equipamentos

Área de jogo A área de jogo compreende a quadra de jogo e a zona livre. Deverá ser retangular e
simétrica. A superfície deve ser plana, horizontal e uniforme. Não deve apresentar nenhum
perigo de lesão aos jogadores. É proibido jogar sobre uma superfície rugosa ou escorregadia.
Para as Competições Mundiais e Oficiais FIVB, somente superfícies de madeira ou sintéticas são
permitidas.

Qualquer superfície deverá ser previamente aprovada pela FIVB. Em quadras cobertas, a
superfície da área de jogo deverá possuir cores claras. Nas quadras em recintos abertos, é
permitida uma inclinação na superfície de jogo de 5 milímetros por metro para fins de drenagem.
Linhas de marcação da quadra fabricadas em material sólido são proibidas.

2.3.Dimensões

O campo de jogo é um retângulo medindo 18 metros x 9 metros, circundada por uma zona livre
de, no mínimo, 3 metros de largura em todos os lados. O espaço livre de jogo é o espaço sobre a
área de jogo desprovido de qualquer obstáculo. O espaço livre de jogo deve medir, no mínimo, 7
metros a partir da superfície de jogo. Para as competições mundiais e oficiais da FIVB, a zona
livre deve medir, no mínimo, 5 metros a partir das linhas laterais e 6,5 metros a partir das linhas
9

de fundo. O espaço livre de jogo deve medir, no mínimo, 12,5 metros de altura a partir da
superfície de jogo.

Linhas de marcação da quadra Todas as linhas possuem a largura de 5 centímetros. Devem


possuir cor clara, diferente da cor do piso da quadra e de quaisquer outras linhas. Linhas de
delimitação da quadra de jogo. Duas linhas laterais e duas linhas de fundo delimitam a quadra.
As linhas de fundo e as laterais estão inseridas na dimensão da quadra. Linha central O eixo da
linha central divide a quadra de jogo em duas quadras iguais medindo 9 metros x 9 metros cada
uma. Entretanto, a largura da linha central pertence a ambas as quadras. Esta linha estende-se sob
a rede, de uma linha lateral até a outra.

Linha de ataque Em cada quadra há uma linha de ataque, cuja extremidade posterior é desenhada
a 3 metros de distância a partir do eixo da linha central, marcando a zona de frente. Para as
Competições Mundiais e oficiais FIVB, a linha de ataque é estendida além das linhas laterais
pela adição de pequenas linhas pontilhadas de 15 centímetros, com 5 centímetros de largura,
traçadas com um espaçamento de 20 centímetros entre elas, totalizando um comprimento de 1,75
metro. A “linha de restrição do técnico” (uma linha pontilhada que se estende desde a linha de
ataque até a linha de fundo da quadra, paralela à linha lateral e a 1,75 metro da mesma) é
composta de pequenas linhas de 15 centímetros, espaçadas por 20 centímetros, a fim de marcar o
limite da área de operação do técnico.

2.4.Regras de voleibol

A competição mede forças latentes. Ela revela o melhor em habilidade, espírito, criatividade e
estética. As regras são estruturadas de forma que possam permitir todas estas qualidades. Com
poucas excepções, o Voleibol permite todos os jogadores a actuarem tanto na rede (no ataque)
quanto no fundo de quadra (defendendo ou sacando). William Morgan, o criador do jogo, ainda
poderia reconhecer o Voleibol, uma vez que o Desporto ainda conserva alguns elementos através
dos anos. Alguns destes, ele ainda compartilha com outros Desportos com rede/bola/raquete:

• Saque

• Rotação (rodadas de saque)

• Ataque
10

• Defesa

O Voleibol é único dentre os Desportos com rede que ainda insiste que a bola esteja sempre no ar
– Uma bola voadora – E permite que a equipa realize passes os jogadores de uma equipa antes de
a bola retornar ao adversário. A introdução de um jogador especialista em defesa – O Líbero –
Trouxe avanços para o jogo em termos de duração do rally e situações de jogo. Modificações na
regra do saque mudaram o acto de sacar de um simples de colocar a bola em jogo para uma arma
ofensiva. O conceito de rotação é arraigado para forçar que os atletas sejam versáteis. As regras
de posicionamento dos atletas permitem que as equipas tenham flexibilidade e desenvolvam o
lado táctico de forma bem interessante.

Competidores usam este panorama para medir técnica, táctica e força. O panorama também
permite que os jogadores tenham liberdade de expressão para entusiasmar os espectadores e
telespectadores. E a imagem do Voleibol é cada vez mais positiva.

2.5.Os passos metodológicos para o ensino/treino de voleibol

Pedagógica é um procedimento metodológico pelo qual um determinado movimento é ensinado


em partes e estas vão sendo associadas entre si progressivamente. Ensina-se um fragmento de
habilidade motora, que uma vez aprendido, a ele será conectado um outro elemento, depois
outro, até que se tenha a execução completa. Stallings apud Bojikian (2005) afirma que: a cada
estágio sucessivo da habilidade motora, a nova habilidade é construída sobre aprendizagens
anteriores.

O processo de transferência de aprendizagem, aonde a influência da experiência anterior no


desempenho de uma nova habilidade num novo contexto ou na aprendizagem de uma nova
habilidade. Esta transferência pode ser positiva, quando melhora a qualidade de desempenho de
uma habilidade devido a experiência anterior, ou negativa, quando a experiência prévia foi
negativa de modo que a pessoa apresenta um desempenho pior do que teria sem a experiência
prévia
11

3.0.Origem de futebol
A atividade mais antiga que se assemelha ao futebol moderno da qual se tem conhecimento data
dos séculos III e II a. C. Estes dados são baseados em um manual de exercícios correspondentes
à dinastia Han da antiga China. O jogo era chamado ts'uh Kúh (cuju), e consistia em lançar uma
bola com os pés para uma pequena rede. Uma variante incluía uma modalidade onde o jogador
deveria passar pelo ataque dos seus adversários. Também no Extremo Oriente, embora cerca de
cinco ou seis séculos depois do cuju, existia uma variante japonesa chamada kemari, que tinha
um caráter mais cerimonial, sendo o objetivo do jogo manter uma bola no ar passando-a entre os
jogadores. O kemari até hoje é praticado no Japão, em eventos culturais.

No Mediterrâneo destacaram-se duas formas de jogo: o harpasto, em Roma, e o epísquiro,


na Grécia, sobre o qual se tem pouca informação.

O primeiro era disputado por duas equipes em um terreno retangular demarcado e dividido pela
metade por uma linha. Os jogadores de cada equipe podiam passar uma pequena bola entre eles,
e o objetivo do jogo era enviá-la ao campo contrário. Esta variante foi muito popular entre os
anos 700 e 800, e, apesar de ter sido introduzida nas Ilhas Britânicas, sua ascensão até o futebol
moderno é incerta. O epísquiro era feito por duas equipas, normalmente entre 12 e 14 jogadores
cada, com uma bola, e segundo as regras era permitido o uso das mãosDurante a Era dos
Descobrimentos, começou-se a conhecer desportos provenientes do Novo Mundo.

Estima-se que o pok ta pok da cultura maia teria 3 000 anos de história. Documentos escritos


por jesuítas descrevem um jogo denominado como Manga ñembosarái praticado nas reduções
jesuíticas no Paraguai que seria bastante similar ao futebol. Na Groenlândia também se jogava
um desporto que se assemelhava ao futebol, ao passo que o jogo denominado marngrook,
da Oceania, tinha características que o assemelhava ao futebol australiano. Onde hoje se
localizam os Estados Unidos os aborígenes praticavam outros jogos: o pasuckuakohowog na área
continental central e o asqaqtuk no Alasca.

Embora estes jogos tiveram certas características que os assemelham ao futebol e outros
desportos variados modernos, a incidência dos mesmos nos desportos atuais é discutível, já que
praticamente não há vínculos dos mesmos com as Ilhas Britânicas, o berço do futebol moderno.

Nos finais da Idade Média e séculos posteriores desenvolveram-se nas Ilhas Britânicas e em


zonas circunvizinhas distintos tipos de jogos de equipe, os quais eram conhecidos como códigos
12

de futebol. Estes códigos foram se unificando com o passar do tempo, mas foi na segunda
metade do século XVII que ocorreram as primeiras grandes unificações do futebol, que deram
origem ao rúgbi, ao futebol americano, ao futebol australiano etc. e ao desporto que hoje é
conhecido em grande parte do mundo como futebol.

Os primeiros códigos britânicos se caracterizavam por terem poucas regras e por sua extrema
violência. Um dos mais populares foi o futebol escolar. Por esta razão o futebol escolar foi
proibido na Inglaterra por um decreto do Rei Eduardo III, que alegou ser um desporto não
cristão, e a proibição perdurou por 500 anos. 

O futebol escolar não foi a única forma de jogo da época; de fato existiram outras formas mais
organizadas, menos violentas e inclusive que se desenvolveram fora das Ilhas Britânicas. Um dos
jogos mais conhecidos foi o calcio fiorentino, originário da cidade de Florença, na Itália, no
período da renascença, no século XVI. Este desporto influenciou em vários aspectos o futebol
atual, não somente por suas regras, mas também pelo ambiente de festa em que se jogavam estas
partidas.

3.1.Regras de futebol

O futebol é regido atualmente por 17 regras, as quais são utilizadas mundialmente, ainda que
dentro das mesmas são permitidas certas modificações para facilitar o desenvolvimento das
modalidades feminina, infantil e veterana. Embora as regras sejam claramente definidas, existem
certas diferenças na aplicação das mesmas que devem-se a vários aspectos. Um aspecto
importante é a região onde é realizado o jogo. Por exemplo, na Europa, particularmente
na Inglaterra, os árbitros se destacam por ser mais brandos com as faltas e infrações, reduzindo
desta maneira as advertências e expulsões, enquanto que em outros lugares, por exemplo
na América do Sul, as faltas são penalizadas com cartões com mais frequência.

As regras do jogo estão definidas pela International Football Association Board, organismo


integrado pela FIFA e pelas quatro associações do Reino Unido. Para aprovar-se uma
modificação as mesmas devem ter pelo menos os votos da FIFA e de 2 dos 4 votos das
associações britânicas.
13

4.0.Futsal
As obras de Voser e Giusti (2002) e Tolussi (1982) foram utilizadas como base para a descrição
do historial do futsal, pois são poucas referências sobre esse assunto. De acordo com Voser e
Giusti, o futsal teve origem na década de 1990, a partir de mudanças ocorridas no Futebol de
Salão. Assim para estudar sua origem é preciso primeiramente estudar a origem do Futebol de
Salão. Ainda de acordo com os autores, o Futebol de Salão tem duas versões sobre o seu
surgimento, a mais aceita e considerada mais provável é que o Futebol de Salão foi inventado na
década de 1930 na Associação Cristã de Moços (ACM) de Montevidéu, Uruguai.

As inúmeras conquistas de títulos de futebol pelo Uruguai na época estimularam a prática desse
desporto. Era difícil encontrar campos de futebol livres, assim, inicialmente os jogos eram
praticados em salões e campos de basquetebol e de hóquei. Como o espaço era menor quando
comparado ao campo, modificações em relação ao seu modo de jogar foram necessárias. Dessa
maneira, inicialmente, jogava-se com cinco, seis ou sete pessoas em cada equipa, mas logo foi
definido o número de cinco jogadores para cada equipa.

Um dos aspectos que afectou a criação do antigo futebol de salão foi à falta de espaços e campos
de futebol para atender às suas práticas.

Para Voser, tendo em vista a falta de estrutura e de espaços, uma das soluções encontrada foi de
adequar o futebol em locais menores, como em campos de práticas de basquetebol e para isso
foram necessárias algumas alterações.

Voser (2004) destaca que as primeiras regras do futsal foram adaptadas com fundamentos do
futebol, basquetebol, Andebol e Pólo-aquático, e a partir destas regras os responsáveis
distribuíram para todos representantes dos países da América do Sul.

4.1.Os passos metodológicos para o ensino/treino de futsal

Conforme Apolo (2004), o planeamento pedagógico em Educação Física Escolar, construído e


voltado para a modalidade do futsal, deve seguir três fases: a preparação, desenvolvimento e o
aperfeiçoamento. Na preparação, sistematiza e desenvolve actividades formulando os objectivos
solicitados. No desenvolvimento deverá existir a relação entre professor e aluno. Já na fase do
14

aperfeiçoamento o professor visualiza se alcançou seus objectivos e através dos processos de


avaliações, poderá detectar a necessidade de aprimoramento em seus planos.

Apolo (2004), como se percebe adopta uma concepção tradicional de planeamento, reduzindo-o
a problemas de ordem administrativa e organizacional.

Voser & Giusti (2002, p. 179) definem que o “planeamento é a previsão das actividades a serem
desenvolvidas em um determinado contexto”. Segundo eles, “no planeamento, além da
sondagem diagnóstica inicial, ainda estão incluídos os objectivos, os conteúdos, os métodos os
recursos e a avaliação”.

Para estes autores o planeamento é constituído pelo Plano Geral (este equivale ao planeamento
anual), pelo Plano de Unidade (que corresponde ao planeamento mensal, bimestral, trimestral ou
semestral), e, o Plano de Aula (que equivale ao planeamento diário). No processo de
planejamento o professor deve respeitar e proporcionar a todos os alunos uma aprendizagem
significativa, valorizando as potencialidades individuais e colectivas.

4.2.Equipamentos dos jogadores

Todo e qualquer jogador deve usar calções, camisola, meias, caneleiras e calçado apropriado
sendo que os guarda-redes têm a possibilidade de jogar com calças. Sempre validado pelo
árbitro.
Os equipamentos devem-se distinguir da equipa adversária e da equipa de arbitragem, sendo que
o guarda-redes deve ter um equipamento de cor diferente ao utilizado pela sua equipa no
momento.

4.3.Regras

As regras do futsal são semelhantes às do futebol, mas com algumas diferenças importantes:
explicamos as substituições, as faltas acumuladas, os livres de 10 metros e a contagem de quatro
segundos.
4.3.1.Substituições

As substituições são ilimitadas e podem ser feitas a qualquer momento durante o encontro, desde
que um jogador não entre em campo antes do colega de equipa sair. As trocas só podem ser
15

efectuadas na zona marcada em frente a cada um dos bancos. Os jogadores podem ser
substituídos individualmente ou em bloco.

4.3.2.Tempo real

Um jogo tem duas partes de 20 minutos, com o cronometrista a parar o relógio sempre que o
árbitro apita. Se o desafio terminar empatado, é disputado um prolongamento com duas partes de
cinco minutos sem intervalo. Se a igualdade se mantiver terá lugar um desempate por grandes
penalidades. Os treinadores podem pedir uma paragem técnica de 60 segundos durante cada
parte, mas não há descontos de tempo no prolongamento.

4.3.3.Faltas acumuladas

As faltas e as grandes penalidades têm regras semelhantes às do futebol. No entanto, sempre que
uma equipa atinge as cinco faltas numa parte, por cada infracção seguinte, o adversário tem
direito a um livre de dez metros sem barreira (muitas vezes conhecido como livre directo). Se a
falta for cometida numa zona mais próxima da baliza, o livre pode ser marcado onde a falta
ocorreu. A contagem das faltas é limpa ao intervalo, mas isso não acontece antes do
prolongamento, mantendo-se as faltas acumuladas na segunda parte.

4.3.4.Cartões

Os jogadores são expulsos com dois cartões amarelos ou um vermelho directo, não podendo
regressar ao jogo. Depois de cada expulsão, a equipa fica com menos um jogador durante dois
minutos, a menos que sofra um golo nesse período, nesse caso volta imediatamente a ficar
completa. No entanto, o jogador que foi expulso não pode voltar a ser utilizado.

4.3.5.Suspensões

Um jogador que seja expulso fica automaticamente suspenso para o jogo seguinte. Os cartões
amarelos que não tenham resultado numa suspensão são limpos após os quartos-de-final. Um
jogador é automaticamente suspenso para o desafio seguinte se vir dois cartões amarelos em dois
jogos diferentes, assim como por qualquer admoestação seguinte.
16

4.4.Métodos utilizados no treinamento técnico e táctico do futebol e futsal

4.4.1.Método Analítico

O método analítico vem sendo muito utilizado desde a década de 60. A também chamada “série
de exercícios” e “das partes” é caracterizada pela aprendizagem do jogo através das técnicas
básicas e formas analíticas executadas sem a presença de adversário ou oposição, ou seja, as
técnicas são fragmentadas e o processo de ensino-aprendizado se desenvolve em sequência, do
simples para o complexo, buscando alcançar a técnica ideal. Vale destacar que a técnica ideal é
aquela que possui um modelo, padrão aceitável, onde o técnico não pode negligenciar o princípio
da individualidade, o estilo, no qual a execução de uma técnica sofre influência do padrão
individual de realização do gesto. Dentre escolinhas, categorias de base e o futebol profissional,
o método analítico foi o método mais utilizado nos primórdios do treinamento técnico. Nos dias
de hoje ele é também muito difundido, como exemplo, método global encontraram esse método
como o mais utilizado nas aulas de futsal.

O modelo analítico mostra-se eficiente em movimentos com alto nível de complexidade técnica
(dificuldade) e baixo nível de organização (sequência das acções). Pois a repetição sistemática
dos movimentos sem oposição faz o aprendiz focar toda a sua atenção para o aprimoramento do
gesto técnico. Reportam-se que para melhor os gestos técnicos do futebol é possível com
aplicação do método durante o trabalho. Em contrapartida a falta de oposição na execução dos
exercícios não estimula o desenvolvimento da capacidade cognitiva do jogador (tomada de
decisão) e o nível de compreensão das relações/interacções envolvidas num jogo. Apesar disto,
encontraram efeitos semelhantes no desenvolvimento dos aspectos cognitivos dos jogadores de
futsal do método predominantemente analítico em comparação a outros métodos (lembrando que
o método predominantemente analítico também tinha grande carga de jogo).
17

4.4.2.Método Global

O método global ou “do todo” consiste na utilização de toda complexidade e dinâmica do


conteúdo a ser aprendido. Sua aplicação se dá através do jogo propriamente dito. O ponto de
partida é a equipa, que aprende a jogar através do deixar jogar. A estrutura de ensino proposta
pelo modelo global ao invés de enfatizar a aprendizagem de determinados fundamentos investe
no desenvolvimento do jogo como um todo através da capacidade de descoberta pela prática. O
aprendiz aprende directamente a partir da própria experiência, com o auxílio indirecto do
professor, mantendo, a rigor, o processo de aprendizagem por tentativa e erro. Tarefas com baixo
nível de complexidade e alto nível de organização, o ensino-aprendizagem realizado pela prática
do todo demonstram ser eficiente.

A utilização desse método, assim como os demais, demonstrou melhora na capacidade cognitiva
do atleta, ou seja, no conhecimento táctico. Já sugere que o método global não proporciona
melhoras. No futebol, tradicionalmente, se utiliza a combinação dos métodos analítico e global,
com a utilização de exercícios analíticos no começo da sessão de treinamento e jogo colectivo
(método global) no final. Esta combinação ainda é muito utilizada nos dias de hoje. Nessa visão,
o método analítico e o método global são vistos como complementares. Isto é, o treinamento do
jogo formal complementaria o trabalho feito analiticamente sobre o gesto técnico. Porém, sem
uma integração dos tipos de exercício.

4.4.3.Método Integrado

O método integrado de treinamento no futebol tem como base uma concepção de método de
ensino de jogos desportivos, o Teaching Games for Understanding. A capacidade cognitiva é o
principal objetivo deste método Este método possibilitar que o atleta reconheça comportamentos
táticos individuais, em grupo e colectivo de ataque e defesa, com a situação de jogo, distinga
situações táticas corretas das inadequadas e crie uma solução da tarefa com o grupo, através da
tomada de decisão (TIEGEL; GRECO, 1998).

Este método pode ser compreendido como aquele capaz de aproximar o treinamento a realidade
do jogo por meio de jogos educativos. Pois os exercícios são organizados com propósitos
didácticos e executados com objectivos previamente definidos e nele centralizado as
18

aprendizagens pretendidas. Ele também é chamado de estruturalista, pois a principal


característica reside em criar modificações na estrutura do jogo, onde se reduz sua complexidade
(número de jogadores, regras, tamanho do campo), porém sem alterar os componentes essenciais
do jogo. O método situacional, onde certas situações de jogo são treinadas com um dado
enfoque, também pode ser compreendido como parte do método integrado, pois o mesmo tem
como objectivo desenvolver as capacidades cognitivas de percepção, antecipação e tomada de
decisão.

No método integrado o treinador deve ter atenção quanto à escolha de jogos adequados ao nível
de aprendizado dos praticantes. Alunos com baixa capacidade técnica podem apresentar grande
dificuldade na participação de alguns jogos reduzidos, portanto, cabe ao treinador seleccionar
jogos de maneira consciente. Respeitando a individualidade do aluno, o método integrado pode
ser aplicado em uma sequência de fases, com uma sequência crescente de complexidade.

4.4.4.Método Analítico x Global x Integrado

Muitos estudos estão sendo conduzidos com o intuito de verificar se existem vantagens da
aplicação de um método em relação ao outro. Ainda não foi comprovada a eficiência de um
método sobre o outro. Na sequência será mostrado um resumo de alguns estudos que tentaram
realizar uma comparação entre os métodos. Avaliaram os métodos (analíticos, global, integrado e
situacional) em adolescentes com média de 12,6 anos, durante 12 semanas, para verificar a
capacidade cognitiva dos jogadores.

Os adolescentes foram divididos em quatro grupos e receberam o enfoque de treinamento de


acordo com o método designado. Não foram encontradas diferenças após o período de
treinamento em cada grupo e entre os grupos, sugerindo um efeito de treinamento semelhante
entre os métodos empregados. Encontraram em adolescentes entre 12-13 anos, que o método
analítico apresentou melhoras em relação à inteligência de jogo, mas não em relação à
criatividade táctica.

Já os grupos que utilizaram os métodos mistos e situacional apresentaram melhoras significativas


tanto para o desenvolvimento da criatividade táctica como da inteligência de jogo. Em um estudo
descritivo, verificou, em oito semanas, diferenças entre os métodos analítico e situacional.
19

Os resultados mostraram que o método analítico foi melhor do que o método situacional para
aprimorar a precisão na execução do passe, durante uma actividade fechada; a maior precisão no
passe, em uma actividade fechada, não contribuiu para o mesmo êxito em uma situação real de
jogo, apesar do grupo analítico também apresentar melhora na situação real de jogo. O método
situacional foi melhor para aprimorar a capacidade de tomada de decisão e execução em situação
real de jogo, do atacante em posse de bola. E extremamente melhor no que diz respeito ao
jogador atacante sem a posse de bola; durante uma situação real de jogo foi possível melhorar a
precisão do passe, isto demonstrado em uma actividade fechada

4.5.Reflexão do desenvolvimento da modalidade desde os tempos passados até hoje

O Futebol ocupa um lugar importante no contexto desportivo contemporâneo, e em Moçambique


pode ser pensado a partir de diversas a nuances, sejam elas históricas, políticas ou culturais, entre
as diversas possibilidades de compreensão desse fenómeno. Na sua expressão multitudinária, não
é apenas um espetáculo desportivo, mas também um meio de Educação Física e um campo de
aplicação da ciência No decurso da sua existência, esta modalidade tem sido ensinada, treinada à
luz de diferentes perspectivas, as quais deixam perceber concepções diversas a propósito do
conteúdo do jogo e das características que o ensino e o treino assumem na procura da eficácia
(Garganta, 1996).
20

4.6.Plano de aula de voleibol

Unidade temática Desportos colectivos

Tema serviço por baixo classe 6ª duração 45min

Método Analítico Material 02 Bolas de voleibol

Objectivo Geral

Aprimorar os aspectos técnicos de voleibol

Objectivos específicos: durante a aula o aluno deve ser capaz de:

Largar a bola e batê-la com a mão aberta e os dedos unidos, metendo sempre o braço estendido;

Seguir o movimento do braço que bateu a bola e entra em campo avançando a perna recuada

Parte Método Conteúdo Act. Professor Act. Aluno Tempo


Inicial Analítico Controlo de Faz chamada; Responde a chamada; 5min
presenças; orienta os exerci cios realiza uma corrida de
Anúncio do de aquecimento resistência no campo da
tema escola durante 3 minutos
Aquecimento
Principal Analítico Serviço por Divide a turma em 4 Forma em colunas; 35min
baixo colunas opostas duas presta atenção na
a duas; explicação do professor;
aprecia a demonstração
Explica os aspectos
de serviço por baixo; faz
técnicos; Faz a
serviço por baixo
demonstração de
serviço por baixo;

Orienta o Serviço
21

por baixo
Final Analítico Relaxamento Faz as considerações Acata as orientações 5min
finais sobre a aula; deixadas pelo professor
sobre a aula

4.7.Plano de aula de futebol/ futsal

Unidade temática Futebol

Tema Condução da bola com a parte interna e externa do pé ; classe 6ª duração 45min

Método Analítico Material 02 Bolas de futebol

Aprimorar os aspectos técnicos de futebol/futsal

Objectivos específicos: durante a aula o aluno deve ser capaz de:

Bater a bola suavemente com a parte interna ou externa do pé, mantendo-a junto ao chão;

Controlar o deslocamento da bola evitando que ela se afaste demasiado entre cada toque;

Parte Método Conteúdo Act. Professor Act. Aluno Tempo


Inicial Analítico Controlo de Faz chamada; Responde a chamada; 5min
presenças; orienta os exerci cios realiza uma corrida de
Anúncio do de aquecimento resistência no campo da
tema escola durante 3 minutos
Aquecimento
Principal Analítico Serviço por Divide a turma em 4 Forma em colunas; 35min
baixo colunas opostas duas presta atenção na
a duas; explicação do professor;
aprecia a demonstração
Explica os aspectos
da Condução da bola
técnicos; Faz a
com a parte interna e
22

demonstração da externa do pé
Condução da bola
Conduz a bola com a
com a parte interna e
parte interna e externa
externa do pé; do pé
orienta a Condução
da bola com a parte
interna e externa do

Final Analítico Relaxamento Faz as considerações Acata as orientações 5min


finais sobre a aula; deixadas pelo professor
sobre a aula
23

5.0.Conclusão
O Voleibol dentro do campo é composta por 6 jogadores e o voleibol de preia possui 2
jogadores, a altura da rede também é diferente para os géneros. Para o masculino é de 2.45m e
Feminino 2.24m as medidas da quadra são 9m de largura por 18 de comprimento. Os principais
fundamentos do voleibol destacam-se Saque, Toque, Manchete, Corte e bloqueio, também
podemos determina-los como os movimentos para trabalhar o ataque e defesa durante o jogo.

O futebol e uma modalidade desportiva colectiva como outas modalidades que ajuda a promoção
da saúde e da condição física, aquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento do
desporto como um factor cultural (humano), estimulando sentimentos de solidariedade,
cooperação, autonomia e criatividade, devendo ser fomentada a sua gestão pelos praticantes.

A origem do futsal esta associado à falta de espaços e campos de futebol para atender às suas
práticas e tendo em vista a falta de estrutura e de espaços, uma das soluções encontrada foi de
adequar o futebol em locais menores, como em campos de práticas de basquetebol e para isso
foram necessárias algumas alterações.
24

6.0.Referências bibliográficas
Pene, José Ferrão (s/d). Estudos Práticos I. Universidade Católica de Moçambique. Beira,
Moçambique

MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria (2003). Fundamentos de metodologia
científica. 5. ed. - São Paulo: Atlas.

Você também pode gostar