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Sandra Salvador Mate

Os três Passos de Supervisão Percorridos na Escola Primaria de Betula

Universidade Save

Maxixe, Maio de 2023


Sandra Salvador Mate

Os três Passos de Supervisão Percorridos na Escola Primaria de Betula

Trabalho de pesquisa a ser


submetido no Departamento de
Ciências de Educação e Psicologia
para efeito de avaliação na cadeira
de Supervisão Escolar.

Universidade Save

Maxixe, Maio de 2023


Índice
0.0.Introdução..................................................................................................................................4
1.0.Pré observação...........................................................................................................................5
1.1.Hipóteses....................................................................................................................................5
1.2.Objectivos..................................................................................................................................6
1.2.1.Objectivo Geral:......................................................................................................................6
1.2.2.Objectivos Específicos:..........................................................................................................6
1.3.Técnicas e instrumentos de recolha de dados............................................................................6
1.3.1.Pesquisa bibliográfica.............................................................................................................6
1.3.2.Entrevista................................................................................................................................7
1.3.3.Questionário............................................................................................................................7
2.0.Observação................................................................................................................................7
2.1.Concepções dos membros do conselho da escola sobre o conceito do Conselho da Escola.....7
2.2.Compreensão do contributo dos membros do CE para o desenvolvimento da comunidade
escolar..............................................................................................................................................8
2.3.Compreensão das razões da fraca participação dos membros do CE nas actividades escolares
.........................................................................................................................................................9
3.0.Pos- Observação......................................................................................................................11
3.1.Sugestões.................................................................................................................................14
4.0.Referencias Bibliográficas.......................................................................................................15
0.0.Introdução

A supervisão (pedagógica) não deve ser um mero campo de aplicação de saberes desenvolvidos
noutros contextos. Mas assumindo-se como um campo de acção e de saber multifacetado, deve
saber recorrer a saberes contributivos, após equacionar os problemas que lhe são específicos e,
deste modo, criar conhecimento específico. A supervisão pedagógica é uma prática corrente em
todos os graus de ensino, nomeadamente na formação inicial dos educadores de infância. Como
tal, esta tem sido abordada como área de estudo por muitos investigadores.

O presente trabalho surge no âmbito de analisar o contributo do conselho da escola para o


desenvolvimento da comunidade escolar, buscando perceber as opiniões dos intervenientes do
conselho da escola e gestores escolares em relação as razões que concorrem para fraca
participação dos membros do CE na gestão da Escola Primária de Betula localizada no Distrito
de Mandlakazi, Provincia de Gaza.

No que concerne a estrutura o mesmo apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.


1.0.Pré observação

O Conselho da Escola é considerado órgão máximo da escola e destina-se a ajustar as directrizes


e metas estabelecidas, a nível central e local, à realidade da escola assim como garantir a gestão
democrática, solidária e co-responsável. Ainda, compete ao Conselho de Escola aprovar os
planos de desenvolvimento anual da escola e garantir a sua implementação assim como
pronunciar-se sobre o aproveitamento pedagógico da escola entre outras.
O CE tem a competência de persuadir aos pais e encarregados de educação para apoiarem a
escola, isto é, refere-se ao apoio e ao estímulo às comunidades escolar e local em busca da
melhoria da qualidade do ensino, do acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes. É
essencial a participação de todos os segmentos no Conselho Escolar. Essa participação é o que
tornará democrática a gestão da escola pública.

Contudo, verificou-se durante as práticas pedagógicas realizadas na Escola Primária de Betula


que a participação do CE concentra-se mais em atender às solicitações para contribuições e/ou
para chamada de atenção pelo comportamento ou desempenho dos alunos, e não para fazer parte
no processo de planificação e/ou tomada de decisão sobre assuntos de interesse da escola.

1.1.Hipóteses
De acordo com LAKATOS e MARCONI (2003: 159), Hipótese é “uma proposição que se faz na
tentativa de verificar a validade de resposta existente para um problema. É uma suposição que
antecede a constatação dos fatos e tem como característica uma formulação provisória: deve ser
testada para determinar sua validade. Correcta ou errada, de acordo ou contrária ao senso
comum, a hipótese sempre conduz a uma verificação empírica”.

Mediante a definição acima supracitada, levantam-se as seguintes hipóteses:

 É provável que uma das razões da fraca participação do CE, seja o estilo de liderança da
direcção da escola;
 É provável que uma das razões da fraca participação do CE seja, a falta do conhecimento
por parte dos membros do CE da importância da sua participação na gestão escolar;
 É provável que uma das razões da fraca participação dos membros do CE, seja a falta de
informação sobre as actividades em curso na escola
1.2.Objectivos

1.2.1.Objectivo Geral:
 Analisar o processo de participação do conselho de Escola na vida escolar.

1.2.2.Objectivos Específicos:
 Identificar as razões que concorrem para fraca participação dos membros do CE na
gestão da Escola Primária do 1º e 2º Grau 7 de Setembro de Chidenguele;
 Descrever o contributo do CE para o desenvolvimento da comunidade escolar;
 Propor estratégias para o bom funcionamento do CE consista o desenvolvimento da
comunidade escolar.

1.3.Técnicas e instrumentos de recolha de dados


MARCONI e LAKATOS (1992:107), consideram “técnicas como um conjunto de preconceitos
ou processos de que se serve uma ciência […] correspondem, portanto, a parte prática de
colecta de dados”. Na presente monografia foi usada a pesquisa bibliográfica, entrevista e
questionário como técnicas e instrumentos de colecta de dados.

1.3.1.Pesquisa bibliográfica
Segundo VERGARA (2000) citado por OLIVEIRA (2011:40), pesquisa bibliográfica é
desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos
científicos e é importante para o levantamento de informações básicas sobre aspectos directa e
indirectamente ligados à nossa temática. A vantagem principal da pesquisa bibliográfica reside
no facto de fornecer ao investigador um instrumento analítico para qualquer outro tipo de
pesquisa. Com base nesta pesquisa, a investigadora baseou-se em livros, artigos científicos,
teses, que versam sobre a matéria de CE.

1.3.2.Entrevista
GIL (2008:109), Entrevista é a Técnica em que o investigador se apresenta frente ao investigado
e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção de dados que interessam à investigação. É
uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca recolher dados e a outra
constitui fonte de informação.
Para esta pesquisa, a entrevista foi dirigida aos representantes da comunidade, e representantes
dos pais e encarregados de educação.

1.3.3.Questionário
Segundo SILVA, Edna Lúcia da e MENEZES, Estera Muszkat (2001 – 33), questionário é:
Uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito
pelo informante. O questionário deve ser objectivo, limitado em extensão
e estar acompanhado de instruções As instruções devem esclarecer o
propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da colaboração do
informante e facilitar o preenchimento.
O instrumento permitiu uma análise qualitativa da percepção das razões da fraca participação do
CE para o desenvolvimento da comunidade escolar.
Através dessa técnica, foram aplicados questionários aos representantes dos professores, alunos e
a directora da Escola Primaria de Betula.

2.0.Observação

2.1.Concepções dos membros do conselho da escola sobre o conceito do Conselho da Escola


Questionados os membros representantes dos professores sobre o conceito do conselho da escola
responderam que é o órgão que visa planificar e decidir sobre a vida da escola. O acima exposto
é elucidado através dos seguintes depoimentos:
“É o órgão máximo que visa a planificação de todas actividades escolares junto com a direcção
da escola” (P1).
" É o órgão máximo que decide todos os problemas da escola." (P2).
Questionado a directora da escola sobre o conceito do conselho da escola, esta respondeu que o
conselho da escola é um órgão que visa a ligação com a comunidade escolar e a mesma
direcção participando activamente em todas actividades da escola.
Questionados os membros representantes da comunidade e dos encarregados de educação sobre
o conceito do conselho da escola as respostas revelam que estes visualizam o conselho da escola
como uma comissão escolhida no inicio da cada ano para estar a frente das actividades a serem
levadas acabo na escola. O acima exposto é elucidado através dos seguintes depoimentos:
“É uma equipa escolhida no inicio de cada ano para trabalhar na escola” (RC1); “é uma
comissão escolhida pela população no inicio de cada ano para trabalhar na escola” (RC2); “é
um grupo de encarregados que são escolhidos para orientarem actividades na escola” (RE2); “é
uma comissão que controla as actividades na escola” (RE4)

2.2.Compreensão do contributo dos membros do CE para o desenvolvimento da


comunidade escolar
Questionada a directora da escola se achava importante participação do CE nas actividades que
visam o desenvolvimento da comunidade escolar, esta respondeu categoricamente que sim e
acrescentou que o conselho da escola contribui na construção de salas e na planificação de todas
as actividades escolares.

Os membros representantes dos professores afirmaram que é importante a participação do CE


para o desenvolvimento da comunidade escolar e que para eles o CE contribui para o
desenvolvimento da comunidade escolar. O acima exposto é elucidado através dos seguintes
depoimentos

“O CE contribui activamente na construção, manutenção de infra-estruturas…” (P1)

“Desenvolve formas e medidas do desenvolvimento da escola e da comunidade em geral” (P2).

Os membros representantes da comunidade e dos encarregados de educação foram unânimes em


afirmar que o CE é importante para o desenvolvimento da comunidade escolar e que contribui
para melhoramento das infra-estruturas, angariação de fundos para escola etc, mas infelizmente
nenhum falou do contributo do CE na parte pedagógica relativamente ao acompanhamento do
desempenho escolar dos alunos. O acima exposto é elucidado através dos seguintes depoimentos:

“O CE contribui na manutenção de infra-estrutura” (RC1)

“O CE contribui na limpeza da escola” (RC2)

“Contribui na contribuição de dinheiro para construção de salas” (RE3).

Manutenção da vedação da escola” (RE2).


Os membros que representam os alunos dão o seu contributo participando nas reuniões de acordo
com as respostas dadas no inquérito onde todos afirmaram que participam nas reuniões do CE.

2.3.Compreensão das razões da fraca participação dos membros do CE nas actividades


escolares
Questionados os alunos se achavam importante a participação do CE nas actividades que visam o
desenvolvimento da comunidade escolar todos afirmaram que sim. Procuramos saber junto dos
alunos se alguma vez tinham participado numa reunião com o CE e todos alunos inqueridos
responderam que sim.

Questionamos aos alunos se nas reuniões com o conselho tem tido espaço para expor a sua
opinião, onde duas responderam que não e uma respondeu que as vezes.

Relativamente a última questão dirigido aos alunos procuramos saber se estes são informados
sempre que houver uma reunião ou actividade na escola e todos responderam categoricamente
que não são informados.

Relativamente aos membros representantes da comunidade e dos pais ou encarregados de


educação todos entrevistados revelaram que o achavam importante a participação do CE nas
actividades que visam o desenvolvimento da escola, ainda questionados sobre quem toma as
decisões nas reuniões as respostas revelam que estes são passivos no processo de tomada de
decisão. O acima exposto é elucidado através dos seguintes depoimentos:

“A direcção da escola convoca uma reunião para nos informar a cerca das actividades que
devemos fazer na escola junto com a população” (RC2);

“A directora decide e convoca uma reunião para nos informar” (RC1)

“Nas reuniões somos informados que a escola recebeu um valor de ADE e o mesmo será
aplicado na aquisição de material escolar” (RE5) ”

“Quem toma as decisões é a directora da escola” (RE6)

Questionamos aos membros representantes da comunidade e dos pais ou encarregados de


educação se participam na elaboração do plano anual de actividades da escola.
Questionamos aos membros representantes da comunidade e dos pais ou encarregados de
educação se são comunicados sempre que houver uma reunião ou actividade na escola três
afirmaram que as vezes a informação não chega atempadamente devido a falta de telefone, dois
alegam falta de domínio de leitura de mensagens no telefone e três afirmaram que não, pois os
seus educandos as vezes esquecem de o transmitir, e um afirmou que recebia a informação
sempre que houvesse uma actividade ou reunião na escola. O acima exposto é elucidado através
dos seguintes depoimentos:

“A directora manda mensagens no telefone mas não consigo ler” (RC1)

“A informação me escapa porque meu telefone avariou” (RE4)

“O meu filho as vezes esquece de me informar” (RE5)

“Sim sempre recebo a informação” (RE2)

Questionamos aos membros representantes da comunidade e dos pais ou encarregados de


educação sobre as razões da fraca participação do CE nas actividades escolares obtivemos as
seguintes respostas:

“Falta de tempo” (RC1,RE6)

“Falta de valorização das actividades levadas acabo na escola” (RC2)

“Assuntos sócias” (RE5, RE3)

“Falta de informação” (RE1,RC3,RE4)

Alguns pais querem as vezes ter alguma remuneração” (RE2).

Os membros representantes dos professores questionados acerca das razões da fraca participação
do CE nas actividades escolares as suas respostas revelam falta de tempo, e falta de informação.
O acima exposto é elucidado através dos seguintes depoimentos:

“Estou a frequentar o ensino superior e dificilmente me resta tempo para participar em


actividades do CE ” (P1).

A directora as vezes esquece de me informar” (P2).


No que concerne a última questão do questionário dirigido aos membros representantes dos
encarregados, professores, e directora da escola pretendia-se saber destes que medidas devem ser
tomadas para que haja maior participação dos membros do CE nas actividades escolares e estes
avançaram as seguintes medidas:

Tirar da sala de aulas o educando cujo encarregado não compareceu nas actividades escolares
“ (RE2,RC2,RE6).

O conselho da escola deve ir ate ao membro que faltou para sensibiliza-lo de modo a não faltar
nas actividades” (RE4).

Uma sensibilização de modo a perceber o quanto o CE é fundamental para o desenvolvimento


da escola” (D).

Dar responsabilidade a cada membro de modo que cada um saiba que a sua participação é
preponderante” (P1).

Solicitar os membros faltosos” (RC1,P2,RE3).

Sensibilizar os membros sobre o seu papel” (RE1,RE5).

3.0.Pos- Observação

Os dados analisados desta supervisão revelam que os membros do conselho da escola visualizam
o conselho da escola como uma comissão elegida com o intuito de orientar as actividades a
serem levadas acabo pela instituição.

No nosso ponto de vista os membros do CE precisam ser capacitados para que posam conhecer
as suas competências na escola pois em Moçambique, segundo o MEC (2008, p. 15), o Conselho
da Escola é o órgão máximo do estabelecimento e tem como funções ajustar as directrizes e
metas estabelecidas, a nível central e local, à realidade da escola e garantir a gestão democrática,
solidária e co-responsável.

Os membros do CE mostraram-se convictos da importância da sua participação nas actividades


que visam desenvolvimento da comunidade escolar.

Os resultados desta supervisão corroboram com as concepções de MEC (2015), que sustentam
que a participação dos diferentes segmentos no Conselho de Escola prende-se com a necessidade
de assegurar: (i) uma boa gestão escolar; (ii) um bom aproveitamento escolar; (iii) um bom
desempenho dos professores e (iv) uma gestão transparente dos recursos.

Desta forma, a comunidade é um dos intervenientes do PEA, a sua participação permite a


promoção de actividades que tendem a melhorar o desempenho da escola e dos seus
intervenientes. A participação da comunidade é, algumas vezes, a garantia do sucesso escolar dos
alunos.

Dados revelam o CE contribui de forma significante no desenvolvimento da comunidade escolar


através de construção e manutenção de infra-estruturas, limpeza no recinto escolar. Para
percebermos melhor o contributo do CE nos apoiamos as ideias de Basílio (2014, p. 52) pois de
acordo com o autor o CE tem competências de aprovar e garantir a implementação de plano
anual da escola, regulamento interno, aprovar relatórios, orçamentos e, às tomadas de decisão
relativas às directrizes e linhas gerais das acções pedagógicas, administrativas e financeiras
quanto ao direccionamento das políticas públicas, desenvolvidas no âmbito escolar.

Prado, J. M. (1999), vai mais alem ao afirmar que compete ao CE a função de persuadir aos pais
e encarregados de educação para apoiarem a escola, isto é, refere-se ao apoio e ao estímulo às
comunidades escolar e local em busca da melhoria da qualidade do ensino, do acesso,
permanência e aprendizagem dos estudantes. É essencial a participação de todos os segmentos no
Conselho Escolar. Essa participação é o que tornará democrática a gestão da escola pública.
O membro da Direcção, quando questionado sobre o nível de participação dos membros de CE
nas actividades escolares revelou-nos que o nível de comparência é baixo, facto que pode
comprometer o alcance dos objectivos traçados pois na perspectiva de Libâneo (2007),
prioritariamente, os pais e outros representantes participam do Conselho de escola para preparar
os projectos pedagógicos curriculares, acompanhar e avaliar os serviços prestados.
Adicionalmente, usufruem das práticas participativas para participarem de outras instâncias
decisórias no âmbito da sociedade civil deste modo, contribuindo para o aumento da capacidade
de fiscalização da sociedade civil sobre a execução da política educacional e, melhora as
necessidades educacionais da população.
A supervisão revelou que a direcção da escola usa uma gestão não participativa a medida em que
maiores números dos inqueridos afirmaram que não participam na elaboração dos planos
escolares apenas são solicitados para a sua implementação facto que pode por em causa a
participação activa dos membros do Conselho pois sendo a escola uma instituição onde os
objectivos dependem da actuação específica de cada um dos componentes que actuam no
processo escolar, o director deve agir como verdadeiro líder, não tomando a decisão pelo
subordinado, mas influenciando a decisão deste, sugerindo e respeitando a capacidade e
iniciativa dos especialistas da educação, dos docentes e do pessoal administrativo.

A supervisão revelou ainda que a comunicação usada pela direcção da escola para convocar os
membros do concelho não é eficaz devido ao baixo nível económico e de escolaridade dos
membros do conselho.
Segundo Teixeira, J.P.L (2011), para que uma mensagem seja efectiva, o processo de codificação
(entendimento dos códigos utilizados) precisa ser coerente com as experiências passadas do
receptor e com as suas expectativas.
Os mesmos autores apontam as seguintes medidas para aumentar a eficácia da comunicação:

-Ter consciência da necessidade da comunicação eficaz;

- Criar um ambiente que estimule o “feedback”; e

- Ser um ouvinte mais eficaz.

Os dados desta supervisão revelam também que para permitir que haja maior participação dos
membros do CE alguns inqueridos apontam a expulsão do aluno como uma das medidas de
pressionar encarregado. Esta medida, porém, além de não oferecer uma solução pedagógica para
a aprendizagem, oferece uma solução pouco satisfatória, uma vez que, os alunos podem e devem
beneficiar de outros tipos de apoio tanto em casa como na Escola.

3.1.Sugestões
Em função das constatações e comentários feitos na presente supervisão, cabe-me finalmente
propor as seguintes recomendações:
Ao nível da Direcção da Escola
A supervisão sugere que todas as escolas, em particular, onde se fez a pesquisa, promovam
anualmente capacitações aos membros do conselho da Escola em matéria de gestão escolar.
Esta supervisão recomenda também aos membros da Direcção da Escola a sensibilizar a
comunidade para aderir a alfabetização, de modo a melhorar o nível de escolaridade dos
membros do conselho
Sugere-se ainda que a Direcção da Escola faça um levantamento apurado da situação de cada
membro do Conselho da Escola e por via disso, diferenciar os meios de comunicação a usar para
cada um.
Sugere-se por ultimo a Direcção da Escola a optar por uma liderança democrática onde possam
fazer parte os membros do CE na tomada de decisão sobre a vida escolar

Ao nível dos pais ou encarregados de educação


A supervisão sugere-se, por um lado, que todos os pais ou encarregados de educação apoiem, se
envolvam, participem com maior frequência na vida escolar dos educandos e dialoguem com
eles, dado que estas práticas mostram uma influência significativa no desempenho escolar do
educando. Por outro, a pesquisa recomenda que os pais ou encarregados de educação tenham
maior espírito de pertença em relação à aprendizagem dos educandos e que dê maior importância
ao P.E.A. de seus educandos.

Ao nível dos Professores


Sugere-se aos professores para que se darem mais tempo de participar nas actividades que visam
desenvolvimento das comunidades escolar.
Sugere-se, ainda, que os professores criem espaço e mecanismos de aproximação dos pais e da
Comunidade na vida escolar, dado que certas atitudes dos encarregados resultam da fraca
aproximação entre os professores e a Comunidade.
4.0.Referencias Bibliográficas

MEC (2015). Manual de apoio ao conselho de escola primária. Maputo: INDE. MINED (2012).
Plano estratégico da educação 2012-2016. Maputo: MINED.

Prado, J. M. (1999). Administração escolar: Uma abordagem crítica do processo administrativo


em educação (2ª ed.). S. Paulo: Atlas.

Teixeira, J.P.L (2011). A escola e a comunidade: Perspectivas dos directores do conselho de


Fafe. Porto: Instituto Superior Educação e Trabalho.

Basílio, A. (2014). Papel do conselho de escola no sistema educativo moçambicano: um estudo


de caso (Tese de doutoramento). Universidade Católica, Portugal.

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