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EDUCAÇÃO DE BENGUELA
COORDENAÇÃO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO
PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO
1. Introdução ........................................................................................................................ 3
4. Hipóteses ......................................................................................................................... 4
5. Variáveis .......................................................................................................................... 5
6. Objetivos.......................................................................................................................... 5
9. Abordagem da investigação............................................................................................. 6
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1. Introdução
As crianças com necessidades educativas especiais (NEE), exigem uma atenção mais
específica e uma gama de recursos educativos diferentes daqueles necessários para os seus
companheiros da mesma idade. Os programas de inclusão escolar que têm sido difundidos por
todas as regiões do país (Angola) têm sido implementados para dar cubro a esse déficit e
contribuir para uma “escola para todos”, tendo em conta as recomendações actuais da educação
e ensino Universal.
Correia (1997, citado por Lopes e Silva, 2011, p. 23) refere que a percentagem de
crianças e adolescentes com NEE em idade escolar pode abranger cerca de 15% do total de
alunos que frequentam o sistema escolar. Diante deste cenário afigura-se necessário o estudo
de estratégias que promovam o envolvimento daqueles alunos. A psicologia como área de
conhecimento e atuação profissional pode ter importante participação nos processos
educacionais, especialmente no desenvolvimento de competências e habilidades de crianças e
jovens em contexto escolar (Chiote, 2013). A sua contribuição pode contemplar crianças com
ou sem necessidades educativas especiais. No universo escolar, todos os actores educacionais
(professores, gestores, funcionários, colegas ou grupo de pares, família) estão envolvidos
directa ou indirectamente nas ações pedagógicas cotidianas. Portanto, suas motivações e
práticas podem ser consideradas instrumentos de transformação social (Oliveira, 2007).
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2. Justificação do Estudo
A escolha deste tema Inclusão escolar de crianças diagnosticadas com Transtorno do
Espectro Autista para dissertação demanda não só da necessidade pessoal de investigar a
inclusão de crianças com este transtorno, mas também pelo facto de verificarmos o crescimento
exponencial de casos em nossas escolas. Acreditamos que, mais do que o diagnóstico, a
intervenção é essencial no encaminhamento das crianças com NEE. Assim sendo, é importante
que a academia se posicione diante de fenómenos sociais como estes, a investigação deste tema
além de enriquecer a bibliografia existente em nosso contexto, contribuirá com respostas
significativas e outras nuances no que se refere à inclusão escolar com este transtorno em
específico. Outrossim, a relevância que o tema representa para a comunidade científica e
sociedade em geral sugere que uma investigação mais enquadrada ao nosso contexto seja
realizada no sentido de darmos respostas adequadas às necessidades das nossas escolas em
Benguela.
3. Problema de investigação
Qualquer investigação parte de incertezas, de dúvidas a respeito de uma determinada
situação que suscita interesse do investigador, situação esta que faz nascer uma questão de
partida para a investigação. Para o caso em concreto, o aumento de crianças diagnosticadas com
Transtorno do Espectro Autista configura uma situação deveras problemática na escola em
referência. Desta forma, levantamos o seguinte problema de investigação:
4. Hipóteses
Tal como é sabido, a hipótese é uma resposta antecipada ao problema. “A ciência gera
explicações hipotéticas do mundo dos fenómenos obssrvados que depois submete a um
processo de validação ou falcificação das hipóteses” (Carvalho, 2009, p. 124). Para a futura
investigação, as hipóteses afiguram-se essenciais porque além de per,itire, justificar o estudo,
elas garantem uma orientação precisa da investigação (Freixo, 2019). Desta forma, formulamos
a seguinte hipótese:
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5. Variáveis
Tendo em conta que a hipótese acima apresentada é de causalidade, classificamos as
variáveis da seguinte forma:
6. Objetivos
Os objectivos da investigação geralmente são separados em geral e específicos.
6.1. Geral
6.1. Específicos
7. Objecto de estudo
Tendo em conta que o objecto define-se como o “assunto sobre o qual versa uma
pesquisa ou ciência” (Houaiss, 2007), objecto da presente investigação circunscreve-se na
inclusão escolar de crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista.
8. Campo de acção
Por campo de acção, Naranjo e Ramos entendem como “a parte do objecto que se
abstrai como sistema de influências do sujeito cognoscente” (Naranjo e Ramos, 2014, p. 81).
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Desta forma, o nosso campo de acção recai sobre de ensino e aprendizagem das crianças da
Escola Primária 27 de Março Lobito.
9. Abordagem da investigação
A abordagem em que recai a investigação é a do tipo misto ou quanti-qualitativa que de
acordo com Alvarenga, (2014, p. 11), “é a união de ambos paradigmas”. A opção por uma
abordagem mais eclética em termos de posicionamento possibilitará “absorver” a extensão dos
intervenientes pela inquirição de vários actores, bem como a profundidade que se requer de um
tema que carece de maior exploração, que pode ser garantido pelas entrevistas em profundidade,
estabelecendo assim, um continuun metodológico entre o qualitativo e o quantitativo (Boutin,
Lessard-Hérbert & Goyette, 2012, p. 34). Um tema pouco explorado como este sugere a
confrontação de informações de diferentes instrumentos e variados actores, carcterístico de um
enfoque misto, o que permitirá a triangulação dos métodos de recolha de dados.
10.Métodos de pesquisa
Uma das maneira de apresentar os métodos de uma investigação é classificá-los em
teótricos, aqueles que explicam as bases lógicas da pesquisa, e em empíricos, que se englobam
num plano mais instrumental (Naranjo e Ramos, 2014, Gil, 2019).
A análise e a síntese
Estes dois métodos desempemham funções muito importantes nas operações mentais
que se fazem, sobretudo no tratamento das informações. Tal como refere Hobbes (1926, citado
por Naranjo e Ramos, 2014, p. 103), “(…) todo o método que empregamos para estudar as
causas das coisas serve tanto para unir como para desunir ou é em parte copulativo ou em parte
disjuntivo. Habitualmente, o método dijuntivo chama-se analítico e o copulativo, sintético”. As
operações efectuadas na base deste método permitem absorver conhecimentos em dados que
aparentemente nos dizem poucas coisas.
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Indução e dedução
Estes são outros procedimentos teóricos de importância fundamental para a
investigação. A ciência está repleta de teorias universais que partiram de experiências empíricas
e evoluíram para modelos teóricos explicativos de fenómenos. Por outro lado, muitas teorias
consolidadas têm servido como base de orientação para se observar a variação de um fenómeno
em casos particulares. Esta tarefa pode ser efectivada com a operaciolização da dedução e da
indução, tal como refere Carvalho (2009, p. 84), “a dedução prova que algo deve ser. A indução
mostra que alguma coisa é realmente operativa”.
Método histórico-lógico
A apresentação e análise de qualquer objecto de estudo requer de uma organização
sistemática dos factos para permitir que se alcance a clareza nos argumentos. O método
histórico-lógico possibilitará conhecer a essência do objecto em análise, a inclusão escolar de
crianças diagnosticadas com PEA. A utilização deste procedimento é crucial porque
“o estudo da trajectória histórica do objecto cria, por seu turno,
premissas indispensáveis para uma compreensão mais profunda da sua
essência; por isso, uma vez conhecida a história do objecto, é preciso
voltar a definir novamente a sua essência, corrigir, completar e
desenvolver os conceitos que a exprimem.
Em suma, os metodos de abordagem fornecem as bases lógicas da investigação. Estas
ferramentas dão sentido aos dados empíricos recolhidos durante as diferentes etapas da
investigação.
Por seu turno, as técnicas de tratamento dos dados quantitativos dos inquéritos,
auguramos fazer recurso do software SPSS, versão 28. Estes procedimentos muito utilizados
em ciências sociais e de educação, permitem uma análise de dados baseada na teoria estatística,
conferindo maior objectividade ao estudo dos fenómenos.
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No que concerne ao universo da investigação, ela compreende toda a comunidade
estudantil, desde os alunos matriculados, professores, direcção da escola, pais e encarregados
de educação, técnicos do Gabinete de apoio psicológico.
11.Novidade científica:
As investigações podem não trazer um contributo inédito para a ciência, mas a forma de
estudar um mesmo fenómeno sob outros ângulos e contexto confere um valor acrescentado a
mesma. Além das orientações teóricas de acordo com o nosso contexto, o estudo apresenta uma
perspectiva metodológica inovadora, pelo menos para o nosso meio académico, no sentido de
trazer uma abordagem mista, com a triagulação de métodos e técnicas de resolha de dados, no
estudo de necessidades educativas especiais, isto é, o enredo metodológico da investigação trará
uma maneira diferente de investigar o trantorno do Espetro Autista em estabelecimentos de
ensino.
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12.Cronograma:
ANO 2023
Nº TAREFAS PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Mai Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Construção do Projecto de
1 X
Investigação
2 Revisão da literatura X X X
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13.Orçamento:
Materia Quantidade Custo Total
Computador 1 300 000 kz 300 000 kz
Impressora 1 120 000 kz 120 000 kz
Gravador (caça palavras) 1 45 000 kz 45 000 kz
Resma 5 3 000 kz 15 000 kz
Pen Drive 1 5 000 kz 5 000 kz
Modem para internet 1 35 000 kz 35 000 kz
Recargas de dados 10 1 0000 kz 10 000 kz
Livros 10 10 000 kz 100 000 kz
Outros 50 000 kz
Total total 630 000 kz
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14.Bibliografia inicial
Aguiar, C. L.; Carvalho, M. G., Morais, A., & Orsati, F. (2012). Incluindo o aluno com autismo
na classe regular: uma experiência bem sucedida com o método da Comunicação
Facilitada. Revista Brasileira de Tradução Visual, 10(10). Alexandre, J. M. (2010). A
criança com autismo: os desafios da inclusão escolar (Dissertação). Universidade
Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa.
Alvarenga, E. M. (2014). Metodologia de investigação qualitativa e quantitativa: Normas
técnicas de apresentação de trabalhos científicos. 2ª ed. Paraguai Asunción: A4 Diseños.
Boutin, G., Goyette, G, Lessard-Hérbert, M. (2012). Investigação qualitativa: Fundamentos e
práticas. Lisboa: Instituto Piaget.
Carvalho, J. E. (2009). Metodologia do trabalho científico: saber fazer da investigação para
dissertações e teses. Lisboa: Escolar Editora.
Chiote, F. A. B. (2013). Inclusão da criança com autismo na educação infantil: trabalhando a
mediação pedagógica. Rio de Janeiro: Wak.
Correia, L. M. (2013). Necessidades educativas especiais. Porto: Porto Editora.
DICIONÁRIO ELETRÔNICO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2ª ed., Objetiva, Rio de
Janeiro, 2007.
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Nogueira, Maria e Susana Rio (2011), “A família com criança autista: apoio de enfermagem”,
Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, (Online), (5). Disponível em:
http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S1647-
21602011000100003&script=sci_arttext
Orrú, S. E. (2008). Autismo, linguagem e educação: interação social no cotidiano escolar. Rio
de Janeiro: Wak. Parra, L. (2009). Atando laços e desatando nós: reflexões sobre a função
do acompanhamento terapêutico na inclusão escolar de crianças autistas (Dissertação).
Universidade de Brasília, Brasília.
Simões, A. (2016). Metodologia de investigação científica: A investigação qualitativa. Tomo
I. Luanda: Mayamba
Telmo, Isabel e José Nogueira (2013), A qualidade de vida das famílias com crianças e jovens
com perturbação do espectro do autismo em Portugal: Diagnóstico e Impactos Sociais e
Económicos.
Veigas, F. H. (coord.) (2013). Psicologia da educação: Teoria, investigação e aplicação
envolvimento dos alunos na escola. Lisboa: Climepsi.
Zassala C. (2015). Iniciação à metodologia de investigação. Luanda. Mayamba.
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