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RAFAELA POTEREIKO
PRUDENTÓPOLIS
2020
RESUMO
ABSTRACT
Children with Autism Spectrum Disorder (ASD) show changes in communication, social
interaction and behavior. In this sense, the inclusion of children with autism in the regu-
lar school is a very important role, being widely discussed by all, especially by teach-
ers, who lead them to research methods analyzing new pedagogical practices, since
he is mainly responsible for transmitting and mediate student learning. From this con-
text this research looks at the role of the teacher and the way the student with ASD is
inserted in the environment of a regular school unit, since the school is understood as a
space for cooperation and respect for differences. The applied methodology was car-
ried out in the field, with participant observation of the class teacher and semi-struc-
tured interview with the class teacher. The research focused on three axes: teacher-
student relationship, student's relationship with peers and student's observation in dif-
ferent spaces of the school. Thus, the interpretation of the two professionals brought
the possibility of broadening, a new look at the reality of schools, being important for
the construction of the knowledge necessary for the future teacher education.
INTRODUÇÃO..........................................................................................................08.
1 REFERENCIAL TEÓRICO E METODOLÓGICO............................................11.
1.1 AS CONTRIBUIÇÕES DO MODELO SOCIAL DA DEFICIÊNCIA..................11.
1.2 O DESENVOLVIMENTO DAS IDEIAS DE INCLUSÃO NO BRASIL..............15.
1.3 O AUTISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS....................................................19.
1.4 ESCOLA COMO ESPAÇO DE DIVERSIDADE: PERSPECTIVAS DE
INCLUSÃO
.........................................................................................................................................
........ 22.
1.5 MÉTODO.........................................................................................................26.
1.5.1 Tipo de estudo...............................................................................................26.
1.5.2 Cenário do estudo.........................................................................................26.
1.5.3 Participantes do estudo................................................................................27.
1.5.4 Coleta dos dados.......................................................................................... 27.
2 A INCLUSÃO DE UM ALUNO COM TEA NA ESCOLA DE ENSINO
FUNDAMENTAL PROFESSORA ONDINA MARIA DIAS.......................................29.
2.1 PESQUISA E OBTENÇÃO DOS DADOS.....................................................30.
A A RELAÇÃO DO ALUNO FÁBIO COM AS PROFESSORAS........................31.
B RELAÇÃO DO FÁBIO COM OS/AS COLEGAS............................................33.
C O ALUNO FÁBIO NOS DIFERENTES ESPAÇOS DA ESCOLA...................39.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................43.
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 47.
LISTA DE IMAGENS
Agradecer a alguém é sempre uma tarefa difícil, não pelo gesto, mas sim pela
carga psicológica que implica, porque não estamos acostumados a deixar transparecer
os nossos sentimentos e emoções, a abrir o nosso coração às pessoas que realmente
são importantes para nós e àquelas que, de algum modo, fizeram a diferença. É sempre
uma tarefa muito difícil porque há sempre alguém importante que fica para trás, porque
nos esquecemos de a mencionar. Espero que, através destas páginas, todas essas
pessoas se sintam reconhecidas. Manifesto os meus sinceros agradecimentos:
Agradeço, primeiramente, á Deus, que me deu força, energia e benefícios para
concluir meu trabalho.
À minha Familia que sempre estiveram ao meu lado apoiando em todos esses a
minha trajetória.
Ao meu namorado pelo seu amor incondicional e por compreender minha
dedicação ao projeto de pesquisa e estar sempre presente nos momentos difíceis.
Aos Professores, a minha Orientadora, e todos os funcionários do Polo de
Prudentópolis-Pr pela excelência da qualidade técnica de cada um.
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INTRODUÇÃO
Os tipos de TEA são muitos e para os professores diante disso e dos diversos
mitos acerca da educabilidade da criança com autismo, torna-se de grande
relevância novas pesquisas no campo da psicologia, e de ir atrás de novos metodos
que demonstrem as potencialidades interativas dessas crianças no ensino regular e
a influência do contexto no seu perfil de interação social.
De acordo com Ferreira, é grande o impacto nos profissionais da educação
que recebem estes alunos na escola quando se deparam com suas reações, pois
ainda estão diante de uma experiência nova. Face a essa novidade, muitos
professores relatam sentirem-se despreparados para atender essa demanda na
inclusão, gerando uma sobrecarga de estresse (BAPTISTA; OLIVEIRA, 2002;
CAMARGO; BOSA, 2009; JORDAN, 2005).
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As escolas que recebem esses alunos com TEA nas classes regulares o seu
acesso ao currículo comum tem importância de se estabelecer um processo
contínuo de inclusão em “ambientes amigáveis para o autismo” na educação regular,
o que pressupõe a criação de ambientes educacionais flexíveis, com a construção
de um ciclo de amigos que dimunuam o impacto desta inclusão, com profissionais
que trabalhem colaborativamente com técnicos especializados, que conheçam as
características dos alunos e que saibam como intervier sobre as suas diferentes
necessidades.
A escola precisa criar um aprendizado com estratégias pedagógicas que
visam a dar conta das necessidades das crianças com TEA, e que defendem
também que, ao se educar uma criança, é importante considerar suas necessidades.
O aluno de inclusão tem direito a um Acompanhante Especializado, Para
Cunha (2014) o Acompanhante Especializado, como o nome diz, é um profissional
especializado no assunto ou com a formação em psicopedagogia, logo, não pode ser
qualquer pessoa. Mas, aqui no Brasil, a maioria dos cuidadores não detém de
formação compatível com a função que irão exercer. São, em geral, pessoas sem
especialização, formação ou graduação na área.
Falar sobre inclusão tem como proposito abranger uma jornada que falicitará
aos professores o direito de construir e ampliar suas habilidades como sujeito e
profissional. A formação do professor deve acompanhar as modificações da
realidade das escolas.
Incluir requer o direito do professor em receber apoio e oportunidades que o
desenvolvam profissionalmente, e implica também no direito dos pais de esperar que
seus filhos recebam educação adequada.
Quanto ao processo de escolarização de crianças com TEA vale ressaltar que
o mesmo é recente. Neste contexto, Santos (2011) com base em Martins (2009) nos
traz dois pontos centrais: primeiro, a importância de evitar o isolamento
característico das crianças com TEA, o que dependerá diretamente da maneira
como se constroem as relações com estas crianças, visto que o indivíduo se
constitui como sujeito a partir da relação com o outro. E, em segundo lugar, os
questionamentos de como os demais veem e se relacionam com as crianças que
apresentam TEA (SANTOS, 2011).
Precisamos de mais preparo dos profissionais da educação que devem ter
formação adequada para receberem estes alunos com TEA. Que os mesmos não só
sejam matriculados, mas tenham seus direitos garantidos, uma educação de
qualidade.
Quando se recebe esses alunos na escola regular, há muitas questões a
respeito do funcionamento geral da instituição que precisam ser revistos. Portanto,
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deverão ocorrer muitas mudanças e adaptações na escola, bem como busca por
profissionais qualificados que, no caso, seria um professor de Educação Especial,
que seja apto para atender as necessidades dessas crianças.
O professor é o primeiro qu estabelece contato com a criança, sendo assim
sabemos ele é o principal responsável em tornar possível a socialização da criança
com autismo na sala de aula, para assim, adequar metodologias que venham
atender as necessidades dos mesmos. O professor tem o desafio de efetivar o
processo de inclusão, sendo seu dever criar estratégias de desenvolvimento que
atenda as necessidades de todos os alunos.
Cabe ao professor detectar as dificuldades de seus alunos, utilizar
vocabulário de fácil entendimento, conhecer as áreas de interesse do aluno, ir atras
de atividades que o ajudem a desenvolver, jogos pedagogicos, brincadeiras, deve
demonstrar amor, dedicação, paciência, falar baixo, utilizar recursos visuais e
concretos para que estes alunos possam entender o conteúdo.
Dantas e Miranda (2012) ressaltam a importância da escola e do/a professor/a
para o desenvolvimento destas crianças. Neste âmbito, as autoras situam a escola
como um elemento da realidade social. A instituição escolar representa para estas
crianças mais uma oportunidade de acesso à linguagem e contato com outras
realidades.
Assim, a inclusão no processo escolar consiste em mais um ingrediente a ser
pensado. Isto significa ir em busca de práticas pedagógicas, ações que não
individualizem a pessoa com deficiência, mas que considerem suas peculiaridades e
ao mesmo tempo respeitem a diversidade do grupo de alunos/as que o compõem.
Existem algumas intervenções psicoeducacionais que podem ser
desenvolvidas pelos professores, tais como o Método Son-Rise, TEACCH
(Tratamento e educação para autistas e crianças com distúrbios correlatos da
comunicação), ABA (Análise aplicada ao comportamento), PECS (Sistema de
comunicação mediante troca de figuras), entre outras (FERNANDES, 2016. VL1)
O Son-Rise Programa é uma terapia domiciliar para as crianças com
perturbações no espetro do autismo ou qualquer outra perturbação do
desenvolvimento, consiste em imitar os movimentos das crianças com autismo
quando as mesmas realizarem movimentos estereotipados. O Programa Son-Rise é
um método terapêutico cognitivo-comportamental que utiliza um estilo de interação
leve, que evita o conflito, o comportamento agressivo, levando a pessoa com
autismo a participar espontaneamente de interações divertidas e dinâmicas com
outros indivíduos, tornando-a receptiva e motivada a aprender novas habilidades e
informações.
De acordo com Fernandes o método TEACCH se utiliza de materiais visuais e
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tem sido bastante utilizado por educadores que trabalham com alunos autistas, visto
que possibilita resultados eficazes, sobretudo no tocante ao desenvolvimento da
autonomia.
Ainda segundo Fernandes:
O TEACCH foi desenvolvido na década de 60 nos Estados Unidos e
é atualmente muito utilizado em várias partes do mundo. O método utiliza
avaliações, levando em conta os pontos fortes e as maiores dificuldades do
indivíduo, em um programa individualizado. Ele objetiva desenvolver a
independência do autista de modo que ele, ainda que precise do professor
para o aprendizado, possa ser, em grande parte de seu tempo, independente
para fazer coisas relacionadas à sua vida diária. O TEACCH se baseia na
organização do ambiente físico por meio de rotinas organizadas em quadros,
painéis ou agendas. O objetivo é adaptar o ambiente para o autista mais
facilmente compreendê-lo e compreender o que se espera dele (CUNHA,
2014, p. 73).
O método ABA é conhecido como Analise do Comportamento Avançada, ele
trabalha o reforço dos comportamentos positivos. A terapia ABA envolve o ensino
intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que a criança autista
possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Segundo
Setúbal, 2018 as habilidades ensinadas incluem-se os comportamentos interferem no
desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo sendo esses:
1- Comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação
funcional;
2- Comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita
e matemática;
3- Atividades da vida diária como higiene pessoal.
4- A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias,
autolesões, agressões verbais, e fugas
2.3 METODOLOGIA
3 METODOLOGIA
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A inclusão da criança com TEA deve estar muito além da sua presença na sala
de aula, deve almejar, sobretudo, a aprendizagem e o desenvolvimento das
habilidades e potencialidades, superando as dificuldades.
A pesquisa feita deixa evidente que é necessário que haja formação para os
profissionais de educação, a fim de que todos possuam competências para
desenvolver as potencialidades dos alunos, tal qual consta na lei.
A educação ambiental é um tema transversal na escola, não uma disciplina
isolada portanto deve ser discutida de maneira contextualizada dentro das disciplinas
curriculares, considerando a proposta interdisciplinar das questões ambientais e a
importância de discutir a sustentabilidade na escola.
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Considerando o objetivo da pesquisa que era analisar a importância de
trabalhos voltados para o papel e desafios do professor na educação inclusiva na
escola, a pesquisa bibliográfica realizada embasou o levantamento de dados obtidos
nas entrevistas, tendo como público alvo, professores de uma escola municipal de
Prudentópolis – PR, com público dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental,
contribuindo para analisar as práticas que são desenvolvidas na escola.
Primeiramente foram questionados os professores sobre seu ponto de vista
sobre a os alunos com TEA e sua inclusão, sendo que 95% dos entrevistados
disseram não ter preparação suficiente para trabalhar com os alunos de inclusão, mas
que buscam sempre novos métodos para serem trabalhados na sala de aula e 5% não
quiseram respoder.
Em se tratando da realização das atividades e uso de jogos 80% relatam que
trabalham com a educação inclusiva e fazendo brincadeiras e atividades diferentes
bem como o uso do livro didático; 15% mencionam algumas mudanças que possam
serem feitas; 5% disseram ser necessário a ajuda de um Acompanhante
Espacializado.
A Educação Inclusiva ainda representa uma aposta para mudança, para
vivermos a diversidade, contribuindo de forma significativa com a sociedade,
pois vivemos em um mundo que clama por igualdade, respeito e ações não
discriminatórias e preconceituosas.
Partindo da pesquisa de cunho bibliográfico, tendo assim como suporte
diversos autores, para entender e compreender a inclusão, mas também para
questionar, pois muito já foi feito para os portadores de necessidades especiais,
porém sabemos do árduo caminho percorrido por eles e por suas famílias.
Podemos dizer sim, que comparado a Antiguidade, a vitória foi gigantesca, pois
naquela época nem direito a vida eles tinham.
Hoje a inclusão escolar é um direito de todos, porém observou-se durante
a pesquisa que nem todas as instituições de ensino, nem todos os educadores
estão preparados para essa mudança, muitas vezes por falta de interesse, outras
por falta de incentivo inclusive financeiro.
Observei com esse estudo que para minha formação demonstrou-se de
extrema relevância, que muito tenho a aprender, pois educadores de verdade
não perdem nunca a vontade de aprender e levar seus conhecimentos aos seus
alunos transformando-os assim em sujeitos pensantes, críticos e
transformadores da sociedade.
Precisamos conviver mais com o dito “diferente”, pois somente assim
veremos que também possuímos nossas restrições, pois cada educando
aprende de uma forma e num ritmo diferente.
Faz-se necessário não cessar esse tipo de pesquisa, mas para isso seria
importante que professores se conscientizassem de seu papel que é de suma
importância, não deixando de lado também as instituições de ensino que
precisam se adequar a nova realidade, a da inclusão, que, a meu ver deveria ter
acontecido desde os primórdios da humanidade.
Esse convívio dos portadores de necessidades especiais, na educação
regular com os demais alunos, só agrega valores positivos na construção do
caráter de cada indivíduo, pois aprenderam dessa forma e de maneira natural,
que as diferenças existem, e estão lá para serem respeitadas e entendidas, para
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que o mundo realmente viva em paz, pois vivemos em um mundo onde a
diversidade cultural e humana é imensamente vasta e rica de contrastes.
REFERÊNCIAS
http://w3.ufsm.br/edea/images/ARTIGOS/
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http://www.scielo.mec.pt/pdf/nas/v22n1/v22n1a04.pdf
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file:///C:/Users/Rafaela/Desktop/TCC/2018IsabelCristinaFink.pdf
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http://www.scielo.mec.pt/pdf/nas/v22n1/v22n1a04.pdf
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https://www.revistaautismo.com.br/artigos/pecs/
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REFERÊNCIAS
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Cortez: Autores Associados, 1985.
KUPFER, C. M.; PETRI, R. Por que ensinar a quem não aprende? In: Estilos da Clínica.
Revista sobre a infância com problemas. USP. Vol. Nº 9, p. 109-117, 2000.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 23. Ed. Ver. E atual. São Paulo:
Cortez, 2007.