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Índice

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DEDICATÓRIA
Dedicamos este trabalho aos nossos professores, colegas, amigos e familiares que não
pouparam esforços em nos ajudarem naquilo que foi preciso para que chegássemos com êxito
até a esta fase final da nossa formação académica nesta instituição escolar de formação de
professores.
Dedicamos também este trabalho em memória do defunto professor Bernardo Pessela
Luciano por tudo quanto ele fez por nós. Embora já não esteja entre os vivos, mas, os seus bons
feitos serão por nós eternizados.

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AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Jeová Deus, como sendo o causador da existência dos seres
vivos e pela oportunidade de vida que nos dá a cada dia. Gratos somos também pelo apoio
incondicional que os nossos pais e encarregados de educação nos dão, e a todo o pessoal da
escola Magistério Marconi, desde os agentes de segurança até aos professores, pela a
participação de forma directa ou indirecta na nossa formação nesta instituição escolar de
formação de professores.

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0. Introdução

O relacionamento humano é uma peça fundamental na vida dos indivíduos, seja na família,
escola ou no trabalho, visto que envolve um conjunto de interesses que mantém as pessoas
juntas.
Segundo Gomez (2000), a relação entre professor/aluno deve ser marcada pela empatia e a
afectividade, onde ambos os parceiros da comunicação demonstrem a capacidade para ouvir e
refletir sobre as questões que estão sendo abordadas por cada um dos interlocutores. Assim,
haverá mais possibilidade de abertura na comunicação e, portanto, melhor clima de
aprendizagem.
Neste caso, a participação do aluno nas aulas é de suma importância, pois estará expressando
seus interesses, preocupações, desejos e vivências, e assim construindo ativamente seu
conhecimento. Ademais, na atualidade, o professor tem deixado de ser apenas um mero
transmissor de conteúdo, assumindo a postura de mediador do conhecimento, ou seja, tornando-
se ponte entre os saberes que ele detém e os conhecimentos trazidos pelos alunos.
Assim, o processo de ensino e aprendizagem é o caminho pelo qual professores e alunos têm a
missão de trilhar para que, no final desta caminhada, obtenham o sucesso escolar tão almejado.
Entretanto, o que muitas vezes ocorre é que no meio dessa caminhada existem interferências,
que dificultam a relação entre professor/aluno e concomitantemente ocasionam o fracasso
escolar.

No entanto, neste trabalho procurou-se analisar e compreender a importância da relação


professor no processo de ensino/aprendizagem. No primeiro capítulo, para melhor compreensão
do trabalho, escreveu-se os conceitos das palavras-chave do tema em estudo. Já no segundo
capítulo procurou-se apresentar os estilos de relações existente em sala de aula, destacando-se
a relação de comunicação mais pessoal e a relação de orientação própria ao estudo. Como
toda e qualquer relação, o terceiro capítulo vem apresentar os pontos fortes e fracos da relação
existente entre professor/aluno. Nessa senda, dentre as muitas dificuldades encontradas pelo
professor frente ao aluno, uma delas, talvez a mais crucial, seja a distância que separa as
realidades de um e do outro, portanto, o quarto capítulo apresenta as diferenças existente entre
o professor e o aluno. Nisto, o quinto e o sexto capítulo vêm mostrando a importância da relação
professor/aluno e da própria escola na formação inicial do autoconceito do aluno. Por fim, o
sétimo capítulo apresenta a pesquisa feita de forma empírica, e, o campo desta pesquisa foi a
escola primária 3108 localizada no Município de Luanda, Distrito Urbano do Cazenga, Bairro
Ngola Kiluanje.

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0.1 Escolha do tema

A escolha do tema foi uma proposta sugerida pela coordenação do curso do ensino primário
que tem como coordenador Dr. Pedro Bianda, e aceitamos com vivo interesse, pelo que na qual
decidimos delimitá-lo para o nível do ensino primário, de forma especifica na escola primária
Nº 3108 localizada no município de Luanda distrito urbano do Sambizanga, bairro Ngola
Kiluanje.

0.2 Importância do estudo

Uma vez que o sucesso e, /ou fracasso escolar, que muitas das vezes vêm se justificando como
sendo o resultado da boa ou da má relação existente entre o professor-aluno, está pesquisa é de
extrema importância porque além de fazer uma análise a fundo desta relação existente entre o
professor-aluno apresenta também contributos que pautam pela melhoria desta relação e a
promoção do processo de ensino aprendizagem.

0.3 Problemática

É sabido que a escola oferece uma fonte de oportunidades para que as pessoas aprendam a ser,
a fazer e a conviver, pois em uma sociedade globalizada, saber se relacionar torna-se peça
basilar para o crescimento do ser humano enquanto pessoa e profissional. Ademais, tanto o
fracasso como o sucesso escolar têm sido consequências da boa ou da má relação existente entre
professor/aluno. No entanto, dentre as tantas relações relevantes na escola, elegeu-se estudar a
relação professor-aluno. Pois, esta relação entre professor/aluno dependendo de como ela
ocorre, ocasiona prejuízos ou promove o processo de ensino-aprendizagem.

0.4 Questão científica

Diante da problemática supracitada e tendo em conta os objectivos preconizados, formulou-se


a seguinte questão de partida:
• Que influencia tem a relação professor aluno no desenvolvimento escolar do aluno e na
promoção do processo de ensino/aprendizagem?

0.5 Objectivos

Geral: compreender as influências da relação professor/aluno no processo de ensino


aprendizagem e no desenvolvimento escolar dos alunos.

Específicos:
• Identificar e descrever os elementos que promovem a relação professor/aluno e o
processo de ensino aprendizagem.

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• Analisar a relação professor aluno no processo de ensino/aprendizagem o “caso da
escola primária 3108”.

0.6 Hipóteses

H1: A boa relação do professor com o seu aluno pode despertar o interesse do aluno em aprender
e gostar do que aprende, ou seja, pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo, afectivo e
psicomotor do aluno.

H2: No desenvolvimento escolar do aluno esta relação marcada pela afectividade:


• Ajuda o aluno a expressar o que sente.
• Ajuda o aluno a ter autoconfiança e autoestima.
• Ajuda o aluno a construir o seu próprio conhecimento
• Contribui para a autonomia do aluno.

H3: A boa relação professor aluno promove o processo de ensino-aprendizagem no sentido de


que tanto o ensino como a aprendizagem tornam-se prazerosos, há uma motivação correcta por
parte do professor e do aluno.

0.7 Justificativa

RELEVÂNCIA ACADÉMICA
O presente trabalho academicamente poderá servir de guia de pesquisa tanto para professores
como para alunos. Pois, fornece conhecimentos que contribuem para a construção e a
consolidação da relação entre professor aluno e para promoção do processo de ensino-
aprendizagem.
RELEVÂNCIA PROFISSIONAL
No âmbito profissional este trabalho poderá ajudar o professor a compreender os problemas
dos seus alunos e olhar as dificuldades de aprendizagem como uma oportunidade de ampliar e
consolidar a sua relação com os seus alunos de modo a ajuda-los a superar as dificuldades que
eles enfrentam e a desempenhar da melhor maneira possível o seu trabalho docente.

RELEVÂNCIA SOCIAL
Sabendo que é por causa da sociedade que a escola existe, este trabalho quando consultado pela
sociedade, contribuirá para a percepção da relação existente entre professor-aluno no ambiente
escolar e fora dele.

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0.8 Metodologia

Em primeira instância é necessário definir o termo metodologia. Metodologia segundo o


dicionário de língua portuguesa “é o conjunto de regras ou métodos usados numa ciência arte
ou disciplina para se alcançar um determinado objectivo”. A metodologia serve para
compreender os processos metodológicos que foram utilizados ao longo da pesquisa de modo
a se conferir o grau de cientificidade da mesma.

MÉTODOS DE PESQUISA
Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento...
Para realização deste trabalho optou-se pelos seguintes métodos:

Método indutivo
Para Kapitiya (2014, p.10), este método parte do particular e coloca a generalização como um
produto posterior do trabalho de colecta de dados particulares. Este método consiste em
observar, entrevistar e perceber melhor os factos ou fenómenos cujas causas se desejam
conhecer. O argumento passa do particular para o geral, uma vez que as generalizações derivam
de observações de casos da realidade concreta.
Usou-se este método para obter informações individuais aos sujeitos da pesquisa efectuada. O
campo desta pesquisa foi a escolar do ensino 3.108 situada no município do Sambizanga distrito
urbano do Ngola Kiluanje.

Método hipotético dedutivo


O método hipotético-dedutivo se inicia pela percepção de uma lacuna nos conhecimentos acerca
da qual formula hipóteses e, pelo processo de inferência dedutiva, testa a predição da ocorrência
de fenómenos abrangidos pela hipótese. (Marconi & Lakatos, 2006, p.127).

TIPOS DE PESQUISAS
Pesquisa: é um procedimento reflexivo, sistemático, controlado e critico que permite descobrir
novos factos ou dados, soluções ou leis, em qualquer área de conhecimento.
Para a realização deste trabalho optou-se por dois tipos de pesquisas, que envolve a pesquisa
bibliográfica e a pesquisa empírica.

Olhando para pesquisa bibliográfica, a luz do pensamento de (Lima e Mioto 2007.) refere-se
ao “conjunto ordenado de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo que,
por isso, não pode ser aleatório”.
Desta forma, ao analisar esta temática no âmbito bibliográfico, adotou-se como técnica a
seleção e leitura de diversos artigos e livros de diversos autores conceituados, na área da
educação escolar, para que se pudesse obter respostas sobre a importância da relação professor
aluno no processo de ensino-aprendizagem e no desenvolvimento escolar dos alunos.
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Acerca da pesquisa feita de forma empírica, segundo (Demo. 1994. P.37) esta pesquisa oferece
maior certeza para as argumentações. Pois, é uma das formas de comprovar o que está a ser
estudado.
Para a concretização desta pesquisa adotou-se como técnica a observação e inquérito que
permitiu a coletas de dados.
O campo desta pesquisa foi a escola primária 3108, na sala-7, turma-M7, 1ª classe. Situada no
município do Sambizanga Distrito urbano do Ngola Kiluanje.

POPULAÇÃO E AMOSTRA
População: é o conjunto de elementos que apresentam características semelhantes que se
pretende estudar ou conhecer. Com base ao conceito, a população desta pesquisa é de 25 alunos
e 1 professor da escola 3.108. A população inquerida é de 6 elementos, composta por 1 professor
e 5 alunos.
Amostra: constitui um subconjunto dos elementos de uma população a partir do qual são
recolhidos os dados.
A amostra da nossa pesquisa esta constituída por: 1 professor 5 alunos.
Realizou-se um estudo de caso na escola 3.108 localizada no município de Luanda distrito
urbano do Sambizanga, bairro Ngola kiluanje numa turma da 1º classe onde notou-se que a
relação entre o professor e o aluno é marcada pelas formas de afecto demostradas tanto pelo
professor para os alunos como dos alunos para o professor.

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CAPÍTULO 1
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 Conceito de relação
De acordo o dicionário porto editora relação é o acto ou efeito de relacionar ou ainda é a ligação
existente entre duas ou mais pessoas.

1.2 Conceito de professor


Paquay e Wagner (2001), dizem que o professor é antes de tudo um transmissor de saberes
disciplinares.
Segundo Rico (apud Mesquita 2013), argumenta que o professor é um ser intelectual, com
formção cientifica e pedagógica, consciente do seu papel na sociedade.
Sousa (2004), afirma que o professor deve ser tomado numa perspectiva tripla: enquanto
pessoa, profissional e enquanto alguem com determinadas práticas docentes.
Segundo Nérice, na antiguidade não havia professores em sentido profissional, mas havia
filósofos que pregavam as suas verdades. Os atraídos por elas passaram a ouvi-las e a segui-las.
Os primeiros professores foram os pedagogos (preceptores), prisioneiros de guerra, feitos
escravos e que tinham a incumbência de ensinar as crianças… isto, na velha Grécia.
Os primeiros professores que surgiram, em sentido de serem remunerados pelo seu trabalho,
foram os sofistas, que cobravam pelos ensinamentos que propiciavam. E ensinavam os seus
discípulos a terem razão, com a utilização de sofismo. Não é de estranhar que eles fossem
desprezados na Grécia antiga, pois ensinavam a encobrir a verdade e a serem pagos pelos seus
ensinamentos. É digno de nota que, na Grécia antiga, era obrigação moral ensinar. Isto é, quem
soubesse algo tinha o dever de ensina-lo a quem não o soubesse.
Ainda a luz do pensamento de Nérice, hoje o professor pode ser acentuado da seguinte forma:
professor é quem se dispõem a orientar a aprendizagem de outrem para que este alcance
objetivos que sejam uteis para a sua pessoa.
Com base as definições supracitadas entende-se que, o professor que é também chamado de
docente, é uma pessoa que ensina ciência, arte, técnica ou outros conhecimentos. E, que é capaz
de transformar a sociedade por intermedio dos ensinamentos.

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1.3 Conceito de aluno

Aluno é um conceito que provém de alumnus, um termo latino. Esta palavra permite referir-se
ao estudante ou ao aprendiz de uma determinada matéria ou de um professor. Um aluno,
portanto, é uma pessoa que se dedica à aprendizagem.

Libanêo (2007), diz que aluno ou estudante, é um indivíduo que recebe formação e instrução
de um ou vários professores para adquirir ou ampliar o conhecimento.

Paulo Freire(1968) enfatiza a necessidade de se respeitar o conhecimento que o aluno traz


consigo para a escola, visto ser ele um sujeito social e histórico e de se compreender que “formar
é muito mais do que puramente treinar o educando no desempenho de destrezas”.

Aluno ou discente é aquele com capacidade de receber informações por parte de quem as
transmite.
Distingue-se no latim alumnus, associado ao verbo alĕre (sic), do qual compreende a ideia de
alimentar-se ou fortalecer-se.

Em seu sentido etimológico, aluno é aquele que se alimenta de conhecimento. Naturalmente,


este processo de alimentação precisa de outra pessoa, o professor. Além disso, o vínculo entre
ambos se concretiza em uma escola ou centro de aprendizagem, em algumas áreas do
conhecimento e no modelo da pedagogia.

1.4 Conceito de ensino-aprendizagem


O processo de ensino aprendizagem é definido como um sistema de transmissão e assimilação
entre o professor e o aluno que deve ser pautada na objectividade daquilo que é a necessidade
do aluno.
Mas do que ensino e aprendizagem como se fossem processos independentes da ação humana,
existem os processos comportamentais que recebem o nome de ensinar e aprender.
No entanto, segundo dicionário português ensinar significa transmitir conhecimentos, uma vez
que só existe ensino porque tem alguém disponível a aprender. Mencionando ainda o dicionário
português pode-se entender que aprender é obter conhecimento.

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CAPÍTULO 2
Relação professor/aluno: os estilos de relações

A relação professor/aluno em sala de aula e fora dela é um processo com grandes desafios, pois
existem nesse processo diversos aspectos a serem analisados, tendo em vista que, para um bom
relacionamento entre ambos há necessidade de ir além de um simples relacionamento afetivo.

Em sala de aula, tanto professor, quanto o aluno devem estar aberto à interação, pois em todo
relacionamento, a empatia é uma questão necessária e eficaz para que haja uma aproximação
entre ambos. Assim, a relação professor/aluno pode apresentar diversos estilos, que
proporcionam diversos tipos de interação. Vamos tentar analisar as duas principais relações
usadas entre professores e alunos na sala de aula:

• Relação de comunicação mais pessoal


• Relação de orientação própria ao estudo.

A relação de comunicação mais pessoal é reconhecer os êxitos, reforçar autoconfiança dos


alunos, manter constantemente uma atitude de cordialidade e de respeito; isso sem esquecer que
embora tenhamos que ter uma relação afetiva com nossos alunos, isso não significa dizer que
temos que ir à sala de aula para sermos humoristas e nem sermos carinhosos para que os alunos
se sintam bem. Na verdade, se não houver uma relação didática eficaz não poderá haver relação
professor/aluno.

Nessa perspectiva, a relação de orientação própria para o estudo entra no mérito do papel
exercido pelo professor em sala de aula, cujo o objectivo principal será criar e comunicar uma
estrutura que facilite o aprendizado. Entende-se que numa relação professor/aluno em sala de
aula, a afetividade não poderá ser eficaz se não houver de facto a competência da tarefa didática,
por que então, a qualidade de ensino será prejudicada.

Entretanto, dois aspectos referentes à educação devem ser abordados, são eles: necessidades
psicológicas e educativas. Por necessidades psicológicas entende-se por aquelas que os alunos
interiorizam e que por muitas vezes são de uma certa forma imposta pelos padrões sociais, como
o desejo de ascensão social, por exemplo, o qual exige para que isso seja possível, a apropriação
dos moldes pré-estabelecidos como: passar de ano, tirar boas notas, ser o primeiro colocado nos
processos seletivos, etc, os quais estão automaticamente nas necessidades educativas. Sendo
que, o aluno ao ver suas necessidades psicológicas e educativas atendidas se automotiva.

O professor por sua vez tende a descobrir qual a melhor forma de abarcar essas necessidades
sem prejuízo ao aprendizado. Assim, as três áreas de atuação do professor são: relações
interpessoais, estrutura de aprendizado e apoio da autonomia e do desenvolvimento integral do
aluno.

Segundo Morales, as relações interpessoais são manifestadas de diversas formas, das quais: a
dedicação de tempo à comunicação com os alunos, a manifestação de afeto e interesse pelos
alunos, o elogio sincero, o interagir com os alunos com prazer, entre outros; o oposto se trata
de rejeição. Ou seja, os alunos devem sentir que o professor se interessa por eles, assim os
alunos devem sentir-se livres para errar e aprender com seus erros. O sentir-se livre se traduz
aqui por ausência de medo, de angústia… Aprender com os próprios erros é importante para o
crescimento pessoal, seja emocional, social ou cognitivo.
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A estrutura de aprendizado se refere à qualidade e quantidade de informações que são
repassadas aos alunos, para que se tenha eficácia neste aprendizado: as expectativas devem ser
demonstradas, ajudar quando houver necessidade, sentir-se ao mesmo nível dos alunos, etc; o
oposto é o caos. Nesse sentido, o professor deve entender que a informação é uma fonte de
poder, por isso, nunca deve utilizar, por exemplo, a avaliação como arma de castigo, controle e
autodefesa.

A autonomia do aluno está relacionada com a liberdade concedida no momento da


aprendizagem, por isso não se deve utilizar pressões ou a garantia de prêmios àqueles que
realizarem com afinco as atividades. Cabe nesse ponto, ao professor a dura tarefa de transformar
sua aula em um campo motivado pelo prazer e pela paz. E isso ainda pode trazer mais lucros
ao bom relacionamento não só do professor-aluno, como do próprio aluno com outro, no sentido
de que estes consequentemente possam aprender a colaborar, a respeitar-se entre si quando
trabalham em grupo ou em projetos cooperativos; podem aprender a apreciar outras culturas, a
desenvolver-se bem na sociedade.

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CAPÍTULO 3
Pontos fortes e fracos da relação

Como toda relação pessoal, a relação professor/aluno tem seus pontos fortes e fracos. Cabe
agora analisarmos quais seriam estes pontos, para podermos chegar a um consenso com a idéia
que o autor Morales escreve como sendo “o efeito Pigmalião”.

O efeito Pigmalião está ligeiramente ligado ao efeito referentes às expectativas do professor


quanto ao rendimento do aluno em sala de aula. Essas expectativas nascem dos dados que o
professor recebe dos alunos antes de iniciar seu relacionamento com estes. A partir de então,
cria-se uma expectativa ou desejos, de que alguns alunos, aqueles considerados bons, tenham
um ótimo desempenho. Essa expectativa termina muitas vezes prejudicando o trabalho do
professor, que em vez de ajudar todos, termina beneficiando uns poucos.

Assim, as expectativas desenvolvidas pelos professores sobre alguns alunos, fazem com que
estes tratem de forma diferente os alunos em sala de aula. O tratamento diferenciado pode se
manifestar de diversas formas:

• Os professores um “clima socioemocional” mais agradável com esses alunos;


• Os professores dão uma informação mais colorida e diferenciada aos alunos que estão
na simpatia deste, ajudando-os mais no aprendizado dos mesmos;
• A impressão é que os professores nessa situação dão mais atenção no aprendizado dos
alunos que gostam, em detrimento do restante da classe;
• Assim, para os alunos escolhidos afetivamente pelo professor, há melhores
oportunidades para participar na aula; o professor faz mais perguntas e dá mais tempo
para respostas a destes alunos.

Esses procedimentos, entretanto, parecem não acontecer na realidade de tão perspicazes que
são, porém, apesar de ser um procedimento discriminatório e, não aparentar seu verdadeiro
intuito, na verdade é tão evidente que todos percebem, principalmente os alunos que não foram
agraciados pela atenção dispensada.

Morales, afirma que a forma de tratamento especial que o professor dispensa ao aluno
escolhido, cujas expectativas são bastantes altas chama-se teoria do afeto/esforço. Essa teoria é
traduzida através de uma mudança de valor, pela qual, o afeto que o professor dispensa ao aluno
é demonstrado pelo aumento do agrado dispensado a este. Aí vem o item esforço, pois para o
professor esse esforço vale a pena. Agora, se o esforço do professor é compensado pelo esforço
do aluno, então a atitude do professor é reforçada; isso significa relações recíprocas, o que é
muito bom. Mas como todo processo desigual tem seu lado ruim, ou seja, contempla uns poucos
em detrimento de muitos, esse inter-relacionamento termina muitas vezes discriminando
aqueles que não conseguem acompanhar o ritmo dos bons, e terminam sentindo na pele a
hostilidade por parte do professor.

Essas considerações discriminadas por Morales, segundo este autor foram adquiridas através
de pesquisas, mas na realidade, o que vemos no dia-a-dia da escola, em particular na pública, é
um retrato do resultado das pesquisas que envolvem o comportamento docente com respeito ao
afeto em sala de aula. O professor não pode negar, até mesmo por causa de uma questão de
consciência, que desenvolvem expectativas sim, principalmente quando se trata de alguém que

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gostam, admiram, entre outros. Por esse motivo, geralmente dispensam tratamento diferenciado
aos alunos que mais têm simpatia, proporcionando o “efeito Pigmalião”.

Contudo, a questão da expectativa é uma coisa a ser analisada, pois da mesma forma que
contribuímos com expectativas para o sucesso do aluno, estamos automaticamente contribuindo
também para o fracasso. Embora o resultado da pesquisa tenha apontado que os professores,
em sua maioria parece preconizar mais o fracasso dos maus alunos, que o sucesso dos bons.
Isso se dá devido ao fato de que os professores, desenvolvem a tal expectativa, que unidas às
nossas condutas terminam contribuindo para o sucesso de uns e o fracasso de outros.

No entanto, o professor precisa na verdade de uma auto-avaliação, pois as nossas atitudes em


sala de aula podem trazer sérias consequências para o aluno, porque enquanto dispensamos
expectativas positivas para uns, e com isso dispensamos mais atenção, afeto e cuidado; para
outros, em geral, desenvolvemos expectativas negativas, as quais terminam prejudicando
aqueles que deixamos de atender de forma afetuosa. Dentre os alunos excluídos podem estar
àqueles ignorados, que na maioria das vezes nem são desinteressados, e sim, tímidos. É comum
nessa situação ficarmos preocupados quando um aluno bom tira uma nota ruim, e incomodados
com aqueles que são considerados maus tiram uma nota boa.

Essa situação analisada deixa claro que, o relacionamento afetivo em sala de aula é muito bom;
porém, há que se ter muito cuidado em não utilizar desse subsídio para praticar a discriminação
com os alunos. Deve-se sim, usar de expectativa com todos, saber que se estão ali é porque
estão em busca de algo, e esse algo, cabe aos professores proporcionarem a eles. Para isso,
deve-se dar as condições para a inclusão social, através não só da própria afetividade (que ajuda
muito do processo ensino-aprendizado), mas na condição de educadores, pela prática educativa,
com criatividade, para que assim possamos desenvolver nosso papel de mediadores entre os
conhecimentos e os nossos alunos.

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CAPÍTULO 4
Diferenças entre professor e aluno

Dentre as muitas dificuldades encontradas pelo professor frente ao aluno, uma delas, talvez a
mais crucial, seja a distância que separa as realidades de um e do outro.

Conhecer o mundo do aluno é o elemento mais importante para uma boa relação entre professor
e aluno, eis aí o caminho para que ocorra a verdadeira mediação de conhecimento que o
professor deve realizar.

Assim como o professor não aceita imposições, também o aluno não as aceitará, novos
caminhos devem ser experimentados e argumentos mais consistentes devem ser aplicados.
Sendo o professor, como ele mesmo se classifica, mais experiente e maduro, deve, então, fazer
valer tal afirmação em benefício do ensino aprendizado.

Mostrar caminhos é bem mais interessante que impor trilhos inalteráveis. Afinal vários
caminhos levam ao mesmo lugar e, cabe ao professor, descobrir por qual caminho os alunos
preferem seguir, ou melhor, qual deles têm menos pedras, o importante, nesse caso, é o
professor ser uma bússola que os orienta quanto ao norte a ser atingido.

O aluno, só pelo fato de sê-lo, já é contestador, característica inerente à fase, que, muitas vezes
o faz contestar fatos incontestáveis. Em determinados casos não aceita a posição do professor,
pois este não aceita a sua realidade, a sua verdade. Vale lembrar ainda que uma sala de aula é
composta por várias realidades, não só a do professor.

Adentrar a realidade do aluno sem invadi-la, deslumbrar-se e aprender com ele coisas novas, é
o primeiro passo para fazer com que ele aceite a realidade do professor e do componente
curricular, isso o fará entender e, por fim, aprender.

O aluno tem que se sentir parte integrante do aprendizado, porém não só como receptor, ele
também quer ensinar algo e, certamente o professor tem algo a aprender com o aluno.

Não pode existir um vácuo entre professor e aluno, pois será exatamente aí o campo da
dificuldade. Neste espaço caberá ao professor preencher com a amizade que deve haver entre
ambos, pois a relação de respeito assim se tornará mais latente, o aprendizado mais eficaz e a
satisfação plena de ambos.

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CAPÍTULO 5
A influência da relação professor/aluno na formação inicial do autoconceito

O desenvolvimento humano não está pautado somente em aspectos cognitivos, mas também e,
principalmente, em aspectos afetivos. Assim, a sala de aula é um grande laboratório para que
se observe e questione os motivos que levam o convívio escolar do professor e aluno, muitas
vezes, a ficar desgastado e sem estímulo.

Sabe-se que o ser humano tem grande necessidade de ser ouvido, acolhido e valorizado
contribuindo dessa forma para uma boa imagem de si mesmo. Neste sentido, a afetividade está
intimamente ligada à construção da auto-estima. Sendo assim, sua importância em toda relação
é fundamental para os sujeitos envolvidos. Logo, a relação entre professor e aluno, deve ser
mais próxima possível, pautada em partilha de sentimentos e respeito mútuo das diferentes
idéias.

Vale ressaltar que a tarefa de educar deveria ser, para a maioria das famílias e professores, uma
função tão natural quanto respirar ou andar. No entanto, educar apresenta em suas ações
familiares e educacionais, e dentro de teorias consideradas ideais, uma complexa tarefa a ser
desempenhada.

O contacto com diferentes grupos sociais possibilita a construção do autoconceito da pessoa. A


família e outras pessoas que convivem com a criança, fazem parte do seu primeiro grupo social
representando neste momento, seu contacto afetivo, que pode ser positivo ou negativo,
influenciando no futuro desta criança. O autoconceito que essa criança terá de si refletirá em
suas ações e na forma como será tratada ou mesmo percebida pelos outros.

Quando a criança ingressa na escola e tem uma visão negativa de si, demonstra um
comportamento diferente dos demais colegas como, agressividade ou apatia e, na maioria das
vezes é considerado preguiçoso, desatento, irresponsável, ou seja, aluno-problema. No entanto,
a questão está relacionada a inúmeros fatores, inclusive, no autoconceito que este aluno faz de
si, quando não acredita no seu potencial de resolver situações desafiadoras e desanima no
primeiro obstáculo que encontra.

Por isso, a escola deve propiciar melhores condições de aprendizagem, selecionando atividades
e posturas necessárias, que promovam o resgate da auto-estima do aluno. O aspecto afetivo tem
uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual. Ele pode acelerar ou diminuir o
ritmo de desenvolvimento, e determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se
concentrará e, na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois
componentes: um cognitivo e outro afetivo que, desenvolvem-se paralelamente. Afeto inclui
sentimentos, interesses, desejos, tendências, valores e emoções em geral.

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CAPÍTULO 6
O papel da escola na formação do autoconceito

O papel da escola, enquanto relação professor/aluno, é de suma importância para que a


formação da auto-estima seja pautada em segurança, autonomia de idéias, conceitos que o
próprio aluno tenha de si e que contribuem para seu desempenho escolar e de sua vida como
um todo.

A questão da afetividade e auto-estima é uma preocupação mundial. Todos os segmentos da


sociedade têm essas abordagens em seus discursos e buscam práticas que possam condizer com
o que acreditam verdadeiramente. A afetividade no trato com as pessoas é um pressuposto do
que autores referem-se como o resgate a valores humanos esquecidos por nós que estamos
envolvidos com a agitação do dia-a-dia.

A relação professor e aluno deve ser baseada em afetividade e sinceridade, pois: Se um


professor assume aulas para uma classe e crê que ela não aprenderá, então está certo e ela
terá imensas dificuldades. Se ao invés disso, ele crê no desempenho da classe, ele conseguirá
uma mudança, porque o cérebro humano é muito sensível a essa expectativa sobre o
desempenho”. (ANTUNES (1996, p. 56).

Como se pode ver a escola, como parte integrante e fundamental em uma sociedade, não pode
ficar alheia a esta busca. Entretanto, apropria-se de pensamentos de teóricos como WALLON,
PIAGET e VYGOTSKY, para basear suas ações pedagógicas e transformar a relação professor
e aluno em um momento mais rico no processo ensino-aprendizagem.

Tais conhecimentos perdem sua validade quando professores e técnicos não estão
comprometidos com mudanças em suas idéias tradicionais ou posturas, que trazem ranços de
práticas escolares que apenas depositam informações nos alunos, desconsiderando assim a
afetividade no processo ensino-aprendizagem.

Diante disso, é preocupante o número de casos que mostram alunos envolvidos em agressões
entre colegas ou discussões com professores, casos estes, que observados em sua essência,
demonstram carência afetiva, demonstrando que o conceito que o aluno tem de si é negativo.

Sabe-se, no entanto, que a escola não é a solução para todas as dificuldades existentes do ser
humano, porém, como órgão educacional que tem como uma de suas funções a formação do
cidadão como sujeito construtor do seu contexto histórico, pode e deve contribuir para
mudanças

significativas na relação professor e aluno, pois, além da sala de aula que oferece conteúdos e
provas, a afetividade está presente em cada ação e busca seu espaço no espelho que a turma
repassa aos técnicos quando dispõem do diário de notas, conselho de classes, conselho escolar
e tantos outros instrumentos e setores que retratam esta relação.

Por conseguinte, para a construção da auto-estima é necessário buscar a responsabilidade e não


a culpa, criar um clima de confiança que faça com que a pessoa sinta-se genuinamente aceita,
compreendida e respeitada, sentimentos que ajudam a trabalhar núcleos emocionais que
bloqueiam condutas inadequadas. Os educadores sabem que as crianças aprendem melhor
quando estão satisfeitas com elas mesmas e que bons sentimentos são importantes.

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No entanto, alguns professores desconhecem seu papel de espelho dentro de uma sala de aula,
esquecendo que seus alunos os admiram e estão preocupados em ser iguais a eles, acabando por
imitá-los em suas atitudes e até pensamentos. Se os professores percebessem essa imitação sem
dúvida procurariam policiar suas palavras e posturas. Que maravilhoso seria se professores e
alunos pudessem espelhar-se em fatos e pessoas positivas, que emanassem confiança,
autonomia e sinceridade.

Esperam-se mudanças na educação a partir de conscientização de novas metodologias que


insiram cada vez mais o aluno em uma vida escolar que retrate sua realidade e que busque a
contextualização, porém, olhando-se de outro prisma, a solução para a educação pode estar no
afeto. Afeto este que inclua, que proporcione crescimento e valorização do ser humano e
reconhecimento pessoal como sujeito ativo na construção da história.

Mais do que aula, muitas vezes o aluno vai para a sala de aula em busca de respostas que
esclareçam o seu verdadeiro papel na sociedade. Considera esta escola, como grupo social que
pode contribuir para sua formação como cidadão e, na maioria das vezes, o professor não se
preocupa com o tipo de aluno que está convivendo, muito menos, em estabelecer um vínculo
afetivo mais forte nesta relação favorecendo atitudes positivas que favoreçam na formação da
auto-estima do aluno.

Neste sentido, a emoção será compreendida dependendo da ativação ou redução da afetividade,


no entanto, o autocontrole não é uma habilidade que se desenvolve naturalmente dada à
maturação temporal da criança. Todas precisam de uma aprendizagem específica, pois uma
relação é algo que se constrói dia-a-dia, no entendimento de si e do outro.

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CAPÍTULO 7
APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS DA PESQUISA IMPÍRICA.
Sabendo que as relações entre professor e aluno vão além da transmissão de conteúdos, mas
que também são de origem afetiva e de como o professor irá mediar as situações vivenciadas
pelos alunos. Foi feita está pesquisa empírica com o objectivo de compreender como tem sido
a relação professor-aluno no campo de pesquisa e comprovar os resultados da pesquisa
bibliográfica. E o campo desta pesquisa foi a escola primária 3108 situada no município de
Luanda, distrito urbano do Sambizanga Ngola Kiluanje.
Este capítulo apresenta os dados da investigação empírica feita na escola primária 3108 e a
reflexão sobre os resultados obtidos nos inquéritos dirigidos aos alunos e ao professor da turma
M-7 da 1ª classe da referida escola supracitada. Que vai permitir tirar conclusões sobre a relação
professor aluno e a sua influência na promoção do processo de ensino-aprendizagem e no
desenvolvimento escolar dos alunos da referida escola.
Para a concretização desta pesquisa, elaborou-se dois inquéritos dirigidos aos sujeitos da
pesquisa (alunos e professor), que serviram como guia desta pesquisa.
Para a garantia do sigilo da identidade dos entrevistados, todos foram renomeados. Decidiu-se
chamar o professor simplesmente pelo seu título “professor” e aos alunos por: aluno1, aluno2,
aluno3, aluno4, aluno5,
Inquérito dirigido aos alunos
Com o objectivo de saber da parte dos alunos de como tem sido a relação com o professor da
turma e o que eles acham do professor, formulou-se as seguintes questões.
Porquê que gostas do teu professor?
R: (aluno1) porque o professor não bate quando não conseguimos fazer a tarefa; (aluno2)
porque o professor não me grita; (aluno3) porque o professor se preocupa comigo! Porque
quando eu não trago lanche o professor divide comigo o seu lanche (aluno5).

O que é que a professor faz quando não consegues fazer algum trabalho na sala de aula?
R: (aluno 4), quando não consigo escrever alguma palavra o professor me pega na mão até eu
conseguir escrever.
O que o professor faz que mostra que se importa contigo?
R: (aluno3), me pergunta se matabichei ou se jantei e também quando eu esqueço o meu lápis
o professor não me manda ir pra casa, ele me arranja um lápis.
No inquérito dirigido aos alunos, pelas respostas percebeu-se que os alunos se sentem acolhidos
e seguros por ter um professor que busca conversar com eles e saber o que os preocupa, e
também deu pra perceber que esta forma de interação ajuda os alunos a expressarem os seus
pensamentos e a participar da aula ativamente, o que tem contribuído para o aprendizado e o
desenvolvimento escolar dos alunos como foi constatado.
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Inquérito dirigido aos professores
Quanto ao professor, buscando entender o que tem feito para que a sua relação com os seus
alunos seja das melhores e tornar a aprendizagem mais prazerosa, formulou-se as seguintes
questões:
O que o professor faz quando os alunos não conseguem fazer as tarefas de casa ou algum
exercício na sala de aula?
R: Sendo alunos da 1ªclasse muitos precisam de ajuda para fazer as tarefas. Mas, infelizmente
muitos encarregados de educação não são pacientes em ajudar os seus educandos nas tarefas de
casa. Então, o que é que eu tenho feito? Sabendo desta situação, para aqueles alunos que não
conseguem fazer as tarefas em casa sozinhos, eu ajudo-os a resolverem as tarefas na sala de
aula e também oriento tarefas que eles podem fazer sem o auxílio dos seus encarregados.
Quando é um exercício que eles não estão a entender, eu ajudo-os a resolver passo a passo e
quando eles conseguem sentem se felizes, motivados e desejam exercícios do género.
E eu como professor, tenho aproveitado estas situações para demonstrar afecto por eles. E isso
tem contribuído muito para a consolidação da relação professor-aluno e o desenvolvimento
escolar dos alunos.
Porque até, eles se sentem mais à vontade para expressar o que sentem quando eles se
apercebem que o professor é próximo a eles e não se preocupa simplesmente em dar aulas, mas
também se preocupa com cada um deles de modo individual.

Durante o intervalo, o que o professor tem feito que contribui para o melhoramento desta
relação que pelos vistos é marcada pela afectividade?
R: Durante o intervalo, em vez de eu estar com os outros professores, eu tento prestar atenção
nas brincadeiras dos alunos e depois deles entrarem na sala de aulas arranjo um tempo para
conversarmos das suas brincadeiras. E isso tem sido um bom método para o melhoramento da
relação entre o professor e o aluno e tem ajudado muito aqueles alunos que são tímidos a
soltarem-se um pouquinho.
Neste inquérito dirigido ao professor de acordo as suas respostas e ao que foi constatado durante
as observações feitas no campo da pesquisa, pode se dizer que é de extrema importante a relação
marcada pela afectividade entre o professor-aluno. Pois esta relação:
• Ajuda o aluno a expressar o que sente.
• Ajuda o aluno a superar as dificuldades de aprendizagem que acarreta.
• Levanta a autoconfiança e a autoestima do aluno.
• Molda o comportamento do aluno no ambiente escolar e na sociedade em que está
inserido.
• Promove o processo de ensino-aprendizagem.
• Torna a aprendizagem mais prazerosa.
• Ajuda o aluno a ver a escola como o seu segundo lar e um lugar em que ele pode se
sentir seguro e feliz.

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CONCLUSÃO
Depois do referencial teórico apresentado sobre a problemática relação professor/aluno no
processo de ensino aprendizagem, conclui-se que esta relação profesor/aluno marcada pela
afectividade é de extrema importância porque vem contribui para o desenvolvimento escolar,
pessoal e social do aluno e também é a melhor forma que o professor pode usar para promover
o trabalho docente ou seja o processo de ensino/aprendizagem.

De realçar que os objectivos traçados para a concretização deste trabalho foram todos
alcançados, e para que os mesmos objectivos fossem alcançados com exito, realizou-se diversos
tipos de pesquisas, sublinhando a pesquisa bibliográfica e pesquisa empirica. A pesquisa
bibliográfica citando os pensamentos de (LIMA E MIOTO 2007) ela refere-se ao “conjunto
ordenado de procedimentos de busca por soluções, atento ao objeto de estudo que, por isso, não
pode ser aleatório”.

Desta maneira, ao analisar esta temática no âmbito bibliográfico, adotou-se como técnica a
seleção e leitura de diversos artigos e livros de diversos autores consagrados na área da
educação escolar, que nos permitiu obter respostas sobre a importância da relação professor
aluno no processo de ensino-aprendizagem e no desenvolvimento do aluno em várias facetas
da vida. Comentando sobre a pesquisa empírica, foi feita esta pesquisa para comprovar os
resultados da pesquisa bibliográfica. Relevando a ideia de (Demo. 1994. P.37) esta pesquisa
oferece maior certeza para as argumentações. Pois, é uma das formas de comprovar o que está
a ser estudado. E para a concretização desta pesquisa adotou-se como técnica a observação e o
inquérito que permitiu a coletas de dados. O campo desta pesquisa foi a escola primária 3108,
na sala-7, turma-M7, 1ª classe. Situada no município de Luanda, Distrito urbano do
Sambizanga, Bairro Ngola Kiluanje.

Durante o processo de produção deste trabalho enfrentou-se inúmeras dificuldades que


poderiam compremeter a materialização deste trabalho, uma das dificuldades foi a seleção de
conteúdos, visto que existem muitos trabalhos a falar da relação professor aluno, foi difícil
selecionar os ingredientes necessários e verídicos para que este trabalho fosse uma realidade.

Com a realização deste trabalho aprendeu-se que, é preciso ter força de vontade, disciplina,
autenticidade e não ser preguiçoso para que as coisas que anceiamos tramitam de sonhos para
uma realidade diferente.

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SUGESTÕES
Para a construção e a consolidação da relação professor/aluno apresentamos 8 sugestões

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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICAS

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